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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI Art. 58, § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autorida- des judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encami- nhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Poder Executivo 1. FORMAS DE GOVERNO MONARQUIA REPÚBLICA 2. SISTEMAS DE GOVERNO PARLAMENTARISMO PRESIDENCIALISMO 3. VISÃO GERAL DO PODER EXECUTIVO “O Estado-membro dispõe de competência para disciplinar o processo de escolha, por sua Assembleia Legislati- va, do Governador e do Vice-Governador do Estado, nas hipóteses em que se verificar a dupla vacância desses cargos nos últimos dois anos do período governamental. Essa competência legislativa do Estado-membro decorre da capacidade de autogoverno que lhe outorgou a pró- pria Constituição da República. As condições de elegibilidade (CF, art. 14, § 4º a § 8º) e as hipóteses de inelegibi- lidade (CF, art. 14, § 4º a § 8º), inclusive aquelas decorrentes de legislação complementar (CF, art. 14, § 9º), apli- cam-se de pleno direito, independentemente de sua expressa previsão na lei local, à eleição indireta para Gover- nador e Vice-Governador do Estado, realizada pela Assembleia Legislativa em caso de dupla vacância desses cargos executivos no último biênio do período de governo.” (ADI 1.057-MC, Rel. Min. Celso de Mello, Julgamento em 20-4-1994, Plenário, DJ de 6-4-2001.) No mesmo sentido:Rcl 7.759-MC, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 26-2-2009, DJE de 4-3-2009. Imunidades e Responsabilidades do Chefe do Executivo IMUNIDADES E RESPONSABILIDADES A- IMUNIDADES FORMAIS: PRISÃO. Art. 86, §3º PROCESSO. Art. 86, caput. B- PRERROGATIVA DE FORO FUNCIONAL. Art. 86, caput. CRIME COMUM CRIME DE RESPONSABILIDADE. C. O “IMPEACHMENT”. Art. 52, parágrafo único. ADPF 378. DEFINIÇÃO: Para Cretella Junior “impeachment é o procedimento político de direito público, tendente a afastar do cargo aquele que cometeu crimes comuns ou de responsabilidade capitulados taxativamente na Constituição Federal ou em lei especial, regulamentadora do Texto Constitucional” PREVISÃO NA CRFB/88: “Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Const ituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. [...] Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julga- mento.” www.cers.com.br 3 “Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Se- nado Federal, nos crimes de responsabilidade.” “Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a ins- tauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;” “Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;” Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Fede- ral, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. A súmula 722 do STF (Transformada na SV 46) afirma ser de competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento. Dessa forma, a Lei 1.079/1950, em grande parte, recepcionada pela Constituição Federal de 1988, foi a respon- sável por tratar das normas de processo e julgamento pedidas pelo Constituinte. Importante destacar os seguintes dispositivos da referida lei: “Art. 14. É permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados.” “Art. 16. A denúncia assinada pelo denunciante e com a firma reconhecida, deve ser acompanhada dos documen- tos que a comprovem, ou da declaração de impossibilidade de apresentá-los, com a indicação do local onde pos- sam ser [...] Encontrados, nos crimes de que haja prova testemunhal, a denúncia deverá conter o rol das testemunhas, em número de cinco no mínimo.” “Art. 38. No processo e julgamento do Presidente da República e dos Ministros de Estado, serão subsidiários des- ta lei, naquilo em que lhes forem aplicáveis, assim os regimentos internos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, como o Código de Processo Penal”. A ADPF 378, STF: A ADPF 378, ajuizada pelo Partido Comunista do Brasil (art. 103, VIII da CRFB/88), em 03 de dezembro de 2015, pleiteava o reconhecimento da ilegitimidade constitucional de dispositivos e interpretações da Lei nº 1.079/50. PRINCIPAIS DESTAQUES a) Não há que se falar em direito à defesa prévia antes do recebimento da denúncia pelo Presidente da Câmara; b) A eleição da comissão especial do impeachment deve se dar por indicação dos líderes e voto aberto do Plená- rio; c) É possível a aplicação subsidiária dos Regimentos Internos da Câmara e do Senado que tratam sobre o pro- cedimento do impeachment; d) No que diz respeito ao papel da Câmara no processo de impeachment, a sua atuação [...] Deve ser entendida como parte de um momento pré-processual, isto é, anterior à instauração do processo pelo Senado. Segundo o Min. Barroso: "a Câmara apenas autoriza a instauração do processo: não o instaura por si própria, muito menos determina que o Senado o faça”. Dessa forma, os arts. 23, §§ 1º e 5º; 80 e 81, da Lei nº 1.079/50 não foram recepcionados por serem incompatí- veis com os arts. 51, I; 52, I; e 86, § 1º, II, da CRFB/88. (Os votos nesse sentido foram dos seguintes Ministros: Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e Celso de Mello.) Atenção!! Dessa forma, ao Senado compete decidir (por maioria simples) se deve receber ou não a denúncia cujo prosse- guimento foi autorizado pela Câmara. Se a rejeitar, haverá o arquivamento do pedido; www.cers.com.br 4 Se a receber, será iniciado o impeachment propriamente dito (fase processual), com a produção de provas e, ao final, o Senado votará pela absolvição ou condenação do Presidente (na forma do art. 52, parágrafo único, da CRFB); e) Não é possível, em sede de ADPF, analisar a suposta parcialidade do Presidente da Câmara, Sr. Eduardo Cu- nha, nem determinar o seu afastamento do comando do processo. D. CLÁUSULA DE IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA. Art. 86, §4º E. IMUNIDADES GOVERNADORES E PREFEITOS “Por violar a competência privativa da União, o Estado-membro não podedispor sobre crime de responsabilidade. No entanto, durante a fase inicial de tramitação de processo por crime de responsabilidade instaurado con- tra governador, a Constituição estadual deve obedecer à sistemática disposta na legislação federal. Assim, é constitucional norma prevista em Constituição estadual que preveja a necessidade de autorização prévia da Assembleia Legislativa para que sejam iniciadas ações por crimes comuns e de responsabilidade eventual- mente dirigidas contra o governador de Estado. Com base nesse entendimento, o Plenário, em julgamento conjun- to e por maioria, julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados em ações diretas para declarar a incons- titucionalidade das expressões “processar e julgar o Governador ... nos crimes de responsabilidade” e “ou perante a própria Assembleia Legislativa, nos crimes de responsabilidade” previstas, respectivamente, nos artigos 54 e 89 da Constituição do Estado do Paraná. Declarou também a inconstitucionalidade do inciso XVI do art. 29, e da ex- pressão “ou perante a Assembleia Legislativa, nos crimes de responsabilidade”, contida no art. 67, ambos da Constituição do Estado de Rondônia, bem como a inconstitucionalidade do inciso XXI do art. 56, e da segunda parte do art. 93, ambos da Constituição do Estado do Espírito Santo. A Corte rememorou que a Constituição Es- tadual deveria seguir rigorosamente os termos da legislação federal sobre crimes de responsabilidade, por impo- sição das normas dos artigos 22, I, e 85, da CF, que reservariam a competência para dispor sobre matéria penal e processual penal à União. Ademais, não seria possível interpretar literalmente os dispositivos atacados de modo a concluir que o julgamento de mérito das imputações por crimes de responsabilidade dirigidas contra o governador de Estado teria sido atri- buído ao discernimento da Assembleia Legislativa local, e não do Tribunal Especial previsto no art. 78, § 3º, da Lei 1.079/1950. Esse tipo de exegese ofenderia os artigos 22, I, e 85, da CF. ADI 4791/PR, rel. Min. Teori Zavascki, 12.2.2015. (ADI-4791)” "A Corte, no julgamento de cautelar na ADI 1.628-SC, já adotou posição quanto à aplicabilidade do quorum de 2/3 previsto na CF como o a ser observado, pela Assembleia Legislativa, na deliberação sobre a procedência da acu- sação contra o governador do Estado." (ADI 1.634-MC, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 17-9-1997, Ple- nário, DJ de 8-9-2000.) "Orientação desta Corte, no que concerne ao art. 86, § 3º e § 4º, da Constituição, na ADI 1.028, de referência à imunidade à prisão cautelar como prerrogativa exclusiva do presidente da República, insuscetível de estender-se aos governadores dos Estados, que institucionalmente, não a possuem." (ADI 1.634-MC, Rel. Min. Néri da Silvei- ra, julgamento em 17-9-1997, Plenário, DJ de 8-9-2000.) www.cers.com.br 5
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