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Aula 5 Apuração e Análise de Custos

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Aula 5 analise e apuração de custos
Sistemas e posicionamento dos custos
Introdução 
Nesta aula, estudaremos a classificação dos custos, a formação do custo de produção, do custo da produção acabada e do custo da produção vendida, assim como os custos para estoques, sua classificação, composição e seus métodos.
A Contabilidade de Custos surgiu da necessidade de maior controle sobre os valores que são imputados aos estoques dos produtos na indústria. O objetivo desta aula é mostrar a importância dos custos nos estoques, em seus diversos estágios, no estoque de matéria-prima, no estoque de produtos em elaboração, no estoque de produtos acabados e, finalmente, a composição do custo dos produtos vendidos.
Não é nosso propósito torná-lo um especialista nessa área, mas é importante para o administrador saber como o Contador manipula essas informações para imputar os custos aos estoques, para depois poder comparar com as informações gerenciais de custos.
O método de apropriação dos custos que veremos, é derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, que também serão brevemente explicitados.
A contabilidade financeira desenvolveu-se na Era Mercantilista para fazer frente às necessidades das empresas comerciais. Os estoques eram contados fisicamente e depois avaliados pelo montante pago pelos itens estocados. Como na época muitas pessoas praticavam o ato de comércio como pessoas físicas e, praticamente, não havia fabricação, ficava fácil conhecer o valor dos estoques.
Com o advento da Revolução Industrial (século XVIII), o Contador começou a adaptar o método de apropriação de custos, estabelecendo novos critérios de custeio para as empresas industriais.
Com o desenvolvimento do mercado de capitais nos Estados Unidos da América e em alguns países europeus, as empresas de auditoria independente começaram a estabelecer princípios de Contabilidade para homogeneizar as demonstrações contábeis e torná-las comparáveis com as demonstrações de outros períodos e de outras empresas.
Classificação dos Custos
Custos Diretos 
São os gastos necessários à produção, facilmente identificáveis no produto e mensuráveis em cada unidade do produto. Exemplos: Em uma fábrica de móveis, a madeira é um material essencial para a produção e pode-se medir quanto será utilizado de madeira para fabricar cada peça, portanto, os gastos com esse produto utilizado na fabricação de móveis é um custo direto.
Em uma fábrica de automóveis, alguns materiais são essenciais para sua fabricação,como o aço para os pneus, bancos etc. e são facilmente identificáveis em cada veículo produzido, podendo seus gastos serem medidos em cada veículo, portanto, são custos diretos do veículo produzido.
Custos Indiretos
São gastos necessários à produção, mas nem sempre podem ser identificados e mensurados em cada unidade do produto. Para se chegar ao custo de produção, é necessário fazer um rateio desses custos para determinar o quanto cabe a cada produto.
Custos Variáveis
São gastos necessários à produção e diretamente variáveis com o volume de produção. Quanto maior ela for, maior será o custo. Os custos diretos são sempre variáveis, mas nem todo custo variável é direto. Exemplos: Na fábrica de móveis, a madeira é uma matéria-prima para a produção e é um custo direto, pois, quanto maior for minha produção de móveis, maior será o custo com madeiras.
Na indústria automobilística, o aço utilizado na produção de veículos é um custo variável, pois quanto mais unidades de automóveis forem produzidas, mais aço será consumido em sua produção.
Custos Fixos
São gastos necessários à produção de bens ou serviços e passíveis de mudança de valor, mas não acompanham o volume de produção, por isso são considerados fixos em relação ao volume. Exemplos: Se a fábrica de móveis estiver funcionando em um galpão alugado, o gasto com aluguel do galpão é um custo fixo, pois é necessário para que se possam produzir os móveis, mas independe do volume que se produza nesse galpão. 
Logicamente, o aluguel pode mudar de valor em decorrência de um reajuste contratual, mas continua sendo um custo fixo.
Os salários dos supervisores da fábrica são gastos necessários à produção, mas também são fixos, pois independem do volume de produção da fábrica.
Despesas fixas e variáveis
Despesas Fixas são gastos necessários para colocar os produtos e serviços no mercado, mas não estão relacionados a nenhum volume. 
Exemplo: Os gastos com administração de vendas são necessários para controlar as vendas e o faturamento, mas são gastos fixos, não acompanham o volume de vendas.
Despesas variáveis são gastos necessários para colocar os produtos e serviços no mercado e acompanham determinado volume. 
Exemplo: Os gastos com comissões de vendedores são despesas variáveis, pois são necessárias para colocar o produto no mercado e acompanham o volume de vendas.
Custos de produção
Matéria-prima;
Mão de obra direta;
Custos Indiretos de Fabricação – C.I.F.
Custo da produção acabada
(+) Estoque Inicial de produtos em elaboração
(-) Estoque final de Produtos em elaboração
Custo da produção vendida
Exemplo
Dos livros da Cia. “A”, extraímos as seguintes informações:
Matérias-primas compradas no mês de junho = $ 500.000.
Devolução, no próprio mês, de 20% das compras acima.
Mão de obra direta do mês = $ 600.000.
Custos Indiretos de Fabricação do mês = $ 400.000.
Considere as seguintes situações:
a)O estoque inicial de matéria-prima era de $ 120.000 e o final, de $ 150.000. Não havia outros estoques iniciais ou finais.
b) O estoque inicial de produtos em elaboração era de $ 200.000; O inicial de produtos acabados era de $ 80.000; O final de produtos em elaboração de $ 220.000; O final de matéria-prima de $ 70.000 e não havia outros estoques iniciais ou finais.
Princípios contábeis aplicados à contabilidade de custos
Princípio da Realização da Receita
Quando podemos dizer que uma Receita foi realizada?
Segundo esse princípio, uma receita somente poderá ser considerada realizada e compor o resultado da empresa, quando houver a transferência do bem ou serviço para o seu comprador.
Por esse motivo, existe grande diferença entre o conceito de lucro contábil e lucro econômico, pois este leva em conta a agregação de valor econômico na fase de produção, antes mesmo de se concretizar em dinheiro ou direitos a recebimentos futuros.
Princípio da Competência de Exercícios
Quando uma despesa deve ser reconhecida?
Após o reconhecimento da receita, deduzem-se todos os gastos que foram necessários para sua consecução. Lembremos, aqui, o conceito de resultado: Diferença entre recursos econômicos gerados e recursos econômicos consumidos em determinado período. Lembremos, também, que recursos econômicos consumidos não se confundem com pagamentos, portanto um gasto pode ser considerado como despesa mesmo que ainda não tenha sido pago, assim como uma receita pode ser considerada realizada, mesmo que não tenha sido recebida pela empresa.
Princípio do Custo Histórico como Base de Valor
Qual valor deve ser considerado para estocar os produtos fabricados?
Esse princípio diz que todos os elementos do ativo devem ser registrados pelo valor original de entrada.
Esse princípio pode trazer grandes distorções no resultado da empresa quando a economia registra aumentos generalizados de preços (inflação).
Um produto que é vendido após algum tempo de estocagem não poderá ter sua reposição no estoque pelo mesmo preço, gerando, assim, um lucro ilusório para a empresa. Nesse caso, é necessário um tratamento gerencial para analisar o resultado e a lucratividade da empresa.
Princípio da Uniformidade ou Consistência
Qual critério deve ser adotado para os registros contábeis?
A empresa pode utilizar qualquer critério considerado válido dentro dos princípios geralmente aceitos, desde que haja uniformidade na sua aplicação. Uma empresa não pode adotar um critério diferente em cada exercício social.Se houver necessidade de mudança de um critério, deve reportar esse fato em nota explicativa do seu Balanço Patrimonial, apontando a diferença que tal mudança causou no resultado da empresa.
Princípio do Conservadorismo
A empresa deve ser otimista ou pessimista no que concerne à realização dos registros contábeis?
Normalmente, o Contador deve adotar uma postura conservadora em relação aos valores de registro para preservar a integridade do patrimônio da empresa. Não se trata de ser otimista ou pessimista, simplesmente o Contador não pode fazer seus registros com base em incertezas, deve registrar ativos, passivos, receitas e despesas com base em valores factíveis. 
Trata-se, portanto, de prudência em relação aos valores a serem registrados.
Relevância ou Materialidade
Os registros devem ser rigorosos mesmo com itens de pequeno valor?
Não deve haver tratamento rigoroso para itens cujos valores monetários sejam irrelevantes. Não há necessidade de se fazer um controle de estoque para materiais de consumo de pequeno valor, seja de consumo da produção industrial, seja do escritório.
Custeio por absorção
Esse método de custeio consiste na apropriação de todos os gastos relativos ao esforço de fabricação aos produtos elaborados, atendendo aos princípios de contabilidade geralmente aceitos.
Nossa legislação fiscal obriga sua utilização, e a auditoria externa considera-o como básico, portanto a contabilidade deve adotá-lo para atender as exigências legais, com pequenas exceções que a lei faculta.
Separação entre custos e Despesas
Essa separação nem sempre é fácil. Em algumas situações, a utilização dos recursos é compartilhada entre produção, administração e vendas, de tal forma que é impossível estabelecer uma divisão dos gastos de forma clara e objetiva.
Nesse caso, é necessário fazer um rateio (com certo grau de arbitrariedade) dos gastos entre produção, administração e vendas.
Apropriação dos custos Diretos
Os custos diretos são quantificáveis e objetivamente atribuíveis a determinado produto, portanto, com as informações corretas em mãos, é somente uma questão de calcular o valor a ser atribuído a cada produto.
Tomemos como exemplo uma empresa que produz três produtos: Alfa, Beta e Delta. Sabe-se que cada unidade do produto Alfa consome 3,5 Kg. da matéria-prima “X”; O produto Beta consome 2 litros da matéria-prima “y” e o produto Delta consome 3 unidades da matéria-prima “z”. 
Para apropriar o custo da matéria-prima a esses produtos, basta calcular o custo unitário de cada uma delas e multiplicar pelo consumo de cada produto.
O Contador abrirá uma conta para cada fator de produção e uma conta para cada produto receber seus custos. Compondo os custos do período com os estoques existentes (iniciais e finais) chegará, contabilmente, ao custo de produção, custo da produção acabada e custo da produção vendida.
Apropriação dos Custos Indiretos de Fabricação
Os custos indiretos devem ser apropriados aos produtos proporcionalmente a algum outro fator, segundo critérios preestabelecidos pela administração.
Para evitar grandes distorções, é necessário que o critério adotado guarde relação com o consumo desses gastos pelos produtos que estão recebendo esse custo. Por exemplo, os custos indiretos de fabricação somam R$ 120.000,00 em determinado período. Esse valor pode ser rateado à produção de Alfa, Beta e Gama proporcionalmente à matéria-prima utilizada pela produção de cada um; Ou pelo valor da mão de obra direta utilizada na produção de cada produto; Ou pelo consumo de energia elétrica de cada produto e assim por diante.
Para fazer uma apropriação de custos indiretos com baixo grau de arbitrariedade, é necessário conhecer muito bem o processo de produção.
Fechamento
Finalizamos esta aula direcionada ao estudo da classificação dos custos, da formação do custo de produção, do custo da produção acabada e do custo da produção vendida, assim como os custos para estoques, sua classificação, composição e seus métodos.

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