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INSPEÇÃO E TECNOLOGIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL I Slide: Médico Veterinário X Alimentos O veterinário que trabalhar com POA (Produtos de Origem Animal) pode atuar no setor público ou no setor privado No Setor Público o veterinário pode atuar como magistério (educação) ou como autoridade fiscal a âmbito federal, estadual e municipal: - Fiscal Federal Agropecuário (SIF) -ANVISA - Inspeção Sanitária Estadual (SISP) - Inspeção Sanitária Municipal (SIM) - Vigilância Sanitária (Prefeituras). No Setor Privado atua em indústrias e consultoria Toda prefeitura possui 3 categorias: a ambiental, a epidemiológica e a vigilância sanitária. Exemplos de tarefas que um veterinário pode desempenhar e índices que ele pode avaliar em POA são: - Características organolépticas - Controle higiênico-sanitário - Orientação/treinamento - Controle de água-gelo - Resíduos - “Ferramentas” de qualidade - Inspeção Sanitária (cumprimento das leis) - Pragas (insetos e roedores) Conhecimento e domínio que um veterinário de POA deve ter: - Físico-Químicos - Microbiologia de Alimentos - Tecnologia dos Alimentos de POA - Inspeção Sanitária dos Alimentos de POA - Conhecimento da Legislação Sanitária Federal Slide: Tópicos de Microbiologia Alimentos x Microorganismos Microorganismos heterotróficos: capazes de realizar reações químicas complexas Importância dos Microorganismos Importância dos Microorganismos: Deterioração Microbiana: fazem alterações químicas: cor, sabor, textura e aspecto Risco à Saúde: agentes patogênicos causam doenças, infecções e intoxicações Alterações Benéficas: fazem fermentações: transformação do alimento, mudança nas características, reações químicas e bioquímicas (pão, queijo, vinho, cerveja). Contaminação Temos duas classificações para contaminação de alimentos: 1ª Natural ou Acidental 2ª Física, Química ou Biológica - Natural: Má lavagem de alimentos, carne mal passada ou patógenos, é bem recorrente ocorrer contaminação por E.coli que pode provocar hemorragia (síndrome hemolítica uremica) - Acidental: Ocorre na manipulação/contato com o alimento: coliformes fecais, pus, funcionário com ferimentos. - Física: Corpos estranhos que possam cair no alimento -Química: Agrotóxicos, mercúrio (zonas próximas à garimpagem), chumbo (indústrias). - Biológica: Microorganismos e parasitas. Contaminação Cruzada: Cruzamento de utensílios Devemos separar os utensílios utilizados no alimento cru e nesse mesmo ou em outro alimento cozido. Ex: Cortei um peixe contaminado e uso esta mesma faca para cortar batatas (que serão contaminadas dessa forma). Nesse caso a faca é a fonte de contaminação cruzada Ex2: Peguei em uma carne contaminada e sem lavar as mãos pego um alface (que será contaminado dessa forma). Nesse caso a mão é a fonte de contaminação cruzada - Tábua também pode ser uma fonte de contaminação. Multiplicação Bacteriana: Em uma média de 15 minutos 1 bactéria se torna 2, sendo assim em 30 minutos teremos 4 bactérias, em 45 minutos 8 bactérias, em 1 hora 16 bactérias... Agentes Bacterianos: - Deteriorantes: Estragam o alimento - Patogênicos: causam doença Período de Incubação: O período de incubação é desde a ingestão até o aparecimento dos sintomas (pode provocar surto) e ele pode ser curto ou longo - curto: Entre 1 a 4 horas (Intoxicação Alimentar) - longo: Entre 14 a 18 horas (até 24 horas) (Infecção Alimentar) Toxiinfecção Alimentar: A infecção alimentar pode ser causada por: Agrotóxicos, metais pesados, microorganismos (bacteriana e viral) Toxinas: Ag+ e Ag - Toxinose: Intoxicação por Microorganismos Intoxicação por metais pesados causa intoxicação neurológica (quadro de saturnismo). Risco: É estimado em Alto, médio ou baixo Perigo: Contaminação inaceitável é estimado por porcentagem Surto: Dois ou mais casos envolvendo pessoas que comeram o mesmo alimento, no mesmo período (tempo) e local e que apresentam os mesmos sintomas e período de incubação. Intoxicação Alimentar: tem período de incubação curto: 1 a 4 horas Infecção Alimentar: tem período de incubação longo: 14 a 18horas (ate 24h) Fatores que Interferem no Crescimento de Microorganismos: Intrínsecos e Extrínsecos - Fatores Intrínsecos: Relacionados com as características próprias do alimento - Atividade de Água (Aw) - Potencial Oxido Redutivo (Eh) - Acidez - Composição química do alimento - Substâncias Inibidoras Naturais ou produzidas - Interações entre Microorganismos - Atividade de Água (Aw): Quantidade de água disponível para a vida (no alimento) Aw ou Aa / Medição por valores numéricos de 0 a 1 As alterações podem ocorrer por adição de sais, açucares (solutos), pressão osmótica, congelamento e desidratação. - FALTANDO TODOS OS OUTROS FATORES INTRINSECOS (NÃO TENHO A MATÉRIA) - Fatores Extrínsecos: Relacionados com o ambiente em que o alimento se encontra - Temperatura - Umidade Relativa - Composição Gasosa - Temperatura: Classificação dos Microorganismos em: psicrófilos, psicotróficos, mesófilos e termófilos FALTANDO CONTEUDO DESSE FATOR - Umidade Relativa (UR): Migração da umidade para o seco no ambiente Ou a UR do ambiente é maior que a Aw do alimento/ ou o Aw do alimento é maior que a UR do ambiente ou seja, alimento tende a puxar umidade do ar (Ovomaltine) ou perder água para o ambiente (mussarela). Tecnopatia: algo que acontece no alimento através de um procedimento técnico - Composição gasosa: classificação dos microrganismos em aeróbio, anaeróbio, facultativo, microaerobio (baixo teor de O2) Atmosferas modificadas: o oxigênio é total ou parcialmente perdido N2 e Co2 são gases inertes Ar + Co2 ou N2: reagem com o alimento preservando-o e aumentam a validade (embalagem à vácuo). Obstáculo de leinstner :criado para dificultar o crescimento da bactéria (quanto mais obstáculos é mais confiável) Slide: Frio Métodos Gerais de Conservação: Frio: Diminui ou anula reações químicas e atividades metabólicas Arranca calor do alimento para diminuir sua temperatura Diminuição da temperatura influencia nos microorganismos inibindo-os deixando suas enzimas mais lentas e com as bactérias retarda ou minimiza a multiplicação. Frio é capaz de matar SOMENTE os parasitas onde os cistos explodem e os parasitas morrem É indicado o congelamento do peixe cru por 48 a 72h antes do consumo para matar possíveis parasitas Segurança Alimentar: 0° a 4°C Segundo a Lei Federal o pescado deve ser mantido a 0°C Frio Artificial: Resfriamento e Congelamento - Resfriamento: -1° a 10°C (7°C) (Geralmente temperatura acima dos 0° e dependendo do alimento pode se trabalhar com menor) Feito em: - Câmaras frias - Circulação forçada de ar frio (Faz o alimento perder umidade ou desidratar / por esse motivos as carnes bovinas devem ter uma camada de gordura e as suínas vem com pele para proteger do ressecamento) - Imersão em água gelada OBS: frio sempre puxa umidade Ar frio: tende a descer (+ pesado), o sistema de resfriamento é feito de baixo para cima (ex: ar condicionado) Ar quente: subir (+ leve), aquecimento é de cima para baixo. NÃO SE PODE MISTURAR ESPÉCIES DIFERENTES NA MESMA CÂMARA, há não ser que sejam já embaladas. - ACHO QUE ESTA FALTANDO CONTEUDO DO CONGELAMENTO Slide: Calor Calor: O calor retarda, elimina ou impede o crescimento de microorganismos Brando =<100°C / igual ou menor a 100°C Severo =<100°C / igual ou maior a 100°C A aplicação do calor depende diretamente da Temperatura x Tempo (T°C x Tmin), provocando alterações no alimento, sendo elas: - Valor nutricional (diminui vitaminas e sais minerais) - Natureza Física / - Natureza Química - Estrutura histológica (proteína retrai). Tipos de tratamento térmico: - Branqueamento (para vegetais – escalda) - Tindalização (em desuso) - Cozimento (BRANDO) - Pasteurização (BRANDO) - Esterilização (SEVERO) - Cozimento: Utilizada para produtos sólidos / Não pode ser menor que 72°C, o ideal é entre 72°C a 75°C São varias as formas de cozer um alimento:Fervura, Estufa, Forno, Vapor Fluente, Sob Pressão, Fritura, Assamento O que vai diferencia-las é de que forma o calor se propaga no alimento Em média a temperatura ambiental (Estufa) trabalha com 110°-130°C e o centro do alimento deve ser no mínimo 72°C (temperatura prevista em lei) *PIQ: Padrões de Identidade e Qualidade. - Pasteurização: para bebidas, cremosos e leite Objetivo: Destruir 100% dos patógenos em formas vegetativas Mas na verdade destrói mais de 90% dos agentes saprófitos (que degradam alimento) >> Pois apenas os termodúricos suportam a pasteurização, e esse sobrevivendo, mesmo não sendo patogênico não pode ser considerada uma esterilização de 100% dos microorganismos Mel: 50° a 60°C (mata levedura hemofílica) Ovo: Clara = 56,7°C por 3,5 minutos / Gema: 60°C x 3,5min / Ovo integral 61°C-3, 5 min e 60°C 6,2 min Creme de leite: 43°C em média Leite: pasteurização lenta: 63°-65°C por 30 min / pasteurização LTLT: 72°-75°C por 15 a 20 segundos. LEITE É OBRIGATÓRIO PASTEURIZAR No procedimento de pasteurização deve se identificar qual é o microorganismo mais resistente para adequar a temperatura a sua eliminação, e assim todos “menos resistentes” que ele morrerão também Microorganismo Sapófritos: Estragam alimento, morrem em 90°C Patogênicos: causam doença Termodúricos: um grupo de microorganismos que suporta o processo de pasteurização e cozimento (10% restantes). - Esterilização: Destruir 100% dos patógenos em formas vegetativas Apertização: embalagens hermeticamente fechadas (latas) > Produtos de baixa acidez, pH > 4,5 / mata clostridium botulinium No processo de esterilização o calor sair da periferia e deve atingir o centro convecção: método utilizado em fluidos e líquidos (agua, óleo) / o ponto frio neste procedimento deixa de ser o centro e desce para o fundo da lata condução: método usado para enlatados que se propaga em direção ao centro por todos os lados (presunto e sopa em lata) / o ponto frio neste permanece no cetro geométrico Convecção e condução: salsicha e sardinha em lata / o ponto frio fica abaixo do centro geométrico mas não chega ao fundo da lata O ponto mais frio de uma lata é equivalente ao centro geométrico. Esterilização comercial: Afirma 100% de extinção de microorganismos Porém não mata o termodúrico spocothermodurans (não destrói bacillus)sendo assim 99,99% eficaz. Auto- Clave: 115°C a 125°C por 15 a 20 minutos (comumente 121°C) UHT/UAT (Ultra-pasteurização): 138°C a 152°C por 2 a 8 segundos (sofre mais desnaturação proteica que na pasteurização normal) Auto-clave: Temperatura e pressão capaz de destruir esporos Slide: Secagem e Desidratação Secagem / Desidratação: É o processo combinado de transferência de calor e massa, onde se reduz a disponibilidade de água para o crescimento de microrganismos, atividade enzimática e deteriorações - Secagem: É um processo natural que reduz água livre e aumenta a pressão osmótica , recursos: ventos e sol - Desidratação: É um processo artificial que reduz água livre e aumenta a pressão osmótica em condições controladas através de : Estufas/Evaporadores, Secadores e Ambientes Climatizados - Evaporadores: Recipiente aberto e fechado – NÃO TENHO ESSA PARTE - Atomizador (Spray-Dier): ar quente e seco / dentro 170°C a 250°C / saída 50°C a 80°C Usado para fazer leite em pó método: o leite evaporado é lançado no ar seco, quente e sem umidade que se encontra a 250°C e sofre transferência de calor e massa (processo combinado). Tem saída de ar que sai frio e úmida pois o calor absorberá a umidade ocorrendo desidratação o leite em pó cai na cana de leite fluido que tem uma peneira para separar os flocos mais grossos dos mais finos e jogam lectina de soja (agente instantanizador) que é hidrofílico e hidrofílico sendo possível misturar o leite em pó com água posteriormente. obs: onde tem pó a grande risco de explosão: eletricidade estática = reação em cadeia. Slide: Salga Salga e cura Salga: Uso somente do NaCl (sal de cozinha) Cura: nitrato/nitrito + NaCl >> agrega cor vermelha à carne (não pode usar somente nitrato/nitrito porque são explosivos) Carnes que passam pelo processo: Charque: Carne bovina que é salgada e dessecada características: passa por um processo de secagem, são espessos, de cor marrom acinzentado, demora 21dias para ficar pronta pois passa por processo de fermentação , tem a umidade de até 45% pois passa por processo de imersão na salmoura Jarked Beef: carne bovina, salgada, curada e dessecada características: processo combinado, não são muito espessos com 2 a 3 cm não ultrapassando 5 cm, cor avermelhada, demora 10 dias para ficar pronto, tem a umidade de até 55% pois é injetado salmoura pode ser considerada pelo termo: curado exclusivamente pelo NaCl (mas não é o correto) - NaCl (sal de cozinha): -poder higroscópio (puxa umidade do ambiente e em contato com úmido se dissolve) - poder desidratante - fraco poder desinfetante (devido ao cloro = CL) remove água livre > osmose > produto > difusão - Nitrato e Nitrito: -aditivos, sal de cura, agrega cor vermelha e tem ação bacteriostática Processos de aplicação de Salga e Cura : Direto: esfregar sal na carne Indireto: imersão ou injeção de salmoura Combinado: direto + imersão Métodos Direto: vantagem :salga seca, segura e fácil (se houver muito uso de NaCl, nitrato ou nitrito é possível reverter através de imersão) desvantagem: peças de grande volume podem ter podridão de dentro para fora por problemas na difusão por isso indica-se usar em peças de até 5cm de espessura Indireto: injeção femoral (boa penetração em artérias) ou injeção múltipla (mais indicada para carnes com espessuras maiores ) Obs: nitrato e nitrito em granes quantidades são cancerígenos Slide: Defumação Defumação: produtos expostos e submetidos à ação da fumaça Art. 424 – “Entendem-se por defumados, os produtos que após o processo de cura são submetidos à defumação, para lhes dar cheiro e sabor característicos, além de um maior prazo de vida comercial por desidratação parcial.” (RIISPOA, 1997) Características: muda cor, sabor e aroma do alimento ocorre perda de umidade na superfície do alimento (que fica com aspecto de casca) Ações da fumaça: - Flavor (sabor + aroma) - cor - antioxidante (gorduras) - antisséptica e germicida -secativa (parcial) - conservação Utilizar madeiras empireuméticas ou pirolenhosas 2:1:1 2 partes de hemicelulose, 1 parte de celulose, 1 parte de lignina / 40 a 60%, e 20 a 30% NÃO USAR MADEIRA RESINOSA (pinho, eucalipto) alteram alimento. Fumaça: Álcool, aldeídos e cetonas : bactericida e micostático fenóis e cresóis: antioxidante RESTANTE DE DEFUMAÇÃO EU NÃO TENHO DE FUMAÇA (QUEIMA DA MADEIRA) ATÉ FUMAÇA LÍQUIDA NÃO TENHO CONTEUDO DO SLIDE DE ADITIVOS Slide: Fermentação Fermentação: trocas ou decomposições químicas produzidas nos substratos orgânicos mediante a atividade de microrganismos vivos. Materiais compostos a fermentar: açúcar (o mais importante) celulose, pectina , albumina e outros Produtos da fermentação: Alcóolica – álcool etílico Acética – acido acético Lática – acido lático Propriônica – acido propriônico Butírica – acido butirico Cítrica – acido cítrico >>> Principais fermentações: Alcoólica, Acética e Lática (desfavorecem o crescimento de microorganismos) - Fermentação alcóolica: Utiliza leveduras que transforma o açúcar (da cana de açúcar) em etanol Saccharomyces cerevisae é a levedura mais usada pelas industrias Acomete a : panificação, destilarias e cervejarias - fermentação acética: utiliza bacterias acéticas que oxidam o acido etílico transformando-o em acido acético >> Acetobacter, Gluconobacter Acomete a: vinagres - fermentação lática: utiliza bactérias láticas (lactobacillus) Açucares > acido pirúvico > acido lático pode ser fermentação mista: lática + acética (porém predominantemente lática) Acomete a : Vegetais (picles, chucrute, azeitonas), Derivados do leite (queijos, manteiga e iogurte) e Derivados da carne: salame echarque A manteiga pode ter fermentação lática ou Butírica (se inoculada bactéria para isso, já que a lática já possui os lactobacillus) NÃO TENHO CONTEÚDO DO SLIDE DE AÇUCARES
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