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Aula 2 Propriedades dos Fluidos.ppt

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Mecânica	
  dos	
  Fluidos	
  
Propriedades	
  dos	
  Fluidos	
  
Prof. MSc. Marco Antonio Carlos da Silva 
1 – MASSA ESPECÍFICA DOS FLUIDOS 
MASSA ESPECÍFICA: A massa específica ρ de um fluido é definida como a 
massa por unidade de volume. A unidade é dada em g/cm3, kg/m3, etc. 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Prof. Roberto Vieira Pordeus 
 
____________________________________________________________________________________ 
Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
13
derivadas destas. Assim, a unidade de volume é o m3, a unidade de aceleração é o 
m s-2, a unidade de trabalho é o kg. m, e a unidade de pressão é o kg m-2. Para um 
corpo em queda livre no vácuo a aceleração é a da gravidade: 9,81 m s-2 e a única 
força atuante é o seu próprio peso. 
 
Classificação dos fluidos. 
Os fluidos podem ser classificados como newtonianos ou não-newtonianos. No 
fluido newtoniano existe uma relação linear entre o valor da tensão de 
cisalhamento aplicada e a velocidade de deformação resultante [P, fator de 
proporcionalidade é constante na equação da força]. No fluido não-newtoniano existe 
uma relação não linear entre a tesão de cisalhamento aplicada e a velocidade de 
deformação angular. Um plástico ideal tem uma tesão de escoamento definida e uma 
relação linear constante de W sobre du/dy. Uma substância pseudoplástica, como a 
tinta de impressão, tem uma viscosidade que depende da deformação angular 
anterior da substância e tem a tendência de endurecer quando em repouso. Gases e 
líquidos finos tendem a ser fluidos newtonianos, enquanto que, hidrocarbonetos de 
longas cadeias podem ser não-newtonianos. 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FLUIDOS 
Massa Específica. A massa específica U de um fluido é definida como a massa por 
unidade de volume. A unidade é dada em g cm-3, kg m-3, etc. Vm U 
Peso Específico. O peso específico J de uma substância é o seu peso por unidade 
de volume. Para líquidos, J pode ser tomado como constante para mudanças normais 
de pressão. O peso específico da água para oscilações normais de temperatura é de 
9810 N m-3, o peso específico do mercúrio, 13600 kg m-3 x 9,81 m3 s-2. O peso 
específico dos gases pode ser calculado usando-se a equação de estado de um gás 
VP J ou RTpv (lei de Boyle e Charles). 
Volume Específico. O volume específico v é o inverso da massa específica U, isto 
é, é o volume ocupado por unidade de massa. U1 v . 
 
 
2 – PESO ESPECÍFICO DOS FLUIDOS 
PESO ESPECÍFICO: O peso específico γ de uma substância é o seu peso por 
unidade de volume. Para líquidos, γ pode ser tomado como constante para 
mudanças normais de pressão. O peso específico da água para oscilações 
normais de temperatura é de 9810 N/m3, o peso específico do mercúrio, 13600 
kg/m3 x 9,81 m3/s2. O peso específico dos gases pode ser calculado usando-se 
a equação de estado de um gás. 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Prof. Roberto Vieira Pordeus 
 
____________________________________________________________________________________ 
Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
13
derivadas destas. Assim, a unidade de volume é o m3, a unidade de aceleração é o 
m s-2, a unidade de trabalho é o kg. m, e a unidade de pressão é o kg m-2. Para um 
corpo em queda livre no vácuo a aceleração é a da gravidade: 9,81 m s-2 e a única 
força atuante é o seu próprio peso. 
 
Classificação dos fluidos. 
Os fluidos podem ser classificados como newtonianos ou não-newtonianos. No 
fluido newtoniano existe uma relação linear entre o valor da tensão de 
cisalhamento aplicada e a velocidade de deformação resultante [P, fator de 
proporcionalidade é constante na equação da força]. No fluido não-newtoniano existe 
uma relação não linear entre a tesão de cisalhamento aplicada e a velocidade de 
deformação angular. Um plástico ideal tem uma tesão de escoamento definida e uma 
relação linear constante de W sobre du/dy. Uma substância pseudoplástica, como a 
tinta de impressão, tem uma viscosidade que depende da deformação angular 
anterior da substância e tem a tendência de endurecer quando em repouso. Gases e 
líquidos finos tendem a ser fluidos newtonianos, enquanto que, hidrocarbonetos de 
longas cadeias podem ser não-newtonianos. 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FLUIDOS 
Massa Específica. A massa específica U de um fluido é definida como a massa por 
unidade de volume. A unidade é dada em g cm-3, kg m-3, etc. Vm U 
Peso Específico. O peso específico J de uma substância é o seu peso por unidade 
de volume. Para líquidos, J pode ser tomado como constante para mudanças normais 
de pressão. O peso específico da água para oscilações normais de temperatura é de 
9810 N m-3, o peso específico do mercúrio, 13600 kg m-3 x 9,81 m3 s-2. O peso 
específico dos gases pode ser calculado usando-se a equação de estado de um gás 
VP J ou RTpv (lei de Boyle e Charles). 
Volume Específico. O volume específico v é o inverso da massa específica U, isto 
é, é o volume ocupado por unidade de massa. U1 v . 
 
 
3 – VOLUME ESPECÍFICODOS FLUIDOS 
VOLUME ESPECÍFICO: O volume específico v é o inverso da massa específica 
ρ, isto é, é o volume ocupado por unidade de massa. 
 
 
 
 
 
Relação entre peso específico e volume específico. 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Prof. Roberto Vieira Pordeus 
 
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Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
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derivadas destas. Assim, a unidade de volume é o m3, a unidade de aceleração é o 
m s-2, a unidade de trabalho é o kg. m, e a unidade de pressão é o kg m-2. Para um 
corpo em queda livre no vácuo a aceleração é a da gravidade: 9,81 m s-2 e a única 
força atuante é o seu próprio peso. 
 
Classificação dos fluidos. 
Os fluidos podem ser classificados como newtonianos ou não-newtonianos. No 
fluido newtoniano existe uma relação linear entre o valor da tensão de 
cisalhamento aplicada e a velocidade de deformação resultante [P, fator de 
proporcionalidade é constante na equação da força]. No fluido não-newtoniano existe 
uma relação não linear entre a tesão de cisalhamento aplicada e a velocidade de 
deformação angular. Um plástico ideal tem uma tesão de escoamento definida e uma 
relação linear constante de W sobre du/dy. Uma substância pseudoplástica, como a 
tinta de impressão, tem uma viscosidade que depende da deformação angular 
anterior da substância e tem a tendência de endurecer quando em repouso. Gases e 
líquidos finos tendem a ser fluidos newtonianos, enquanto que, hidrocarbonetos de 
longas cadeias podem ser não-newtonianos. 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FLUIDOS 
Massa Específica. A massa específica U de um fluido é definida como a massa por 
unidade de volume. A unidade é dada em g cm-3, kg m-3, etc. Vm U 
Peso Específico. O peso específico J de uma substância é o seu peso por unidade 
de volume. Para líquidos, J pode ser tomado como constante para mudanças normais 
de pressão. O peso específico da água para oscilações normais de temperatura é de 
9810 N m-3, o peso específico do mercúrio, 13600 kg m-3 x 9,81 m3 s-2. O peso 
específico dos gases pode ser calculado usando-se a equação de estado de um gás 
VP J ou RTpv (lei de Boyle e Charles). 
Volume Específico. O volume específico v é o inverso da massa específica U, isto 
é, é o volume ocupado por unidade de massa. U1 v . 
 
 
Universidade Federal Ruraldo Semi-Árido 
Prof. Roberto Vieira Pordeus 
 
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Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
14
Relação entre peso específico e volume específico. 
 g.
V
g.m
V
P UJ (13) 
Densidade de um corpo. A densidade relativa ou simplesmente densidade de um 
material, S, a relação entre a massa específica do material e a massa específica de um 
material como padrão. No caso do líquido, essa substância é a água; tratando-se de 
gases, geralmente se adota o ar. A densidade da água é 1 e do mercúrio é 13,6. A 
densidade de uma substância é a mesma em qualquer sistema de unidade. 
águaágua
S J
J
U
U (14) 
A massa específica e o peso específico da água variam ligeiramente com a 
temperatura; as relações aproximadas são 
 
� �
180
41000
2
2
�� TOHU (15) 
 
 
� �
18
49800
2
2
�� TOHJ (16) 
 
TABELA 4. Massas específicas, pesos específicos e densidades do ar e da água nas 
condições normais 
Massa específica U Peso específico J 
kg/m3 slug/ft3 N/m2 lb/ft3
densidade 
S 
Ar 1,23 0,0024 12,1 0,077 0,00123 
Água 1000 1,94 9810 62,4 1 
 
Para mercúrio, a gravidade específica é relacionada com a temperatura por 
 
 T,,SHg 00240613 � (17) 
 
4 – DENSIDADE 
DENSIDADE DE UM CORPO: A densidade relativa ou simplesmente densidade 
de um material, S, a relação entre a massa específica do material e a massa 
específica de um material como padrão. No caso do líquido, essa substância é a 
água; tratando-se de gases, geralmente se adota o ar. A densidade da água é 1 
e do mercúrio é 13,6. A densidade de uma substância é a mesma em qualquer 
sistema de unidade. 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Prof. Roberto Vieira Pordeus 
 
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Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
14
Relação entre peso específico e volume específico. 
 g.
V
g.m
V
P UJ (13) 
Densidade de um corpo. A densidade relativa ou simplesmente densidade de um 
material, S, a relação entre a massa específica do material e a massa específica de um 
material como padrão. No caso do líquido, essa substância é a água; tratando-se de 
gases, geralmente se adota o ar. A densidade da água é 1 e do mercúrio é 13,6. A 
densidade de uma substância é a mesma em qualquer sistema de unidade. 
águaágua
S J
J
U
U (14) 
A massa específica e o peso específico da água variam ligeiramente com a 
temperatura; as relações aproximadas são 
 
� �
180
41000
2
2
�� TOHU (15) 
 
 
� �
18
49800
2
2
�� TOHJ (16) 
 
TABELA 4. Massas específicas, pesos específicos e densidades do ar e da água nas 
condições normais 
Massa específica U Peso específico J 
kg/m3 slug/ft3 N/m2 lb/ft3
densidade 
S 
Ar 1,23 0,0024 12,1 0,077 0,00123 
Água 1000 1,94 9810 62,4 1 
 
Para mercúrio, a gravidade específica é relacionada com a temperatura por 
 
 T,,SHg 00240613 � (17) 
 
5 – VISCOSIDADE 
VISCOSIDADE: A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” 
interna de um fluido. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade 
tem um papel primário na geração de turbulência. 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Prof. Roberto Vieira Pordeus 
 
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Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
19
VISCOSIDADE 
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É 
uma das propriedades que influencia a potência necessária para mover um aerofólio 
através da atmosfera. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade tem um 
papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a 
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada em nossos 
estudos de escoamento de fluidos. 
A taxa de deformação de um fluido é diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa viscosidade. Considere o escoamento da Fig. 8, no 
qual as partículas do fluido se movem na direção x com velocidades diferentes, de tal 
forma que as velocidades das partículas, u, varia com a coordenada y. Duas posições 
das partículas são mostradas em tempos diferentes; observe como as partículas se 
movem relativamente uma a outra. Para tal campo de escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a viscosidade P do fluido pela relação 
dy
duPW 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Movimento relativo de duas partículas do fluido na presença de tensões de 
cisalhamento 
Na qual W é a tensão de cisalhamento e u é a velocidade na direção x. As unidades 
de W são N/m2 ou Pa e para P são N s/m2. A quantidade du/dy é o gradiente de 
velocidade, e pode ser interpretada como uma taxa de deformação. 
A massa específica e o peso específico são propriedades que indicam o “peso” de 
um fluido. É claro, que estas propriedades não são suficientes para caracterizar o 
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Prof. Roberto Vieira Pordeus 
 
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Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
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VISCOSIDADE 
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É 
uma das propriedades que influencia a potência necessária para mover um aerofólio 
através da atmosfera. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade tem um 
papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a 
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada em nossos 
estudos de escoamento de fluidos. 
A taxa de deformação de um fluido é diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa viscosidade. Considere o escoamento da Fig. 8, no 
qual as partículas do fluido se movem na direção x com velocidades diferentes, de tal 
forma que as velocidades das partículas, u, varia com a coordenada y. Duas posições 
das partículas são mostradas em tempos diferentes; observe como as partículas se 
movem relativamente uma a outra. Para tal campo de escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a viscosidade P do fluido pela relação 
dy
duPW 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Movimento relativo de duas partículas do fluido na presença de tensões de 
cisalhamento 
Na qual W é a tensão de cisalhamento e u é a velocidade na direção x. As unidades 
de W são N/m2 ou Pa e para P são N s/m2. A quantidade du/dy é o gradiente develocidade, e pode ser interpretada como uma taxa de deformação. 
A massa específica e o peso específico são propriedades que indicam o “peso” de 
um fluido. É claro, que estas propriedades não são suficientes para caracterizar o 
A taxa de deformação de um fluido é 
diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido 
altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa 
viscosidade. 
P a r a t a l c a m p o d e 
escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a 
viscosidade µ do fluido pela 
relação 
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Departamento de Ciências Ambientais 
 
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VISCOSIDADE 
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É 
uma das propriedades que influencia a potência necessária para mover um aerofólio 
através da atmosfera. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade tem um 
papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a 
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada em nossos 
estudos de escoamento de fluidos. 
A taxa de deformação de um fluido é diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa viscosidade. Considere o escoamento da Fig. 8, no 
qual as partículas do fluido se movem na direção x com velocidades diferentes, de tal 
forma que as velocidades das partículas, u, varia com a coordenada y. Duas posições 
das partículas são mostradas em tempos diferentes; observe como as partículas se 
movem relativamente uma a outra. Para tal campo de escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a viscosidade P do fluido pela relação 
dy
duPW 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Movimento relativo de duas partículas do fluido na presença de tensões de 
cisalhamento 
Na qual W é a tensão de cisalhamento e u é a velocidade na direção x. As unidades 
de W são N/m2 ou Pa e para P são N s/m2. A quantidade du/dy é o gradiente de 
velocidade, e pode ser interpretada como uma taxa de deformação. 
A massa específica e o peso específico são propriedades que indicam o “peso” de 
um fluido. É claro, que estas propriedades não são suficientes para caracterizar o 
5 – VISCOSIDADE 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
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Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
19
VISCOSIDADE 
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É 
uma das propriedades que influencia a potência necessária para mover um aerofólio 
através da atmosfera. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade tem um 
papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a 
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada em nossos 
estudos de escoamento de fluidos. 
A taxa de deformação de um fluido é diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa viscosidade. Considere o escoamento da Fig. 8, no 
qual as partículas do fluido se movem na direção x com velocidades diferentes, de tal 
forma que as velocidades das partículas, u, varia com a coordenada y. Duas posições 
das partículas são mostradas em tempos diferentes; observe como as partículas se 
movem relativamente uma a outra. Para tal campo de escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a viscosidade P do fluido pela relação 
dy
duPW 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Movimento relativo de duas partículas do fluido na presença de tensões de 
cisalhamento 
Na qual W é a tensão de cisalhamento e u é a velocidade na direção x. As unidades 
de W são N/m2 ou Pa e para P são N s/m2. A quantidade du/dy é o gradiente de 
velocidade, e pode ser interpretada como uma taxa de deformação. 
A massa específica e o peso específico são propriedades que indicam o “peso” de 
um fluido. É claro, que estas propriedades não são suficientes para caracterizar o 
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Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
20
comportamento dos fluidos porque dois fluidos (como água e o óleo) podem 
apresentar massas específicas aproximadamente iguais, mas se comportar muito 
distintamente quando escoam. Assim torna-se aparente que é necessário alguma 
propriedade adicional para descrever a “fluidez” das substâncias. 
Definimos um fluido como sendo uma substância que se deforma continuamente 
sob a ação de uma tensão de cisalhamento. 
A viscosidade de um fluido é propriedade que determina o grau de sua resistência à 
força cisalhante. A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna 
de um fluido. 
Resistência à deformação dos fluidos em movimento: não se manifesta se o fluido 
se encontrar em repouso. A ação da viscosidade representa uma forma de atrito 
interno, exercendo-se entre partículas adjacentes que se deslocam com velocidades 
diferentes. A viscosidade é uma propriedade termodinâmica (depende de T e P). 
 
 
 
 
 (a) (b) 
 
FIGURA 9. Deformação do material colocado entre duas placas paralelas. (a) Forças 
que atuam na placa superior 
 
 
 
 
FIGURA 10. Comportamento de um fluido localizado entre duas placas paralelas 
 
Num pequeno intervalo de tempo, Gt, uma linha vertical AB no fluido rotaciona de 
um ângulo GE, Assim, 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Prof. Roberto Vieira Pordeus 
 
____________________________________________________________________________________ 
Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
20
comportamento dos fluidos porque dois fluidos (como água e o óleo) podem 
apresentar massas específicas aproximadamente iguais, mas se comportar muito 
distintamente quando escoam. Assim torna-se aparente que é necessário alguma 
propriedade adicional para descrever a “fluidez” das substâncias. 
Definimos um fluido como sendo uma substância que se deforma continuamente 
sob a ação de uma tensão de cisalhamento. 
A viscosidade de um fluido é propriedade que determina o grau de sua resistência à 
força cisalhante. A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna 
de um fluido. 
Resistência à deformação dos fluidos em movimento: não se manifesta se o fluido 
se encontrar em repouso. A ação da viscosidade representa uma forma de atrito 
interno, exercendo-se entre partículas adjacentes que se deslocam com velocidades 
diferentes. A viscosidade é uma propriedade termodinâmica (depende de T e P). 
 
 
 
 
 (a) (b) 
 
FIGURA 9. Deformação do material colocado entre duasplacas paralelas. (a) Forças 
que atuam na placa superior 
 
 
 
 
FIGURA 10. Comportamento de um fluido localizado entre duas placas paralelas 
 
Num pequeno intervalo de tempo, Gt, uma linha vertical AB no fluido rotaciona de 
um ângulo GE, Assim, 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
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21
 
b
atan GGEGE | (22) 
Como tUa GG , segue que 
 
b
tU GGE (23)
 Neste caso, GE não depende apenas da força P (que determina U), mas também 
do tempo. Assim, não é razoável tentar relacionar a tensão de cisalhamento, W, com GE 
(como fizemos para o sólido). Em vez disso, nós vamos relacionar a tensão de 
cisalhamento com a taxa de variação de GE com o tempo. A taxa de deformação por 
cisalhamento, J, é definida por 
 
tlimt G
GEJ
G 0o
 (24) 
que, neste caso (o do escoamento entre duas placas paralelas), é igual a 
 
dy
du
b
U J (25) 
Variando as condições do experimento, obteremos que a tensão de cisalhamento 
aumenta se aumentarmos o valor de P � �AP W e que a taxa de deformação por 
cisalhamento, J, aumenta proporcionalmente, ou seja, 
JDW ou 
dy
duDW (26) 
Para fluidos comuns (como a água, óleo, gasolina e ar) a tensão de cisalhamento e 
a taxa de deformação por cisalhamento (gradiente de velocidade) podem ser 
relacionadas pela equação seguinte 
 
 
 (27) 
 
 
onde a constante de proporcionalidade, P, é denominada viscosidade dinâmica do 
fluido 
 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
 
Líquido: A viscosidade diminui com o aumento da temperatura. 
A viscosidade é muito dependente da temperatura nos líquidos nos quais as 
forças coesivas têm papel dominante; observe que a viscosidade dos líquidos 
decresce com o aumento da temperatura. 
 (30) tBeA P
Conhecida como equação de Andrade; as constantes A e B seriam determinadas 
por meio de dados medidos. 
Gás: A viscosidade aumenta com o aumento da temperatura. 
Se a tensão de cisalhamento do fluido é diretamente proporcional ao gradiente 
de velocidade, como assumimos na equação 2, o fluido é conhecido como um 
fluido newtoniano. Muitos fluidos comuns, tais como o ar, a água e o óleo, são 
newtonianos. Os fluidos não-newtonianos, com relações de tensão de cisalhamento 
versus a taxa de esforço como mostradas na Fig. 1.8, muitas vezes têm uma 
composição molecular complexa. 
 
_______________________________________________________________________ 
Notas de aula - Mecânica dos Fluidos - Prof. Roberto Vieira Pordeus 
Departamento de Ciências Ambientais - Engenharia Agrícola 
 
22
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 13 Fluidos newtonianos e não-newtonianos 
 
Diferença entre fluido Ideal, fluido Newtoniano e fluido não Newtoniano 
Fluido Ideal: Fluido que não possui viscosidade. 
Fluido Newtoniano: Fluido que se comporta segundo o modelo proposto por 
Isaac Newton 
 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
 
Líquido: A viscosidade diminui com o aumento da temperatura. 
A viscosidade é muito dependente da temperatura nos líquidos nos quais as 
forças coesivas têm papel dominante; observe que a viscosidade dos líquidos 
decresce com o aumento da temperatura. 
 (30) tBeA P
Conhecida como equação de Andrade; as constantes A e B seriam determinadas 
por meio de dados medidos. 
Gás: A viscosidade aumenta com o aumento da temperatura. 
Se a tensão de cisalhamento do fluido é diretamente proporcional ao gradiente 
de velocidade, como assumimos na equação 2, o fluido é conhecido como um 
fluido newtoniano. Muitos fluidos comuns, tais como o ar, a água e o óleo, são 
newtonianos. Os fluidos não-newtonianos, com relações de tensão de cisalhamento 
versus a taxa de esforço como mostradas na Fig. 1.8, muitas vezes têm uma 
composição molecular complexa. 
 
_______________________________________________________________________ 
Notas de aula - Mecânica dos Fluidos - Prof. Roberto Vieira Pordeus 
Departamento de Ciências Ambientais - Engenharia Agrícola 
 
22
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 13 Fluidos newtonianos e não-newtonianos 
 
Diferença entre fluido Ideal, fluido Newtoniano e fluido não Newtoniano 
Fluido Ideal: Fluido que não possui viscosidade. 
Fluido Newtoniano: Fluido que se comporta segundo o modelo proposto por 
Isaac Newton 
5 – VISCOSIDADE 
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Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
22
µ ĺ Viscosidade dinâmica ou absoluta [N.s m
-2
] S.I. 
Freqüentemente a viscosidade absoluta é expressa em centipoise em homenagem a 
Poiseuille. 
20002210033701
781
TT
P
,,
,
��
 (28) 
onde T é temperatura em graus Celsius. 
Viscosidade Cinemática 
> 12 � smv U @P (29) 
Os gráficos de W em função de dydu devem ser retas com inclinação igual a 
viscosidade dinâmica. 
O valor da viscosidade dinâmica varia de fluido para fluido, e para um fluido em 
particular, esta viscosidade depende muito da temperatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 11 Variação da tesão de cisalhamento com a taxa de deformação 
 
 
 
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Líquido: A viscosidade diminui com o aumento da temperatura. 
A viscosidade é muito dependente da temperatura nos líquidos nos quais as 
forças coesivas têm papel dominante; observe que a viscosidade dos líquidos 
decresce com o aumento da temperatura. 
 (30) tBeA P
Conhecida como equação de Andrade; as constantes A e B seriam determinadas 
por meio de dados medidos. 
Gás: A viscosidade aumenta com o aumento da temperatura. 
Se a tensão de cisalhamento do fluido é diretamente proporcional ao gradiente 
de velocidade, como assumimos na equação 2, o fluido é conhecido como um 
fluido newtoniano. Muitos fluidos comuns, tais como o ar, a água e o óleo, são 
newtonianos. Os fluidos não-newtonianos, com relações de tensão de cisalhamento 
versus a taxa de esforço como mostradas na Fig. 1.8, muitas vezes têm uma 
composição molecular complexa. 
 
_______________________________________________________________________ 
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Departamento de Ciências Ambientais - Engenharia Agrícola 
 
22
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 13 Fluidos newtonianos e não-newtonianos 
 
Diferença entre fluido Ideal, fluido Newtoniano e fluido não Newtoniano 
Fluido Ideal: Fluido que não possui viscosidade. 
Fluido Newtoniano: Fluido que se comporta segundo o modelo proposto por 
Isaac Newton 
5 – VISCOSIDADE 
VISCOSIDADE DINÂMICA: 
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Departamento de Ciências Ambientais19
VISCOSIDADE 
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É 
uma das propriedades que influencia a potência necessária para mover um aerofólio 
através da atmosfera. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade tem um 
papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a 
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada em nossos 
estudos de escoamento de fluidos. 
A taxa de deformação de um fluido é diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa viscosidade. Considere o escoamento da Fig. 8, no 
qual as partículas do fluido se movem na direção x com velocidades diferentes, de tal 
forma que as velocidades das partículas, u, varia com a coordenada y. Duas posições 
das partículas são mostradas em tempos diferentes; observe como as partículas se 
movem relativamente uma a outra. Para tal campo de escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a viscosidade P do fluido pela relação 
dy
duPW 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Movimento relativo de duas partículas do fluido na presença de tensões de 
cisalhamento 
Na qual W é a tensão de cisalhamento e u é a velocidade na direção x. As unidades 
de W são N/m2 ou Pa e para P são N s/m2. A quantidade du/dy é o gradiente de 
velocidade, e pode ser interpretada como uma taxa de deformação. 
A massa específica e o peso específico são propriedades que indicam o “peso” de 
um fluido. É claro, que estas propriedades não são suficientes para caracterizar o 
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____________________________________________________________________________________ 
Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
21
 
b
atan GGEGE | (22) 
Como tUa GG , segue que 
 
b
tU GGE (23)
 Neste caso, GE não depende apenas da força P (que determina U), mas também 
do tempo. Assim, não é razoável tentar relacionar a tensão de cisalhamento, W, com GE 
(como fizemos para o sólido). Em vez disso, nós vamos relacionar a tensão de 
cisalhamento com a taxa de variação de GE com o tempo. A taxa de deformação por 
cisalhamento, J, é definida por 
 
tlimt G
GEJ
G 0o
 (24) 
que, neste caso (o do escoamento entre duas placas paralelas), é igual a 
 
dy
du
b
U J (25) 
Variando as condições do experimento, obteremos que a tensão de cisalhamento 
aumenta se aumentarmos o valor de P � �AP W e que a taxa de deformação por 
cisalhamento, J, aumenta proporcionalmente, ou seja, 
JDW ou 
dy
duDW (26) 
Para fluidos comuns (como a água, óleo, gasolina e ar) a tensão de cisalhamento e 
a taxa de deformação por cisalhamento (gradiente de velocidade) podem ser 
relacionadas pela equação seguinte 
 
 
 (27) 
 
 
onde a constante de proporcionalidade, P, é denominada viscosidade dinâmica do 
fluido 
a constante de 
proporcionalidade, µ, é 
denominada viscosidade 
dinâmica do 
fluido 
5 – VISCOSIDADE 
VISCOSIDADE CINEMÁTICA 
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19
VISCOSIDADE 
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É 
uma das propriedades que influencia a potência necessária para mover um aerofólio 
através da atmosfera. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade tem um 
papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a 
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada em nossos 
estudos de escoamento de fluidos. 
A taxa de deformação de um fluido é diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa viscosidade. Considere o escoamento da Fig. 8, no 
qual as partículas do fluido se movem na direção x com velocidades diferentes, de tal 
forma que as velocidades das partículas, u, varia com a coordenada y. Duas posições 
das partículas são mostradas em tempos diferentes; observe como as partículas se 
movem relativamente uma a outra. Para tal campo de escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a viscosidade P do fluido pela relação 
dy
duPW 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Movimento relativo de duas partículas do fluido na presença de tensões de 
cisalhamento 
Na qual W é a tensão de cisalhamento e u é a velocidade na direção x. As unidades 
de W são N/m2 ou Pa e para P são N s/m2. A quantidade du/dy é o gradiente de 
velocidade, e pode ser interpretada como uma taxa de deformação. 
A massa específica e o peso específico são propriedades que indicam o “peso” de 
um fluido. É claro, que estas propriedades não são suficientes para caracterizar o 
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Departamento de Ciências Ambientais 
 
21
 
b
atan GGEGE | (22) 
Como tUa GG , segue que 
 
b
tU GGE (23)
 Neste caso, GE não depende apenas da força P (que determina U), mas também 
do tempo. Assim, não é razoável tentar relacionar a tensão de cisalhamento, W, com GE 
(como fizemos para o sólido). Em vez disso, nós vamos relacionar a tensão de 
cisalhamento com a taxa de variação de GE com o tempo. A taxa de deformação por 
cisalhamento, J, é definida por 
 
tlimt G
GEJ
G 0o
 (24) 
que, neste caso (o do escoamento entre duas placas paralelas), é igual a 
 
dy
du
b
U J (25) 
Variando as condições do experimento, obteremos que a tensão de cisalhamento 
aumenta se aumentarmos o valor de P � �AP W e que a taxa de deformação por 
cisalhamento, J, aumenta proporcionalmente, ou seja, 
JDW ou 
dy
duDW (26) 
Para fluidos comuns (como a água, óleo, gasolina e ar) a tensão de cisalhamento e 
a taxa de deformação por cisalhamento (gradiente de velocidade) podem ser 
relacionadas pela equação seguinte 
 
 
 (27) 
 
 
onde a constante de proporcionalidade, P, é denominada viscosidade dinâmica do 
fluido 
µC =
µD
ρ
5 – VISCOSIDADE 
6 – ELASTICIDADE 
Sob a ação de uma força F, seja V o volume de um fluido, à pressão unitária P. 
Dando a força F o acréscimo dF, a pressão aumentará de dP e o volume diminuirá 
dV. A variação relativa de volume é dV V . 
 
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dy
duPW (31) 
Fluido não-Newtoniano: Fluido que se comporta de maneira diversa do 
modelo por Newton. 
 
Comportamento dos fluidos viscosos 
Parâmetros de Análise: 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELASTICIDADE 
Sob a ação de uma força F, seja V o volume de um fluido, à pressão unitária P. 
Dando a força F o acréscimo dF, a pressão aumentará de dP e o volume diminuirá 
dV. A variaçãorelativa de volume é VdV . 
Módulo de elasticidade = 
VdV
dPE
VdV
dPE � (32) 
Nas transformações isotérmicas tem-se 
2211 VPVP e PE Sendo P a pressão final (P2). (33) 
Nas transformações adiabáticas, tem-se: 
 
kk VPVP 2211 e k constante adiabática e P a pressão final (PPkE 2). (34) 
 
 
_______________________________________________________________________ 
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23
7 – COMPRESSIBILIDADE 
É o inverso da elasticidade. 
 
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COMPRESSIBILIDADE 
É o inverso da elasticidade 
 
dP
d
dP
VdVC
E
C UU Ÿ 1 (35) 
 
Exemplos. Devido ao acréscimo de pressão dP = 200 Pa, um fluido apresenta 
diminuição de 2,5% do seu volume inicial. Achar o módulo de elasticidade desse 
fluido. 
20008
0250
200025052 m/N
,VdV
dPE,%,
V
dV Ÿ . 
 
PRESSÃO DE VAPOR 
É a pressão parcial da fase de vapor em equilíbrio com a fase líquida de uma 
substância a uma determinada temperatura. 
Um líquido entra em ebulição quando a pressão local for igual à sua pressão de 
vapor àquela temperatura. Portanto, existem duas maneiras para provocar ebulição 
em um líquido: 
1. Aumentar sua temperatura 
2. Diminuir a pressão local (cavitação). 
 FIGURA 14 Distribuição da pressão de vapor 
 
_______________________________________________________________________ 
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Departamento de Ciências Ambientais - Engenharia Agrícola 
 
24
PRESSÃO DE VAPOR: É a pressão parcial da fase de vapor em equilíbrio com a 
fase líquida de uma substância a uma determinada temperatura. 
Um líquido entra em ebulição quando a pressão local for igual à sua pressão de 
vapor àquela temperatura. Portanto, existem duas maneiras para provocar 
ebulição em um líquido: 
 
1. Aumentar sua temperatura 
2. Diminuir a pressão local (cavitação). 
8 – PRESSÃO DE VAPOR 
 
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COMPRESSIBILIDADE 
É o inverso da elasticidade 
 
dP
d
dP
VdVC
E
C UU Ÿ 1 (35) 
 
Exemplos. Devido ao acréscimo de pressão dP = 200 Pa, um fluido apresenta 
diminuição de 2,5% do seu volume inicial. Achar o módulo de elasticidade desse 
fluido. 
20008
0250
200025052 m/N
,VdV
dPE,%,
V
dV Ÿ . 
 
PRESSÃO DE VAPOR 
É a pressão parcial da fase de vapor em equilíbrio com a fase líquida de uma 
substância a uma determinada temperatura. 
Um líquido entra em ebulição quando a pressão local for igual à sua pressão de 
vapor àquela temperatura. Portanto, existem duas maneiras para provocar ebulição 
em um líquido: 
1. Aumentar sua temperatura 
2. Diminuir a pressão local (cavitação). 
 FIGURA 14 Distribuição da pressão de vapor 
 
_______________________________________________________________________ 
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24
8 – PRESSÃO DE VAPOR 
9 – TENSÃO SUPERFICIAL 
É a tensão de tração interfacial aparente agindo num líquido. É uma 
propriedade que resulta de forças atrativas entre moléculas. Manifesta-se apenas 
em líquidos, na sua interface. 
 
A tensão superficial tem unidades de força por unidade de comprimento, N/m. 
 
A força devida à tensão superficial resulta do comprimento multiplicado pela 
tensão superficial; o comprimento a ser usado é o comprimento do fluido em 
contato com o sólido, ou a circunferência, no caso de uma bolha. 
 
 
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FIGURA 16. Forças internas em (a) uma gotícula e (b) uma bolha 
A força da pressão, , na gotícula, equilibra a força de tensão superficial 
em volta da circunferência. Então 
2RpS
 (36) VSS RRp 22 
 
R
p V2 ? (37) 
Similarmente, a força de pressão na bolha é equilibrada pelas forças da tensão 
superficial nas duas circunferências. Assim, 
 (38) � VSS RRp 2x22 �
 
R
p V4 ? (39) 
A Figura abaixo mostra a elevação de um líquido em um tubo capilar de vidro 
limpo devido a tensão 
superficial. O líquido faz um 
ângulo de contato E com o tubo 
de vidro. Experiências têm 
mostrado que este ângulo, 
tanto para água como para a 
maioria dos líquidos, em um 
tubo de vidro limpo, é zero. 
 
 
FIGURA 17 Elevação de um tubo capilar 
_______________________________________________________________________ 
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26
 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 16. Forças internas em (a) uma gotícula e (b) uma bolha 
A força da pressão, , na gotícula, equilibra a força de tensão superficial 
em volta da circunferência. Então 
2RpS
 (36) VSS RRp 22 
 
R
p V2 ? (37) 
Similarmente, a força de pressão na bolha é equilibrada pelas forças da tensão 
superficial nas duas circunferências. Assim, 
 (38) � VSS RRp 2x22 �
 
R
p V4 ? (39) 
A Figura abaixo mostra a elevação de um líquido em um tubo capilar de vidro 
limpo devido a tensão 
superficial. O líquido faz um 
ângulo de contato E com o tubo 
de vidro. Experiências têm 
mostrado que este ângulo, 
tanto para água como para a 
maioria dos líquidos, em um 
tubo de vidro limpo, é zero. 
 
 
FIGURA 17 Elevação de um tubo capilar 
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26
9 – TENSÃO SUPERFICIAL 
Gás ideal 
 
•  Gás ideal (ou gás perfeito): é aquele onde a energia de interação entre as 
moléculas é desprezível. 
•  Boa aproximação: quando separação média entre as moléculas é tão grande 
que se pode negligenciar a interação entre elas. 
•  Situação atingida a pressões muito baixas, quando o número de moléculas por 
unidade de volume é suficientemente pequeno. 
10 – LEI DOS GASES PERFEITOS 
A descrição dos gases
Gás ideal
gás ideal (ou gás perfeito): é aquele onde a energia de interação entre
as moléculas é desprezível
boa aproximação: quando separação média entre as moléculas é tão
grande que se pode negligenciar a interação entre elas
situação atingida a pressões muito baixas, quando o número de
moléculas por unidade de volume é suficientemente pequeno
A equação de estado de um gás ideal
pV = nRT
R ⌘ constante dos gases perfeitos
(determinada experimentalmente)
aparicio@iqm.unicamp.br () QG107 - 1s/2009 Aula 2 - Gases 5 / 20
Gás ideal
Lei de Boyle (1662)
O volume de uma quantidade fixa de gás, numa temperatura fixa, é
inversamente proporcional à pressão
para n e T constantes (n = n0, T = T0), temos
pV = n0RT0 = cte. ) p = cte.V
ou
p1V1 = p2V2
aparicio@iqm.unicamp.br () QG107 - 1s/2009 Aula 2 - Gases 6 / 20
Gás ideal
Lei de Charles (ou Lei de Gay-Lussac)
para uma quantidade fixa de gás, mantida a uma pressão constante, o
volume ocupado é diretamente proporcional à temperatura
para n e p constantes (n = n0, p = p0), temos
p0V = n0RT ) V = cte.⇥ T ou V / T (n, p constantes)
similarmente, para n e V constantes (n = n0, V = V0),
pV0 = n0RT ) p = cte.0 ⇥ T ou p / T (n, V constantes)
aparicio@iqm.unicamp.br () QG107 - 1s/2009 Aula 2 - Gases 7 / 20
Gás ideal
Princípio de Avogadro
volumes iguais de gases a uma mesma temperatura e pressão contém o
mesmo númerode partículas
fazendo a temperatura e pressão constantes na Lei dos Gases Ideais,
vemos que
p0V = nRT0 ) V = cte.⇥ n ou V / n (p, T constantes)
volume molar de alguns gases em L/mol
(0�C e 1 atm de pressão)
volume molar:
Vm =
V
n
aparicio@iqm.unicamp.br () QG107 - 1s/2009 Aula 2 - Gases 8 / 20
A descrição dos gases
Gás ideal
gás ideal (ou gás perfeito): é aquele onde a energia de interação entre
as moléculas é desprezível
boa aproximação: quando separação média entre as moléculas é tão
grande que se pode negligenciar a interação entre elas
situação atingida a pressões muito baixas, quando o número de
moléculas por unidade de volume é suficientemente pequeno
A equação de estado de um gás ideal
pV = nRT
R ⌘ constante dos gases perfeitos
(determinada experimentalmente)
aparicio@iqm.unicamp.br () QG107 - 1s/2009 Aula 2 - Gases 5 / 20
Gás ideal
Lei de Boyle (1662)
O volume de uma quantidade fixa de gás, numa temperatura fixa, é
inversamente proporcional à pressão
para n e T constantes (n = n0, T = T0), temos
pV = n0RT0 = cte. ) p = cte.V
ou
p1V1 = p2V2
aparicio@iqm.unicamp.br () QG107 - 1s/2009 Aula 2 - Gases 6 / 20
Gás ideal
Lei de Charles (ou Lei de Gay-Lussac)
para uma quantidade fixa de gás, mantida a uma pressão constante, o
volume ocupado é diretamente proporcional à temperatura
para n e p constantes (n = n0, p = p0), temos
p0V = n0RT ) V = cte.⇥ T ou V / T (n, p constantes)
similarmente, para n e V constantes (n = n0, V = V0),
pV0 = n0RT ) p = cte.0 ⇥ T ou p / T (n, V constantes)
aparicio@iqm.unicamp.br () QG107 - 1s/2009 Aula 2 - Gases 7 / 20
Gás ideal
Princípio de Avogadro
volumes iguais de gases a uma mesma temperatura e pressão contém o
mesmo número de partículas
fazendo a temperatura e pressão constantes na Lei dos Gases Ideais,
vemos que
p0V = nRT0 ) V = cte.⇥ n ou V / n (p, T constantes)
volume molar de alguns gases em L/mol
(0�C e 1 atm de pressão)
volume molar:
Vm =
V
n
aparicio@iqm.unicamp.br () QG107 - 1s/2009 Aula 2 - Gases 8 / 20
Os	
   resultados	
   para	
   diversas	
   temperaturas	
   são	
   esboça-­‐dos	
   na	
   figura	
   abaixo.	
  
Quando	
   as	
   taxas	
   são	
   extrapoladas	
   para	
   a	
   pressão	
   zero,	
  precisamente	
   o	
  mesmo	
  
valor	
  limítrofe	
  é	
  ob3do	
  para	
  cada	
  curva.	
  Isto	
  é,	
  
0 0
lim ou lim
Sendo .
 .
P P
Pv PvR R
T T
vv v v PM
PM
RR R R PM
PM
→ →
= =
= → =
= → =
Onde PM é o peso atômico ou molecular do gás. 
10 – LEI DOS GASES PERFEITOS 
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VISCOSIDADE 
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É 
uma das propriedades que influencia a potência necessária para mover um aerofólio 
através da atmosfera. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade tem um 
papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a 
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada em nossos 
estudos de escoamento de fluidos. 
A taxa de deformação de um fluido é diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa viscosidade. Considere o escoamento da Fig. 8, no 
qual as partículas do fluido se movem na direção x com velocidades diferentes, de tal 
forma que as velocidades das partículas, u, varia com a coordenada y. Duas posições 
das partículas são mostradas em tempos diferentes; observe como as partículas se 
movem relativamente uma a outra. Para tal campo de escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a viscosidade P do fluido pela relação 
dy
duPW 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Movimento relativo de duas partículas do fluido na presença de tensões de 
cisalhamento 
Na qual W é a tensão de cisalhamento e u é a velocidade na direção x. As unidades 
de W são N/m2 ou Pa e para P são N s/m2. A quantidade du/dy é o gradiente de 
velocidade, e pode ser interpretada como uma taxa de deformação. 
A massa específica e o peso específico são propriedades que indicam o “peso” de 
um fluido. É claro, que estas propriedades não são suficientes para caracterizar o 
A taxa de deformação de um fluido é 
diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido 
altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa 
viscosidade. 
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VISCOSIDADE 
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É 
uma das propriedades que influencia a potência necessária para mover um aerofólio 
através da atmosfera. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade tem um 
papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a 
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada em nossos 
estudos de escoamento de fluidos. 
A taxa de deformação de um fluido é diretamente ligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa viscosidade. Considere o escoamento da Fig. 8, no 
qual as partículas do fluido se movem na direção x com velocidades diferentes, de tal 
forma que as velocidades das partículas, u, varia com a coordenada y. Duas posições 
das partículas são mostradas em tempos diferentes; observe como as partículas se 
movem relativamente uma a outra. Para tal campo de escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a viscosidade P do fluido pela relação 
dy
duPW 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Movimento relativo de duas partículas do fluido na presença de tensões de 
cisalhamento 
Na qual W é a tensão de cisalhamento e u é a velocidade na direção x. As unidades 
de W são N/m2 ou Pa e para P são N s/m2. A quantidade du/dy é o gradiente de 
velocidade, e pode ser interpretada como uma taxa de deformação. 
A massa específica e o peso específico são propriedades que indicam o “peso” de 
um fluido. É claro, que estas propriedades não são suficientes para caracterizar o 
11 – LEI DA VISCOSIDADE DE NEWTON 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Prof. Roberto Vieira Pordeus 
 
____________________________________________________________________________________ 
Notas de aula – Fenômenos de Transporte: Mecânica dos Fluidos – Definições e Propriedades 
Departamento de Ciências Ambientais 
 
19
VISCOSIDADE 
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É 
uma das propriedades que influencia a potência necessária para mover um aerofólio 
através da atmosfera. Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao 
transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações. Além disso a viscosidade tem um 
papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a 
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada em nossos 
estudos de escoamento de fluidos. 
A taxa de deformação de um fluido é diretamenteligada à viscosidade do fluido. 
Para uma determinada tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa 
menor do que um fluido com baixa viscosidade. Considere o escoamento da Fig. 8, no 
qual as partículas do fluido se movem na direção x com velocidades diferentes, de tal 
forma que as velocidades das partículas, u, varia com a coordenada y. Duas posições 
das partículas são mostradas em tempos diferentes; observe como as partículas se 
movem relativamente uma a outra. Para tal campo de escoamento simples, no qual 
u = u(y), podemos definir a viscosidade P do fluido pela relação 
dy
duPW 
 
 
 
 
 
 
Figura 8. Movimento relativo de duas partículas do fluido na presença de tensões de 
cisalhamento 
Na qual W é a tensão de cisalhamento e u é a velocidade na direção x. As unidades 
de W são N/m2 ou Pa e para P são N s/m2. A quantidade du/dy é o gradiente de 
velocidade, e pode ser interpretada como uma taxa de deformação. 
A massa específica e o peso específico são propriedades que indicam o “peso” de 
um fluido. É claro, que estas propriedades não são suficientes para caracterizar o 
12 – FLUIDOS NEWTONIANOS E NÃO 
NEWTONIANOS 
Diferença entre fluido Newtoniano e Não Newtoniano: 
τ
dudy
Constante, 
independente da 
taxa de deformação 
imposta. 
Dependente da taxa 
de deformação 
imposta ao fluido. 
Parâmetro de Análise: 
ESCOLA DE ENGENHARIA 
 
 
Fluido Não Newtoniano 
Pseudoplástico 
com cedência 
Plástico (Bingham) 
Newtoniano 1 
Newtoniano 2 
Pseudoplástico 
W 
dy
dV
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Designação de 
comportamento 
 
Equação Reológica 
 
Exemplos de Fluidos e Misturas 
 
Plástico ou de 
Bingham dy
dV
Pc PW W � 
x Lamas de esgoto 
x Misturas concentradas de minérios 
em água 
x Pó de carvão em água 
 
Pseudoplástico 
n
dy
dVk ¸¸¹
·
¨¨©
§ W 
x Polpa de papel em água 
x Tintas e vernizes 
x Pó de cimento em água 
x Sangue 
 
Pseudoplástico 
com cedência 
n
c dy
dVk ¸¸¹
·
¨¨©
§ WW 
x Suspensão de argila em água 
x Solução de polímeros 
 
Newtoniano 
dy
dVPW 
x Água 
x Ar 
x Óleos 
 
 
Notas de aula - Mecânica dos Fluidos - Prof. Marcos Pinotti 
Departamento de Engenharia Mecânica – Universidade Federal de Minas Gerais 
ESCOLA DE ENGENHARIA 
 
 
Fluido Não Newtoniano 
Pseudoplástico 
com cedência 
Plástico (Bingham) 
Newtoniano 1 
Newtoniano 2 
Pseudoplástico 
W 
dy
dV
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Designação de 
comportamento 
 
Equação Reológica 
 
Exemplos de Fluidos e Misturas 
 
Plástico ou de 
Bingham dy
dV
Pc PW W � 
x Lamas de esgoto 
x Misturas concentradas de minérios 
em água 
x Pó de carvão em água 
 
Pseudoplástico 
n
dy
dVk ¸¸¹
·
¨¨©
§ W 
x Polpa de papel em água 
x Tintas e vernizes 
x Pó de cimento em água 
x Sangue 
 
Pseudoplástico 
com cedência 
n
c dy
dVk ¸¸¹
·
¨¨©
§ WW 
x Suspensão de argila em água 
x Solução de polímeros 
 
Newtoniano 
dy
dVPW 
x Água 
x Ar 
x Óleos 
 
 
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Departamento de Engenharia Mecânica – Universidade Federal de Minas Gerais

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