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RESUMO - Processo Civil I - Prof. Henry Kaminski - 1º BI

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Processo Civil I – 1º Bimestre
Evolução Histórica do Processo Civil 
Surgimento da Jurisdição 
Apartir da sociedade primitiva (pré-legal) até o embrião do Estado → como todo processo histórico não é totalmente dividido
Em todas essas fases havia a possibilidade da auto composição através da transação, da desistência ou da submissão
Transação – fazer um acordo com consessões recíprocas
Desistência – renúncia a pretensão deduzida por uma das partes
Submissão – renúncia a resistência inicialmente ofertada a pretensão
Evolução do processo a partir da sociedade romana (ou pós jurisdição)
Período Romano 
1ª fase – Legis Actiones 
Processo predominantemente oral criado pelos tribunais (pretoriano)
Processo extremamente formal (ritos)
2ª fase – Período Formulário
Ainda predominantemente oral 
Começo da base escrita
Deisões particulares
3ª fase – Extraordinária Cognitia 
Processo escrito
Surgimento dos princípios
Processo público (jurisdição) – os romanos retomam a totalidade do processo para a esfera pública
Período Medieval
Pós queda do Império Romano pelas invasões bárbaras
Choque cultural – os bárbaros aplicam a Prova Legal (matemática, as provas valiam pontos) e a Ordália (o resultado era avontade de Deus)
Período do Processo Civil Moderno
“Teoria dos Pressupostos Processuais e das Exceções Dilatórias”, 1868, Oskan V. Bullow – marco da autonomia do procsso que passa apartir dessa data a ser uma ciência autônoma
Processo Civil Brasileiro
Constituição de 1891 – códigos processuais estatais concorrentes ao da união
Constituição de 1934 – códigos processuais voltam a ser competÊncia da união, porém sem revogar os estatais
1º Codigo de Processo Civil – “colcha de retalhos”
Codigo de Processo Civil – inspirado no Enrico Tulio Liebman “Código do ministro Buzaid”
Codigo de Processo Civil – novo CPC
Classificação do Direito Processual
Plano material e plano processual
Normas do plano Material – tem o objetivo de regular as condutas da sociedade
são espedidas pelo Estado e determinam aquilo que é lícito e pode ser praticado e aquilo que é ilícito e não deve ser praticado
regula as relações interpartes e entre indivíduo e Estado
Normas doplano Processual – regulam aquilo que deve ser feito quando as normas do plano material não forem cumpridas, ou ainda, quando seu cumprimento voluntário e estontâneo é ameassado
a relaçãoetre o direito material e processual é de instrumentalidade do processo em relação ao direito material, contudosão ramos autônomos
Direito privado e público
Direito Privado – trata-se de norma de direito privado quando todos os participantes da relação jurídica forem particulares
Ex. direito Civil
CDC e CLT são considerados híbridos
Direito Público – quando o Estado partcipa da relação jurídica sob qualquer de suas formas e nela veicular-se matéria de ordem pública (do interesse de uma coletividade)
Ex. Direito Processual – é o Estado que vai regular a jurisdição, a ação e o processo
A Constituição e o Direito Civil (direito contemporâneo)
Fenômeno da constitucionalização do processo – uma nova visão sobre esseramo do direito
Foi ocasionado pelo:
Fato Histórico – em 1949 na Alemanha foi criada a Lei Fundamental de Bonn (pós 2ª gm), foi a primeira aparição das normas processuais como direitos e garantias fundamentais
Acesso a justiça e juiz natural – art. 5º XXXV XXXVII LIII
Influenciou o ordenamento brasileiro
Aproximação dos constitucionalistas e dos processualistas – é preciso analizar o CPC à luz da constituição
Art. 1º do novo CPC
Normas Processuais e Direito Intertemporal 
∟eficácia da lei processual no espaço e no tempo
Espaço – lex fori → a lei processual do foro (unidade territorial) em que o processo está tranmitndo
Tempo – problema com o avento do novo CPC
Processos findos → indiferente pois o processo tem aplicação imediata
Processos ajuizados → valerá o novo CPC
Processos pendentes → Teoria dos Atos Isolados
“Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.”
Ato jurídico perfeito – art. 5º XXXVI CF
Direitos Processuais – situação jurídica já consolidada
Meios Alternativos de Pacificação Social
	Auto defesa – auto tutela 
Arts. 345 e 350 do CPC
	Autocomposição
Desistência
Transação
Submição
	Heterocomposição 
Conciliação 
Mediação
Arbitragem
Jurisdição
	Processo
Formal; moroso e de alto custo
Eficácia Eficácia de Tutela Jurisdicional – Wambier, Luis Rodrigues
“Meios alternativos são formas e métodos de solução de conflitos intersubjetivos que não envolvam, ou até mesmo que dispensem em maior ou menor grau a participação do poder judiciário e consequentemente o exercício da atividade jurisdicional.”
Conciliação: método alternativo de pacificação social, em ultima análise representa a vontade dos próprios envolvidos no litígioConciliador: usa técnicas argumentativas para aproximar as partes e pode suerir maneiras de solucionar o conflito
Terceiro
Judicial
Extrajudicial
Ordenação
Mediação: também é um método de solução de conflitos, se assemelha a conciliação porém tem um método diferenciadoMediador: faz perguntas e induz a conversa, porém não propõem soluções; as próprias partes solucionam o problema de forma autônoma
Judicial
Extrajudicial
Sugerido para relações mais duradoras
Arbitragem (lei nº 9307/1996): é justiça privada, um ou mais árbitros são escolhidos pelas partes (números ímpares)Árbitro: não exerce jurisdição estatal, mas a oriunda da vontade das partes, da sua decisão emana um Título Executivo Judicial que não possue força de coerção (em cas de descumprimento é feita uma carta arbitral ao judiciário para fins de efetividade )
Sentença arbitral (antigo laudo) 
Apenas para direitos patrimoniais disponíveis (não tutelados pelo Estado)
Não pode ser recorrido
Surge através da convenção de arbitragem, que pode se dar através:
Da cláusula compromissória – é feita na comunhão do contrato uma cláusula estabelecendo que em caso de conflito será usada a arbitragem
Do compromisso arbitral – as partes, depois da incidência do conflito, resolvem optar pela arbitragem
Juizado (pequenas causas)
Em 1982 no RS foi estabelecido um piloto copiando um modelo estadounidense
Em 1984 surge a lei que criou o juizado de pequenas causas
Em 1988 a Constituição Cidadã, em seus arts. 98 I e 24 X, determinou a criação dos juizados em todos os Estados
A lei nº 9099/95 – cria dos juizados civis e criminais
Valor da causa deve ser de até 40 salários mínimos federais
Até 20 salários mínimos não é necessário auxílio de advogados
Entre 20 e 40 salários mínimos é obrigatório auxílio de advogados
A lei nº 10259/01 – cria o juizado na justiça federal Apesar do novo CPC estabelecer prazos em dias úteis para os juizados, o juizado estadual mantém dias corridos
Valor da causa de até 60 salários mínimos
Não é necessário auxílio de advogados
A lei nº12153/09 – cria o juizado da fazenda publica estadual 
Valor da causa de até 60 salários mínimos
Não é necessário auxílio de advogados até a fase recursal
O art. 2º da lei 9099/95 prevê que o objetivo do juizado é a consiliação e a transação de acordo com os seguintes princípios
Predominância da oralidade (somente atos essenciai são tomados a termo)
Simplicdade
Informalidade (o objetivo a ser alcançado será mais valorizado do eu os ritos)
Economia Processual (procedimento enxuto)
Celeridade (resposta mais agil)
Princípios Constitucionais do Processo
Contexto Histórico – metade do século XX
Após o encerramento da 2ª guerra mundial
Lei fundamental de Bonn (1949) – surgimento das normas processuais
Juiz natural
Acesso a justiça
No Brasil – após o fim do regime militar com a Constituição Cidadã
Aproximação dos processualistas e dos constitucionalistas
Observar as normas processuais a luz da Constituição – artigo 1º do CPC
Têm a intenção de limitar a ação opressora do Estado
O processo é um instrumeno para a realização da justiça. Para isso ele deverá refletir as características do Estado Democrático de Direito
Governantes e governados sob a égide da mesma lei
Não exercício arbitrario do poder
É metodologia → o processo passou a ser analizado sob o prisma constitucional
Acesso a justiça ou Inafastabilidade da tutela jurisdicional
Previsão jurídica – 5º XXXV, CF
O objetivo da constituição é atingir um Estado Social e, nesse sentido, o dever do Estado de prestar tutela jurisdicional
Lesão (caráter repressivo) ou ameaça o direito (caráter prevetivo)
Dierito subjetivo individual (efeito inter partes) ou direitos coletivos (efeito erga omnes)
Problema de entrada e saída do poder judiciário 
Kazuo Watanabi “ o princípio do acesso a justiça não se trata apenas de possibilitar o acesso a justiça enquanto instituição Esttal, e sim viabilizar o acesso a uma ordem jurídica justa
Para isso o Estado se mune de ações afirmativas
Art. 98 CPC – justiça gratuita;
Defensoria pública da União e do Estado;
Justiça itinerante
Legitimidade ao Ministério Público, aos sindicatos, partidos políticos, etc;
A doutrina, de forma efetiva, consagra uma revisitação conceitual das técnicas que estrangulam a efetivação e a realização da tutelaAs pessoas que vão se submeter a arbitragem devem ser pessoas capazes, além disso, a arbitragem serve para solucionar litígios sobre direitos patrimuniais disponíveis. O princípio do acesso a justiça, ademais, não é um princípio absoluto – art. 18 e 31 da lei nº 9307/96
Devido Processo Legal
Aparece primordialmente (não da maneira como entendemos hoje) com o due process of law em 1215 na Inglaterra
Previsão jurídica: art. 5º LIV
Ninguém será privado dos bens ou de sua liberdade sem o devido processo legal
Se aplica as funções:
Legislativas – elaboração de leis que tenham razoabilidade em relação aos valores fundamentais do cidadão
Administrativas – princípio da legalidade (o Estado só pode fazer o que é previsto em lei)
Nas Relações Privadas – na forma da lealdade (não se admite contratação de má-fé)
Possui dois aspectos
O substantivo: razoabilidade e racionalidade na elaboraçãode leis → visando a justiça
O processual: garante ao jurisdicionado o acesso a um procedimentos judicial justo
É fonte primária de outros princípios
Ex: Juiz Natural, Ampla Defesa, Contraditório, Inviolabilidade do domicílio, Sigílo da comunicação e dos dados, Isonomia, Motivação das decisões judiciais...
Legitimam o exercício da função jurisdicional e asseguram o acesso a uma ordem jurídica justa

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