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LFG Online apresenta... LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL ON LINE Lei Maria da Penha - V Com o Professor Arthur Trigueiros LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 1. “Renúncia” à retratação nos crimes que envolvam violência doméstica e familiar contra a mulher Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 1.1. “Renúncia” ou “Retratação”? * Impropriedade técnica do legislador. Deve-se ler “retratação” * Não confundir com a retratação da representação prevista no art. 102 do CP e art. 25 do CPP (admissível até o oferecimento da denúncia). * Requisitos do art. 16: a) manifestação da vítima perante o juiz em audiência especialmente designada para este fim; b) oitiva do MP; c) marco temporal. LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 1.2. Ação penal nos crimes de lesão corporal leve e culposa praticados em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher * Art. 88 da L. 9.099/95 = exigência de representação * STJ (posição antiga) = exigência de representação, a despeito do art. 41 da LMP *STF (ADI 4.424) = interpretação conforme a CF aos arts. 12, inc I, 16 e 41 (pública incondicionada) LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 2. Vedação de aplicação de pena de cesta básica ou multa isolada (art. 17) Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 3. Medidas protetivas de urgência (arts. 18 a 24) * Natureza jurídica: a lei fala em “medidas de urgência”. Portanto, têm natureza cautelar. * Pressupostos: por terem natureza cautelar, exige-se o binômico “fumus boni iuris” e “periculum in mora”. Exige-se cognição sumária. Juiz pode designar audiência de justificação prévia (art. 804, CPC). LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 3.1. Procedimento para a concessão das medidas protetivas de urgência (art. 19) * Princípio da jurisdicionalidade= concessão pelo juiz * Decretação pelo juiz= i) na fase investigativa – a requerimento do MP ou da ofendida (jus postulandi); ii) na fase judicial – ex officio ou por provocação LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 3.2. Aplicação isolada ou cumulativa das medidas protetivas de urgência Nos termos do art. 19, §2º, o juiz poderá decretá-las isolada ou cumulativamente, podendo, inclusive, ser substituídas se houver necessidade. * Cláusula rebus sic stantibus = possibilidade de revisão das medidas cautelares (revogação) ou nova decretação. 3.3. Recursos cabíveis com relação às medidas protetivas de urgência * A Lei Maria da Penha não tratou do assunto. Entende-se deva ser adotada a sistemática processual penal. Cabível, assim, RESE (art. 581, CPP) em caso de indeferimento da medida ou sua revogação. Neste caso, como o RESE não teria efeito suspensivo, o MP poderia impetrar MS para tanto. * Em caso de decretação ou indeferimento de revogação da medida, a defesa pode impetrar HC. LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
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