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RESUMO - Obrigações - Prof. Heloísa Lacerda - 2º BI

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1 
 
Direito Civil, Obrigações – 2º Bimestre 
Classificação (qual o tipo obrigacional) 
1) Obrigação Simples 
 É aquela obrigação que não possui pluralidade de 
sujeitos, apenas um agente é obrigado a uma 
prestação 
2) Obrigação Subsidiária 
 Obrigação na qual há dois ou mais sujeitos obrigados com uma escala de preferência entre eles para 
o cumprimento dessa obrigação 
o Ex. fiador – o fiador será obrigado secundáriamente se o locatário não pagar 
o Ex. fiança – os avós serão obrigados se os pais não pagarem a pensão devida 
3) Obrigação Solidaria (só é possível na pluralidade) 
 Conceito (art. 264): Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou 
mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
o Tem como consequência fazer com que qualquer um dos sujeitos tenha o dever ou o direito 
da coisa toda 
o Difere-se da obrigação de entregar objeto indivisível em * 
 Fonte* (art. 265): A solidariedade não se presume, resulta da lei (ex. CDC, todos os participantes no 
produto são obrigados; CLT, tercerizados) ou da vontade das partes 
 Vínculos (art. 266): Independente da solidariedade é possível acordar vínculos jurídicos diferenes 
para os participantes 
 
 Quanto ao credor (solidariedade ativa) → (art. 267) 
o Pagamento 
 
D 
30mil 
C' 
C'' 
C 30 
mil 
C 10 
mil 
C' 10 
mil 
C´´ 10 
mil 
Contrato 
Cláusula 1ª – Heloísa, Ariel e Vera serão credores 
solidários 
 - Heloísa poderá cobrar após o dia 30/12/2017 
 - Ariel poderá cobrar após a aprovação na OAB 
 - Vera poderá cobrar após o dia 03/06/2017 
 
Obrigação 
Simples 
Subsidiária 
Solidária 
2 
 
 Demanda* (art. 268) – não é preciso juntar todos os credores para o pagamento, 
enquanto não processado, o devedor pode escolher o credor para quem vai pagar 
 Pagamento Parcial – o que foi pago deverá ser dividido entre os credores solidários, 
essa quantia será descontada do total e o saldo continua solidário 
 
 Remissão de Pagamento* – desconta-se a cota daquele que perdoou e o saldo 
continua solidário 
 
 Falecimento (art. 270) – os credores restantes continuam solidários e, uma vez que a 
solidariedade não se presume, para os filhos do credores se aplica a regra da 
fracionariedade 
 
 Perdas e danos* (art. 271) – a solidariedade subsisiste para todos os efeitos, ou seja, 
os credores continuam podendo cobrar o todo 
o Exceções pessoais (matéria de defesa) → art. 273 
 O devedor pode ter uma matéria de defesa geral (ex. prescrição) 
 Ou uma matéria de defesa pessoal na existência de vínculos diferenciados (ex. 
nulidade) 
o Julgamento → art. 274 (teve a redação alterada pelo NCPC) 
D 30 
mil 
C' 
C'' 
C 
recebe 
8 mil 
C 3,3 
mil 
C' 3,3 
mil 
C´´ 3,3 
mil 
D 22 
mil 
C' 22 
mil 
C'' 22 
mil 
C 22 
mil 
D 30 
mil 
C' 30 
mil 
C'' 30 
mil 
C 30 
mil 
D 20 
mil 
C' 20 
mil 
C'' 20 
mil 
D 30 
mil 
C' 
C'' C morre 
D 30 
mil 
C' 10 
mil 
C'' 10 
mil 
Filho' 
C 5 
mil 
Filho 
C 5 
mil 
3 
 
 Sentença contrária – apesar da solidariedade a sentença desfavorável não prejudica os 
outros credores já que víncuos diferentes são possíveis 
 Sentença favoravel – a sentença, via de regra, aproveita os demais credores, salvo em 
caso de excessão pessoal 
 Quanto ao devedor (solidariedade passiva) → (art.275) 
o Renúncia da solidariedade (art. 282) → o credor exonera um dos devedores da solidariedade, 
ele só poderá então ser obrigado a fração da dívida, é diferente da remissão 
 
o Pagamento 
 Parcial (art. 275 segunda parte): ao credor é lícito o pagamento parcial, nesse caso se 
desconta o que foi pago e o saldo permanece solidário 
 
 Remissão da dívida (art. 277): desconta-se a cota que foi perdoada e o resto 
permanece solidário 
 
 Pagamento Total (art. 283, primeira parte): após o pagamento total o devedor que 
pagou exige dos outros as respectivas cotas 
 
C renuncia a 
solidáriedade 
de D'' 
D 30 
mil 
D' 30 
mil 
D'' 10 
mil 
C recebe 
8 mil de 
D'' 
D 22 
mil 
D' 22 
mil 
D'' 22 
mil 
C perdoa 
a dívida 
de D'' 
D 20 
mil 
D' 20 
mil 
D'' 0 
C recebe 
30 mil 
de D'' 
D 
D' 
D'' 30 
mil 
 D'' 
20 mil 
D 10 
mil 
D' 10 
mil 
4 
 
 Insolvente (art. 283, segunda parte): EXCEÇÃO se o devedor não possui patrimônio 
no nome, sua cota sera cobrado dos outros devedores, inclusive do que teve a 
solidariedade exonerada 
 
 
 
 Interesse (art. 285): EXCEÇÃO se um dos devedores é interessado exclusivamente no 
pagamento da dívida, ele responderá pelo todo frente ao devedor solidário que efetuar 
o pgamento, por exemplo na relação de avalista e inquilino 
 
 
 
 Falecimento (art. 276): como a solidariedade não se presume, se cobrada a divida da 
herança dos filhos separadamente a divida será fracionada, no entanto a junção das 
heranças com o patrimônio do falecido forma o espólio que será solidário 
 
 OU 
 
 Impossibilidade Culposa (art. 279): se o objeto se perde culposamente 
 Equivalente poderá ser cobrado de todos os devedores 
 Perdas e danos só poderá ser cobrado dos culpados, na existência de mais de 
um culpado o valor será fracionado 
C recebe 
30 mil 
de D'' 
D 
insolvente 
D' 
D'' 30 mil 
D'' vai 
receber 
D 
insolvente 
0 
D' 10 mil + 
5 mil 
D'' absorve 
5 mil 
C recebe 
30 mil 
de D'' 
D 
interessado 
D' 
D'' paga 30 
mil 
D'' vai 
receber 
30 mil 
D paga 
30 mil 
C 30 
mil 
D 
D' 
D'' 
morre 
C 30 
mil 
D 
D' 
F de D 
5 mil 
F' de D 
5 mil C 30 
mil 
D 
D' 
Espólio de 
D'' 30 mil 
5 
 
Transmissão de 
obrigações 
Polo ativo (cessão de 
crédito) 
Polo passivo (assunção de 
dívida) 
 
 Juros (art. 280): a solidariedade subsiste para os juros, caso haja um culpado pelo 
atraso, ele responderá pelos juros frente a quem os pagou 
 
 Exceções (art. 281): O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe 
forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a 
outro co-devedor. 
Transmissão de Obrigações 
1) Cessão de Crédito 
 Conceito: é o negócio jurídico no qual o credor de uma obrigação (cedente) transfere a um 
terceiro (cessionário) sua posição ativa na relação obrigacional, independentemente da 
autorização do devedor. 
o Via de regra é lícito ao credor ceder o seu crédito, salvo se... 
 O crédito possui natureza obrigacional (ex. pensão alimentícia) ou lei que aponte 
em sentido contrário 
 Foi acordado pelas partes que esse crédito não seria passível de cessão → deve 
constar no contrato e não pode ser oposta a terceiros de boa-fé (aparente excessão) 
Credor originário – tinha o crédito 
Devedor – mantém a mesma posição 
Cessionário – recebe o crédito 
Cedente – cede o crédito 
Cessão – pode ser onerosa ou gratuita 
 Eficácia (o que é necessário para que a transmissão inflinja efeitos?) 
o Para o devedor – o efeito é para quem a divida será paga, para isso se concretizar o 
devedor deverá ser notificado (art. 290) 
 Essa notificação não precisa ser pública, basta uma declaração de ciência do 
devedor 
C 32 
mil 
D 
culpado 
D' 
D'' paga 
32 mil 
D'' 22 
mil 
D culpado 
12 mil 
D' 10 mil 
Contrato de Crédito 
C originário ----- Devedor 
20 mil 
Em 4 meses 
Cessão Crédito Onerosa 
Cedente ------ Cessionário 
18 mil 
Hoje 
6 
 
o Para terceiros (credores das partes envolvidas)– o efeito se relaciona com o rastreio de 
bens ativos, para tal é necessário que a transmissão seja feita através de instrumento 
público ou instrumento particular seguindo as solenidades do §1º do artigo 254 (art. 288) 
 Casos específicos 
o Hipoteca (art. 289) → para fazer efeitos é preciso que o cessionário faça a averbação 
junto ao cartório de registro de imóveis 
o Multiplas cessões (art. 291) → o pagamento será feito para aquele que se apresentar com 
o título de pagamento, ou seja, o último cessionário 
 Resposabilidade do cedente frente ao cessionário 
o Matéria de defesa – em regra a materia de defesa que o 
devedor possui contra o cedente não poderá ser aproveitada 
para cessionário, salvo se ela por alegada no momento da 
comunicação da cessão de crédito (art. 294) 
o Pro-soluto – responsabilidade pela existência do crédito (art. 
295) → ex. cessão de um crédito pago 1990 
 Se a cessão for onerosa – o cedente se responsabiliza 
por ela, idependente de boa ou má-fé 
 Se a cessão fot gratuita – o cedente só será responsabilizado se agir de má-fé 
o Pro-solvendo – responsabilidade pela sovência do devedor 
 De regra, não há responsabilidade pela solvência, salvo se houver uma clausula no 
crédito que aponte nesse sentido, nesse caso o cedente responderá apenas por 
aquilo que recebeu (arts. 296 e 297) 
2) Assunção de Dívida 
 Conceito: é o negócio jurídico no qual o devedor de uma obrigação transfere a um terceiro 
sua posição na relação obrigacional. 
 
o Consentimento → para que ocorra a assunção de dívida o credor deve consentir, via 
de regra de forma explícita, isto é, inequívoca, não necessariamente escrita. 
 Portanto, o silêncio do credor é, via de regra, interpretado como recusa (art. 
299, primeira parte e § único) 
 Excepicionalmente, o silêncio será interpretado como concordância em caso 
de crédito hipotecário (art. 303), uma vez que a casa hipotecada já constitui 
uma garntia ao credor → prazo de 30 dias (?) 
credor 
devedor 
originário 
novo 
devedor 
devedor 
materia 
de defesa 
cessio-
nário 
cedente 
7 
 
 Exoneração: após a assunção da dívida pelo novo devedor, o devedor originário exonera-se 
da relação (art. 299, primeira parte) 
 
o Garantias → as garantias prestadas pelo antigo devedor, via de regra são devovidas 
não valendo mais para o novo devedor (art. 300) 
o Insolvência → se o novo devedor era insolvente no momento da assunção o deverdor 
primitivo não será exonerado (art. 299, segunda parte) 
 
 Anulação: restaura-se o débito com o devedor originário 
o Garantias (art. 301) 
 Prestadas pelo devedor – voltam a ser usadas como garantia 
 Prestadas por 3º – via de regra, não voltam a ser usadas como garantia, salvo 
se o terceiro tinha conhecimento do vício que anulava a sanção 
 Matérias de defesa ou exceções (art. 302): “O novo devedor não pode opor ao credor as exceções 
pessoais que competiam ao devedor primitivo” 
Pagamento 
1) Solvens (quem pode pagar?) → qualquer um 
 Titular da obrigação – pagará, primeiramente, o devedor descrito no contrato 
 Interessado – qualquer interessado, juridicamente, poderá pagar a divída, isto é, sempre que ele possa 
ser afetado patrimonialmente pelo inadimplemento do devedor (ex. cônjuge) 
o O interessado que efetua o pagamento sub-roga-se na posição de credor frente ao devedor e 
tem direito a tudo aquilo que era garantido ao credor primário (art. 304) 
 Terceiro sem interesse jurídico – pode pagar a dívida, porém, como não possui interesse jurídico, não 
se sub-roga na posição de credor, possui, apenas, direito a reembolso (art. 305) 
o Mesmo que o terceiro efetue o pagamento antes do vencimento da dívida, só poderá receber 
reembolso após o vencimento (art. 305 §único) 
o Se o terceiro efetua o pagamento sem conhecimento com com oposição do devedor... 
 Frente ao credor o pagamento é válido 
credor 
devedor 
originário 
novo 
devedor 
credor 
devedor 
originário 
novo 
devedor 
credor 
devedor 
originário 
novo 
devedor 
insolvente 
credor 
devedor 
originário 
novo 
devedor 
8 
 
 Frente ao devedor o terceiro não terá direito a reembolso (art. 306) 
 EXCEÇÃO – nem todo mundo poderá pagar se o pagamento implica em transferência de propriedade 
infungível, nesse caso, apenas o titular da propriedade poderá efetuar o pagamento (art. 307) 
o EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO – se o pagamento se der por meio de bem fungível em 
propriedade do devedor (como uma mala de dinheiro), o credor, se de boa-fé, consumir o 
pagamento feito por terceiro, não será prejudicado (art. 307 § único) 
 Nessa hipótese cabe ao devedor reaver-se com o solvente, eventualmente até com a 
cobrança de danos 
2) Accipiens (quem pode receber) 
 Titular do recepção da obrigação – receberá aquele descrito no contrato como credor (arts. 308 e 
311) 
o Representante do titular através de procuração 
o Aquele que portar um recibo de quitação 
 Terceiro 
o O pagamento feito através de terceiro (o terceiro irá entregar o objeto ao credor) se o credor o 
ratificar, ou seja, confirmar que o recebeu .: o pagamento feito por terceiro seráválido na 
medida da ratificação (art. 308) 
 
 Nessa hipótese o devedor corre o riso de pagar mal e pagar duas vezes 
 Se o credor não ratificar o pagamento de má-fé caberá o disposto no próximo intem 
o Proveito – para reestabelecer o status ideal do devedor caso o credor, de má-fé, não ratifique 
o pagamento feito por terceiro, o devedor deverá provar que aquilo que foi entregue ao credor 
reverteu-se em seu proveito, ou seja, o devedor deverá provar que o credor efetivamente 
rcebeu o pagamento (art. 308 + 310) 
 EXCEÇÃO Credor Putativo – se o devedor pagou a um estelionatário (alguém que possuia todas as 
características do credor, mas não o era) e agiu de boa-fé, o pagamento será considerado válido e o 
credor não será ressarcido, salvo se pelo próprio credor putativo (art. 309) 
 Penhora – se um terceiro penhora ou impugna um crédito de um credor e intima o devedor, o 
pagamento, do ponto de vista do devedor, não será considerado válido, se feito ao credor e não ao 
terceiro que penhorou o crédito. Nesse caso, o devedor poderá ser constrangido a pagar novamente e 
não terá direito a regressar contra o credor (art. 312) 
 
D entrega 20 
mil 
3º recebe 20 
mil 
C ratifica 18 mil 
O pagamento 
de 18 mil será 
válido 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Objeto (o que é pago?) 
 Aquilo descrito no contrato – pacta sunt servanda (art. 313) 
o Objeto certo – O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda 
que mais valiosa (art. 313) 
o Objetio divisível – Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o 
credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou (art. 
314) 
o Pagamento em dinheiro – As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em 
moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes (art. 315) 
o Aumento – É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas (art. 316) 
o Ouro ou moeda estrangeira – São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda 
estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, 
excetuados os casos previstos na legislação especial (art. 318) 
 Exceto em contratos de câmbio e de compra de ouro 
 Exceto em contratos internacionais – se a fluxo de riqueza entre fronteiras 
 Teoria da imprevisão (possibilidade de revisão do objeto do contrato) → baseada no princípio rebus 
sic stantibus (houve uma grande mudança na situação das partes quetorna muito caro o 
adimplemento) 
o Para que seja aplicada deverão ser preenchidos os seguintes requisitos: 
 Os motivos da mudança devem ser imprevisiveis, como não se pode responder 
exatamente o que é imprevisível, o questionamento a ser feito é: 
 
A mudança é alheia à 
esfera pessoal das 
partes? 
NÃO 
O objeto NÃO será 
revisado 
SIM 
A parte foi 
diretamente culpada 
pela mudança? 
NÃO 
SIM 
O fato afetou uma 
coletividade? 
NÃO 
SIM 
O objeto será 
revisado 
3º 
penhora 
D intimado 
C 30 mil D 30 mil 
C D cobrar 30 mil 
C 30 
mil 
3º 
penhora 
D 30 
mil 
3º D 30 mil 
10 
 
 A revisão deverá ser feita judicialmente (não pode ser feita de ofício) mediante a um 
pedido de quantia certa 
 Deve haver um lapso de tempo entre a contratação e a execução do pagamento, ou 
seja, a mudança deve ser superveniente a contratação 
 O motivo deve impactar o contrato e gerar uma desproporção manifesta, ou seja, uma 
impossibilidade relativa, tornar muito caro o adimplemento 
4) Quitação (qual a consequência do pagamento?) → surge direito de receber quitação 
 Conceito – documento por meio do qual o devedor se exonera da obrigação (art. 319) 
o O devedor poderá reter o pagamento, até que receba a quitação 
 Forma e conteúdo (art. 320) 
o A quitação terá forma de instrumento particular 
o Seu conteúdo deverá conter 
 Valor do pagamento 
 Nome do devedor ou de quem pagou 
 Tempo e lugar do pagamento 
 Assinatura do credor 
→ na falta de um desses elementos, a quitação ainda valerá se em seus termos ou 
circunstâncias resultar que o pagamento foi feito (art. 320 § único) 
 Obrigações representadas por título, ex. aluguel de fantasia – a devolução do título faz presumir a 
quitação (art. 324) 
o Essa presunção é relativa .: cabe prova em contrário (art. 324 § único) 
 A prova deverá ser apresentada dentro do prazo de 60 dias, passado esse prazo a 
presunção se tora absoluta – a divergência doutrinária a respeito do prazo 
o Se o título se perde o devedor poderá exigir, retendo o pagamento, declaração de que a 
obrigação foi cumprida e que o título perdido será inutilizado assim que encontrado (art. 321) 
 Obrigações periódicas – o recibo da última prestação faz presumir o pagamento de todas as outras 
o Como ssa presunção é, também, relativa, cabe prova em contrário (art. 322) 
 Objeto principal + juro – a menos que a quitação especifíque em contrário, presume-se que a 
quitação do objeto principal abrange os juros 
o Como ssa presunção é, também, relativa, cabe prova em contrário (art. 323) 
 Despesas para o pagamento – são presumidas a cargo do devedor (art. 325) 
o Salvo se a despesa é acrescida por culpa do credor – nesse caso o ressarcimento deverá ser 
pedido no juizado especial → não é algo praticamente efetivo 
5) Lugar (onde o pagamento deverá acontecer) 
11 
 
 No lugar ajustado entre as partes – o pagamento será em regra efetuado no domicílio do devedor 
(queráble) salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da 
natureza da obrigação ou das circunstâncias (portable). (art. 327) 
o Queráble → no domicílio do devedor 
o Portable → outro lugar que não o domicílio do devedor 
 Dois ou mais – se dois ou mais lugares foram designados escolherá o credor entre eles (art. 327, 
§único) 
 Imóvel – se a dívida está relacionada a imóvel o pagamento será feito no local do bem (art. 328) 
 Motivo grave – se, por algum motivo grave, o pagamento não puder ser feito no lugar determinado, o 
lugar será recombiado (art. 329) 
 Reiterado – o pagamento de maneira reiterada em um local diferente do determinado faz presumir a 
renúncia do credor quanto ao local determinado (art. 330) 
6) Tempo (quando ocorrerá o pagamento) 
 No local preisto no contrato (art. 331) 
o Se o contrato não disser nada o credor poderá exigilo a qualquer tempo 
 Condicionais – o pagamento feito mediate condição deverá ser feito no momento da implementação 
da condição (art. 332) 
o Cabe ao credor provar que o devedor tinha consciência da condição 
 Antes – o credor pode exigir o pagamento anes do vencimento nos seguintes casos (art. 333) 
 Falência – no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores 
 Penhora – se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução 
por outro credor 
 Garantia – se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, 
fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las 
o Solidárias → nas obrigações com solidariedade passiva esse artigo só poderá ser oposto ao 
devedor que se encontra em uma dessas hipóteses 
7) Como ocorrerá o pagamento? (forma direta ou indireta) 
 Forma direta → Consignação 
o Conceito – o pagamento poderá ser feito através de 
depósito judicial ou extra judicial/depósito bancário (art. 334) 
o Imóvel – se a coisa devida for imóvel o devedor pode citar o credor para obrigá-lo a receber 
 Se ainda assim o credor não receber o devedor poderá depositá-la judicialmente (ex. 
depositar as chaves) 
o Incerta – Se a escolha da coisa incerta competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob 
pena de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher (art. 342) 
C 
D- 
falência 
D' 
D'' 
12 
 
 Feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente 
o Cabimento – a consignação poderá ser feita se há: (art. 335) 
 Recusa → se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, 
ou dar quitação na devida forma (inciso I) 
 Mora → se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição 
devidos (inciso II) 
 Incapacidade → se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado 
ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil (inciso III) 
 Dúvida → se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do 
pagamento (inciso IV) 
 Litígio → se pender litígio sobre o objeto do pagamento, se dois ou mais credores 
discordam sobre quem deve fazer jus ao recebimento (inciso V) 
 Pagamento – O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante 
consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo 
conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento (art. 344) 
 Requerimento – Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se 
pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação 
(art. 345) 
o Validade – Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em 
relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o 
pagamento (art. 336) 
o Lugar/riscos – O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se 
efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente 
(art. 337) 
o Levantamento – retirar o pagamento depositado 
 O credor pode desde a citação levantar o pagamento, se o credor não concorda o 
processo tramita podendo haver 
→ sentença de procedência favorável – o réu (credor) recebe o pagamento e faz o 
alvará de levantamento 
→ sentença improcedente – o autor (devedor) paga a qantia devida com eventuais 
perdas e danos 
 O devedor quer levantar o pagamento que depositou 
 Processo 
 Depósito Citação Sentença 
13 
 
 Antes da triangulação do processo (da manifestação do réu) – o autor poderá 
levantar o depósito, mas continua sendodevedor e deverá pagar as custas 
processuais, já que o processo será instinto e a máquina processual movida 
(art. 338) 
 Depois da sentença – o levantamento pode ser feito se o credor concordar, se 
há pluralidade de credores todos deverão concordar (art. 339) 
 Durante o andamento do processo – o levantamento pode ser feito, desde que 
o réu concorde, mas nessa hipótese, como não foi feita sentença, a 
concordância do credor será tomada como perdão da dívida, se há pluralidade 
de devedores, todos serão exonerados (art. 340) 
o Despesa – as despesas do processo de consignação seguem a regra do CPC, pagará quem 
perder a ação (art.343) 
 Forma indireta → consignação 
o Conceito – substituição das partes envolvidas 
o Ope legis – substituição de pleno direito, ou seja, independente de cláusula ou vontade das 
partes (art. 346) 
 Hipoteca (inciso II) 
 Terceiro interessado (inciso III) 
 
 O credor paga a dívida do devedor comum (inciso I) 
 
o Convencional (art. 347) 
 Cessão de crédito – quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente 
lhe transfere todos os seus direitos (inciso I) 
 Empréstimo – quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para 
solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos 
do credor satisfeito (inciso II) 
o Abrangência da quantia que o subrogado pode cobrar 
 Na subrogação ope legis até a soma que desembolsou para desobrigar o credor 
originário (art. 350) 
 Na subrogação convencional o subrogado pode cobrar aquilo que consta no crédito 
C 
80mil 
D 
80mil 
C' 
30mil 
D 
trabalhista
30mil 
C' 
C 
30mil 
C 
110mil 
D 
110mil 
14 
 
 Se faltarem bens para pagar todos os créditos será feito primeiro o pagamento do 
crédito originário e depois do subrogado (art. 351)

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