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Direito dos Contratos Resumo de Várias Espécies de Contratos

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DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATOS
Por Aprígio Teles
1. DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA: é um contrato bilateral pela qual uma das 
partes (vendedor) se obriga a transferir o domínio e uma coisa a outra parte (comprador), 
mediante a compensação de certo preço em dinheiro ou título de crédito.
1.1. OBJETO: bens de toda natureza, móvel ou imóvel. A transferência de domínio de bens 
móveis se dar com a tradição real, ficta ou simbólica, e a dos bens imóveis com o registro 
público.
1.2. NATUREZA JURÍDICA: trata-se de um contrato bilateral, oneroso e, em regra, 
consensual e comutativo.
1.3. ELEMENTOS: são três os elementos da compra e venda, a saber:
a) COISA CERTA: deve ter existência, individualização e disponibilidade;
b) PREÇO: deve ser em dinheiro (art. 482) ou em título de crédito segundo a doutrina;
c) CONSENTIMENTO: diz respeito a capacidade do agente segundo ao art. 104, I.
1.4. EFEITOS: 
a) Responsabilidade civil: o principal efeitos desse contrato é geral direitos e obrigações 
(observados os vícios redibitórios e a evicção);
b) Tradição ou registro público: trata-se de efeito secundário do contrato em questão, que 
é exatamente a transferência do domínio do bem, art. 492. Há também a repartição de 
despesas (art. 490) e a possível retenção da coisa (art. 491). 
1.5. LIMITES A COMPRA E VENDA: são algumas situações e que é vedada a lavratura de 
um contrato de compra e venda, a saber:
a) Entre ascendente e descendente: exceção feita ao consentimento nos regimes de 
separação de bens, art. 496;
b) Pessoa responsável pelo vendedor, art. 497;
c) Venda entre cônjuge: exceção feita aos bens excluídos da comunhão;
d) Venda de bens entre condôminos/copropriedade, art. 504. 
1.6. CLÁUSULAS ESPECIAIS A COMPRA E VENDA: 
1.6.1. RETROVENDA: trata-se de uma condição resolutiva, em que as partes 
estabelecem que, no prazo de 3 anos, o vendedor poderá reaver o bem vendido. Em caso 
de recusa do comprador, deverá o vendedor fazer um depósito judicial e ajuizar uma 
ação de consignação em pagamento (arts. 505 ao 507);
1.6.2. DA VENDA A CONTENTO E SUJEITO A PROVA: trata-se de uma condição 
suspensiva, em que a venda fica suspensa até que o comprador se contente com o objeto 
comprado, no prazo convencionado pelas partes ou determinado pelo juiz (arts. 509 ao 
512);
1.6.3. PACTO DE PREFERÊNCIA OU PREEMPÇÃO: é a obrigação do comprador de 
oferecer o objeto da compra ao vendedor, quando aquele for vender o objeto. O prazo 
para exercer o direito é de 180, se móvel, e 2 anos, se imóvel, já o prazo para responder 
a notificação será de 3 dias, se móvel, e 60 dias, se imóvel. Havendo recursa caberá a 
execução contratual e não pode haver transferência de direito a herdeiros. Arts. 513 ao 
517;
16.4. DA ALIENAÇÃO COM RESERVA DE DOMÍNIO: é a venda em que o vendedor 
não transfere o domínio ao comprador, ficando o bem como garantia do cumprimento da 
obrigação, art. 521;
16.5. DA VENDA SOBRE DOCUMENTOS: é o negócio feito mediante a entrega dos 
documentos do bem, é a tradição simbólica.
1
2. DO CONTRATO DE TROCA OU PERMUTA: é o contrato pelo qual as partes se obrigam a 
dar uma coisa pela outra, que não seja dinheiro. 
2.1. OBJETO: bens de toda natureza, móvel ou imóvel.
2.2. NATUREZA JURÍDICA: trata-se de contrato bilateral, consensual (salvo quando for 
bem imóvel onde será formal – registro público), oneroso e comutativo.
2.3. REGULAMENTO JURÍDICO: aplica-se todas as disposições gerais referentes ao 
contrato de compra e venda, no que couber, art. 533. 
3. DO CONTRATO ESTIMATÓRIO: é o contrato pelo qual uma das partes entrega bens 
móveis a outro, ficando esta outra obrigado a vendê-los, obrigando a pagar o preço 
previamente ajustado, se não preferir restituir dentro do prazo estabelecido. É o contrato 
entre o vendedor e o corretor.
3.1. OBJETO: apenas bens móveis. Regula-se pelo art. 534.
3.2. EFEITOS:
a) Responsabilidade civil: deve o consignatário restituir a coisa em sua integridade no 
prazo estabelecido, ou pagar o preço ajustado em caso de perda ou deterioração da 
coisa, ainda, neste último caso, que não por fato a ele não imputável, art. 535;
b) Impenhorabilidade: enquanto não pago a valor ajustado, não pode a coisa ser 
penhorada ou tomada de sequestro pelo credores do consignatário, art. 536;
c) Indisponibilidade: aplica-se ao consignante, este não pode dispor da coisa antes que 
lhe seja restituída ou comunicada a restituição, art. 537.
4. DO CONTRATO DE LOCAÇÃO: é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a 
conceder a outra o uso e gozo de uma coisa infungível, temporariamente, mediante 
remuneração.
4.1. OBJETO: bens infungíveis, móveis ou imóveis. Art. 565.
4.2. ELEMENTOS: 
a) CONSENTIMENTO: pode ser expresso, tácito ou presumido;
b) OBJETO: bens infungíveis, móveis ou imóveis;
c) PREÇO: pode ser consensual, administrativo ou judicial.
4.3. OBRIGAÇÕES DO LOCADOR: está prevista no art. 566, a saber:
a) Entregar o bem;
b) Manter o bem;
c) Garantir o uso e gozo do bem pelo contratante.
4.4. OBRIGAÇÕES DO LOCATÁRIO: previstas no art. 569, a saber:
a) Usar e gozar do bem;
b) Pagar pontualmente o valor ajustado;
c) Comunicar ao locador as turbações de terceiros;
d) Restituir a coisa ao findar a locação.
4.5. EFEITOS:
a) Desvio de finalidade ou danificar: se o locatário empregar a coisa em uso diverso do 
ajustado ou danificar a coisa por abuso, poderá o locador rescindir o contrato e pedir 
perdas e danos, art. 570;
b) Direito de reaver: antes de findado o prazo estipulado não poder o locatário reaver a 
coisa, senão resolvendo em perdas e danos, nem o locatário devolvê-la os locador sem 
pagar proporcionalmente a multa prevista no contrato. Art. 571;
c) Fim da locação: cessa de pleno direito a locação no findo do prazo estipulado, 
independente de notificação ou aviso, art. 573. Se, findando o prazo, o locador continua 
na posse da coisa, sem oposição do locatário, será presumida a prorrogação do contrato 
pelo mesmo aluguel sem prazo determinado. Caso o locador continue na posse da coisa, 
2
findado o prazo, com oposição do locatário, cabe ação de despejo visando a reitegração 
de posse.
5. DO CONTRATO DE LOCAÇÃO: é o contrato pelo qual uma das partes (doador) transfere 
do seu patrimônio bens ou vantagens para outra (donatário). O Código Civil tratou de 
explicitar a natureza contratual da doação, apesar de ser unilateral em relação aos seus 
efeitos patrimoniais.
5.1. OBJETO: bens móveis ou imóveis e vantagens patrimoniais, art. 538. Não pode, 
obviamente, ser objeto de doação a coisa alheia.
5.2. NATUREZA JURÍDICA: é um contrato que tem caráter de liberalidade, e necessita de 
aceitação do donatário (expressa, tácita ou presumida).
5.2. FORMALIDADE: preleciona o art. 541 que a doação pode ser feita por escritura 
pública ou privada, ou ainda de informa (regra) verbal qual se tratar de bem móvel de 
pequeno na valor.
5.3. DOAÇÃO DE ASCENDENTE A DESCENDENTE: reza o art. 544, inclui-se também o 
entre cônjuge, que essa doação será entendida como a antecipação da legítima, ou seja, 
como a antecipação da herança ou da meação.
5.4. ESPÉCIES DE DOAÇÃO: 
a) PURA E SIMPLES: é a regra geral da doação;
b) ONEROSA/MODAL: imposição de um encargo ao donatário;
c) REMUNERATÓRIO/ RETRIBUITIVA: em virtude de um favor prestado pelo 
donatário;
d) MISTA: beneficia o donatário através de um outro contrato;
e) MERITÓRIA: feita em virtude de um mérito ou qualidade do donatário;
f) CONTEMPLAÇÃO DO NASCITURO: em benefício do filho que ainda vai narcer, 
art. 542;
g) SUBVENÇÃO PERÍODICA: trata-se de uma doação através de uma execução 
continuada;
h) ENTRE CÔNJUGE: deve ser entendida como um adiantamento da sua meação, art. 
544;
i) ASCENDENTE E DESCENDENTE: deve serentendida como um adiantamento da 
sua parte na herança, art. 544; 
j) CONJUNTIVA: é a doação feita a mais de uma pessoa;
l) INOFICIOSA: é a doação que não excede a metade do patrimônio em que a pessoa 
pode dispor, art. 549;
m) CLÁUSULA DE REVERSÃO: é quando o doador estipula que caso do donatário 
mora primeiro que ele, o bem doador voltar para o doador, art. 547;
n) VERBAL/ MANUAL: é a doação de bens móveis de pequeno valor que pode ser feita 
apenas verbalmente;
o) ENTIDADE FURTURA: é a doação feita a uma entidade que ainda não está 
constituída, tal doação caducará em 2 anos, art. 554. 
5.5. LIMITES A DOAÇÃO: não pode haver doação nas seguintes situações:
a) Devedor insolvente;
b) Doação da parte de excede a inoficiosa;
c) Todos os bens, art. 1789;
d) Cônjuge adútero ao cúmplice, art. 550.
5.6. DA REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO: opera-se a revogação da doação nos seguintes 
casos:
a) Cônjuge adútero ao cúmplice, até 2 anos depois de dissolvida a sociedade conjugal, 
art. 550;
3
b) Por ingratidão do donatário, arts. 557 e 558;
c) Por descumprimento do encargo (art. 562) no prazo de 1 anos desde a ciência do 
doador (art. 559).
OBS.: não se revoga a doação por ingratidão quando: a) puramente remuneratória; b) com encargo 
já cumprido; c) as com cumprimento de obrigação natural; e d) as feitas para determinado 
casamento.
6. DO CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: é o contrato pelo qual uma das partes entrega a outra 
parte coisa fungível ou infungível, com a obrigação de restituir.
6.1. ESPÉCIES:
6.1.1. COMODATO: é o empréstimo gratuito de coisa infungível realizado mediante 
tradição, art. 579. Composto pelo comodante e o comodatário.
6.1.1.1. DIREITOS E OBRIGAÇÕES (art. 582):
a) DO COMODATÁRIO: conservar, usar de forma adequada e restituir a coisa. 
b) DO COMODANTE: exigir a conservação, o uso e a restituição da coisa;
OBS.: não sendo observados esses direitos, pode o comodante exigir o pagamento de multa ou 
indenização por perdas e danos. Podendo ainda, ser pedida a busca e apreensão (sem bem imóvel) 
ou a restituição da coisa (se bem móvel).
6.1.1.2. EXTINÇÃO DO COMODATO: 
a) Advento de termo convencionado;
b) Rescisão: por resilição ou resolução;
c) Sentença judicial;
d) Morte do comodatário;
e) Perecimento do objeto.
6.1.2. MÚTUO: é o empréstimo gratuito de coisa infungível realizado mediante 
tradição, art. 586. Composto pelo mutuante e o mutuário. A restituição da coisa deve ser 
determinada pelo espécie, qualidade e quantidade.
6.1.2.1. DIREITOS E OBRIGAÇÕES:
a) DO MUTUANTE: entregar a coisa;
b) DO MUTUÁRIO: restituir a coisa.
7. DO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: é o contrato bilateral pelo qual uma 
das partes (prestador) se obriga a prestar serviços de qualquer natureza a outra parte (dono 
do serviço), mediante retribuição.
OBS.: importante fazermos uma diferenciação entre os tipos de serviços prestados. Caso tenha uma 
relação de subordinação configura-se um emprego é será regulado pela CLT. Em sendo relações de 
consumo, o regramento legal é o CDC.
7.1. NATUREZA JURÍDICA: 
a) Bilateral;
b) Oneroso;
c) Consensual;
d) Comutativo.
7.2. DURAÇÃO DO CONTRATO: a regra geral é que o prazo máximo de duração do 
contrato será de 4 anos. Quando não tiver prazo determinado, e não for possível determiná-
lo por sua natureza ou pro usos e costumes, admiti-se a resilição unilateral mediante aviso 
prévio.
7.3. EXTINÇÃO DO CONTRATO: quando sobrevier as seguintes circunstância, art. 607:
a) Morte de qualquer das partes;
b) Escoamento do prazo;
c) Conclusão da obra;
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d) Resilição mediante aviso prévio;
e) Inadimplemento de qualquer das partes;
f) Impossibilidade de continuação mediante força maior ou caso fortuito.
7.4. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES: a obrigação de fazer é intransferível (art. 605), 
dever ser feita por pessoa com habilitação (art. 606) para o serviço (se tiver boa-fé o 
inabilitado não responderá pelos prejuízos), e não dever haver aliciamento do prestador de 
serviços (art. 607).
8. DO CONTRATO DE EMPREITADA: é o contrato pelo qual umas das partes (empreiteiro) 
obriga-se a realizar determinada obra de construção para outra parte (dono da obra), 
mediante retribuição e sem relação de subordinação (art. 610).
(*prova) 8.1. DIFERENÇA ENTRE EMPREITADA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: a 
empreitada é uma espécie de prestação de serviços que tem um objeto específico: obra de 
construção civil:
a) Objeto e remuneração: na empreitada o objeto é uma obra de construção civil e na 
prestação de serviço é qualquer serviços. A remuneração na empreitada permanece 
inalterada qualquer que seja o tempo da construção da obra, já na prestação de serviço a 
remuneração é proporcional ao tempo dedicado ao trabalho;
b) Responsabilidade civil: na empreitada o empreiteiro é quem assume os riscos do 
empreendimento, enquanto que na prestação de serviços o patrão é quem assume os 
riscos;
c) Direção e administração: na empreitada a direção, fiscalização e administração é do 
empreiteiro, já na prestação de serviço é de quem contratou o serviço.
8.2. NATUREZA JURÍDICA: trata-se de contrato bilateral/sinalagmático, consensual, 
comutativo e oneroso.
8.3. ESPÉCIES: são duas, a saber:
a) De mão de obra ou lavor: quando o empreiteiro assume apenas a execução da obra, 
ficando o fornecimento do material sob a responsabilidade do contratante. Nesse caso a 
responsabilidade civil do empreiteiro é somente em relação a construção (*prova);
b) Mista: é quando o empreiteiro assume a execução da obra e o fornecimento dos 
materiais. Nesse caso, fica ele responsável civilmente por todo a obra, compreendendo a 
qualidade dos materiais usados (*prova). 
 
9. DO CONTRATO DE DEPÓSITO: é o contrato pelo qual um das partes (depositário) recebe 
da outra (depositante) uma coisa móvel para guardá-la, com o obrigação de restituir quando 
reclamado (art. 627).
(*prova) 9.1. DIFERENÇA ENTRE DEPÓSITO E COMODATO: em ambos os contratos há a 
obrigação de restituir a coisa. A diferença reside no fato de que no depósito não a o direito 
do uso da coisa, enquanto que no comodato há o direito de uso.
9.2. CARACTERÍSTICAS: 
a) O objeto é coisa móvel;
b) Entrega de coisa alheia: característica essencial a caracterização do negócio (real);
c) Obrigação de restituir;
d) Gratuidade: a regra é que o depósito seja grátis (art. 628), podendo ser oneroso. Em 
qualquer dos casos há a responsabilidade do depositário. 
9.3. ESPÉCIES: 
a) Voluntário: aquele em que as partes assim desejam;
b) Necessário: podendo ser por imposição legal (hóspede e transporte), miserável ou 
judicial.
9.4. OBRIGAÇÕES DO DEPOSITANTE E DO DEPOSITÁRIO:
5
9.4.1. DEPOSITANTE:
a) Pagar o valor convencionado, quando se tratar de depósito oneroso;
b) Reembolsar as despesas feitas pelo depositário com o depósito:
c) Indenizar o depositário pelos prejuízos que lhe advierem do contrato.
9.4.2. DEPOSITÁRIO: 
a) Guardar, conservar e restituir a coisa.
OBS.: cabe ação de depósito quando se tratar de depósito contratual e o depositário não restituir a 
coisa que recebeu para guardar. Apesar da Constituição Federal prevê a prisão do depositário infiel, 
em virtude do Brasil ser signatário do Pacto de São José da Costa Rica, não há a prisão do 
depositário infiel. 
10. DO CONTRATO DE MANDATO: é o contrato pelo qual uma das partes (mandatário ou 
representante) recebe poderes da outra parte (mandante ou representando) para, em seu 
nome, praticar atos ou administrar interesses. A representação é apenas um elementos do 
mandato, ou seja, não lhe é essencial, enquanto a procuração é o instrumento de efetivação 
do mandato. Exige a aceitação, mesmo que não expresso, para sua plena efetivação. 
(*prova) 10.1. MANDATO VERSUS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:a) representação, o 
mandatário representa o mandante, enquanto que o prestador de serviço não represente (age 
em próprio nome); objeto do contrato, no mandato o representante realiza ato ou negócio 
jurídico, na prestação de serviços há uma realização de um determinado trabalho, material 
ou imaterial; e finalidade, no mandato o representante tem a faculdade de realizar ou não ao 
ato, enquanto que na prestação de serviço o prestador tem a obrigação de executar o trabalho 
exigido.
10.2. CARACTERÍSTICAS: 
a) Personalíssimo, isto é, baseado na confiança;
b) Consensual;
c) Não solene;
d) Gratuito, em regra. Salvo se for houver sido estipulado retribuição ou se o objeto do 
mandato for daqueles em que trata de ofício ou profissão lucrativa, quando será oneroso;
e)Unilateral, em regra, porém se convencionar remuneração o mandato passa a ser 
bilateral.
OBS.: o advogado é, ao mesmo tempo, mandatário e prestador de serviços.
10.3. PESSOAS QUE PODEM OUTORGAR MANDATO: preleciona art. 654 que todas as 
pessoas capazes são aptas a dar procuração (mandato) mediante instrumento particular, que 
somente valerá com a assinatura do outorgante. Essa é a chamada ad negotia, o procuração 
judicial, ad judicia, é regulada pela lei processual.
10.4. PESSOAS QUE PODEM RECEBER MANDATO: todas as pessoas capazes, inclusive 
os relativamente incapazes (art. 666). Porém, estes últimos, não responderam civilmente 
pelos prejuízos. 
10.5. SUBESTABELECIMENTO: sendo o mandato não solene e consensual, não exige 
requisitos formais de validade, no entanto, é muito comum o mandato escrito e tendo como 
instrumento a procuração. Quando a lei exigir uma forma especial pode a procuração é 
pública. Embora o mandato seja um contrato personalíssimo, é aceito que o mandatário 
possa ser auxiliado por terceiro: é o subestalecimento. Este último pode ser com reserva de 
poderes (onde o subestabelecente pode continuar a usar os poderes substabelecidos) ou sem 
reserva de poderes (ocorre verdadeira renúncia do mandato), podendo ainda ser total ou 
parcial.
10.6. ESPÉCIES DE MANDATO: 
a) Expresso: descrito ou verbal;
b) Tácito;
6
c) Gratuito ou oneroso;
d) Judicial ou extrajudicial;
e) Geral ou especial;
10.7. MANDATO OUTORGADO A DUAS OU MAIS PESSOAS: segundo o art. 672, pode 
ser de exercício comum (quando qualquer dos mandatários podem realizar o ato), de 
exercício conjunto (quando necessita obrigatoriamente que todos o mandatários assinem o 
ato) ou de exercício sucessivo (quando os mandatários devem assinar o ato na ordem de 
nomeação).
OBS.: a regra é que o mandato deverá ser exercido nos estritos poderes da procuração, quando 
houver a extrapolação dos poderes somente terá validade se o mandante ratificar o ato
10.8.OBRIGAÇÕES:
10.8.1. MANDATÁRIO: 
a) Agir em nome do mandante e dentro do poderes conferidos na procuração;
b) Agir com diligência na execução do mandato;
c) Prestar contas, indenizando qualquer prejuízos causados por sua culpa ou por 
culpa do subestabelecido;
d) Apresentar o instrumento do mandato, a procuração;
e) Executar o negócio compromissado.
10.8.2. MANDANTE: 
a) Satisfazer as obrigações assumidas pelo mandatário;
b) Adiantar a importância das despesas necessárias à execução do ato, bem como 
reembolsá-las;
10.9. EXTINÇÃO DO MANDATO: pode o mandato ser extinto por qualquer das causas 
gerais de extinção dos contratos ou por causas específicas como o a revogação e a renúncia.
10.10. IRREVOGABILIDADE DO MANDATO: embora seja o mandato em regra 
revogável, pode ele ser irrevogável nos seguintes casos: a) quitação do compromisso; b) 
procuração em causa própria; c) cláusula de irrevogabilidade.
OBS.: o mandato judicial é o mandato outorgado a pessoa legalmente habilitada para a defesa de 
direitos e interesses em juízo, e é, ao mesmo tempo, mandato e prestação de serviços.
11. DO CONTRATO DE TRANSPORTE: é o contrato pelo qual alguém se obriga, mediante 
remuneração, a transportar de um lugar para outro pessoas ou coisas. 
11.1. NATUREZA JURÍDICA: 
a) Típico contrato de adesão;
b) Bilateral;
c) Consensual;
d) Oneroso;
e) Comutativo;
f) Não solene.
11.2. ESPÉCIES:
11.2.1. DE PESSOAS: pode ser terrestre (rodoviário ou ferroviário), aéreo, ou aquático 
(marítimo ou fluvial). Quando a extensão pode ele ser urbano, interurbano, 
interestadual ou internacional. Podendo, ainda, ser coletivo ou individual. Co contrato 
de transporte da bagagem é um acessório e, ao comprar a passagem, o viajante assegura 
o direito de transportar consigo a bagagem, pagando a mais apenas se houver o excesso 
de peso. É composto pelo transportador, passageiro e a transladação. 
OBS.: os contratos com a administração pública são liquidados de acordo com o Direito 
Administrativo.
11.2.1.1. RESPONSABILIDADE CIVIL: a responsabilidade civil é objetiva pelos 
nados causados aos passageiros ou suas bagagem, salvo motivo de força maior (art. 734). Em sendo 
7
o dano decorrente de acidente com o passageiro em virtude de ser causado por terceiro não isenta a 
transportadora da responsabilidade, cabendo ação regressiva contra o causador (art. 735). No 
contrato comutativo, a responsabilidade será solidária entre as empresas prestadoras, sendo o 
contrato sucessivo (uma cadeia de contratos, cada empresa independe da outra) a responsabilidade 
será individual (art.733). 
11.2.2. DE COISAS: aplica-se, no que couber, também o CDC. Tem três elementos, a 
saber: a) o expedidor ou remetente; b) o transportador, quem recebe a coisa com 
obrigação de transportá-la; e c) o destinatário ou consignatário, pessoa a quem a coisa é 
destinada. A coisa transportada deve ser qualificada pela natureza, valor, peso e 
quantidade, devendo o transportador emitir conhecimento (carta-frete) ao receber a coisa 
(art. 743 e 744). A lei regulou o transporte autônomo de cargas (TAC) como sendo o 
transporte de coisa feita por um profissional autônomo, pessoa física. 
11.2.2.1. RESPONSABILIDADE CIVIL: o transportador tem a obrigação de manter 
a coisa em bom estado e entregá-la no prazo e local ajustado previamente, sua 
responsabilidade se limita do valor do conhecimento e começa no momento em que 
recebe a coisa. 
11.3. DIREITOS E DEVERES:
11.3.1. DO TRANSPORTADOR:
a) DIREITOS:
a.1) Exigir o pagamento do preço ajustado;
a.2) Direito de retenção;
a.3) Retenção compensatória (5%) em caso de desistência;
a.4) Estabelecer normas de viagens;
a.5) Recusar passageiros caso as condições saúde e higiene justificarem;
a.6) Alegar força maior para excluir a responsabilização por danos às pessoas ou 
bagagem e por descumprimento do horário ou itinerário;
b) DEVERES:
b.1) Transportar o passageiro no tempo e modo convencionado;
b.2) Responder objetivamente pelos danos causados;
b.3) Concluir a viagem contratada;
b.4) Não recusar passageiros, salvo nos casos previstos em regulamento ou 
quando as condições de saúde e higiene justificarem. 
11.3.2. DO PASSAGEIRO:
a) DIREITOS:
a.1) Exigir o cumprimento do contrato de viagem mediante a apresentação do 
bilhete de passagem;
a.2) Rescindir o contrato quando lhe aprouver;
a.3) Ser conduzido são e salvo ao destino convencionado;
a.4) Exigir que o transportador conclua a viagem interrompida por motivos 
alheio à sua vontade em outro veículo da mesma categoria.
b) DEVERES:
b.1) Pagar o preço ajustado;
b.2) Sujeitar-se às normas estabelecidas pelo regulamento do transportador;
b.3) Não causar pertubação ou incômodo aos demais passageiros;
b.4) Comparecer ao local de partida no horário estabelecido ou avisar da sua 
desistência.
OBS.: não se enquadra nessas normas o transporte feito gratuitamente por amizade ou cortesia.
12. DO CONTRATO DE SEGURO: é o contrato pelo qual umas das partes(segurador) se 
obriga, mediante o recebimento de um prêmio, a assumir perante a outra parte (segurado) a 
8
obrigação de pagamento de uma prestação, se ocorrer o risco a que está exposto. O 
principal e elemento é o risco, que se transferir do segurado para o segurador.
12.1. NATUREZA JURÍDICA: 
a) Bilateral;
b) Oneroso;
c) Aleatório;
d) Adesão.
12.2. APÓLICE: é o instrumento do seguro, que pode ser nominativa, à ordem e ao portador 
(neste último não pode ser o seguro de vida). Nessa serão mencionados os riscos assumidos 
pelo segurador, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, além 
do nome do segurado ou do beneficiado quando for o caso (art. 760).
OBS.: cabe ação regressiva contra quem causou o dano, não sendo o causador o segurado.
12.3. ESPÉCIES DE SEGURO:
12.3.1. DE DANO: o contrato não se destina a obtenção de um lucro, mas se a cobertura 
de eventuais prejuízos decorrentes de um sinistro. Podendo ser de duas formas: 
a) De coisas: cuidando da cobertura de bens móveis, imóveis e semoventes;
b) De responsabilidade civil: cuida da cobertura por danos causados a terceiros.
12.3.2. DE PESSOAS: tem por finalidade beneficiar a vida e as faculdade humanas, e 
seu valor não depende de qualquer limitação e varia de acordo com as condição 
financeiras do segurado. Podendo ser de duas formas: 
a) De vida: tem por finalidade garantir, mediante o prêmio que se ajustar, o 
pagamento de certa soma a determinada ou determinadas pessoas, por morte do 
segurado.
b) De acidentes pessoais: 
12.4. OBRIGAÇÕES:
12.4.1. DO SEGURADO: 
a) Pagar o prêmio;
b) Comunicar o segurador;
c) Abster de aumentar o risco.
12.4.2. DO SEGURADOR:
a) Pagar a apólice;
 
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