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Anatomia da Aorta resumo

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Anatomia
A Aorta
A aorta, a maior artéria do organismo, conduz todo o sangue bombeado pelo coração para as demais artérias.
É composta por três camadas, são elas:
Íntima – tem uma camada única de células endoteliais, facilmente traumatizável
Média – espessa e rica em tecido elástico, dá resistência, elasticidade e distensibilidade
Adventícia – composta de tecido colágeno, contém os Vasa Vasorum, que nutrem a parte externa e a Média. 
A Aorta se divide em:
Aorta Torácica, que se divide em:
    - Aorta Ascendente, contendo a válvula aórtica e a raiz da aorta
    - Arco Aórtico, que origina as artérias subclávias e carótidas
    - Aorta Descendente Torácica, que se inicia na emergência da subclávia esquerda e desce, cruzando o diafragma.
Aorta Abdominal, é uma continuação da Aorta Torácica, dá origem a ramos viscerais (artérias mesentéricas e renais) e termina bifurcando nas duas artérias ilíacas comuns, que vão aos membros inferiores.
Na sístole, a distensibilidade da aorta permite receber o sangue impulsionado com alta energia. Na diástole, o elastic recoil propulsiona o sangue restante, mantendo fluxo arterial e permitindo a perfusão coronariana. A aorta participa do controle da circulação, através dos receptores de pressão contidos em sua parede.
As doenças da Aorta 
São fatores de risco para as doenças da aorta são hipertensão, tabagismo, idade, hiperlipidemia, aterosclerose, história familiar, presença de doenças do tecido conectivo (Marfan, Ehler-Danlos), estenose aórtica e coarctação, trauma torácico, gravidez, entre outros.
- Aneurismas de Aorta são dilatações patológicas da luz, de 1,5 vezes o tamanho normal, envolvendo um ou mais segmentos. São marcadores de doença aórtica difusa, devendo-se investigar toda a aorta.
- Aneurismas de Aorta Abdominal (AAA) são os mais comuns, presentes em ~5% dos homens acima de 65 anos. São assintomáticos (maioria) ou com dor abdominal inespecífica. O maior risco é a ruptura do aneurisma, evento agudo que se manifesta com dor intensa abdominal e dorsal, hipotensão ou choque, com mortalidade de 89% em 30 dias. Está indicada investigação em pacientes idosos ou com história familiar através de ecografia abdominal, que permite também acompanhamento periódico do tamanho do aneurisma. Tomografia computadorizada (CT) ou Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de abdômen confirmam o diagnóstico e permitem mensuração do AAA. O tratamento (cirúrgico ou endovascular) objetiva reparo eletivo.
- Aneurismas de Aorta Torácica (AAT) são classificados pelas porções envolvidas: raiz e aorta ascendente (60%), arco (10%), descendente (40%) e toracoabdominal (10%). Etiologia, história natural e tratamento variam de acordo com a localização. A maioria dos pacientes é assintomática, mas pode haver sintomas por efeito de massa/compressão de estruturas adjacentes ou conseqüências vasculares do AAT (regurgitação aórtica, tromboembolismo arterial).
Diagnóstico e mensuração podem ser feitos pelo Raio-X de Tórax, CT/RMN de Tórax, e Ecocardiograma Transesofágico. Aortografia é raramente necessária. Ruptura ou Dissecção do AAT são as complicações mais temidas, com altíssima mortalidade e são mais comuns em mulheres, idosos, portadores de S. Marfan, em AAT descendente, sintomáticos e com mais de 5 cm. O tratamento é cirúrgico, embora a abordagem endovascular seja possível se houver anatomia adequada e/ou condições cirúrgicas adversas.
- Dissecção de Aorta é uma emergência médica, em que uma laceração da camada íntima expõe a camada média (já freqüentemente doente) às imensas pressões intraluminais. Pode ocorrer também por ruptura de vasa vasorum na camada média. O sangue penetra e cliva a média longitudinalmente, dissecando a parede da aorta por um trajeto de extensão variável. Existem várias classificações da dissecção de aorta, sendo comumente usada a de Stanford: tipo A, que envolve a aorta ascendente com ou sem extensão distal; e tipo B que envolve somente a aorta descendente. Manifestações clínicas incluem dor (lancinante, súbita, em tórax, dorso, abdome, migratória ou não), síncope, ICC aguda, IAM, sopro aórtico, déficit de pulso, sinais de isquemia visceral, manifestações neurológicas, entre outros.
Exames diagnósticos incluem Raio-X de tórax, Angio TC de tórax, Angio RMN, Ecocardiograma (transtorácico ou transesofágico) e Aortografia; cada um tem vantagens e desvantagens em relação a acurácia, rapidez, conveniência, risco e custo, e a escolha do método deve levar em conta essas limitações. O manejo clínico busca estabilização inicial, controle da pressão arterial, uso de betabloqueadores, manejo do tamponamento cardíaco, seguido do tratamento definitivo cirúrgico, que é primeira escolha no Marfan, na dissecção proximal aguda, ou na dissecção distal com ruptura iminente, extensão retrógrada, ou isquemia visceral. Recentemente tem sido indicado tratamento endovascular com Stent para dissecções tipo B, ainda necessitando de estudos maiores.

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