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APOSTILA 1 Instituições de Direito CONTÁBEIS

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CURSO – Ciências Contábeis
DISC. – Instituições de Direito
PROFESSOR: Renzo Fabrício de Moura
1º/2014
1. DIREITO
- ORIGEM
- Sociabilidade
- Interferências de condutas 
-Criação de regras para a paz social
 
- Acepções Da Palavra Direito
- OUTRAS SIGNIFICAÇÕES IMPORTANTES EM SENTIDO NITIDAMENTE DIVERSO NAS SEGUINTES EXPRESSÕES:
o ‘Direito’ brasileiro proíbe duelo;
o Estado tem o ‘direito’de cobrar impostos;
o salário é ‘direito’do trabalhador;
o estudo do ‘Direito’requer método próprio.
- São quatro realidades distintas, vejam:
- Na primeira, ‘direito’significa a lei ou norma jurídica (direito norma).
- Na segunda, ‘direito’ tem o sentido de faculdade ou poder de agir (direito faculdade).
- Na terceira, indica o que é devido por justiça (direito justo).
- Na última, ele é referido como disciplina científica (direito ciência).
2. BREVES CONCEITUAÇÕES DE DIREITO
Na Antigüidade:
 - ‘Direito é a arte do justo eqüitativo’.
Na Idade Média:
o genial poeta Dante Alighieri conseguiu formular a célebre definição:
- ‘Direito é a proporção real e pessoal de homem para homem que, conservada, conserva a sociedade e que, destruída, a destrói’. 
Nos tempos modernos:
- ‘Direito é o conjunto das condições segundo as quais o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbitro dos outros de acordo com uma lei geral de liberdade.’ – (Kant) Introdução à Teoria do Direito, § B.
- Para Miguel Reale, criador da teoria tridimensional do Direito, este é definido como a ‘vinculação bilateral atributiva da conduta para a realização ordenada dos valores de convivência’- Curso de Filosofia do Direito II, § 242.
3. DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
	- O conceito de Direito pode ser tomado em dois valores:
direto objetivo e
direito subjetivo.	
 	- O direito objetivo – direito norma:
 – é o conjunto dos preceitos impostos a todos os homens pelas necessidades da manutenção da ordem social: jus est norma agendi.
	- O direito subjetivo – direito faculdade:
 – é o poder que tem o homem de exigir garantias para a realização de seus interesses, quando estes se conformam com o interesse social. 
	- Roberto de Ruggiero afirma:
- “O direito objetivo pode definir-se como o complexo das regras impostas aos indivíduos nas suas relações externas, com caráter de universalidade, emanadas dos órgãos competentes segundo a constituição e tornadas obrigatórias mediante a coação.
- Segundo Clóvis Beviláqua:
	
“O direito subjetivamente considerado é um poder de ação assegurado pela ordem jurídica”.
- O Direito subjetivamente compreende um sujeito, um objeto e a relação.
- Na relação está o direito. 
- Não há direito sem sujeito.
- Também não há direito sem objeto.
	- Sujeito do direito:
- É o ser, a quem a ordem jurídica assegura o poder de agir contido no Direito. 
- Os sujeitos do direito são as pessoas naturais e jurídicas.
- O sujeito do direito é a pessoa em sua posição ativa.
- Objeto do direito:
É o bem ou vantagem sobre o que o sujeito exerce o poder conferido pela ordem jurídica. 
Podem ser objetos do direito:
Modos de ser da própria pessoa na vida social (a existência, a liberdade, a honra etc);
As ações humanas;
As coisas corpóreas ou incorpóreas, entre as últimas incluindo-se os produtos da inteligência.
- Relação do direito:
- É o laço que, sob a garantia da ordem jurídica, submete o objeto ou sujeito. 
- A relação de direito somente se pode estabelecer entre pessoas.
4. NORMA JURÍDICA
Normas jurídicas são essencialmente regras sociais
Outras Normas que também disciplinam a vida social:
	1- Normas morais – Baseiam-se na consiencia moral das pessoas
- Os juristas Romanos sentiam a diferença entre regra moral e regra jurídica; 
- Que nem tudo que é permitido juridicamente é moral ( ‘non omne quod licet honestum est’), mas não passou desta indicação vaga.”
- Mas a diferença só foi formulada pelos alemães(Cristianus Thomasius – 1655-1728).
- Modernamente a figura: 
- O Direito e a Moral situam-se em círculos concêntricos, a Moral tem o diâmetro maior e o Direito, o menor.
	
2- Normas Religiosas – baseiam-se na fé revelada por uma religião, podendo ditar comportamentos e até mesmo exercer proibições a seus seguidores.
Características da Norma jurídica
- O direito é aquilo que é ou que deve ser? 
- A lei jurídica representa apenas o ideal a ser atingido
- A norma jurídica traça um preceito a ser cumprido, mas que nem sempre o é;
Diferentemente do que acontece nas leis da física, exemplo da gravidade.
 
Portanto:
- A lei jurídica # da lei física.
 
- O direito é um fenômeno sempre inconcluso. 
A elaboração da regra jurídica depende sempre do desenvolvimento das necessidades sociais, para tanto a norma jurídica precisa ter os seguintes elementos:
Coercibilidade
- Possibilidade de a conduta transgressora sofrer coerção, repressão por parte do Estado, o que não ocorre com outras regras extra-jurídicas.
Promoção da Justiça
- o conteúdo da norma jurídica deve ter como finalidade estabelecer justiça entre os homens. “Justiça é a virtude de dar a cada um o que é seu ”
5. DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO
- Direito Natural:
- O Direito Natural é a idéia abstrata de direito, ou seja, aquilo que corresponde ao sentimento de justiça da comunidade.
- Quer dizer um Direito que deve existir independente de qualquer regra imposta aos indivíduos pelo constrangimento social organizado, porque o que se consubstancia em tais regras denomina-se Direito Positivo.
- Direito Positivo: 
- Ao contrário do Direito Natural, o Direito positivo é aquele conjunto de regras elaborados e vigentes num determinado país em determinada época. São as normas, as leis e todo sistema normativo posto, vigente no país.
	
A diferença entre o Direito Positivo e o Direito Natural pode ser estabelecida:
- A partir da origem de cada um. 
- Direitos definidos pelos homens para regular suas relações na vida em sociedade e cujo conjunto forma o Direito Positivo de uma época ou de um Estado. 
- Direitos que pertencem a todos os tempos, não são elaborados pelos homens e emanam de uma vontade superior porque pertencem à próprio natureza humana, como por exemplo: o direito de reproduzir, o direito de constituir família, o direito de viver.
6. RAMOS DO DIREITO 
- Quadro Geral do Direito:
			 
		 Natural Público 
					 Internacional			 
 Constitucional
DIREITO 						 Privado Administrativo
 Penal
			Positivo		 Tributário
					 Público Processual
									 Eleitoral											 
 	 Nacional 
			 		
 
	
Civil
	 Privado Empresarial
									 
 
 
 Trabalhista
 
 DifusoDefesa do Consumidor
 
6.1 DIREITO INTERNACIONAL E DIREITO NACIONAL
Direito Internacional:
- É um conjunto de normas jurídicas aplicáveis às relações que dizem respeito a mais de um Estado ou que têm um componente internacional, mesmo em se tratando de indivíduos e assuntos de natureza privada.
- Direito Nacional:
- É um conjunto de normas jurídicas que basicamente se aplica nos limites territoriais de um Estado.
O Direito Internacional, bem como o Direito Nacional subdividem-se em: 
Público 
Privado. 
6.2 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO
- Direito Internacional Público:
- É um conjunto de normas que regulam as relações entre os estados membros da comunidade internacional e organismos análogos.
Exemplos: ONU (Organização da Nações Unidas), OIT (Organização Internacional do Trabalho), Tratados Internacionais.
- Direito Internacional Privado:
- É um conjunto de normas internas que são elaboradas com o intuito de definir as relações entre particulares.
Tais como:
Conflito de Leis no Espaço
Comércio entre empresas privadas em sede em países diferentes.
A validade ou não das sentenças estrangeiras.
			 
6.3 DIREITO NACIONAL PÚBLICO E PRIVADO
- É o sistema legal posto, vigente em determinada época dentro das fronteiras de um país, sendo válido apenas dentro da jurisdição do mesmo.
- Direito Nacional Público:
- É composto predominantemente por normas de ordem pública, sendo normas imperativas obrigatórias, ou seja, regula os interesses predominantes da sociedade considerada como um todo.
- Nas relações de Direito Público o estado participa como sujeito ativo (titular do poder jurídico), ou como sujeito passivo (destinatário do dever jurídico), mas sempre representando a sociedade, exercendo sua supremacia e poder de império.
- Exemplo: Normas de ordem pública contidas no Direito Penal, Cobrança de Impostos.
- Direito Nacional Privado:
- É composto predominantemente por normas de ordem privada, regulando as relações entre particulares, onde o Estado pode participar apenas em regime de coordenação, dispensando assim, sua supremacia e poder de império. 
		
7. FONTES DO DIREITO
O direito tem várias fontes, ou seja, origem, inicio.
 
DIRETAS
Normas
Constituição (Federal / Estadual)
Lei complementar
Tratados e Convenções Internacionais
Lei ordinária
Lei delegada
Medidas Provisórias
Decretos
Regulamentos complementares
(NR, Resolução, Instruções, Portarias, Circulares, etc..)
INDIRETAS
Costumes 
É a reiteração constante de uma conduta, na convicção de ser a mesma obrigatória, ou seja, uma prática geral aceita como sendo o direito. 
Exemplo: Fazer fila para pegar o ônibus, ou para entrar no teatro.
Na falta de lei sobre determinado assunto o Juiz pode se valer do costume.(art.4o. da Lei de Introdução ao Código Civil)
Doutrina
O sistema legal, incluindo as normas, nestas as leis, precisa ser interpretado. Essa interpretação não é feita só pelo judiciário. Aliás o judiciário, muitas vezes, para fazer sua interpretação se socorre da doutrina. Assim, a doutrina é uma interpretação realizada por estudiosos da matéria, e pode ser considerada nos:
Tratados;
Seminários; (cujos debates foram publicados)
Pareceres;
Obras intelectuais como livros;
Monografias.
Jurisprudência
São decisões reiteradas dos tribunais. É a interpretação realizada por juízes de todas as instâncias, e que servem de fonte para outros juízes.
- Conceituação de Lei “lato senso”
- A palavra lei, vem do latim lex.
- É de Montesquieu a célebre definição:
- “As leis, na sua significação mais extensa, são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas e, neste sentido, todos os seres possuem as suas leis; a divindade, o mundo material, as inteligências superiores ao homem, os animais e o próprio homem...”.
- São Tomás:
- “Lei é uma ordenação ou prescrição da razão ao bem comum, promulgada por aquele que tem a seu cargo o cuidado da comunidade”.
- Del Vecchio: 
- “A lei é o pensamento jurídico deliberado e consciente, expresso por órgãos adequados... O pronunciamento solene do Direito, a expressão racional do mesmo.”
- Os romanos:
- Em sua grande sabedoria, demonstram que a lei, como fonte do Direito, é a emanação do povo. 
- Na declaração dos “Direitos Universais do Homem”:
- “Lei é a expressão da vontade geral.”
- Em Direito, a palavra lei pode ser tomada em dois valores distintos:
- No sentido formal; e
- No sentido material.
- Em sentido formal:
- A lei é toda disposição de caráter imperativo, emanada da autoridade a que, no Estado, se reconhece a função legislativa.
- Em sentido material:
- A lei é toda disposição imperativa, de caráter geral, que contiver uma regra de direito objetivo.”
- As mais antigas leis conhecidas:
- São os textos mesopotâmicos do segundo milênio antes de nossa era:
- O famoso Código de Hamurabi, rei da Babilônia, foi inscrito na base de um bloco de diorito de 2,25 metros de altura e 1,90 metros de circunferência, e seus dispositivos, em número de 282 artigos, são redigidos em 46 colunas contendo 3.600 linhas.
8. HIERARQUIA DAS LEIS
	É sempre bom lembrar que o ordenamento jurídico brasileiro é construído de forma a obedecer uma hierarquia. Hans Kelsen foi o teórico que desenvolveu a idéia de uma pirâmide jurídica, na qual a Constituição está no ápice. No segundo patamar encontram-se as leis ordinárias e complementares�; no terceiro os decretos, atos normativos, deliberações, instruções normativas dentre outros atos regulamentadores; e por fim os contratos firmados entre as pessoas.
					Constituição 
						Leis (ordinárias/complementares)
							Decretos, Atos Normativos, etc..
								Contratos
Dentre as leis existem normas gerais e específicas. As leis específicas derrogam as leis gerais no que for contrário, ou seja, a lei específica é que irá prevalecer se existir contradição com a lei geral.
Para o nosso curso, aplica-se toda a legislação pertinente à sociedade civil, como por exemplo:
Código Civil
Código Penal
Código Processual
Código de Defesa do Consumidor
9. FORMAÇÃO DAS LEIS
- O processo de elaboração das leis é a série de atos que devem ser praticados por determinados órgãos para criar a norma jurídica. 
- Compreende três fases:
a iniciativa;
a aprovação; 
a execução.
 - Iniciativa:
- É a faculdade de propor um projeto de lei; é atribuída a pessoas ou órgãos de forma geral ou especial.
- Cada sistema de direito apresenta uma solução própria.
 
- De forma geral, a iniciativa das leis compete aos membros do Congresso e ao chefe do Poder Executivo.
 - Iniciativa no Brasil:
 - Parlamentar; 
 - Membros do Congresso Nacional
 - Extra-parlamentar.
 - Chefe do Poder Executivo;
- Tribunais Superiores;
- Ministério Público;
- Cidadãos (iniciativa popular – art. 14, III e & 2º do art. 61 da CF). 
- A aprovação da lei:
- É a fase de estudo e deliberação da norma jurídica por meio dos debates, emendas e discussões dos representantes do povo, visando transformar o projeto proposto em regra obrigatória.
- A execução:
- É a fase do processo de elaboração da lei complementar destinada à formalização da proposição. Compreende: sanção ou veto, a promulgação e a publicação.
- Sanção:
- É o ato de aquiescência do Poder Executivo ao projeto aprovado pelo Legislativo. Pode ser expressa, quando o chefe do Executivo declara seu assentimento, ou tácita, quando deixa transcorrer o prazo para o veto sem se opor ao projeto, pelo que fica aprovado. 
- Veto:
- É a oposição do Executivo ao projeto. Deve ser expresso. Uma vez vetado, o projeto voltaao Legislativo que poderá aceitá-lo ou rejeitá-lo, do que depende a aprovação da lei.
- Promulgação:
- É o estágio sucessivo, consistente na declaração pelo chefe do Executivo ou presidente do Congresso de que a lei foi incorporada ao Direito Positivo do país.
- Publicação:
- É o meio de tornar a lei conhecida e vigente. 
- Dá-se por meio do Órgão oficial, mas onde inexistir, será feita em jornal local, ou mesmo com a afixação do texto da lei em local determinado. 
- A promulgação obriga o Estado a cumprir a lei, porque a torna obrigatória para os órgãos públicos que devem cumpri-la. Com a publicação, a lei torna-se obrigatória para todos os cidadãos.
10. EFICÁCIA DA LEI NO ESPAÇO 
- “As normas jurídicas positivas existentes no mundo, as leis humanas, não são universais nem perpétuas, mas particulares e temporárias; têm limites, âmbitos e duração, valem para certo território, grupo humano ou período, freqüentemente divergem de um para outro.
- Pluralidade de ordenações jurídicas divergentes: 
- A ordenação própria ou a estranha; 
- A de uma ou de outra Nação;
- De um ou de outro Estado-membro ou Província;
- De uma ou de outra Igreja;
- A ordenação atual ou a anacrônica: a presente, a antiga, a intermediária, a próxima, a futura.
- O Direito Internacional Privado visa solucionar o conflito de leis no espaço, isto é, regular os fatos em conexão, no espaço, com leis autônomas e divergentes. 
- É, pois, o Direito que rege os fatos em translação, girando através do espaço ao redor de leis diversas ou os fatos situados entre leis espacialmente contrárias ou o Direito que concerne à atividade de uma lei além de sua órbita, além do território, além das pessoas para que foi feita. 
- Sua missão é regular o intercâmbio humano através de vários direitos positivos autônomos e divergentes, assegurando a continuidade jurídica dos indivíduos que passam dum para outro. 
- É o anjo da guarda dos viajantes, dos indivíduos estranhos, de outras terras, nacionalidade, origem, domicílio, religião.
11. EFICÁCIA DA LEI NO TEMPO
- “O Direito Transitório soluciona o conflito no tempo, ou seja, disciplina os fatos em ligação, no tempo, com leis opostas. É portanto, o Direito que rege os fatos em transição, passando no tempo de uma para outra lei, ou os fatos que se desenvolvem entre leis temporalmente diversas ou o Direito relativo à atividade de uma lei fora de sua época. 
12. INÍCIO DA OBRIGATORIEDADE DA LEI
- O momento a partir do qual a lei inicia sua vigência pode variar de sistema:
- Sistema da obrigatoriedade progressiva:
- A vigência da lei começa nas regiões mais próximas, depois nas regiões mais remotas. 
- Sistema da obrigatoriedade simultânea.
- A lei entra em vigor a um só tempo em todo o país.
13. FIM DA OBRIGATORIEDADE DA LEI
- A lei tem duração indeterminada e só termina sua existência pela revogação expressa ou tácita. 
- Revogação expressa:
- Quando a lei nova estabelece que seus efeitos cessarão. 
- Revogação tácita:
- Quando a lei nova é simplesmente incompatível com suas disposições.
- Leis temporárias:
- Feitas para durar durante determinado prazo ou durante certo acontecimento;
14. IRRETROATIVIDADE DAS LEIS
- A lei é expedida para disciplinar as situações futuras. O passado escapa ao seu império e sua eficácia restringe-se, em regra, exclusivamente aos atos verificados durante o período da sua existência. 
- Mas há exceções, porque a retroatividade é permitida em alguns casos particularíssimos, como o da lei penal mais benigna.
15. INTERPRETAÇÃO DAS LEIS
- “Em sentido técnico, interpretação, interpretatio, é a “determinação do sentido e alcance da lei (mens legis)”. 
- Para apurar se o texto legal é claro ou não, é preciso conhecer-lhe o sentido, isto é, é preciso interpretá-lo. 
- A verificação da clareza é, portanto, consecutiva à interpretação e, em vez de dispensá-la, a pressupõe. 
- A interpretação, no entanto, no sentido técnico assume várias modalidades, conforme o aspecto por que seja encarada:
- Quanto à fonte: doutrinal, judicial ou autêntica;
- A interpretação doutrinal – ou doutrinária – emana dos juristas; 
- É expressa em pareceres cuja observância é facultativa...
- A judicial – ou judiciária – dos magistrados ou juizes, 
- Não vincula os estranhos, mas só as partes em litígio...
- A autêntica do legislador. 
- Obriga todos indistintamente, pois se faz mediante uma lei.
- Quanto ao processo – gramatical ou sistemática;
- A interpretação gramatical baseia-se na letra da lei e, por isso, também se chama literal. 
- É a interpretação lógica;
- Saber a lei não é aprender suas palavras, mas seu espírito e alcance: 
- Em casos duvidosos, deve-se seguir a interpretação mais benigna, sobretudo se a lei é penal.
- A interpretação sistemática compara o dispositivo em exame com outros da mesma lei, ou de outra lei referente ao assunto. 
- Não é Jurídico julgar ou opinar com fundamento em uma parte da lei, sem examiná-la toda.
- Quanto aos efeitos: declarativa, restritiva, extensiva ou analógica.	
- A interpretação é declaratória, pois seu objetivo é precisamente explicar o sentido da lei; entretanto,
- Costuma-se chamar declaratória especialmente a interpretação que esclarece as leis ambíguas, obscuras ou imprecisas ou que apenas verifica, sem nada reduzir ou acrescentar, o sentido das que não o são. 
- A interpretação restritiva subtrai a aplicação da lei a casos que, parecendo compreendidos na generalidade do texto, contrastam evidentemente com seu espírito. O legislador disse mais do que queria.
- A interpretação extensiva aplica a lei a casos que parecem excluídos dos seu texto, mas que nele se compreendem implicitamente. O legislador disse menos do que queria.
16. O COSTUME
- Nas sociedade primitivas, as normas jurídicas não emanavam de um órgão específico que as elaboravam nos moldes atuais nem eram promulgadas pelo legisladores; resultavam da opinião popular e eram sancionadas por um largo uso do povo, com o que se tornavam obrigatórias.
- Esse Direito Consuetudinário não era escrito, porque os povos não conheciam a escrita;
- Antecedeu a lei. 
- Era impregnado de forte misticismo, porque o Direito estava estreitamente ligado à religião. 
- Modificava-se também em ritmo bastante lento.
- Nas sociedades modernas, o costume cedeu lugar à lei e ocupa posição secundária entre as fontes do Direito.
- Na Inglaterra, o direito consuetudinário ainda existe vigoroso em nossos tempos; 
- Há um retraimento voluntário do Parlamento e uma autonomia dos juristas.
O direito inglês apresenta-se sob dois aspectos:
 
- A commom law, a lei não escrita, representada pelos costumes e pela tradição, revelados por meio dos case law ou decisões dos magistrados; 
- E o statute, a lei escrita como a nossa e que desempenha papel restrito, além de outras leis escritas como alguns capítulos dos direitos dos comércio, transportes, seguro, falência, propriedade etc.
16.1 Origem do Costume
- O fato novo evolui no meio restrito, sócio-profissional, para, em seguida, após obter a adesão geral, tornar-se prática corrente. 
- Recebe, a seguir, sanção legislativa ou jurídica.
- Em sentido amplo, o costume serve de base para a criação da norma jurídica legislativa.
16.2 Diferença entre Lei e Costume
- A lei e o costume têm pontos semelhantes, pois ambos são a expressão da vontade do grupo. 
- O costume é espontâneo e “inconsciente”
- A lei emana de um órgão técnico por meio de um processo próprio de elaboração. 
- A lei expressa-se por intermédio de fórmulas redigidas por escrito; 
- O costume é oral.
16.3 Funções do Costume
- Nas sociedade modernas o costume pode ter uma função supletiva, quando invocado para suprir a lei;
- Interpretativa,quando invocado para aclarar a lei. 
16.4 O costume no Direito Brasileiro
 
- O costume tem função apenas supletiva interpretativa (art. 4º da LICC).
- A Consolidação das Leis do Trabalho estabelece que os dissídios trabalhistas devem ser resolvidos de acordo com os usos e costumes, à falta de disposições legais ou contratuais.
- No costume destacam dois elementos:
- Objetivo:
- Consistente no uso prolongado, a prática constante e uniforme de determinados atos; 
 - Subjetivo: 
- A convicção jurídica e a certeza da sua imprescindibilidade. 
17. A DOUTRINA
- A lição dos doutos;
- Fonte do Direito.
- A influência da doutrina faz-se sentir em momentos:
- No período de formação do Direito:
- A teoria do Direito serve de base para alicerçar reformas introduzidas no Direito Positivo dos países.
- No momento de sua aplicação nos casos concretos:
- A doutrina é usada como meio de solução de casos concretos, complementando melhor a lei e aclarando o preceito positivo.
- A investigação doutrinária exerce sua ação na elaboração do Direito Positivo da seguinte maneira:
como base justificativa e interpretativa do texto legal;
como fonte supletiva das deficiências e omissões do texto legal;
como solução das questões para as quais a lei não fornece elementos; e 
como repositório de princípios que não podem ser submetidos à lei escrita pela própria.
18. A JURISPRUDÊNCIA
- A jurisprudência consiste no modo pelo qual os tribunais se orientam na solução das diferentes questões.
- Expressa-se por meio das sentenças e acórdãos proferidos nas demandas. 
- A jurisprudência dos tribunais pode ser unificada:
- Enunciados (TST);
- Súmulas (STF e STJ).
19. AS FORMAS DE INTEGRAÇÃO
- Por integração da norma jurídica entendemos o processo com o qual o magistrado recorre a critério de típica criação do Direito para o caso concreto, à falta de norma jurídica prévia regulando a espécie.
- São meios de integração da norma jurídica:
- Analogia
- Consiste em aplicar uma hipótese não prevista em lei a disposição relativa a um caso semelhante;
- É um meio de estender a norma a casos não previstos mas semelhantes.
- Eqüidade
- Sentimento íntimo de justiça que se funda na igualdade perante a lei, na boa razão e na ética, para suprir a imperfeição da lei ou modificar criteriosamente o seu rigor, tornando-a mais moderada, benigna e humana.
- É um poder de que dispõe o juiz para decidir o caso concreto dentro dos mais elevados princípios jurídicos e morais, ditando às vezes decisões que sejam contrárias a todo o Direito formalmente constituído, mas intrinsecamente justas e recomendadas pelo senso comum. 
- A lei positiva deverá autorizar o Juiz a fazer uso desse processo de integração.
- A eqüidade tem três funções principais: 
- jus adjuvandi: 
- Uma função auxiliar na solução do caso concreto;
- supplendi: 
- Uma função supletiva das lacunas da lei;
- jus corrigendi:
 - Uma função corretiva das conseqüências das normas jurídicas.
- A eqüidade situa-se em um campo intermediário entre a Moral e o Direito.
- O problema transcende do Direito Positivo para significar um aperfeiçoamento da ação de julgar dentro de um ideal de justiça concretamente aplicado.
- Princípios Gerais do Direito
- São elementos que, aceitos e adotados universalmente como verdades axiomáticas, atuam na formação da consciência jurídica do homem da lei. 
- Os princípios gerais do Direito são também formas de integração das lacunas jurídicas. 
- As lacunas são supridas quando se invocam os princípios gerais do Direito como elementos não contidos em disposições da lei escrita.
- Segundo o jurisconsulto romano Ulpiano, são preceitos do Direito: viver honestamente, não lesar a outrem e dar a cada um o que lhe pertence (juris praecepta sunt haechoneste vivere, alterum non suum cuique tribuere).
		
DIREITO É O CONJUNTO DE REGRAS OBRIGATÓRIAS QUE DISCIPLINAM A CONVIVENCIA SOCIAL HUMANA
� A doutrina discute se os tratados internacionais têm status legal ou Constitucional. Alguns defendem que: se os tratados internacionais versarem sobre direitos fundamentais da pessoa humana será acolhido no nosso ordenamento com status Constitucional, do contrário será Lei Ordinária. 
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