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Direito Constitucional II – 1º Bimestre Evolução e Característcas dos Direitos Fundamentais Conceito: “Direitos fundamentais são, portanto, todas aquelas posições jurídicas concernentes às pessoas, que, do ponto de vista do direito constitucional positivo, foram, expressa ou implicitamente, integradas à Constituição e retiradas da esfera de disponibilidade dos poderes constituídos, bem como todas as posições jurídicas que, por seu conteúdo e significado, possam lhes ser equiparados, tendo, ou não, assento na Constituição formal.” Têm relação com uma ordem jurídica específica (BRA ≠ ARG) Concerne a pessoas naturais (as pessoas jurídicas, estrangeiros, etc. possuem esses direitos naquilo que lhes é cabível) Desdobramentos a partir desses direito podem receber a mesma proteção que lhes é dada sem estar explicitambente colocados como direitos fundamentais Contexto Características dos Direitos Fundamentais Historicidade decorrem de um processo de construção histórica Universalidade para todos na categoria Relatividade não são absolutos Concorrentes podem ser exercidos de forma simultânea Inalienáveis não podem ser vendidos Imprescritíveis não deixam de existir pelo transcurso do tempo Irrenunciáveis não podem ser renunciados, salvo se for flexionar um direito para maximizar outro Direitos Fundamentais em Espécie: Vida Conceito: Não há consenso a respeito do conceito de vida “É mais um processo, que se instaura com a concepção, transforma-se, progride mantedo sua identidade, até que muda de qualidade, deixando, então, de ser vida para ser morte.” – José Afonso da Silva Teoria da Fecundação – há vida desde a fecundação do espermatozóide no óvulo Teoria da Nidação – há vida desde a nidação do óvulo no útero Teoria Encefálica – há vida apartir da primeira atividade encefálica (STF, ± três meses) Teoria do Nascimento – há vida apenas apartir do nascimento com vida → Extensões do direito a vida: integridade física e moral, privacidade, segurança e dignidade Contexto Histórico Direito Natural (jus naturalismo) e Constitucionalismo Filósofos como Thomas Hobbes e John Locke DDHC (continha apenas segurança) No Direito Internacional aparece no Pacto de San José 1969, Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos das Nações Unidas 1968 e na Convenção sobre os Direitos das Crianças 1989 No Brasil aparece nas Constituições de 1946 e 1988 (art. 5, 225 §1º e 227) e através da internalização do Pacto de San José 1969 (art 4º) 1. Proteção da vida desde a concepção 3. Não estabelecer pena de morte 4. Não aplicar pena de morte por motivos políticos 5. Não aplicar pena de morte em menores de 18, maiores de 70 e em grávidas Características O direito a vida é fonte primária de outros direitos Isso não torna ele um direito absoluto, todos os direitos fundamentais são relativos Dimensão positiva e negativa (1ª e 2ª dimensão) – ao mesmo tempo que o Estado é proibido de atentar contra a vida possui o dever de preservá-la, através da saúde, da segurança e da proteção de testemunhas(±) É inviolável É irrsnunciável Problema no plano da eficácia, mas teóricamente o Estado proibi a renuncia da própria vida Relativizações Pena de morte – é permitida em caso de guerra (segurança no plano internacional > vida) Lei do Abate 7565/86 – aeronaves não identificadas podem ser abatidas (″) Suicídio (?) – é proibido cometer suícidio e auxiliar o mesmo, crimes para evitar o suícidio são juridicamente excusáveis Eutanásia – fundamento jurídico da digidade humana Distanásia – prolongameno artificial o máximo possível Eutanásia ativa – ação deliberada de matar Eutanásia pasiva – deixar de prolongara vida Ortotanásia Tratamento que reduz os sintomas, mas reduz o tempo de vida Desligar equipamentos em caso de vida vegetal – é permitido no Brasil Fudamento jurídico – dignidade da pessoa humana Testemunha de Jeová Até o 1º semestre de 2016 em casos em que não há ratamento alternativo: O paciente consciente e maior de 18 anos pode escolher Se o paciente está inconsciente, o médico não responde judicialmente pela intervenção Independente do apelo familiar o médico deve fazera transfusão Após um julgado do STF essa previsão deixou de ser clara De qualquer maneira o maior consciente pode escolher Infanticídio Indígena (eugenia) – juridicamente aceito Aborto O código penal proibe com a exceção do esturpo e em caso de risco de morte para a mãe ADPF54 508 STF – permite em casos de anencefalia, fundamentando que a dignidade da pessoa humana vale para nascidos, nascituros e embriões in vitro não possuem ADI3510 – Lei de Biossegurança embriões não usados para insiminação podem ser usados em pesquisa HC124.306 – Novembro de 2016, o aborto até os três primeiros meses não é crime Dignidade da Pessoa Humana (braço do direito à vida) Art. 1º III, 170, 193 e 205 Canotilho estabelece que o mínimo é o listado a seguir, no etanto não há consenso Integridade moral – protegido pelos artigos 5º V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 221 IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família Integridade física – não é expresso na constituição Direito ao corpo Decreto 2.268/97 SNT É proibida a comercialização de órgãos É permitido doar órgãos duplos mediante a vínculo diferenciado A barriga de aluguel é permitida desde que para parentes de até 2º grau, diante a impossibilidade do parente e a título gratuito É permitida a doaçãode fluídos – sangue, medula óssea, óvulos e esperma A doação de órgãos post mortem é permitida e incentivade, dpende da vontade da família Tortura atenta contra a integridade física e é crime contra a humanidade – lei 9455 e art. 53 (?) Direito a Privacidade Relativizou-se muito depois da internet que mudou conceitos teóricos deixando-os desatualizados Privacidade – direito a ficar sozinho, isolar-se da sociedade Intimidade esfera secreta do indivíduo, que tem poder legal sobre essa esfera (ex. sigilo a correspondência) Honra – possibilidade de tomar decisões a respeito de sua vida Imagem – qual a nossa identidade frente aos outros Direitos Fundamentais em espécie: Liberdade Conceito “Liberdade consiste na possibilidade de coordenação consciente dos meios necessários à realização da felicidade pessoal.” Liberdade Negativa – o Estado é proibido de intervir arbritariamente na liberdade individualDualidade Liberdade Positiva – a liberdade existe a medida em que o indivíduo participa doexercício do poder Liberdade Iluminista – liberdade é tudo aquilo que o Direito não proibi Possui duas dimensões Interna (subjetiva) – o indivíduo é livre para se auto determinar na sua esfera pessoal → é um indiferente jurídico, o direito tutela, mas não regula sobre Externa (objetiva) – garantir a coexistência das liberdades objetivas é o objetivo do Direito →o meio jurídico utilizadopara tal é acoerção institucionalizada Fundamento jurídico – art. 5º II → princípio da legalidade, possui eficácia plena e imediata Formas de liberdade Liberdade da Pessoa Física (de ir e vir) → contexto histórico da discussão da luta contra a escravidão Art. 5º XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens É dividido em duas espécies Liberdade de locomoção (de migrar) – aparece devido a expressão território; possui como mecanismo de reinvindicação o habeas corpus; possui três limitações a propriedade privada, os estrangeiros ilegais, e a documentação necessária para outros países Liberdade de circulação – faculdade de se locomover de um ponto a outro pelas vias públicas; é imitada pelas leis de trânsitoDiscussões: ADI1706 – é inconstitucional cobrar pela circulação em condominios Protestos – liberdade de reunião e direito de protestar, o ministério público não pode impedir protestos antes deles acontecerem (art. 5ºXVI) “Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente” Liberdade de Pensamento → é o direito de exprimir por qualquer forma o que se pensa em ciência, religião arte ou o que for Art. 5º IV Dimensão interna – é inalcansável ao direito Dimensão externa – ultrapassando o pensamento o direito pode censurar a forma como você expressa seu pensamento (ex. discurso de ódio) Caso cause prejuízo grave a outros direitos a opinião não merece tutela jurídica (RE662.055 barretos x PEA; ADPF187 marcha da maconha) STF – Estado só pode agir depois da exteriorização da opinião não tutelada Liberdade de informação → assegura o acesso a informação e o sigilo da fonte se necessário ao exercício profissional Art. 5º XVI e arts. 220 a 224 (direito coletivo de informação) RE511 961 – STF não é necessário graduação para o jornalismo ADI 869 – o nome de menor infrator não podE ser divulgado em qualquer tipo de notícia Adi 4451 – o humor político é permitido em período antecedente a eleição Liberdade de expressão cultural → é uma liberdade individual que só pode ser exercida coletivamente Classificação etária – Art. 215, 216 e 220 §3º I (exeto para músicas) Manifestações culturais não podem ser censuradas Liberdade de Cátedra – liberdade de aprender e ensinar Art. 206 II – deve ser eficiente (acontecer pelos meios adequados) e eficaz (atingir seus objetivos) Limitada pelos currículos de ensino Escola em partido (assédio ideológico) Liberdade de ação profissional Art. 5º XIII – eficácia contida, o legislador infraconstitucional poderá colocar exigências ou restrições Não garnte emprego, mas a liberdade de escolha Liberdade econômica → art. 170 Liberdade Religiosa Estado Laico (art. 19 I) x Liberdade Religiosa (art. 5º VI A VIII) Direitos fundamentais sociais Segunda dimensão → prestação positiva do Estado Atrelado a ideia de igualdade material- tratar o desigual de forma desigual para garantir o mínimo exitencial, para que seja possível executar os otros direitos Art. 5º § 1º os direitos fundamentais sociais possuem aplicabilidade imediata (independe da legislação infraconstitucional para ser cumprido) A efetivaçãodesses direitos depende diretamente de dinheiro público, para fazer a distribuição orçamentária dois princípios devem ser seguidos: Não retrocesso – uma vez conquistado o direito não será extinguido, exceto se a situação que o motivou deixa de existir Reserva do possível – havendo justificativa e conflito de princípios de igual valor o poder público pode retirar recursos de programas de direitos sociais, uma vez que o Estado possui recursos sociais limitados (excepcionalmente) Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
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