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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
2.1 Impactos da Carga Tributária
A carga tributária no Brasil é extremamente elevada
. O Instituto Brasileiro
de Planejamento Tributário (IBPT) estima que a carg
a tributária em nosso país,
representa, na média dos últimos cinco anos, mais d
e 32% do produto interno
bruto (PIB).
Além da elevada carga tributária, o Sistema Tributá
rio brasileiro é um dos
mais complexos do mundo. Estima-se a existência de
aproximadamente 60
tributos vigentes, com diversas Leis, Regulamentos
e Normas, constantemente
alteradas.
A carga tributária elevada e a complexidade do STN
impactam nas
organizações da seguinte forma:
•
Do ponto de vista financeiro, os tributos represen
tam uma drenagem de
caixa forçada que, ao incidirem:
•
Sobre as mercadorias, aumentam os custos;
•
Sobre as vendas, restringem as margens de rentabil
idade dos
produtos; e
•
Sobre os resultados, reduzem o retorno sobre o inv
estimento dos
acionistas/proprietários e não estimulam novos inve
stimentos de
expansão e geração de empregos;
•
Os gastos administrativos com o gerenciamento e co
ntrole das atividades
tributárias são elevados, uma vez que são necessári
os funcionários
administrativos, sistemas de informática, espaço fí
sico, etc., para atender
as obrigações acessórias impostas pelas diversas le
gislações tributárias.
A problemática envolvida na questão tributária no B
rasil vai além dos
custos causados às empresas, pois a carga tributári
a também afeta a vida das
pessoas físicas, que acabam por suportar toda a car
ga tributária, pelo
pagamento de tributos direta ou indiretamente embut
idos nas mercadorias e
27
serviços adquiridos no processo final da cadeia de
produção – para consumo
final.
Para eliminar ou minimizar os impactos da elevada c
arga tributária as
empresas podem adotar dois caminhos distintos:
•
Via legal – realização do planejamento tributário;
•
Via ilegal – sonegação fiscal (ex.: venda sem nota
fiscal, utilização de
“notas frias”, etc.), que envolve:
•
Possibilidade de denúncia;
•
Falhas no controle das atividades da empresa (“por
dentro”, “por
fora”);
•
Autuação fiscal, multas, juros.
Os tipos mais comuns de sonegação e fraude são apre
sentados a seguir:
Sonegação/Fraude Aspectos Envolvidos
Venda sem nota fiscal; venda com
“meia” nota; venda com “calçamento”
de nota; duplicidade de numeração de
nota fiscal
- possibilidade de interceptação no
trânsito das mercadorias;
- possíveis problemas de recebimento
das vendas realizadas nestas
condições.
“Compra” de notas fiscais - especialmente as prefei
turas
efetuam comparações de documentos
lançados em uma empresa com o
valor efetivo registrado pela emitente
do documento;
- a Receita Federal levanta, por meio
de seus controles, a situação do
emitente, pois, caso haja
irregularidade (CNPJ cancelado, falta
de declaração, etc.), ela glosará a
despesa.
28
Passivo fictício ou saldo negativo no
caixa: costuma-se “fabricar” contratos
de empréstimos para registrar a
entrada de numerários em
substituição à receita.
- presume-se a omissão da receita,
cabendo ao contribuinte o ônus da
prova contrária.
Deixar de recolher tributos
descontados de terceiros.
- não recolher os tributos descontados
de terceiros (ex.: INSS (parte do
empregado); IR-Fonte; etc.), além de
constituir sonegação, caracteriza
apropriação indébita, prevista no
Código Penal (art. 168).
Saldo de caixa elevado - a existência de caixa elev
ado,
desnecessário em relação à
movimentação financeira da empresa
ou sem motivo que o possa justificar,
constitui distribuição disfarçada de
lucro aos sócios.
Distribuição disfarçada de lucros
através de negócios entre a empresa
e sócios e pessoas ligadas
(acionistas, dirigentes, participantes
de lucros, seus parentes e
dependentes)
- alienação de bem ou direito ao sócio
ou pessoa ligada por valor,
notoriamente, inferior ao de mercado;
- serviços pagos a sócio ou pessoa
ligada, cujos valores excedam aos
praticados pelo mercado em
situações similares;
- pagamento de despesas particulares
dos sócios.
Doações irregulares - doações efetuadas a entidade
não
habilitada ou cujo valor do
comprovante seja superior ao
efetivamente doado.
Cabe destacar que as ações descritas acima se const
ituem crimes
sujeitos à multas e demais implicações. As multas p
or sonegação, em qualquer
tipo de tributo, são elevadas, podendo chegar até 2
25,0%.
29
Dada a relevância dos impactos da carga tributária
nas atividades das
empresas e as conseqüências da sonegação fiscal, o
“Planejamento
Tributário”, visando à redução/eliminação dos tribu
tos de forma lícita, deixa de
ser uma opção e passa ser uma necessidade.
2.2 Conceito de Planejamento Tributário
O Planejamento Tributário é a atividade empresarial
que, desenvolvendo-
se de forma estritamente preventiva, projeta os ato
s e fatos administrativos
com o objetivo de informar quais são os ônus tribut
ários em cada uma das
opções legais disponíveis.
A empresa escolhe, entre duas ou mais opções, de aç
ão ou omissão
lícita, aquela que impede ou retarda o fato gerador
de forma não simulada,
anterior à ocorrência fato gerador, que vise direta
ou indiretamente a economia
de tributos.
2.3 Objetivo do Planejamento Tributário:
O objetivo do Planejamento é, em última análise, a
economia tributária.
Comparando as ações legais à sua disposição, o gest
or deve optar por
aquela que seja menos onerosa do ponto de vista fis
cal, obtendo ganho
tributário ou ganho financeiro.
Ganho Tributário:
•
Evita-se a incidência do tributo: adotam-se proced
imentos com a
finalidade de evitar a ocorrência do fato gerador;
Ex.: a empresa, tendo a oportunidade de vender seus
estoques de
produtos industrializados no mercado interno e para
o mercado externo,
por preços aparentemente equivalentes, opta por exp
ortar. Com isso,
impede a ocorrência do fato gerador de IPI e ICMS,
visto que estes
impostos não incidem sobre produtos exportados, mas
incidem sobre
vendas para o mercado interno.
•
Reduz-se o montante do tributo devido: as medidas
procuram reduzir a
base de cálculo ou alíquota do tributo.
30
Ex.: o contribuinte tem a opção de apurar o Imposto
de Renda (IRPJ) pelo
Lucro Presumido, pelo Lucro Real ou enquadrar-se no
SIMPLES, analisa
detalhadamente a situação e depois decide pela sist
emática que
representa menor desembolso.
Ganho Financeiro:
•
Retardar o pagamento do tributo: medidas que visam
postergar (adiar) o
pagamento do tributo, sem juros.
Ex.: o fornecedor recebe um pedido no final do mês
e ao invés de emitir a
nota fiscal imediatamente deixa para emiti-la no mê
s seguinte,
postergando o recolhimento dos impostos sobre venda
s.
2.4 Aspectos importantes do Planejamento Tributário
:
Caráter preventivo: é preciso prever e agir no temp
o correto.
Como o Planejamento Tributário visa evitar ou retar
dar a ocorrência do
fato gerador (depois deste, o imposto é devido e o
não pagamento se
caracteriza como sonegação), o contribuinte deve es
tar atento ao período
anterior à ocorrência do fato gerador.
Legalidade: é preciso utilizar os meios permitidos
pela lei, pois a
economia do imposto só é legítima se estiver enquad
rada na legislação.
O procedimento adotado pelo contribuinte, além de s
er preventivo, deve
ser lícito, pois, do contrário, mesmo agindo preven
tivamente, o contribuinte
pode cometer (a) fraude (falsidade ideológica ou ma
terial); (b) ato simulado ou
(c) abuso de forma jurídica (Ex.: nota fiscal subfa
turada).
2.5 Limites do Planejamento Tributário:
Elisão Fiscal: ação preventiva tendendo a, por meio
s lícitos, eliminar,
reduzir ou retardar a ocorrência do fato gerador.
Evasão Fiscal: ação consciente, voluntária e intenc
ional, tendendo a, por
meios ilícitos, eliminar ou reduzir o pagamento dos
impostos devidos, realizado
após a ocorrência do fato gerador.
31
Ex.: omissão de registros em livros fiscais próprio
s; utilizaçãode
documentos inidôneos na escrituração contábil, falt
a de recolhimento dos
tributos apurados.
2.6 Abrangência do Planejamento Tributário:
Empresa: a empresa pode tomar medidas gerenciais qu
e possibilitem a
não ocorrência do fato gerador do tributo, que dimi
nuam o montante devido ou
que adiem o seu vencimento.
Por exemplo, para possibilitar o adiamento do tribu
to na prestação de
serviços, o contrato deve estabelecer o momento da
realização da receita.
Administrativo: é o processo de implementação de al
ternativas lícitas
(elisão fiscal) para a economia total ou parcial do
s tributos, sem a adoção de
processos judiciais prévios, ou seja, mediante cons
ultas ao fisco, opções de
classificação contábil e aproveitamento das vantage
ns e benefícios da própria
legislação fiscal, nem sempre usufruídos pela empre
sa.
Por exemplo, para possibilitar o enquadramento de u
m produto em uma
alíquota de menor IPI, a empresa deve adequá-lo tec
nicamente e requerer a
nova classificação na Receita Fiscal.
Judicial: é o processo de obtenção de economias tri
butárias por meio de
processos judiciais, através de mandados de seguran
ça, ações cautelares,
ações declaratórias de inconstitucionalidade, ações
anulatórias, etc.
Por exemplo, o contribuinte pode procurar identific
ar as possíveis
contradições entre as normas tributárias.
2.7 Tipos de Planejamento Tributário:
Do ponto de vista empresarial, ou seja, analisando
seus efeitos na
estrutura gerencial e contábil/financeira, o planej
amento tributário pode ser:
•
Operacional: refere-se aos procedimentos formais p
rescritos pela norma
ou pelo costume, ou seja, na forma específica de co
ntabilizar
32
determinadas operações e transações, sem alterar su
as características
básicas;
•
Estratégico: implica mudanças em algumas caracterí
sticas estratégicas da
empresa, tais como: estrutura de capital, localizaç
ão, tipos de
empréstimos, contratação de mão-de-obra, etc.
Na visão jurídica, em que se consideram apenas os e
feitos fiscais no
tempo, existem três tipos de planejamento tributári
o:
•
Preventivo: desenvolve-se continuamente por interm
édio de orientações,
manuais de procedimentos e reuniões e abrange, sobr
etudo, as
atividades de cumprimento da legislação tributária
nas obrigações
principais e acessórias;
•
Corretivo: detectada determinada anormalidade, pro
cede-se ao estudo, e
alternativas de correção da anomalia são indicadas;
normalmente, não
deve existir o tipo corretivo em uma empresa que ad
ote o tipo preventivo;
e
•
Especial: surge em função de determinado fato como
, por exemplo,
abertura de filiais, lançamento de novos produtos,
aquisição ou alienação
da empresa e processos societário de reestruturação
.
51
a) Receitas de vendas de bens (mercadorias ou produ
tos) e de prestação
de serviços compreendidas nos objetivos da atividad
e da empresa,
não computados os valores relativos:
•
Às vendas canceladas (devoluções de vendas);
•
Ao IPI cobrado destacadamente nas notas fiscais de
vendas, no
caso de empresa contribuinte desse imposto; e
•
Aos descontos concedidos incondicionalmente (const
antes da nota
fiscal de venda de bens ou da fatura de prestação d
e serviços e
não dependentes de evento posterior à emissão desse
s
documentos);
b) Receitas de quaisquer outras fontes não relacion
adas diretamente
com os objetivos da empresa;
c) Ganhos de capital na alienação de bens do ativo
permanente;
d) Rendimentos nominais auferidos em aplicações fin
anceiras de renda
fixa e ganhos líquidos obtidos em operações realiza
das nos mercados
de renda variável.
e) Parcela da receita de exportações a pessoas vinc
uladas ou
domiciliadas em países com tributação favorecida, q
ue exceder ao
valor apropriado na escrituração;
II - São aquelas pessoas jurídicas que, por determi
nação legal, estão
obrigadas à apuração do lucro real, a seguir:
a) Pessoas jurídicas cujas atividades sejam de banc
os comerciais,
bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,
caixas
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corre
toras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento merca
ntil,
cooperativas de crédito, empresas de seguro privado
e de
capitalização e entidades de previdência privada ab
erta;
b) Pessoas jurídicas que tiverem lucros, rendimento
s ou ganhos de
capital oriundos do exterior;
52
c) Pessoas jurídicas que, autorizadas pela legislaç
ão tributária, queiram
usufruir de benefícios fiscais relativos à isenção
ou redução do
imposto de renda;
d) Pessoas jurídicas que, no decorrer do ano-calend
ário, tenham
efetuado o recolhimento mensal com base em estimati
va;
e) Pessoas jurídicas que explorem as atividades de
prestação cumulativa
e contínua de serviços de assessoria creditícia, me
rcadológica, gestão
de crédito, seleção e riscos, administração de cont
as a pagar e a
receber, compras de direitos creditórios resultante
s de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (fact
oring).
4.3 Opção pelo Lucro Presumido
4.3.1 Quando Será Manifestada
Se a empresa não se enquadrar em nenhuma das situaç
ões descritas no
item anterior, poderá optar pela tributação com bas
e no lucro presumido, no
ano-calendário de 2008, manifestando a sua opção po
r ocasião do pagamento
da primeira quota ou quota única do imposto devido
no primeiro trimestre desse
ano (janeiro a março, que vencerá em 30.04.2008 art
. 26 da Lei N0 9.430/96).
A pessoa jurídica que iniciar atividade a partir do
segundo trimestre
manifestará a opção pelo lucro presumido com o paga
mento da primeira quota
ou da quota única do imposta devido no trimestre do
início de atividade.
4.3.2 Possibilidade de Mudança
Como regra, não há a possibilidade de mudança.
A opção pela tributação com base no lucro presumido
será definitiva em
relação a todo o ano-calendário.
Todavia, abre
‐
se exceção quando ocorrer qualquer das hipóteses de
arbitramento previstas na legislação tributária, si
tuação em que a pessoa
jurídica poderá, desde que conhecida a receita brut
a, determinar o lucro
tributável segundo as regras relativas ao regime de
tributação com base no
lucro arbitrado.
53
Na hipótese de haver pago o imposto com base no luc
ro presumido e, em
relação ao mesmo ano
‐
calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade
de
apuração pelo lucro real por ter auferido lucros, r
endimentos ou ganhos de
capital oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ
e a CSLL sob o regime de
apuração pelo lucro real trimestral a partir, inclu
sive, do trimestre da ocorrência
do fato.
Tal situação também é possível de ocorrer na hipóte
se de exclusão do
Refis de empresa incluída neste programa como sendo
do lucro presumido,
embora obrigada ao lucro real.
4.4 Determinação do Lucro Presumido
4.4.1 Lucro Presumido com Base na Receita Bruta de
Vendas de
Mercadorias/Produtos e de Prestação de Serviços
4.4.1.1 Percentuais Aplicáveis sobre a Receita Brut
a
O Lucro presumido será determinada aplicando-se, so
bre a receita bruta
de vendas de mercadorias e/ou produtos e de prestaç
ão de serviços, auferida
em cada trimestre (regime de competência), os perce
ntuais constantes da
tabela seguinte, conforme a atividade geradora (art
. 25, inciso I, da Lei N0
9.430/96):
ESPÉCIE DE ATIVIDADES GERADORAS DE
RECEITAS
PERCENTUAIS APLICÁVEIS
SOBRE A RECEITA
•
Revenda, para consumo, de combustível
derivado de petróleo, álcool etílico carburante e
gás natural.
1,6
%
•
Venda de mercadorias ou produtos (exceto
revenda de combustíveis para consumo)
•
Transportes de Cargas
•
Serviços Hospitalares
•
Atividade Rural
•
Industrialização com materiais fornecidos
pelo encomendante.
•
Qualquer outra atividade (exceto a prestação
de serviços) para qual não esteja previsto
percentual específico.
8,0%
54
•
Serviços de Transporte (exceto o de cargas)
•
Serviços (excetohospitalares, de transporte
e de sociedades civis de profissões
regulamentadas) prestados com exclusividade
por empresas com receita bruta anual não
superior a R$ 120.000,00.
16%
•
Serviços em geral, para as quais não esteja
previsto percentual específico, inclusive os
prestados por sociedades civis de profissões
regulamentadas.
•
Intermediação de negócios.
•
Administração, loc
ação ou cessão de bens,
móveis ou imóveis, e direitos de qualquer
natureza.
•
Serviços de mão-de-
obra de construção civil,
quando a prestadora não empregar materiais de
sua propriedade nem se responsabilizar pela
execução da obra.
32%
4.4.1.2 Atividades Diversificadas
No caso de exploração de atividades diversificadas,
será aplicado sobre a
receita bruta de cada atividade o respectivo percen
tual.
4.4.1.3 Prestadoras de serviços de pequeno porte
A empresa exclusivamente prestadora de serviços (ex
ceto hospitalares,
de transporte e de sociedades civis de profissões r
egulamentadas) poderá
utilizar o percentual de 16% enquanto a sua receita
bruta, acumulada no ano-
calendário em curso, se comportar dentro do limite
de R$ 120.000,00,
observado o seguinte art. 40 da Lei N0 9.250/95 e a
rt. 3º, §§ 3º a 6º, da IN SRF
93/97:
a) Se a empresa utilizar esse percentual e a sua re
ceita bruta,
acumulada até qualquer um dos trimestres do ano-cal
endário,
ultrapassar o limite de R$ 120.000,00, ficará sujei
ta ao percentual
normal de 32 % retroativamente aos trimestres anter
iores do ano-
calendário em curso, impondo-se o pagamento dás dif
erenças de
imposto, apuradas em cada trimestre transcorrido, a
té o último dia útil
do mês subsequente ao trimestre da verificação do e
xcesso;
55
b) As diferenças pagas dentro do prazo mencionado n
a letra “a” não
sofrerão acréscimos moratórios;
c) A partir de janeiro do ano-calendário subsequent
e ao dá ocorrência do
excesso de receita a empresa poderá voltar a utiliz
ar o percentual de
16%, enquanto a sua receita bruta acumulada permane
cer dentro do
limite de R$ 120.000,00.
4.4.1.4 Conceito de receita bruta e exclusões
A receita bruta sobre a qual se aplicam os percentu
ais constantes dá
tabela do subitem 4.4.1.1, conforme a atividade ger
adora é constituída pelo
produto da venda de bens (mercadorias ou produtos)
nas operações de conta
própria, pelo preço dos serviços prestados e pelo o
resultado auferido nas
operações de conta alheia (comissões auferidas na v
enda de bens ou serviços
por conta de terceiros, por exemplo), excluídos os
valores relativos (art. 31 da
Lei N0 8.981/95):
a) As vendas canceladas (devoluções de vendas);
b) Aos descontos incondicionais concedidos (constan
tes da nota fiscal de
venda dos bens ou da fatura de serviços e não depen
dentes de evento
posterior à emissão desses documentos);
c) Ao IPI incidente sobre as vendas e ao ICMS devid
o pelo contribuinte
substituto no regime de substituição tributária.
NOTAS:
1) O ICMS incidente sobre as vendas e o ISS inciden
te sobre os serviços
integram a Receita Bruta e não podem dela ser exclu
ída.
2) Na venda a prazo o custo do financiamento, embut
ido nos preços dos
bens ou serviços ou destacado na nota fiscal, integ
ra a receita bruta (ADN
COSIT N0 7/93).
56
4.4.2 Acréscimo das Demais Receitas ou Resultados e
dos Ganhos de Capital
Ao valor determinado de acordo com os procedimentos
explanados no
subitem 4.4.1 deverão ser adicionadas as demais rec
eitas ou resultados
positivos decorrentes de operações não enquadradas
no conceito de receita
bruta definido no subitem 4.4.1.4 e os ganhos de ca
pital, auferidos no período,
tais como arts. 22, § 1º, da Lei Nº 9.249/95, 25, 1
1, 51 a 53 da Lei Nº 9.430/96
e art. 36 da IN SRF Nº 93/97):
I - Rendimentos de aplicações financeiras de renda
fixa e ganhos líquidos
de aplicações de renda variável;
II - Juros sobre o capital próprio que houverem sid
o pagos ou creditados
por outra pessoa jurídica da qual a empresa seja só
cia ou acionista;
III - Juros relativos a impostos e contribuições pa
gos indevidamente ou a
maior que o devido, a serem compensados ou restituí
dos;
IV - Rendimentos auferidos nas operações de mútuo e
ntre pessoas
jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou
interligadas;
V - Ganhos de capital (lucros) apurados na alienaçã
o de bens do ativo
permanente, observando-se:
a) Entre esses ganhos incluem-se também os obtidos
na alienação de
participações societárias permanentes em sociedade
coligadas e
controladas e de participações societárias que perm
aneceram no ativo
da empresa até o término do ano-calendário seguinte
ao de suas
aquisições;
b) Para efeito de apuração de ganho de capital, os
valores acrescidos em
virtude de reavaliação somente poderão ser computad
os como parte
integrante dos custos de aquisição dos bens ou dire
itos se a empresa
comprovar que os valores acrescidos foram computado
s na
determinação da base de cálculo do Imposto de Renda
;
57
c) Se a pessoa jurídica entregar ao seu titular ou
a sócio ou acionista, a
titulo de devolução de participação no capital, ben
s ou direitos de seu
ativo avaliados à preço de mercado, a diferença ent
re este e o valor
contábil dos bens ou direitos entregues será consid
erada ganho de
capital a ser adicionado à base de cálculo do impos
to calculado pelo
lucro presumido;
VI - Valores recuperados, correspondentes a custos
e despesas, inclusivo
perdas no recebimento de créditos, que tenham sido
deduzidos em período
anterior no qual a empresa tenha sido tributada pel
o lucro real;
VII - Demais receitas ou resultados auferidos, tal
como:
a) Multas ou qualquer outra vantagem auferidas aind
a que a titulo de
indenização, em virtude de rescisão contratual;
b) Aluguéis recebidos, quando a locação dos bens nã
o for o objeto da
atividade da empresa, líquido (despesas necessárias
à sua percepção,
devidamente comprovadas);
c) Ganhos auferidos em operações de cobertura (hedg
e) realizadas em
bolsas de valores, de mercado e de futuros ou no me
rcado de balcão;
d) Variações monetárias ativas.
4.4.3 Outros Acréscimos Obrigatórios
4.4.3.1 Empresa que no Ano-Calendário Anterior tenh
a sido Tributada pelo
Lucro Real
Se no ano-calendário anterior a empresa houver sido
tributada pelo lucro
real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto
do primeiro trimestre os
saldos valores cuja tributação foi diferida no regi
me do real, controlados na
parte B do LALUR, tais como (Art. 54 da Lei N0 9.43
0/96):
58
a) Lucro não realizado decorrente de com entidades
governamentais:
b) Lucro não realizado relativo a vendas do ativo p
ermanente com
recebimento do preço em prazo que ultrapasse o ano-
calendário
seguinte ao da contratação.
4.4.3.2 Empresa que tiver Saldo de Lucro Inflacioná
rio a Tributar
A empresa que tiver saldo de lucro inflacionário a
tributar e não houver
optado pela sua realização acelerada para gozo de r
edução da alíquota do
imposto, deverá observar o seguinte (arts. 54 da Le
i Nº 9.430/96 e 36, V, da IN
SRF Nº 93/97):
a) Se no ano-calendário anterior houver sido tribut
ada pelo lucro real,
deverá adicionar o saldo do lucro inflacionário a t
ributar, integralmente,
à base de cálculo do imposto do primeiro trimestre;
b) Se ela vem sendo submetida á tributação pelo luc
ro presumido desde
o ano-calendário de 1996, deverá adicionar ao lucro
presumido de
cada trimestre 3/120 do saldo do lucro inflacionári
o a tributar, hipótese
em que deve continuar controlando esse saldo na pan
e B do Livro de
Apuração do Lucro Real (LALUR).
4.5 Cálculo do Imposto Trimestral
4.5.1 Alíquotas
O imposto trimestral será calculado mediante a apli
cação (art. 38 da IN
SRF N0 93/97):
a) Da alíquota de 15% sobre a totalidade do lucro p
resumida apurado no
trimestre;
59
b) Da alíquota adicional de 10% sobre a parcela do
lucro presumido
trimestral que exceder a 60.000,00 61
receita de prestação de serviços, e admitindo, tamb
ém,que no trimestre a
empresa auferiu rendimentos de aplicações financeir
as de renda fixa de $
4.000,00 (sobre os quais foi retido o Imposto de Re
nda na fonte de R$ 800,00)
e vendeu bens do ativo permanente, tendo apurado ne
ssa transação ganho de
capital de $ 16.000,00, temos:
•
8 % sobre $ 700.000,00 ...........................
......................$ 56.000,00
•
32 % sobre $ 50.000,00 ...........................
......................$ 16.000.00
•
Lucro Presumido do Trimestre .....................
.................. $ 72.000,00
•
Rendimentos de Aplicações Financeiras Renda Fixa .
.....$ 4.000,00
•
Ganho de capital (vda de bens do ativo permanente)
....$ 16.000.00
•
Base de Cálculo do Imposto Trimestral ............
..............$ 92.000,00
Imposto Devido no Trimestre:
•
Imposto normal: 15% de $ 92.000,00 ...............
............ $ 13.800,00
•
Adicional: 10% de $ 32.000,00 ....................
.................... $ 3.200.00
•
Total do Imposto Devido ..........................
.......................$ 17.000,00
•
IRRF s/ receitas computadas na base de cálculo ...
......... $ (800.00)
•
Imposto Líquido a Pagar ..........................
.......................$ 16.200,00
4.6 Pagamento do Imposto
4.6.1 Prazo
O imposto apurado em cada trimestre deverá ser pago
, em quota única,
até o último dia útil do mês subsequente ao do ence
rramento do período de
sua apuração ou, á opção da empresa, até três quota
s mensais, iguais e
sucessivas, observado o seguinte (art. 5 da Lei nº
9.450/96):
a) As quotas deverão ser pagas até o último dia úti
l dos meses
subsequentes ao de encerramento do período de apura
ção;
62
b) Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.0
00,00, e o imposto de
valor inferior a 2.000,00 será pago em quota única;
c) O valor de cada quota (excluída a primeira, se p
aga no prazo) será
acrescido de juros, à taxa do Sistema Especial de L
iquidação e
Custódia SELIC, para títulos federais, acumulada me
nsalmente, a
partir do primeiro dia do segundo mês subsequente a
o do
encerramento do período de apuração até o último di
a do mês anterior
ao do pagamento, e de 1% ao mês do pagamento.
No exemplo, o saldo de $ 16.200,00 poderá ser pago
em quota única, ou
em três quotas de $ 5.400,00 cada uma ($ 16.200,00/
3), vencíveis em 30/04,
29/05 e 30/06/98, com o acréscimo de juros sobre as
quotas pagas a partir de
maio 2008, calculadas de acordo com as regras refer
idas na letra “c”.
4.6.2 Preenchimento do DARF
No preenchimento do DARF para o pagamento do IRPJ d
evido com base
no lucro presumido utiliza-se, no campo 04, o códig
o 2089.
4.7 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
4.7.1 Apuração Trimestral
As empresas que optarem pelo pagamento do imposto d
e Renda com
base no lucro presumido deverão apurar a Contribuiç
ão Social sobre o Lucro
Líquido, trimestralmente, e efetuar o seu pagamento
com observância dos
procedimentos tratados nos subitens seguintes (arts
. 28 e 29 da Lei nº
9.430/96 e 49 e 56 da IN SRF nº 93/97 e IN SRF nº 3
90 de 30 de Janeiro de
2004)
4.7.2 Base de Cálculo
As pessoas jurídicas que optarem pela apuração e pa
gamento do IRPJ
com base no lucro presumido ou que pagarem o IRPJ c
om base no lucro
63
arbitrado, determinarão a base de cálculo da CSLL t
rimestralmente, conforme
esses regimes de incidência.
No resultado presumido ou arbitrado, a base de cálc
ulo da CSLL será a
soma dos seguintes valores:
I - O percentual da receita bruta auferida no trime
stre, excluídas as
vendas canceladas, as devoluções de vendas, os desc
ontos incondicionais
concedidos e os impostos não cumulativos cobrados d
estacadamente do
comprador dos quais o vendedor dos bens ou prestado
r de serviços seja mero
depositário, correspondente a:
a) 12% (doze por cento), para as pessoas jurídicas
em geral; ou
b) 32% (trinta e dois por cento), para as pessoas j
urídicas que
desenvolvam as seguintes atividades:
•
Prestação de serviços em geral, exceto a de serviç
os hospitalares;
•
Intermediação de negócios;
•
Administração, locação ou cessão de bens imóveis,
móveis e
direitos de qualquer natureza;
•
Prestação cumulativa e contínua de serviços de ass
essoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleç
ão de riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compra
de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo
ou de
prestação de serviços – factoring.
NOTAS:
No caso de atividades diversificadas será aplicado
o percentual
correspondente a cada atividade.
II - O percentual (correspondente à atividade, fixa
do conforme Item I) das
receitas auferidas no respectivo período de apuraçã
o, nas exportações a
pessoas vinculadas ou para países com tributação fa
vorecida, que exceder ao
64
valor já apropriado na escrituração da empresa, na
formada IN SRF nº 243, de
2002;
III - Os ganhos de capital, as demais receitas e os
resultados positivos
decorrentes de receitas não abrangidas pelo item 1,
auferidos no mesmo
período de apuração, inclusive:
a) Os ganhos de capital nas alienações de bens e di
reitos, inclusive de
aplicações em ouro não caracterizado como ativo fin
anceiro. O ganho
corresponderá à diferença positiva verificada, no m
ês, entre o valor da
alienação e o respectivo custo de aquisição diminuí
do dos encargos
de depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
b) Os ganhos de capital auferidos na alienação de p
articipações
societárias permanentes em sociedades coligadas e c
ontroladas, e de
participações societárias que permanecerem no ativo
da pessoa
jurídica até o término do ano
calendário seguinte ao de suas
aquisições;
c) Os ganhos de capital auferidos na devolução de c
apital em bens ou
direitos;
d) Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo
realizadas entre
pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa
física;
e) Os ganhos auferidos em operações de cobertura (h
edge) realizadas
em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros o
u no mercado de
balcão;
f) A receita de locação de imóvel, quando não for e
ste o objeto social da
pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários
à sua percepção;
g) Os juros equivalentes à taxa referencial do Sist
ema Especial de
Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federai
s, acumulada
mensalmente, relativos a impostos e contribuições a
serem restituídos
ou compensados;
h) As variações monetárias ativas dos direitos de c
rédito e das
obrigações do contribuinte, em função da taxa de câ
mbio ou de
índices ou coeficientes aplicáveis por disposição l
egal ou contratual;
i) Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em ap
licações financeiras
de renda fixa e de renda variável;
j) Os juros sobre o capital próprio auferidos;
65
k) Os valores recuperados correspondentes a custos
e despesas,
inclusive com perdas no recebimento de créditos, sa
lvo se a pessoa
jurídica comprovar não os ter deduzido em período a
nterior no qual
tenha se submetido ao regime de incidência da CSLL
com base no
resultado ajustado, ou que se refiram a período no
qual tenha se
submetido ao regime de incidência da CSLL com base
no resultado
presumido ou arbitrado;
l) O valor dos encargos suportados pela mutuária qu
e exceder ao limite
calculado com base na taxa Libor, para depósitos em
dólares dos
Estados Unidos da América, pelo prazo de seis meses
, acrescido de
três por cento anuais a título de spread, proporcio
nalizados em função
do período a que se referirem os juros, quando pago
s ou creditados a
pessoa vinculada no exterior e o contrato não for r
egistrado no Banco
Central do Brasil;
m) A diferença de receita, auferida pela mutuante,
correspondente ao
valor calculado com base na taxa a que se refere a
alínea anterior e o
valor contratado, quando este for inferior, caso o
contrato, não
registrado no Banco Central do Brasil, seja realiza
do com mutuaria
definida como pessoa vinculada domiciliada no exter
ior;
n)As multas ou qualquer outra vantagem recebida ou
creditada, ainda
que a título de indenização, em virtude de rescisão
de contrato;
o) A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor
dos bens e direitos
recebidos de instituição isenta, a título de devolu
ção de patrimônio, e o
valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos en
tregue para a
formação do referido patrimônio;
p) O valor correspondente aos lucros auferidos no e
xterior, por
intermédio de filiais, sucursais, controladas ou co
ligadas, no trimestre
em que tais lucros tiverem sido disponibilizados.
Exemplo:
Reportando-nos ao exemplo desenvolvido no subitem 4
.5.3, no qual
apurou-se, no primeiro trimestre/2008, $ 775.000,00
de receita bruta de vendas
de mercadorias e $ 50.000,00 de venda de serviços,
no conceito do Imposto de
66
Renda, $ 16.000,00 de ganhos de capital na alienaçã
o de bens do ativo
permanente e $ 4.000,00 de rendimentos de aplicaçõe
s financeiras de renda
fixa, temos:
•
12% de $ 700.000,00 ..............................
.......................$ 84.000,00
•
32% de $ 50.000,00 ...............................
........................$ 16.000,00
•
Base de cálculo ..................................
........................ $ 100.000,00
Adição à base de cálculo:
•
Rendimentos de Aplicações Financeiras ............
............ $ 4.000,00
•
Ganho de capital (vda de bens do ativo permanente)
....$ 16.000.00
•
Base de Cálculo da Contribuição Social ...........
...........$ 110.000,00
4.7.3 Alíquotas
Sobre a base de cálculo determinada na forma mostra
da no subitem
anterior aplicam-se as seguintes alíquotas arts. 20
da Lei nº 9.249/95 e 2º da
Lei nº 9.316/96): 9%, (Nove por cento).
No exemplo do subitem 4.7.2, em que foi determinada
a base de cálculo
da contribuição em $ 110.000,00, temos:
Contribuição Social devida no trimestre:
9% sobre $ 110.000,00 = .................... $ 9.90
0.00
4.7.4 Prazo de Pagamento
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido apurada
em cada trimestre
deverá ser paga no mesmo prazo e observadas as mesm
as condições
estabelecidas para o pagamento do Imposto de Renda,
informadas no subitem
4.6.1.
67
Portanto, no exemplo, a contribuição devida no prim
eiro trimestre de
2008, no valor de $ 9.900,00, poderá ser paga em qu
ota única, até 30/04/2008,
ou em três quotas da $ 3.300,00 cada uma ($ 9.900,0
0/3), vencíveis em 30/04,
29/05 e 30/06/98, com o acréscimo de juros sobre as
quotas pagas a partir de
maio/2008.
No preenchimento do DARF deve ser utilizado (no cam
po 04) código
2372.
4.8 Distribuição de Lucros ou Dividendos
4.8.1 Isenção do imposto sobre a distribuição do lu
cro presumido
Os valores pagos aos sócios ou acionistas ou ao tit
ular de empresa
tributada pelo lucro presumido, a titulo de lucros
ou dividendos, ficam isentos
do Imposto de Renda, independentemente de apuração
contábil, até o valor da
base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa jurídica
(IRPJ), deduzido do
IRPJ (inclusive o adicional, quando devido), da Con
tribuição Social sobre o
Lucro, do PIS e da COFINS devidos, desde que a dist
ribuição ocorra após o
encerramento do trimestre de apuração (arts.10 da L
ei Nº 9.249/95,48 da IN
SRF Nº 93/97 e ADN COSIT Nº 4/96 1).
Assim, na hipótese do exemplo desenvolvido neste te
xto (subitem 4.5.3),
se admitirmos que o PIS e a COFINS devidos pela emp
resa no primeiro
trimestre de 2008 são de R$ 4.875,00 e R$ 15.000,00
, respectivamente, temos:
•
Base de Cálculo do IRPJ devido no trimestre ......
......... $ 92.000,00
•
IRPJ devido ......................................
............................($ 17.000,00)
•
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ........
............($ 9.900,00)
•
PIS ..............................................
....................................($ 4.875,00)
•
COFINS ...........................................
.............................($ 15.000.00)
•
Valor distribuível* com isenção do imposto .......
............ $ 45.225,00
* a partir de 01/04/2008
68
4.8.2 Lucro Liquido Contábil Superior ao Presumido
- Isenção na Distribuição
Se a empresa mantiver escrituração contábil e apura
r lucro liquido (após a
dedução do IRPJ devido) de valor superior ao valor
determinado na forma do
subitem anterior, a totalidade do lucro liquido con
tábil poderá ser distribuída
sem incidência do imposto.
NOTA:
Se o lucro líquido apurado contabilmente for inferi
or ao valor determinado
de acordo com as regras focalizadas no subirem ante
rior prevalece a isenção
sobre a distribuição do Lucro presumido liquido do
imposto e contribuições
devidos.
4.8.3 O Alerta Necessário
Se a empresa distribuir o lucro presumido trimestra
l e depois alterar a sua
opção e submeter-se ao regime de tributação pelo lu
cro real, os valores
distribuídos que não puderem ser amparados em lucro
s apurados
contabilmente, no mesmo ano (em balanço intermediár
io) ou em anos
anteriores, existentes na data da distribuição, fic
am sujeitos á incidência do
imposto de Renda na fonte, considerado como ocorrid
o o fato gerador na data
do pagamento, impondo-se o recolhimento do imposto
com os acréscimos
legais devidos nos pagamentos fora de prazo.
4.1
Planejamento Tributário Lucro Presumido
Enquadrada no art. 518 do Regulamento do Imposto de renda 
(RIR/1999), esta 
empresa, por sua atividade de venda presumiria, um lucro de 8% e sobre a receita de serviços 
auferida 32%, para fins de calculo de IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica (TAB.1).
TABELA
1: Demonstrativo da presunção do lucro auferido sob
re a receita bruta e 
calculo do IRPJ
Competência
Receita Vendas
Presunção Vendas 
8%
Receita Serviços
Presunção Serviços 
32%
IRPJ 
-
15%
01/2010
R$ 170.450,57 
R$
13.636,05 
R$ 
980,00 
R$ 313,60 
R$ 2.092,45 
02/2010
R$
197.669,97 
R$ 15.813,60 
R
$ 18.500,00 
R$ 5.920,00 
R$ 3.260,04 
03/2010
R$ 341.847,40 
R$ 27.347,79 
R$ 58.427,55 
R$ 18.696,82 
R$ 6.906,69 
04/2010
R$ 230.290,40 
R$ 18.423,23 
R$ 31.971,50 
R$ 10.230,88 
R$ 4.298,12 
05/2010
R$ 425.275,20 
R$ 34.022,02 
R$ 26.
750,00 
R$ 8.560,00 
R$ 6.387,30 
06/2010
R$ 358.872,90 
R$ 28.709,83 
R$ 
1
71.090,00 
R$ 54.748,80 
R$ 12.518,79 
07/2010
R$ 491.018,50 
R$ 39.281,48 
R$
93.607,00 
R$ 29.954,24 
R$ 10.385,36 
08/2010
R$ 619.738,68 
R$ 49.579,09 
R$ 225.9
08,70 
R$ 72.290,78 
R$ 18.280,48 
09/2010
R$ 572.562,30 
R$ 45.804,98 
R$ 53.046,35 
R$ 16.974,83 
R$ 9.416,97 
10/2010
R$
485.201,70 
R$ 38.816,14 
R$ 91.413,74 
R$ 29.252,40 
R$ 10.210,28 
11/2010
R$
410.115,70 
R$ 32.809,26 
R$ 384.91
2,63 
R$ 123.172,04 
R$ 23.397,20 
12/2010
R$ 
259.425,00 
R$ 20.754,00 
R$ 183.851,62 
R$ 58.832,52 
R$ 11.937,98 
TOTAL
R$
4.562.468,32 
R$ 364.997,47 
R$ 1.340.459,09 
R$ 428.946,91 
R$ 119.091,66 
Fonte: Dados da pesquisa
Para calculo do
CSLL (Contribuição social sobre o Lucro Liquido), sobre 
atividade de venda, presumiria um lucro de 12% sobre a receita bruta de vendas e 32% sobre 
a receita de serviços auferida (TAB.2).
17
TABELA
2: Demonstrativo da presunção do lucro auferido 
sobre a rec
eita bruta e 
calculo 
do CSLL
Competência
Receita Vendas
Presunção Vendas 
12%
Receita Serviços
Presunção Serviços 
32%
CSLL 
-
9%
01/2010
R$ 170.450,57 
R$ 20.454,07 
R$ 980,00 
R$ 313,60 
R$ 
1.869,09 
02/2010
R$ 197.669,97 
R$ 23.720,40 
R$ 18.50
0,00 
R$ 5.920,00 
R$ 2.667,64 
03/2010
R$ 341.847,40 
R$ 41.021,69 
R$ 58.427,55 
R$ 18.696,82 
R$ 5.374,67 
04/2010
R$ 230.290,40 
R$ 27.634,85 
R$ 31.971,50 
R$ 10.230,88 
R$ 3.407,92 
05/2010
R$ 425.275,20 
R$ 51.033,02 
R$ 26.750,00 
R$ 8.560,00 
R$ 5.363,37 
06/2010
R$ 358.872,90 
R$ 43.064,75 
R$ 171.090,00 
R$ 54.748,80 
R$ 8.803,22 
07/2010
R$ 491.018,50 
R$
58.922,22 
R$ 93.607,00 
R$ 29.954,24 
R$ 7.998,88 
08/2010
R$ 619.738,68 
R$ 74.368,64 
R$ 225.908,70 
R
$ 72.290,78 
R$ 13.199,35 
09/2010R$ 572.562,30 
R$ 68.707,48 
R$ 53.046,35 
R$ 16.974,83 
R$ 7.711,41 
10/2010
R$ 485.201,70 
R$ 58.224,20 
R$ 91.413,74 
R$ 29.252,40 
R$ 7.872,89 
11/2010
R$ 410.115,70 
R$ 49.213,88 
R$ 384.912,63 
R$ 
123.172,04 
R$ 15.514,73 
12/2010
R$ 259.425,00 
R$ 31.131,00 
R$ 183.851,62 
R$ 58.832,52 
R$ 8.096,72 
TOTAL
R$ 4.562.468,32 
R$ 547.496,20 
R$
1.340.459,09 
R$ 428.946,91 
R$ 
87.879,88 
Fonte: Dados da pesquisa
Baseando
-
se nos valores de
impostos calculados mensalmente, apresenta
-
se 
abaixo, na TAB. 03 o somatórios dos impostos correspondente a cada trimestre
.
TABELA
3: Demonstrativo da base de cálculo e valores recolhidos de IRPJ e CSLL
Tri
mestre 
2010 
Faturamento 
Trimestral 
Base de C
alculo 
IRPJ 
IRPJ 
-
15% 
AIR
10%
Base de Calculo 
CSLL 
CSLL 
-
9% 
1º
R$ 87.875,49 
R$
81.727,86 
R$
12.259,18 
R$
2.172.79
R$ 
110.126,57 
R$
9.911,39 
2º
R$ 
1.244.250,00 
R$ 154.694,76 
R$
23.204,21 
R$
9.469,47
R$
195.272,30 
R$ 17.574,51 
3º
R$
2.055.881,53 
R$ 253.885,40 
R$
38.082,81 
R$
19.388,54
R$
321.218,19 
R$ 28.909,64 
4º
R$
1.814.920,39 
R$ 303.636,36 
R$
45.545,45 
R$
24.363,64
R$ 349.826,05 
R$ 31.484,34 
Total
R$ 5.902.927,41 
R$ 793.944,38 
R$ 119.091,66 
R$ 55
.394,4
4
R$ 976.443,11 
R$ 87.879,88 
Fonte: Dados da pesquisa
Demonstra
-
se na TAB. 4 a base de cálculo e os valores de PIS/PASEP e COFINS 
a recolher após apuração.
18
TABELA
4
: Demonstrativo da base de cálculo e valores a recolher do PIS/PASEP e d
a 
COFINS.
Competência
Faturamento
Base de calculo
PIS 
-
0,65%
COFINS 
-
3%
01/2010
R$
171.430,57 
R$
171.430,57 
R$ 1.114,30 
R$ 5.142,92 
02/2010
R$
216.169,97 
R$
216.169,97 
R$
1.405,10 
R$ 6.485,10 
03/2010
R$
400.274,95 
R$
400.274,43 
R$
2.601,79 
R$ 12.008,23 
04/2010
R$
262.261,90 
R$
262.261,90 
R$
1.704,70 
R$ 7.867,86 
05/2010
R$
452.025,20 
R$
452.025,20 
R$ 2.938,16 
R$ 13.560,76 
06/2010
R$
529.962,90 
R$
529.962,90 
R$ 3.444,76 
R$ 15.898,89 
07/2010
R$
584.625,
50 
R$ 584.625,50
R$ 3.800,06 
R$ 17.538,76
08/2010
R$
845.647,38 
R$ 845.647,38 
R$ 5.496,71 
R$ 25.369,42 
09/2010
R$
625.608,65 
R$ 625.608,65 
R$ 4.066,46 
R$ 18.768,26 
10/2010
R$
576.615,44 
R$ 576.615,44 
R$ 3.748,00 
R$ 17
.
298,46 
11/2010
R$
795.028,33 
R$ 795.028,33 
R$ 5.167,68 
R$
23.850,85 
12/2010
R$
443.276,62 
R$ 443.276,62 
R$ 2.881,30 
R$ 13.298,30 
TOTAL
R$ 5.902.927,41 
R$ 5.902.927,41 
R$ 38.369,02 
R$ 177.087,82 
Fonte: Dados da pesquisa
A ativ
idade principal da empresa é
Fabricação de outras máquinas e equipamentos 
para uso na extração mineral, peças e acessórios, exceto na extração de petróleo. D
efinida 
pela classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) sobre o código 
28.52
-
6
-
00
tem a
inda como atividades secundárias. 
Fabricação de estruturas metálicas (CNAE 25.11
-
0
-
00), manutenção e reparação de outras máquinas e equipamentos para usos industriais não 
especificados anteriormente (CNAE 33.14
-
7
-
99
.
Os principais produtos fabricados são d
escrito como Estruturas Metálicas, 
Caldeiraria, Silo, filtro de mangas com as respectivas NCM (nomenclatura comum do 
MERCOSUL) 9406.00.92, 8474.90.00, 8479.89.40 e 8421.39.90, sendo alguns destes itens 
não tributáveis pelo IPI e outro
s de alíquota zero, nã
o sendo, portanto, seu valor devido a 
recolher pela empresa, porém a mesma tem o direito a aproveitar o crédito do referido 
impostos.
A empresa pratica também vendas interestaduais sendo, portanto, devido o 
Imposto sobre circulação de mercadorias e serviço
s (ICMS), conforme alíquota definida para 
cada NCM, tendo ainda a maioria dos produtos fornecidos pela empresa a base de calculo 
reduzida

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