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RESUMO DE DIREITO EMPRESARIAL II Cheque, Duplicata, Ações Cambiais, Contratos Mercantis, Depósito, Contratos Franquia.

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RESUMO DE DIREITO EMPRESARIAL II
CHEQUE
1) CONCEITO: É um título de crédito, de modelo vinculado, não causal, podendo ser ao portador( quando o valor for até 100,00) ou nominativo (quando for superior a 100,00), que representa uma ordem de pagamento à vista, em que o sacador (correntista), faz ao sacado (banco ou instituição financeira) em benefício de um terceiro chamado tomador, diante de provisões de fundos provenientes de depósito ou abertura de crédito. Aparecendo, assim, 3 figuras jurídicas: sacador (correntista); sacado (banco ou instituição financeira assemelhada) e tomador (terceiro beneficiário).
2) REQUISITOS:
INTRÍNSECOS: sujeito capaz, objeto licito, livre de vícios
EXTRÍNSECOS: 
- Denominação: CHEQUE
- Ordem incondicional de pagar quantia certa a vista. (em algarismo e por extenso)
- Nome da instituição bancária (agência, nº do banco)
- Data da emissão (o mês deve estar obrigatoriamente por extenso)
- Nome e assinatura do sacador (CPF ou CNPJ)
- Nome do beneficiário (caso o cheque seja superior a R$ 100,00)
3) PRAZO DE APRESENTAÇÃO: prazo que o titular do crédito tem para levar ao banco sacado para a liquidação do título. Podendo ser:
- 30 dias a contar da data do vencimento estampada no título: MESMA PRAÇA (quando o município do lugar da emissão for o mesmo da agencia pagadora)
-60 dias a contar da data do vencimento estampada no título: PRAÇAS DIFERENTES (quando o município da emissão for diferente da agencia pagadora)
- CINCO FATORES QUE VINCULAM O PRAZO DE APRESENTAÇÃO
1°) CALCULO DA PRESCRIÇÃO: o cheque tem uma vida cambiária de 6 meses, no entanto, é necessário saber qual o prazo de apresentação, uma vez que os 6 meses da prescrição só serão contados a partir do prazo de apresentação
2°) PROTESTO: o prazo do protesto para vincular codevedor do cheque é o prazo de apresentação, ou seja, o protesto deverá ser feito até o prazo de apresentação. Se passar desse prazo, o credor só poderá cobrar o devedor principal.
3°) CHEQUE VISADO: cheque visado é aquele em que o banco garante uma quantia suficiente para o pagamento do título, este visamento só terá valor durante o prazo de apresentação (30 ou 60 dias a depender da praça)
4°) SUSTAÇÃO: a contra ordem ou revogação é uma das modalidades de sustação de cheque pelo qual o emitente pode limitar a eficácia do cheque aos 30 ou 60 dias seguintes a emissão. A contra ordem ou revogação só gera efeitos a partir do fim do prazo de apresentação. 
5°) SÚMULA 600 do STF: Ainda que não apresentado o cheque no prazo legal, embora vencido tal prazo de apresentação, cabe ação executiva desde que não tenha transcorrido o prazo prescricional. EXCEÇÃO: quando a ausência de fundos não é por conta do correntista, se o cheque não for apresentado dentro do prazo de apresentação não se aplica essa súmula. 
4) PRESCRIÇÃO: A prescrição do cheque tem o prazo de 6 meses a contar a partir do final do prazo de apresentação. No cheque pós-datado, segundo o enunciado 40 da I Jornada de Direito Empresarial, caso seja apresentado antes da data prevista no cheque, prazo começará a correr no dia em que foi apresentado e devolvido sem provisão de fundos, ou da primeira apresentação ao banco, não se contando o prazo de apresentação. Os 6 meses contam-se como se o saque tivesse sido realizado na primeira apresentação ao sacado. OBS: Para cheque pós-datado que e apresentado no dia do vencimento conta-se os 30 ou 60 dias. 
5) MODALIDADES DE CHEQUE
-VISADO: Ocorre quando o sacado, a pedido do emitente, declara a existência de fundos para liquidar o título. O banco garante o pagamento do título colocando seu visamento no verso do cheque, tal visamento só terá valor até o final do prazo de apresentação (30 ou 60 dias)
-ADMINISTRATIVO: O sacado (banco) ocupa simultaneamente a posição de sacado e emitente, ou seja, o cheque é emitido pelo banco sacado para liquidar uma de suas agencias. Serve para aumentar a segurança no recebimento dos valores.
-CRUZADO: Caracteriza-se pela aposição de dois traços transversais no anverso do cheque, podendo ser feito tanto pelo emitente, quando pelo beneficiário. Há duas espécies de cruzamento: o especial geral, quando não é identificado nenhum banco no interior dos traços; ou especial em preto, quando é identificado o banco no interior dos traços.
-CHEQUE PARA SER LEVADO EM CONTA: É aquele em que deve contar o nome do banco e o numero da conta bancário do beneficiário, no interior dos dois traços do cheque cruzado.
6) SUSTAÇÃO DO CHEQUE
O cheque pode ser sustado pelo emitente em duas hipóteses:
 	
- REVOGAÇÃO/CONTRA ORDEM: É o ato cambiário pelo qual , exclusivamente, o emitente pode limitar a eficácia chéquica do título aos 30 ou 60 dias seguintes a emissão, ou seja produz efeitos à partir do prazo de apresentação. É utilizado para o correntista ter o controle/equilíbrio de sua conta bancária.
OBS: Só o emitente pode emitir; Pode ser a qualquer momento; Só gera efeitos com o fim do prazo de apresentação, com base na boa-fé objetiva; Controle da Conta bancária.
- OPOSIÇÃO/SUSTAÇÃO: É o ato cambiário pelo o emitente ou portador legitimado podem apresentar ao banco para que este não efetue o pagamento do título, sustentado em relevantes razoes de direito (furto, roubo, extravio, coação)
OBS: O emitente e o portador legitimado podem emitir; Pode ser a qualquer momento; Os efeitos são imediatos; Relevantes razões de direito (furto, roubo, extravio, coação). 
7) CHEQUE PÓS-DATADO: Tem-se crescido o uso de cheque pós-datado como instrumento de negociação em fornecimento de produtos e serviços. Portanto essa prática significa um pacto contratual entre fornecedor e consumidor. Em situações em que o cheque pós-datado, for apresentado ao sacado antes da data combinada, e não houver provisão de fundos, prejudicando assim o emitente, cabe indenização pela inadimplência da obrigação de não fazer, contratualmente assumida... (Art. 30 CDC). 
- SÚMULA 370 DO STJ: O cheque é uma ordem de pagamento à vista, no entanto, é comum a prática de cheque pós-datado nas operações cambiárias. Por ser uma modalidade de pagamento à vista, o Banco (sacado) deverá pagá-lo, mesmo sendo pós-datado, desde que haja provisão de fundos. Dessa forma, o Banco não deverá negar o pagamento, não se responsabilizando por qualquer dano moral, em razão do pagamento antes da data convencionada pelas partes. Entretanto, o sacador poderá ingressar com uma ação de danos morais contra o beneficiário que apresentou o cheque pós- datado antes da data acordada. Tendo em vista que a Súmula 370 do STJ foi criada para prestigiar a boa-fé dos contratantes, de modo que o cheque só deveria ser apresentado da data pactuada pelos mesmos. Tem por objetivos evitar a desorganização e o desequilíbrio da conta bancária do emitente.
- Teoria da responsabilidade contratual. O cheque pós-datado pode servir de título negociável, para fins de descontos bancários ou cessão para empresa de fornecimento mercantil.
8) CHEQUE SEM FUNDOS: 
- Deve ser protestado dentro do prazo de apresentação, para vincular os co-devedores. 
- No Brasil o cheque sem provisão de fundos tipifica-se como crime: Art. 171, § 2º do Código Penal, se o emitente induz o credor em erro e obtém vantagem ilícita, incorre em crime. No entanto, nem todo cheque sem fundo é estelionato, segundo a SÚMULA 246 DO STF, não configura estelionato se não tiver havido fraude, nem vantagem ilícita. O exemplo clássico é o pagamento de aluguel mediante cheque sem provisão de fundos, nesse caso o locador continua com o mesmo direito. 
- O pagamento do cheque sem provisão de fundos não obsta a continuidade da ação penal após o recebimento da denúncia, conforme aduz a SÚMULA 554 DO STF. 
-Além da sanção penal, a pessoa que emite cheque sem fundos está passiva de sofrer sanção administrativa, que são duas, Inscrição do CCF e pagamento de taxa de serviço de compensação de cheques e outros papéis.
9) AÇÕES CAMBIAIS
- Ação de Execução e Ação de enriquecimento indevido(Art. 61 LC)
- AÇÃO DE EXECUÇÃO do cheque prescreve em 6 (seis) meses, a contar do término do prazo de apresentação. Obs. lembre-se prazo de apresentação se conta em dias, e prazo se conta em meses. Logo será 30 dias + 6 meses(mesma praça) ou 60 dias + 6 meses(praças diferentes). 
- AÇÃO DE ENRIQUECIMENTO INDEVIDO, conhecida também como Ação Monitória, utilizada para cheque prescrito. Tem natureza cognitiva e o prazo de sua propositura é de 5 anos, contados da data de emissão do título, data estampada no título, segundo SÚMULA 503 DO STJ. Súmula recente, de fevereiro deste ano. 
Obs. as duas ações não podem ser argüidas, na defesa, matéria estranha à sua relação à sua relação com o demandante.
- Após a prescrição das ações cambias, será ainda possível ao portador do cheque sem fundos promover a ação causal. (Art. 62 LC). 
10) RESPONSABILIDADE DO BANCO:
- SÚMULA 388 do STJ: A simples devolução indevida do cheque caracteriza dano moral; 
- SÚMULA 28 do STF: O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso, ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva da ou concorrente do correntista. 
DUPLICATA
1) CONCEITO: É o título de crédito de modelo vinculado, nominativo, causal (surge de uma compra e venda mercantil ou prestação de serviço), que representa uma ordem de pagamento que o sacador (empresário vendedor/prestador de serviço), emite contra o sacado (empresário comprador/aquele que recebeu a prestação de serviço), em favor do tomador que é o mesmo sacador (empresário vendedor/prestador de serviço). 
2) REQUISITOS :
- Causalidade: compra e venda mercantil/prestação de serviço.
- No Brasil o comerciante só pode emitir a duplicata para documentar crédito nascido de compra e venda mercantil
- Na compra e venda mercantil o comprador e vendedor devem ser empresários, o objeto é uma mercadoria que está inserida na atividade empresarial é fonte de geração de riquezas para ambos. 
- Toda duplicata é gerada após uma fatura, que é a descrição do pedido. Assim é possível: 1 fatura gerar 1 duplicata; ou uma fatura gerar várias duplicatas (Caso de Parcelamento). Mas nunca é possível várias faturas em um única duplicata. Assim: 
1 fatura -> 1 duplicata (SIM) / 1 fatura -> várias duplicatas (SIM) / Várias duplicatas -> 1 fatura (NÃO)
- A duplicata comporta endosso, o endossante responde pela solvência do devedor.
3) ACEITE NA DUPLICATA: O aceite cambial da duplicata, em tese, é obrigatório. No entanto pode haver recusa. Portanto, é obrigatório, mas recusável nas seguintes situações:
- Avaria ou não recebimento das mercadorias, quando transportado por conta e risco do vendedor; 
- Vícios ou defeitos na quantidade ou qualidade; 
- Divergências de preços ou prazos combinados
4) MODALIDADES DE ACEITE:
-ORDINÁRIO: É a modalidade que resulta na assinatura do devedor no campo próprio do documento, do lado inferior esquerdo do título, cabe somente na hipótese de utilização do suporte-papel. Neste caso, aplicam-se integralmente as regras do direito cambiário, inclusive a facultatividade do protesto contra o devedor principal e a responsabilidade dos co-devedores
-PRESUMIDO: Dá-se com o recebimento das mercadorias pelo comprador (sacado) quando devolvida sem recusa formal, ou quando o título é retido. 
-POR COMUNICAÇÃO: Ocorre com a concordância da instituição financeira descontadora, mediante a retenção da duplicata pelo comprador e o envio da comunicação escrita ao vendedor, transmitindo seu aceite e que irá pagar no prazo ajustado.
5) PROTESTO: Segundo a lei, A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. O lugar do protesto é o mesmo do pagamento. O prazo para o protesto é de 30 dias seguintes ao vencimento, sob pena de não vinculação dos co-devedores. 
- Caso o aceite seja ordinário, o protesto é facultativo para o devedor principal e obrigatório para os co-devedores.
- Caso o aceite seja presumido, o protesto é obrigatório tanto para o devedor principal quando para os co-devedores
- Caso o aceite seja por comunicação, o protesto é obrigatório para o devedor principal e para os co-devedores.
PROTESTO POR INDICAÇÕES: Nos casos em que o sacado (comprador) retém a duplicata, o sacador (vendedor) fica impossibilitado a apresentá-la no cartório de protesto. Nesse caso, a lei admite que o credor indique ao cartório os elementos que identificam a duplicata em mãos do sacado, dispensando a exibição do título ao cartório.
6) EXECUÇÃO NA DUPLICATA: 
- Se o sacado restituiu ao sacador a duplicata assinada, basta esse documento para o ingresso a execução;
- Se o sacado a devolveu sem assinatura, a execução depende de 3 documentos: a duplicata, o instrumento do protesto e o comprovante de recebimento da mercadoria; 
- Se o sacado reteve a duplicata e o sacador procedeu ao protesto por indicações, a execução dependerá de 2 documentos: o instrumento de protesto por indicações e o comprovante da entrega de mercadorias.
A execução da duplicata contra o sacado depende da modalidade de aceite praticado. Se ordinário, basta a exibição do título. Se presumido é necessário o protesto e a comprovação da entrega das mercadorias.
 Contra o avalista do sacado, o protesto não é condição necessária de executividade da duplicata ou triplicata.
7) PRESCRIÇÃO:
-03 ANOS: Contados a partir do vencimento do título, para as ações do titular do crédito contra o devedor principal e seus avalistas
-01 ANO: Contados a partir do protesto, para as ações do titular do crédito contra os co-devedores, endossantes e avalistas
-01 ANO: Contados a partir do pagamento do título, para as ações de regresso dos co-devedores contra os outros co-devedores.
 O juros da duplicata não incidem a partir do vencimento, mas a partir do protesto
 A correção monetária é contada a parti do vencimento do título
8) TRIPLICATA:Trata-se de uma segunda via da duplicata e não de um novo título. Em rigor, a lei só autoriza o saque da triplicata nas hipóteses de perda ou extravio.
9) ENDOSSO (Mesmo regramento da letra de câmbio)
- CONCEITO: Declaração cambial, eventual, sucessiva em que se transfere o crédito a outro sujeito de direito. É o que permite a circulação do título de crédito.. Ressalta-se que o endossante responde pela solvência do devedor, não se aplicando o art. 914 do cc que diz que o endossante não garante o pagamento.
- ENDOSSO PRÓPRIO/PLENO/COMPLETO/ OU TRANSLATIVO: É o que transfere a outrem a titularidade do crédito que o título dá direito. Transfere-se a propriedade do título. Pode ser em branco (não identifica o endossatário – ao portador – Mera tradição), ou em preto(é identificado o endossatário - Nominativo - Endosso e Tradição)
- ENDOSSO IMPRÓPRIO: legitima a posse a determinada pessoa, sem, contudo transferir-lhe a propriedade, a titularidade do crédito. Pode ser mandato (apropriado para proceder à cobrança) ou caução (adequado para instituir penhor). No endosso impróprio pode exercer todos os direitos emergentes, exceto transferir a titularidade ao crédito.
10) AVAL(mesmas condições dos demais títulos)
-CONCEITO: ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar título de crédito, nas mesmas condições do seu avaliado.Pode ser em Branco(não define o devedor em favor de que está prestando o aval) ou em Preto(: identifica o avalizado. O avalista fica na posição imediatamente subseqüente a do avalizado). Caso o aval seja em branco, considera-se avalizado aquele cujo o nome esteja acima do aval. Caso não haja qualquer nome acima do aval, o beneficiário será o empresário comprador (sacado).
11) MODALIDADE DE VENCIMENTO
À vista: vence no momento da apresentação do título ao sacado
À dia certo:o vencimento ocorrerá em data designada no calendário
- PRORROGAÇÃO DO VENCIMENTO: Art. 11: A Duplicata admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento, mediante declaração em separado ou nela escrita, assinada pelo vendedor ou endossatário, ou por representante com poderesespeciais. Neste caso é flexibilizado o princípio da cartularidade. Não precisa ir no título, pode ser em separado. 
12) DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
- CONCEITOÉ um título de crédito, de modelo vinculado, causal (decorre de um prestação de serviço ), que representa uma ordem de pagamento no qual o sacador ( prestador de serviço) emite contra o sacado (aquele que recebeu a prestação de serviço) em favor de um tomador (prestador de serviço). A prestação desses serviços deverá ser feita por empresários ou não empresários ( associações, fundações, sociedades simples etc).
-Os PROFISSIONAIS LIBERAIS não podem emitir duplicatas. Eles emitem FATURA OU CONTA DE SERVIÇO (Art. 22), nesse caso não há endosso nem aval. Obs. não é duplicata, mas há previsão em lei, e tem executividade se registrada em Cartório e protestada e acompanhada comprovação do vínculo contratual e da efetiva prestação de serviços. 
- ACEITE: Mesmo da duplicata mercantil [obrigatório, mas pode ser recusável nos casos de: a) não correspondência entre o título e os serviços efetivamente prestados; b) vícios ou defeitos na qualidade do serviço; c) Divergência nos prazos e preços.]
- VENCIMENTO E PRESCRIÇÃO: mesmo da duplicata mercantil
13) DUPLICATA ELETRÔNICA E SUA EXECUTIVIDADE FRENTE AO PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE: O princípio da cartularidade indica que o proprietário é aquele que se encontra na posse do título, o que garante a executividade com a apresentação desse título. Entretanto, discute-se a executividade da duplicata em meio eletrônico, por estar em suporte de meios informatizados. Levando em consideração que é dispensável a exibição da duplicata para proceder a execução quando o PROTESTO É FEITO POR INDICAÇÕES DO CREDOR. O registro eletrônico do título, portanto, é amparado no direito em vigor posto que o empresário tem plenas condições de protestar e executar. Segundo Fábio Ulhoa Coelho a invenção da duplicata encontra-se suficientemente aparelhado para conferir executividade ao crédito registrado e negociado em apenas em suporte eletrônico. 
CONHECIMETO DE DEPÓSITO E WARRANT
1) CONCEITO: São títulos de créditos impróprios, que tiveram origem na Inglaterra, no século XVII com a no porto de Glasgow, onde os navios atracavam. São utilizados para relações que envolvem mercadorias de grandes valores depositadas em armazém gerais, sendo esses estabelecimentos próprios para depósito e conservação de mercadorias, para futura venda do produto, por parte do depositante.
O CONHECIMENTO DE DEPÓSITO corresponde a mercadoria depositada, atestando que a mercadoria existe e foi depositada em uma empresa de armazém geral, servindo como instrumento de negócio (circulação de mercadorias). O WARRANT é o instrumento de penhor sobre tal mercadoria.
- Os dois (CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E O WARRANT ) nascem juntos, podendo serem separados à vontade do portador, tendo vidas independentes, mas morrem juntos. 
- O Armazém é responsável pela integridade física das mercadorias, sendo responsabilizado por violação nas embalagens, porém não pode responde pela qualidade intrínseca da mercadoria (responsabilidade do depositante), 
2) QUEM OS EMITEM?: Só quem pode emiti-los é o dono do Armazém Geral, extraídos de um livro chamado “LIVRO – TALÃO”, devendo serem emitidos juntos a pedido do depositante (dono da mercadoria). O depositante deverá dar recibos em troca dos títulos.
- Enquanto não existirem os títulos, o recibo não oferece qualquer garantia contra embargos judiciais das mercadorias. Contudo, emitidos os títulos, as mercadorias não poderão sofrer qualquer constrição judicial, com o objetivo de proteger terceiros de boa-fé. 
 
3) ENDOSSO 
-ENDOSSO DO WARRANT: Tem a finalidade de declarar a divida assumida, a pessoa que o assumiu.
-ENDOSSO DO CONHECIMENTO DE DEPÓSITO: Faz com que a mercadoria depositada seja transferida para terceiros.
4) RESGATE DAS MERCADORIAS: O conhecimento de depósito e o warrant circulam livremente, porém, para que alguém possa levar embora as mercadorias terá que reunir os dois títulos novamente, pagando os encargos. Podendo, excepcionalmente, a mercadoria ser liberada com a apresentação somente do conhecimento de depósito e paga a quantia para o resgate do warrant ao dono do Armazém, e esse o resgatará. Porém na pratica dificilmente é feito desta forma. 
-Nos casos de inadimplência do warrant, o portador deverá levar o título a protesto, logo no primeiro dia após o vencimento do título
5) SÃO TÍTULOS IMPRÓPRIOS: Porque a eles não se aplicam, na totalidade os princípios e normas do direito cambiário, uma vez que não representam relações creditícias que envolvem dinheiro, mas mercadorias custodiadas que se encontram sob cuidados de terceiros não proprietários. Vale ressaltar que os títulos impróprios facilitam a executividade. FALTA UMA DAS CARACTERÍSTCAS PRÓPRIAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO QUE É RELAÇÃO CREDITÍCIA, NESTES O OBJETO NÃO É DINHEIRO E SIM MERCADORIAS. 
CONTRATOS MERCANTIS
1) CONCEITO: É o contrato onde uma das partes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e a outra a pagar-lhe certo preço. Ambas as partes são empresários; o objeto deverá ser uma mercadoria, onde tal mercadoria é o objeto de circulação de bens e riquezas de ambos empresários. 
2) PRINCÍPIOS DO CONTRATOS MERCANTIS:
 
I. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE: Poder das partes em sustentar, mediante declaração de vontade, efeitos reconhecidos e tutelados pela ordem jurídica. Existe a liberdade de contratar (partes) e liberdade contratual (objeto do contrato)
- A autonomia de vontade é a regra, porém pode sofrer limitações: a) Supremacia da ordem pública sobre a privada(ordem pública); b) costumes(ordem moral); c) boa-fé objetiva; e d) função social dos contratos.
II. PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO: Por este princípio, a concepção do contrato resulta do consenso e do acordo de vontade das partes, independente da entrega da coisa. Acordadas as condições, o contrato está perfeito e acabado. Acordo de vontades é auto-suficiência para a realização do contrato.
- Obs.: Não haveria necessidade do formalismo, pois basta a convergência de vontades.
- O contrato de adesão relativiza esse consensualismo, porém ainda assim está presente, pois a parte tem a faculdade de aderir ou não ao contrato. 
III. PRINCÍPIO DA PACTA SUNT SERVANDA: Este princípio está ligado a força obrigatória dos contratos. Onde os contratos são feitos para serem cumpridos. O Pacto entre as partes é, em regra, irrenunciável. 
- Tal princípio encontra-se, atualmente, bastante relativizado, já que não se pode aceitar a idéia de que o contrato faz lei entre as partes. O pacta sunt servanda está relativizado pela teoria da imprevisão, que defende a possibilidade do contrato ser alterado diante de situações imprevisíveis de modo a prejudicar uma parte em benefício de outra. Está, ainda, relativizados por outros princípios como o da Boa-Fé Objetiva que devem reger os contratos, e o princípio da Função Social dos Contratos. 
IV. PRINCÍPIO DA BOA FÉ- OBJETIVA: Este princípio impõe que os contratantes exerçam a faculdade de contratar observando a ética, agindo de forma correta e com bons propósitos, tanto no ato da avença, quando durante a sua execução. Neste sentido, não se admite um contrato em que uma das partes, maldosamente ou se aproveitando da ingenuidade ou ignorância da outra parte, ponha no contrato cláusulas que venham provocar injustamente prejuízos em decorrência dos efeitos do pacto.
Os contratantes deverão agir com probidade e honradez, observando sempre a integridade de caráter, de modo a manter o equilíbrio e a justiça para ambos na avença. s. (conveniência + lealdade)
V. PRINCÍPIO DA EFICÁCIA: O contrato gera efeitos entre partes (vinculação direta)
VI . PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS: O princípio da função social determina que os interesses individuais das partes do contrato sejam exercidos em conformidade com os interesses sociais, sempre que estes se apresentem.Não pode haver conflito entre eles, pois os interesses sociais são prevalecentes. Qualquer contrato repercute no ambiente social, ao promover peculiar e determinado ordenamento de conduta.
VII. PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR: Este princípio ao priorizar o interesse público, representa uma limitação do princípio da autonomia da vontade.
Com este princípio, embora as partes tenham a liberdade de contratar, devem porém obedecer às questões de natureza social, moral e bons costumes, a exemplo de limitações impostas por leis especiais, tais como, Lei da Usura, Código de Defesa do Consumidor e Lei da Economia Popular.
3) CARACTERÍSTICAS: Onerosidade; Meio de prova; Atividade empresarial. 
4) VENDAS CONDICIONADAS (venda a contento): São aquelas sujeitas as condições suspensivas, podendo serem: a) Condições de peso; b) Média e contagem; c) Experimentação/Ensaio/Exame. 
5) CLÁUSULA DE PREFERÊNCIA: Se o comprador for revender o produto, este deverá oferecer primeiramente ao vendedor inicial; a preferência é do vendedor.
6) RETROVENDA: O vendedor tem o direito de recobrar do comprador, independente de sua vontade de vender no prazo decadencial máximo de 3 anos. Pagando o preço de mercado. 
7) CLÁUSULA DE RESERVA DE DOMÍNIO: Assegura o vendedor a reserva de domínio da coisa vendida, até que se de a quitação integral do preço ajustável.
8) EXTINÇÃO DO CONTRATO
I) CUMPRIMENTO DO CONTRATO; 
II) RESILIÇÃO :Pode ser Unilateral ou Bilateral. 
- Resilição unilateral: consiste na extinção do contrato por vontade uma das partes, por alguma causa prevista no contrato que permite a extinção. 
 
- Resilição bilateral: também chamada de distrato, verifica-se quando a extinção do contrato é provocado por ajuste das partes, ambas concordam com a extinção. 
III) RESOLUÇÃO CONTRATUAL: Causada pela inexecução do contrato que pode ser voluntária ou involuntária. 
- Resolução Voluntária: Uma das partes deseja por fim ao contrato, por vontade própria. Esta deverá responder pelas perdas e danos decorrentes na extinção do contrato; 
-Resolução Involuntária: O cumprimento do contrato de torna inviável por um fator externo a vontade das partes, teoria da imprevisão. Nesse caso não terá responsabilização por perdas e danos. 
CONTRATO DE FRANQUIA 
1) CONCEITO: É o contrato pelo qual um empresário detentor de uma marca/produto (franqueador) concede, mediante remuneração o seu uso a outra pessoa (franqueado), prestando serviço de organização empresarial.
2) PARTES:
-FRANQUEADOR: Aquele que detém a marca e o esquema de comercialização de produto ou serviço, disponibilizando ao franqueador garantia e exclusividade de exploração sobre determinada área, oferecendo assistência técnica na organização e gerenciamento do negocio.
-FRANQUEADO: aquele que paga uma remuneração inicial ao franqueador a titulo de filiação e uma porcentagem periódica sobre os lucros obtidos. Além disso, é obrigado a atuar com exclusividade e seguir as instruções de comercialização dos produtos e serviços.
3) CARACTERÍSTICAS: 
I - Franqueado arca com todos os custos de instalação e manutenção do negócio
II - Franqueador estabelece os modos que o franqueado deverá instalar e operar o produto e serviço e lhe presta ampla assistência de execução
III - Franqueador concede ao franqueado exclusividade ou preferência de atuação em determinada área
IV - CONTRATO DE ENGINERING: planeja a montagem do equipamento
V - CONTRATO DE MANAGEMENT: treinamento de funcionário e estruturação do negócio
VI –CONTRATO DE MARKETING: divulgação/captação da clientela 
4) TIPOS DE FRANQUIAS: (FRANCHISING = FRANQUIA)
I - FRANCHISING DE MARCA/PRODUTO: Mc Donald´S; Subway; 
II - FRANCHISING DE SERVIÇO: Yázigi; Wizard; Fisk; 
III - FRANCHISING DE INDÚSTRIA: Norsa;

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