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Curso Contabilidade Geral Agente Polícia Federal

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CURSOS EM PDF – CONTABILIDADE GERAL – AGENTE PF 2012 
Prof. Cláudio Cardoso 
 
www.canaldosconcursos.com.br 
 
1 
Apresentação do Professor 
 
 Antes de mais nada, permitam-me apresentar: quem terá o prazer de trocar 
experiências com vocês e tentar encurtar seu caminho até a sonhada função de 
Agente da Polícia Federal é Cláudio Cardoso. Formado em Ciências Contábeis pe-
la Universidade Estadual do Rio de Janeiro em 2002, obtive o 1º lugar no V Exame 
de Suficiência do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RJ). Neste mesmo 
ano, iniciei minha experiência de concursando logrando aprovações para o cargo de 
contador e de auditor na Transpetro S.A e Petrobras S.A, respectivamente. Como meu 
foco era a área fiscal, tentei, também, os concursos de Auditor Fiscal da Receita Fede-
ral de 2002 e de Fiscal de Tributos do município do Niterói-RJ. Como qualquer candi-
dato, colecionei frustrações, não tendo êxito nestes dois concursos. Aprendendo com 
os erros, finalmente, consegui aprovação no concurso que era meu objetivo: fiscal de 
tributos do município do Rio de Janeiro (ISS-RJ), onde atualmente desempenho 
minhas funções. 
 Como você pode perceber, minha experiência de candidato coleciona erros e 
acertos, como qualquer um. Esta vivência eu pretendo passar para que você possa 
evitar os erros que cometi e repetir os acertos. 
 Minha carreira como professor inicia-se no final de 2003 e estende-se até os 
dias de hoje, preparando candidatos em diversas áreas onde a contabilidade geral, 
societária e avançada se fizerem presentes, tais como: área fiscal, contábil, polícia 
federal, Banco Central, CVM, Polícia Federal, dentre outras. Quanto ao concurso que 
você vai prestar, tive a oportunidade de acompanhar os certames de 2004 e 2009. 
 
 
 
Apresentação do Curso 
 
 Este curso, denominado Agente da Polícia Federal – Teoria de Contabili-
dade Geral”, tem por finalidade dar a você, caro aluno, o arcabouço teórico ligado a 
nossa queridíssima contabilidade geral e cobrado pelo Centro de Seleção e Promoção 
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2 
de Eventos da Universidade de Brasília, a famosa CESPE/UNB, organizadora do últi-
mo e do próximo certame para este cargo. 
 Quanto a banca, devo alertar para o estilo peculiar de prova aplicada pela 
mesma. As afirmativas devem ser julgadas em Certo ou Errado. 
 Durante o curso veremos algumas novidades trazidas pelo recente processo 
de convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais estipu-
lados pelas “International Financial Reporting Standards (IFRS)”, inaugurado no Brasil 
pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 e continuado pelos pronunciamentos do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
 Quanto ao conteúdo deste curso, será baseado no programa constante do edital 
recentemente publicado: 
 
CONTABILIDADE GERAL 
1 Conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade. 2 Patrimônio: compo-
nentes, equação fundamental do patrimônio, situação líquida, representação 
gráfica. 3 Atos e fatos administrativos: conceitos, fatos permutativos, modifi-
cativos e mistos. 4 Contas: conceitos, contas de débitos, contas de créditos e 
saldos. 5 Plano de contas: conceitos, elenco de contas, função e funciona-
mento das contas. 6 Escrituração: conceitos, lançamentos contábeis, elemen-
tos essenciais, fórmulas de lançamentos, livros de escrituração, métodos e 
processos, regime de competência e regime de caixa. 7 Contabilização de 
operações contábeis diversas: juros, descontos, tributos, aluguéis, variação 
monetária/ cambial, folha de pagamento, compras, vendas e provisões, de-
preciações e baixa de bens. 8 Balancete de verificação: conceitos, modelos e 
técnicas de elaboração. 9 Balanço patrimonial: conceitos, objetivo, composi-
ção. 10 Demonstração de resultado de exercício: conceito, objetivo, composi-
ção. 11 Lei nº 6.404/1976: alterações posteriores, legislação complementar e 
pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 12 Princí-
pios fundamentais de contabilidade (aprovados pelo Conselho Federal de 
Contabilidade, por meio das Resoluções do CFC nº 750/1993 e nº 774/1994). 
 Quando fizermos a divisão dos assuntos dentro das aulas, veremos a correlação 
dos assuntos com os itens do edital!! 
 Ao longo de nossas aulas encontraremos, também, algumas questões resol-
vidas que têm por finalidade dar a você uma noção de como o assunto é abordado 
pela banca em suas provas. Quanto a estas questões, devemos ressaltar que a prefe-
rência sempre será pelas questões mais recentes aplicadas pela banca e que elas 
também estarão à sua disposição ao final de cada aula para que possa tentar 
resolvê-las por conta própria. No entanto, vale destacar que a quantidade de 
questões não é comparável com a de uma turma de exercícios, por exemplo. Na nos-
sa última aula resolveremos mais algumas questões de revisão final do curso. 
 Neste curso, teremos a seguinte organização das aulas e conteúdos (ao lado de 
cada assunto a correlação com o(s) item(ns) do edital em azul. Os assuntos que não 
estão correlacionados com os itens do edital são considerados base para outros as-
suntos. 
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3 
 
Aula 
Demo 
Introdução (1): conceito, objeto, objetivo, finalidade, campo de aplicação, 
funções, usuários e técnicas da contabilidade; Diferenças entre Socieda-
des anônimas e Limitadas. Sociedades de Grande Porte; Patrimônio 
(2): conceito, diferença entre patrimônio, azienda e fundo de comércio. No-
ções de Balanço Patrimonial: ativo, passivo exigível e patrimônio líquido. 
Equação Patrimonial e Estados Patrimoniais; Apuração de Resultados: 
conceitos de receitas e despesas, diferença entre custos e despesas, Regi-
mes de Contabilização: Caixa x Competência (6). Escrituração (4): contas 
contábeis, teoria patrimonialista das contas, plano de contas (5). Método 
das Partidas Dobradas: funcionamento das contas, contas retificadoras. 
Aula 1 
Classificação, natureza e função das principais contas patrimoniais. Balance-
te de verificação (8). Exercício dirigido de débito e crédito (6). Livros con-
tábeis (6): tipos de livros, livro diário, formalidades, fórmulas de lançamen-
to, erros de escrituração e formas de correção, Atos Administrativos X Fatos 
Contábeis (3), Livro Razão; Princípios de contabilidade (12); Provisões 
(7) 
Aula 2 Depreciação, Amortização e Exaustão (7); Operações com Pessoal (7); Operações com Mercadorias (7): Estudo das Receitas; 
Aula 3 
Operações com Mercadorias (7): Estudo do Custo das Mercadorias Ven-
didas – Inventários Periódico e Permanente; Operações Financeiras (7) – 
Operações com Duplicatas (Cobrança Simples, Desconto de Duplicatas) Em-
préstimos, Financiamentos e Aplicações Financeiras; Teoria Geral das De-
monstrações – demonstrações obrigatórias, exercícios social, notas expli-
cativas. 
Aula 4 
Balanço Patrimonial – Ativo e Passivo (9): estrutura, classificação de 
contas, critérios de avaliação de ativos e passivos. Patrimônio Líquido 
(9): Capital Social, Reservas de Capital e Ajustes de Avaliação Patrimonial. 
Aula 5 
Balanço Patrimonial - Patrimônio Líquido (Continuação) Reservas de 
Lucros, Ações em Tesouraria, Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstra-
ção do Resultado do Exercício (10);Exercícios de Revisão Final do 
Curso. 
 
 Muito bem, vamos então a nossa primeira aula!! 
 
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4 
Sumário 
1. Introdução 
1.1 Conceito de Contabilidade 
1.2 Objeto da Contabilidade 
1.3 Objetivo da Contabilidade 
1.4 Finalidade da Contabilidade 
1.5 Campode Aplicação 
1.6 Usuário da informação contábil 
1.7 Funções da Contabilidade 
1.8 Técnicas contábeis 
2. Empresas – Sociedades Anônimas x Limitadas 
2.1 Sociedades Anônimas (ou Companhias) 
2.2 Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada 
2.3 Quadro Comparativo entre S.A e Limitadas 
3. Patrimônio 
3.1 Conceito 
3.2 Diferenças entre Patrimônio, Azienda e Fundo de Comércio 
4. Primeiras Noções de Balanço Patrimonial 
4.1 Ativo ou Ativo Total 
4.2 Passivo Exigível 
4.3 Patrimônio Líquido 
5. Equação Patrimonial e Estados Patrimoniais 
5.1 Equação Patrimonial 
5.2 Estados Patrimoniais 
6. Resultado: Receita x Despesa 
6.1 Conceito 
6.2 Receitas 
6.3 Despesas 
6.4 Diferença entre Custo e Despesa 
6.5 Regimes de Contabilização 
7. Escrituração e Método das Partidas Dobradas 
7.1 Conta 
7.2 Teoria Patrimonialista 
7.3 Plano de Contas 
7.4 Débito e Crédito – O Método das Partidas Dobradas 
7.5 Funcionamento das Contas 
7.6 Contas Retificadoras (Diminutivas, Redutoras ou Negativas) 
Questões da Aula para sua Resolução 
 
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1. Introdução 
1.1 Conceito de Contabilidade 
 Desde antes de Cristo, com o surgimento do comércio envolvendo fenícios, 
egípcios, dentre outros povos, que o ser humano sente a necessidade de registrar as 
operações que envolvem seus bens, direitos e obrigações. 
 Já na Idade Média, podemos estabelecer os primeiros esboços da contabilidade 
com o formato que conhecemos hoje, naquele documento que se reputa como a cria-
ção da contabilidade: o “Tratactus de ComputisetScripturis” (Contabilidade por Parti-
das Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, deste que é considerado, 
por muitos, o pai da ciência. 
 É, portanto, desde os primórdios, até os difíceis dias de hoje, uma necessidade 
do ser humano, controlar os bens de sua propriedade, os valores que tem a receber 
ou a pagar a terceiros e o resultado de suas operações que poderão aumentar (no 
caso de lucro) ou diminuir (no caso de prejuízo), o seu patrimônio. 
 Existem diversos doutrinadores que tentam estabelecer uma conceituação para 
a Contabilidade que é, no Brasil, considerada uma ciência. Dentre estes, podemos 
destacar as seguintes definições: 
a) Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na cidade 
do Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924 – “Contabilidade é a ciência que es-
tuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à Adminis-
tração Econômica”. 
b) Prof. Osni Moura Ribeiro (Contabilidade Básica Fácil – 27ª edição) 
– “A contabilidade é uma ciência que possibilita, por meio de suas técnicas, o controle 
permanente do Patrimônio das empresas”. 
 Podemos perceber, em todos, a preocupação com o controle do patrimônio 
(que como veremos, em breve, é o objeto de estudo da contabilidade) em suas di-
mensões econômica (geração de resultados) e financeira (fluxos de caixa). 
 
1.2 Objeto da Contabilidade 
 Como pudemos observar no capítulo anterior, a ciência contábil vai se ocupar 
de estudar o patrimônio das entidades, sendo este seu objeto. 
 Conforme veremos no decorrer do curso, o Princípio de Contabilidade denomi-
nado “Princípio da Entidade” reafirma tal situação. Muito em breve passaremos à 
definição cientifica de patrimônio, embora já tenhamos uma boa noção trazida do 
nosso cotidiano. 
 
1.3 Objetivo da Contabilidade 
 O objetivo científico da contabilidade manifesta-se na correta representa-
ção do Patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações. Já sob 
ótica pragmática, a aplicação da Contabilidade a uma entidade particularizada, bus-
ca prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza econômi-
ca, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações, o que com-
preende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos 
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sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e outros meios. Assim, o objeti-
vo consagrado da contabilidade é controlar o patrimônio. 
 
1.4 Finalidade da Contabilidade 
 De acordo com Osni Moura Ribeiro, “A principal finalidade da Contabilidade é 
fornecer informações sobre o Patrimônio, informações essas de ordem econômica e 
financeira, que facilitam assim as tomadas de decisões, tanto por parte dos adminis-
tradores ou proprietários, como também por parte daqueles que pretendem investir 
na empresa.” 
 Podemos então destacar que, mais do que manter o controle sobre certo patri-
mônio, a contabilidade tem por fim a geração de informações que facilitarão a 
tomada de decisão por parte dos usuários destas. 
 
1.5 Campo de Aplicação 
 Neste tópico, veremos onde a contabilidade pode ser aplicada. 
 A queridíssima ciência contábil pode ser aplicada a todas as entidades eco-
nômico-administrativas, até mesmo as pessoas jurídicas de direito público, como 
União, Estados e Municípios, bastando para isso que tal entidade possua patrimô-
nio. As mencionadas unidades econômico-administrativas são também chamadas de 
Aziendas. Veremos logo a seguir, mais detalhes sobre estas unidades. 
 Perceba, portanto, meu caro aluno, que qualquer pessoa, física ou jurídica, 
pode aplicar a contabilidade, bastando, para isso, que possua e gerencie seu patrimô-
nio. Isto significa dizer que, ao final deste livro você estará tão apaixonado pela con-
tabilidade que desejará aplicá-la a seu próprio patrimônio, ou seja, fazer registros em 
partidas dobradas e elaborar demonstrações sobre seus bens, direitos e obrigações. 
 Brincadeiras a parte, neste estudo, abordaremos a Contabilidade Empresari-
al, ou seja, o estudo do patrimônio de pessoas jurídicas com fins lucrativos. 
 
Questões para Ilustração 
 
1) (Técnico PF 2004) Considerando que o campo de abrangência de uma 
ciência é delimitado pelo seu objeto, conclui-se que somente o atributo quan-
titativo do patrimônio delimita a contabilidade. 
 
Comentários: 
O campo de aplicação da contabilidade é delimitado por seu objeto: o patrimô-
nio. No estudo deste, levamos em conta, não apenas o aspecto (atributo) quantitati-
vo, mas, também, o qualitativo. Assim, não basta saber que temos R$ 50.000,00 em 
estoques, mas também devemos controlar suas quantidades e espécies. Errado. 
 
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7 
2) (Administrador Jr Petrobras 2004) A contabilidade é a ciência que es-
tuda, registra e controla o patrimônio tanto das entidades com fins lucrativos 
como daquelas que não objetivam o lucro. 
 
Comentários: 
Enunciado que mistura o objetivo clássico da contabilidade de estudar, registrar 
e controlar o patrimônio com o campo de aplicação da contabilidade que é qualquer 
pessoa física ou jurídica que possua e administre seu patrimônio, independente de ter 
ou não finalidade lucrativa. Certo. 
 
Azienda 
 Azienda é um conceito mais amplo do que o de patrimônio. É o patrimônio con-
siderado em conjunto com a pessoa que tem, sobre ele, poderes de administração e 
disponibilidade. Ou seja, azienda é o patrimônio e sua gestão. 
 Este termo, que é italiano, é chamado em português de Fazenda. Porém, fa-
zenda, neste caso tem sentido de “coisa a fazer”. 
 Não podemos confundir azienda com empresa, pois a segunda é espécie 
da primeira. Empresa é uma azienda com finalidade lucrativa. 
 Podemos então perceber que um patrimônio estático, sem administração, é de 
muito pouca utilidade para a contabilidade já que não se altera ao longo do tempo. É 
necessário que este seja gerido para que ocorram alterações que serão objeto do nos-
so estudo.1.6 Usuário da informação contábil 
 Usuário da informação contábil é toda pessoa física ou jurídica que tenha inte-
resse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja ela em-
presa com ou sem finalidades lucrativas, ou mesmo um patrimônio familiar. Eles usam 
as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades 
de informação. 
 Nos termos da Deliberação CVM 675/2011 que aprovou a “Nova Estrutura 
Conceitual Básica da Contabilidade”, as demonstrações financeiras destinam-se, 
primariamente, aos seguintes usuários: 
 Investidores. Os provedores de capital de risco e seus analistas 
que se preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. 
Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter 
ou vender investimentos. 
 Credores por empréstimos. Estes estão interessados em infor-
mações que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus em-
préstimos e os correspondentes juros no vencimento. 
 Fornecedores e outros credores comerciais. Os fornecedores e 
outros credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar se as 
importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. 
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 No entanto, podemos destacar alguns outros tipos de usuários da informação 
contábil: 
 Empregados. Os empregados e seus representantes estão inte-
ressados em informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregado-
res. Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade 
que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de aposentadoria e 
suas oportunidades de emprego. 
 Clientes. Os clientes têm interesse em informações sobre a conti-
nuidade operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a 
longo-prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante. 
 Governo e suas agências. Os governos e suas agências estão in-
teressados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Ne-
cessitam também de informações a fim de regulamentar as atividades das entidades, 
estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e esta-
tísticas semelhantes. 
 Público. As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas 
podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários modos, 
inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As demonstrações 
contábeis podem ajudar o público fornecendo informações sobre a evolução do de-
sempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes. 
 
1.7 Funções da Contabilidade 
 Podemos destacar duas principais funções da contabilidade: 
a) Função Administrativa: Controlar o patrimônio em seus aspectos 
estático (evidenciar sua situação em determinado momento) e dinâmico(controlar 
suas alterações qualitativas e quantitativas). 
 
b) Função Econômica: Consiste na apuração do resultado econômico, ou 
seja, lucro ou prejuízo, por meio da comparação entre receitas e despesas da en-
tidade. O resultado também pode ser chamado de rédito. 
 
1.8 Técnicas contábeis 
 Costumo dizer que técnicas contábeis são as ferramentas de que a contabilida-
de se utiliza para alcançar seus objetivos. Se quisermos controlar um patrimônio, te-
remos que registrar todos os fatos para depois, com base nestes registros, gerar rela-
tórios que precisam ser confiáveis e merecem interpretação. 
Por meio da utilização de técnicas contábeis é possível registrar, consolidar, 
controlar e analisar todas as mutações patrimoniais alimentando a administração das 
entidades com informações gerenciais de fundamental importância ao processo deci-
sório. 
 Vejamos, agora, quais são e o significado de cada técnica contábil: 
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9 
 Escrituração: Consiste no registro em livros especiais(livros contábeis 
de escrituração) e em linguagem própria (método das partidas dobradas), dos fatos 
que influem na composição qualitativa e quantitativa do patrimônio (fatos contábeis), 
com observância dos princípios geralmente aceitos. 
 Demonstrações Contábeis: Apenas registrar os fatos que afetam o pa-
trimônio não fornece ao administrador uma visão ampla da situação patrimonial da 
entidade de modo a alimentar o processo decisório. Por este motivo, desenvolveu-se a 
técnica de elaboração periódica de relatórios sobre o estado do patrimônio e o efeito 
da gestão administrativa sobre este ao longo do tempo. A tais relatórios damos o no-
me de demonstrações contábeis. 
 Auditoria Contábil: A auditoria contábil compreende o exame de docu-
mentos, livros contábeis, registros, além de realização de inspeções e obtenção de 
informações de fontes internas e externas, tudo relacionado com o controle 
do patrimônio da entidade auditada. A auditoria tem por objetivo averiguar a exatidão 
dos registros contábeis e das demonstrações contábeis no que se refere aos eventos 
que alteram o patrimônio e a representação desse patrimônio, buscando a detecção 
de erros e fraudes. Além de ser uma técnica contábil, a auditoria também pode ser 
entendida como um ramo da contabilidade. 
 Análise das Demonstrações Contábeis: Técnica que tem por funda-
mento a interpretação da situação econômica, financeira ou patrimonial da empresa, 
Utiliza valores obtidos nas demonstrações, que darão origem a índices obtidos pelo 
confronto de grupos de contas dentro ou não do mesmo exercício, que serão usados 
para comparação com exercícios e empresas diferentes. 
 
Questões para Ilustração 
 
3) (Técnico PF 2004) A contabilidade atinge seu objetivo de fornecer in-
formações sobre a composição e as variações do patrimônio para a tomada 
de decisões por meio das técnicas contábeis de escrituração contábil, de-
monstrações contábeis, auditoria contábil e análise de balanços. 
 
Comentários: 
As técnicas contábeis, conforme visto, são as citadas na afirmativa. Certo. 
 
2. Empresas – Sociedades Anônimas x Limitadas 
 Embora este assunto nada tenha a ver com contabilidade, é importante ga-
nharmos alguma intimidade com as formas de constituição de sociedades, uma vez 
que ao longo de todo o curso escutaremos falar em capital social, ações, estatuto, 
companhia, etc. 
 Existem diferentes formas de organização jurídica, possíveis de serem 
adotadas pelas empresas no país. Dentre estas, sem nenhuma sombra de dúvida, as 
mais importantes são as sociedades anônimas e as sociedades por quotas de res-
ponsabilidade limitada ou, simplesmente, limitadas. A escolha de uma das duas al-
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10 
ternativas está ligada ao porte da empresa, face os controles que se pretende adotar 
e à agilidade e qualidade do processo decisório e os custos envolvidos na forma esco-
lhida. 
 
2.1 Sociedades Anônimas (ou Companhias) 
 Esta forma de organização jurídica é mais propícia a sociedades de maior porte. 
As principais empresas de nosso país são organizadas desta maneira. Neste tipo de 
organização, os controles internos são mais rígidos (existe, por exemplo, um conselho 
fiscal a tomar as contas da administração), a administração da sociedade é feita por 
um órgão (conselho de administração ou diretoria) colegiado, levando a maior quali-
dade e menor agilidade nas decisões tomadas e o custo de manutenção deste regime 
é maior que o das limitadas que não possuem conselhos ou diretoria. 
Disciplinadas pela Lei 6404/76 (Lei das Sociedades por Ações), de fun-
damental importância ao nosso estudo, principalmenteem seus artigos 175 a 
205, as sociedades anônimas possuem as seguintes características: 
 O capital (parcela do patrimônio particular que os sócios entregam 
à sociedade) é dividido em ações. 
 Seu documento de constituição é o estatuto. Este indicará, dentre 
outras coisas, a quantidade e tipo das ações que compõem o capital social, o objeto 
da sociedade, a forma de distribuição dos lucros, etc. 
 Sua administração compete ao conselho de administração e à 
diretoria, ou somente à diretoria, conforme dispuser o estatuto. 
 Serão sempre consideradas “mercantis”, ou seja, comerciais, in-
dependentemente do objeto (atividade que desempenha), estando por este motivo, 
sempre sujeitas à falência. 
 
2.2 Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada 
 Esta forma de organização jurídica é mais propícia a sociedades de menor por-
te. Neste tipo de organização, os controles internos são menos rígidos (não existe, por 
exemplo, o conselho fiscal citado no caso das S.A), a administração da sociedade é 
feita por um diretor designado no ato constitutivo, levando a menor qualidade e maior 
agilidade nas decisões tomadas e o custo de manutenção deste regime é menor que o 
das S.A, visto que não possuem conselhos ou diretoria. 
 Esta forma jurídica de constituição de empresa é regulada, atualmente, pelo 
Novo Código Civil. Nas hipóteses de omissão da referida Lei e do documento de cons-
tituição da empresa (contrato social), devem ser obedecidas, por analogia, as normas 
da Lei 6404/76. Embora nem todas as normas da Lei das S.A. possam ser aplicadas 
às limitadas, aquelas relativas à elaboração de demonstrações contábeis são perfei-
tamente aplicáveis a este tipo de sociedade. Suas principais características são: 
 O capital é dividido em quotas; 
 Seu documento de constituição é o contrato social que indicará, 
dentre outras informações, o nome dos sócios, a atividade desenvolvida, o valor da 
participação de cada sócio, etc. 
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11 
 A administração é exercida por um sócio-administrador, indicado 
no contrato social para gerir e representar a sociedade. 
 Podem ser sociedades civis ou comerciais, dependendo do objeto 
desenvolvido. 
 
2.3 Quadro Comparativo entre S.A e Limitadas 
 
Elementos Sociedade Anônima Limitadas 
Divisão do Capital Ações Quotas 
Documento de Consti-
tuição Estatuto Contrato Social 
Administração da So-
ciedade 
Conselho de Administração e 
Diretoria ou somente a esta. Sócio - Administrador 
Quanto ao Objeto Sempre Mercantis, indepen-dendo do objeto. 
Civis ou Mercantis, 
dependendo do objeto. 
 
3. Patrimônio 
 Como já vimos, o patrimônio é o objeto de estudo da Contabilidade. Vejamos, 
agora, suas características. 
 
3.1 Conceito 
 Patrimônio- É o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empre-
sa. Estes conceitos serão detalhados logo adiante. 
 
 
 
 
 
 
Patrimônio Bens Direitos Obrigações 
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12 
Bens 
 Utilizando conceitos do direito civil, bem é qualquer coisa que satisfaz necessi-
dades humanas, que pode ser avaliada economicamente e que seja apropriável. Todo 
bem é uma coisa, mas nem toda coisa é um bem. O ar que respiramos, por exemplo, 
não pode ser avaliado economicamente e, portanto, não é um bem. Os bens se classi-
ficam em: 
 Bens numerários – Representados pelos meios de pagamento. 
Exemplo: caixa. 
 
 Bens fixos ou de uso – Representados pelos bens de propriedade 
da empresa, utilizados na sua atividade operacional. Ex: veículos de uso. 
 
 Bens de renda – Destinados a produzir renda. Exemplo: imóveis 
alugados. 
 
 Bens de venda – Representados, principalmente, pelas contas de 
estoques. 
 
 Outra classificação, esta muito mais importante para o futuro do nosso estudo, 
é quanto à tangibilidade: 
 
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 Tangíveis - Bens que possuem existência concreta (material), tal 
como um imóvel ou um veículo. 
 
 
 
 Intangíveis - Bens que possuem existência abstrata (imaterial), 
tal como uma licença para uso de determinada marca. 
 
 
Direitos 
 
 São todos os créditos de uma empresa contra terceiros. Referem-se a uma 
operação que, no futuro, será transformada em dinheiro, logo em bem. Exemplo: du-
plicatas a receber, adiantamentos a fornecedores, etc. 
 
 
 
Obrigações 
 São os débitos (dívidas) da empresa com terceiros. São bens de propriedades 
de terceiros que se encontram em poder da empresa. Exemplo: duplicatas a pagar, 
impostos a recolher, etc. 
 
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14 
 
 
3.2 Diferenças entre Patrimônio, Azienda e Fundo de Comércio 
 Azienda ou Fazenda–Como já vimos, é qualquer unidade econômico-
administrativa, representada por pessoas físicas ou jurídicas, de fins lucrativos ou 
não, cuja existência é reconhecida a partir da união de três elementos essenciais, que 
são o patrimônio, a administração e o trabalho. Ou seja, é o patrimônio conside-
rado juntamente com a pessoa que sobre ele tem poderes de administração e dispo-
nibilidade. É, portanto, um conceito mais amplo do que o de patrimônio. 
AZIENDA = Patrimônio + Gestão 
 Fundo de comércio– Representa o “ponto comercial”. É o valor não 
apenas do patrimônio existente no local onde se desenvolve a atividade, mas também 
o bom relacionamento com os clientes, moral elevado dos empregados, bom conceito 
nos meios empresariais, boa localização, conhecidos como “goodwill”. 
 Note, ainda, que existe uma diferença de tratamento jurídico entre os bens da 
empresa. O fundo de comércio é voltado exclusivamente para a atividade empresarial, 
enquanto o patrimônio é um conceito mais amplo e engloba todos os bens de uma 
empresa. Por exemplo, a sede campestre do clube de empregados da empresa é pa-
trimônio, mas não faz parte do fundo de comércio, vez que não é utilizado diretamen-
te em sua atividade comercial. 
 
 
 
 
 
4. Primeiras Noções de Balanço Patrimonial 
 Este estudo é somente uma noção inicial sobre o balanço patrimonial, uma das 
demonstrações contábeis obrigatórias, e tem a finalidade, apenas, de nos familiari-
zarmos com seu formato e com as nomenclaturas utilizadas. Esta demonstração con-
tábil será estudada detalhadamente em um capítulo mais adiantado da matéria. 
 As empresas, tendo em vista a necessidade de representar seu patrimônio gra-
ficamente, elaboram uma demonstração contábil, obrigatória para as S.A, denomina-
da BALANÇO PATRIMONIAL. O balanço patrimonial é como uma fotografia do pa-
trimônio da empresa em determinado momento. 
 
Patrimônio 
 
Azienda 
 
Fundo de 
Comércio 
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15 
 Esta demonstração, como veremos no prosseguimento do curso, deve ser ela-
borada ao término de cada exercício social. A maioria das empresas adota como exer-
cício social o ano-calendário, motivo pelo qual as demonstrações normalmente refe-
renciam-se à data de 31 de dezembro. 
 Os valores contidos nesta demonstração deverão estar sempre expressos em 
moeda corrente do país. 
 O balanço patrimonial é dividido em ativo e passivo e seus totais deve-
rão ser sempre iguais. 
 
 
 
 
 Vejamos a seguir o significado de cada um destes componentes: 
 
4.1 Ativo ou Ativo Total 
 Também conhecido como Patrimônio Bruto, Recursos Aplicados, ouApli-
cação de Recursos. 
 Compreende os bens e direitos da pessoa jurídica. Situa-se do lado esquerdo 
do balanço patrimonial. É onde a companhia aplica os recursos que se originam no 
passivo. São exemplos de contas do ativo: caixa, máquinas, móveis e utensílios, du-
plicatas a receber, estoques, etc. 
 Nos termos da Deliberação CVM 675/2011: “Ativo é um recurso controlado 
pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam fu-
turos benefícios econômicos para a entidade. 
 
 
 
 
 Segundo a redação atual da Lei das S.A, possui a seguinte subdivisão: 
 
 
 
 
Total do Ativo 
 
 
Total do Passivo 
 
 Ativo Bens Direitos 
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16 
 Onde: 
 Ativo Circulante – Abrange os bens e direitos com realização pre-
vista para o curto prazo. 
 
 Ativo Não Circulante– Abrange todos os demais bens e direitos 
da companhia que não sejam os realizáveis a curto prazo. Divide-se em quatro sub-
grupos: 
1) Realizável a Longo Prazo- Abrange os bens e direitos rea-
lizáveis, porém, com realização prevista para o longo prazo. 
2) Investimentos - É composto, principalmente, pelos inves-
timentos permanentes em outras sociedades. 
3) Imobilizado - É composto por bens corpóreos que se des-
tinem à manutenção das atividades da companhia e não à comercialização ou indus-
trialização. São exemplos os veículos, móveis e utensílios. 
4) Intangível– É composto pelos direitos incorpóreos desti-
nados à manutenção das atividades da companhia e não à comercialização ou indus-
trialização. São exemplos os direitos de explorar marcas e patentes alheias. 
 
4.2 Passivo Exigível 
 Também conhecido como Capital Alheio, Capital de Terceiros, ou ainda, 
Recursos de Terceiros. 
 Todos os elementos componentes do passivo exigível estão discriminados no 
lado direito do balanço patrimonial e representam as fontes de recursos da pessoa 
jurídica oriundas de terceiros, estranhos à sociedade. Exemplos: títulos a pagar, con-
tas a pagar, fornecedores, salários a pagar, impostos a pagar etc. Representa as obri-
gações da empresa perante terceiros. 
Nos termos da Deliberação CVM 675/2011: Passivo é uma obrigação presente da 
entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saí-
da de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. 
 O Passivo Exigível divide-se em dois subgrupos: 
 
 
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17 
 Passivo Circulante -. Composto pelas obrigações com terceiros 
exigíveis no curto prazo. 
 Passivo Não Circulante – Composto pelas obrigações com tercei-
ros exigíveis no longo prazo. 
 
4.3 Patrimônio Líquido 
 Também conhecido como Situação Líquida, Capital Próprio ou Recursos 
Próprios, este grupo representa as obrigações com os sócios, as quais classificamos 
Também está localizado no lado direito do balanço patrimonial e faz parte do chamado 
“Passivo Total”, como veremos ao estudarmos a equação patrimonial. 
Nos termos da Deliberação CVM 675/2011: Patrimônio Líquido é o interesse 
residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. 
Representa o capital próprio, a parcela que pertence aos sócios da sociedade 
e se constitui na outra fonte de recursos que irá financiar a aquisição de bens e direi-
tos, ou seja, a constituição do ativo. O patrimônio líquido de uma pessoa jurídica po-
de ser proveniente das seguintes fontes: 
 Capital Social: Recursos oriundos do patrimônio dos proprietários 
(titulares, sócios ou acionistas) em troca de quinhão, quotas, ações ou outras partici-
pações. 
 Lucros ou Prejuízos: São recursos originados na própria pessoa 
jurídica, por meio de suas atividades operacionais, que poderão ser reinvestidos, 
quando se tratar de lucro, representando, neste caso, fonte adicional de financiamen-
to; 
 Reservas: São recursos originados nos lucros obtidos pela pessoa 
jurídica em decorrência de suas atividades operacionais ou destinados a reforço do 
capital social. 
Ativo Total 
(Bens e Direitos) 
Passivo Exigível 
(Obrigações com 3ºs) 
Patrimônio Líquido 
 (Obrigações com Sócios) 
Total do Ativo Total do Passivo 
∑Ativo = ∑Passivo 
 
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18 
Agora, veremos de maneira bastante simplificada um exemplo de um balanço 
patrimonial. 
CIA CONCURSEIRA S/A. 
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/X9 
ATIVO TOTAL PASSIVO TOTAL 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Caixa 2.000 Títulos a Pagar 7.000 
Bancos 1.600 Passivo Não Circulante 
Mercadorias 6.000 Obrigações a Pg. 3.600 
Duplicatas a Rec. 3.400 
ANC Imobilizado Patrimônio Líquido 
Veículos 1.000 Capital 8.000 
Imóveis 6.000 Reserva de Lucros 1.400 
TOTAL 20.000 TOTAL 20.000 
 
5. Equação Patrimonial e Estados Patrimoniais 
5.1 Equação Patrimonial 
 A premissa de que partiremos pode ser observada no nosso balanço patrimonial 
simplificado anteriormente visto. Os somatórios do ativo total e do passivo total 
serão sempre iguais. 
 
 
 
 
 Como vimos anteriormente, o passivo total é composto de passivo exigível e 
patrimônio líquido. Teremos, então, nossa equação fundamental assim determina-
da: 
 
 
 
 
 
 
 
Total do Ativo 
 
Total do Passivo 
 
 
Ativo Total Passivo Exigível 
 
Patrimônio 
Líquido 
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19 
5.2 Estados Patrimoniais 
 Para melhor compreender os estados patrimoniais e as questões que os 
envolvem, devemos sempre ter em conta que: 
a) O ativo sempre será positivo ou, na pior das hipóteses, nulo, ja-
mais assumindo um total negativo. 
b) Da mesma forma, o passivo sempre será positivo ou, na pior das 
hipóteses, nulo, jamais assumindo um total negativo. 
c) O patrimônio líquido poderá ser positivo, nulo ou negativo. É, por-
tanto, o único grupo que pode assumir um total negativo. 
 Considerando-se os valores dos componentes do balanço patrimonial, são 5 os 
estados patrimoniais possíveis: 
 A>PE ⇒ SL>0 ⇒ Situação líquida superavitária (positiva, ativa 
ou favorável). Considerado o estado mais usual do patrimônio. Nela, o ativo é maior 
que o passivo exigível e a situação líquida é maior que zero. 
 
 
 
 
 
 
 
 A= PE-PL⇒ A<PE ⇒ SL<0 ⇒ Situação lí-
quida deficitária (passivo a descoberto, desfavorável, passiva ou negativa). 
Nesta hipótese, o ativo é menor que o passivo exigível e a situação líquida é menor 
que zero. Esta situação é desfavorável à empresa, pois os bens e direitos são inferio-
res às obrigações. Durante muito tempo houve a obrigatoriedade de, na existência de 
passivo a descoberto, representá-lo no lado esquerdo do balanço. 
Tal obrigação era decorrente da Resolução CFC 686/91 que aprovavam as NBC 
T3 (Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas Nº 3). Ocorre que a Resolução 
1.049/2005 do mesmo órgão, revogou as disposições da primeira, fazendo 
com que hoje o PL negativo permaneça no lado direito com sinal negativo. 
 O termo “passivo a descoberto” é muito utilizado em prova. 
 
A 
 
PE 
 
 
PL 
 
 
AT 
 
PE 
 
PL 
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20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A=0 ⇒ SL = PE ⇒ É a pior situação possível. Situação de falência ab-
soluta, pois a empresa só possui obrigações.PE=0 ⇒ A=SL ⇒ É, em tese, a melhor situação possível, pois a empresa só 
possui direitos e bens. Não há dívidas, ou seja, toda riqueza é própria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A=PE ⇒ SL=0 ⇒ Situação Líquida Nula. Nesta situação, o ativo é 
igual ao passivo exigível. Não existe riqueza própria, ou seja, PL (capital próprio) = 0. 
 
 
A 
 
 
PE 
 
 -PL 
PE 
- PL 
A 
 
PL 
 
 
AT 
 
PE 
 
PL 
 
PE 
 
PL 
 
AT 
 
PL 
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21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Note que é inconcebível uma situação patrimonial em que a situação líquida 
seja maior que o ativo total. 
 
6. Resultado: Receita x Despesa 
6.1 Conceito 
 Resultado (também conhecido como “Rédito”) é a expressão econômica 
das variações ocorridas no patrimônio líquido em um determinado exercício. 
Em cada período poderá ser lucro ou prejuízo. 
 Será lucro se as receitas superarem as despesas em um mesmo exercício soci-
al. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Se ocorrer o oposto, ou seja, as despesas forem superiores às receitas, teremos 
um prejuízo. Receitas e despesas, como veremos futuramente, são classificadas co-
mo “Contas de Resultado”. Vejamos agora os significados destes conceitos. 
 
 
 
 
A 
 
PE 
 
 
 Lucro 
 
Receitas Despesas 
 
Lucro 
 
Receitas 
 
Despesas 
 
AT 
 
PE 
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22 
 
 
 
6.2 Receitas 
 
 Podem ser definidas, genericamente, como variações positivas do patrimô-
nio líquido. Originam-se, em geral, das vendas de mercadorias, produtos ou presta-
ções de serviços. É refletida no balanço por meio da entrada de dinheiro no caixa ou 
em bancos (venda à vista) ou em forma de direitos a receber (venda a prazo). 
Nos termos da Deliberação CVM 675/2011: Receitas são aumentos nos be-
nefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos 
ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do 
patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores 
dos instrumentos patrimoniais 
Durante o curso, conheceremos e aprenderemos a contabilizar os principais ti-
pos de receitas. 
 
6.3 Despesas 
 Podem ser definidas, genericamente, como variações negativas no patrimô-
nio líquido da entidade. A utilização de serviços e o incorrimento no fato gerador de 
tributos são exemplos de despesas. A despesa pode, ainda, originar-se de reduções 
no valor dos ativos, como é o caso do desgaste de máquinas e equipamentos de uso, 
por meio dos encargos de depreciação, entre outras. 
Nos termos da Deliberação CVM 675/2011: Despesas são decréscimos nos 
benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos 
ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do 
patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores 
dos instrumentos patrimoniais. 
 Podem ser definidas, ainda, como todo sacrifício ou esforço feito no intuito 
da obtenção de uma receita. Ela é refletida no balanço por meio de uma redução 
do caixa ou bancos (quando é paga à vista) ou mediante um aumento de uma dívida 
(passivo, quando a despesa é incorrida, mas não paga). 
 Obs: Mais adiante estudaremos a escrituração pelo regime de competência. 
Entenderemos, então, que nem todo o desembolso de dinheiro significa uma despesa 
e vice-versa. 
 
 
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23 
Questões para Ilustração 
 
4) (Agente PF 2009) De acordo com a doutrina e a legislação contábeis, a 
prescrição de uma dívida e o perecimento de um direito correspondem, res-
pectivamente, a uma realização de receita e à incorrência de uma despesa. 
 
Comentários: 
Quando uma empresa possui uma dívida com certo credor e o direito deste de 
cobrar por esta é extinto por inércia deste, a empresa também não mais terá obriga-
ção de pagar. Trata-se de algo claramente favorável à riqueza da sociedade, ou seja, 
uma receita. 
Da mesma forma, se a nossa sociedade observar o perecimento de um direito, 
isto será considerado negativo para a riqueza própria da sociedade, ou seja, uma des-
pesa. Certo. 
 
6.4 Diferença entre Custo e Despesa 
 Custo: Gasto relativo a um bem ou serviço utilizado (consumido) na pro-
dução de outros bens ou serviços. É o gasto efetivado no setor de produção (es-
paço físico) ou com terceiros que manuseiem o produto em fabricação. Com-
põem o custo: as matérias primas utilizadas na produção, a mão de obra dos funcio-
nários da fábrica e os custos indiretos de fabricação, como a luz gasta para fazer a 
máquina industrial funcionar. Em uma empresa comercial, o único custo existente é o 
Custo das Mercadorias Vendidas – CMV, que será estudado em outro ponto mais adi-
ante. 
 Despesa: É todo gasto que visa à obtenção de uma receita. É efe-
tuado fora do setor de produção. Também significa consumo de bens e serviços, 
todavia, este consumo não está vinculado à produção. A despesa é lançada de manei-
ra direta e imediata nas contas de resultado, independentemente da produção imedia-
ta de qualquer receita. Exemplos: despesas administrativas, despesas comerciais, 
despesas financeiras, despesas tributárias, etc. 
 
 
 
 
 
6.5 Regimes de Contabilização 
 Existem dois critérios completamente diferentes para a determinação do mo-
mento em que ocorrem as receitas e despesas. São os chamados regimes de contabi-
lização de caixa e regime de contabilização de competência 
 Atenção, pois a Lei 6404/76 determina que todas as sociedades anônimas 
adotem o regime de competência para a elaboração de seus registros e demons-
trações contábeis. Assim como as S.A., todos os tipos de empresas que divulguem 
 
Custo 
 
Despesa 
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demonstrações contábeis deverão fazê-lo utilizando o regime de competência. Isto 
não impede que a empresa utilize paralelamente o regime de caixa se isto for de seu 
interesse ou que empresas que não são obrigadas e divulgar (publicar) suas demons-
trações também o utilizem. Note, no entanto, o mencionado no início do estudo sobre 
sociedades de grande porte que devem escriturar como se fossem sociedades 
por ações e, assim, sendo, devem usar o regime de competência. 
 Regime de Caixa: neste regime, como o próprio nome já diz, as recei-
tas e despesas são consideradas ocorridas quando do efetivo ingresso ou desem-
bolso do dinheiro, respectivamente, nos cofres da companhia, independendo de 
ter ocorrido ou não o fato gerador. 
 Regime de Competência: de fundamental importância para nosso 
estudo, este regime reconhece a ocorrência das receitas e despesas pela ocorrência 
do “Fato Gerador”, independentemente da entrada ou saída dos valores do 
caixa da empresa. 
 
 Exemplo: 
 Imaginemos uma situação em que, no dia 01.10.2009, contratamos uma apóli-
ce de seguro para o prédio onde funciona a matriz da empresa. Tal seguro, que terá a 
duração de doze meses, será pago antecipadamente no valor de R$ 12.000,00. 
 No regime de caixa, este valor será considerado despesa no momento em 
que for efetivamente desembolsado, independente do fato gerador da despesa ter 
ocorrido ou não. Note que, desta forma, teremos uma despesa de R$ 12.000,00 afe-
tando negativamente o resultado da empresa e no restante do decurso da validade do 
seguro contratado não haverá mais despesas a registrar. Destaforma, o resultado de 
2009 seria reduzido em R$ 12.000,00, enquanto o resultado de 2010 nada sofreria. 
Esta não é, na realidade, a essência desta transação. 
 
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25 
 Já, no regime de competência, a despesa somente será registrada quando 
ocorrer o seu fato gerador. Como, normalmente, trabalhamos com uma base de 
competência mensal, só será considerada incorrida a despesa no final do mês co-
berto por aquela apólice de seguros. Enquanto não decorridos os meses, aquele valor 
que foi pago no início da vigência é considerado uma despesa paga antecipada-
mente e será um direito da empresa em nosso balanço patrimonial. Desta forma, 
teríamos: 
 Em 01.10.2009: 
 Despesa paga antecipadamente – 12.000 e despesa do exercício 2009 – ZERO 
 A cada mês decorrido, reconhecemos uma das doze parcelas como despesa, 
reconhecendo, assim, paralelamente, a redução do direito da empresa. 
 Ao chegarmos, a 30/09/2010, estará extinto o direito da empresa, já que en-
cerrada a validade da cobertura do seguro e registrado o restante da despesa no re-
sultado de 2010. Desta forma, no balanço patrimonial de 2010, não mais aparecerá a 
conta de direito, e na apuração do resultado, teremos “Despesas com Seguros” no 
valor de R$ 9.000,00. 
 
 
Abaixo, vemos uma tabela para melhor visualizarmos a situação: 
 
Regime de Caixa Regime de Competência 
Mês/ Ano Direitos Despesas Mês/ Ano Direitos Despesas 
Ano 2009 Ano 2009 
Outubro - (12.000,00) Outubro 11.000,00 (1.000,00) 
Novembro - - Novembro 10.000,00 (1.000,00) 
Dezembro - - Dezembro 9.000,00 (1.000,00) 
Resultado 
2009 
- (12.000,00) Resultado 
2009 
9.000,00 (3.000,00) 
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Regime de Caixa Regime de Competência 
Mês/ Ano Direitos Despesas Mês/ Ano Direitos Despesas 
Ano 2010 Ano 2010 
Janeiro - - Janeiro 8.000,00 (1.000,00) 
Fevereiro - - Fevereiro 7.000,00 (1.000,00) 
Março - - Março 6.000,00 (1.000,00) 
Abril - - Abril 5.000,00 (1.000,00) 
Maio - - Maio 4.000,00 (1.000,00) 
Junho - - Junho 3.000,00 (1.000,00) 
Julho - - Julho 2.000,00 (1.000,00) 
Agosto - - Agosto 1.000,00 (1.000,00) 
Setembro - - Setembro - (1.000,00) 
Resultado 2010 - - Resultado 2010 - (9.000,00) 
 
 Obs1: Dizemos que uma receita foi recebida quando ocorre o recebimento dos 
valores relativos à transação. No entanto, ela só será considerada ganha quando 
ocorrer o fato gerador deste recebimento; nos casos mais comuns, a entrega dos bens 
ou a prestação dos serviços. Somente quando a receita for ganha é que observaremos 
o fenômeno da apropriação. Da mesma maneira, a despesa é considerada paga 
quando ocorre o efetivo desembolso dos valores envolvidos na transação. No entanto, 
esta somente será considerada incorrida quando da ocorrência do fato gerador, o 
que se dará pela fruição da contrapartida colocada à disposição pela outra pessoa en-
volvida na transação. Assim como na receita, somente quando a despesa for conside-
rada incorrida é que haverá a apropriação. 
 
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 Obs 2: As contas mencionadas na observação anterior são privativas do 
regime de competência, já que, como vimos anteriormente, no regime de caixa as 
receitas e despesas ocorrem no momento do recebimento ou do desembolso do valor, 
respectivamente. 
 Obs 3: O fenômeno descrito no exemplo sobre o regime de competência, 
no qual o reconhecimento da despesa ou da receita se dá mediante a ocorrência do 
fato gerador, é denominado apropriação. Podemos dizer que este é o fenômeno 
pelo qual uma receita ou despesa antecipada é transformada em receita ou 
despesa do exercício. 
 Obs4 – “despesa paga antecipadamente” é o mesmo que: “despesa an-
tecipada”, “despesa a vencer”, “despesa a apropriar” ou “despesa paga, mas não in-
corrida”. Da mesma forma, “receita recebida antecipadamente” é sinônimo de “receita 
antecipada”, “receita a vencer”, “receita a apropriar” ou “receita recebida e não ga-
nha”. 
 
Questões para Ilustração 
 
5) (Auditor TCU 2007) Considere a seguinte situação hipotética. 
Uma empresa contratou seguro, em 1.º/10/2006, no valor de R$ 360.000,00, 
com vigência de dois anos, sendo que seu exercício social coincide com o 
ano-calendário. Nessa situação, em 31/12/2007, o balanço patrimonial deve-
rá demonstrar R$ 135.000,00 como seguros a vencer, no ativo realizável a 
longo prazo. 
 
 Comentários: 
Contratos como os de seguros tem a particularidade de terem seus prêmios pagos 
antecipadamente em relação à ocorrência do fato gerador. Vale dizer que o contratan-
Receitas 
Ganha 
Recebida Efeito $ 
Fato 
Gerador 
Despesas 
Incorrida 
Paga Efeito $ 
Fato 
Gerador 
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te paga o prêmio na data da assinatura do contrato e só vai usufruir da cobertura ofe-
recida pela seguradora a medida que o tempo passe. Note, portanto, que se a con-
tratante, na data do pagamento, não usufruiu dos serviços oferecidos pela 
seguradora, não houve fato gerador para a despesa de seguros. Assim, o valor 
pago antecipadamente por algo que ainda não usufruí será considerado um direito da 
empresa, registrado na conta “Seguros a Vencer”. Somente, a medida que o tem-
po passe, em base mensal, é que vamos apropriar a despesa ao resultado, reduzindo 
o direito da empresa. Assim, devemos perceber que, na data da contratação, foi reco-
nhecido um direito de R$ 360.000,00. 
 Somente a medida que o tempo passe é que devemos reconhecer a despesa, 
pelo efetivo consumo do serviço oferecido pela seguradora. Desta forma, iremos reco-
nhecer mensalmente: 
R$ 360.000,00 ÷ 24 meses = R$ 15.000,00 
 Como, entre a assinatura do contrato (01/10/2006) e o encerramento do exer-
cício (31/12/2006) temos 3 meses, serão reconhecidos como despesa em 2005: 
R$ 15.000 X 3 meses = R$ 45.000 
 Assim, o direito que era, originalmente de R$ 360.000 estaria reduzido a R$ 
315.000, divididos em direitos de curto prazo (realizáveis até o término do exercício 
social seguinte e classificados no ativo circulante) e de longo prazo (realizáveis 
após o término do exercício social seguinte e classificáveis no ativo não circulante 
realizável a longo prazo). 
 Portanto, se estamos em 31.12.2006, estarão no curto prazo as parcelas 
realizáveis até 31.12.2007, ou seja, 12 parcelas, estando as demais classificadas 
no longo prazo. Desta forma: 
AC = 12 parcelas X R$ 15.000 = R$ 180.000 
 Desta forma, as demais parcelas estarão no longo prazo. Se 3 parcelas já se 
transformaram em despesas e 12 estão no curto prazo, teremos 9 parcelas no longo 
prazo: 
ANC RLP = 9 parcelas X R$ 15.000 = R$ 135.000 
Como podemos observar a afirmativa está correta. Certo 
 
6) (Contador STM 2004) As receitas devem ser lançadas pelo regime de 
caixa e as despesas, pelo regime de competência. 
 
 Comentários: 
Afirmativa absurda, pois, tanto receitas quanto despesas devem ser apuradas pelo 
regime de competência. Errado. 
 
7. Escrituração e Método das Partidas Dobradas 
 As mutações do patrimônio de uma empresa, compreendendo os aspectos qua-
litativos e quantitativos, precisam ser registradas de maneira lógica, de forma a per-
mitir, não apenas o registro da transação ocorrida, mas também a organização destes 
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registros de maneira a produzir informações que possam ser utilizadas no processo 
decisório da empresa. 
 A técnica contábil utilizada para o registro das mutações de determinado patri-
mônio e a obtenção de informações que possam ser úteis à administração da empresa 
é denominada escrituração. 
 Consiste no registro em livros especiais (livros contábeis de escrituração) e em 
linguagem própria (método das partidas dobradas), dos fatos que influem na compo-
sição qualitativa e quantitativa do patrimônio (fatos contábeis), com observância dos 
princípios geralmente aceitos. 
 A estas movimentações damos o nome de registros, partidas ou lançamen-
tos. 
 As partidas (ou lançamentos contábeis) são efetuadas em contas contábeis, 
conceito que veremos logo a seguir. 
 
 
7.1 Conta 
 É uma classe de elementos do patrimônio, ou seja, são títulos que identificam 
graficamente elementos de mesma natureza. Para cada elemento do patrimônio há 
uma conta para representá-lo e controlá-lo. 
 A função das contas é registrar os bens, direitos, obrigações e a situação líquida 
patrimonial, além das receitas e despesas, com base nas quais são apurados os lucros 
ou prejuízos decorrentes das atividades da empresa. 
 A cada componente patrimonial corresponde uma representação gráfica deno-
minada “Conta Contábil”. 
 Cumpre, ainda, citarmos o conceito clássico de conta dado pelo conhecido autor 
Geraldo De La Roque: 
 "Conta é a representação gráfica de débitos e créditos referentes a uma pessoa 
e a fatos contábeis homogêneos". 
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Razonete ou Conta “T” 
 
Questões para Ilustração 
 
7) (Fiscal Alagoas 2002) Nos razonetes, os movimentos devedores são 
apresentados do lado direito, e os credores, do lado esquerdo de quem olha. 
 
Comentários: 
Como sabemos os débitos ocorrem à esquerda e os créditos à direita dos razo-
netes. Errado. 
 
7.2 Teoria Patrimonialista 
 Dentre as teorias de classificação das contas, destaca-se a “Teoria Patrimonia-
lista”. 
 Esta é a abordagem mais utilizada atualmente. Nesta teoria, contempla-
mos os aspectos estático e dinâmico do patrimônio, objeto de estudo da contabilida-
de. No aspecto estático, temos as contas de ativo, passivo exigível e patrimônio líqui-
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31 
do, representativas do patrimônio em um dado momento, neste caso, o fim do exercí-
cio social. Sob o aspecto dinâmico, temos as contas de receitas e despesas, que indi-
carão como o resultado econômico evoluiu no decorrer do exercício até tornar-se par-
te do patrimônio no final do exercício. 
 Patrimoniais - Representam os bens, direitos, obrigações com tercei-
ros e com os sócios ou acionistas, representados no balanço pelas contas de ativo, 
passivo exigível e patrimônio líquido. 
 Resultado - São as receitas e despesas que representam as variações 
do patrimônio. 
 
Questões para Ilustração 
 
8) (Analista CESAN 2005) As contas patrimoniais, também chamadas de 
permanentes, representam os estoques de recursos e de aplicações da enti-
dade e compõem o balanço patrimonial. 
 
Comentários: 
De fato, as contas patrimoniais (também chamadas permanentes) representam 
as origens (estoques) de recursos, ou seja, os passivos e as aplicações destes recur-
sos no ativo. Certo. 
 
7.3 Plano de Contas 
a) Conceito 
 O plano de contas é composto pela relação ordenada e codificada das 
contas utilizadas pela entidade, bem como de todas as normas e procedimen-
tos adotados pelo seu sistema contábil. Seu objetivo é padronizar as informações, 
tornando mais eficaz a elaboração dos registros e demonstrações contábeis, assim 
como sua posterior análise. 
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 Cada empresa possuirá um plano de contas com características próprias. Quan-
do elaboram seus planos de contas, os profissionais contábeis das empresas levam 
em consideração principalmente o porte e o ramo de atividades. 
 
b) Composição 
 O plano de contas de uma empresa é normalmente composto de dois elementos 
principais: 
 Elenco das contas - Relaciona de maneira ordenada e codificada todas 
as contas utilizadas pela entidade. No caso das empresas com atividades mais co-
muns, a ordenação do plano de contas deve ser de acordo com o disposto na Lei 
6.404/76. Já nos órgãos públicos, instituições financeiras e seguradoras, com atividades 
ligadas a setores da economia de relevante controle governamental, o plano de contas é 
padronizado pelos respectivos órgãos de fiscalização. 
 Vejamos, agora, um exemplo de conta relacionada no elenco de contas: 
 1. Grupo Ativo 
 1.1 Subgrupo (primeiro grau) Ativo Circulante 
 1.1.1 Subgrupo (segundo grau) Disponibilidades 
 1.1.1.1 Conta Caixa 
 1.1.1.1.1 Subconta Caixa da Matriz 
 1.1.1.1.2 Subconta Caixa da Filial 1 
 1.1.1.1.3 Subconta Caixa da Filial 2 
 1.1.1.2 Conta Bancos Conta Movimento 
 1.1.1.2.1 Subconta Banco Alfa 
 1.1.1.2.2 Subconta Banco XYZ 
 
 Manual de Contas - Possui a função de explicar o uso correto de ca-
da conta componente do plano de contas, definindo sua função, isto é, a razão de 
sua existência e seu funcionamento, ou seja, quando a conta será debitada e quando 
será creditada, bem como a natureza do seu saldo. 
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33 
 
Questões para Ilustração 
 
9) (Fiscal Alagoas 2002) A contabilidade depende de um plano para a sua 
escrituração, que é um conjunto de contas compatível com as necessidades 
de registro das transações da empresa em que cada conta deve ter uma fun-
ção e as condições de funcionamento (quando deve ser debitada e credita-
da). 
 
Comentários: 
 Como vimos o plano de contas é o conjunto de contas que descreve a função e 
funcionamento de cada conta, codificando-as e ordenando-as. Ele deve ser compatível 
com a necessidades (porte e ramo de atividade) da sociedade. Certo. 
 
7.4 Débito e Crédito – O Método das Partidas Dobradas 
 A dificuldade principal para aqueles que iniciam o estudo da contabilidade reside 
no fato de que o estudante é levado a pensar que o débito é coisa desfavorável e o 
crédito, coisa favorável, quando, na realidade, trata-se apenas de uma questão de 
ordenação ou de organização. Como a conta tem dois lados, foi escolhido um lado pa-
ra os débitos (o esquerdo), e outro para os créditos (o direito), seguindo a mesma 
lógica do balanço. 
 Para iniciarmos nosso entendimento do assunto, é necessário que entendamos 
que as contas de ativo, apesar de representarem um crédito da empresa, são contas 
de natureza devedora. Da mesma forma, as contas de passivo (exigível ou patrimônio 
líquido) que representam um débito da empresa são contas de natureza credora. Tal 
entendimento é uma decorrência da teoria personalista que, ao classificar as con-
tas, identifica-as como verdadeiras “pessoas”, donde depreende-se que os agentes 
com os quais a empresa possui obrigações são, em verdade, credores da empresa e 
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34 
aqueles com os quais a empresa possui direitos são devedores da empresa.
 
 Outra forma de encararmos esta questão é notarmos que todo débito signifi-
ca uma aplicação de recursos enquanto todo crédito corresponde à origem 
dos recursos. Vejamos então um exemplo de como devemos raciocinarpara saber-
mos qual conta deverá ser creditada ou debitada: 
 Imaginemos uma situação em que sua empresa está adquirindo um veículo à 
vista com pagamento efetuado por meio de cheque. A origem dos recursos para a 
aquisição do bem é a conta corrente da empresa. Utilizaremos a conta contábil “Ban-
cos Conta Movimento” para designar esta classe patrimonial. Estes recursos serão 
aplicados na aquisição de um veículo que será registrado na conta contábil “Veícu-
los” que agregará os valores relativos a esta classe no patrimônio da empresa. Então, 
teremos débito na conta que representa a aplicação, ou seja, veículos e crédito na 
conta bancos conta movimento que representa a origem dos recursos. 
 No entanto, com o decorrer do curso, veremos que a melhor maneira de 
aprendermos sobre quando debitar ou creditar uma conta é conhecendo o signifi-
cado, função e classificação de cada conta. 
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35 
 
 
Método das Partidas Dobradas 
 O método das partidas dobradas constitui-se de duas premissas básicas: 
“O total lançado a débito sempre será igual ao total lançado a crédito” 
 
 “Toda partida corresponde a uma contrapartida” 
 Consequentemente, o valor do fato contábil será registrado, concomitantemen-
te, a débito de uma ou mais contas e a crédito de uma ou mais contas e vice-versa 
(partida dobrada). 
 Podemos, então, constatar que, num determinado lançamento, a soma dos dé-
bitos deve sempre ser igual à soma dos créditos. 
 Outra conclusão importantíssima a que podemos chegar é que sempre que fi-
zermos um lançamento a débito, obrigatoriamente teremos pelo menos uma contra-
partida a crédito e vice-versa. 
 
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36 
 
Ou então, em forma de razonetes (conta “T”): 
Caixa Estoques 
D C D C 
 5.000 5.000 
 
7.5 Funcionamento das Contas 
 A partir de agora, aprenderemos o funcionamento das contas, ou seja, quando 
uma conta deve ser debitada e quando deve ser creditada e o porquê. 
 É necessário, de uma vez por todas, perceber que o que aprenderemos a partir 
de agora é uma mera convenção que nada tem a ver com os fatos serem positivos ou 
negativos para a empresa. 
 Esta convenção, no que se refere às contas patrimoniais obedece a seguinte 
lógica: se o ativo representa as aplicações e os débitos também, o ativo terá natureza 
devedora. Note que ambos estão do lado esquerdo (do balanço e do razonete, respec-
tivamente). Ao contrário, se o passivo e o patrimônio líquido representam as origens e 
os créditos também, estes grupos terão natureza credora. Note que ambos estão do 
lado direito (do balanço e do razonete, respectivamente). 
 
Contas do ativo 
 As contas do ativo são, por natureza, devedoras. Isto significa que, quando 
debitadas são aumentadas e quando creditadas são diminuídas. 
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37 
 
 
 Exemplo: a aquisição de uma máquina à vista, para uso, no valor de R$ 
2.000,00, pagos em moeda corrente. 
 Obs: não estão sendo levados em consideração os saldos anteriores e posterio-
res das contas envolvidas. 
 No exemplo, verifica-se que houve um aumento do ativo, na conta “Máquinas e 
Equipamentos”, que deverá ser debitada e uma diminuição de outro ativo, na conta 
“Caixa”, que deverá ser creditada. No razonetes em “T”, o lançamento ficaria assim: 
 
Máquinas e Equipamen-
tos 
 Caixa 
2.000 2.000 
 
 Como já visto, os saldos das contas do ativo retratam as aplicações de recursos 
na atividade operacional da entidade. Soa bastante lógico dizer que, para haver apli-
cações, antes devem existir as origens e estas estão localizadas no lado direito do ba-
lanço como capital próprio (patrimônio líquido) e/ou, capital de terceiros (passivo exi-
gível), representado pelas obrigações. Note que a conta “Caixa”, no exemplo, faz as 
vezes de uma conta intermediária na operação. Resultaria no mesmo efeito se a má-
quina pudesse ser adquirida, primeiro pelo sócio, e, logo após, entregue à pessoa ju-
rídica como integralização de capital. 
 
Contas do passivo 
 As contas do passivo são, por natureza, credoras. Isto significa que, quando 
creditadas são aumentadas e quando debitadas são diminuídas. 
 
 
 
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Questões para Ilustração 
 
10) (Fiscal Maceió 2003) As contas de ativo, com exceção das retificadoras, 
devem apresentar sempre saldo credor. 
 
Comentários: 
 Como vimos, as contas de ativo representam aplicações de recursos e, assim, 
apresentam natureza devedora, ou seja, saldo devedor, sendo suas retificadoras, ao 
contrário, credoras. Errado. 
 
11) (Contador STM 2004) Contas do ativo de natureza devedora aumentam 
quando ocorre aplicação e diminuem quando o fato é uma origem. 
 
Comentários: 
Como vimos, as contas de ativo são devedoras e aumentam por aplicações (dé-
bitos), diminuindo por origens (créditos). Certo. 
 
 Exemplo: pagamento de fornecedores, no valor de R$ 500,00, em 
moeda corrente. 
Neste caso, a conta “Fornecedores” deverá ser diminuída, ou seja, deverá ser debita-
da, pois significa a aplicação do recurso no pagamento da duplicata, enquanto a conta 
“Caixa” será creditada, pela sua diminuição, já que é a origem do recurso para o pa-
gamento. No razonete em “T”, o lançamento ficaria da seguinte forma: 
Fornecedores Caixa 
500 500 
 
 
 
 
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Contas de Patrimônio Líquido 
 As contas de patrimônio líquido, da mesma forma que as de passivo, são, por 
natureza, credoras. Para aumentá-las é necessário creditá-las e, para diminuí-las, 
faz-se o lançamento a débito. 
 
 Exemplo: 
 1) Integralização do capital social da empresa pelo sócio A, por meio de 
entrega de um imóvel no valor de R$ 100.000,00. 
 
feito na forma O patrimônio líquido será aumentado pelo crédito da conta “Capital So-
cial”, indicativa da origem do imóvel. Da mesma maneira, debitaremos a conta “Imó-
veis”, representativa da aplicação dos recursos, aumentando assim o seu saldo. 
 O lançamento em forma de razonete seria que se segue: 
 
Capital Social Imóveis 
 100.000 100.000 
 
Contas de Receitas 
 Para melhor compreendermos o mecanismo de débito e crédito nas contas de 
resultado, devemos, primeiramente, saber que as contas de receita sempre aumen-
tam o patrimônio líquido e representam origens de recursos. 
 As contas de receitas, por representarem origens de recursos, serão 
sempre creditadas, sendo debitadas somente quando do encerramento do período 
de apuração, pelo total, a fim de zerá-las, transferindo-se seus saldos para a conta de 
apuração de resultado. Assim, as contas de receitas começam, no período de apura-
ção seguinte, com saldo zero. 
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 Exemplo 
 Venda de mercadorias à vista, por R$ 3.000,00. 
 A conta “Venda de Mercadorias” corresponde a uma origem de recursos. A apli-
cação se dará, pelo débito, na conta “Caixa”. 
Caixa Vendas de Mercadorias 
3.000 3.000 
 
Contas de Despesas 
 Para melhor compreendermos o mecanismo de débito e crédito nas contas de 
resultado, devemos, primeiramente, saber que as contas de despesa sempre diminu-
em o patrimônio líquido e representam aplicações de recursos. 
 Ascontas de despesas, por representarem aplicações de recursos, se-
rão sempre debitadas, sendo creditadas somente quando do encerramento do perí-
odo de apuração, pelo total, a fim de zerá-las, transferindo-se seus saldos para a con-
ta “Apuração de Resultado”. Assim, as contas de despesas começam, no período de 
apuração seguinte, com saldo zero. 
 
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 Exemplo 
 Pagamento de salários, por meio do banco, no valor de R$ 1.000,00. 
 A conta “Despesas de Salários” será debitada, pois se trata de uma aplicação de 
recursos. A contrapartida (crédito) se dará na conta “Bancos Conta Movimento”. 
Caixa Despesa com Salários 
 1.000 1.000 
 
 Obs: Qualquer conta, de qualquer natureza, pode ser debitada ou creditada 
para acerto de possíveis erros de escrituração. 
 Didaticamente, podemos dissecar o lançamento contábil numa sequência de 
quatro passos: 
 1º passo: identificação das contas envolvidas no fato; 
 2º passo: identificação da natureza das contas, ou seja, a que grupo perten-
cem (se ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas, despesas); 
 3º passo: identificar se o fato lançado aumenta ou diminui o saldo das contas 
envolvidas; 
 4º passo: efetuar o lançamento segundo o método das partidas dobradas, ou 
seja, a cada débito corresponde um crédito de igual valor ou a cada crédito corres-
ponde um débito de igual valor. 
 
7.6 Contas Retificadoras (Diminutivas, Redutoras ou Negativas) 
 É aquela que tem função de reduzir o valor contábil de outra conta. Em 
função disto, nunca aparecem sozinhas, já que sempre estarão acompanhadas pe-
las contas que ajustam, também conhecidas como “Contas Retificadas”. 
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 Existem contas retificadoras no ativo, passivo e no patrimônio líquido. Os 
exemplos mais conhecidos são: depreciação acumulada, provisão para ajuste de esto-
que ao valor de mercado, ações em tesouraria, capital a realizar. 
 
 
Questões para Ilustração 
 
12) (Agente PF 2009) Em decorrência da aplicação do método das partidas 
dobradas, as contas retificadoras do patrimônio líquido têm seu saldo au-
mentado quando são debitadas, e diminuído quando são creditadas. 
 
Comentários: 
Como vimos e podemos observar no quadro acima, as retificadoras possuem 
saldo contrário ao grupo a que pertencem. SE são do PL e este grupo é credor, suas 
redutoras terão saldo devedor, ou seja, aumentam por débito e diminuem por crédito. 
Certo. 
 
13) (Técnico PF 2004) A equação fundamental do patrimônio pode ser re-
escrita da seguinte forma: bens de uso + capital próprio = créditos de tercei-
ros - direitos perante terceiros + dívidas. 
 
Comentários: 
A equação patrimonial tem, por origem, a ideia que veremos mais adiante de 
que o somatório dos débitos deve ser igual ao somatório dos créditos. Assim, bastaria 
diagnosticar os saldos devedores de um lado e os credores de outro, para podermos 
reescrever a equação patrimonial. Portanto, teríamos: 
Bens Uso + Direitos com 3ºs = Cap. Próprio + Créd. de 3ºs + Dívidas 
Errado 
 
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Questões da Aula para sua Resolução 
 
1) (Técnico PF 2004) Considerando que o campo de abrangência de uma 
ciência é delimitado pelo seu objeto, conclui-se que somente o atributo quan-
titativo do patrimônio delimita a contabilidade. 
 
2) (Administrador Jr Petrobras 2004) A contabilidade é a ciência que es-
tuda, registra e controla o patrimônio tanto das entidades com fins lucrativos 
como daquelas que não objetivam o lucro. 
 
3) (Técnico PF 2004) A contabilidade atinge seu objetivo de fornecer in-
formações sobre a composição e as variações do patrimônio para a tomada 
de decisões por meio das técnicas contábeis de escrituração contábil, de-
monstrações contábeis, auditoria contábil e análise de balanços. 
 
4) (Agente PF 2009) De acordo com a doutrina e a legislação contábeis, a 
prescrição de uma dívida e o perecimento de um direito correspondem, res-
pectivamente, a uma realização de receita e à incorrência de uma despesa. 
 
5) (Auditor TCU 2007) Considere a seguinte situação hipotética. 
Uma empresa contratou seguro, em 1.º/10/2006, no valor de R$ 
360.000,00, com vigência de dois anos, sendo que seu exercício social coin-
cide com o ano-calendário. Nessa situação, em 31/12/2007, o balanço pa-
trimonial deverá demonstrar R$ 135.000,00 como seguros a vencer, no ativo 
realizável a longo prazo. 
 
6) (Contador STM 2004) As receitas devem ser lançadas pelo regime de 
caixa e as despesas, pelo regime de competência. 
 
7) (Fiscal Alagoas 2002) Nos razonetes, os movimentos devedores são 
apresentados do lado direito, e os credores, do lado esquerdo de quem olha. 
 
8) (Analista CESAN 2005) As contas patrimoniais, também chamadas de 
permanentes, representam os estoques de recursos e de aplicações da enti-
dade e compõem o balanço patrimonial. 
 
9) (Analista CESAN 2005) As contas patrimoniais, também chamadas de 
permanentes, representam os estoques de recursos e de aplicações da enti-
dade e compõem o balanço patrimonial. 
 
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10) (Fiscal Maceió 2003) As contas de ativo, com exceção das retificadoras, 
devem apresentar sempre saldo credor. 
 
11) (Contador STM 2004) Contas do ativo de natureza devedora aumentam 
quando ocorre aplicação e diminuem quando o fato é uma origem. 
 
12) (Agente PF 2009) Em decorrência da aplicação do método das partidas 
dobradas, as contas retificadoras do patrimônio líquido têm seu saldo au-
mentado quando são debitadas, e diminuído quando são creditadas. 
 
13) (Técnico PF 2004) A equação fundamental do patrimônio pode ser re-
escrita da seguinte forma: bens de uso + capital próprio = créditos de tercei-
ros - direitos perante terceiros + dívidas. 
 
Muito bem, meus caros alunos e futuros agentes da PF. Este era o recado por 
hoje. Recomendo que você reveja com bastante atenção os conceitos vistos na aula 
de hoje, pois serão fundamentais na sequencia de seu curso. 
Um grande abraço 
 
Cláudio Cardoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: 
 
1-Errado 2-Certo 3-Certo 4-Certo 
5-Certo 6-Errado 7-Errado 8-Certo 
9-Certo 10-Errado 11-Certo 12-Certo 
13-Errado 
 
	1. Introdução
	1.1 Conceito de Contabilidade
	1.2 Objeto da Contabilidade
	1.3 Objetivo da Contabilidade
	1.4 Finalidade da Contabilidade
	1.5 Campo de Aplicação
	1.6 Usuário da informação contábil
	1.7 Funções da Contabilidade
	1.8 Técnicas contábeis
	2. Empresas – Sociedades Anônimas x Limitadas
	2.1 Sociedades Anônimas (ou Companhias)
	2.2 Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada
	2.3 Quadro Comparativo entre S.A e Limitadas
	3. Patrimônio
	3.1 Conceito
	3.2 Diferenças entre Patrimônio, Azienda e Fundo de Comércio
	4. Primeiras Noções de Balanço Patrimonial
	4.1 Ativo ou Ativo Total
	4.2 Passivo Exigível
	4.3 Patrimônio Líquido
	5. Equação Patrimonial e Estados Patrimoniais
	5.1 Equação Patrimonial
	5.2 Estados Patrimoniais
	6. Resultado: Receita x Despesa
	6.1 Conceito
	6.2 Receitas
	6.3 Despesas
	6.4 Diferença entre Custo e Despesa
	6.5 Regimes de Contabilização
	7. Escrituração e Método das Partidas Dobradas
	7.1 Conta
	7.2 Teoria Patrimonialista

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