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marchetti emg pullover por 2005

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Estudo sobre a Ativação Eletromiográfica do Exercício Pullover 
 
 
Ms. Paulo Marchetti 
Mestre em Educação Física – EEFEUSP 
Especialista em Treinamento Desportivo e Fisiologia do Exercício – UNIFESP 
Docente das Univesidades (Polícia Militar, UNIFMU, Gama Filho, UNINOVE) 
Membro do Laboratório de Biofísica - EEFEUSP 
 
 
 Cada vez mais, o treinamento de força (musculação), vem ganhando espaço no cenário 
mundial como um meio eficiente para a obtenção de índices ótimos de qualidade de vida, no 
que tange ao aumento da capacidade funcional ou mesmo à estética corporal desejada. 
 Entretanto, para a real obtenção de tais benefícios, faz-se necessário um entendimento 
ótimo tanto das variáveis que geram a alteração do estado fisiológico individual (carga de 
treino), como da melhor mecânica corporal para a otimização da ativação muscular específica. 
Deste modo, o bom entendimento dos parâmetros biomecânicos de execução dos exercícios é 
de extrema importância para a redução dos níveis de lesão e para a obtenção do melhor 
rendimento muscular. 
 Assim, entra em cena a ciência do treinamento, que vem auxiliar no entendimento e 
conseqüente otimização de tais variáveis, que por tanto tempo permaneceram dominadas pelo 
conhecimento empírico dos praticantes. A área intitulada neuromecânica auxilia na 
compreensão de como o sistema nervoso interpreta a ação articular (torque), e solicita a 
musculatura específica da forma mais eficiente e econômica possível. Para isto, utilizamos uma 
técnica chamada eletromiografia, que quantifica a ação elétrica muscular por meio de eletrodos 
dispostos superficialmente nos músculos, definindo sua real participação nos movimentos 
estudados. 
 O exercício pullover, então, foi escolhido como foco deste estudo, pois dentre os 
exercícios executados na sala de musculação, este é o que possui maior controvérsia quanto à 
participação dos diversos músculos, principalmente peitoral maior e latíssimo do dorso. Na 
literatura disponível atualmente, apenas um autor (Delavier, 2000) faz menção a tal exercício, 
entretanto, sua abordagem é simplesmente anatômica, o que diminui a confiabilidade em tais 
informações, quando se tem por base o pressuposto de que existe uma forte dependência 
neural na ativação muscular. 
 O estudo conduzido enfatizou a ativação eletromiográfica dos grupos musculares 
peitoral maior e latíssimo do dorso, em uma tarefa dinâmica de baixa velocidade e utilizando 
como sobrecarga 30% da massa corporal do indivíduo. A figura 1 mostra a ação de ambos os 
músculos nas duas fases de movimento (concêntrica e excêntrica). 
 
 
 
Figura 1. Gráfico representativo da ação muscular do peitoral maior e latíssimo do dorso no 
 exercício pullover (Fase Concêntrica – 0 a 50% do ciclo / Fase Excêntrica – 50 a 
 100% do ciclo). 
 Baseado neste estudo, observa-se uma maior participação (aproximadamente 50%) na 
ação muscular do peitoral maior em relação ao latíssimo do dorso. Obviamente, a ação de 
ambos é aumentada em ângulos articulares extremos em função da maior alavanca corporal e, 
consequentemente, maior solicitação por parte do sistema nervoso. Pode-se observar também, 
diferenças na fase concêntrica e excêntrica dos músculos estudados. 
Estudos neuromusculares relatam diferenças da ativação muscular nas diferentes fases 
do movimento, sendo a fase concêntrica a de maior ativação das fibras musculares (unidades 
motoras). 
O presente estudo corrobora tais afirmações, pois comprova-se uma maior atividade 
eletromiográfica na fase concêntrica do movimento. Pode-se concluir então, que o pullover é 
um exercício que solicita ambos os músculos, embora sua participação durante o movimento 
seja diferenciada e, nas várias fases de movimento, ocorre uma solicitação neuromuscular 
específica.

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