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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ELÉTRICA DO MÚSCULO BÍCEPS BRAQUIAL DURANTE O EXERCÍCIO COM UMA RESISTÊNCIA ELÁSTICA, COMPARADO AO EXERCÍCIO COM UMA RESISTÊNCIA FIXA F. Azevedo, N. Alves., A. Carvalho, R. Negrão Filho Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Tecnologia / Departamento de Fisioterapia. Laboratório de Fisioterapia Aplicada ao Movimento Humano. Rua Roberto Simonsem, 305 Cep: 19060-900 /Presidente Prudente / São Paulo / Brasil. micolis@uol.com.br RESUMO Apresenta-se um estudo do comportamento da atividade elétrica (EMG) do músculo bíceps braquial de pessoas sadias, quando submetidas a uma série de exercícios dinâmico resistidos cujas formas de resistências utilizadas foram um tubo de látex (resistência elástica) e um peso fixo (halteres de 4Kg). Este estudo teve por objetivo comparar as relações entre a EMG e a força gerada pelo músculo bíceps braquial quando submetido a estes dois tipos de resistência. O sinal elétrico do músculo estudado foi coletado através de um condicionador sinais utilizando-se eletrodos de superfície passivos bipolares do tipo BECKMAN. A força muscular dinâmica produzida pelo músculo foi determinada através de algoritmos baseados em um modelo biomecânico dinâmico do sistema formado pela articulação do cotovelo e pelo músculo bíceps braquial. Desta forma procuramos indicar de maneira objetiva as relações, no domínio do tempo, do padrão elétrico e da força produzida durante os dois tipos de exercícios. Estas relações possibilitaram ao final do trabalho, uma melhor compreensão do sistema de exercício com a corda elástica no aspecto do comportamento muscular durante o exercício com a resistência elástica. Palavras chaves: Bíceps braquial, Biomecânica, Resistência elástica, Exercício dinâmico, EMG de superfície, Força muscular. 1. INTRODUÇÃO A melhora na prescrição de protocolos de reeducação muscular (treinamento dinâmico de força) por parte dos fisioterapeutas passa pelo uso correto da corda elástica (Tubo de Látex) com fins terapêuticos. A corda elástica surgiu na década de 80 nos ginásios de reabilitação dos E.U.A., em forma de faixas elásticas (Thera-Band®)1. Estas eram utilizadas como alternativa aos halteres e aos aparelhos de musculação, pois o custo e a versatilidade do material permitiam que os pacientes se exercitassem em praticamente qualquer local, principalmente em suas casas. A corda elástica promove uma resistência progressiva durante um exercício dinâmico e pode ser utilizada como forma mista de exercício, pois com ela pode-se exercitar tanto positivamente (contração concêntrica) como negativamente (contração excêntrica) um músculo ou grupo muscular [1,2,3,4]. Alguns terapeutas utilizam usualmente na prática ambulatorial a corda elástica como forma de exercitar isocinéticamente um músculo ou grupo muscular. Estudos recentes apontam como verdadeira esta afirmação no que diz respeito a geração de força muscular durante um exercício com uma resistência elástica, entretanto eles demonstram também a necessidade de se conhecer de forma mais detalhada as interações entre a resistência elástica e a força gerada por um músculo ou grupo muscular e as conseqüências da sua aplicação durante um protocolo de uso prolongado com o objetivo de fortalecimento múscular [5,6]. O outro método de exercício, cuja forma de resistência é a carga fixa, foi inserido neste trabalho com o objetivo de nos fornecer parâmetros tanto para o melhor entendimento do comportamento muscular durante o outro tipo de exercício como também para nos permitir discutir os resultados com base na ampla literatura que aborda o treinamento muscular utilizando-se da carga fixa [1,2]. 1 Thera-band and Associated Colors are trademarks of the Hygenic Corporation. ©1998 The Hygenic Corporation. All rightsreserved. Xioma Rojas Memorias II Congreso Latinoamericano de Ingeniería Biomédica, Habana 2001, Mayo 23 al 25, 2001, La Habana, Cuba Xioma Rojas Xioma Rojas 950-7132-57-5 (c) 2001, Sociedad Cubana de Bioingeniería, artículo 00119 A eletromiografia de superfície (EMG) é uma ferramenta amplamente utilizada em processos de avaliação clinica. A EMG pode apresentar de alguma forma uma correlação com os fenômenos internos e por conta disso, alguns trabalhos tentam demonstrar a relação entre a EMG E a força produzida pelo músculo durante um exercício. Estes trabalhos nos mostram que esta relação não é linear e está sujeita à interação de variáveis incontroláveis [7,8,9,10]. Os dados da força gerada pelo músculo bíceps nos fornece parâmetros de comparação e de avaliação importantes, pois através destes dados sabemos como o músculo está se comportando, em termos de geração de força, durante o exercício. Os dados utilizados foram obtidos através de experimentos nos mesmos indivíduos utilizados neste trabalho. Com base em modelos biomecânicos simples bidimensionais e nos algoritmos elaborados ,determinamos a força dinâmica gerada pelo músculo durante os dois tipos de exercícios [6,11,12]. Dentro deste contexto propomos avaliar o comportamento elétrico do músculo bíceps de indivíduos submetidos ao exercício com a resistência elástica e com a resistência fixa, utilizando dados da força muscular gerada durante os dois tipos de exercício como referência para o entendimento da EMG do músculo bíceps. 2. METODOLOGIA 1. Corda elástica (tubo de látex). Foram utilizadas como cordas elásticas, tubos de látex novos, No. 204 da marca Lengruber2, com diâmetro de 12 mm e luz3 de diâmetro de 6mm, de diferentes comprimentos (90cm, 63cm, e 48cm, respectivamente para o indivíduo 1, 2 e 3) e com coeficiente de elasticidade igual a 20N. Tendo preso, amarrado com barbante de algodão, em cada ponta uma argola de ferro. 2. Indivíduos. Colaboraram com o experimento 3 indivíduos do sexo masculino, sadios, com idade igual a 20 anos e com variações nas medidas antropométricas correspondentes a tabela 1: 3. Protocolo de coleta de dados. Os dados coletados durante o experimento foram: o ângulo da articulação do cotovelo, e a EMG de superfície do músculo bíceps braquial. 2 Lengruber, Comércio de látex Ltda. São Paulo –SP. 3 Nome dado à parte interna, oca, do tubo de látex. Para o experimento com a corda elástica, o indivíduo foi posicionado em pé e foi fixado na mão, uma das extremidades da corda elástica e a outra foi fixada no chão. Tabela 1 Características antropométricas dos indivíduos utilizados para os experimentos. A La c a I. 1 185 35 37 5 I. 2 179 33 35 5 I. 3 163 30 31,5 4,5 A – Altura (cm); La – Comprimento do antebraço (cm)4; c – Comprimento do braço (cm); a – Distância da articulação do cotovelo a inserção do bíceps (cm)4. O indivíduo realizou 10 movimentos de flexão e extensão do cotovelo, partindo de 0o (posição de repouso) até aproximadamente 125o, voltando a 0o (posição de repouso) concluindo assim um ciclo. A coleta para o um "pacote" de 10 ciclos foi realizada em uma velocidade angular constante, com o auxilio de um metrônomo digital que marcava um ritmo de 60bpm (batidas por minuto). Para a captação da atividade elétrica do músculo foram utilizados mini eletrodos de superfície, bipolares (Ag/AgCl), tipo BECKMAN, com diâmetro de 11 mm e superfície de detecção de 2mm. Estes eletrodos foram fixados a 2cm abaixo do ponto motor localizado no ventre da porção longa do músculo bíceps braquial. A localização do ponto motor de cada indivíduo foi feita através de estimulação elétrica. Os eletrodos foram fixados na pele através de fita adesiva tipo microporo, com uma distância de 3cm de centro a centro e conectados ao coletor de sinais por cabos de 120 cm de comprimento. O eletrogoniometro foi fixado, na articulação do cotovelo. A corda elástica foi adaptadaa altura do indivíduo testado de modo a não oferecer resistência quando em descanso, no entanto esta também não estava frouxa. Chamamos este estado inicial da corda antes do movimento como estado de tensão zero. Para o experimento com o peso fixo, seguimos os mesmos procedimentos citados acima, no entanto neste modo de exercício foi utilizado um halteres de 4Kg. 4. Coleta de Dados (eletrogoniometria, e EMG). Para a eletrogoniometria, foi utilizado um eletrogoniometro constituído de duas hastes plásticas de 30 cm de comprimento, 0.5 cm de espessura e 3 cm de largura, ligadas em uma das 4 Determinado a partir de aferições de radiografias tiradas dos indivíduos. extremidades por um potenciômetro linear de 10K. Os sinais provenientes do eletrogoniometro e da EMG foram captados em um módulo condicionador de sinais, modelo MCS 1000 – V2, da marca Lynx5, com 16 canais de entrada analógica. Um canal foi configurado para receber sinais do elétrogoniometro. Este foi calibrados para receber até 2V, além de uma freqüência de 20 Hz no filtro passa baixa. Outro canal neste condicionador foi calibrado para a captação dos sinais elétricos do músculo. O canal para a EMG foi calibrado para filtrar os sinais analógicos com freqüência de corte de 20 Hz no filtro passa alta e 500 Hz no filtro passa baixa realizada através de filtro analógico, tipo “Butterworth” de dois pólos e com um ganho final de 600 vezes. Todos os sinais analógicos foram amplificados e preparados para serem digitalizados através de uma placa de conversão de sinal analógico para digital (A/D) modelo CAD 12/36 da empresa Lynx, de 12 bits de resolução, com 16 entradas analógicas, a freqüência de amostragem utilizada foi de 1000 Hz. Para a aquisição e armazenamento em arquivos de dados dos sinais digitalizados foi utilizado o software Aqdados, da Lynx, versão 4.0 para o sistema operacional Microsoft – DOS. 5. Tratamento dos sinais de EMG. Para o tratamento dos dados de EMG foi utilizado o software Microcal Origim ver. 3.54. Os 10 movimentos de cada indivíduo foram divididos em 10 pacotes separados para facilitar o tratamento e posterior análise. Todos os sinais de EMG foram tratados para posterior comparação e análise, conforme descrito nas seguintes etapas: i) retificação total do sinal – também conhecido como retificação de onda completa; ii) normalização da amplitude do sinal, que neste caso foi empregado a média do sinal retificado da atividade dinâmica como valor de referência; iii) envoltório linear – obtido a partir do traçado retificado, fazendo uso de um filtro (passa- baixa) digital com freqüência de corte de 5Hz e que resulta num envoltório que segue o contorno do sinal de EMG; iv) normalização da base de tempo – procedimento que tem como objetivo normalizar o tempo de atividade dos diferentes sinais coletados, onde o tempo é convertido em porcentagem do tempo de movimento (0 a 100%) [13,14,15,16]. Os dados provenientes da eletrogoniometria passaram pela normalização na base de tempo, e dos dez sinais obtidos de cada indivíduo foi obtida uma média para cada um que serviu como referencia para a plotagem dos gráficos apresentados nos resultados. 5 Lynx Tecnologia Eletrônica Ltda. Rua Sales Junior, 476 – São Paulo - Brasil 6. Tratamento estatístico dos dados de EMG. Após o tratamento dos sinais de EMG estes foram aplicados ao método de comparação paramétrica indicado para n ³ 3, One-Way ANOVA, onde o valor de p £ 5 corresponde a diferenças significativas entre a média dos dados submetidos a comparação. 3. RESULTADOS A figura 1 apresenta os gráficos resultantes da força dinâmica e da EMG gerada pelo músculo bíceps braquial durante o exercício com a corda elástica. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 1 2 3 P o rc e n ta g e m d e a ti v a çã o Ciclo do movimento (%) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 50 100 150 200 Indivíduo 1 Indivíduo 2 Indivíduo 3 Fo rç a ( N ) Fig. 1 - Gráfico da força dinâmica e da EMG gerada pelo músculo bíceps braquial dos três indivíduos durante o exercício com a resistência elástica. A figura 2 apresenta os gráficos resultantes da força dinâmica e da EMG gerada pelo músculo bíceps braquial durante o exercício com a resistência fixa (4Kg). 0 20 40 60 80 100 0 1 2 3 4 5 P o rc e n ta g e m d e a ti v a çã o Ciclo do movimento (%) 0 20 40 60 80 100 0 100 200 300 400 500 600 Indivíduo 1 Indivíduo 2 Indivíduo 3 Fo rç a ( N ) Fig. 2 - Gráfico da força dinâmica e da EMG gerada pelo músculo bíceps braquial dos três indivíduos durante o exercício com a resistência fixa (4Kg). Observando as figuras 1 e 2 podemos observar que nos dois modos de exercício os traçados da EMG são muito parecidos para os três indivíduos. Nos exercícios com a corda e com o peso fixo o pico acontece em aproximadamente 40%, próximo a transição do movimento de flexão e extensão. Um aspecto interessante observado é que no exercício com a resistência elástica os traçados da EMG são mais suaves enquanto que no outro modo de exercício os traçados da EMG apresentam picos menores a direita do movimento. Após aplicar estes resultados ao tratamento estatístico observou-se que todas as combinações de dados da EMG comparadas (para os três indivíduos) apresentaram p > 5. Este valor permite afirmamos que não foram encontradas diferenças significativas na atividade elétrica do músculo bíceps durante os dois tipos de exercício para os três indivíduos testados. 4. DISCUSSÃO Os resultados apresentados acima nos permite fazer alguns apontamentos relevantes.Na figura 1 observamos uma discreta relação entre a geração de força e a EMG do bíceps, no entanto apesar de a força permanecer estabilizada em aproximadamente 60% do ciclo do movimento a amplitude do sinal de EMG não se estabiliza junto. Na figura 2 podemos observar que apesar de o músculo estar deixando de gerar força a amplitude do sinal da EMG aumenta. As analises apresentadas acima correspondem aos relatos sobre a relação entre EMG X força encontrados na literatura estudada [7,8,9,11]. Um ponto em comum entre os dois tipos de exercício é que em aproximadamente 40% do movimento os dois gráficos da EMG apresentam seu maior pico. Podemos sugerir que este fenômeno pode estar relacionado a algum mecanismo neuro- fisiológico que age durante a mudança no tipo de contração muscular, pois neste momento o indivíduo esta próximo a transição do movimento de flexão e extensão [3]. Outro ponto interessante é que as diferenças antropométricas entre os indivíduos e a mudança no modo de resistência utilizada durante o exercício produzem diferenças significativas na geração de força. Estas diferenças acontecem pela diferença entre os braços de alavancas e as ralações de momento a que estas estão sujeitas e pelo tipo de carga a que o indivíduo é submetido[6]. Estas mesmas relações de momento e a diferença na carga não alteram significativamente o sinal de EMG do músculo bíceps quando comparamos os dois tipos de exercício para os três indivíduos testados. Diante destes resultados é claro que estudos mais abrangentes devem ser realizados utilizando-se de ferramentas que possibilitem a apresentação de novas relações entre o sinal de EMG gerado pelo músculo com outros fenômenos fisiológicos durante o exercício com a resistência elástica. 5. CONCLUSÕES Com base nos resultados apresentados e na literatura estudada podemos concluir que: a) Apesar de não existir diferença estatisticamente significante entre os sinais EMG dos indivíduos exercitados com resistência elástica e fixa, podemos afirmar que os resultados evidenciamtendência de comportamento elétrico diferentes. b) As diferenças antropométricas entre os indivíduos testados não representam um fator de alteração do padrão do traçado eletromiográfico gerado pelo músculo bíceps durante os dois tipos de exercício. c) A mudança no tipo da carga durante o exercício não representa um fator de alteração do padrão do traçado eletromiográfico gerado pelo músculo bíceps. d) Novos estudos devem ser realizados utilizando-se de formas diferentes de tratamento do sinal de EMG, como por exemplo a analises do sinal no domínio da freqüência e a utilização de ferramentas de análise não linear, no objetivo de se aprimorar o conhecimento do comportamento fisiológico muscular durante o exercício com uma resistência elástica. AGRADECIMENTOS Agradecemos o apoio financeiro da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, o Prof. Dr. Orivaldo Lopes pelas valiosas sugestões e colaboração, ao Sr. Milton Hirokazu Shimabukuro, pelo suporte técnico e a Raquel Napolitano pelo apoio na elaboração dos ensaios. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] C. Kisner e L. A. Colby, “Exercícios terapêuticos”, 2a ed., São Paulo, 1992. [2] L. D. Lehmkuhl, L. K. Smith e E. L. Weiss, “Cinesisologia clínica”, 5a ed. São Paulo, 1997. [3] J. Weineck, “Biologia do esporte” 2a ed, São Paulo, 1991.3 [4] L. H. V. Vlack, “Princípios da ciência dos materiais”, São Paulo, 1970. [5] F. A. Mícolis, C. A. P. Valente e A. C. Carvalho, “Estudo da resistência do tubo de látex submetido a estiramentos”, Anais do X congresso de iniciação cientifica da UNESP, pp. 295, Araraquara, 1998. [6] F. A. Mícolis; N. Alves; A. C. Carvalho Avaliação do torque e da força gerada pelo músculo bíceps braquial durante o exercício com uma resistência elástica, comparados aos exercícios com uma resistência fixa e ao isocinético. XII Congresso brasileiro de engenharia biomédica, Florianópolis, 2000. p.167 - 172. [7] DE Luca, J. C.; Basmajian, J. Muscles alive: Their functions revealed by eletromyography. 5a edição. USA 1985. [8] DE Luca, C.J. & Erim, Z. Common drive of motor units in regulation of muscle force. Trends neurosci, v.17, p.299-305, 1994. [9] DE Luca, C. J. The use of surface electromyography in biomechanics. Journal of applied biomechanics. 1997, v.13, p.135-163. [10] F. A. Mícolis, R. F. Negrão Filho e A. C. Carvalho. “A atividade elétrica do músculo bíceps braquial em diferentes ângulos e resistências”, Revista de fisioterapia da Universidade de São Paulo, v. 6, pp. 36, suplemento, 1999. [11]A. C. 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ABSTRACT This paper presents a study of the behavior of the electric activity (EMG) of the muscle biceps brachii of healthy people, when submitted the a series of dynamic resisted exercises whose forms of used resistance were a tube of latex (elastic resistance) and a fixed weight (4Kg). This study had for objective to compare the relationships between EMG and the force generated by the muscle biceps brachii when submitted to these two types of resistance. The electric signal of the studied muscle was collected through a surface EMG being used a pair of passive electrodes type BECKMAN, with final gain of 600 and frequency of acquisition of 1000Hz. The dynamic muscular force produced by the muscle it was determined through algorithms based on a biomechanic dynamic model of the system formed by the joint of the elbow and for the muscle biceps brachii. This way we tried to indicate in an objective way the relationships, in the domain of the time, of the electric pattern and of the force produced during these two types of exercises. These relationships made possible at the end of the work, a better understanding of the exercise system with the elastic rope in the aspect of the muscular behavior during the exercise with the elastic resistance. Key words: Biceps brachii, Biomechanic, Elastic resistance, Dynamic exercise, Surface EMG, Force.
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