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Toxoplasma gondii

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Toxoplasma gondii
História E Distribuição Geográfica
1908 : foi encontrado o parasita no roedor Ctenodactylus gondii e também em coelhos
 1909 : descrição do parasita e criação do gênero Toxoplasma
 1923 : descrição da coriorretinite
1929 : descrição da forma congênita 
 Após década de 1960: desenvolvimento e aplicação de testes sorológicos revelaram a ubiquidade do parasita. Descrição do ciclo e identificação dos felinos como hospedeiros definitivos
Importância
Ampla distribuição geográfica e de hospedeiros
Pode provocar doença congênita grave
Causa de doença oportunista em pacientes infectados pelo HIV e
 Causa comum de uveíte podendo levar à perda da Visão
Agente Etiológico: Toxoplasma gondii (Parasita intracelular)
 Hospedeiro definitivo: felinos // Hospedeiros intermediários: mais de 200 espécies (entre mamíferos e aves).
Morfologia
Possui três formas evolutivas: Taquizoítos, Bradizoítos e Oocistos
Taquizoíto: Encontrado na fase aguda da infecção. Forma móvel, Pouco resistente à ação do suco gástrico, Multiplicação rápida (endodiogenia). Sinonímias: trofozoíto, forma livre ou proliferativa
Bradizoito: Encontrado dentro do vacúolo parasitóforo
Resiste à ação do suco gástrico, Presente em vários tecidos. Sinonímia: cisto, cistozoíto
Oocisto: Produzido nas células intestinais dos felinos
Esféricos, parede dupla, Forma de resistência, Eliminados imaturos. 
Contém 2 esporocistos, com 4 esporozoítos cada
Fatores Relacionados a Patogenia
1. Tipo de cepa
Cepa do tipo I – associada com infecção congênita
Cepa do tipo II – isolada em 65% dos pacientes com AIDS e reativação de infecção crônica
Cepa do tipo III – infectam muito mais animais e pouco o HOMEM
2. Susceptibilidade do hospedeiro
Idade: a infecção é mais comum em crianças e jovens
Imunidade: a doença é mais grave nos imunodeprimidos
Idade gestacional: a infecção é mais grave no 1o trimestre da gravidez
3. Transmissão
 Ingestão de carne crua ou mal cozida (bradizoítos), de verduras contaminadas com oocistos, de leite não pasteurizado (taquizoítos).
 Transmissão congênita (taquizoítos e cistos) e por transplante de órgãos (cistos)
Patogenia Toxoplasmose Congênita
1º trimestre – aborto
 2º trimestre – aborto ou prematuro
3º trimestre – normal ou com doença
Tétrade de Sabin
 Hidrocefalia, Coriorretinite, Calcificações cerebrais
Retardo Mental, Retinocoroidite, Perda de Audição
Patogenia Toxoplasmose Adquirida
Quadro clínico: Em 80% dos casos é assintomática
Nos casos em que produz sintomas encontramos: febre, linfadenopatia generalizada, hepatoesplenomegalia, mialgia, rash máculo papular, coriorretinite
Os sintomas regridem sem tratamento em cerca de 4 a 6 semanas
O tratamento é necessário nos casos que cursam com coriorretinite
Patogenia Toxoplasmose no Paciente com Aids
Na maioria dos casos manifesta-se como abscesso cerebral
Sintomas: Febre, convulsões, hemiparesia, torpor, confusão mental e coma
Toxoplasmose Aguda Em Hospedeiro Imunocomprometido
 30 - 50% dos pacientes com AIDS soropositivos para infecções antigas irão desenvolver lesões cerebrais focais ou difusas (menos freqüente) com: febre, cefaléia, alteração do estado mental, convulsões, deficits neurológicos focais (não focais é raro), hemiparesia, alterações visuais encefalite, meningoencefalite, lesões tumorais
Diagnóstico laboratorial
Demonstração do parasita
Isolamento de cultura em células
Inoculação em animais de laboratório
Diagnóstico Sorológico
Detecção de IgM ou IgG
Toxoplasmose – Laboratório
Evidência de Infecção por Toxoplasma gondii: Presença no sangue, líquidos ou tecidos corporais, na placenta(diagnóstico de infecção congênita). Transformação linfocitária para antígenos do
Toxoplasma ( indicador de infecção prévia em adultos) . Aumento dos linfócitos T supressores em adultos
 Infecção aguda: Detecção de antígeno toxoplásmico no sangue ou líquidos corporais pelas técnicas ELISA
Testes sorológicos: IgG (podem persistir por toda a vida do paciente) e IgM (aparece em 1 a 2 semanas e permanece por 6 meses, ausente na infecção crônica).
Teste do corante de Sabin-Feldman: É um teste de neutralização sensível e específico, mede os anticorpos IgG, é o teste de referência standard, mas requer Toxoplasmas vivos. Títulos altos sugerem doença aguda.
Teste de imunofluorescência indireta: mede os mesmos anticorpos do teste do corante, títulos paralelos (podem dar falsos positivos e negativos).
Teste de fluorescência para IgM: detecta anticorpos com uma semana de infecção, títulos caem dentro de poucos meses
Teste da hemaglutinação indireta: mede uma anticorpo diferente do teste do corante.
 títulos tendem a ser mais altos e permanecerem por mais tempo.
 ELISA IgM de duplo-sanduiche: é mais sensível do que outros testes para IgM.
 ELISA para IgA e IgE: podem ser positivos após três meses, usados: nos casos com títulos: negativos, baixos ou duvidosos de IgM.
Pacientes imunocompetentes: o diagnóstico é feito na soroconversão, ou pelo aumento de 4 ou mais vezes os títulos prévios, ou por um único título de 1:160 de IgM.
Diagnóstico presuntivo é baseado : Títulos de IgM acima de 1:64 e um título muito alto de IgG (> 1:1000). 
 Pacientes imunoimcompetentes: os valores de IgG são baixos e pode não haver IgM.
utiliza-se então: ressonância magnética (mais sensível), tomografia computadorizada, pesquisa de toxoplasmose em líquor ou biópsia cerebral.
Diagnóstico da toxoplasmose congênita
 Detecção de IgM no recém nascido
 Sangue do cordão umbilical
 Detecção de IgG
 Título de IgG da criança maior que o da mãe
Toxoplasmose – Laboratório
Outros procedimentos diagnósticos: biópsia de linfonodo mostrando a tríade típica, biópsia cerebral na doença do SNC e demonstração do organismo pela técnica da peroxidasentiperoxidase.
Imagens: TC de crânio e US fetal : 20 - 24 semanas.
Controle
 Saneamento, Educação sanitária, Incineração de fezes de gatos, Controles de roedores, Tampar caixas de areia, Não ingerir carne crua ou mal cozida, Higienização adequada de verduras
Pré-natal
• IgG +
• IgM-
• IgG +
• IgM +
Pré natal
• IgG -
• IgM+
• IgG -
• IgM –
Tratamento
 Espirimetamina + Sulfadiazina
 Ácido Fólico
 Corticóides
Indicado apenas nas seguintes situações:
 Infecção aguda na gravidez (conversão sorológica); Uveítes; Doença congênita; Doença no imunodeprimido
Drogas utilizadas:
 Na gravidez: espiramicina, clindamicina;
 Demais casos: sulfa e pirimetamina por 2 a 4 meses – inibem a dihidrofolato-redutase impedindo a síntese de folato e do DNA parasitário

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