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Gluteo e eretores da espinha no agachamento e Avanço

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ARTIGO ORIGINAL
ANÁLISE DA RESPOSTA ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS
GLUTEO MAXIMO E ERETOR DA ESPINHA DURANTE OS
EXERCÍCIOS DE AGACHAMENTO E AVANÇO
ANALYSIS OF ELETROMYOGRAPHY RESPONSES OF THE MAXIMUM GLUTE AND SPINE
ERECTOR MUSCLES DURING THE HALF SQUAT AND FORWARD LUNGES
Denise Osti Coscrato
Breno Gustavo Santiago Martins
Ricardo Vilela Morais
Carla d’Arcanchy Bandeira de Mello
Jake do Carmo
Programa de Pós Graduação em Educação Física - UGF
Resumo
Devido a carência de informações biomecânicas relativas aos exercícios de agachamento e avanço,
principalmente quanto ao comportamento dos músculos envolvidos nestes movimentos, o presente estudo
teve como objetivo verificar, particularmente, a resposta eletromiográflca dos músculos glúteo máximo e
eretor da espinha durante estes exercícios. Participaram do estudo 10 mulheres treinadas com idade média
de 23,8 anos e massa corporal média de 56,0 Kg. Foram utilizados um eletromiôgrafo de 2 canais da marca
Delsys Bagnoli—2 e eletrodos de superfície bipolares ativos para captação dos potenciais de ação. Todos
os participantes executaram 10 repetições, com 70% da sua carga máxima, em 4 diferentes tipos de
exercício: 1) agachamento sem calço (AG1); 2) agachamento com calço (AG2); 3) avanço com passo largo
(AV1); 4) avanço com passo menor (AV2). Os sinais eletromiográficos dos músculos glúteo máximo e eretor
da espinha foram registrados durante as 10 repetições. Os resultados e conclusões encontrados neste
estudo foram: a) o músculo glúteo máximo apresentou mesmo perfil eletromíográflco para os 4 tipos de
exercício, ou seja, não apresentou diferença estatisticamente significativa; b) a participação do músculo
eretor da espinha foi maior nos exercícios de agachamento (AG1 e AG2) do que nos exercícios de avanço
(AV1 e AV2); c) o músculo eretor da espinha apresentou valores médios de energia superiores ao músculo
glúteo máximo em ambos os exercícios: agachamentos (AG1 e AG2) e avanços (AV1 e AV2).
Palavras-chave: eletromíografla, agachamento, avanço, músculos glúteo máximo e eretor da espinha.
Abstract
Due to lack of information relative to biomechanics of half squat and forward lungues exercises and,
especially, relative to behavior of the muscles involved in these moviments, the purpose of this study was to
verify, particulary, the eletromyographic responses of the maximum glute and spine erctor muscles during
these exercises. 10 training women, aging an average 23,8 years okt and weighing an average 56,0 l(g were
studied. lt was used an eletromyography Delsys Bagnoli—2 containíng 2 channels and surfaces electrodes
to register action potencíes. AlI subjects were requested to perform 10 repetions, with 70% of their maximum
load in 4 different exercises: 1) half squat without a wedge under the heels (AG1); 2) half squat with a wedge
under the heels (AG2); 3) long forward lungues (AV1); 4) short forward lungues (AV2). Signals were recorded
frorn maximum glute and spine erctor muscles dunng the exercises. The results and conclusíons found in
this study were: a) maximum glute muscle showed the same electromyographic signal for 4 types of
exercises, that is, did not show any signiflcante statistic difference; b) the particípation of the spine erector
muscle was greater in half squat exercises (AG1 e AG~) than fovward lungues (AV1 e AV2); c) the spine
erector muscle showed an average energy greater than maximun glute muscle in both exercises: half squat
(AG1 e AG2) and forward lungues (AV1 e Ali2);.
Key words: electromyography, haíf squat, foward Iungues, maximum glute and spíne erector muscles.
1. INTRODUÇÃO
O treinamento de força é uma modalidade
física na qual apenas recentemente tem sido
abordada pelo campo da ciência, pois se sabe
que a maior parte da teoria conhecida até a
alguns anos atrás era empírica. Contudo a atual
participação da ciência vem contribuindo para
comprovar a eficiência e qualidade de diversos
tipos de metodologias e exercícios utilizados na
área ao treinamento de força. Isto tem dado maior
fundamentação científica e proporcionando
evoluções no sentido de diminuir o risco de
lesões, auxílios nas prescrições bem como a
adequação do seu uso e diminuição dos mitos
que o acompanham.
Alguns exercícios musculares com
sobrecarga são dúbios no que diz respeito a sua
atividade muscular e a eletromiografia (EMG) tem
se mostrado um instrumento de pesquisa
essencial na mensuração do papel dos músculos
em determinados movimentos. A EMG é um
método científico seguro que permite verificar a
intensidade de contração muscular através do
processo de detecção dos sinais elétricos
(potenciais elétricos) emitidos pelos músculos
(BOMPA. et a!. 2000). O músculo é uma fonte de
atividade elétrica, e está circundado por líquidos
corporais bons condutores de eletricidade,
melhorando assim o registro da atividade (HAY &
REID, 1985). A contração muscular inicia-se
quando cargas elétricas atravessam a membrana
das fibras musculares, e esse fluxo de íons pode
ser medido na pele por eletrodos de superfície
(KOBAYASHI,1983;_MORITANI et aI., 1986 apud
BQMPA & CORNACCHIA, 2000). Cada par de
eletrodos é conectado a um canal do aparelho de
registro sendo que instrumentos com múltiplos
canais permitem que os padrões de contração e
relaxamento de vários músculos sejam
registrados simultaneamente durante algum
movimento ou estado postural particular de uma
articulação (SMITH, WE1SS & LEHMKUHL,
1977). O potencial elétrico recebido pelos
eletrodos é amplificado por um amplificador
eletromíográfico especial, e pode ser registrado
de inúmeras maneiras diferentes: in natura ou de
forma integrada e/ou processados diretamente
por um computador (HAY & REID, 1985).
Apesar dos eletrodos de superfície terem a
vantagem de ser não invasivos, a validação e a
precisão da sua medida eletromiográfica são
dependentes do processo de detecção de sinais.
Portanto, os parâmetros deste processo que
devem ser controlados em estudos de EMG de
superfície inclui: distância entre os eletrodos,
tamanho dos mesmos, suas localizações e
preparação da pele para minimízação da
impedância. Existem alguns fatores limitantes que
não podem ser controlados durante a coleta de
sinais como, por exemplo, a freqüência de
disparos da unidade motora que podem variar de
um dia para o outro ou até mesmo entre medidas.
Dessa forma, mesmo que se controle todas as
variáveis ainda assim existiria uma certa
variabilidade que é inerente à medida
eletromiográfica (FONSECA et al.).
O agachamento1 (AG) e o avanço2 (AV)
(ou afundo) são tipos de exercícios musculares
 
1 Agachamento é uma forma de exercício muscular iniciado
na posição ereta seguido da flexão do joelho até
determinado ângulo e ligeira inclinação do tronco para frente.
Após chegar no ângulo desejado, realizar extensão das
pernas retomando o tronco à posição inicial, ou seja, posição
ereta ~similar ao movimento de sentar e levantar de uma
cadeira).
2 Avanço é uma forma de exercício muscular iniciado na
posição ereta e pernas levemente afastadas seguida da
realização, por uma das pernas, de um passo à frente
acompanhada da flexão do joelho, procurando manter o
tronco o mais reto possível. Chegando ao ângulo de flexão
do joelho desejado, retomar a perna à posição inicial
muito utilizados por atletas em programas de
condicionamento e força para melhora da
performance em diversos esportes. Estes
exercícios multiarticulados desenvolvem os
maiores e mais fortes músculos do corpo
(músculos da coxa, quadril e lombar) os quais são
importantes em vários movimentos atléticos como
corrida, salto e levantamentos (ESCAMILLA et aI.,
2001: ESCAMILLA, 2001). O agachamento e o
avanço são classificados como exercícios
básicos, poisenvolvem muitas articulações além
do quadril e joelho, tornando-os mais complexos
que os exercícios para articulações isoladas
(CAMPOS, 2000). Porém. exigem uma boa
técnica de execução, consciência postural,
flexibilidade, coordenação e estrutura muscular
previamente fortalecida em algumas articulações
a fim de evitar as lesões, principalmente na
coluna vertebral e joelho, que podem vir
associadas. Na maioria das vezes isto ocorre por
uma técnica de execução precária e/ou falta de
estrutura muscular das articulações mais exigidas
quando há utilização de muita sobrecarga.
Além do uso para atletas de alto
rendimento, esses exercícios proporcionam um
desenvolvimento muscular esteticamente
superior, principalmente para coxas e glúteo,
quando comparada a outros exercícios que visam
trabalhar estas regiões do corpo. Por isso, a sua
utilização por profissionais de educação física de
academias de musculação tem sido cada vez
maior com o intuito de atender a fins estéticos da
população que freqüenta estes ambientes,
especialmente o público feminino. Outra utilidade
atribuída ao agachamento é que por ser
classificado como um exercício de cadeia cinética
fechada (ESCAMILLA et al., 1998 apud
ESCAMiLLAet al., 2000), e tem sido
recomendado e utilizado em diversas
reabilitações de joelho (OHKOSHI et al., 1991
apud ESCAMILLA et al, 2000). Dessa forma, um
melhor entendimento da biomecânica desses dois
exercícios (AG e AV) será de grande valia no
sentido de ajudar tanto fisioterapeutas,
treinadores, médicos desportistas, técnicos e
professores de educação física que tenham como
objetivo: reabilitação, treinamento ou mesmo
estética e saúde. Uma das formas que se pode
lançar mão para avaliar biomecanicamente um
movimento é a técnica de eíetromiografia citada
anteriormente. Através deste instrumento
científico é possível verificar a participação
muscular do quadril, coluna e joelho durante a
execução do AG e/ou AV.
Neste estudo em específico,
concentraremos a atenção nos músculos glúteo
máximo e eretor da espinha (região lombar)
apesar dos exercícios citados acima enfatizarem
também músculos como quadríceps, bíceps
femoral e gastrocnêmios, entre os principais. A
escolha destes dois grupamentos musculares na
análise dos movimentos de AG e AV deve-se a
três fatores: 10) ausência de pesquisas que
tenham focalizado esses dois músculos, já que a
grande maioria dos estudos existente comentam
sobretudo a respeito dos músculos do quadríceps
femoral (BANKOFF et al., 1998;
PELLEGRINOTTI, et al., 2000), bíceps femoral e
gastrocnêmios (ESCAMILLA et al., 1998; WILK et
al., 1996; ISEAR et al., 1997 apud ESCAMILA,
2000; ESCAMILLA et al., 2000); 20) verificar a
atuação da musculatura lombar durante esses
exercícios contribuindo, dessa forma, para saber
suas indicações e contra-indicações, já que as
lesões na região lombar — hérnia de disco
lombaigias, contraturas, estiramentos, etc. — são
extremamente comuns; 30) confirmar e esclarecer
se a participação do músculo glúteo máximo é
realmente alta nesses exercícios como é citado,
sem comprovação científica, pela maior parte dos
livros técnicos de musculação bem como se há
diferença significativa de intensidade da sua
participação entre o AG e o AV.
O agachamento livre com a barra, entre
outros, é um dos métodos mais utilizados e pode
ser executado de diversas formas, ou seja, pode
ser feito:
- até a metade (meio ~ agacahmento 0º a
90º) ou até a coxa encostar na perna
(agachamento completo);
- com variações no afastamento das
pernas e posicionamento dos pés;
- ser feito com ou sem o uso de calço
sobre o calcanhares e;
- com a barra atrás da nuca (sobre o
trapézio ou sobre o deltóide) ou pela
frente (sobre a clavícula).
CAMPOS (2000) fez uma análise
biomecânica deste exercício sendo realizado com
todo o pé apoiado no solo (AG1) e com um calço
3
apoiado no calcanhar (AG2):
- na primeira execução (AG1) há uma
projeção do tronco anteriormente (flexão de
quadril) na fase excêntrica a fim de conseguir o
equilíbrio. Isto gera aumento do braço de
resistência no quadril com diminuição no joelho,
favorecendo a participação dos músculos glúteos
máximo e isquiotibiais e aumento de momento de
resistência na região lombar, aumentando a ação
dos extensores da coluna e os riscos de lesão
- no segundo caso (AG2), o equilíbrio é
mantido durante a fase excêntrica sem
que o tronco precise projetar-se
anteriormente. Isto faz com que o braço
de resistência seja maior para o joelho do
que para o quadril, aumentando, assim, a
participação do quadríceps, fazendo com
que o braço de momento da resistência
para coluna diminua, mínímizando as
forças compressivas na coluna lombar
O avanço com a barra é o exercício no
qual a articulação do quadril consegue realizar a
maior amplitude de movimento. Segundo
DELAVIER (2000) e BOMPA & CORNACCHIA
(2000), o AV trabalha intensamente os glúteos
máximos e pode ser realizado de duas maneiras
diferentes: realizando um passo menor no qual o
quadríceps será muito solicitado (AV2) - ou
realizando um passo largo no qual os posteriores
de coxa e glúteo máximo serão mais
intensamente solicitados (AV1) .
CAMPOS (2000) sugere, contudo, outra
forma de execução com afastamento posteríor,
pois, segundo o autor, o afastamento anterior cria
uma certa inércia para o fêmur, que tende a
continuar o movimento para frente quando a tíbia
se fixa no momento em que o pé toca o solo,
criando um estresse maior para os ligamentos e
tendão patelar. Em relação ao posicionamento do
tronco e ação muscular. CAMPOS (2000)
comenta que:
- quando o executante projeta o tronco
para frente, na fase excêntrica do
movimento, o braço de momento da
resistência aumenta na articulação do
quadril e diminui na do joelho. Assim,
aumenta o trabalho dos músculos glúteo
máximo e isquiotíbiais da perna que ficou
à frente. Além disso, nesta situação o
braço de momento da resistência para a
coluna também aumenta, favorecendo o
aumento das forças compressivas nesta
articulação;
 
3 CARNAVAL & RODRIGUES (1985),
recomendam o uso de um calço de 2 a 3 cm sob
- se o executante mantém a postura da
coluna ereta e concentra o peso na perna
que está atrás, somente o quadríceps
realizará o movimento sem qualquer
participação dos extensores do quadril
desta perna. Na perna que ficou à frente,
o trabalho também é maior para o
quadríceps.
Por fim, para melhor caracterização e
localização dos músculos glúteo máximo e eretor
da espinha no trabalho de eietromiografia
citaremos SMITH et al.
(1997):
- Glúteo máximo: Fixações proximais:
porção posterior da crista do ílio, fáscia
lombodorsal, partes do sacro e cóccix e
ligamento sacrotuberosítário. As fibras
assumem um trajeto para baixo e para o
lado e têm fixações distais: a) no trato
iliotibial e; b) na tuberosidade glútea da
diáfise do fêmur, na face posterior do
fêmur. Inervação: nervo glúteo inferior
(L5, Si -S2). Ações anatômicas: extensão
e rotação externa do quadril;
- Eretores da espinha ou sacroespinhal:
Fortes tendões e fáscia o ancoram
distalmente aos processos espinhosos de
Til até S5, o sacro, os ligamentos
sacrotuberositários e sacroilíacos, a crista
ilíaca posterior e fibras musculares do
glúteo máximo. A partir destas fixações,
músculos profundos e superficiais
ascendem dividindo-se através das
regiões lombar, torácica e cervical. Daí
resulta a formação dos músculos
iliocostal, longuíssimo e espinhal.os calcanhares.
Face ao exposto, foi proposto estudar
eletromiograficamente a participação dos
músculos supracitados, com o objetivo de analisar
a intensidade das suas ações nos exercícios de
agachamento (AG1 e AG2) e avanço (AV1 e AV2)
bem como verificar se há diferença no registro
eletromiográfico de ambos os músculos quando
comparamos o agachamento com o avanço.
Sendo assim, pretende-se desmistificar ou
confirmar cientificamente se o que é descrito
pelos livros (sem comprovação científica)
realmente acontece: se há uma atuação mais
significativa do glúteo máximo no avanço e do
eretor da espinha no agachamento (CAMPOS,
2000; DELAVIER, 2000).
2. MATERIAIS E METODOS
AMOSTRA
O presente estudo foi realizado com a
participação de dez (10) indivíduos adultos, do
sexo feminino, na faixa etária de 17 a 28 anos,
com idade média de 23,8 anos e a massa
corporal média 56,0 kg. Todas com estrutura
física normal e sem antecedentes de moléstias
musculares ou articulares e que apresentaram
experiência com agachamentos e avanços.
Anteriormente à pesquisa, os voluntários
assinaram um termo de consentimento,
autorizando a utilização dos dados para pesquisa.
MATERIAIS:
O trabalho foi desenvolvido no
Laboratório de Biomecânica da Faculdade de
Educação Física da Universidade de Brasília,
sendo utilizados para a pesquisa, um
eletromiógrafo de 2 canais da marca Delsys
Bagnoli-2, eletrodos bipolares ativos para
captação dos potenciais de ação e um eletrodo
de referência. Para a execução dos exercícios
foram usados ainda, suporte para barra, 3 barras
(com massa de 10 Kg cada), acolchoamento para
barra, anilhas, calço de 2 cm e metrônomo.
METODOLOGIA:
O teste foi padronizado. Os exercícios
AG1, AG2, AV1 e AV2 foram feitos de acordo com o
descrito na introdução do presente estudo, com
exceção dos AV, e Ali2 que foram executados sem
o passo. Para o AV1, estipulou-se uma distância
de forma que no final da fase excêntrica, os
joelhos permaneçam em 9Q0, onde os pés
ficaram fixos nesta distância. Durante a execução
do AV2, a distância foi reduzida, de maneira que,
na fase excêntrica, a patela da perna da frente
ficasse alinhada com o hálux.
Dois dias antes do teste propriamente
dito, cada voluntário realizou um préteste com os
movimentos que compõem o exercício de AG1 e
Ali1 a fim de: 1º) ensaiar o teste para adquirir o
sentido cinestésico, controlando assim a
velocidade e forma de execução; e 2º) determinar
a carga máxima através do teste de predição 1
RM4 proposto por BAECHLE (2000). As formas
AG1 e AV1 foram escolhidas por serem as
execuções padrão já que AG2 e AV2 são suas
formas de variação (BOMPA & CORNACCHIA,
2000; CAMPOS, 2000; DELAVIER, 2000). Além
disso, a realização desse pré-teste dois dias
antes da coleta definitiva, se deve ao fato de
proporcionar a recuperação completa do músculo
minimizando, dessa forma, possível interferência
nos resultados.
O teste de predição de 1 RM para o AG1
e AV1 obedeceram os seguintes passos: 1º)
estipulou-se 100% da massa corporal de cada
indivíduo como um ponto de partida para a carga
inicial do teste de predição do AG1 e do AV1; 2º)
com esta carga inicial cada um executou o
máximo de repetições até a falha concêntrica,
que não deveriam passar de 10 repetições,
segundo o protocolo proposto por BAECHLE; 3º)
aqueles que ultrapassaram este valor repetiram a
execução, após 5 minutos de descanso, com
mais 40% da carga usada na execução anterior
até chegar a um número de repetições igual ou
inferior a dez; e aqueles que não conseguiram
executar uma repetição completa com a carga de
100%, esta foi reduzida em 20% para atingir o
mesmo propósito; 4º) usando a tabela 1 obteve-
se o fator de repetição que é associado ao
número de repetições que o indivíduo completou
no passo anterior; 5º) multiplicou-se o fator de
repetição pela carga executada para obter a
carga referente à 1 RM; 6º) calculou-se 70% da
carga de 1 RM que foi utilizada na realização de
10 (dez) repetições para todos os indivíduos.
No dia da coleta dos dados, antes da
fixação dos eletrodos foi realizado um
procedimento para minimização da impedância
que incluiu limpeza da pele com álcool a fim de
garantir a validade e precisão dos sinais
eletromiográficos. O registro das atividades
eletromiográficas dos músculos glúteo máximo e
eretor da espinha foram conseguidas usando
eletrodos de superfície bipolar ativo que foram
posicionados de conformidade com os seguintes
parâmetros de localização:
- Glúteo máximo: primeiramente mediu-se
e marcou-se o ponto médio da distância
entre o trocânter e a última vértebra
sacral em um ângulo oblíquo no nível do
trocânter, em seguida encontrou-se um ¼
da distância total, transferindo essa
 
4 1 RM é a quantidade máxima de carga que se
pode conseguir para uma repetição em um
distância para baixo a partir do ponto
médio seguindo perpendicularmente as
fibras do glúteo onde foi colocado o
eletrodo; (adaptado de ERAM, 1998).
- Eretor da espinha: primeiramente por
meio da palpação determinou-se a
localização da crista ilíaca (região
posterior e direita), e a partir daí mediu-
se,
paralelamente a coluna vertebral, a
distância até a vértebra proeminente
(07).
O eletrodo foi fixado do lado direito a 1/6
desta distância partindo do ponto
determinado para a crista ilíaca de forma
a ficar paralelo à coluna vertebral e
a 2cm da mesma (BASMAJIAN &
DELUCAS, 1985).
O eletrodo de referência foi afixado no
punho direito de cada participante.
No momento do teste propriamente dito
foi feito um sorteio para ordenar aleatoriamente
as execuções dos exercícios de cada indivíduo, a
fim de não tendenciar a pesquisa. Os
participantes realizaram 10 repetições com 70%
de 1 RM para a captação do sinal
eletromiográfico e conseqüente registro das dez
bulhas. A primeira e a última bulha foram
desprezadas, tendo assim para a avaliação da
pesquisa a média de oito bulhas. O intervalo de
descanso entre as execuções de cada exercício
foi de três minutos.
Tabela 1 - Previsão de 1 RM. Fonte: The Safe
and
Effective Way by V. P. Lombardi, 1989,
 
exercício.
Dubuque, IA:
Brown apud Baechle & Groves, 2000.
Repetições
Completadas
Fator
Repetição
1 1,00
2 1,07
3 1,10
4 1,13
5 1,16
6 1,20
7 1,23
8 1,27
9 1,32
10 1,36
N0 de repetições completadas X fator de repetição
= 1 RM
TRATAMENTO DOS DADOS:
Para o estudo dos registros
eletromiográficos dos músculos glúteo máximo e
eretor da espinha foram calculadas a média de
energia das oito bulhas e em seguida o valor
encontrado foi transformado para logarítmo
natural com o objetivo de reduzir o desvio padrão
gerado pelas diferenças biológicas de cada
indivíduo. Além disso, foi calculado o desvio-
padrão da amostra. Os dados foram analisados
através de uma análise de variância bivariada,
utilizando-se o teste de Wilk’s Lambda e Rao’s.
As médias foram comparadas através de análise
de contrastes.
A relação existente entre a energia do
músculo do glúteos e do eretor da espinha foi
determinada por uma Correlação de Pearson.
3 – RESULTADOS
A tabela 2 mostra os resultados do teste de
predição para o AG1, massa corporal, número de
repetições realizadas no teste de predição, valor
de 1 RM e o valor de 70% de 1 RM do dez
indivíduos da amostra. A tabela 3 mostra os
mesmos resultados, porém referentes ao teste de predição do AV1.
Tabela 2 – Resultados do Teste de Predição – Agachamento
MC5
Kg 1º
Tentativa
RPTs6 1ª
tentativaKg 2ª
tentativa
RPTs2ª
tentativa
1 RM
70 %
RMIndivíduo
(Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)
1 56 55 00 44 02 47,08 32,6
2 54 55 +10 77,5 03 85,25 59
3 57 57 04 - - 64,41 45,0
4 60 60 +10 85 10 115,6 87,5
5 60 60 +10 74 02 79,18 55,6
6 52 50 +10 70 02 74,9 52,4
7 54 54 +10 75,6 01 75,86 52,6
8 49 50 +10 70 06 84 58,8
9 63 63 01 - - 63 44,2
10 55 55 +10 77 01 77 53,8
Tabela 3 – Resultados do Teste de Predição - Avanço
MC
Kg 1º
Tentativa
RPTs 1ª
tentativa
Kg 2ª
tentativa
RPTs 2ª
tentativa
1 RM
70 %
RMIndivíduo
(Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)
1 56 55 00 44 02 47,08 32,6
2 54 55 +10 77,5 03 82,92 58
3 57 57 01 - - 57,0 40,0
4 60 60 +10 85 08 107,9 75
5 60 60 06 - - 72 50
6 52 50 08 - - 63,5 44,4
7 54 54 +10 75,6 05 87,69 60
8 49 50 +10 70 04 79,1 55,8
9 63 63 01 - - 63 44,2
10 55 55 +10 77 01 77 53,8
 
5 - Massa Corporal
6 - Repetições.
As medias de energia dos dez indivíduos
avaliados e desvio padrão encontra-se na tabela
4 e figura 5.
Tabela 4 – Médias de energia e desvio padrão
dos músculos glúteo máximo eretor da espinha
(médias não diferem entre si estatisticamente).
Tratamento Glúteo Eretor da Espinha
Ag1 14,748(1,598) 17,691(0,337) a
Ag2 14,761(1,573) 17,464(0,331) a
Av1 15,304(1,635) 16,300(0,744) b
Av2 15,378(1,467) 16,552(0,373) b
Figura 5 – Médias de energia e desvio padrão dos
músculos glúteo máximo e eretor da espinha de
acordo com o tipo de exercício. (rao
R(6,70)=7,46;p<0,001).
Foi apresentada na figura 6 a média das
oito bulhas dos músculos glúteo máximo e eretor
da espinha para cada um dos indivíduos nos
quatro tipos de exercícios bem como a Correlação
de Pearson encontrada para ambos músculos.
4. DISCUSSÃO
CAMPOS (2000) considera que o
agachamento com todo o pé apoiado no solo
favorece a uma maior participação dos músculos
glúteo e eretor da espinha do que o exercício
executado com o calço apoiado no calcanhar. Em
contraste com o descrito nesta literatura, os
dados eletromiográficos do presente estudo não
corroboraram com esta consideração, já que foi
encontrada semelhança na atividade do músculo
glúteo máximo entre ambas variações como
também do músculo eretor da espinha nas
mesmas variações. Além disso, foi demonstrado
neste estudo que a média da atividade exercida
pelo músculo eretor da espinha nos
agachamentos (AG1e AG2) foi de
aproximadamente 19,13% superior à atividade do
glúteo máximo. Tal diferença pode ter ocorrido
devido ao fato do músculo eretor da espinha ter
como característica principal à sustentação
corporal, exercendo sua atividade muscular antes
mesmo do início da execução do exercício. Outro
motivo pode ser o tipo de eletrodo utilizado, pois a
região glútea normalmente possui um percentual
de gordura maior do que a região lombar o que
pode ter oferecido uma maior impedância aos
eletrodos de superfície quando comparado aos
eletrodos de agulhas que, por outro lado, são
invasivos.
Com relação ao avanço DELAVIER
(2000), comenta que quando realizado com o
passo maior (AV1) o glúteo máximo é mais
solicitado do que quando realizado com o passo
menor (AV2). Analisando as médias da atividade
eletromiográfica do glúteo em nossa pesquisa,
não foi possível detectar diferenças significativas
entre as variáveis do avanço (AV1 e AV2) citadas
anteriormente. Em nossa revisão da literatura não
encontramos referências a respeito da atividade
muscular do eretor da espinha nas duas
respectivas variações. Entretanto, nosso estudo
constatou que não houve diferença significante no
músculo eretor da espinha para as duas formas
de execução (AV1 e AV2).
A proposta inicial do estudo teve como
objetivo também verificar se há diferença
significativa na intensidade da atuação dos
músculos glúteo máximo e eretor da espinha
entre os exercícios de agachamento e de avanço.
Neste sentido, destaca-se que o perfil
eletromiográfico do músculo eretor da espinha
apresentou um padrão significativamente superior
nos exercícios de agachamentos (AGi e AG2) em
relação aos avanços (AV1 e AV2), com valor
médio de 7,01 % mais ativo, Isto
pode ter ocorrido em decorrência da tendência
que existe de se projetar o tronco àfrente, na fase
excêntrica do movimento de agachamento,
aumentando o braço de resistência na articulação
do quadril e conseqüentemente gerando maior
atividade muscular do eretor da espinha. Já no
avanço a postura da coluna ereta é mais
facilmente mantida, concentrando a sobrecarga
em outros músculos como, por exemplo, o glúteo
máximo.
Contudo foi observado que, apesar de ter
sido notado que a atividade média do glúteo
máximo foi 3,97% superior nos avanços (AV1 e
AV2) comparado aos agachamentos, não se
encontrou diferença significativa entre ambos
exercícios. Como fora mencionado anteriormente,
a ocorrência dessa diferença pode ser explicada
pela menor atuação do eretor da espinha no
avanço proporcionando, talvez, uma maior
sobrecarga no glúteo máximo. Sendo assim,
parece que a falta de diferença significativa, nesta
pesquisa, deve-se à ocorrência de uma grande
variação no desvio padrão encontrada para este
músculo. Além disso, difícil se faz citar tal
afirmação com uma amostra de dez indivíduos.
Nesta pesquisa pode ser notado que
houve uma tendência inversamente proporcional
da atividade muscular do glúteo máximo e eretor
da espinha nos avanços (AV1 e AV2) (Figura 6).
Já nos agachamentos (AG1 e AG2) a atividade do
eretor da espinha manteve-se linear
independente da variabilidade da atividade do
glúteo máximo apresentada pelos indivíduos da
amostra (Figura 6). Esta análise éconfusa no que
discerne a citação de CAMPOS (2000), na qual
comenta que quando o tronco é projetado à frente
o trabalho do glúteo máximo e do eretor da
espinha têm a atividade aumentada o que torna a
relação diretamente proporcional, e não
inversamente proporcional. No entanto, outros
fatores podem estar interferindo para que esta
tendência tenha ocorrido no presente estudo,
como por exemplo: consciência corporal durante
o exercício, nível de treinamento. experiência
prática, diferenças individuais morfológicas e
biomecânicas.
5. CONCLUSÃO
De acordo com os resultados obtidos
através da análise eletromiográfica e dentro das
condições experimentais do presente trabalho,
podemos concluir que:
a) por meio deste estudo, pôde-se ter
uma melhor idéia do real
comportamento dos músculos glúteo
máximo e eretor da espinha, já que
existe uma carência de pesquisas
científicas com os mesmos, apenas
algumas citações sem estudos
experimentais;
b) o agachamento pode se tomar um
exercício mais lesivo para região
lombar que o avanço devido ao
músculo eretor da espinha ter sido
mais ativo no agachamento do que
no avanço, gerando maior tensão na
região lombar. Sendo assim, o
avanço parece ser menos intenso
para a região lombar e
conseqüentemente mais indicado
para casos mais leves de lesões na
coluna, já que parece gerar menor
sobrecarga para a mesma;
c) não houve total correspondência
entre os resultados encontrados aqui
com as afirmações descritas nos
livros, como exemplo a atuação do
músculo glúteo máximo tanto nos
agachamentos quanto nos avanços
nao apresentou diferença significativa
entre eles;
d) o músculo eretor da espinha
apresentou valores médios de
energia superiores ao músculo glúteo
máximo tanto nos exercícios de
agachamento quanto nos de avanço.
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