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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 2.1 Impactos da Carga Tributária A carga tributária no Brasil é extremamente elevada . O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) estima que a carg a tributária em nosso país, representa, na média dos últimos cinco anos, mais d e 32% do produto interno bruto (PIB). Além da elevada carga tributária, o Sistema Tributá rio brasileiro é um dos mais complexos do mundo. Estima-se a existência de aproximadamente 60 tributos vigentes, com diversas Leis, Regulamentos e Normas, constantemente alteradas. A carga tributária elevada e a complexidade do STN impactam nas organizações da seguinte forma: • Do ponto de vista financeiro, os tributos represen tam uma drenagem de caixa forçada que, ao incidirem: • Sobre as mercadorias, aumentam os custos; • Sobre as vendas, restringem as margens de rentabil idade dos produtos; e • Sobre os resultados, reduzem o retorno sobre o inv estimento dos acionistas/proprietários e não estimulam novos inve stimentos de expansão e geração de empregos; • Os gastos administrativos com o gerenciamento e co ntrole das atividades tributárias são elevados, uma vez que são necessári os funcionários administrativos, sistemas de informática, espaço fí sico, etc., para atender as obrigações acessórias impostas pelas diversas le gislações tributárias. A problemática envolvida na questão tributária no B rasil vai além dos custos causados às empresas, pois a carga tributári a também afeta a vida das pessoas físicas, que acabam por suportar toda a car ga tributária, pelo pagamento de tributos direta ou indiretamente embut idos nas mercadorias e 27 serviços adquiridos no processo final da cadeia de produção – para consumo final. Para eliminar ou minimizar os impactos da elevada c arga tributária as empresas podem adotar dois caminhos distintos: • Via legal – realização do planejamento tributário; • Via ilegal – sonegação fiscal (ex.: venda sem nota fiscal, utilização de “notas frias”, etc.), que envolve: • Possibilidade de denúncia; • Falhas no controle das atividades da empresa (“por dentro”, “por fora”); • Autuação fiscal, multas, juros. Os tipos mais comuns de sonegação e fraude são apre sentados a seguir: Sonegação/Fraude Aspectos Envolvidos Venda sem nota fiscal; venda com “meia” nota; venda com “calçamento” de nota; duplicidade de numeração de nota fiscal - possibilidade de interceptação no trânsito das mercadorias; - possíveis problemas de recebimento das vendas realizadas nestas condições. “Compra” de notas fiscais - especialmente as prefei turas efetuam comparações de documentos lançados em uma empresa com o valor efetivo registrado pela emitente do documento; - a Receita Federal levanta, por meio de seus controles, a situação do emitente, pois, caso haja irregularidade (CNPJ cancelado, falta de declaração, etc.), ela glosará a despesa. 28 Passivo fictício ou saldo negativo no caixa: costuma-se “fabricar” contratos de empréstimos para registrar a entrada de numerários em substituição à receita. - presume-se a omissão da receita, cabendo ao contribuinte o ônus da prova contrária. Deixar de recolher tributos descontados de terceiros. - não recolher os tributos descontados de terceiros (ex.: INSS (parte do empregado); IR-Fonte; etc.), além de constituir sonegação, caracteriza apropriação indébita, prevista no Código Penal (art. 168). Saldo de caixa elevado - a existência de caixa elev ado, desnecessário em relação à movimentação financeira da empresa ou sem motivo que o possa justificar, constitui distribuição disfarçada de lucro aos sócios. Distribuição disfarçada de lucros através de negócios entre a empresa e sócios e pessoas ligadas (acionistas, dirigentes, participantes de lucros, seus parentes e dependentes) - alienação de bem ou direito ao sócio ou pessoa ligada por valor, notoriamente, inferior ao de mercado; - serviços pagos a sócio ou pessoa ligada, cujos valores excedam aos praticados pelo mercado em situações similares; - pagamento de despesas particulares dos sócios. Doações irregulares - doações efetuadas a entidade não habilitada ou cujo valor do comprovante seja superior ao efetivamente doado. Cabe destacar que as ações descritas acima se const ituem crimes sujeitos à multas e demais implicações. As multas p or sonegação, em qualquer tipo de tributo, são elevadas, podendo chegar até 2 25,0%. 29 Dada a relevância dos impactos da carga tributária nas atividades das empresas e as conseqüências da sonegação fiscal, o “Planejamento Tributário”, visando à redução/eliminação dos tribu tos de forma lícita, deixa de ser uma opção e passa ser uma necessidade. 2.2 Conceito de Planejamento Tributário O Planejamento Tributário é a atividade empresarial que, desenvolvendo- se de forma estritamente preventiva, projeta os ato s e fatos administrativos com o objetivo de informar quais são os ônus tribut ários em cada uma das opções legais disponíveis. A empresa escolhe, entre duas ou mais opções, de aç ão ou omissão lícita, aquela que impede ou retarda o fato gerador de forma não simulada, anterior à ocorrência fato gerador, que vise direta ou indiretamente a economia de tributos. 2.3 Objetivo do Planejamento Tributário: O objetivo do Planejamento é, em última análise, a economia tributária. Comparando as ações legais à sua disposição, o gest or deve optar por aquela que seja menos onerosa do ponto de vista fis cal, obtendo ganho tributário ou ganho financeiro. Ganho Tributário: • Evita-se a incidência do tributo: adotam-se proced imentos com a finalidade de evitar a ocorrência do fato gerador; Ex.: a empresa, tendo a oportunidade de vender seus estoques de produtos industrializados no mercado interno e para o mercado externo, por preços aparentemente equivalentes, opta por exp ortar. Com isso, impede a ocorrência do fato gerador de IPI e ICMS, visto que estes impostos não incidem sobre produtos exportados, mas incidem sobre vendas para o mercado interno. • Reduz-se o montante do tributo devido: as medidas procuram reduzir a base de cálculo ou alíquota do tributo. 30 Ex.: o contribuinte tem a opção de apurar o Imposto de Renda (IRPJ) pelo Lucro Presumido, pelo Lucro Real ou enquadrar-se no SIMPLES, analisa detalhadamente a situação e depois decide pela sist emática que representa menor desembolso. Ganho Financeiro: • Retardar o pagamento do tributo: medidas que visam postergar (adiar) o pagamento do tributo, sem juros. Ex.: o fornecedor recebe um pedido no final do mês e ao invés de emitir a nota fiscal imediatamente deixa para emiti-la no mê s seguinte, postergando o recolhimento dos impostos sobre venda s. 2.4 Aspectos importantes do Planejamento Tributário : Caráter preventivo: é preciso prever e agir no temp o correto. Como o Planejamento Tributário visa evitar ou retar dar a ocorrência do fato gerador (depois deste, o imposto é devido e o não pagamento se caracteriza como sonegação), o contribuinte deve es tar atento ao período anterior à ocorrência do fato gerador. Legalidade: é preciso utilizar os meios permitidos pela lei, pois a economia do imposto só é legítima se estiver enquad rada na legislação. O procedimento adotado pelo contribuinte, além de s er preventivo, deve ser lícito, pois, do contrário, mesmo agindo preven tivamente, o contribuinte pode cometer (a) fraude (falsidade ideológica ou ma terial); (b) ato simulado ou (c) abuso de forma jurídica (Ex.: nota fiscal subfa turada). 2.5 Limites do Planejamento Tributário: Elisão Fiscal: ação preventiva tendendo a, por meio s lícitos, eliminar, reduzir ou retardar a ocorrência do fato gerador. Evasão Fiscal: ação consciente, voluntária e intenc ional, tendendo a, por meios ilícitos, eliminar ou reduzir o pagamento dos impostos devidos, realizado após a ocorrência do fato gerador. 31 Ex.: omissão de registros em livros fiscais próprio s; utilizaçãode documentos inidôneos na escrituração contábil, falt a de recolhimento dos tributos apurados. 2.6 Abrangência do Planejamento Tributário: Empresa: a empresa pode tomar medidas gerenciais qu e possibilitem a não ocorrência do fato gerador do tributo, que dimi nuam o montante devido ou que adiem o seu vencimento. Por exemplo, para possibilitar o adiamento do tribu to na prestação de serviços, o contrato deve estabelecer o momento da realização da receita. Administrativo: é o processo de implementação de al ternativas lícitas (elisão fiscal) para a economia total ou parcial do s tributos, sem a adoção de processos judiciais prévios, ou seja, mediante cons ultas ao fisco, opções de classificação contábil e aproveitamento das vantage ns e benefícios da própria legislação fiscal, nem sempre usufruídos pela empre sa. Por exemplo, para possibilitar o enquadramento de u m produto em uma alíquota de menor IPI, a empresa deve adequá-lo tec nicamente e requerer a nova classificação na Receita Fiscal. Judicial: é o processo de obtenção de economias tri butárias por meio de processos judiciais, através de mandados de seguran ça, ações cautelares, ações declaratórias de inconstitucionalidade, ações anulatórias, etc. Por exemplo, o contribuinte pode procurar identific ar as possíveis contradições entre as normas tributárias. 2.7 Tipos de Planejamento Tributário: Do ponto de vista empresarial, ou seja, analisando seus efeitos na estrutura gerencial e contábil/financeira, o planej amento tributário pode ser: • Operacional: refere-se aos procedimentos formais p rescritos pela norma ou pelo costume, ou seja, na forma específica de co ntabilizar 32 determinadas operações e transações, sem alterar su as características básicas; • Estratégico: implica mudanças em algumas caracterí sticas estratégicas da empresa, tais como: estrutura de capital, localizaç ão, tipos de empréstimos, contratação de mão-de-obra, etc. Na visão jurídica, em que se consideram apenas os e feitos fiscais no tempo, existem três tipos de planejamento tributári o: • Preventivo: desenvolve-se continuamente por interm édio de orientações, manuais de procedimentos e reuniões e abrange, sobr etudo, as atividades de cumprimento da legislação tributária nas obrigações principais e acessórias; • Corretivo: detectada determinada anormalidade, pro cede-se ao estudo, e alternativas de correção da anomalia são indicadas; normalmente, não deve existir o tipo corretivo em uma empresa que ad ote o tipo preventivo; e • Especial: surge em função de determinado fato como , por exemplo, abertura de filiais, lançamento de novos produtos, aquisição ou alienação da empresa e processos societário de reestruturação . 51 a) Receitas de vendas de bens (mercadorias ou produ tos) e de prestação de serviços compreendidas nos objetivos da atividad e da empresa, não computados os valores relativos: • Às vendas canceladas (devoluções de vendas); • Ao IPI cobrado destacadamente nas notas fiscais de vendas, no caso de empresa contribuinte desse imposto; e • Aos descontos concedidos incondicionalmente (const antes da nota fiscal de venda de bens ou da fatura de prestação d e serviços e não dependentes de evento posterior à emissão desse s documentos); b) Receitas de quaisquer outras fontes não relacion adas diretamente com os objetivos da empresa; c) Ganhos de capital na alienação de bens do ativo permanente; d) Rendimentos nominais auferidos em aplicações fin anceiras de renda fixa e ganhos líquidos obtidos em operações realiza das nos mercados de renda variável. e) Parcela da receita de exportações a pessoas vinc uladas ou domiciliadas em países com tributação favorecida, q ue exceder ao valor apropriado na escrituração; II - São aquelas pessoas jurídicas que, por determi nação legal, estão obrigadas à apuração do lucro real, a seguir: a) Pessoas jurídicas cujas atividades sejam de banc os comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corre toras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento merca ntil, cooperativas de crédito, empresas de seguro privado e de capitalização e entidades de previdência privada ab erta; b) Pessoas jurídicas que tiverem lucros, rendimento s ou ganhos de capital oriundos do exterior; 52 c) Pessoas jurídicas que, autorizadas pela legislaç ão tributária, queiram usufruir de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda; d) Pessoas jurídicas que, no decorrer do ano-calend ário, tenham efetuado o recolhimento mensal com base em estimati va; e) Pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, me rcadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de cont as a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante s de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (fact oring). 4.3 Opção pelo Lucro Presumido 4.3.1 Quando Será Manifestada Se a empresa não se enquadrar em nenhuma das situaç ões descritas no item anterior, poderá optar pela tributação com bas e no lucro presumido, no ano-calendário de 2008, manifestando a sua opção po r ocasião do pagamento da primeira quota ou quota única do imposto devido no primeiro trimestre desse ano (janeiro a março, que vencerá em 30.04.2008 art . 26 da Lei N0 9.430/96). A pessoa jurídica que iniciar atividade a partir do segundo trimestre manifestará a opção pelo lucro presumido com o paga mento da primeira quota ou da quota única do imposta devido no trimestre do início de atividade. 4.3.2 Possibilidade de Mudança Como regra, não há a possibilidade de mudança. A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em relação a todo o ano-calendário. Todavia, abre ‐ se exceção quando ocorrer qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação tributária, si tuação em que a pessoa jurídica poderá, desde que conhecida a receita brut a, determinar o lucro tributável segundo as regras relativas ao regime de tributação com base no lucro arbitrado. 53 Na hipótese de haver pago o imposto com base no luc ro presumido e, em relação ao mesmo ano ‐ calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo lucro real por ter auferido lucros, r endimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a partir, inclu sive, do trimestre da ocorrência do fato. Tal situação também é possível de ocorrer na hipóte se de exclusão do Refis de empresa incluída neste programa como sendo do lucro presumido, embora obrigada ao lucro real. 4.4 Determinação do Lucro Presumido 4.4.1 Lucro Presumido com Base na Receita Bruta de Vendas de Mercadorias/Produtos e de Prestação de Serviços 4.4.1.1 Percentuais Aplicáveis sobre a Receita Brut a O Lucro presumido será determinada aplicando-se, so bre a receita bruta de vendas de mercadorias e/ou produtos e de prestaç ão de serviços, auferida em cada trimestre (regime de competência), os perce ntuais constantes da tabela seguinte, conforme a atividade geradora (art . 25, inciso I, da Lei N0 9.430/96): ESPÉCIE DE ATIVIDADES GERADORAS DE RECEITAS PERCENTUAIS APLICÁVEIS SOBRE A RECEITA • Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 1,6 % • Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo) • Transportes de Cargas • Serviços Hospitalares • Atividade Rural • Industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante. • Qualquer outra atividade (exceto a prestação de serviços) para qual não esteja previsto percentual específico. 8,0% 54 • Serviços de Transporte (exceto o de cargas) • Serviços (excetohospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00. 16% • Serviços em geral, para as quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas. • Intermediação de negócios. • Administração, loc ação ou cessão de bens, móveis ou imóveis, e direitos de qualquer natureza. • Serviços de mão-de- obra de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra. 32% 4.4.1.2 Atividades Diversificadas No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percen tual. 4.4.1.3 Prestadoras de serviços de pequeno porte A empresa exclusivamente prestadora de serviços (ex ceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões r egulamentadas) poderá utilizar o percentual de 16% enquanto a sua receita bruta, acumulada no ano- calendário em curso, se comportar dentro do limite de R$ 120.000,00, observado o seguinte art. 40 da Lei N0 9.250/95 e a rt. 3º, §§ 3º a 6º, da IN SRF 93/97: a) Se a empresa utilizar esse percentual e a sua re ceita bruta, acumulada até qualquer um dos trimestres do ano-cal endário, ultrapassar o limite de R$ 120.000,00, ficará sujei ta ao percentual normal de 32 % retroativamente aos trimestres anter iores do ano- calendário em curso, impondo-se o pagamento dás dif erenças de imposto, apuradas em cada trimestre transcorrido, a té o último dia útil do mês subsequente ao trimestre da verificação do e xcesso; 55 b) As diferenças pagas dentro do prazo mencionado n a letra “a” não sofrerão acréscimos moratórios; c) A partir de janeiro do ano-calendário subsequent e ao dá ocorrência do excesso de receita a empresa poderá voltar a utiliz ar o percentual de 16%, enquanto a sua receita bruta acumulada permane cer dentro do limite de R$ 120.000,00. 4.4.1.4 Conceito de receita bruta e exclusões A receita bruta sobre a qual se aplicam os percentu ais constantes dá tabela do subitem 4.4.1.1, conforme a atividade ger adora é constituída pelo produto da venda de bens (mercadorias ou produtos) nas operações de conta própria, pelo preço dos serviços prestados e pelo o resultado auferido nas operações de conta alheia (comissões auferidas na v enda de bens ou serviços por conta de terceiros, por exemplo), excluídos os valores relativos (art. 31 da Lei N0 8.981/95): a) As vendas canceladas (devoluções de vendas); b) Aos descontos incondicionais concedidos (constan tes da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não depen dentes de evento posterior à emissão desses documentos); c) Ao IPI incidente sobre as vendas e ao ICMS devid o pelo contribuinte substituto no regime de substituição tributária. NOTAS: 1) O ICMS incidente sobre as vendas e o ISS inciden te sobre os serviços integram a Receita Bruta e não podem dela ser exclu ída. 2) Na venda a prazo o custo do financiamento, embut ido nos preços dos bens ou serviços ou destacado na nota fiscal, integ ra a receita bruta (ADN COSIT N0 7/93). 56 4.4.2 Acréscimo das Demais Receitas ou Resultados e dos Ganhos de Capital Ao valor determinado de acordo com os procedimentos explanados no subitem 4.4.1 deverão ser adicionadas as demais rec eitas ou resultados positivos decorrentes de operações não enquadradas no conceito de receita bruta definido no subitem 4.4.1.4 e os ganhos de ca pital, auferidos no período, tais como arts. 22, § 1º, da Lei Nº 9.249/95, 25, 1 1, 51 a 53 da Lei Nº 9.430/96 e art. 36 da IN SRF Nº 93/97): I - Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de aplicações de renda variável; II - Juros sobre o capital próprio que houverem sid o pagos ou creditados por outra pessoa jurídica da qual a empresa seja só cia ou acionista; III - Juros relativos a impostos e contribuições pa gos indevidamente ou a maior que o devido, a serem compensados ou restituí dos; IV - Rendimentos auferidos nas operações de mútuo e ntre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas; V - Ganhos de capital (lucros) apurados na alienaçã o de bens do ativo permanente, observando-se: a) Entre esses ganhos incluem-se também os obtidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedade coligadas e controladas e de participações societárias que perm aneceram no ativo da empresa até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições; b) Para efeito de apuração de ganho de capital, os valores acrescidos em virtude de reavaliação somente poderão ser computad os como parte integrante dos custos de aquisição dos bens ou dire itos se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computado s na determinação da base de cálculo do Imposto de Renda ; 57 c) Se a pessoa jurídica entregar ao seu titular ou a sócio ou acionista, a titulo de devolução de participação no capital, ben s ou direitos de seu ativo avaliados à preço de mercado, a diferença ent re este e o valor contábil dos bens ou direitos entregues será consid erada ganho de capital a ser adicionado à base de cálculo do impos to calculado pelo lucro presumido; VI - Valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusivo perdas no recebimento de créditos, que tenham sido deduzidos em período anterior no qual a empresa tenha sido tributada pel o lucro real; VII - Demais receitas ou resultados auferidos, tal como: a) Multas ou qualquer outra vantagem auferidas aind a que a titulo de indenização, em virtude de rescisão contratual; b) Aluguéis recebidos, quando a locação dos bens nã o for o objeto da atividade da empresa, líquido (despesas necessárias à sua percepção, devidamente comprovadas); c) Ganhos auferidos em operações de cobertura (hedg e) realizadas em bolsas de valores, de mercado e de futuros ou no me rcado de balcão; d) Variações monetárias ativas. 4.4.3 Outros Acréscimos Obrigatórios 4.4.3.1 Empresa que no Ano-Calendário Anterior tenh a sido Tributada pelo Lucro Real Se no ano-calendário anterior a empresa houver sido tributada pelo lucro real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto do primeiro trimestre os saldos valores cuja tributação foi diferida no regi me do real, controlados na parte B do LALUR, tais como (Art. 54 da Lei N0 9.43 0/96): 58 a) Lucro não realizado decorrente de com entidades governamentais: b) Lucro não realizado relativo a vendas do ativo p ermanente com recebimento do preço em prazo que ultrapasse o ano- calendário seguinte ao da contratação. 4.4.3.2 Empresa que tiver Saldo de Lucro Inflacioná rio a Tributar A empresa que tiver saldo de lucro inflacionário a tributar e não houver optado pela sua realização acelerada para gozo de r edução da alíquota do imposto, deverá observar o seguinte (arts. 54 da Le i Nº 9.430/96 e 36, V, da IN SRF Nº 93/97): a) Se no ano-calendário anterior houver sido tribut ada pelo lucro real, deverá adicionar o saldo do lucro inflacionário a t ributar, integralmente, à base de cálculo do imposto do primeiro trimestre; b) Se ela vem sendo submetida á tributação pelo luc ro presumido desde o ano-calendário de 1996, deverá adicionar ao lucro presumido de cada trimestre 3/120 do saldo do lucro inflacionári o a tributar, hipótese em que deve continuar controlando esse saldo na pan e B do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). 4.5 Cálculo do Imposto Trimestral 4.5.1 Alíquotas O imposto trimestral será calculado mediante a apli cação (art. 38 da IN SRF N0 93/97): a) Da alíquota de 15% sobre a totalidade do lucro p resumida apurado no trimestre; 59 b) Da alíquota adicional de 10% sobre a parcela do lucro presumido trimestral que exceder a 60.000,00 61 receita de prestação de serviços, e admitindo, tamb ém,que no trimestre a empresa auferiu rendimentos de aplicações financeir as de renda fixa de $ 4.000,00 (sobre os quais foi retido o Imposto de Re nda na fonte de R$ 800,00) e vendeu bens do ativo permanente, tendo apurado ne ssa transação ganho de capital de $ 16.000,00, temos: • 8 % sobre $ 700.000,00 ........................... ......................$ 56.000,00 • 32 % sobre $ 50.000,00 ........................... ......................$ 16.000.00 • Lucro Presumido do Trimestre ..................... .................. $ 72.000,00 • Rendimentos de Aplicações Financeiras Renda Fixa . .....$ 4.000,00 • Ganho de capital (vda de bens do ativo permanente) ....$ 16.000.00 • Base de Cálculo do Imposto Trimestral ............ ..............$ 92.000,00 Imposto Devido no Trimestre: • Imposto normal: 15% de $ 92.000,00 ............... ............ $ 13.800,00 • Adicional: 10% de $ 32.000,00 .................... .................... $ 3.200.00 • Total do Imposto Devido .......................... .......................$ 17.000,00 • IRRF s/ receitas computadas na base de cálculo ... ......... $ (800.00) • Imposto Líquido a Pagar .......................... .......................$ 16.200,00 4.6 Pagamento do Imposto 4.6.1 Prazo O imposto apurado em cada trimestre deverá ser pago , em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do ence rramento do período de sua apuração ou, á opção da empresa, até três quota s mensais, iguais e sucessivas, observado o seguinte (art. 5 da Lei nº 9.450/96): a) As quotas deverão ser pagas até o último dia úti l dos meses subsequentes ao de encerramento do período de apura ção; 62 b) Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.0 00,00, e o imposto de valor inferior a 2.000,00 será pago em quota única; c) O valor de cada quota (excluída a primeira, se p aga no prazo) será acrescido de juros, à taxa do Sistema Especial de L iquidação e Custódia SELIC, para títulos federais, acumulada me nsalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês subsequente a o do encerramento do período de apuração até o último di a do mês anterior ao do pagamento, e de 1% ao mês do pagamento. No exemplo, o saldo de $ 16.200,00 poderá ser pago em quota única, ou em três quotas de $ 5.400,00 cada uma ($ 16.200,00/ 3), vencíveis em 30/04, 29/05 e 30/06/98, com o acréscimo de juros sobre as quotas pagas a partir de maio 2008, calculadas de acordo com as regras refer idas na letra “c”. 4.6.2 Preenchimento do DARF No preenchimento do DARF para o pagamento do IRPJ d evido com base no lucro presumido utiliza-se, no campo 04, o códig o 2089. 4.7 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 4.7.1 Apuração Trimestral As empresas que optarem pelo pagamento do imposto d e Renda com base no lucro presumido deverão apurar a Contribuiç ão Social sobre o Lucro Líquido, trimestralmente, e efetuar o seu pagamento com observância dos procedimentos tratados nos subitens seguintes (arts . 28 e 29 da Lei nº 9.430/96 e 49 e 56 da IN SRF nº 93/97 e IN SRF nº 3 90 de 30 de Janeiro de 2004) 4.7.2 Base de Cálculo As pessoas jurídicas que optarem pela apuração e pa gamento do IRPJ com base no lucro presumido ou que pagarem o IRPJ c om base no lucro 63 arbitrado, determinarão a base de cálculo da CSLL t rimestralmente, conforme esses regimes de incidência. No resultado presumido ou arbitrado, a base de cálc ulo da CSLL será a soma dos seguintes valores: I - O percentual da receita bruta auferida no trime stre, excluídas as vendas canceladas, as devoluções de vendas, os desc ontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados d estacadamente do comprador dos quais o vendedor dos bens ou prestado r de serviços seja mero depositário, correspondente a: a) 12% (doze por cento), para as pessoas jurídicas em geral; ou b) 32% (trinta e dois por cento), para as pessoas j urídicas que desenvolvam as seguintes atividades: • Prestação de serviços em geral, exceto a de serviç os hospitalares; • Intermediação de negócios; • Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; • Prestação cumulativa e contínua de serviços de ass essoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleç ão de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços – factoring. NOTAS: No caso de atividades diversificadas será aplicado o percentual correspondente a cada atividade. II - O percentual (correspondente à atividade, fixa do conforme Item I) das receitas auferidas no respectivo período de apuraçã o, nas exportações a pessoas vinculadas ou para países com tributação fa vorecida, que exceder ao 64 valor já apropriado na escrituração da empresa, na formada IN SRF nº 243, de 2002; III - Os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo item 1, auferidos no mesmo período de apuração, inclusive: a) Os ganhos de capital nas alienações de bens e di reitos, inclusive de aplicações em ouro não caracterizado como ativo fin anceiro. O ganho corresponderá à diferença positiva verificada, no m ês, entre o valor da alienação e o respectivo custo de aquisição diminuí do dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão acumulada; b) Os ganhos de capital auferidos na alienação de p articipações societárias permanentes em sociedades coligadas e c ontroladas, e de participações societárias que permanecerem no ativo da pessoa jurídica até o término do ano calendário seguinte ao de suas aquisições; c) Os ganhos de capital auferidos na devolução de c apital em bens ou direitos; d) Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física; e) Os ganhos auferidos em operações de cobertura (h edge) realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros o u no mercado de balcão; f) A receita de locação de imóvel, quando não for e ste o objeto social da pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção; g) Os juros equivalentes à taxa referencial do Sist ema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federai s, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados; h) As variações monetárias ativas dos direitos de c rédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câ mbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição l egal ou contratual; i) Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em ap licações financeiras de renda fixa e de renda variável; j) Os juros sobre o capital próprio auferidos; 65 k) Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, sa lvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período a nterior no qual tenha se submetido ao regime de incidência da CSLL com base no resultado ajustado, ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de incidência da CSLL com base no resultado presumido ou arbitrado; l) O valor dos encargos suportados pela mutuária qu e exceder ao limite calculado com base na taxa Libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo prazo de seis meses , acrescido de três por cento anuais a título de spread, proporcio nalizados em função do período a que se referirem os juros, quando pago s ou creditados a pessoa vinculada no exterior e o contrato não for r egistrado no Banco Central do Brasil; m) A diferença de receita, auferida pela mutuante, correspondente ao valor calculado com base na taxa a que se refere a alínea anterior e o valor contratado, quando este for inferior, caso o contrato, não registrado no Banco Central do Brasil, seja realiza do com mutuaria definida como pessoa vinculada domiciliada no exter ior; n)As multas ou qualquer outra vantagem recebida ou creditada, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato; o) A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolu ção de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos en tregue para a formação do referido patrimônio; p) O valor correspondente aos lucros auferidos no e xterior, por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou co ligadas, no trimestre em que tais lucros tiverem sido disponibilizados. Exemplo: Reportando-nos ao exemplo desenvolvido no subitem 4 .5.3, no qual apurou-se, no primeiro trimestre/2008, $ 775.000,00 de receita bruta de vendas de mercadorias e $ 50.000,00 de venda de serviços, no conceito do Imposto de 66 Renda, $ 16.000,00 de ganhos de capital na alienaçã o de bens do ativo permanente e $ 4.000,00 de rendimentos de aplicaçõe s financeiras de renda fixa, temos: • 12% de $ 700.000,00 .............................. .......................$ 84.000,00 • 32% de $ 50.000,00 ............................... ........................$ 16.000,00 • Base de cálculo .................................. ........................ $ 100.000,00 Adição à base de cálculo: • Rendimentos de Aplicações Financeiras ............ ............ $ 4.000,00 • Ganho de capital (vda de bens do ativo permanente) ....$ 16.000.00 • Base de Cálculo da Contribuição Social ........... ...........$ 110.000,00 4.7.3 Alíquotas Sobre a base de cálculo determinada na forma mostra da no subitem anterior aplicam-se as seguintes alíquotas arts. 20 da Lei nº 9.249/95 e 2º da Lei nº 9.316/96): 9%, (Nove por cento). No exemplo do subitem 4.7.2, em que foi determinada a base de cálculo da contribuição em $ 110.000,00, temos: Contribuição Social devida no trimestre: 9% sobre $ 110.000,00 = .................... $ 9.90 0.00 4.7.4 Prazo de Pagamento A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido apurada em cada trimestre deverá ser paga no mesmo prazo e observadas as mesm as condições estabelecidas para o pagamento do Imposto de Renda, informadas no subitem 4.6.1. 67 Portanto, no exemplo, a contribuição devida no prim eiro trimestre de 2008, no valor de $ 9.900,00, poderá ser paga em qu ota única, até 30/04/2008, ou em três quotas da $ 3.300,00 cada uma ($ 9.900,0 0/3), vencíveis em 30/04, 29/05 e 30/06/98, com o acréscimo de juros sobre as quotas pagas a partir de maio/2008. No preenchimento do DARF deve ser utilizado (no cam po 04) código 2372. 4.8 Distribuição de Lucros ou Dividendos 4.8.1 Isenção do imposto sobre a distribuição do lu cro presumido Os valores pagos aos sócios ou acionistas ou ao tit ular de empresa tributada pelo lucro presumido, a titulo de lucros ou dividendos, ficam isentos do Imposto de Renda, independentemente de apuração contábil, até o valor da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa jurídica (IRPJ), deduzido do IRPJ (inclusive o adicional, quando devido), da Con tribuição Social sobre o Lucro, do PIS e da COFINS devidos, desde que a dist ribuição ocorra após o encerramento do trimestre de apuração (arts.10 da L ei Nº 9.249/95,48 da IN SRF Nº 93/97 e ADN COSIT Nº 4/96 1). Assim, na hipótese do exemplo desenvolvido neste te xto (subitem 4.5.3), se admitirmos que o PIS e a COFINS devidos pela emp resa no primeiro trimestre de 2008 são de R$ 4.875,00 e R$ 15.000,00 , respectivamente, temos: • Base de Cálculo do IRPJ devido no trimestre ...... ......... $ 92.000,00 • IRPJ devido ...................................... ............................($ 17.000,00) • Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ........ ............($ 9.900,00) • PIS .............................................. ....................................($ 4.875,00) • COFINS ........................................... .............................($ 15.000.00) • Valor distribuível* com isenção do imposto ....... ............ $ 45.225,00 * a partir de 01/04/2008 68 4.8.2 Lucro Liquido Contábil Superior ao Presumido - Isenção na Distribuição Se a empresa mantiver escrituração contábil e apura r lucro liquido (após a dedução do IRPJ devido) de valor superior ao valor determinado na forma do subitem anterior, a totalidade do lucro liquido con tábil poderá ser distribuída sem incidência do imposto. NOTA: Se o lucro líquido apurado contabilmente for inferi or ao valor determinado de acordo com as regras focalizadas no subirem ante rior prevalece a isenção sobre a distribuição do Lucro presumido liquido do imposto e contribuições devidos. 4.8.3 O Alerta Necessário Se a empresa distribuir o lucro presumido trimestra l e depois alterar a sua opção e submeter-se ao regime de tributação pelo lu cro real, os valores distribuídos que não puderem ser amparados em lucro s apurados contabilmente, no mesmo ano (em balanço intermediár io) ou em anos anteriores, existentes na data da distribuição, fic am sujeitos á incidência do imposto de Renda na fonte, considerado como ocorrid o o fato gerador na data do pagamento, impondo-se o recolhimento do imposto com os acréscimos legais devidos nos pagamentos fora de prazo. 4.1 Planejamento Tributário Lucro Presumido Enquadrada no art. 518 do Regulamento do Imposto de renda (RIR/1999), esta empresa, por sua atividade de venda presumiria, um lucro de 8% e sobre a receita de serviços auferida 32%, para fins de calculo de IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica (TAB.1). TABELA 1: Demonstrativo da presunção do lucro auferido sob re a receita bruta e calculo do IRPJ Competência Receita Vendas Presunção Vendas 8% Receita Serviços Presunção Serviços 32% IRPJ - 15% 01/2010 R$ 170.450,57 R$ 13.636,05 R$ 980,00 R$ 313,60 R$ 2.092,45 02/2010 R$ 197.669,97 R$ 15.813,60 R $ 18.500,00 R$ 5.920,00 R$ 3.260,04 03/2010 R$ 341.847,40 R$ 27.347,79 R$ 58.427,55 R$ 18.696,82 R$ 6.906,69 04/2010 R$ 230.290,40 R$ 18.423,23 R$ 31.971,50 R$ 10.230,88 R$ 4.298,12 05/2010 R$ 425.275,20 R$ 34.022,02 R$ 26. 750,00 R$ 8.560,00 R$ 6.387,30 06/2010 R$ 358.872,90 R$ 28.709,83 R$ 1 71.090,00 R$ 54.748,80 R$ 12.518,79 07/2010 R$ 491.018,50 R$ 39.281,48 R$ 93.607,00 R$ 29.954,24 R$ 10.385,36 08/2010 R$ 619.738,68 R$ 49.579,09 R$ 225.9 08,70 R$ 72.290,78 R$ 18.280,48 09/2010 R$ 572.562,30 R$ 45.804,98 R$ 53.046,35 R$ 16.974,83 R$ 9.416,97 10/2010 R$ 485.201,70 R$ 38.816,14 R$ 91.413,74 R$ 29.252,40 R$ 10.210,28 11/2010 R$ 410.115,70 R$ 32.809,26 R$ 384.91 2,63 R$ 123.172,04 R$ 23.397,20 12/2010 R$ 259.425,00 R$ 20.754,00 R$ 183.851,62 R$ 58.832,52 R$ 11.937,98 TOTAL R$ 4.562.468,32 R$ 364.997,47 R$ 1.340.459,09 R$ 428.946,91 R$ 119.091,66 Fonte: Dados da pesquisa Para calculo do CSLL (Contribuição social sobre o Lucro Liquido), sobre atividade de venda, presumiria um lucro de 12% sobre a receita bruta de vendas e 32% sobre a receita de serviços auferida (TAB.2). 17 TABELA 2: Demonstrativo da presunção do lucro auferido sobre a rec eita bruta e calculo do CSLL Competência Receita Vendas Presunção Vendas 12% Receita Serviços Presunção Serviços 32% CSLL - 9% 01/2010 R$ 170.450,57 R$ 20.454,07 R$ 980,00 R$ 313,60 R$ 1.869,09 02/2010 R$ 197.669,97 R$ 23.720,40 R$ 18.50 0,00 R$ 5.920,00 R$ 2.667,64 03/2010 R$ 341.847,40 R$ 41.021,69 R$ 58.427,55 R$ 18.696,82 R$ 5.374,67 04/2010 R$ 230.290,40 R$ 27.634,85 R$ 31.971,50 R$ 10.230,88 R$ 3.407,92 05/2010 R$ 425.275,20 R$ 51.033,02 R$ 26.750,00 R$ 8.560,00 R$ 5.363,37 06/2010 R$ 358.872,90 R$ 43.064,75 R$ 171.090,00 R$ 54.748,80 R$ 8.803,22 07/2010 R$ 491.018,50 R$ 58.922,22 R$ 93.607,00 R$ 29.954,24 R$ 7.998,88 08/2010 R$ 619.738,68 R$ 74.368,64 R$ 225.908,70 R $ 72.290,78 R$ 13.199,35 09/2010R$ 572.562,30 R$ 68.707,48 R$ 53.046,35 R$ 16.974,83 R$ 7.711,41 10/2010 R$ 485.201,70 R$ 58.224,20 R$ 91.413,74 R$ 29.252,40 R$ 7.872,89 11/2010 R$ 410.115,70 R$ 49.213,88 R$ 384.912,63 R$ 123.172,04 R$ 15.514,73 12/2010 R$ 259.425,00 R$ 31.131,00 R$ 183.851,62 R$ 58.832,52 R$ 8.096,72 TOTAL R$ 4.562.468,32 R$ 547.496,20 R$ 1.340.459,09 R$ 428.946,91 R$ 87.879,88 Fonte: Dados da pesquisa Baseando - se nos valores de impostos calculados mensalmente, apresenta - se abaixo, na TAB. 03 o somatórios dos impostos correspondente a cada trimestre . TABELA 3: Demonstrativo da base de cálculo e valores recolhidos de IRPJ e CSLL Tri mestre 2010 Faturamento Trimestral Base de C alculo IRPJ IRPJ - 15% AIR 10% Base de Calculo CSLL CSLL - 9% 1º R$ 87.875,49 R$ 81.727,86 R$ 12.259,18 R$ 2.172.79 R$ 110.126,57 R$ 9.911,39 2º R$ 1.244.250,00 R$ 154.694,76 R$ 23.204,21 R$ 9.469,47 R$ 195.272,30 R$ 17.574,51 3º R$ 2.055.881,53 R$ 253.885,40 R$ 38.082,81 R$ 19.388,54 R$ 321.218,19 R$ 28.909,64 4º R$ 1.814.920,39 R$ 303.636,36 R$ 45.545,45 R$ 24.363,64 R$ 349.826,05 R$ 31.484,34 Total R$ 5.902.927,41 R$ 793.944,38 R$ 119.091,66 R$ 55 .394,4 4 R$ 976.443,11 R$ 87.879,88 Fonte: Dados da pesquisa Demonstra - se na TAB. 4 a base de cálculo e os valores de PIS/PASEP e COFINS a recolher após apuração. 18 TABELA 4 : Demonstrativo da base de cálculo e valores a recolher do PIS/PASEP e d a COFINS. Competência Faturamento Base de calculo PIS - 0,65% COFINS - 3% 01/2010 R$ 171.430,57 R$ 171.430,57 R$ 1.114,30 R$ 5.142,92 02/2010 R$ 216.169,97 R$ 216.169,97 R$ 1.405,10 R$ 6.485,10 03/2010 R$ 400.274,95 R$ 400.274,43 R$ 2.601,79 R$ 12.008,23 04/2010 R$ 262.261,90 R$ 262.261,90 R$ 1.704,70 R$ 7.867,86 05/2010 R$ 452.025,20 R$ 452.025,20 R$ 2.938,16 R$ 13.560,76 06/2010 R$ 529.962,90 R$ 529.962,90 R$ 3.444,76 R$ 15.898,89 07/2010 R$ 584.625, 50 R$ 584.625,50 R$ 3.800,06 R$ 17.538,76 08/2010 R$ 845.647,38 R$ 845.647,38 R$ 5.496,71 R$ 25.369,42 09/2010 R$ 625.608,65 R$ 625.608,65 R$ 4.066,46 R$ 18.768,26 10/2010 R$ 576.615,44 R$ 576.615,44 R$ 3.748,00 R$ 17 . 298,46 11/2010 R$ 795.028,33 R$ 795.028,33 R$ 5.167,68 R$ 23.850,85 12/2010 R$ 443.276,62 R$ 443.276,62 R$ 2.881,30 R$ 13.298,30 TOTAL R$ 5.902.927,41 R$ 5.902.927,41 R$ 38.369,02 R$ 177.087,82 Fonte: Dados da pesquisa A ativ idade principal da empresa é Fabricação de outras máquinas e equipamentos para uso na extração mineral, peças e acessórios, exceto na extração de petróleo. D efinida pela classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) sobre o código 28.52 - 6 - 00 tem a inda como atividades secundárias. Fabricação de estruturas metálicas (CNAE 25.11 - 0 - 00), manutenção e reparação de outras máquinas e equipamentos para usos industriais não especificados anteriormente (CNAE 33.14 - 7 - 99 . Os principais produtos fabricados são d escrito como Estruturas Metálicas, Caldeiraria, Silo, filtro de mangas com as respectivas NCM (nomenclatura comum do MERCOSUL) 9406.00.92, 8474.90.00, 8479.89.40 e 8421.39.90, sendo alguns destes itens não tributáveis pelo IPI e outro s de alíquota zero, nã o sendo, portanto, seu valor devido a recolher pela empresa, porém a mesma tem o direito a aproveitar o crédito do referido impostos. A empresa pratica também vendas interestaduais sendo, portanto, devido o Imposto sobre circulação de mercadorias e serviço s (ICMS), conforme alíquota definida para cada NCM, tendo ainda a maioria dos produtos fornecidos pela empresa a base de calculo reduzida
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