Aula 02 Centro de origem das plantas

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CENTRO DE ORIGEM DAS PLANTAS
OU
CENTROS DE DIVERSIDADES
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_A agricultura deve ter tido origem, em primeiro lugar, no Oriente
Médio, na região da Turquia, Iraque e Israel, conhecida como
Crescente Fértil.
_ Acreditava-se que o local exato devesse ser o vale dos rios Tigre
e Eufrates.
_Hoje, porém, graças a pesquisas arqueológicas mais recentes, há
razões para se supor que os primórdios da agricultura tiveram
lugar em regiões montanhosas próximas ao vale daqueles rios e
do rio Jordão, em áreas correspondentes aos atuais territórios do
Iraque e de Israel, respectivamente
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O Crescente Fértil é uma região
compreendendo os atuais paises Israel,
Jordânia e Líbano bem como partes da Síria,
do Iraque, do Egito, do sudeste da Turquia e
sudoeste do Irã. O termo « Crescente Fértil »
foi criado por um arqueólogo, da Universidade
de Chicago, em referência ao fato de o arco
formado pelas diferentes zonas assemelhar-se
a uma Lua crescente.
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_Plantas cultivadas surgiram ou originaram a partir
dos ancestrais selvagens (centros de origens ou
centros da diversidade);
_Na medida em que se aumenta a distancia dos
centros de origens, o numero de espécies e gêneros
diminuem;
_Diversidade genética ou variabilidade genética: é
o conjunto de diferenças genéticas entre indivíduos.
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VARIABILIDADE GENÉTICA:
* Variabilidade: é o conjunto de diferenças genéticas 
entre indivíduos;
* Variabilidade Fenotípica: depende das diferenças 
ambientais e genéticas entre os indivíduos;
* Se existe a variabilidade genética é possível a seleção 
ou melhoramento.
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CENTRO DE ORIGEM
_São áreas geográficas restritas e específicas, isoladas por
montanhas, planícies ou desertos, nos quais se observa
grande diversidade genética de uma determinada espécie
vegetal, são locais onde as espécies se originaram e
evoluíram. São fundamentais para o entendimento da
origem das plantas cultivadas, para o melhoramento e para
formação dos bancos de germoplasma. São locais onde
houve o desenvolvimento sem interferência do homem.
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CENTRO DE ORIGEM
_PRIMARIO: local onde existe maior variabilidade da
espécie;
_SEGUNDÁRIO: local onde se desenvolve outros tipos que
migraram do sistema primário.
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IMPORTÂNCIA: 
_são fundamentais para o entendimento
da origem das plantas cultivadas, para o
seu melhoramento e a conservação do
germoplasma, é o local onde se tem a
maior variabilidade genética da
população
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Os estudos sobre os centros de diversidade
foram iniciados por Vavilov (pesquisador
russo) nas décadas de 1920 e 1930. Vavilov
preocupava-se com a origem das plantas
cultivadas e decidiu empreender os seus
estudos a partir de observações da
distribuição das plantas hoje existentes.
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Vavilov (1951) – pesquisador Russo,
fez varias expedições (1920 a 1930)
coletando plantas selvagens, foi o
primeiro cientista a perceber a
importância dos centros de origens e
a quantificar a diversidade destes
centros.
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Fonte: Prof. José Baldin Pinheiro, ESALQ/USP
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Fonte: Prof. José Baldin Pinheiro, ESALQ/USP
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Fonte: Prof. Antônio Costa de Oliveira, 
Univ. Federal de Pelotas 
é o conjunto de diferenças 
genéticas entre indivíduos;
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Fonte: Prof. José Baldin Pinheiro, ESALQ/USP
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Centro de Origem Exemplo de plantas cultivadas
1. China Painço, sorgo, trigo sarraceno, soja, mucuna,
bambus, cana, alface, pepino, cereja, chá, ginseng,
rami
2. Índia Arroz, grão-de-bico, guandu, caupi, feijão-alado,
amaranto, inhame, cará, manga, laranja, carambola,
cana-de-açúcar, algodão asiático, crotalária, pimenta
do reino, canela
2a. Indo-malaio Capim de Nossa-Senhora, gengibre, banana, coco,
cana-de-açúcar, pimenta do reino
Tabela 3.1. Centro de origem de plantas de Vavilov e respectivas espécies cultivadas
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3. Ásia Central Trigo comum, centeio, ervilha, lentilha, feijão-
fava, grão-de-bico, colza, mostarda, linho,
gergelim, coentro, cânhamo, algodão, cenoura,
rabanete, alho, espinafre, manjericão, videira,
maça, uva
4. Oriente Próximo Trigo duro e outros, cevada, centeio, aveia
comum, tremoço, alfafa, ervilhaca, gergelim,
melão, abóbora, cenoura, repolho, figo, pêra,
cereja, açafrão
5. Mediterrâneo Trigo duro, ervilhaca, colza, mostarda negra,
azeitona, beterraba, salsa, nabo, lúpulo -
brassicas em geral
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6. África Oriental
(Abissinio)
Sorgo granífero, milheto, lentilha, ervilha, fava,
caupi, tremoço, mamona, agrião, café, cebola,
melancia
7. Mesoamérica
(Mexicano do Sul
e Centro-Americano)
Milho, feijão, feijão-de-lima, feijão-de-porco,
amaranto, chuchu, batata doce, pimentão, sisal,
mamão, goiaba, caju, cacau, urucum, fumo
8. América do Sul
(Peru, Equador, Bolivia)
Batata (várias espécies), milho (centro secundário),
mandioquinha, tomate, moranga, maracujá,
cherimoia, quinino, fumo
8a. Chile Batata comum, morango
8b. Brasileiro-paraguaio Mandioca, amendoim, cacau, seringueira, erva-
mate, jabuticaba, abacaxi, castanha do Pará, caju
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Referências Bibliográficas
BORÉM, A & MIRANDA, G.V. Melhoramento de plantas. Viçosa, MG,
Editora UFV. 2009. 529 p.
BORÉM, A. Melhoramento de espécies cultivadas. Editora UFV, 2005.
969 p.
DESTRO, D. & MONTALVAN, R. Melhoramento genético de plantas.
Londrina: EDUEL. 1999. 818 p.
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ALLARD, R.W. Princípios do melhoramento genético das plantas. Traduzido por: BLUMENSCHEUB, A.; PATERNIANI, E.;
GURGER, J.T.A. & VENCOVSKI, R. São Paulo, Editora Edgard Blücher Ltda, 1971. 381 p.
BUENO, L.C.S.; MENDES, A.N.G.; CARVALHO, S.P. Melhoramento genético de plantas Lavras: UFLA, 2006. 319 p.
NASS, L.L.; VALOIS, AC.C.; MELHO, I.S.; VALADARES-INGLES. Recursos genéticos e melhoramento - plantas. Fundação MT,
Rondonópolis, 2001. 1183 p.
PATERNIANI, E. Melhoramento e produção do milho no Brasil. Fundação Cargill. Piracicaba, ESALQ, Marprint, 1978. 649
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PINTO, R.J.B. Introdução ao melhoramento genético de plantas. Maringá, Editora da UEM, 1995. 275 p.
RAMALHO, M.A.P.; SANTOS, J.B.; e ZIMMERMANN, M.J. O. Genética quantitativa em plantas autógamas - Aplicações ao
melhoramento do feijoeiro. Goiânia, GO. Editora UFG, 1993. 271 p.
SPRANGUE, G.G. & DUDLEY, J.W. Corn and corn improvement. 3ª Edição, American Society of Agronomy, Inc., Crop
Science Society of America, Inc., Soil Science Society of America, Inc. Madson, USA, 1988. 986 p.
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BESPALHOK F., J.C.; GUERRA, E.P.; OLIVEIRA, R. Melhoramento de Plantas. Disponível
em www.bespa.agrarias.ufpr.br.
Fonte: Prof. José Baldin Pinheiro, ESALQ/USP
Fonte: Prof. Antonio Costa de Oliveira, Univ. Federal de Pelotas
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FIM
OBRIGADO