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Geopoltica Apostila

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC 
Unidade Acadêmica de Ciências Sociais Aplicadas
	
Disciplina: Geopolítica 			Créditos: 4	Carga Horária: 72
Professor: Alex Bristot	 e-mail: alex@unesc.net 
Período: 2o semestre/2013				Tel. 9995.0011
CONCEITOS E FUNDAMENTOS DA ECONOMIA
Definição de Economia
O objetivo da Ciência Econômica é analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar a qualidade de vida da população.
O termo economia tem sua origem na Grécia antiga com:
Xenofonte (355 a.C.): 	Economia:	óikos ( casa nómos ( lei
A Economia era entendida como princípios de gestão de bens privados. Tratava de conhecimentos práticos de gestão doméstica, ou do Estado.
Na atualidade a Economia é definida como uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Por que a escassez gera problemas econômicos semelhantes em qualquer comuni​dade. Mas a forma de enfrentá-la, ou seja, a forma de organização da atividade econômica varia.
Os problemas econômicos fundamentais
Da escassez dos recursos produtivos ou fatores de produção, associada a necessidade ilimitada humana, originam-se os chamados problemas econômicos funda​mentais que devem ser resolvidos:
O que e quanto produzir?
Como os recursos são escassos não é possível produzir tudo o que uma sociedade desejaria. Por isso ela precisa estabelecer prioridades e decidir o que será produzido.
Como produzir?
A sociedade terá que escolher quais as técnicas de produção que irá adotar em função do nível tecnológico existente (maior eficiência e menor custo de produção).
Para quem produzir?
Ou seja, para quem se destinará a produção (fatalmente, para aqueles que têm renda).
Na economia atual essas questões são resolvidas predominantemente pelo mecanismo de mercado (lei da oferta e da demanda).
2. A ciência da Economia
A questão central do estudo da Economia é como alocar recursos produtivos escassos (limitados) para satisfazer as necessidades da população.
Se os recursos fossem ilimitados, não haveria necessidade de uma ciência da Economia, uma vez que todas as necessidades seriam satisfeitas por bens gratuitos, como a água do mar e a areia do deserto.
3. Sistemas Econômicos: pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. Ou seja como esta se organiza par distribuição, consumo de todos os bens e serviços. Os elementos básicos de um sistema de econômico são:
* Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção
* Complexo de unidades de produção constituído pelas empresas.
* Conjunto de instituição políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são a base da organização da sociedade. 
Tipos de Sistemas Econômicos: 
Sistema Capitalista ou Economia de Mercado: é regido pelas forças do mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Sistema Socialista ou Economia Centralizada ou Planificada: as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores (meios) de produção.
Até 1929: Liberalismo puro;
A partir de 1930: Economia mista (liberalismo com intervenção do Estado).
	Sistemas Fundamentados na Livre Iniciativa
	Sistemas Mistos
	Sistemas Fundamentados na Planificação Global
	Bases Institucionais:
Abstenção do Estado;
Propriedade privada dos meios de produção;
Exercício da livre iniciativa empresarial;
Mercado e sistema de preços como orientadores do processo econômico.
	Bases Institucionais:
Intervenção parcial do Estado;
Coexistência da propriedade privada e estatal dos meios de produção;
Iniciativa empresarial sob vigilância do Estado;
Mercado e planejamento indicativo como orientadores do processo econômico.
	Bases Institucionais:
Plena intervenção do Estado;
Coletivização dos meios de produção;
Inexistência da livre iniciativa;
Centrais de planificação para comando do processo econômico.
 A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
INTRODUÇÃO
O presente texto trata da origem e a evolução do pensamento econômico, por motivos didáticos, o período foi dividido em quatro fases: a primeira parte inicia analisando os primórdios da economia e vai até o pensamento fisiocrático; a Segunda, começa em 1750 e vai até o decênio marcado pela revolução neoclássica (marginalista), marcada pelo nascimento da análise econômica moderna; a terceira fase vai de 1870 ao início da “Grande Depressão” (Crise de 1929) – que evidenciaram falhas importantes no modelo econômico gerando uma crise de consciência entre os economistas; e a última fase vai de 1929 até os dias atuais.
A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
A Evolução do Pensamento Econômico é um estudo da herança deixada pelos que escreveram sobre assuntos econômicos no transcurso da história da humanidade. Desde os tempos mais remotos o homem se preocupava com o seu meio de sobrevivência. No entanto o Desenvolvimento da Análise Econômica é de origem relativamente recente (a partir do século XVIII). Antes da Renascença (séculos XV e XVI) seria quase impossível a emergência da Economia como campo específico de estudo, pois tudo girava em torno do domínio da Igreja, a força dos costumes, as crenças religiosas e filosóficas, a natureza e a atividade econômica, como ciência, ficava limitada. Cabe ressaltar que o pensamento econômico, em qualquer momento histórico, sempre teve como preocupação básica a solução de problemas econômicos de sua época. 
2.1 PRÉ-HISTÓRIA:
Descobrimento da Agricultura;
Formação das primeiras comunidades;
Aumento populacional.
Solução de necessidades econômicas imediatas (agricultura, pastoreio, desenvolvimento tecnológico) para garantir a sobrevivência da espécie humana.
2.2 ANTIGUIDADE:
Formação das primeiras civilizações com organizações sociais mais complexas. Surge o Estado (Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Grécia e Roma);
Surgimento de idéias econômicas fragmentárias de caráter secundário em estudos filosóficos e políticos (Grécia):
Xenofonte (355 a.C.): 	Economia: oikos ( casa. 
 nomos ( lei
A Economia era entendida como princípios de gestão de bens privados. Tratava de conhecimentos práticos de gestão doméstica.
Aristóteles: estudos sobre administração privada e finanças públicas
2.3 MERCANTILISMO (1450 – 1750)
1ª Escola Econômica
O mercantilismo é o conjunto de teorias e práticas econômicas, vigentes na Europa durante a Idade Moderna, as quais acompanharam as transformações ocorridas naquele continente.
Transformações importantes:
Reforma Protestante: Lutero e Calvino (ser rico não é mais pecado);
Melhoria do padrão de vida: desejo de bem-estar;
Surgimento do Estado Moderno (centralização política);
Igreja perde poder sobre a interferência na economia;
Ampliação das fronteiras do mundo: as Grandes Navegações; 
Apoio e incentivo ao comércio exterior.
Mudança dos princípios de criação e circulação de riqueza:
Este período marcou o declínio do Feudalismo como modo de produção e o surgimento do Capitalismo;
O Comércio passa a ser a nova fonte de riqueza:
Os princípios da Doutrina Mercantilista são: 
Metalismo, segundo o qual a riqueza das nações se mede pela quantidade de metais preciosos nela presentes (o ouro e a prata representavam as moedas internacionais), moeda em circulação e a arte de governar tem por objetivo acumular moedas e metais preciosos;
O objetivo do Estado é encontrar os meios para a aquisição da maior quantidade possível de ouro e prata.
Conseqüências:
Nacionalismo econômico, a partir do intervencionismo estatalna economia – o estado passa a regulamentar juros, impostos, alfândegas (aduanas), ou seja o fortalecimento do Estado como agente de política econômica;
Protecionismo alfandegário, visando a restringir as importações por meio da elevação de tarifas alfandegárias favorecendo exportações e impedindo importações;
Superavit comercial (balança comercial favorável), por meio de estímulos às exportações e contenção das importações;
Transformação da Economia Regional para a Economia Nacional;
Deslocamento do eixo econômico mundial do Mediterrâneo para o Atlântico;
Colonialismo, uma vez que as colônias devem fornecer riquezas às metrópoles, particularmente metais preciosos e produtos raros a serem revendidos no mercado Europeu;
No Brasil, o comércio com outras nações e a instalação de indústrias é impedido para evitar a concorrência com Portugal;
O indivíduo é um apêndice do Estado, um instrumento da riqueza da nação;
O acumulo de riquezas possibilitou o surgimento do capitalismo e intervencionismo estatal e o surgimento do absolutismo.
Os mercantilistas foram os primeiros a estabelecer princípios de uma política econômica
O Mercantilismo não foi considerado ciência pois representava apenas um conjunto de preceitos de política prática.
O Mercantilismo levou os excessos por parte do Estado (absolutismo, regulamentações, guerras e nacionalismo) que emperravam a atividade econômica. Com isso fez surgir, sobretudo no século XVIII, um conjunto de idéias contrárias as Mercantilistas chamadas de Liberalismo Econômico. As idéias liberais, analisadas serão analisadas nos itens a seguir, nos quais defendem a redução da intervenção do estado na economia, a partir da livre iniciativa dos indivíduos, do livre comércio (redução das tarifas alfandegárias) e da livre concorrência.
ESCOLAS LIBERAIS DO SÉCULO XVIII
O liberalismo econômico, típico da segunda metade do século XVIII, surge no contexto do pensamento político liberal, em particular do início da Revolução Industrial, na Inglaterra, ligando-se ao processo de acumulação de capitais nas mãos da burguesia.
O PENSAMENO FISIOCRÁTA de 1760 a 1770 (governo da natureza):
Fundador e principal pensador: François Quesnay (1694-1774).
Primeira concepção sistemática da Ciência Econômica.
Transformações importantes:
Aperfeiçoamento técnico (Revolução Industrial);
Crescentes manifestações em favor de uma reforma nas concepções de trabalho, consumo, tributos, etc. (Revolução Francesa);
Florescimento do capitalismo liberal e agrário na Europa;
Surgimento do Iluminismo, a Idade da Razão.
Doutrina Fisiocrata:
Oposição às práticas absolutistas do Estado Monárquico, ao Mercantilismo e ao excesso de intervenção governamental na economia;
Idéias baseadas no cientificismo, liberalismo político, econômico e individualismo;
Crença na existência de uma Ordem Natural e auto-reguladora dos fenômenos econômicos;
“O Universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos homens”. Cabe aos homens descobrir essa Ordem pelo uso da Razão;
O Estado não deve intervir na ordem econômica, pois contraria a vontade da natureza. São considerados princípios básicos do liberalismo econômico, inspirados na expressão Laissez-faire, laissez-passer; que traduz o Estado Liberal.
Só a terra (natureza) é fonte de riquezas. Apenas as atividades diretamente relacionadas com a terra (agricultura, pesca, mineração) são economicamente produtivas. As classes sociais não envolvidas com o trabalho agrícola são estéreis; desestímulo ao comércio e às finanças.
Fundador e principal pensador: François Quesnay (1694-1774).
O pensamento fisiocrata representou uma evolução frente ao mercantilismo, mas se mostrava incapaz de compreender os fenômenos econômicos da época. Seu grande mérito foi criar a base dos fundamentos da Escola Clássica.
O PENSAMNETO CLÁSSICO DE 1776 a 1870:
Fundador: Adam Smith (1723-1790): A Riqueza das Nações.
Liberalismo econômico (livre iniciativa): a economia funciona segundo uma ordem natural e automática regulada pela livre concorrência e pela lei da oferta e da procura (Mão Invisível). O Estado não deve intervir;
Livre iniciativa (Individualismo econômico): a busca pelo interesse próprio por parte dos indivíduos contribui positivamente para o crescimento econômico geral (vícios privados, benefícios públicos);
O Trabalho é a principal fonte de riquezas. E o desenvolvimento econômico é baseado na divisão e especialização do trabalho; divisão do trabalho proporciona destreza pessoal, economia de tempo e condições favoráveis ao invento de novas técnicas e máquinas; ou seja, aumenta a produtividade;
Smith se preocupava com a elevação do nível de vida e o bem-estar econômico de toda a sociedade;
Pressupõe uma harmonia de interesses entre as várias classes sociais.
“Dê-me aquilo que eu quero, e você terá isto aqui, que você quer — esse é o significado de qualquer oferta desse tipo; e é dessa forma que obtemos uns dos outros a grande maioria dos serviços de que necessitamos. Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelo seu próprio interesse. Dirigimo-nos não à sua humanidade, mas à sua auto-estima, e nunca lhes falamos das nossas próprias necessidades, mas das vantagens que advirão para eles. Ninguém, a não ser o mendigo, sujeita-se a depender sobretudo da benevolência dos semelhantes.” (SMITH, 1988, p.25).
Seguidores:
Thomas Robert Malthus (1766-1834): Formulou a teoria populacional pessimista (1798). A população, quando não controlada, cresce a taxas geométricas, e a produção de alimentos a taxas aritméticas; a causa dos males da sociedade seria o excesso populacional; advogou o adiamento de casamentos, a limitação de filhos em famílias pobres e aceitava a guerra como solução para o excesso populacional;
David Ricardo (1772-1823): Primeiro autor a prever as conseqüências negativas para a sociedade com o crescente uso da máquina na produção (substituição do homem pela máquina); no comércio internacional, introduziu a Teoria das Vantagens Comparativas onde o comércio entre os países depende das dotações relativas de fatores de produção. Para o autor cada país deveria se especializar na produção de uma determinada mercadoria que tivesse mais vantagens na produção comparada a outra mercadoria de outro país.
John Stuart Mill (1806-1873): Sistematizou e consolidou a análise clássica desde Smith. Introduziu na economia a preocupação com a Justiça Social. Preocupou-se com as leis que governam a distribuição de renda; promoveu a transição do pensamento econômico liberal para idéias socialistas;
Jean Baptiste Say (1768-1832): Lei de Say: “a oferta cria sua própria demanda”; segundo ele, o aumento da produção transforma-se em renda de trabalhadores e empresários que é gasta em outras mercadorias e serviços; dá atenção ao empresário e ao lucro; completa a obra de Smith em vários pontos.
O liberalismo econômico, aliado a crescente industrialização, trouxe, por um lado, a afluência econômica dos países centrais e, por outro lado, conseqüências sociais preocupantes:
Queda do padrão de vida das classes trabalhadoras;
Longas jornadas de trabalho e baixos salários;
Ausência de legislação trabalhista e previdenciária;
Instabilidades econômicas constantes (crises de superprodução).
A idéia de uma “ordem natural” e da “harmonia de interesses” começava a ser questionada. Tais leis não poderiam ser deixadas fora de controle.
c) O PENSAMENTO DE MARX:
Fundador: Karl Marx (1818-1883): O Capital.
 A fonte do Pensamento Marxista tem origem nos vários momentos de sua vida. Na juventude Marx sofreu influência da filosofia clássica alemã. Hegel teve participação decisiva na sua formação (pensamento idealista dialético), juntamente com outro filósofo alemão Feuerbach. O materialismo históricodialético foi a base de sustentação marxista e influenciou-o e acompanhou por toda a sua vida. 
Outra fonte decisiva na formação do pensamento de Marx foi o socialismo francês. A sua obra o “manifesto comunista” foi inspirada na Comuna de Paris, tentativa frustrada de implantação do sistema na França. 
 Em relação a economia, Marx foi influenciado pela Economia Política Inglesa, na qual buscou subsídio para escrever sua obra mais importante, “O Capital”. Este livro sobre economia política, teve e ainda têm influência decisiva sobre a maneira pela qual se vê a sociedade. 
 N’O capital, já no seu início, Marx preocupa-se em desvendar como é formada a mercadoria. A seguir serão apresentados de maneira resumida alguns tópicos importante contida na obra citada:
A PRODUÇÃO DE MAIS-VALIA - A taxa de mais-valia dependerá, se todas as outras circunstância permanecerem invariáveis, das proporções existentes entre a parte da jornada em que o operário tem que trabalhar para reproduzir o valor da força de trabalho. O excedente do trabalho é o lucro no capitalismo (é o trabalho não pago). Ou seja, se um operário trabalhar oito horas por dia e para sua sobrevivência ele necessite de quatro apenas para sua sobrevivência, o restante é a mais-valia, isto acontece sem que o trabalhador perceba. A mais-valia divide-se em: mais-valia absoluta, ocorre com o aumento da jornada de trabalho e mais-valia relativa, ocorre com o aumento da produtividade.
O LUCRO - Realiza-se quando uma mercadoria é vendida pelo seu valor. O preço da mercadoria é definido pelo valor que ela custa para ser produzida, o lucro advém do trabalho não pago.
4. O PENSAMENTO NEOCLÁSSICO de 1870 a 1929:
Fatos econômicos relevantes:
Capitalismo concorrencial cede lugar a um capitalismo “molecular”, de grandes concentrações econômicas com forte tendência monopolista;
Crescente sindicalização dos trabalhadores eleva níveis salariais e produz uma classe média;
Prosperidade econômica dos países ocidentais contraria previsões pessimistas de Malthus e Marx;
O estudo da economia adquire caráter internacional;
Economia torna-se disciplina acadêmica estudada em Universidades.
Os neoclássicos (ou marginalistas) são os responsáveis pela elaboração dos princípios teóricos fundamentais da Ciência Econômica.
Mudança na definição dos problemas econômicos:
A análise econômica deve partir do estudo das necessidades humanas e das leis que determinam a utilização dos recursos disponíveis para satisfazê-las;
Crença na economia de mercado fez com que não se preocupassem com política e planejamento;
Preocupação com a alocação dos recursos econômicos escassos para maximizar a satisfação dos consumidores;
Estudo das características subjetivas das escalas de preferência individuais, das necessidades humanas e da atividade econômica desenvolvida para saciá-la;
Criação do conceito de “homem econômico”, racional e calculador, empenhado em equilibrar dispêndios marginais e ganhos marginais;
Crescente uso de modelos matemáticos para retratar a realidade econômica e o comportamento humano;
O valor de um bem não é mais decorrente do trabalho nele incorporado, mas da importância a ele atribuída de forma subjetiva pelo consumidor.
Alfred Marshall (1842-1924): responsável pela síntese neoclássica, reconheceu a dificuldade de mensuração das motivações humanas, reduziu o número de variáveis estudadas e simplificou a análise econômica tornando-a acessível ao grande público. Reconhecia a necessidade do Estado intervir no mercado para garantir o seu correto funcionamento.
O grande desafio dos teóricos neoclássicos foi alocar os recursos que são escassos, para então poder utilizá-los em alternativas diversas, objetivando o uso desses recursos em áreas, instâncias, circunstâncias diferentes
Uma das questões que preocupou os economistas ao longo da história foi de que forma e como produzir para atender as necessidades diferentes de que é acometido o ser humano. Considerando a escassez de recursos produtivos, nem sempre a maximização dos resultados é alcançada. Daí surge a necessidade da utilização de instrumentos técnicos, análises sistêmicas e matemáticas - introduzidas pelos neoclássicos - para que os resultados finais sejam satisfatórios. Muitas vezes os padrões técnicos e sistêmicos fogem da realidade 
E é, por isso, que a economia torna-se uma ciência inacabada, isto é, aberta a novas formulações. Além disso, existem inúmeros fatores implícitos quando se pretende analisar o uso, valor, custo etc. de um bem e o mercado é livre para seguir sua evolução. As empresas objetivam o lucro e o mercado segue sua linha natural, como se uma "mão invisível" estivesse determinando o destino da economia. A grande pergunta é: até onde vamos?
5. O PENSAMENTO EM KEYNES de 1929 aos dias atuais
Crise de 1929 e a Grande Depressão:
PNB dos EUA: 	em 1929 ( Us$ 103,1 bilhões;
em 1933 ( Us$ 55,6 bilhões.
Desemprego: 	em 1929 ( 1,5 milhões;
em 1933 ( 14 milhões, ¼ da população ativa.
Investimentos (em % do PNB): 	em 1929 ( 15,7 %;
em 1932 ( 1,7 %.
Em três anos o padrão de vida recuou aos padrões do início do século;
Cria-se uma “crise de consciência” dos economistas que se vêem incapazes de elaborar políticas econômicas adequadas para o retorno ao crescimento;
A imagem de funcionamento normal a pleno emprego de uma economia auto-regulada desenvolvida pelas teorias clássica e neo-clássica mostra-se ingênua e distante da realidade prática.
A Revolução Keynesiana:
John Maynard Keynes (1883-1946)
A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936)
Representa uma ruptura com a tradição clássica;
Concluiu que o Estado deve participar da atividade econômica, procurando compensar o declínio dos investimentos privados nos períodos de crise econômica, reaquecendo a economia;
O intervencionismo de Keynes é diferente do dirigismo Soviético — não convém ao Estado assumir a propriedade dos meios de produção;
Se a iniciativa privada, atuando livremente no mercado, é incompetente para garantir a manutenção dos níveis de emprego, então a função da Política Econômica do Governo não é substituir a iniciativa privada (como é o caso das economias socialistas), mas complementá-la e “ampará-la” quando necessário;
Keynes estudou os determinantes do nível de emprego e da Renda Nacional;
Keynes defendia a realização de déficits públicos propositais para inflar a demanda agregada, o que acabava por gerar inflação.
Inverte o sentido da Lei de Say: destaca o papel da demanda agregada de bens e serviços; a demanda determina o nível de produção que irá aumentar o volume de emprego.
6. O PENSAMENTO NEOLIBERAL e o CONSENSO WASHINGTON:
O pensamento neoliberal tem idéias baseadas no “Consenso de Washington”. Na qual a partir de uma reunião realizada em Washington (EUA), no ano de 1989 que contou com a participação do FMI e BIRD, além das Nações mais ricas do planeta - G7. Cujo objetivo foi traçar e/ou definir as estratégias econômicas para o futuro da economia mundial.
Todavia, os traços principais desta nova ordem econômica mundial ficou assim definida: o domínio da economia pelo sistema financeiro e pelo investimento em escala global; processos de produção flexíveis e multilocais; baixos custos de transporte; revolução nas tecnologias da informação e da comunicação; desregulação das economias nacionais; preeminência das agências financeiras multilaterais; emergência de três grandes capitalismos transnacionais: o americano baseado nos EUA e nas relações privilegiadas deste país com o Canadá e o México; o japonês, baseado no Japão e nas suas relações com o Tigres Asiáticos; e o europeu, baseado nos países da União Européia.
	Sendo que estas transformações podem ser resumidas nas seguintes exigências: as economias nacionais devem abrir-se ao mercado mundial e os preços domésticos devem se adequar aos preços internacionais; deve ser dada prioridade as exportações;as políticas monetárias e fiscais devem ser orientadas para a redução da inflação e da dívida pública e para vigilância da balança de pagamentos; os direitos de propriedades devem ser claros e invioláveis; o setor empresarial do estado deve ser privatizado; a regulação da economia deve ser mínima; deve ser reduzido o peso das políticas sociais no orçamento do Estado entre outras.
	Os efeitos produzidos a partir destas transformações reside na enorme concentração do poder econômico de parte das empresas multinacionais, em que 70% do comércio mundial é controlado por 500 empresas multinacionais e, apenas, 1% destas empresas controlam 50% do investimento estrangeiro direto no mundo.
	Em suma, a proposta econômica neoliberal é orientada pelo “Consenso Washington”, cujas três principais inovações institucionais são: restrições drásticas à regulação estatal da economia; novos direitos de propriedade internacional para investidores estrangeiros, inventores e criadores de inovações susceptíveis de serem objeto de propriedade intelectual; subordinação dos estados nacionais às agências multilaterais, tais como: o Banco Mundial (BIRD), o FMI e a OMC.
Semelhanças e diferenças entre Liberalismo e Neoliberalismo
Liberalismo: surgiu na Inglaterra e França (pensamento Clássico) no século XVIII e pregava o livre comércio entre países, a conversão da riqueza em capital, a transformação da simples produção em acumulação da capital. 
Neoliberalismo: surge como resultado da crise do nacional-populismo e da derrota do socialismo, na década de 80. Com neoliberalismo houve uma maior internacionalização e concentração do capital sob o comando das grandes empresas transnacionais.
SEMELHANÇAS
- Ambos defendem a idéia de que o mercado, e não o Estado, devem ser o único locador de salário e capital, a lei da oferta e da procura.
- Defendem a “desregulamentação da economia”.
- Derrubadas das barreiras comerciais entre os países.
- Contra as regulamentações trabalhistas, tributárias, etc.
- Defende o auto-regulamentação do mercado.
- “O melhor governo é aquele que governa menos”; ou seja o Estado deve intervir o mínimo possível na economia.
	Um dos argumentos-chave dos teóricos neoliberais é a noção de que a “globalização” é o próximo estágio irreversível e inevitável do capitalismo. E afirmam que a “globalização” é o produto dos avanços tecnológicos e da chamada revolução nas informações.
	Conseqüência: o mercado internacional substitui o nacional, a concentração de renda substitui a distribuição mais eqüitativa; os serviços privados substituem os públicos, a riqueza privada acompanha o empobrecimento do bem-estar social; o “livre mercado” não é “livre” para a maioria das pessoas, nem se baseia exclusivamente no mercado.
	Para os países desenvolvidos como os Estados Unidos, Alemanha e Japão, o liberalismo não foi esta a filosofia que guiaram os seus os esforços rumo à industrialização. Mas, foi o Estado intervindo na economia com políticas protecionistas e eram as principais doutrinas que orientavam a sua marcha desenvolvimentista para se tornarem grandes potências mundiais.
 ECONOMIA e DIREITO
Introdução
- Economia x Direito
- Neoliberalismo: diminuição do tamanho do estado e a criação das agências
- Defesa da concorrência e direitos dos consumidores
O Direito e a Teoria dos Mercados: Defesa do Consumidor e da Concorrência
- Microeconomia: analisa o comportamento dos produtores e dos consumidores (produzir e consumir).
- Direito: relações de consumo (consumidor e fornecedor).
- O papel do empresário; duas visões: econômica – o empresário minimiza os custos e maximiza os lucros. Jurídico - o direito comercial
- Consumidores e produtores/fornecedores se encontram nos mais variados mercados
- Concorrência perfeita – mão invisível
- O mercado maximizaria a produção sobre o quê, como e para quem produzir.
- Quando o estado deve intervir na economia?
- Nas imperfeições do mercado como as externalidades ou economias externas
- Os agentes econômicos possuem falhas de informações. O estado protege os consumidores regulamentando o comércio
- O poder do monopólio
- Leis de defesa da concorrência
- Controle dos monopólios e oligopólios surgiu nos EUA séc. XIX.
- No Brasil desde dos anos 60 criou legislação, mas houve -dificuldades porque o governo controlava preços.
- CF 88 (art. 173 e 174) proteção contra o abuso do poder econômico
- Lei 8.884/94 (Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência)
- Lei 10.149/2000 – alterou e criou o CADE
1º controle das estruturas de mercado (fusões devem ser inferior a 20% do mercado)
2º controle de condutas (práticas anticoncorrenciais)
- Coibir e reprimir abusos no mercado (defesa do bem estar público)
Arcabouço Jurídico das Políticas Macroeconômicas
- Políticas Macroeconômicas: monetária, crédito, cambial, comercial são de competência do governo.
- Política fiscal (receita e despesa) competência das três esferas
- Gasto do governo movimenta a economia
Estado Promovendo o Bem-Estar da Sociedade
- Direito estabelece as normas
- Locke e a sociedade civil (direitos naturais: liberdade e propriedade)
- Artigo 170 da CF observa-se a ligação entre a economia e o direito
- Normas jurídicas sobre o MA prova aumento dos custos de produção
- Estado tem a função de diminuir as desigualdades regional
 INTRODUÇÃO A MICROECONOMIA
Conceito:
Microeconomia, ou Teoria Geral dos Preços, analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos.
A Microeconomia lida com:
Comportamento de unidades individuais
No Consumo
Como escolher o quê comprar
Na produção
Como escolher o quê produzir
Mercados: A interação entre consumidores e produtores
APLICAÇÃO DA ANÁLISE MICROECONÔMICA
A teoria microeconômica não é um manual de técnicas para a tomada de decisões do dia-a-dia, mesmo assim ela representa uma ferramenta útil para esclarecer políticas e estratégias, dentro de um horizonte de planejamento, tanto em nível de empresas quanto de nível de política econômica.
PARA AS EMPRESAS, A ANÁLISE MICROECONÔMICA PODE SUBSIDIAR AS SEGUINTES DECISÕES
Políticas de preços da empresa.
Previsão de demanda e faturamento.
Previsão de custos de produção.
Decisões ótimas de produção (melhor combinação dos custos de produção).
Avaliação e elaboração de projetos de investimentos (análise custo/benefício)
Política de propaganda e publicidade.
Localização da empresa.
A POLÍTICA ECONÔMICA, PODE CONTRIBUIR NA ANÁLISE DE TOMADA DE DECISÕES DAS SEGUINTES QUESTÕES
Efeitos de impostos sobre mercados específicos.
Política de subsídios.
Fixação de preços mínimos na agricultura.
Controle de preços
Política Salarial
Políticas de tarifas públicas. (água, luz, etc.).
DIVISÃO DO ESTUDO MICROECONÔMICO
Análise da Demanda: A Teoria da Demanda ou Procura de uma mercadoria ou serviço divide-se em Teoria do Consumidor e Teoria da Demanda de Mercado.
Análise da Oferta: A Teoria da Oferta de um bem ou serviço também se subdivide em oferta de firma individual e oferta de mercado.
Análise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço.
DEMANDA DE MERCADO
A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.
A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São elas: o preço do bem e serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo.
OFERTA DE MERCADO
Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta dependede vários fatores; dentre eles, de seu próprio preço, dos demais preços, dos preços dos fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia.
Diferentemente da função demanda, a função de oferta mostra uma correlação direta entre a quantidade ofertada e nível de preços. É a chamada Lei Geral da Oferta.
Podemos expressar uma escala de oferta de um bem X, ou seja, dada uma série de preços, quais seriam as quantidades ofertadas a cada preço:
EQUILÍBRIO DE MERCADO
A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.
INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NO EQUILÍBRIO DE MERCADO
O governo intervém na formação de preços de mercado, a nível microeconômico , e quando fixa impostos e subsídios, estabelecem critérios de reajustes do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas decreta tabelamentos ou ainda congelamento de preços e salários.
ESTABELECIMENTO DE IMPOSTOS
É sabido que quem recolhe a totalidade do tributo é a empresa, mas isso não quer dizer que é ela quem efetivamente paga.
Assim, saber sobre quem recai efetivamente o ônus do tributo é uma questão da maior importância na análise dos mercados.
 INTRODUÇÃO À MACROECONÔMICA
NOÇÕES E ORIGENS DA MACROECONOMIA
A macroeconomia é o estudo do comportamento da economia como um todo. Tendo como objetivo principal analisar as relações entre os grandes agregados estatísticos: a renda nacional, o nível de emprego e dos preços, o consumo, a poupança e os investimentos totais. A macroeconomia também estuda como se determinam as seguintes variáveis agregadas: nível geral de preços, nível de produto, taxa de salários, nível de emprego, taxa de juros, quantidade de moeda, preço dos títulos e quantidade de títulos, taxa de câmbio e quantidade de divisas. 
A macroeconomia conseguiu se tornar um ramo de ciência econômica a partir de 1936, com a publicação do livro: “A Teoria Geral do Emprego, do juro e da moeda”, de John Maynard Keynes. Porém, antes de Keynes, os economistas clássicos e Karl Marx já haviam considerado o organismo econômico como um todo. Keynes (considerado fundador da macroeconomia), criou o modelo, a sistematização teórica e as "receitas práticas", que nas décadas seguintes inspirariam a maioria dos economistas. Entre eles, liderado por Milton Friedman – os monetaristas – contestaram a economia Keynesiana e apresentaram uma nova teoria macroeconomica que enfatiza o papel desempenhado pela demanda de moeda e de crédito, se opondo frente à intervenção direta ou indireta do Estado na economia. 
Em suma a macroeconomia estuda o comportamento global do sistema econômico; não se detém em reações individuais, mas pretende estudar a realidade econômica de forma global. Estuda o comportamento do sistema econômico por um número reduzido de variáveis, como a produção ou produto total de uma economia, o emprego, o investimento, o consumo, o nível geral de preços, etc...
A macroeconomia busca a imagem que mostre o funcionamento da economia em seu conjunto. Seu propósito é obter uma visão simplificada do funcionamento da economia que, porém permita ao mesmo tempo conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países.
A política macroeconômica é integrada pelo conjunto de medidas governamentais destinadas a influir sobre a marcha da economia no seu conjunto.
OBJETIVOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA:
Produto Agregado – distribuição de renda socialmente justa
Produzir bens e serviços finais que atendam às necessidades da população;
Gerar produto agregado próximo da plena capacidade da economia;
Implementar taxas de crescimento do produto ao longo do tempo sejam as mais altas possíveis;
Estender o benefício a todas as camadas da população;
Promover o crescimento as taxas superiores às do crescimento demográfico, expandindo-se a produção per capita de bens e serviços finais; 
Alto nível de emprego
A taxa de desemprego é determinada pela distância relativa entre a força de trabalho empregada e os contingentes demográficos das faixas etárias aptas para o exercício de atividades produtivas; o ideal é trazer para os mais baixos níveis possíveis as taxas de desemprego do fator trabalho; 
Estabilidade de Preços
O objetivo macroeconômico é manter os preços estáveis e o equilíbrio estrutural entre os níveis relativos dos preços dos diferentes bens e serviços; o equilíbrio estrutural entre preços ocorre quando não se observam transferências líquidas de renda entre os diferentes setores de atividade produtiva; inflações ou deflações altas indicam que alguma coisa não vai bem com a economia como um todo (excesso de procura agregada, mudanças na estrutura de custos, expectativas e inércia).
Transações externas: equilíbrio no BP ou equilíbrio externo
Tem a ver com o crescimento do produto agregado, bem como com os níveis de emprego e com os índices de preços. O equilíbrio é o objetivo – diferença entre exportações e importações
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA:
A política macroeconômica envolve a ação do governo sobre:
Capacidade produtiva (oferta agregada);
Despesas planejadas (demanda agregada);
O objetivo desta ação é:
Promover o pleno emprego, com
Baixas taxas de inflação, e uma
Distribuição justa de renda.
Para atingir tais objetivos o governo faz uso dos seguintes instrumentos de Política Macroeconômica:
Política Fiscal;
Política Monetária;
Política Cambial e Comercial;
Política de Rendas.
POLÍTICA FISCAL
Diz respeito ao manejo dos orçamentos do governo, tanto dos dispêndios como das receitas; quanto despender, na forma de consumo, investimento, subsídios e transferência, sobre quanto tributar e ainda sobre que agentes e que transações os tributos incidirão.
Tributos = diretos ou indiretos
Dispêndios = 
consumo 
investimentos (tem a ver com a procura agregada e nível de emprego)
transferências (incorporam-se às renda disponível das unidades familiares, aumentando sua capacidade efetiva de dispêndio ou de poupança); 
subsídios (modificam preços de produtos finais, interferindo indiretamente nos níveis efetivos de dispêndios dos agentes privados).
Compreende a política fiscal:
Política Tributária (arrecadação de impostos);
Política de Gastos (controle de despesas do governo).
Pode ser utilizada para estimular ou inibir os gastos de consumo do setor privado.
Exemplo:
Para reduzir a taxa de inflação:
Diminuição de Gastos Públicos;
Aumento da carga tributária (( gastos do setor privado).
Resultado: Menos consumo global e menor pressão inflacionária.
Para promover o crescimento e o emprego:
Elevação de Gastos Públicos;
Redução da carga tributária (( gastos do setor privado).
Resultado: Elevação do consumo global e maior demanda por mão-de-obra e recursos produtivos. 
Para promover a distribuição de renda:
Utilização seletiva dos mesmos instrumentos;
Elevação de Gastos Públicos em benefício dos menos favorecidos;
Redução de Gastos Públicos com as classes mais abastadas;
Redução da carga tributária sobre os pobres;
Elevação da carga tributária sobre os ricos.
A Política Tributária deve obedecer ao princípio da Anterioridade:
A implementação de uma medida só pode ocorrer a partir do ano seguinte da sua aprovação pelo Congresso Nacional.
POLÍTICA MONETÁRIA
A Política monetária é o conjunto de medidas que definem o controle da oferta de moeda e consequentemente das taxas de juros, visando garantir a liquidez ideal para cada momento econômico. O executor dessas políticas é o Banco Central e os instrumentos clássicos utilizados são:
Depósito Compulsório: regula o multiplicador bancário, imobilizando, de acordo com a taxa de recolhimento de reserva obrigatória fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), uma parte maior ou menor dos depósitos bancáriose os recursos de terceiros que nelas circulem (títulos em cobrança, títulos recolhidos, garantias de operação de crédito), restringindo ou alimentando o processo de expansão dos meios de pagamento.
Redesconto ou empréstimo de liquidez: é o socorro que o BC fornece aos bancos para atender as suas necessidades momentâneas de caixa. É, em tese, á última linha de atendimento aos furos de caixa das instituições bancárias.
Mercado Aberto (Open Market): é a compra e venda de títulos públicos, essas operações permitem o controle do volume da oferta ao mercado, a manipulação da taxas de juros no curto prazo, a garantia de liquidez dos títulos públicos e as instituições financeiras bancárias realizem aplicações a curto prazo de suas disponibilidades ociosas. Sendo considerado o mais ágil instrumento da política monetária que dispõe o BC.
Controle e Seleção de Crédito: constitui um instrumento que impõe restrições ao livre funcionamento das forças do mercado, pois estabelece controles direto sobre o volume e o preço do crédito.
A Política Monetária consiste no controle por parte do Governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos em circulação na Economia.
Em suma os instrumentos disponíveis:
Emissões de moeda;
Reservas compulsórias (porcentagem sobre os depósitos, que os bancos comerciais devem colocar à disposição do Banco Central);
Open Market (compra e venda de títulos públicos);
Redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais);
Regulamentação sobre crédito e taxa de juros.
Exemplo:
Para controlar a taxa de inflação:
Diminuição do estoque monetário da economia;
Aumento das taxas de reservas compulsórias;
Venda de títulos no Open Market.
Elevação da Taxa de juros.
Para promover o crescimento econômico:
Aumento do estoque monetário da economia;
Emissão de moeda;
Redução das taxas de reservas compulsórias;
Compra de títulos no Open Market.
Diminuição da Taxa de juros.
As políticas monetária e fiscal se complementam:
A Política Fiscal é mais eficiente quando o objetivo é a distribuição de renda;
Uma vantagem da Política Monetária sobre a Fiscal é que a primeira pode ser implementada logo após a sua aprovação pois depende das decisões das autoridades monetárias
POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL:
Chama-se política cambial o conjunto de leis, regulamentos e ações do Governo que influem no comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio.
A política cambial cuida de administrar a taxa de câmbio, com o objetivo de manter o balanço de pagamentos equilibrado. Para tanto, o Banco Central estabelece o sistema de câmbio que ele julga mais adequado, a fim de permitir o poder de compra da moeda nacional em relação aos demais países com os quais o Brasil mantém relações de troca, reflita uma situação de ajuste, isto é, nem valorizado e nem desvalorizado.
Enfim, a política cambial estabelece a taxa de câmbio – valor da moeda nacional em relação a outra moeda nacional, ou seja, a taxa pela qual duas moedas de países diferentes podem ser trocadas.
Taxa de câmbio fixa: aquela em que o preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeiro é dado e o equilíbrio do mercado é obtido através da compra e venda de divisas (moeda/ativo de aceitação internacional) pelo Banco Central.
Taxa de câmbio flutuante: o preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira oscila livremente para garantir o equilíbrio entre a oferta e a demanda de divisas (modelo atual adotado pelo BC).
Desvalorização da moeda: Quando o poder de compra da moeda nacional cai em relação à de outro país.
Valorização da moeda: Quando o poder de compra da moeda nacional cresce em relação à de outro país.
Em suma: São políticas que atuam sobre questões relativas ao setor externo da economia.
Política Cambial: atuação do Governo sobre a taxa de câmbio.
Regime de taxas fixas (determinada pelo Banco Central);
Regime de taxas flutuantes (determinada pelo mercado de divisas).
Política Comercial: instrumentos de incentivo às exportações (estímulos fiscais) e/ou estímulo e desestímulo às importações (tarifas e barreiras alfandegárias).
4 - POLITICA DE RENDAS
Conjunto de intervenções diretas que geralmente complementam a atuação dos instrumentos fiscais, monetários e cambiais.
Controle diretos de preços
Controles legais sobre salários e demais remunerações de fatores de produção
Política de Rendas: Estabelece controles sobre a remuneração dos fatores diretos de produção envolvidos na economia, tais como salários, depreciações, lucros, dividendos e preços dos produtos intermediários e finais. 
Refere-se à intervenção direta do Governo na formação de renda (salários, aluguéis), através do controle e congelamento de preços.
Esta atuação impede que os preços de determinadas mercadorias e serviços sejam fixados pelas forças do mercado.
Exemplos: 
Política Salarial (fixação do salário mínimo);
Atuação do CIP (Conselho Interministerial de Preços);
Programa Bolsa Família, fome zero e outros.
Os congelamentos de preços e salários nos planos econômicos.
Política de Investimento: Estratégia adotada pelo governo no sentido de priorizar algum segmento econômico na destinação de seus investimentos, de modo a obter maior retorno para a sociedade. Na administração de recursos, política de investimentos é a definição das regras e forma de atuação de como determinado fundo seria administrado.
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