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1 Direito Civil, Obrigações – 2º Bimestre Classificação (qual o tipo obrigacional) 1) Obrigação Simples É aquela obrigação que não possui pluralidade de sujeitos, apenas um agente é obrigado a uma prestação 2) Obrigação Subsidiária Obrigação na qual há dois ou mais sujeitos obrigados com uma escala de preferência entre eles para o cumprimento dessa obrigação o Ex. fiador – o fiador será obrigado secundáriamente se o locatário não pagar o Ex. fiança – os avós serão obrigados se os pais não pagarem a pensão devida 3) Obrigação Solidaria (só é possível na pluralidade) Conceito (art. 264): Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. o Tem como consequência fazer com que qualquer um dos sujeitos tenha o dever ou o direito da coisa toda o Difere-se da obrigação de entregar objeto indivisível em * Fonte* (art. 265): A solidariedade não se presume, resulta da lei (ex. CDC, todos os participantes no produto são obrigados; CLT, tercerizados) ou da vontade das partes Vínculos (art. 266): Independente da solidariedade é possível acordar vínculos jurídicos diferenes para os participantes Quanto ao credor (solidariedade ativa) → (art. 267) o Pagamento D 30mil C' C'' C 30 mil C 10 mil C' 10 mil C´´ 10 mil Contrato Cláusula 1ª – Heloísa, Ariel e Vera serão credores solidários - Heloísa poderá cobrar após o dia 30/12/2017 - Ariel poderá cobrar após a aprovação na OAB - Vera poderá cobrar após o dia 03/06/2017 Obrigação Simples Subsidiária Solidária 2 Demanda* (art. 268) – não é preciso juntar todos os credores para o pagamento, enquanto não processado, o devedor pode escolher o credor para quem vai pagar Pagamento Parcial – o que foi pago deverá ser dividido entre os credores solidários, essa quantia será descontada do total e o saldo continua solidário Remissão de Pagamento* – desconta-se a cota daquele que perdoou e o saldo continua solidário Falecimento (art. 270) – os credores restantes continuam solidários e, uma vez que a solidariedade não se presume, para os filhos do credores se aplica a regra da fracionariedade Perdas e danos* (art. 271) – a solidariedade subsisiste para todos os efeitos, ou seja, os credores continuam podendo cobrar o todo o Exceções pessoais (matéria de defesa) → art. 273 O devedor pode ter uma matéria de defesa geral (ex. prescrição) Ou uma matéria de defesa pessoal na existência de vínculos diferenciados (ex. nulidade) o Julgamento → art. 274 (teve a redação alterada pelo NCPC) D 30 mil C' C'' C recebe 8 mil C 3,3 mil C' 3,3 mil C´´ 3,3 mil D 22 mil C' 22 mil C'' 22 mil C 22 mil D 30 mil C' 30 mil C'' 30 mil C 30 mil D 20 mil C' 20 mil C'' 20 mil D 30 mil C' C'' C morre D 30 mil C' 10 mil C'' 10 mil Filho' C 5 mil Filho C 5 mil 3 Sentença contrária – apesar da solidariedade a sentença desfavorável não prejudica os outros credores já que víncuos diferentes são possíveis Sentença favoravel – a sentença, via de regra, aproveita os demais credores, salvo em caso de excessão pessoal Quanto ao devedor (solidariedade passiva) → (art.275) o Renúncia da solidariedade (art. 282) → o credor exonera um dos devedores da solidariedade, ele só poderá então ser obrigado a fração da dívida, é diferente da remissão o Pagamento Parcial (art. 275 segunda parte): ao credor é lícito o pagamento parcial, nesse caso se desconta o que foi pago e o saldo permanece solidário Remissão da dívida (art. 277): desconta-se a cota que foi perdoada e o resto permanece solidário Pagamento Total (art. 283, primeira parte): após o pagamento total o devedor que pagou exige dos outros as respectivas cotas C renuncia a solidáriedade de D'' D 30 mil D' 30 mil D'' 10 mil C recebe 8 mil de D'' D 22 mil D' 22 mil D'' 22 mil C perdoa a dívida de D'' D 20 mil D' 20 mil D'' 0 C recebe 30 mil de D'' D D' D'' 30 mil D'' 20 mil D 10 mil D' 10 mil 4 Insolvente (art. 283, segunda parte): EXCEÇÃO se o devedor não possui patrimônio no nome, sua cota sera cobrado dos outros devedores, inclusive do que teve a solidariedade exonerada Interesse (art. 285): EXCEÇÃO se um dos devedores é interessado exclusivamente no pagamento da dívida, ele responderá pelo todo frente ao devedor solidário que efetuar o pgamento, por exemplo na relação de avalista e inquilino Falecimento (art. 276): como a solidariedade não se presume, se cobrada a divida da herança dos filhos separadamente a divida será fracionada, no entanto a junção das heranças com o patrimônio do falecido forma o espólio que será solidário OU Impossibilidade Culposa (art. 279): se o objeto se perde culposamente Equivalente poderá ser cobrado de todos os devedores Perdas e danos só poderá ser cobrado dos culpados, na existência de mais de um culpado o valor será fracionado C recebe 30 mil de D'' D insolvente D' D'' 30 mil D'' vai receber D insolvente 0 D' 10 mil + 5 mil D'' absorve 5 mil C recebe 30 mil de D'' D interessado D' D'' paga 30 mil D'' vai receber 30 mil D paga 30 mil C 30 mil D D' D'' morre C 30 mil D D' F de D 5 mil F' de D 5 mil C 30 mil D D' Espólio de D'' 30 mil 5 Transmissão de obrigações Polo ativo (cessão de crédito) Polo passivo (assunção de dívida) Juros (art. 280): a solidariedade subsiste para os juros, caso haja um culpado pelo atraso, ele responderá pelos juros frente a quem os pagou Exceções (art. 281): O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. Transmissão de Obrigações 1) Cessão de Crédito Conceito: é o negócio jurídico no qual o credor de uma obrigação (cedente) transfere a um terceiro (cessionário) sua posição ativa na relação obrigacional, independentemente da autorização do devedor. o Via de regra é lícito ao credor ceder o seu crédito, salvo se... O crédito possui natureza obrigacional (ex. pensão alimentícia) ou lei que aponte em sentido contrário Foi acordado pelas partes que esse crédito não seria passível de cessão → deve constar no contrato e não pode ser oposta a terceiros de boa-fé (aparente excessão) Credor originário – tinha o crédito Devedor – mantém a mesma posição Cessionário – recebe o crédito Cedente – cede o crédito Cessão – pode ser onerosa ou gratuita Eficácia (o que é necessário para que a transmissão inflinja efeitos?) o Para o devedor – o efeito é para quem a divida será paga, para isso se concretizar o devedor deverá ser notificado (art. 290) Essa notificação não precisa ser pública, basta uma declaração de ciência do devedor C 32 mil D culpado D' D'' paga 32 mil D'' 22 mil D culpado 12 mil D' 10 mil Contrato de Crédito C originário ----- Devedor 20 mil Em 4 meses Cessão Crédito Onerosa Cedente ------ Cessionário 18 mil Hoje 6 o Para terceiros (credores das partes envolvidas)– o efeito se relaciona com o rastreio de bens ativos, para tal é necessário que a transmissão seja feita através de instrumento público ou instrumento particular seguindo as solenidades do §1º do artigo 254 (art. 288) Casos específicos o Hipoteca (art. 289) → para fazer efeitos é preciso que o cessionário faça a averbação junto ao cartório de registro de imóveis o Multiplas cessões (art. 291) → o pagamento será feito para aquele que se apresentar com o título de pagamento, ou seja, o último cessionário Resposabilidade do cedente frente ao cessionário o Matéria de defesa – em regra a materia de defesa que o devedor possui contra o cedente não poderá ser aproveitada para cessionário, salvo se ela por alegada no momento da comunicação da cessão de crédito (art. 294) o Pro-soluto – responsabilidade pela existência do crédito (art. 295) → ex. cessão de um crédito pago 1990 Se a cessão for onerosa – o cedente se responsabiliza por ela, idependente de boa ou má-fé Se a cessão fot gratuita – o cedente só será responsabilizado se agir de má-fé o Pro-solvendo – responsabilidade pela sovência do devedor De regra, não há responsabilidade pela solvência, salvo se houver uma clausula no crédito que aponte nesse sentido, nesse caso o cedente responderá apenas por aquilo que recebeu (arts. 296 e 297) 2) Assunção de Dívida Conceito: é o negócio jurídico no qual o devedor de uma obrigação transfere a um terceiro sua posição na relação obrigacional. o Consentimento → para que ocorra a assunção de dívida o credor deve consentir, via de regra de forma explícita, isto é, inequívoca, não necessariamente escrita. Portanto, o silêncio do credor é, via de regra, interpretado como recusa (art. 299, primeira parte e § único) Excepicionalmente, o silêncio será interpretado como concordância em caso de crédito hipotecário (art. 303), uma vez que a casa hipotecada já constitui uma garntia ao credor → prazo de 30 dias (?) credor devedor originário novo devedor devedor materia de defesa cessio- nário cedente 7 Exoneração: após a assunção da dívida pelo novo devedor, o devedor originário exonera-se da relação (art. 299, primeira parte) o Garantias → as garantias prestadas pelo antigo devedor, via de regra são devovidas não valendo mais para o novo devedor (art. 300) o Insolvência → se o novo devedor era insolvente no momento da assunção o deverdor primitivo não será exonerado (art. 299, segunda parte) Anulação: restaura-se o débito com o devedor originário o Garantias (art. 301) Prestadas pelo devedor – voltam a ser usadas como garantia Prestadas por 3º – via de regra, não voltam a ser usadas como garantia, salvo se o terceiro tinha conhecimento do vício que anulava a sanção Matérias de defesa ou exceções (art. 302): “O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo” Pagamento 1) Solvens (quem pode pagar?) → qualquer um Titular da obrigação – pagará, primeiramente, o devedor descrito no contrato Interessado – qualquer interessado, juridicamente, poderá pagar a divída, isto é, sempre que ele possa ser afetado patrimonialmente pelo inadimplemento do devedor (ex. cônjuge) o O interessado que efetua o pagamento sub-roga-se na posição de credor frente ao devedor e tem direito a tudo aquilo que era garantido ao credor primário (art. 304) Terceiro sem interesse jurídico – pode pagar a dívida, porém, como não possui interesse jurídico, não se sub-roga na posição de credor, possui, apenas, direito a reembolso (art. 305) o Mesmo que o terceiro efetue o pagamento antes do vencimento da dívida, só poderá receber reembolso após o vencimento (art. 305 §único) o Se o terceiro efetua o pagamento sem conhecimento com com oposição do devedor... Frente ao credor o pagamento é válido credor devedor originário novo devedor credor devedor originário novo devedor credor devedor originário novo devedor insolvente credor devedor originário novo devedor 8 Frente ao devedor o terceiro não terá direito a reembolso (art. 306) EXCEÇÃO – nem todo mundo poderá pagar se o pagamento implica em transferência de propriedade infungível, nesse caso, apenas o titular da propriedade poderá efetuar o pagamento (art. 307) o EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO – se o pagamento se der por meio de bem fungível em propriedade do devedor (como uma mala de dinheiro), o credor, se de boa-fé, consumir o pagamento feito por terceiro, não será prejudicado (art. 307 § único) Nessa hipótese cabe ao devedor reaver-se com o solvente, eventualmente até com a cobrança de danos 2) Accipiens (quem pode receber) Titular do recepção da obrigação – receberá aquele descrito no contrato como credor (arts. 308 e 311) o Representante do titular através de procuração o Aquele que portar um recibo de quitação Terceiro o O pagamento feito através de terceiro (o terceiro irá entregar o objeto ao credor) se o credor o ratificar, ou seja, confirmar que o recebeu .: o pagamento feito por terceiro seráválido na medida da ratificação (art. 308) Nessa hipótese o devedor corre o riso de pagar mal e pagar duas vezes Se o credor não ratificar o pagamento de má-fé caberá o disposto no próximo intem o Proveito – para reestabelecer o status ideal do devedor caso o credor, de má-fé, não ratifique o pagamento feito por terceiro, o devedor deverá provar que aquilo que foi entregue ao credor reverteu-se em seu proveito, ou seja, o devedor deverá provar que o credor efetivamente rcebeu o pagamento (art. 308 + 310) EXCEÇÃO Credor Putativo – se o devedor pagou a um estelionatário (alguém que possuia todas as características do credor, mas não o era) e agiu de boa-fé, o pagamento será considerado válido e o credor não será ressarcido, salvo se pelo próprio credor putativo (art. 309) Penhora – se um terceiro penhora ou impugna um crédito de um credor e intima o devedor, o pagamento, do ponto de vista do devedor, não será considerado válido, se feito ao credor e não ao terceiro que penhorou o crédito. Nesse caso, o devedor poderá ser constrangido a pagar novamente e não terá direito a regressar contra o credor (art. 312) D entrega 20 mil 3º recebe 20 mil C ratifica 18 mil O pagamento de 18 mil será válido 9 3) Objeto (o que é pago?) Aquilo descrito no contrato – pacta sunt servanda (art. 313) o Objeto certo – O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa (art. 313) o Objetio divisível – Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou (art. 314) o Pagamento em dinheiro – As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes (art. 315) o Aumento – É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas (art. 316) o Ouro ou moeda estrangeira – São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial (art. 318) Exceto em contratos de câmbio e de compra de ouro Exceto em contratos internacionais – se a fluxo de riqueza entre fronteiras Teoria da imprevisão (possibilidade de revisão do objeto do contrato) → baseada no princípio rebus sic stantibus (houve uma grande mudança na situação das partes quetorna muito caro o adimplemento) o Para que seja aplicada deverão ser preenchidos os seguintes requisitos: Os motivos da mudança devem ser imprevisiveis, como não se pode responder exatamente o que é imprevisível, o questionamento a ser feito é: A mudança é alheia à esfera pessoal das partes? NÃO O objeto NÃO será revisado SIM A parte foi diretamente culpada pela mudança? NÃO SIM O fato afetou uma coletividade? NÃO SIM O objeto será revisado 3º penhora D intimado C 30 mil D 30 mil C D cobrar 30 mil C 30 mil 3º penhora D 30 mil 3º D 30 mil 10 A revisão deverá ser feita judicialmente (não pode ser feita de ofício) mediante a um pedido de quantia certa Deve haver um lapso de tempo entre a contratação e a execução do pagamento, ou seja, a mudança deve ser superveniente a contratação O motivo deve impactar o contrato e gerar uma desproporção manifesta, ou seja, uma impossibilidade relativa, tornar muito caro o adimplemento 4) Quitação (qual a consequência do pagamento?) → surge direito de receber quitação Conceito – documento por meio do qual o devedor se exonera da obrigação (art. 319) o O devedor poderá reter o pagamento, até que receba a quitação Forma e conteúdo (art. 320) o A quitação terá forma de instrumento particular o Seu conteúdo deverá conter Valor do pagamento Nome do devedor ou de quem pagou Tempo e lugar do pagamento Assinatura do credor → na falta de um desses elementos, a quitação ainda valerá se em seus termos ou circunstâncias resultar que o pagamento foi feito (art. 320 § único) Obrigações representadas por título, ex. aluguel de fantasia – a devolução do título faz presumir a quitação (art. 324) o Essa presunção é relativa .: cabe prova em contrário (art. 324 § único) A prova deverá ser apresentada dentro do prazo de 60 dias, passado esse prazo a presunção se tora absoluta – a divergência doutrinária a respeito do prazo o Se o título se perde o devedor poderá exigir, retendo o pagamento, declaração de que a obrigação foi cumprida e que o título perdido será inutilizado assim que encontrado (art. 321) Obrigações periódicas – o recibo da última prestação faz presumir o pagamento de todas as outras o Como ssa presunção é, também, relativa, cabe prova em contrário (art. 322) Objeto principal + juro – a menos que a quitação especifíque em contrário, presume-se que a quitação do objeto principal abrange os juros o Como ssa presunção é, também, relativa, cabe prova em contrário (art. 323) Despesas para o pagamento – são presumidas a cargo do devedor (art. 325) o Salvo se a despesa é acrescida por culpa do credor – nesse caso o ressarcimento deverá ser pedido no juizado especial → não é algo praticamente efetivo 5) Lugar (onde o pagamento deverá acontecer) 11 No lugar ajustado entre as partes – o pagamento será em regra efetuado no domicílio do devedor (queráble) salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias (portable). (art. 327) o Queráble → no domicílio do devedor o Portable → outro lugar que não o domicílio do devedor Dois ou mais – se dois ou mais lugares foram designados escolherá o credor entre eles (art. 327, §único) Imóvel – se a dívida está relacionada a imóvel o pagamento será feito no local do bem (art. 328) Motivo grave – se, por algum motivo grave, o pagamento não puder ser feito no lugar determinado, o lugar será recombiado (art. 329) Reiterado – o pagamento de maneira reiterada em um local diferente do determinado faz presumir a renúncia do credor quanto ao local determinado (art. 330) 6) Tempo (quando ocorrerá o pagamento) No local preisto no contrato (art. 331) o Se o contrato não disser nada o credor poderá exigilo a qualquer tempo Condicionais – o pagamento feito mediate condição deverá ser feito no momento da implementação da condição (art. 332) o Cabe ao credor provar que o devedor tinha consciência da condição Antes – o credor pode exigir o pagamento anes do vencimento nos seguintes casos (art. 333) Falência – no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores Penhora – se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor Garantia – se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las o Solidárias → nas obrigações com solidariedade passiva esse artigo só poderá ser oposto ao devedor que se encontra em uma dessas hipóteses 7) Como ocorrerá o pagamento? (forma direta ou indireta) Forma direta → Consignação o Conceito – o pagamento poderá ser feito através de depósito judicial ou extra judicial/depósito bancário (art. 334) o Imóvel – se a coisa devida for imóvel o devedor pode citar o credor para obrigá-lo a receber Se ainda assim o credor não receber o devedor poderá depositá-la judicialmente (ex. depositar as chaves) o Incerta – Se a escolha da coisa incerta competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob pena de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher (art. 342) C D- falência D' D'' 12 Feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente o Cabimento – a consignação poderá ser feita se há: (art. 335) Recusa → se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma (inciso I) Mora → se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos (inciso II) Incapacidade → se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil (inciso III) Dúvida → se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento (inciso IV) Litígio → se pender litígio sobre o objeto do pagamento, se dois ou mais credores discordam sobre quem deve fazer jus ao recebimento (inciso V) Pagamento – O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento (art. 344) Requerimento – Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação (art. 345) o Validade – Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento (art. 336) o Lugar/riscos – O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente (art. 337) o Levantamento – retirar o pagamento depositado O credor pode desde a citação levantar o pagamento, se o credor não concorda o processo tramita podendo haver → sentença de procedência favorável – o réu (credor) recebe o pagamento e faz o alvará de levantamento → sentença improcedente – o autor (devedor) paga a qantia devida com eventuais perdas e danos O devedor quer levantar o pagamento que depositou Processo Depósito Citação Sentença 13 Antes da triangulação do processo (da manifestação do réu) – o autor poderá levantar o depósito, mas continua sendodevedor e deverá pagar as custas processuais, já que o processo será instinto e a máquina processual movida (art. 338) Depois da sentença – o levantamento pode ser feito se o credor concordar, se há pluralidade de credores todos deverão concordar (art. 339) Durante o andamento do processo – o levantamento pode ser feito, desde que o réu concorde, mas nessa hipótese, como não foi feita sentença, a concordância do credor será tomada como perdão da dívida, se há pluralidade de devedores, todos serão exonerados (art. 340) o Despesa – as despesas do processo de consignação seguem a regra do CPC, pagará quem perder a ação (art.343) Forma indireta → consignação o Conceito – substituição das partes envolvidas o Ope legis – substituição de pleno direito, ou seja, independente de cláusula ou vontade das partes (art. 346) Hipoteca (inciso II) Terceiro interessado (inciso III) O credor paga a dívida do devedor comum (inciso I) o Convencional (art. 347) Cessão de crédito – quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos (inciso I) Empréstimo – quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito (inciso II) o Abrangência da quantia que o subrogado pode cobrar Na subrogação ope legis até a soma que desembolsou para desobrigar o credor originário (art. 350) Na subrogação convencional o subrogado pode cobrar aquilo que consta no crédito C 80mil D 80mil C' 30mil D trabalhista 30mil C' C 30mil C 110mil D 110mil 14 Se faltarem bens para pagar todos os créditos será feito primeiro o pagamento do crédito originário e depois do subrogado (art. 351)
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