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EBOOK MANUAL HABILIDADES MÉDICAS 2017

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1. Avaliação segundo o ACLS®
A - Parada cardiorrespiratória
Responsividade:
- Chame-o pelo nome, vigorosamente: 
- Observe se ele acorda, respira ou responde;
- Se ele estiver com respiração normal e es-
tabilidade hemodinâmica e não houver trau-
ma, coloque-o em posição de recuperação:
• Dobre um dos braços do paciente: 
• Coloque o outro braço ao redor do pesco-
ço dele: 
Habilidades em Clínica Médica
1
• Cruze uma das pernas do paciente sobre 
a outra: 
• Role-o para o lado contrário ao da perna 
dobrada: 
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS2
• Coloque-o em posição de recuperação: 
- Se não apresentar nenhum movimento es-
pontâneo, respiração ou resposta, chame 
ajuda: ligue 192 (sempre solicite um desfi-
brilador): 
• Comece o CAB da ressuscitação.
Circulação:
- Cheque o pulso e a respiração, simultanea-
mente, em menos de 10 segundos:
• Dê preferência sempre pelo pulso caro-
tídeo:
- Na ausência de pulso:
• Inicie a compressão torácica: 
- Durante compressão torácica:
• Mantenha o paciente sobre superfície rí-
gida;
• A posição deve ser na linha intermamilar, 
sobre o esterno: 
• Uma das mãos deve ficar espalmada, 
com a outra sobre ela (note que apenas 
a região hipotenar da mão de baixo entra 
em contato com o tórax do paciente): 
•	A	profundidade	da	compressão	deve	ser	
de 5 a 6cm;
• Permita o retorno do tórax entre as com-
pressões;
•	A	 frequência	 deve	 estar	 entre	 100	 e	
120bpm;
• Comprima forte e rapidamente, sem do-
brar os cotovelos.
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 3
- Em coordenação:
• 30 compressões e 2 ventilações;
• Com via aérea avançada, máscara larín-
gea, tubo endotraqueal (IOT) etc.: assín-
crona (compressões contínuas) e 1 venti-
lação a cada 6 segundos. 
Vias aéreas:
Desobstrua as vias aéreas:
- Sem trauma, com leve hiperextensão da 
cabeça:
- Com trauma, eleve a mandíbula (manobra 
de jaw thrust): 
• Apoie a região tênar da mão sobre a re-
gião zigomática da vítima, bilateralmente;
• Coloque a ponta dos dedos indicador e 
médio atrás do ângulo da mandíbula, bi-
lateralmente, exercendo força suficiente 
para deslocá-Ia anteriormente;
• Apoie os polegares na região mentonia-
na, imediatamente abaixo do lábio infe-
rior, e promova a abertura da boca.
Respiração:
Realize 2 ventilações assistidas (1 a cada se-
gundo):
- Utilize máscara facial ou dispositivo bolsa–
valva–máscara (AMBU®) para as ventilações 
assistidas.
 
• Retorne à compressão torácica (relação 
30:2);
• Assim que um Desfibrilador Externo Au-
tomático (DEA) estiver disponível, conec-
te-o à vítima e siga as orientações dadas 
pelo dispositivo;
• Aperte o botão de choque, se recomen-
dado: 
As pás do DEA têm indicação para o seu po-
sicionamento correto (infraclavicular direita 
e inframamária esquerda): 
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS4
B - Identificação do tipo de parada 
cardiorrespiratória
Monitorização em parada cardiorrespi-
ratória: 
Identificação do tipo de parada:
- Ritmos chocáveis:
• Fibrilação Ventricular (FV): 
• Taquicardia Ventricular (TV):
- Ritmos não chocáveis:
• Assistolia:
• Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP):
Conduta em FV/TV:
- Inicie ressuscitação cardiopulmonar (RCP) 
30:2;
- Assim que o desfibrilador estiver disponí-
vel, aplique o choque: 
- Tipos de desfibrilador:
• Monofásico: carga de 360J;
• Bifásico: carga de 150 a 220J (dependen-
do do fabricante).
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 5
- Coloque gel nas pás do desfibrilador: 
- Aplique o choque e reinicie RCP por 2 mi-
nutos (após, verifique o ritmo):
- Logo que o acesso venoso estiver disponí-
vel, administre: 
• Adrenalina: 1mg IV, bolus, com flush de 
soro fisiológico a cada 3 a 5 minutos;
•	Amiodarona:	1ª	dose	de	300mg	IV,	bolus, 
2ª	dose	de	150mg	IV,	bolus. 
- Administre as drogas a cada 3 a 5 minutos, 
sempre elevando o membro do paciente;
- Administre o choque a cada 2 minutos.
Conduta em assistolia e AESP:
Verifique se o caso, realmente, é de uma as-
sistolia:
- Protocolo da linha reta:
• Cheque os cabos: 
• Aumente o ganho ou a sensibilidade do 
registro: 
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS6
• Altere as derivações: 
- Foque na qualidade da RCP (compressões 
torácicas efetivas);
- Administre a droga logo que o acesso ve-
noso estiver disponível:
•	Adrenalina	de	 1ª	 escolha:	 1mg	 IV,	bolus, 
com flush de soro fisiológico, repetindo a 
cada 3 a 5 minutos;
- Verifique e trate as possíveis causas da pa-
rada:
• Atente-se para os “5 Hs e 5 Ts”:
Cuidados imediatos pós-parada:
- Mantenha saturação >94%;
- Considere a via aérea avançada;
- Não hiperventile;
- Trate a hipotensão;
- Evitar hiper ou hipoglicemia;
- Evitar hipertermia;
- Infunda o vasopressor:
• Norepinefrina ou epinefrina: 0,1 a 0,5µg/
kg/min;
• Dopamina: 5 a 10µg/kg/min.
- ECG de 12 derivações;
- Utilize capnografia (a via aérea avançada 
pode ser considerada durante o atendi-
mento da RCP, visando tratar a hipóxia, 
além de permitir compressões torácicas 
contínuas. Portanto, a capnografia deve 
ser utilizada, visto que avalia a posição do 
tubo orotraqueal e a qualidade da RCP, de 
acordo com a forma da onda apresentada, 
buscando valor acima de 10mmHg):
• Capnógrafo: 
• Curvas:
* Paciente com pulso (boa perfusão) e in-
tubado adequadamente: 
* Paciente com intubação sem sucesso 
(ausência de curvas): 
* Paciente sem pulso (em PCR) e intubado 
adequadamente. A compressão torácica 
eficaz deve manter CO2 >10mmHg: 
* Elevação abrupta de ETCO2 sugestiva de 
retorno à circulação espontânea:
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 7
C - Cardioversão elétrica 
sincronizada
Procedimento:
A seguir, acompanhe o procedimento para 
converter uma taquiarritmia instável (com 
pulso) em ritmo sinusal, utilizando o choque 
elétrico de maneira sincronizada:
- Se o procedimento for eletivo:
• Jejum de, no mínimo, 6 horas;
• Em caso de paciente diabético, indique 
a suspensão de medicações orais para o 
diabetes.
- Mantenha anticoagulante e cheque o TAP 
com INR antes de programar a cardiover-
são; 
- Se o procedimento for de urgência/emer-
gência:
• Sem necessidade de preparo.
Início do procedimento:
- Informe o paciente: 
- Obtenha acesso venoso periférico:
• Nunca retarde a cardioversão de emer-
gência.
- Monitorize o paciente com eletrodos au-
toadesivos, oxímetro de pulso e pressão 
arterial não invasiva: 
- Sede o paciente consciente, exceto o he-
modinamicamente instável ou com pro-
gressiva deterioração clínica: 
- Ventile o paciente sob pressão positiva com 
dispositivo bolsa–valva–máscara (AMBU®):
- Ligue o desfibrilador/cardioversor: mono-
fásico ou bifásico;
- Conecte os eletrodos ao tórax do paciente 
de forma correta, escolhendo a derivação 
com melhor registro eletrocardiográfico na 
tela do monitor;
- Aperte o botão SYNC ou SINCR do apa-
relho para acionar o modo sincronizado, 
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS8
sendo evidenciado na tela quando estiver 
ativado e com captura adequada do QRS: 
- Selecione o nível de energia de choque a 
ser utilizado respeitando a sequência para:
Desfibriladores monofásicos
- Fibrilação atrial: 200J, 300J, 360J;
- TV monomórfica: 100J, 200J, 300J, 360J;
- Flutter e outras taquicardias supraventricula-
res: 100J, 200J, 300J, 360J;
- TV polimórfica: lidar como FV (desfibrilação 
de alta energia – carga máxima).
Desfibriladores bifásicos
Podem-se usar doses menores de energia, 
sempre de forma escalonada (100 a 200J).
- Aplique gel de condução nas pás do desfi-
brilador;
- Coloque corretamente as pás sobre o tórax 
do paciente, uma na região apical e a ou-
tra na borda esternal direita infraclavicular 
(posição anterolateral):
• Em portadores de marca-passo e CDI, 
deve-se observar se oeixo do choque é 
perpendicular ao eixo dos eletrodos des-
ses dispositivos e manter à distância de 
10cm entre a pá e o dispositivo (o gerador 
é subcutâneo).
- Aperte o botão de carregar, escute o tom 
de carregado emitido pelo aparelho e veri-
fique se a energia está apropriada;
- Certifique-se de que todos estejam afas-
tados do paciente no momento em que o 
desfibrilador esteja carregado com a ener-
gia selecionada;
- Coloque pressão sobre o tórax do paciente 
com as pás, assegurando um bom contato 
entre as superfícies: 
- Aperte simultaneamente os botões SHOCK 
nas pás para que seja liberado o choque;
- Aguarde alguns segundos com as pás so-
bre o tórax do paciente para ter certeza 
de que o choque sincronizado seja efetiva-
mente liberado;
- Cheque o monitor para observar o ritmo 
eletrocardiográfico após a cardioversão 
elétrica; caso a taquiarritmia persista, se-
lecione um nível de energia maior:
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 9
- Para choques subsequentes, assegure-se 
sempre de que o modo SYNC está nova-
mente ativado, pois a maioria dos modelos 
de desfibriladores retorna ao modo não 
sincronizado após cada choque;
- Observe a PA e mantenha o paciente mo-
nitorado enquanto estiver sob efeito da 
sedação, podendo esta ser antagonizada 
quando indicado;
- Solicite um eletrocardiograma de 12 deri-
vações para a documentação da reversão 
do ritmo; resumidamente, siga esta dica:
ISASC
- Informe o paciente;
- Sede;
- Ambuze;
- Sincronize;
- Choque escalonado.
D - Intubação orotraqueal
Preparação:
- Posicione o paciente em decúbito dorsal;
- Posicione-se atrás da cabeça da vítima: 
- Solicite a um auxiliar que estabilize a cabe-
ça e o pescoço do paciente nos casos com 
suspeita de trauma cervical;
- Se o paciente estiver consciente, pré-oxi-
gene espontaneamente (sob pressão posi-
tiva com bolsa–valva–máscara): 
- Efetue a monitorização com oxímetro de 
pulso, cardioscópio e pressão não invasiva;
- Obtenha acesso venoso periférico antes do 
procedimento;
- Sede o paciente pela via intravenosa:
• Avalie a necessidade de bloqueador neu-
romuscular de ação rápida.
- Teste o equipamento a ser utilizado;
- Prepare o tubo traqueal;
- Introduza o guia (mandril) no tubo (verifi-
que se ele não ultrapassa a extremidade 
distal do tubo):
- Posicione o tubo orotraqueal para introdu-
ção: 
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS10
Laringoscopia:
- Realize-a de forma tranquila, sempre atrás 
da cabeça do paciente;
- Introduza a lâmina pela margem direita da 
boca do paciente;
- Desloque a língua para o lado esquerdo da 
boca do paciente;
- A lâmina do laringoscópio deve ser tracio-
nada em direção caudal com relação ao pa-
ciente, evitando o movimento de báscula 
com a lâmina, pois há o risco de trauma em 
dentes incisivos superiores: 
- Ao afastar a língua lateralmente, visualize 
a epiglote;
- Desloque a epiglote para que as cordas vo-
cais sejam bem visualizadas: 
- Avance o tubo orotraqueal até aproxima-
damente 22 a 24cm (ponto de inserção do 
balonete): 
- Retire o mandril;
- Insufle o balonete com 5 a 10mL de ar:
- Verifique a posição do tubo por meio da 
ausculta dos 5 pontos:
• Epigástrio:
• Bases esquerda e direita: 
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 11
• Ápices esquerdo e direito: 
- Capnografia (conecte ao tubo e ao AMBU®; 
cheque curva no monitor): 
- Fixe o tubo com um dispositivo apropriado:
- Radiografe para verificar se a posição do 
tubo está adequada (pelo menos a 2cm da 
carina da traqueia).
Observações: 
- A luz da lâmpada do laringoscópio deve es-
tar branca, pois a luz amarela indica bate-
ria fraca: 
- Ao introduzir o laringoscópio, escolha a lâ-
mina com as dimensões adequadas ao pa-
ciente. Lembre-se de que é possível utilizar 
lâmina grande para intubar um paciente 
pequeno, mas não lâmina pequena para 
intubar um paciente grande;
- A manobra da laringoscopia não deve du-
rar mais do que 30 segundos;
- Ventile o paciente por 30 segundos antes da 
próxima tentativa, no caso de insucesso;
- Pode-se usar a manobra de Sellick, que 
permite melhor visualização das estrutu-
ras pela laringoscopia, prevenindo a regur-
gitação gástrica e a broncoaspiração. 
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS12
2. Acesso venoso central
Veia jugular interna:
Localize anatomicamente a veia:
- Identifique uma linha que percorra o pro-
cesso mastoide até a inserção do músculo 
esternocleidomastóideo (ECM) no esterno 
– a veia jugular interna percorre parale-
lamente essa linha, partindo do ápice do 
triângulo formado pelas 2 bordas do ECM, 
lateralmente à artéria carótida: 
- Localize o ápice do triângulo formado pelas 
2 cabeças do ECM, tendo a clavícula como 
base: 
- Palpe a pulsação da artéria carótida (me-
dial à borda interna do ECM) e identifique 
a veia jugular externa, para evitar sua pun-
ção acidental: 
- Realize o procedimento:
• Antissepsia, com colocação de campos ci-
rúrgicos:
• Coloque o paciente na posição de Trende-
lenburg;
• Infiltre a pele com solução anestésica: 
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 13
- Introduza a agulha próximo ao ápice do 
triângulo, num ângulo de 30°, com uma 
seringa contendo solução salina fisiológica, 
aplicando-se uma leve força de aspiração. 
Avance, apontando-a para o mamilo ipsila-
teral, lembrando que a veia jugular interna 
é superficial em relação à pele (2 a 3cm de 
profundidade). Deve-se localizar a caróti-
da e introduzir a agulha lateral para evitar 
punção acidental. O sangue deve fluir fácil 
e livremente para dentro da seringa: 
- Reduza o ângulo de inclinação da agulha, 
mantendo-a mais alinhada com a veia. 
Desconecte a seringa, de modo que o san-
gue venoso flua de maneira contínua, e não 
pulsátil: 
- Mantenha o orifício externo da agulha 
ocluído com o dedo, para evitar uma em-
bolia gasosa:
- Insira o fio-guia no vaso, que deve progre-
dir sem qualquer resistência: 
- Retire a agulha: 
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS14
- Com o fio-guia em posição, faça uma inci-
são na pele (±3mm), com uma lâmina de 
bisturi, para facilitar a passagem do dilata-
dor venoso: 
- Vista o fio-guia com o dilatador e empurre 
o dilatador para dentro da veia. Após, re-
mova o dilatador, mantendo o fio-guia em 
posição. Comprima o orifício de entrada na 
pele, para evitar sangramentos;
- Cubra o fio-guia com o cateter e introduza 
o conjunto todo para dentro do vaso. Em 
seguida, retire o fio-guia;
- Finalmente, realize o teste do refluxo de 
sangue por meio dos lumens do cateter, 
que deve ser livre e fácil. Fixe-o à pele e 
aplique o curativo apropriado.
Veia subclávia:
Localize-a anatomicamente:
- Localize a clavícula, dividindo-a em 3 ter-
ços. Na transição do terço medial com o 
terço intermédio, na região subclavicular, 
encontra-se o local adequado para a pun-
ção. A agulha deve ser sempre direcionada 
à fúrcula esternal: 
Realize o procedimento:
- Proceda à antissepsia da pele e ponha os 
campos cirúrgicos: 
• Coloque o paciente em posição de Tren-
delenburg;
• Infiltre a pele com solução anestésica: 
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 15
- Adapte a agulha à seringa preenchida com 
solução salina e introduza-a rente à borda 
inferior da clavícula em direção à fúrcula 
esternal. A veia subclávia é relativamente 
profunda. Não deve haver fluxo sanguíneo 
pulsátil, devendo o sangue fluir de maneira 
contínua: 
- Desconecte a seringa e mantenha o orifí-
cio externo da agulha ocluído com o dedo, 
para evitar o risco de embolia: 
- Insira o fio-guia, que deve progredir sem 
qualquer resistência: 
- Retire a agulha: 
- Com o fio-guia em posição, faça uma inci-
são na pele (±3mm), com uma lâmina de 
bisturi, para facilitar a passagem do dilata-
dor venoso:
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS16
- Vistao fio-guia com o dilatador e empurre 
o dilatador para dentro da veia. Depois, re-
mova o dilatador, mantendo o fio-guia em 
posição, e comprima o orifício de entrada 
na pele, para evitar sangramentos;
- Cubra o fio-guia com o cateter e progrida 
o cateter pelo fio guia para dentro do vaso. 
Em seguida, retire o fio-guia;
- Finalmente, realize o teste do refluxo de 
sangue por meio dos lumens do cateter, 
que deve ser livre e fácil. Fixe-o à pele e 
aplique o curativo apropriado.
Veia femoral:
Localize-a anatomicamente:
- Palpe a artéria femoral: 
- A veia femoral corre logo medialmente à 
artéria.
Realize o procedimento:
- Abduza levemente o membro inferior;
- Introduza a agulha adaptada à seringa pre-
enchida com solução salina cranialmente, 
num ângulo de 45° em relação à pele, cerca 
de 0,5cm medialmente à artéria femoral: 
- Ao obter um fluxo livre e fácil de sangue 
por intermédio da agulha, reduza o seu 
grau de inclinação em relação à pele e in-
troduza o fio-guia: 
- Retire a agulha:
- Com o fio-guia em posição, faça uma pe-
quena incisão (±3mm), com uma lâmina de 
bisturi, junto à entrada da pele, para facili-
tar a passagem do dilatador venoso:
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 17
- Vista o fio-guia com o dilatador e empur-
re-o para dentro da veia. Depois, remova o 
dilatador, mantendo o fio-guia em posição, 
e comprima o orifício de entrada na pele, 
para evitar sangramentos;
- Cubra o fio-guia com o cateter e progrida 
o cateter pelo fio guia para dentro do vaso. 
Em seguida, retire o fio-guia;
- Finalmente, realize o teste do refluxo de 
sangue por meio dos lumens do cateter, 
que deve ser livre e fácil. Fixe-o à pele e 
aplique o curativo apropriado.
A - Avaliação do pé diabético
Realize a correta avaliação de sensibilidade, 
perfusão e pulsos:
Teste de sensibilidade tátil:
- Com algodão, e sem o paciente ver, toque 
em diversos locais do pé, como dedos e 
planta, e verifique se ele consegue notar: 
Teste de sensibilidade térmica:
- Toque com o cabo de diapasão para que o 
paciente note a diferença de temperatura:
Teste de sensibilidade dolorosa:
- Com um palito, toque em diversos pontos 
do dorso do pé, sem penetrar a pele:
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS18
Utilização do monofilamento de 
Semmes-Weinstein (10g): 
Fontes: www.muromachi.com e www.futurasaude.com.br. 
- Aplique monofilamento na mão, ou no 
cotovelo, ou, ainda, na fronte do paciente 
para que ele saiba o que será testado;
- O paciente não deve ver quando o exami-
nador aplica o filamento;
- Há 3 locais de teste em ambos os pés: 
- Aplique o monofilamento perpendicular 
à superfície da pele, com força suficiente 
para encurvar o monofilamento:
Fonte: clinical.diabetesjournals.org.
- A duração total do procedimento, do con-
tato com a pele e da remoção do mono-
filamento não deve ser maior do que 2 
segundos;
- Se houver úlcera, cicatriz, calo ou necrose, 
aplique o monofilamento em torno do pe-
rímetro da lesão;
- Pressione o monofilamento sobre a pele e 
pergunte ao paciente se ele sente a pres-
são aplicada (sim/não) e onde ela está sen-
do aplicada (pé direito/pé esquerdo);
- Repita a aplicação 2 vezes no mesmo lo-
cal e alterne com pelo menos 1 aplicação 
simulada quando o monofilamento não é 
aplicado; faça 3 perguntas por local de apli-
cação;
- A sensação protetora está presente se o 
paciente responde corretamente a 2 das 3 
aplicações;
- A sensação é considerada ausente diante 
de 2 das 3 respostas incorretas, então o pa-
ciente é considerado em risco de ulceração.
Teste de sensibilidade vibratória:
- Utilize diapasão a 128Hz: 
Fonte: www.medicineto.pt. 
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 19
- Aplique o diapasão sobre o pulso ou sobre 
o cotovelo para o paciente saber o que será 
realizado;
- O paciente não deve ver o local onde o exa-
minador aplicará o diapasão;
- Aplique o diapasão sobre a parte óssea 
dorsal da falange distal do hálux;
- A aplicação é perpendicular, com uma 
pressão constante: 
Fonte: sydney.edu.au. 
- Repita a aplicação 2 vezes, alternando com 
1 simulação, na qual o diapasão não vibre;
- O teste é positivo caso o paciente respon-
da corretamente a pelo menos 2 das 3 apli-
cações, e negativo, com 2 de 3 respostas 
incorretas;
- Caso o paciente seja incapaz de perceber 
a vibração no hálux, repita o teste em seg-
mentos mais próximos, como o maléolo ou 
a tuberosidade da tíbia.
Palpação de pulsos pedioso e tibial 
posterior:
- Pedioso: posicione os dedos lateralmente 
ao tendão do músculo extensor longo do 
hálux;
- Tibial posterior: coloque os dedos poste-
riormente ao maléolo medial.
B - Orientação ao paciente para o 
uso de insulina
Oriente o paciente sobre o uso correto da 
insulina:
- Gire o frasco de insulina leitosa (NPH), sem 
agitar ou permitir espumar: 
- Desinfete a tampa emborrachada do fras-
co com gaze embebida em álcool:
- Insira a seringa no frasco, virando-o para 
baixo e puxando o êmbolo até atingir a dose 
prescrita – não deixe bolhas na seringa:
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS20
- Retire a seringa com a agulha do frasco, 
preparando-a para a aplicação:
Locais de aplicação de insulina:
- Regiões lateral direita e esquerda do abdo-
me, distante 4 a 6cm da cicatriz umbilical:
- Face anterior da coxa: 
- Face lateral externa da coxa:
- Face posterior do braço: 
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 21
- Quadrante superior lateral externo das ná-
degas:
- Rodizie o local de aplicação para melhor 
absorção da insulina e prevenção de com-
plicações, como lipodistrofia.
Técnica de aplicação de insulina:
- Limpe o local escolhido para aplicação com 
algodão ou gaze:
- Faça uma prega cutânea e introduza a agu-
lha em um ângulo de 90°, soltando a prega 
logo após: 
- Injete a insulina vagarosamente:
- Retire a agulha da pele.
C - Gasometria arterial
Pode-se colher gasometria arterial das arté-
rias radial, femoral ou braquial. Tomaremos 
como exemplo a arterial radial, pois, nas de-
mais, os procedimentos são basicamente os 
mesmos:
- Pode-se usar seringa específica de gaso-
metria ou seringa comum: 
- Para seringa comum, apenas impregne seu 
interior com heparina sódica a uma escala 
de 1:10;
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS22
- Para seringa de gasometria (já vem hepari-
nizada), remova a tampa e não a despreze;
- Encaixe a agulha no calibre necessário 
(adultos: agulha 25x8; crianças: agulha 
25x7);
- A artéria é palpada com uma das mãos, en-
quanto a outra empunha a seringa:
- Afaste os dedos que estão fazendo a pal-
pação, impedindo que a artéria “dance”, e 
introduza a agulha entre eles: 
- A agulha deve fazer ângulo de, no míni-
mo, 30° com a pele, com bisel voltado para 
cima: 
- Alcançada a luz da artéria, observe o fluxo 
sanguíneo no interior da seringa, que, em 
geral, impulsiona o êmbolo. Comumente, é 
necessário puxar levemente o êmbolo para 
estabelecer o fluxo sanguíneo para o inte-
rior da seringa: 
- Se a artéria for transfixada, a agulha deve 
ser retirada vagarosamente, até que a sua 
ponta alcance a luz do vaso, quando se es-
tabelecerá o fluxo sanguíneo;
- Aspire o sangue suavemente;
- Após remover 2mL de sangue, retire a agu-
lha e comprima o local da punção com al-
godão embebido em álcool, por 3 minutos, 
para evitar a formação de hematomas no 
local da punção. Em crianças, pode-se co-
letar um mínimo de 0,5mL: 
- Retire as bolhas de ar existentes, empurran-
do cuidadosamente o êmbolo da seringa;
- Despreze com cuidado a agulha: 
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 23
- Coloque a tampa alaranjada para a seringa 
de gasometria ou o Luer Cap para a seringa 
comum, vedando, assim, o tubo: 
- Identifique a seringa com a etiqueta do có-
digo de barras: 
3. Aferição da pressão arterialA correta aferição de PA é realizada seguin-
do diversos passos, descritos a seguir:
Antes de iniciar, verificar se o paciente:
- Está de bexiga vazia;
- Não praticou exercícios físicos até 60 mi-
nutos antes do procedimento;
- Não ingeriu bebidas alcoólicas, café ou ali-
mentos e não fumou até 30 minutos antes 
do procedimento;
- Está de repouso de pelo menos 5 minutos, 
em ambiente calmo.
Verificadas as condições anteriores, 
iniciar o procedimento:
- Mantenha as pernas descruzadas, os pés 
apoiados no chão e o dorso recostado na 
cadeira e relaxado:
- Posicione o braço na altura do coração (ní-
vel do ponto médio do esterno ou 4º es-
paço intercostal), apoiado, com a palma da 
mão voltada para cima e o cotovelo ligeira-
mente fletido:
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS24
- Remova as roupas do braço no qual será 
colocado o manguito;
- Meça a circunferência do braço do paciente:
- Selecione o manguito de tamanho adequa-
do ao braço: a largura da bolsa de borracha 
do manguito deve corresponder a 40% da 
circunferência do braço, e seu comprimen-
to, pelo menos 80%:
- Coloque o manguito, sem deixar folgas, 
acima da fossa cubital, cerca de 2 a 3cm:
- Centralize o meio da parte compressiva do 
manguito sobre a artéria braquial:
- Solicite para que não fale durante a me-
dida;
- Palpe o pulso radial e infle o manguito até 
o seu desaparecimento, além de desinflar 
rapidamente:
- Aguarde 1 minuto antes da medida;
- Palpe a artéria braquial na fossa cubital e 
coloque a campânula do estetoscópio sem 
compressão excessiva:
- Infle rapidamente até ultrapassar de 20 a 
30mmHg o nível estimado da pressão sis-
tólica:
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 25
- Proceda à deflação lentamente (velocidade 
de 2 a 4mmHg/s);
- Determine a pressão sistólica na ausculta 
do 1º som de Korotkoff:
- Determine a pressão diastólica no desapa-
recimento do som V de Korotkoff:
- Informe os valores de PA obtidos para o 
paciente; 
- Anote os valores e o membro;
- Meça a PA nos 2 membros e faça as demais 
medições no membro de maior pressão, 
desde que a diferença entre os membros 
não ultrapasse 4mmHg;
- Faça mais 2 medidas com intervalos de 1 a 
2 minutos entre elas;
- Considere a média das 2 últimas medidas 
como o valor da PA do paciente.
4. Sonda nasoenteral
- Posicione o paciente em posição de decú-
bito elevado:
- Coloque máscara e luvas de procedimento;
- Avalie se há obstrução nasal e/ou desvio 
de septo:
- Inspecione a cavidade oral do paciente e o 
uso de prótese dentária:
MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS26
- Coloque toalha ou proteção sobre o tórax 
do paciente;
- Higienize a narina com soro fisiológico a 
0,9%, se necessário:
- Mensure a sonda do ápice do nariz ao ló-
bulo da orelha e desça até o apêndice xi-
foide, adicionando de 15 a 20cm e marcan-
do com fita:
- Lubrifique a sonda com gel hidrossolúvel:
- Introduza a sonda na narina do paciente 
até sentir uma pequena resistência:
- Peça ao paciente para fletir ligeiramente a 
cabeça:
- Quando possível, solicite ao paciente que 
faça movimentos de deglutição:
- Continue a introduzir a sonda, acompa-
nhando os movimentos de deglutição do 
paciente até o ponto pré-marcado:
HABILIDADES EM CLÍNICA MÉDICA 27
- Teste o posicionamento, injetando 20mL 
de ar com seringa de bico. Ausculte com 
estetoscópio simultaneamente a região 
epigástrica e aspire o conteúdo gástrico:
- A sonda deve ser fixada adicionalmente na 
face, do mesmo lado da narina utilizada, 
com fita adesiva fina:
- Após confirmar a localização da sonda pela 
radiografia, inicie a nutrição/medicação:
1. Avaliação primária segundo 
o ATLS® 
ABCDE do trauma
Esta sequência foi estabelecida a fim de 
padronizar o atendimento de pacientes 
traumatizados, baseada nas lesões poten-
cialmente mais graves, e consiste nos se-
guintes itens:
A - Via aérea com proteção da coluna cer-
vical.
B - Ventilação e respiração.
C - Circulação com controle da hemorragia.
D - Avaliação do estado neurológico.
E - Exposição/controle do ambiente.
A - Vias aéreas
Avaliação
- Garanta que a via aérea esteja pérvia;
- Diagnostique a obstrução da via aérea.
Tratamento
- Evite a movimentação excessiva da coluna 
cervical, mantendo-se em posição neutra 
durante procedimentos necessários, e 
reinstale dispositivos de imobilização ade-
quados (colar cervical e head blocks late-
rais) após a permeabilidade da via aérea.
Habilidades em Cirurgia Geral
2
As fotos a seguir estarão sem o colar cer-
vical, para melhor visualização dos pro-
cedimentos, porém ele deve permanecer 
durante todo o processo, até uma possível 
lesão cervical ser descartada.
- Remova corpos estranhos, caso existam, 
com dispositivos adequados como a pin-
ça de Magyl (apenas com visualização di-
reta):
- Manobras para permeabilizar a via aérea:
•	Eleve	o	queixo	(chin lift):
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 29
•	Anteriorize	a	mandíbula	(jaw thrust): 
- Coloque tubo oro ou nasofaríngeo, se neces-
sário:
•	Lembre-se	de	que,	no	adulto,	a	forma	cor-
reta de colocar o tubo orofaríngeo é com a 
ponta raspando no palato, e girando até a 
posição adequada:
- Estabeleça via aérea definitiva, se neces-
sário:
•	Materiais	para	intubação:	
* (A) AMBU® com máscara e reservató-
rio;
* (B) Cabo de laringoscópio;
* (C) Lâminas curvas de intubação;
* (D) Fio-guia para intubação;
* (E) Cânulas traqueais de diversos tama-
nhos;
* (G) Estetoscópio.
30 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
Intubação orotraqueal
- Monitorizar, pré-oxigenar e administrar as 
medicações necessárias;
- Introduza o laringoscópio: 
- Visualize a epiglote e as cordas vocais: 
- Passe a cânula simultaneamente com a re-
alização da manobra de Sellick (caso haja 
outro socorrista): 
- Ventile e confirme a posição do tubo pela 
ausculta: 
- Há, também, a possibilidade de intubação 
nasotraqueal, que não deve ser utilizada 
na suspeita de trauma de base do crânio: 
Cricotireoidostomia
- Por punção:
•	Realize	assepsia	e	antissepsia	da	área	e	
botão anestésico no local;
•	Palpe	a	membrana	cricotireóidea,	entre	
as cartilagens tireoide e cricoide da la-
ringe;
•	Insira	o	Jelco®	na	laringe,	em	sentido	cau-
dal, por meio da membrana cricotireóidea: 
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 31
- Cirúrgica:
•	Realize	assepsia	e	antissepsia	da	área	e	
botão anestésico no local;
•	Palpe	a	membrana	cricotireóidea,	entre	
as cartilagens tireoide e cricoide da la-
ringe;
•	Incida	transversalmente	com	bisturi	em,	
aproximadamente, 3cm no local delimi-
tado: 
• Proceda a abertura com uma pinça tipo 
Kelly curvo onde será inserido o tubo: 
•	Por	fim,	passe	a	 cânula	de	pequeno	ca-
libre (5 a 7mm) pela abertura, insufle o 
cuff e oxigene o paciente: 
B - Ventilação e respiração
Avaliação
- Exponha o pescoço e o tórax do paciente 
para avaliação adequada:
- Inspecione em busca de lesões e verifique 
movimentos torácicos anormais: 
- Percuta o tórax, bilateralmente, avaliando 
macicez ou timpanismo:
32 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Realize ausculta pulmonar em ambos os 
ápices, ambas as bases e em epigástrio:
Tratamento 
- Administre O2;
- Ventile:
•	Com	máscara	com	válvula	e	balão	 (caso	
não tenha sido necessária via aérea defi-
nitiva):
•	Pelo	 tubo	 endotraqueal.	 Nesse	 caso,	 o	
ventilador mecânico deve ser utilizado 
assim que possível:
- Medidas específicas:
•	Descomprima	pneumotórax	hipertensivo,	
oclua pneumotórax aberto etc.
- Conecte monitor de CO2 no tubo e oxíme-
tro de pulso no paciente:
Drenagem pleural 
- Com o paciente em posição supina, deli-
mite o local para a realização do procedi-
mento (linha axilar média, entre o 4º e o 5º 
espaços intercostais): 
HABILIDADES EM CIRURGIAGERAL 33
- Proceda a assepsia e antissepsia;
- Coloque os campos cirúrgicos e estabeleça 
novamente o local, utilizando como refe-
rência a borda superior da costela inferior;
- Anestesie o local até a pleura: 
- Incise previamente, delimitando cerca de 
2 a 3cm em sentido paralelo ao espaço in-
tercostal. A incisão deverá ser realizada na 
borda superior da costela inferior: 
- Divulsione, com instrumental adequado, 
as camadas musculares do espaço inter-
costal até alcançar a pleura: 
- Explore, com o dedo, a cavidade da pleura 
no espaço intercostal. A polpa digital deve 
sentir o diafragma e o pulmão: 
- Introduza o dreno em direção ao ápice do 
pulmão (sentidos cranial e posterior): 
- Prossiga com a introdução em toda exten-
são multiperfurada e com boa distância do 
último furo, ou até a marca de segurança;
- Suture em bolsa para fixação do dreno;
- Fixe o ponto em “U”, pegando pele e sub-
cutâneo e abraçando o dreno:
34 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Em seguida, dê um nó frouxo. O fio deverá 
ser trançado ao redor do tubo (técnica co-
nhecida como “bailarina”):
- Conecte ao “selo d’água”. Este deve ter 
cerca de 500mL de solução fisiológica, de 
modo que a ponta do dreno esteja total-
mente submersa:
- Então, radiografe o tórax após a realização 
do processo, para avaliar a correta coloca-
ção do dreno e a expansão pulmonar.
Pericardiocentese 
- A pericardiocentese é um procedimento 
de urgência, diagnóstico e terapêutico não 
definitivo, indicado em casos de tampona-
mento cardíaco agudo, em geral por conta 
de ferimentos penetrantes ou não;
- A indicação principal é o choque hipovo-
lêmico com sinais de tamponamento sem 
resposta às medidas de reanimação. Pode 
cursar com a tríade de Beck (abafamento 
de bulhas, estase jugular e pinçamento da 
pressão arterial) e pulso paradoxal.
Avaliação e preparação do paciente:
- Monitorize sinais vitais, pressão venosa 
central, ECG; 
- Descarte outros diagnósticos, como pneu-
motórax:
- Confirme diagnóstico:
•	Ecocardiograma;
•	FAST.
- Reposição de fluidos intravenosos;
- A posição ideal é semirrecostada;
- Antissepsia:
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 35
- Localize o local da punção: 
•	1	a	2cm	à	esquerda	da	junção	xifocondral:
- Botão anestésico no local:
- Utilize agulha de calibre 16 ou 18, longa, 
adaptada a uma torneira de 3 vias e a uma 
seringa de 20mL:
- Introduza a agulha:
•	Avance	a	 agulha	 lentamente	na	direção	
cefálica, apontando para a ponta da es-
cápula esquerda (ou para o ombro es-
querdo), sempre aspirando:
•	Caso	 a	 agulha	 penetre	 o	músculo	 car-
díaco, surgirá sinal de lesão no moni-
tor cardíaco, aumento de voltagem da 
onda	 T	 e	 arritmias.	 Se	 isso	 acontecer,	
recolha a agulha até o traço inicial res-
surgir:
- Quando a agulha estiver no saco pericárdi-
co, haverá aspiração do seu conteúdo:
36 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Aspire até observar melhora do estado do 
paciente;
- Feche a torneira e mantenha a seringa no 
local, caso nova aspiração seja necessária.
C - Circulação com controle da 
hemorragia
Avaliação
- Identifique possíveis fontes de sangra-
mentos externos e internos;
- Avalie pulso:
- Avalie cor da pele:
- Meça a pressão arterial:
Tratamento
- Comprima locais de sangramento externo:
- Caso haja suspeita de hemorragia interna, 
considere conduta cirúrgica;
- Obtenha 2 acessos venosos periféricos e ca-
librosos. Aproveite esse momento para co-
leta de exames, tipagem sanguínea e dosa-
gem de BHCG (em mulheres em idade fértil):
- Inicie reposição volêmica vigorosa:
- Realize hidratação com 2.000mL de soro 
fisiológico ou Ringer lactato preferencial-
mente;
- Previna hipotermia. 
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 37
Lavado peritoneal diagnóstico 
- Com o paciente em posição supina, proce-
da a assepsia e antissepsia;
- Observe o local do lavado peritoneal 
diagnóstico infraumbilical (em gestantes, 
a incisão deve ser supraumbilical): 
- Aplique anestesia local: 
- Realize incisão longitudinal de pele: 
- Abra por planos até a cavidade peritoneal 
com hemostasia rigorosa: 
- Suture em bolsa: 
- Passe o cateter ou a sonda perfurada: 
- Proceda a infusão de soro na cavidade ab-
dominal: 
38 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Então, drene o soro infundido. A avaliação 
do líquido deve ser macroscópica (sangue) 
e microscópica (presença de fibras alimen-
tares, contagem de células e dosagem de 
amilase): 
D - Disfunção neurológica, estado 
neurológico
Avaliação
- Determine o nível de consciência pela es-
cala de Glasgow:
Abertura ocular
4 - Espontânea
3 - Ao comando 
verbal
2 - À dor
Abertura ocular
1 - Ausência de 
resposta
Resposta verbal
5 - Orientado
4 - Confuso
3 - Palavras 
inapropriadas
2 - Palavras 
incompreensíveis
1 - Ausência de 
resposta
Resposta motora
6 - Obediência a 
comandos
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 39
Resposta motora
5 - Localização 
da dor
4 - Movimento 
de retirada
3 - Flexão 
anormal 
(decorticação)
2 - Flexão 
anormal 
(descerebração)
1 - Ausência de 
resposta
- Avalie tamanho e resposta pupilar:
•	Relacione	a	simetria	e	o	diâmetro,	bilate-
ralmente: 
•	Compare	a	resposta	ao	estímulo	lumino-
so, também bilateralmente:
E - Exposição/controle do ambiente
Avaliação
- Dispa completamente o paciente, com o 
cuidado de prevenir hipotermia:
 
40 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- A avaliação do dorso deve ser feita movi-
mentando o paciente em bloco:
2. Circulação com controle da 
hemorragia 
- Conecte o paciente ao monitor de fre-
quência cardíaca; manguito no braço para 
medida de pressão arterial, 2 cateteres de 
grosso calibre em veias periféricas e re-
posição volêmica (Ringer lactato ou soro 
fisiológico);
- Realize acesso venoso periférico calibroso 
em fossa cubital: 
- Infunda solução cristaloide aquecida (39°C): 
3. Lavagem e escovação das 
mãos 
- Mantenha as unhas curtas e, a rigor, sem 
esmalte;
- Retire pulseiras e anéis;
- Lave e ensaboe as mãos e os antebraços 
com solução de clorexidina degermante 
ou PVPI degermante:
- Utilize escova esterilizada e de cerdas mo-
les:
- A escovação das mãos deve iniciar-se pelo 
dorso e, depois, estender-se à face palmar:
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 41
- Os dedos devem ser escovados, iniciando-
se pela face ulnar de cada dedo e, a seguir, 
estendendo-se à face radial de cada um:
- As unhas devem ser escovadas energica-
mente sob água corrente:
- A seguir, enxágue os membros, fazendo a 
água escorrer no sentido das mãos para os 
cotovelos. Este aparente paradoxo faz que 
a sujeira – agora retirada das mãos e unhas 
– seja enviada para as regiões que estão 
mais distantes do campo operatório:
- As mãos devem ser mantidas acima do ní-
vel dos cotovelos, a fim de impedir que a 
água escorra de volta para elas, e perma-
necer assim até que sejam enxutas;
- O tempo total de escovação gira em torno 
de 5 minutos para a 1ª cirurgia do dia e em 
torno de 3 minutos para os procedimentos 
seguintes.
4. Montagem da mesa cirúrgica
(1) Materiais de exérese:
- (A) Cabos e lâminas de bisturi;
-	(B)	Tesouras	de	Mayo	e	Metzenbaum	retas	
e curvas.
(2) Materiais de síntese:
- (C) Pinças anatômicas e “dente de rato”;
- (D) Porta-agulhas.
(3) Materiais de hemostasia:
- (E) Pinça Kelly curva (ou mosquito);
- (F) Pinça Kelly reta (ou reparo);
- (G) Pinça Mixter.
(4) Materiais de preensão:
- (H) Kocher;
- (I) Allis;
-	(J)	Duval;
- (K) Collins (ou pinça coração).
(5) Afastadores:
- (L) Válvula de Doyen;
- (M) Afastador de Gosset;
-	(N)	Afastador	de	Farabeuf;
- (O) Pinças de Backaus.
42 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
A montagem da mesa deve sempre ser fei-
ta por membroda equipe cirúrgica após a 
adequada limpeza das mãos e paramenta-
ção com gorro, máscara, aventais e luvas 
estéreis.
5. Suturas
A - Ponto simples
- Assepsia, antissepsia e anestesia local;
- Passe o fio pelas bordas da incisão: 
- Prepare o nó com porta-agulha: 
- Dê origem ao nó “verdadeiro”: 
- Atenção para não realizar nó “falso”: 
- Observe a realização do 1º nó: 
- Proceda mais 2 ou 3 nós: 
- Corte o fio:
- Observe o aspecto final do ponto simples: 
B - Ponto de Donatti
- Passe o fio voltando pela borda da incisão: 
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 43
- Observe o fio passado: 
- Observe a tração da pele: 
- Observe o aspecto final do ponto de Do-
natti: 
C - Pontos em X
- Observe a forma:
- Observe o aspecto final do ponto em X: 
D - Sutura contínua ou chuleio
- Observe a forma:
- Observe o aspecto final da sutura contí-
nua: 
E - Pontos intradérmicos
- Passe o fio para sutura intradérmica: 
44 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Observe o aspecto final da sutura intra-
dérmica: 
6. Toracocentese
- Solicite que o paciente fique sentado na 
borda da cama formando um ângulo de 
90° entre o quadril e os pés. Um apoio 
pode ser utilizado para que o paciente 
coloque e repouse os braços;
- Delimite o local da punção, preferencial-
mente abaixo da ponta da escápula, borda 
superior da costela inferior (sempre que 
possível, peça a demarcação por ultrasso-
nografia): 
- Realize assepsia e antissepsia;
- Coloque os campos cirúrgicos;
- Anestesie o local até a pleura parietal: 
-	Puncione	 com	 Jelco®,	 sempre	 na	 borda	
superior da costela inferior da área onde 
houver derrame pleural; com isso, evita-se 
a lesão iatrogênica do feixe vasculonervo-
so intercostal;
- A ultrassonografia pode auxiliar na de-
marcação do local para punção;
- Aspire o líquido: 
- Conecte o sistema de drenagem: 
- Interrompa o procedimento quando parar 
de drenar líquido, se perceber a entrada 
de ar no sistema, ou se o paciente come-
çar a tossir;
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 45
- Solicite radiografia de controle após o pro-
cedimento.
7. Paracentese
- Deixe o paciente deitado em uma posição 
semielevada com inclinação de, aproxima-
damente, 30° para o lado da paracentese;
- Delimite o local da punção: terço distal en-
tre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca, 
preferencialmente à esquerda (sempre 
que possível, solicite demarcação por ul-
trassonografia): 
- Coloque o campo cirúrgico;
- Anestesie o local até o peritônio parietal: 
-	Insira	o	Jelco®	na	pele	do	abdome	e	avance	
até a obtenção do aspirado de líquidos:
- Conecte o equipo com o reservatório ou 
sistema a vácuo para a retirada do volume 
ascítico: 
•	Interrompa	o	procedimento	quando	pa-
rar de drenar líquido;
•	Considere	a	reposição	de	albumina	após	
o procedimento, especialmente em pa-
cientes cirróticos ou em drenagem de 
grandes volumes de ascite (em geral, aci-
ma de 5L implica necessidade de repor 
albumina).
8. Sondagem vesical
- Realize assepsia e antissepsia da região 
pubiana masculina e feminina;
- Coloque o campo fenestrado: 
46 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Por meio de uma seringa, anestesie o local 
com introdução de xilocaína em gel: 
- Introduza a sonda de Foley até a saída de 
urina: 
- Insufle o balão usando outra seringa com 
água destilada: 
- Conecte a sonda ao sistema coletor: 
- Observe o aspecto final pós-sondagem:
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 47
9. Toque retal 
- Antes do exame, o paciente deverá esva-
ziar a bexiga o máximo que puder;
- Atente-se ao uso de luvas, comuns ou des-
cartáveis;
- 3 posições possíveis:
•	 Posição	 de Sims ou lateral esquerda: 
mantenha o membro inferior esquerdo 
em semiextensão e o direito flexionado:
•	Posição	 genupeitoral	 ou	 em	 decúbito	
ventral: mais adequada, preferida pela 
maioria dos examinadores:
•	Em	pé:	inclinado e apoiando os cotovelos 
sobre a mesa de exame:
- Inspecione cuidadosamente a região ano-
perineal, examinando a pele em volta do 
ânus em busca de sinais inflamatórios, 
alterações provocadas pelo ato de coçar, 
fissuras, pertuitos fistulosos, condilomas e 
abscessos:
- Inspecione o orifício anal, que pode revelar 
a presença de mamilos hemorroidários;
- Antes de proceder ao toque retal, o pa-
ciente deverá ser informado sobre o que 
será feito (inclusive quanto à possibilidade 
de, durante o exame, sentir a sensação 
de estar evacuando);
- Posicione-se à esquerda do paciente e 
peça para que ele relaxe o máximo que 
puder:
48 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Lubrifique:
- Exponha o ânus com o dedo indicador e 
polegar da mão esquerda:
- Coloque a polpa do indicador direito sobre 
a margem anal e faça uma compressão 
continuada e firme para baixo, com o in-
tuito de relaxar o esfíncter externo:
- Em seguida, introduza o dedo, lenta e sua-
vemente, por meio de movimentos rotató-
rios, e observe o tônus esfincteriano anal:
- Inspecione as seguintes estruturas:
•	Parede	 anterior,	 através	 da	 qual	 se	
avaliam a próstata, as vesículas seminais 
e o fundo de saco vesicorretal;
•	Parede	lateral	esquerda;
•	Parede	lateral	direita;
• Parede posterior (sacro e cóccix);
•	Para	cima	(até	onde	alcançar	o	dedo).
-	No	exame	da	próstata,	analise:
•	Tamanho;
•	Consistência;
•	Superfície;
•	Contornos;
•	Sulcos	medianos;
•	Mobilidade	da	glândula.	
- A próstata normal é palpável na parede 
anterior do reto como uma estrutura em 
forma de coração (pirâmide invertida), 
com a base voltada para cima e o vértice 
para baixo;
HABILIDADES EM CIRURGIA GERAL 49
- Separando os lobos laterais da próstata, 
encontra-se o sulco mediano (septo verti-
cal ou sulco interlobular). 
Em condições normais, a próstata tem o ta-
manho de uma castanha grande, é regular, 
simétrica, depressível, apresenta superfície 
lisa, consistência elástica (similar à de bor-
racha), contornos precisos e mobilidade 
discreta.
1. Exame ginecológico
A - Exame das mamas
Inspeção estática:
- Oriente a paciente a estar preferencial-
mente sentada, com os membros superio-
res dispostos ao longo do tronco;
- Observe as mamas com relação ao tama-
nho, à forma, à simetria, ao abaulamento e 
a retrações; atente-se também à pigmen-
tação areolar, à morfologia da papila etc.:
Inspeção dinâmica:
- Com a paciente sentada, oriente-a a colo-
car as mãos sobre os joelhos e então len-
tamente elevar os membros superiores;
- Observe as mamas com relação ao tama-
nho, à forma, à simetria, ao abaulamento e 
a retrações; atente-se também à pigmen-
tação areolar, à morfologia da papila etc.;
- Conduza a paciente, agora, a estender os 
membros para frente e inclinar o tronco 
de modo que as mamas fiquem pêndulas, 
sem o apoio da musculatura; 
- Repita o procedimento de observação das 
mamas;
- Peça para que a paciente apoie as mãos na 
cintura e pressione as asas do ilíaco para, 
assim, realçar possíveis retrações e abau-
lamentos, verificando, ainda, um possível 
comprometimento dos planos musculares, 
cutâneo e gradil costal.
Habilidades em 
Ginecologia e Obstetrícia
3
Palpação:
- Oriente a paciente a estar sentada;
- Realize a palpação das cadeias linfáticas 
axilares, cervicais, supra e infraclavicu-
lares:
•	Para	 a	 palpação	 das	 cadeias	 linfáticas,	
a mão direita do examinador palpa a 
região axilar esquerda da paciente, que 
está com o membro superior homolate-
ral à axila palpada apoiado no braço es-
querdo do examinador, deixando, desta 
forma, a musculatura peitoral relaxada. 
Para a axila oposta, o examinador utiliza 
a mão esquerda para a palpação e o bra-
ço direito para o apoio do membro supe-
rior da paciente: 
HABILIDADES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 51
- Agora, conduza a paciente a estar em de-
cúbitodorsal, colocando a mão da paciente 
em correspondência ao lado a ser palpado, 
sob a cabeça;
- Realize a palpação dos diversos quadran-
tes da mama, utilizando os dedos e as pal-
mas das mãos, podendo ser de forma ra-
dial, realizando movimentos afastando-se 
da aréola: 
- Para a finalização do exame, realize a ex-
pressão de toda a glândula, desde a sua 
base até o mamilo: 
B - Exame das genitálias
- Inicie o exame físico com a inspeção está-
tica da região genital e observe a norma-
lidade da vulva, observando o monte de 
Vênus, grandes e pequenos lábios, vestí-
bulo vulvar, clitóris, meato uretral externo, 
glândulas de Bartholin, fúrcula vaginal, hí-
men e períneo:
- Prossiga a avaliação com a inspeção dinâ-
mica. Solicite à paciente que realize mano-
bra de Valsalva e observe se há perda uri-
nária ou procidência de paredes vaginais;
- Realize o toque bidigital bimanual, aten-
tando-se ao uso de luvas e lubrificação 
(com gel ou vaselina líquida): 
• Os 2 dedos que fazem o toque devem es-
tar em extensão, permanecendo os ou-
tros em flexão;
• Desvie o polegar da região do clitóris.
- Exponha o introito vaginal, com a abertura 
dos grandes lábios: 
- Introduza primeiramente um dos dedos, 
para diminuir o incômodo da paciente:
 
- Durante o toque vaginal, avalie o tônus da 
região perineal e das paredes vaginais e se 
52 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
há rotura da musculatura provocada, por 
exemplo, por parto traumático:
- Superiormente, faça a exploração da bexi-
ga, posteriormente, do reto e, lateralmen-
te, das paredes pélvicas: 
- Palpe o fórnice vaginal posterior e ante-
rior, procurando massas;
- Toque o colo do útero, atentando-se para 
situação, direção, forma, comprimento, 
consistência e superfície;
- Posteriormente, examine o corpo uterino, 
com toque bimanual abdominovaginal:
• Realize a movimentação do colo com os 
dedos, juntamente com a mão sobre o 
abdome, e identifique o corpo do útero: 
• Investigue aspectos como situação, 
orientação (anteversão, retroversão, an-
teversoflexão ou retroversoflexão), for-
ma, volume, consistência e sensibilidade 
do útero.
- A avaliação dos anexos deve ser realizada, 
também, por meio do toque vaginal bima-
nual. Os dedos devem ser posicionados no 
fórnice vaginal lateral esquerdo ou direito, 
e a mão sobre o abdome deve ser desli-
zada em direção à sínfise púbica. O ovário 
será palpado se deslocando sob a mão que 
se encontra no abdome da paciente. Ob-
serve se há dor durante o exame, o volume 
e a consistência do anexo. Esse momento 
do exame físico poderá ser prejudicado 
em paciente com IMC elevado devido à es-
pessura do tecido celular subcutâneo: 
HABILIDADES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 53
Observação
Normalmente, os ovários podem ser pal-
pados, ao contrário das tubas uterinas. 
C - Coleta da citologia oncótica 
(Papanicolaou)
Materiais necessários:
- (A) Lápis para a identificação da lâmina;
- (B) Espéculo;
- (C) Espátula de Ayre;
- (D) Escova cervical;
- (E) Recipiente para o acondicionamento 
das lâminas;
- (F) Fixador apropriado;
- (G) Lâmina;
- (H) Luvas.
Alguns cuidados:
- A paciente que será submetida a coleta da 
citologia cervicovaginal deverá ser orien-
tada quanto ao período mínimo de absti-
nência sexual de 72h, quanto a impossi-
bilidade de se realizar o exame durante 
o período menstrual ou durante o uso de 
cremes vaginais.
- A coleta deverá ser realizada previamente 
ao toque vaginal bimanual.
- O espéculo não deve conter lubrificante, 
podendo ser apenas umedecido com soro 
fisiológico, para facilitar sua colocação.
Procedimentos:
- Identifique corretamente a lâmina: 
- Oriente a paciente a ficar em posição gi-
necológica; sente-se à frente, em altura 
adequada, com iluminação correta;
- Use um espéculo bivalvar, sem lubrifican-
te, umedecido com água ou soro fisiológi-
co a 0,9%; 
- Exponha o introito vaginal, com a abertura 
dos grandes lábios: 
- Introduza o espéculo a 45°, realizando a 
abertura e a rotação para a posição hori-
zontal ao longo do procedimento: 
- Identifique o colo uterino e seu orifício ex-
terno e centralize o colo e reduza a aber-
tura do espéculo para minimizar o descon-
forto da paciente. Utilizando a espátula de 
54 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
Ayre, inicie a coleta das células da região 
ectocervical. Coloque o lado que apresen-
ta reentrância: 
- Encaixe a ponta mais longa da espátula no 
orifício externo do colo, apoiando-a firme-
mente e, com movimento rotativo em 360°, 
raspe a mucosa ectocervical, em torno de 
todo o orifício, sem agredir o colo, para não 
prejudicar a qualidade da amostra: 
- Estenda o material ectocervical na lâ-
mina, no sentido vertical, ocupando 1/3 
da parte transparente da lâmina, em um 
movimento único, esfregando a espátu-
la com suave pressão, garantindo uma 
amostra uniforme: 
- Com a extremidade oposta da espátula, 
recolha o material, raspando suavemente 
o fórnice vaginal posterior: 
- Estire o material na lâmina paralelamente 
ao 1º esfregaço: 
HABILIDADES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 55
- Usando a escova de coleta endocervical, 
recolha o material, introduzindo-a delica-
damente no canal endocervical, girando-a 
a 360°:
- Ocupando o terço restante da lâmina, 
alongue o material rolando a escova de 
cima para baixo: 
- Realize a fixação imediata desse material, 
com a lâmina em tubo com polietilenogli-
col, álcool a 95% e propinilglicol: 
- Por fim, aplique fixador spray a uma dis-
tância suficiente para evitar que o mate-
rial seja varrido pelo jato.
2. Assistência pré-natal
A - Palpação obstétrica
Utilização:
- Identifique o crescimento fetal;
- Diagnostique os desvios da normalidade a 
partir da relação entre a altura uterina e a 
idade gestacional;
- Reconheça a situação e a apresentação 
fetal.
Avaliação pela Escola Francesa:
- Palpação do fundo uterino, seguido de pal-
pação da escava e posteriormente palpa-
ção do dorso.
56 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
Avaliação pela Escola Alemã:
- Palpação do fundo uterino, seguido de pal-
pação do dorso fetal e, por fim, avaliação 
da insinuação do feto através da manobra 
de Leopold e palpação da escava.
Palpação do fundo uterino:
- Palpe a região a fim de delimitar o fundo 
uterino e avaliar o seu conteúdo: 
Avaliação do dorso fetal:
- Palpe para verificar se o dorso está à es-
querda ou à direita da mãe: 
Avaliação da escava:
- Dividida em 2 tempos:
•	Na	região	do	pube,	realize	o	movimento	
de lateralização do polo cefálico (mano-
bra de Leopold) para verificar a altura da 
insinuação:
HABILIDADES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 57
• Com as mãos espalmadas, proceda à pal-
pação e verifique se a escava encontra-
-se ocupada (apresentação cefálica), 
parcialmente ocupada (apresentação 
pélvica) ou desocupada (apresentação 
córmica):
B - Medida da altura uterina
Utilização:
- Estima o crescimento fetal, correlacionan-
do a medida da altura uterina com o nú-
mero de semanas de gestação.
Procedimentos:
- Posicione a gestante em decúbito dorsal; 
- Localize a borda superior da sínfise púbica 
e o fundo uterino: 
- Por meio da palpação, procure corrigir 
uma possível dextroversão uterina;
- Fixe a extremidade inicial da fita métrica, 
flexível e não extensível, na borda superior 
da sínfise púbica, passando-a entre os de-
dos indicador e médio: 
- Realize leitura quando a borda da mão 
atingir o fundo uterino: 
- Anote a medida, em cm, e marque o ponto 
na curva da altura uterina: 
58 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
C - Ausculta dos batimentos 
cardíacos fetais
Utilização:
- Registre a presença, o ritmo, a frequência 
e a normalidade dos batimentos cardíacos 
fetais;
- Realize ausculta de Batimento Cardíaco 
Fetal (BCF)com sonar Doppler ou, na sua 
ausência, com estetoscópio de Pinard:
 
Procedimentos:
- Posicione a gestante em decúbito dorsal;
- Identifique o dorso fetal e a apresentação 
fetal através da palpação:
- Para a apresentação cefálica, trace uma 
linha imaginária entre a cicatriz umbilical 
e a crista ilíaca anterossuperior, no lado 
correspondente ao dorso – o terço medial 
desta linha é o melhor local para a auscul-
ta (linha de Ribemont-Dessaignes).
 
Linhas demarcatórias do ventre materno: (traço cheio) 
linha de Ribemont e (pontilhado) linha umbilicoespi-
nhosa. Os círculos correspondem ao foco máximo de 
auscultação, migratório durante o trabalho de parto
- Para a apresentação pélvica, o ponto de 
melhor ausculta dos batimentos cardíacos 
fetais encontra-se, em geral, acima da ci-
catriz umbilical, no lado correspondente 
ao dorso do feto;
- O aparelho de sonar poderá ser utilizado 
ligado a uma fonte de energia ou através 
de bateria. Ele deve ser ligado e seu trans-
dutor, umedecido com gel condutor. Bas-
ta posicioná-lo sobre o ponto estimado e 
identificar os BCF no visor; 
HABILIDADES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 59
- O estetoscópio de Pinard, por sua vez, 
deve ser utilizado segurando-se o tubo e 
encostando a extremidade de abertura 
mais ampla no ponto correspondente ao 
dorso fetal: 
- Encoste o pavilhão da orelha na outra ex-
tremidade do estetoscópio: 
- Faça uma leve pressão com a cabeça sobre 
o estetoscópio e retire a mão que segura o 
tubo: 
 
- Procure o ponto de melhor ausculta dos 
BCFs, na região do dorso fetal;
- Controle o pulso da gestante, para certifi-
car-se de que os batimentos ouvidos são 
os do feto, pelo fato de as frequências se-
rem diferentes;
- Conte a quantidade dos BCFs por minuto, 
observando a frequência e o ritmo;
- Anote-os na ficha perinatal e no cartão da 
gestante.
1. Atendimento ao recém-nas-
cido na sala do parto
A - Assistência ao recém-nascido 
a termo com boa vitalidade ao 
nascer
- Avalie se o Recém-Nascido (RN) a termo 
tem boa vitalidade ao nascer;
- Verifique se o RN apresenta as seguintes 
características:
• Nascimento a termo (idade gestacional 
de 37 a 41 semanas);
• Respirando ou chorando;
•	Tônus	 muscular	 em	 flexão:	 na	 sala	 de	
parto,	enquanto	o	RN	está	 junto	à	mãe,	
prover calor, manter as vias aéreas pér-
vias e avaliar a sua vitalidade de maneira 
continuada. Nesse período, para man-
ter a temperatura corpórea entre 36,5 e 
37,5°C (normotermia), garantir a tempe-
ratura ambiente na sala de parto entre 
23 e 26°C, secar o corpo e o segmento 
cefálico com compressas aquecidas e 
deixar	o	RN	em	contato	pele	a	pele	com	a	
mãe,	coberto	com	tecido	de	algodão	seco	
e aquecido.
A	amamentação	na	1ª	hora	pós-parto	asse-
gura que o RN receba o colostro, rico em fa-
tores protetores. O contato pele a pele entre 
mãe	e	bebê	ao	nascimento	favorece	o	início	
precoce	da	amamentação	e	aumenta	a	chan-
ce	 de	 o	 aleitamento	materno	 exclusivo	 ser	
bem-sucedido nos primeiros meses de vida.
Habilidades em Pediatria
4
B - Assistência ao recém-nascido 
com líquido amniótico meconial
- Caso haja líquido amniótico meconial, veri-
fique a vitalidade do RN;
- Se houver boa vitalidade, com movimen-
tos	respiratórios	rítmicos	e	regulares,	tô-
nus muscular adequado e FC >100bpm, 
leve-o	para	a	mesa	de	reanimação	e:
• Coloque-o sob fonte de calor radiante;
•	Posicione	 sua	 cabeça	 com	uma	 leve	ex-
tensão	do	pescoço;
•	Aspire	o	excesso	de	secreções	da	boca	e	
do	nariz	com	sonda	de	aspiração	traque-
al nº 10; 
• Seque e despreze os campos úmidos;
•	Confira	novamente	a	posição	da	cabeça	e,	
portanto,	avalie	a	respiração	e	a	frequên-
cia cardíaca.
- Caso o neonato apresente ritmo respira-
tório	irregular	e/ou	tônus	muscular	flácido	
e/ou FC <100bpm:
•	Retire	o	mecônio	residual	da	hipofaringe	
e	 da	 traqueia	 sob	 visualização	 direta	 e	
sob fonte de calor radiante: 
HABILIDADES	EM	PEDIATRIA 61
•	Para	a	aspiração	traqueal,	utilize	a	cânula	
traqueal conectada a um dispositivo para 
aspiração	de	mecônio	e	ao	aspirador	a	vá-
cuo,	com	pressão	máxima	de	100mmHg; 
•	Caso	 o	 RN	 permaneça	 com	 ritmo	 respi-
ratório	 irregular,	 tônus	muscular	 flácido	
ou	 FC	 <100bpm,	 inicie	 Ventilação	 com	
Pressão	Positiva	(VPP)	nos	primeiros	60	
segundos de vida.
C - Assistência ao recém-nascido 
com necessidade de reanimação
-	Identifique	as	condições	para	as	possíveis	
necessidades	de	ressuscitação;
-	Atente-se	caso	1	ou	mais	das	afirmações	a	
seguir sejam verdadeiras:
• Neonato pré-termo ou pós-termo;
•	Líquido	amniótico	com	mecônio	ou	sinais	
de	infecção;
•	Ausência	de	respiração	ou	choro;
•	Sem	tônus	muscular	adequado.
Detectadas	as	condições,	em	um	período	de	
30 segundos:
-	Clampeie	 o	 cordão	 umbilical	 imediata-
mente: 
- Forneça calor ao neonato: 
• Sala de parto pré-aquecida;
• Coloque-o em campos aquecidos e sob 
calor radiante (berço aquecido): 
62 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Mantenha a via aérea permeável com leve 
extensão	da	cabeça:	
-	Aspire-a,	se	houver	excesso	de	secreções	
obstruindo	a	respiração	espontânea	ou	se	
o RN necessitar de VPP: 
• Primeiramente na boca (canto da boca) e 
posteriormente na narina;
• Use a sonda traqueal conectada ao aspi-
rador	 a	vácuo,	 com	pressão	máxima	de	
100mmHg: 
-	Seque	o	bebê;	
-	Verifique	 respirações	 rítmica	 e	 regular	 e	
FC >100bpm;
-	Caso	 não	 estejam	 adequadas,	 inicie	 ABC	
de	ressuscitação	neonatal:	
Avaliação simultânea de FR e FC: 
HABILIDADES	EM	PEDIATRIA 63
- Em um berço aquecido, a ausculta de pre-
córdio	 ou	 a	 palpação	 de	 pulso	 devem	 ser	
realizadas	na	base	do	cordão	umbilical:	
-	A	presença	de	apneia,	respiração	irregular	
e/ou FC <100bpm indica a VPP – tudo isso 
deve ser realizado nos primeiros 60 se-
gundos de vida (the golden minute).
Ventilação com pressão positiva:
As	ventilações	devem	ser	 iniciadas	com	ar	
ambiente, trocando-se para O2 suplementar 
(inicialmente a 40%) caso seja necessário 
para o alcance de SatO2 e FC desejáveis, am-
bas	determinadas	pela	oximetria	de	pulso:	
-	Inicie	ventilação	com	balão	autoinflável	e	
máscara facial; esta deve cobrir a ponta do 
queixo,	a	boca	e	o	nariz:	
64 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Empregue de 40 a 60 movimentos por mi-
nuto: 
-	Observe	a	adaptação	da	máscara	à	face	do	
RN, a permeabilidade das vias aéreas e a 
expansibilidade	pulmonar;
- Mantenha por 30 segundos e verifique se 
apresenta	 FC	 >100bpm	 e	 respiração	 es-
pontânea	e	regular;	
-	Se	 sim,	 suspenda	 a	 ventilação	 e	 forneça	
oxigênio	 inalatório	a	5L/min,	com	cateter	
próximo	 à	 face	 do	 paciente,	 afastando-o	
gradativamente, de acordo com a SatO2;
- Se falhar, verifique se a técnica está corre-
ta.	Caso	a	falha	persista,	inicie	a	ventilação	
com	balão	e	cânula	traqueal;
-	Dê	início	à	ventilação	com	balão	autoinflá-
vel	e	cânula	traqueal:
•	As	 cânulas	 traqueais	devem	ser	de	diâ-
metro	uniforme	sem	balão,	com	linha	ra-
diopaca e marcador de corda vocal: 
HABILIDADES	EM	PEDIATRIA 65
•	A	 intubação	 deve	 ser	 realizada	 em	 20	
segundos (se insucesso, voltar VPP com 
máscara);	realize	confirmação	da	posição	
da	cânula:	
Observação
O último passo é muito importante, já que a 
ventilação	do	paciente	deve	ser	sempre	garan-
tida, independente da via.
- Empregue de 40 a 60 movimentos por mi-
nuto	com	balão	autoinflável:	
- Mantenha durante 30 segundos e verifi-
que se apresenta FC >100bpm e respira-
ção	espontânea	e	regular;	
-	Se	 sim,	 suspenda	 a	ventilação	 e	 estoque	
o	 paciente.	 Forneça	 oxigênio	 inalatório	 a	
5L/min,	com	cateter	próximo	à	face,	afas-
tando-o gradativamente, de acordo com a 
SatO2;
- Em caso de falha, cheque se a técnica está 
correta.	Caso	a	falha	persista,	a	intubação	
ea	ventilação	devem	ser	mantidas	e,	em	
seguida,	o	paciente	é	levado	à	UTI	neona-
tal em incubadora própria para o trans-
porte;
- Se o RN mantém a FC <60bpm, está indi-
cada a massagem cardíaca.
Massagem cardíaca:
- Inicie a massagem cardíaca se, após 30 
segundos	de	VPP	com	oxigênio	suplemen-
tar, o RN apresentar ou persistir com FC 
<60bpm;
- Localize o terço inferior do esterno, 1 dedo 
abaixo	 da	 linha	 intermamilar,	 fugindo-se	
do	apêndice	xifoide;
-	Posicione	os	2	polegares	na	 região	espe-
cificada anteriormente (é a técnica mais 
eficiente);
-	Circuncide	o	tórax	do	RN	com	a	palma	e	os	
demais dedos: 
66 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Eventualmente, aplique a técnica dos 2 de-
dos, posicionando-se o dedo indicador e o 
médio no terço inferior do esterno.
-	A	compressão	deve	ser	do	terço	do	tórax	
do	 RN,	 sempre	 permitindo	 a	 reexpansão	
completa	 do	 tórax,	 sem	 retirar	 os	 dedos	
do local posicionado;
-	No	RN,	a	ventilação	e	a	massagem	cardíaca	
são	 realizadas	 de	 forma	 sincronizada,	
mantendo-se	uma	relação	de	3:1,	ou	seja,	3	
movimentos de massagem cardíaca para 1 
movimento	de	ventilação,	à	frequência	de	
120 eventos por minuto (90 movimentos 
de	massagem	e	30	ventilações);
- Durante a massagem cardíaca, a VPP sem-
pre	será	por	cânula	traqueal;
- Mantenha por 30 segundos. Se o RN apre-
senta FC >60bpm, interrompe-se apenas a 
massagem; 
-	Se	o	RN	apresenta	respirações	regulares	e	
a	FC	atinge	valores	>100bpm,	a	ventilação	
também é suspensa, administrando-se, 
então,	oxigênio	inalatório	por	meio	de	ca-
teter, com retirada gradual de acordo com 
a SatO2	verificada	na	oximetria	de	pulso;
- Em caso de falha, verifique se a técnica 
está correta. Caso a falha persista, indique 
adrenalina.
Medicações (adrenalina):
- A via de escolha é a intravenosa, sendo a 
umbilical a mais indicada; 
-	Corte	o	cordão	e	verifique	3	vasos,	2	com	
parede espessa e luz pequena (artérias) e 
a	veia,	com	parede	delgada	e	diâmetro	in-
terno maior: 
- Prenda a parede da veia com pinça Kelly 
para evidenciar luz da veia umbilical e in-
troduza o cateter com a outra pinça: 
HABILIDADES	EM	PEDIATRIA 67
- O cateter deve estar conectado a uma se-
ringa; introduza-o aspirando. Quando ini-
ciar	a	aspiração	de	sangue,	a	posição	esta-
rá adequada;
- O cateter venoso na veia umbilical deve 
ser	inserido	apenas	1	a	2cm	após	o	ânulo,	
mantendo-o periférico, de modo a evitar a 
sua	localização	em	nível	hepático;
-	A	via	traqueal	não	é	recomendada,	e,	caso	
seja usada, administre uma única dose de 
adrenalina (0,05 a 0,1mg/kg);
- A dose de adrenalina intravenosa deve 
ser	de	0,01	a	0,03mg/kg,	com	diluição	de	
1:10.000.	Quando	não	há	reversão	da	bra-
dicardia com o uso da adrenalina, pode-
-se	 repeti-la	 a	 cada	 3	 a	 5	 minutos.	 Não	
empregue doses elevadas de adrenalina 
(>0,1mg/kg),	pois	levam	a	hipertensão	ar-
terial grave;
-	Considere	o	uso	de	expansores	de	volume	
caso o paciente esteja pálido ou com evi-
dências	de	choque.
Expansores de volume:
-	O	uso	de	expansor	de	volume	deve	ser	fei-
to	quando	há	perda	de	sangue	ou	se	exis-
tem	sinais	de	choque	hipovolêmico,	como	
palidez,	 má	 perfusão	 e	 pulsos	 débeis,	 e	
não	 há	 resposta	 adequada	 da	 FC	 às	 de-
mais	medidas	de	reanimação;
-	Utilize	 solução	 cristaloide	 isotônica	 ou	
sangue total, na dose de 10mL/kg;
- Administre o volume de forma lenta, prin-
cipalmente	 em	 prematuros,	 já	 que	 a	 ex-
pansão	 rápida	da	volemia	pode	associar-
-se a hemorragia intracraniana;
-	Com	o	uso	de	expansor de volume, espe-
ram-se	o	aumento	da	pressão	arterial	e	a	
melhora dos pulsos e da palidez.
2. Exame neonatal
Após o nascimento, deve-se seguir uma sé-
rie	de	eventos	para	a	correta	avaliação	do	
RN. Ao nascer, realize as seguintes medidas:
Peso: 
Comprimento:
- Deite o RN sobre a régua e realize a medi-
da do calcanhar	à	protuberância	occipital:	
68 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
Perímetro cefálico:
-	Posicione	a	fita	sobre	a	proeminência	occi-
pital e o arco das sobrancelhas: 
Exame físico:
Avalie	o	estado	geral,	a	coloração	da	pele,	o	
esforço respiratório e os sinais vitais:
- Pele:	atentar	para	textura,	cianose,	icterí-
cia ou palidez, além de outras patologias;
- Crânio:	 alterações	 de	 formato,	 tamanho,	
consistência	ou	outras	alterações:	
- Fontanelas: a anterior (bregma) deve me-
dir entre 1 e 4cm. A posterior (lambda), 
presente	 em	 aproximadamente	 3%	 dos	
RNs normais, deve medir até 0,5cm;
- Face: observe simetria e aspecto geral;
- Olhos: verifique alguma anormalidade, 
abrindo as pálpebras, palpando o globo 
ocular	e	verificando	as	pregas	epicânticas;	
reflexo	vermelho:	 exame	 obrigatório,	 im-
portante para diagnosticar precocemente 
situações	que	 levam	à	ausência	do	 refle-
xo	vermelho	 –	 como	 a	 leucocoria	 (pupila	
branca) –, causada pela presença de ca-
tarata	congênita,	opacidade	congênita	de	
córnea,	glaucoma	congênito	e	outras: 
•	Deixe	a	sala	escurecida;
•	Oftalmoscópio	direto	à	distância	de	50cm;
• Ilumine os olhos da criança com a luz do 
oftalmoscópio	em	direção	à	pupila;
•	Olhe	pelo	orifício	existente	na	cabeça	do	
oftalmoscópio;
• Observe um brilho por intermédio da pu-
pila, que geralmente é laranja-averme-
lhado;
HABILIDADES	EM	PEDIATRIA 69
• O oftalmoscópio pode ser utilizado com a 
lente	em	+4	ou	ajustado	a	uma	graduação	
que	 facilite	a	observação	do	 reflexo	ver-
melho;
•	Inicie	a	conduta	caso	o	reflexo	vermelho	
seja duvidoso ou ausente.
- Ouvidos:	forma,	tamanho,	audição,	altera-
ções	na	forma	etc.;	
- Nariz: forma, tamanho, permeabilidade, 
canal	nasolacrimal,	secreção	nasal;
- Boca:	aspectos	gerais	internos	e	externos:	
- Pescoço: pesquise massas e outras altera-
ções:	
- Tórax: verifique simetria ou outras altera-
ções:	
•	Realize	 medida	 do	 diâmetro	 torácico:	
para medir o perímetro torácico, utilize a 
fita métrica na altura dos mamilos, com 
a	criança	deitada	e	em	respiração	média,	
entre	 inspiração	e	expiração. O períme-
tro torácico em RN a termo é de, em mé-
dia, 1 a 2cm menor do que o cefálico: 
- Mamas: cheque a assimetria	e	a	distância	
intermamilar.	Também	pode	haver	aumen-
to	da	glândula	mamária,	com	secreção	ou,	
ainda,	mamilos	extranumerários.
Exame cardiovascular:
- Inspeção: abaulamento precordial e ictus; 
- Palpação: pulsos nos 4 membros e compa-
ração	dos	superiores	com	os inferiores:
70 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Pressão arterial: braço e perna direitos: 
- Ausculta: 
 
• Identifique B1: na Borda Esternal Esquer-
da (BEE) superior e na inferior, verifique 
se	o	padrão	está	adequado;	
• Identifique B2: na BEE superior, verifique 
se	o	padrão	está	adequado; 
• Identifique B3 e B4: na base ou no ápi-
ce; há B3	 quando	 há	 aumento	 de	 fluxo	
pela valva atrioventricular, PCA e ICC; já 
B4 acontece quando há miocardiopatias 
com menor elasticidade do Ventrículo Es-
querdo (VE);
• Sopro: verifique se é sistólico, diastólico 
ou contínuo. Cheque, também, demais 
características do sopro.
Exame pulmonar:
- Inspeção:	verifique	o	padrão	respiratório,	
atentando-se	 à	 frequência,	 à	 amplitude	
dos	movimentos,	à	tiragem,	à	retração	xi-
foidiana, aos batimentos de asas do nariz, 
ao	estridor	expiratório	e	ao	gemido:	
- Ausculta: bilateral e comparativa. Auscul-
te,	também,	as	regiões	axilares	e	avalie	a	
presença	de	crepitações,	roncos	e	diminui-
ção	do	murmúrio	vesicular.	
Exame abdominal:
- Inspeção: atente-se para a forma; se for 
escavada (hérnia diafragmática), e se hou-
ver abaulamentos supraumbilical (atre-
sia	 duodenal	 ou	 distensão	 gástrica)	 e	 in-
fraumbilical	(distensão	de	bexiga	e	graves	
retardos de crescimento intrauterino): 
HABILIDADES	EM	PEDIATRIA 71
- Ausculta: procure ruídos hidroaéreos. Quan-
do	não	há	nenhumaausculta,	desconfie	de	
íleo paralítico: 
- Palpação: verifique se há ascite, viscero-
megalias	ou	distensão	gasosa:
•	Palpação	de	fígado	e	baço:	
•	Palpação	dos	rins:	
-	Genitália: verifique se as genitálias (mas-
culina	e	feminina)	estão	adequadas	quanto	
ao tamanho, à presença de anormalidades 
etc. Quando masculina, verifique a presen-
ça de fimose, hidrocele, ectopia etc.; quan-
do	feminina,	verifique	se	há	imperfuração	
himenal: 
- Anomalias anorretais:	 ânus	 perineal	 an-
terior,	 estenose	 anal,	 fístula	 anocutânea,	
ânus	 vulvar,	 atresia	 retal,	 imperfuração	
anal, dentre outras;
- Coluna: coloque o neonato em decúbito 
ventral; corra os dedos pela coluna e ve-
rifique a presença de massas, hipertricose, 
mielomeningocele etc.: 
72 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
- Membros:	 realize	o	exame	com	o	RN	em	
decúbito dorsal; cheque a simetria e pro-
porções,	 fraturas,	paralisias,	 luxações,	 lu-
xação	congênita	do	quadril	e	manobras	de	
Ortolani e Barlow:
 
- Proceda ao diagnóstico o mais precocemen-
te possível, pela boa resposta ao tratamen-
to; verifique os aspectos anteriores em to-
dos	os	exames	físicos	do	RN,	pois	pode	ha-
ver	alterações	em	algumas	circunstâncias.
Reflexos:
- Primitivos:	refletem	RN	sadio.	Persistindo	
reflexos	 após	 determinado	 período,	 indi-
cam a patologia;
- Sucção: com o próprio dedo na boca da 
criança,	 sinta	uma	sucção.	Observe-o	até	
o 8º mês	de	vida;	
-	Rotação ou procura: estimule os cantos da 
boca	e	faça	a	rotação	da	cabeça	e	o	desvio	
da boca, procurando o estímulo. Observe-
-o até o	2º	mês	de	vida:	
HABILIDADES	EM	PEDIATRIA 73
- Preensão palmar: coloque o dedo na pal-
ma	da	mão	da	criança,	observando-se,	as-
sim,	uma	preensão.	Obtido	até	o	6º	mês	de	
vida; 
- Preensão plantar: ponha o dedo na planta 
do pé da criança, observando-se, assim, 
uma	preensão.	Obtido	até	o	6º	mês	de	vida:
- Moro: coloque o RN em decúbito dorsal 
em	superfície	macia.	Tracione	os	braços	da	
criança,	 levantando-se	 levemente	o	bebê	
da superfície, e solte-o; ele deverá dispor 
os braços	 flexionando	 os	 polegares	 e	 as	
palmas voltadas para cima. Após isso, o 
RN fechará os braços. Observe-o até o 6º 
mês	de	vida:	
- Tônico-cervical assimétrico: vire a cabeça 
do	bebê	para	um	lado,	com	ele	deitado	em	
decúbito	dorsal	e	acordado.	O	bebê	assu-
me,	então,	uma	postura	de	esgrima,	com	
extensão	de	braço	e	perna,	no	 lado	para	
o qual está voltada a face, enquanto os 
membros	do	lado	correspondente	à	região	
occipital	entram	em	flexão.	Observe-o até 
o	final	do	3º	mês	de	vida;
- Cutâneo-plantar:	 estimule	 as	 bordas	 ex-
ternas	 do	 pé,	 obtendo	 a	 extensão	 do	 1º	
pododáctilo e/ou a abertura em leque dos 
demais.	Obtido	até	o	9º	mês	de	vida;	
- Marcha:	 segure	o	RN	pelas	axilas	e	 colo-
que-o	 em	 pé,	 observando,	 então,	 os	 pe-
quenos passos. Bem estruturada no 1º 
mês,	é	observada	até	o	4º	mês	de	vida.
3. Ressuscitação pediátrica
A	-	Suporte	básico	de	vida	pré-
hospitalar em Pediatria
Atente-se aos seguintes pontos:
-	Oriente	a	evitar	os	acidentes;	não	permita	
que a criança fique desprotegida (andar 
de carro sem cinto de segurança, ficar so-
zinha	na	cozinha	com	o	fogão	ligado,	pró-
xima	a	piscinas	sem	proteção	etc.);
- Inicie a massagem cardíaca;
-	Chame	pelo	serviço	de	emergência.
Procedimentos iniciais:
- Analise a responsividade: 
• Chame pelo nome, vigorosamente.
- Observe se acorda, respira ou responde;
-	Se	estiver	respirando	e	não	tiver	trauma,	
coloque-o	em	posição	de	recuperação;
-	Se	 não	 apresentar	 nenhum	 tipo	 de	 res-
posta:
•	Comece	o	CAB	da	ressuscitação	antes	de	
chamar ajuda;
•	Chame	o	serviço	de	emergência.
Circulação:
- Checar pulsos em menos de 10 segundos: 
nos RNs checar pulso nas artérias bra-
74 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
quiais e femorais; nas crianças maiores e 
nos adultos, checar nas artérias carótidas 
e femorais.
-	Se	apresentar	FC	<60bpm	e	má	perfusão,	
inicie a massagem cardíaca.
Massagem cardíaca:
Coordenação:
- 1 socorrista:	 30	 compressões	e	 1	ventila-
ção;
- 2 socorristas:	15	compressões	e	1	ventila-
ção;
HABILIDADES	EM	PEDIATRIA 75
-	Com	 via	 aérea	 avançada,	 máscara	 larín-
gea, tubo endotraqueal (IOT) etc.: sem ne-
cessidade	de	coordenação.
Vias aéreas
Desobstrua as vias aéreas:
-	Sem	 trauma,	 com	 leve	 hiperextensão	 da	
cabeça; 
- Com trauma, tracione a mandíbula: 
•	Apoie	a	região	tênar	da	mão	sobre	a	re-
gião	zigomática	da	vítima,	bilateralmente;
• Coloque a ponta dos dedos indicador e 
médio	atrás	do	ângulo	da	mandíbula,	bi-
lateralmente,	exercendo	força	suficiente	
para deslocá-Ia anteriormente;
•	Apoie	os	polegares	na	região	mentonia-
na,	 imediatamente	abaixo	do	 lábio	 infe-
rior, e promova a abertura da boca: 
Respiração
-	Realize	2	respirações	de	salvamento:
•	Com	 a	 máscara	 de	 respiração,	 cubra	 a	
ponta	do	queixo,	a	boca	e	o	nariz;	
• Com a máscara protetora, obstrua as na-
rinas.
- Retome a massagem cardíaca.
B - Intraóssea
76 MANUAL DE HABILIDADES MÉDICAS
O acesso intraósseo deve ser utilizado em 
situações	 de	 emergência,	 como	na	 parada	
cardiorrespiratória e no choque (na impos-
sibilidade do acesso periférico ou central). 
Podem-se	 administrar	 medicações,	 hemo-
derivados,	 realizar	 coleta	 de	 exames,	 por	
exemplo.
O local preferencial para inserir uma in-
traóssea é a face interna da tíbia (1 a 3cm 
abaixo	 da	 tuberosidade	 tibial)	 e,	 como	 al-
ternativa,	parte	distal	do	fêmur,	tíbia	distal	
próximo	ao	maléolo	medial	e	crista	ilíaca.
Posicione a perna da criança em uma super-
fície	firme	e	realize	uma	leve	rotação	exter-
na da perna. Coloque luva estéril, localize 
a	 tuberosidade	 tibial	 e	 1	 a	 3cm	abaixo	em	
direção	medial	e	realize	a	assepsia	do	local	
com	solução	antisséptica.		
 
Administre anestésico local caso a criança 
esteja	 consciente	 (choque,	 por	 exemplo).	
Estabilize a perna em uma superfície e, com 
a	ajuda	de	uma	2ª	pessoa,	segure	as	2	ex-
tremidades	da	perna	(nunca	coloque	a	mão	
atrás da perna). Posicione e insira a agulha 
intraóssea	num	ângulo	de	90°	com	a	pele,	
utilizando movimentos rotatórios firmes e 
delicados. Pare de avançar com agulha no 
momento em que sentir uma súbita dimi-
nuição	da	resistência,	indicando	que	a	agu-
lha está posicionada na medula óssea. Se 
estiver correta, a agulha ficará firme sem 
suporte. 
Remova o mandril e coloque uma seringa 
no local e aspire; verificada a saída de san-
gue,	confirma-se	a	localização.	
Infunda	 um	 pequeno	 volume	 de	 solução	
salina e observe se surge edema no local 
de	 inserção	 ou	 posteriormente,	 na	 extre-
midade	oposta	ao	local	de	inserção,	o	que	
caracterizaria	 inadequação	 da	 posição	 da	
agulha.
 
São	 contraindicações	 fratura,	 osteomie-
lite	 e	 osteogênese	 imperfeita	 e	 osteope-
trose.
Manter	a	intraóssea	até,	no	máximo,	12	a	24	
horas. Assim que a paciente se estabilizar, 
realizar um acesso venoso e retirar a intra-
óssea.
C - Obstrução de via aérea superior 
por corpo estranho
Lactentes
Golpes	no	dorso	e	compressões	torácicas:
- Sente-se, segurando a criança em decúbi-
to	ventral	com	a	mão	abrindo	a	mandíbu-
la, repousando o tronco da criança sobre o 
antebraço do socorrista;
-	Examine	as	vias	aéreas: 
HABILIDADES	EM	PEDIATRIA 77
-	Mantenha	a	cabeça	da	criança	mais	baixa	
do que o tronco;
-	Efetue	5	compressões	torácicas	com	a	téc-
nica dos 2 dedos:
- Aplique 5 golpes entre as escápulas:
-	Gire	o	bebê	para	decúbito	ventral;
• Se visível, retire o corpo estranho (nunca 
tente retirá-los “às cegas”); 
•	Repita	a	técnica	até	a	desobstrução.
Criança
Manobra de Heimlich:
- Coloque-se atrás do paciente, com a perna 
de apoio sob as pernas dele: 
-	Posicione	uma	mão	fechada	entre	a	região	
umbilical	 e	 o	 apêndice

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