Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Malária (Impaludismo, febre palustre, sezão, maleita) Uma das principais doenças parasitárias com 300 a 400 milhões de casos anuais Quase metade da população mundial vive em áreas endêmicas ( propícias para vetor) Ocorre principalmente na África, Ásia, Oceania e Américas Brasil – ocorre principalmente na Amazônia legal – 300.000 casos novos/ano ETIOLOGIA Plasmodium vivax – terçã benigna – acessos febris a cada 48 horas (prevalece hoje no Brasil) Plasmodium falciparum – terçã maligna – acessos febris a cada 48 horas ( frequente no Brasil) Plasmodium malariae – quartã benigna – acessos febris a cada 72 horas (< 2% dos casos no Brasil) Plasmodium ovale – terçã benigna – acessos febris a cada 48 horas ( não há no Brasil) Plasmodium knowlesi – de macacos, encontrado caos em humano no sudeste Asiático REPRODUÇÃO Assexuada – hospedeiro vertebrado – Esquizogonia Sexuada – hospedeiro invertebrado – Esporogonia Trofozoíto Esquizonte Merozoítos Merócito VETORES Anopheles (Nyssorhynchus) darling; Anopheles (Nyssorhynchus)Acquasalis; Anopheles (Nyssorhynchus)albitarsis; Anopheles (Kerteszia) cruzi; Anopheles (Kerteszia) bellator HABITAT Hospedeiro vertebrado – hepatócitos e hemácias Hospedeiro invertebrado – estômago e glândulas salivares CICLO EVOLUTIVO TRANSMISSÃO Natural – inoculação de esporozoítas pelo vetor Acidental – transfusão de sangue, uso compartilhado de seringas, acidentes em laboratório Transmissão congênita - rara PATOGENIA Destruição dos eritrócitos parasitados Toxicidade resultante da liberação de citocinas Sequestro dos eritrócitos parasitados na rede capilar – Plasmodium falciparum Lesão capilar por deposição de imunocomplexos – Plasmodium malariae DESTRUIÇÃO ERITRÓCITOS Após as esquizogonias sanguíneas Destruição de eritrócitos não parasitados pelo sistema imune ou por aumento da eritrofagocitose esplênica Participação de autoanticorpos Disfunção da medula óssea TOXIDADE RESULTANTE DA LIBERAÇÃO DE CITOCINAS Fase aguda – ativação e mobilização de células imunocompetentes - citocinas Material glicolipídico + hemozoína – TNF-α, IL-1, IL-6, IL-8 – febre, mal estar TNF-α – lesão endotelial – malária grave pulmonar e renal Ação inibitória da gliconeogênese – hipoglicemia Ação sobre a placenta Aumento da produção de óxido nítrico – coma SEQUESTRO DE ERITRÓCITOS PARASITADOS NA REDE CAPILAR Plasmodium falciparum Citoaderência endotelial e formação de rosetas – capilares cerebrais, coração, fígado, rins, intestino Obstrução da circulação, redução do fluxo de oxigênio, metabolismo anaeróbico, acidose lática – malária cerebral, insuficiência LESÃO CAPILAR POR DEPOSIÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS Infecções crônicas por Plasmodium malariae Lesão glomerular – alteração da permeabilidade Glomerulonefrite transitória QUADRO CLINICO Período de incubação – variável Primeiros sintomas – febre irregular, mal-estar, dores musculares, cefaléia Acessos maláricos ou ataque paroxístico agudo – calafrio, febre, sudorese Esplenomegalia, hepatomegalia, anemia, leucopenia e plaquetopenia Proteinúria, hipoalbuminemia, edema – MALÁRIA GRAVE Plasmodium falciparum adultos não imunes, crianças, gestantes Citoaderência e formação de rosetas Hiper-parasitemia – anemia grave Malária cerebral, insuficiência renal, edema pulmonar agudo, icterícia acentuada, hipertermia, vômitos, convulsões MALÁRIA GESTACIONAL Gestante - anemia intensa e alta mortalidade Feto – retardo do crescimento intra-uterino, prematuridade, morte Th2 – citocinas predominantes na placenta Altos níveis de progesterona – inibem linfócitos Th1 Infecção por P.falciparum – eritrócitos parasitados retidos na placenta – receptores para sulfato de condroitina A Malária – mudança do padrão Th2 para Th1 MALARIA GRAVE POR PLASMODIUM VIVAX Envolvimento cerebral e pulmonar – mecanismos fisiopatológicos não esclarecidos Trombocitopenia – efeito lítico direto, lise mediada por imunocomplexos, ação de citocinas (TNF), lesão oxidativa das plaquetas EPIDEMIOLOGIA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA IMUNIDADE ADQUIRIDA Recém nascidos – protegidos Crianças – altamente suscetíveis Adultos – premunição ou imunidade concomitante RESISTÊNCIA A MALÁRIA Ausência de receptores específicos; Anemia falciforme; Talassemias; Deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase DIAGNÓSTICO CLINICO Situações de epidemia e difícil acesso aos serviços de saúde – indivíduos com febre são considerados portadores de malária Exame clínico – informações sobre área de residência ou relato de viagens para áreas endêmicas DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Pesquisa das formas evolutivas do protozoário no sangue do paciente Testes rápidos para detecção de componentes antigênicos do parasita PROFILAXIA Diagnóstico e tratamento precoces; Combate ao vetor; Medidas de proteção individual; Quimioprofilaxia ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO Interrupção da esquizogonia sanguínea – redução da patogenia e manifestações clínicas Destruição de formas latentes do parasita – evitar recaídas tardias Interrupção da transmissão do parasito – drogas gametocitocidas
Compartilhar