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DERMATOFITOSES EM GATOS

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde 
Curso de Medicina Veterinária 
ANA LUIZA COLLARES BRIGOLA 
 
 
 
 
 
 
 
DERMATOFITOSES EM GATOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
11 
 
Este trabalho de conclusão de curso (T.C.C.) apresentado ao curso de 
Medicina Veterinária da Faculdade e Ciências Biológicas e da Saúde da 
Universidade Tuiuti do Paraná, Campus Barigui, pela universitária Ana Luiza 
Collares Brigola como requisito parcial para obtenção de título de Médica 
Veterinária, é composto de relatório de estágio, no qual são descritas as 
atividades realizadas durante o período de 27 de julho a 06 de outubro de 2015 
e revisão de literatura abordando o tema dermatofitose em gatos. 
Palavras chave: Zoonose, Micose, Microsporum canis, Alopecia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 INTRODUÇÃO 
O presente relatório elaborado pela acadêmica Ana Luiza Collares 
Brigola, do Curso de Medicina Veterinária, da Universidade Tuiuti do Paraná, 
tem como finalidade descrever os casos acompanhados durante o período de 
estágio curricular obrigatório. O estágio curricular foi realizado na CEMV-UTP, 
no período de 27 de julho a 06 de outubro do ano 2015, totalizando 400 horas, 
sob orientação profissional da médica veterinária Ana Laura D’Amico, CRMV-
PR 8023 e sob orientação acadêmica da professora Fabiana dos Santos Monti 
CRMV-PR 12502, responsável pela disciplina de clínica médica de pequenos 
animais da Universidade Tuiuti do Paraná. 
 Neste relatório estão descritas as atividades desenvolvidas na área de 
clínica médica de pequenos animais. O estágio curricular teve como objetivo 
aprimorar os conhecimentos técnicos adquiridos durante a graduação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO 
O estágio curricular foi realizado na Clínica Escola de Medicina 
Veterinária (CEMV) da Universidade Tuiuti do Paraná, campus Professor 
Sidney de Lima Santos (Barigui), situada na Rua Sydnei Antônio Rangel 
Santos- 238 no bairro Santo Inácio, Curitiba- PR, no período de 27 de julho a 
06 de outubro de 2015, de segunda a sexta-feira no horário das 8h00min ás 
12h00min. e das 14h00min ás 18h00min, sendo o horário das 12h00min. às 
14h00min para o inervalo para o almoço, totalizando 400 horas de estágio. A 
clínica veterinária do campus Barigui, inaugurado em 2008, conta com serviços 
de clínica médica e cirúrgica, e também disponibiliza as seguintes 
especialidades: Anestesiologia, cirurgias ortopédicas e de tecidos moles, 
dermatologia, exames laboratoriais, odontologia, radiologia e ultrassonografia e 
neurologia. 
 
 INFRA ESTRUTURA 
O hospital possui: recepção; quatro consultórios de atendimento clínico 
(FIGURA 1), sendo um especialmente para gatos (FIGURA 2); bloco cirúrgico 
de pequenos animais, contando com sala de procedimentos pré–operatórios e 
pós-operatórios e duas salas cirúrgicas (FIGURA 3), farmácia; sala de 
internamento geral; sala de pós-operatório; sala de emergência (FIGURA 4); 
sala dos residentes; sala dos professores; sala de ultrassonografia (FIGURA 5); 
sala de radiologia e laboratório de análises 
 
 
 
14 
 
 
FIGURA 1-CONSULTÓRIO DA CEMV-UTP 
 
FONTE: SBALCHEIRO, 2015 
 
FIGURA 2-CONSULTÓRIO PARA GATOS DA CEMV-UTP 
 
FONTE: SBALCHEIRO, 2015. 
 
15 
 
FIGURA 3-BLOCO CIRÚRGICO DA CEMV-UTP 
 
 FONTE: SBALCHEIRO, 2015. 
 
FIGURA 4-SALA DE EMERGÊNCIA CEMV-UTP 
 
FONTE: SBALCHEIRO, 2015 
 
 
16 
 
FIGURA 5-SALA DE ULTRASSONOGRAFIA CEMV-UTP 
 
FONTE: SBALCHEIRO, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 CASUÍSTICA 
O estágio curricular compreendeu as atividades realizadas nos 
consultórios como: anamnese, exame físico, colheita de materiais biológicos 
para exame além do atendimento aos animais internados na avaliação de 
parâmetros, fluidoterapia, administração de medicamentos segundo a 
prescrição do médico veterinário responsável e nutrição desses pacientes, sob 
a orientação dos residentes de clínica médica e da professora Fabiana dos 
Santos Monti. 
Considerando as atividades de clínica médica foram acompanhados 134 
casos no período do estágio, distribuídos em 118 cães e 16 gatos, dados 
apresentados detalhadamente no gráfico abaixo. (FIGURA 6). 
FIGURA 6– DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO TOTAL DE CASOS (N=134) 
ENTRE CÃES E GATOS ACOMPANHADOS DURANTE O PERÍODO DE 
ESTÁGIO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015 NA CEMV-UTP. 
 
 
Os atendimentos da clínica geral estão demonstrados acima. Na 
FIGURA 7, estão separados em sistemas orgânicos, e os mesmos casos 
são detalhados nos quadros seguintes. 
 
54
10
6464
6
70
0
10
20
30
40
50
60
70
80
CÃES GATOS TOTAL
machos
femeas
18 
 
 
FIGURA 07 – DISTRIBUIÇÃO DA CASUÍSTICA, SEPARADA POR 
SISTEMAS, ACOMPANHADA NA ROTINA DA CLÍNICA MÉDICA 
DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, DE 27 DE JULHO A 06 DE 
OUTUBRO DE 2015 NA CEMV-UTP. 
 
 
 
 
Do total de animais atendidos, alguns realizaram atendimento apenas 
para colheita de material para triagem de cirurgias eletivas enquanto outros 
apresentavam mais de uma queixa principal, ou mesmo não se encaixavam 
na classificação exata de um dos sistemas abordados, então esses animais 
foram inclusos na tabela como “OUTROS”. 
No QUADRO 1, estão descritas as enfermidades do sistema locomotor 
acompanhadas no período de estágio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21
13 14
30
8
16
12
20
0
5
10
15
20
25
30
35
19 
 
QUADRO 01- CASUÍSTICA DO SISTEMA LOCOMOTOR NA CEMV-
UTP NO PERÍODO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015. 
 
ENFERMIDADES 
CAES GATOS TOTAL % 
M F M F 
Displasia Coxofemural 1 0 0 0 1 5% 
Luxação patelar 1 4 0 0 5 24% 
Fratura de fêmur 1 2 0 0 3 14% 
Claudicação membro pélvico a investigar 2 0 0 0 2 10% 
Fratura mandibular 0 2 0 0 2 10% 
Luxação cotovelo 0 1 0 0 1 5% 
Lesão 4° dedo membro torácico direito 0 1 0 0 1 5% 
Fratura pelve 1 1 0 0 2 10% 
Fratura de coluna 1 1 0 0 2 10% 
Fratura de acetábulo 0 1 0 0 1 5% 
Fratura de ísquio 0 1 0 0 1 5% 
TOTAL 21 
 
 Os quadros de luxação patelar se mostraram frequentes na clínica sendo 
acompanhados mais casos em fêmeas do que em machos. Os atendimentos 
do sistema locomotor resultaram em 20 dos 134 atendimentos acompanhados. 
 Os atendimentos relativos ao sistema digestório também se apresentaram 
relevantes na rotina hospitalar como mostra o QUADRO 2. 
QUADRO 2- CASUÍSTICA DO SISTEMA DIGESTÓRIO NA CEMV-UTP NO 
PERÍODO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015. 
 
ENFERMIDADES 
CAES GATOS TOTAL % 
M F M F 
Gastrenterite 1 3 1 0 2 38% 
Neoplasia pancreática a esclarecer 0 1 0 0 1 8% 
Colite 1 1 0 0 2 15% 
Neoplasia intestinal a investigar 0 0 1 0 1 8% 
Disfagia a investigar 0 1 0 0 1 8% 
Doença periodontal 2 1 0 0 3 23% 
TOTAL 10 
 
 As afecções do sistema digestório foram representadas por 13 casos 
atendidos, que incluiu três casos de doença periodontal, encaminhados para o 
 
 
20 
 
setor de odontologia para receberem o tratamento adequado 
QUADRO 3 - CASUÍSTICA DO SISTEMA REPRODUTOR NA CEMV-UTP NO 
PERÍODO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015. 
 
ENFERMIDADES 
CAES GATOS TOTAL % 
M F M F 
Ovário policístico 0 1 0 0 1 7% 
Neoplasia mamária 0 9 0 1 10 71% 
TVT 1 1 0 0 2 14% 
Acompanhamento gestacional 0 2 0 0 1 7% 
TOTAL 14 
 
 
 
 Comodemonstrado no QUADRO 3 a incidência de neoplasias mamárias 
ainda são os casos de maior ocorrência do sistema reprodutor, demonstrando 
ser necessário uma conscientização maior dos proprietários quanto aos 
métodos de esterilização. Todos os casos passaram pelo exame citopatológico 
e foram encaminhados para cirurgia de mastectomia e ovariohisterectomia 
quando possível ou necessário. 
 O sistema tegumentar foi sem dúvida o mais acometido pelas mais diversas 
afecções que foram desde mordeduras por outros animais até a presença de 
neoplasias não esclarecidas e encaminhadas para exame citopatológico e 
histopatológico, como demonstrado no QUADRO 4. 
QUADRO 4 - CASUÍSTICA DO SISTEMA TEGUMENTAR NA CEMV-UTP NO 
PERÍODO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015. 
 
ENFERMIDADES 
CAES GATOS TOTAL % 
M F M F 
Mastocitoma 3 1 0 0 4 13% 
Dermatofitose 0 0 1 0 1 3% 
Otite externa 3 7 0 0 10 33% 
Demodiciose 1 0 0 0 1 3% 
DASP 1 1 1 0 3 10% 
Nódulo membro pélvico a esclarecer 0 1 0 0 1 3% 
Mordedura 1 1 1 0 3 10% 
Lesão por picada de aracnídeo 1 0 0 0 1 3% 
Dermatite atópica 1 0 0 0 1 3% 
Abscesso 0 1 0 0 1 3% 
Intertrigo 1 0 0 0 1 3% 
Dermatite interdigital 0 1 0 0 1 3% 
Mííase 1 0 0 0 1 3% 
21 
 
Piodermite 0 1 0 0 1 3% 
TOTAL 30 
 
 
 As otites, principalmente as crônicas, tiveram o maior número de casos 
atendidos do sistema tegumentar, sendo que junto com os casos de neoplasias 
mamárias resultaram nos dois casos de maior incidência na clínica geral no 
período de estágio, já nas neoplasias cutâneas, o mastocitoma foi o mais 
diagnosticado. 
 Entre outros atendimentos, foi acompanhado casos como o Vírus da 
Leucemia Felina, sequela por cinomose, intoxicação, consulvões entras 
enfermidades. (QUADRO 5) 
 
 
QUADRO 5 – OUTROS ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NA CASUÍSTICA 
DA CLINICA GERAL NA CEMV-UTP NO PERÍODO DE 27 DE JULHO A 06 DE 
OUTUBRO DE 2015. 
 
ENFERMIDADES 
CAES GATOS TOTAL % 
M F M F 
FELV 0 0 1 0 1 4% 
Metástase esplênica a esclarecer 0 0 1 0 1 4% 
Hérnia inguinal 0 1 0 0 1 4% 
Convulsão 1 1 0 0 2 8% 
Neoplasia oftálmica a esclarecer 0 1 0 0 1 4% 
Sequela por cinomose 1 0 0 0 1 4% 
Glaucoma 0 0 0 1 1 4% 
Protrusão de 3° pálpebra 2 1 0 0 3 12% 
Intoxicação 1 0 0 0 1 4% 
Outras 7 0 0 1 8 31% 
TOTAL 20 
 
 
 Oito animais se caracterizaram por casos de retornos, retiradas de pontos 
ou colheita de sangue para triagem de cirurgias ou mesmo acompanhamento 
22 
 
de evolução dos casos clínicos, e esses animais foram encaixados nesta tabela 
como “outras”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
DERMATOFITOSE EM GATOS - REVISÃO DE LITERATURA 
 
RESUMO 
A dermatofitose é causada por um fungo que infecta tecidos queratinizados da 
pele, pelos e unhas. É uma doença de fácil transmissão e considerada uma 
importante causa de zoonose cabendo ao profissional identificar, orientar o 
proprietário e tratar o animal o mais rápido possível. A causa mais comum de 
dermatofitose em cães e gatos é o Microsporum canis, sendo os felinos 
importantes disseminadores da doença por portarem a mesma sem apresentar 
sinais. O diagnóstico baseia-se em um estudo do histórico do animal, exame 
clínico e pelo resultado dos exames complementares. O tratamento deve ser 
baseado em antimicóticos tópicos e sistêmicos. 
Palavras chave: Zoonose, Alopecia, Microsporum canis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 INTRODUÇÃO 
A dermatofitose é a doença fúngica mais comum na clínica de pequenos 
animais, é causada por um grupo de fungos pertencentes aos gêneros 
Microsporum ssp., Tricophyton ssp. e Epidermophyton ssp., todos com 
afinidade para tecidos queratinizados (MULLER e KIRK’S, 2013). 
Nos animais de companhia, principalmente nos gatos as dermatofitoses 
estão geralmente associadas ao Microsporum canis, podendo estes animais 
ser contaminados a partir do contato com outros animais e humanos. A 
transmissão se dá através do contato com os fungos que podem penetrar na 
pele, pêlo e unhas, onde uma vez instalados resultam em dano epitelial e 
quebra do pêlo além de reações inflamatórias de leves severas (FONDATI, 
2007). 
A dermatofitose é uma doença de importância zoonótica (MEDEIROS 
et.al 2009). 
O objetivo desta revisão é abordar de maneira direta a forma de 
transmissão, diagnóstico e tratamento das dermatofitoses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 ETIOLOGIA 
Os dermatófitos são um grupo de fungos que causam lesões em tecidos 
queratinizados (COELHO, 2008). São muito comuns na natureza distribuídos 
no ar e no solo além de estar na pele de animais 
 São fungos filamentosos formados por células alongadas chamadas de 
hifas. Ao conjunto de hifas que formam as colônias dá-se o nome de micélio. A 
fragmentação das hifas dá origem a estruturas responsáveis pela reprodução 
do fungo, estas recebem o nome de artrósporos ou artroconídeos 
(PERDONCINI, 2009). 
Quando os dermatófitos são encontrados no solo são denominados 
geofílicos. Os que estão adaptados à pele dos animais, mas causam, em um 
segundo momento, contaminação em humanos, são chamados de zoofílicos; e 
os que causam lesões no homem, mas podem ser transmitidos aos animais, 
são os chamados antropofílicos (PERES, et al. 2010). 
O Microsporum gypseum é um fungo geofílico, que habita principalmente 
solo rico em matéria orgânica, o Microsporum canis é zoofílico, que habita a 
pele dos animais e raramente é encontrado no solo já o Trycophyton 
mentagrophytes (FIGURA 8) também é classificado como zoofílico, e é bem 
adaptado à pele dos animais, mas em alguns casos, pode ser encontrado no 
solo, quando houver excesso de debris de pelos e pele (CARVALHO, 2010). 
De todos os fungos citados acima o de maior ocorrência é o 
Microsporum canis (FIGURA 9) que é responsável pelo maior número de 
contaminação em gatos disseminadores da doença, que muitas vezes não 
apresentam sinais clínicos, chamados assim de portadores assintomáticos 
(MULLER e KIRK’S, 2013). 
26 
 
FIGURA 8- TRICOPHYTON MENTAGROPHYTES EM CULTURA 
FÚNGICA. 
 
 
FONTE:http://vetlab.blogspot.com.br/2005_09_01_archive.html 
 
FIGURA 9: MACRONÍDEOS de MICROSPORUM CANIS EM CULTURA 
FÚNGICA 
 
FONTE: 
http://labmed.ucsf.edu/education/residency/fung_morph/fungal_site/subpages/mcanis40xsp.htm 
27 
 
EPIDEMIOLOGIA 
A epizootiologia do M.canis é a mais importante já que os cães e os 
gatos são as maiores fontes de infecção para os seres humanos que podem 
ser contagiados de forma direta, quando tocam um animal contaminado ou de 
forma indireta, quando a contaminação se dá através do ambiente infectado 
(pêlos, pentes, escovas, camas, cobertas) (MADRID, et al. 2012). 
Uma importante fonte de contágio para humanos e outros animais são 
os chamados portadores assintomáticos. Os gatos representam 90% desses 
carreadores que não apresentam nenhum sinal, mas podem contaminar outros 
animais, seres humanos e o ambiente (ALVES, 2010). 
O que determina se o gato irá apresentar os sinais característicos da 
dermatofitose ou vir a se tornar um portador assintomático é uma série de 
fatores incluindo: o tipo de fungo envolvido na contaminação, a raça do animal, 
a idade e a capacidade de resposta do sistema imunológico do animal 
(CHAVES, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
PATOGENIA 
O início da infecção ocorre no extrato córneo e pêlos não havendo 
invasão das camadas mais profundas. As hifas dos fungos penetram na haste 
do pelo, causandoa fragmentação do mesmo e conseqüente alopecia 
(PERES, et al. 2010). 
 Há espécies de fungos que tem crescimento de artrósporos no interior 
dos fios, chamados de endothrix, porém as espécies de dermatófitos que 
contaminam animais caracterizam-se por uma invasão de micélios no interior 
do pelo e grupamentos de artrósporos na superfície externa do fio 
apresentando crescimento do tipo ectothrix (AVANTE, et al.2009). 
Os fungos são aeróbios estritos e acabam morrendo sob as crostas 
formadas pela descamação e exsudatos, sendo que sobrevivem apenas os 
fungos que estão na periferia da lesão podendo assim conferir o formato 
circular de crescimento centrífugo característico da infecção (RADOSTITS et.al 
2002). 
Os sinais aparecem cerca de 7 a 10 dias após a exposição (MULLER e 
KIRK’S, 2013). 
Um sistema imunológico competente e capaz de montar uma resposta 
inflamatória adequada torna normalmente a infecção autolimitante, ou seja, o 
animal acaba tendo remissão espontânea dos sinais mesmo sem tratamento 
(PATEL E FORSYTHE, 2011). 
 
 
 
 
29 
 
SINAIS CLINICOS 
Os sinais clínicos se apresentam por áreas alopécicas circulares ou não, 
com ou sem formação de crostas e eritema, com maior predominância na 
região da cabeça e extremidades. A lesão circular característica conhecida 
como ringworm (FIGURA 10) ou lesão anular e o prurido nem sempre estão 
presentes. (MORIELLO, 2014). 
 FIGURA 10 – “RINGWORM”: LESÃO ALOPÉCICA CIRCUNSCRITA EM 
ARTICULAÇÃO ESCÁPULO UMERAL EM MEMBRO TORÁCICO DIREITO DE 
UM GATO 
 
FONTE: www.peticy.com 
 
A presença de pseudomicetomas (FIGURA 11) é rara e costuma 
acometer gatos persas. Quando presente caracteriza-se por uma lesão nodular 
que envolve derme e tecido subcutâneo, na qual isola-se o M. canis (PEREIRA, 
et al. 2006). 
Uma reação de hipersensibilidade do tipo granulomatosa pode ser a 
causa do aparecimento dos pseudomicetomas (PEREIRA, et al. 2006). 
30 
 
 Outra manifestação possível é a formação de quérions que se 
caracterizam por área delimitada de foliculite supurativa, na qual há também a 
contaminação por bactérias além de fungos, normalmente apresenta-se como 
uma lesão edemaciada e purulenta (FERREIRA et al. 2006). 
 
FIGURA 11- FORMAÇÃO NODULAR SUBCUTANEA 
CARACTERISTICA DE PSEUDOMICETOMA EM REGIÃO DORSAL DE GATO 
 
FONTE: http://vetbook.org/wiki/cat/index.php?title=Dermatophytic_pseudo-mycetome 
 
 A onicomicose é o nome dado quando os fungos acometem as unhas, 
tornando as frágeis e quebradiças, e normalmente são causados por M. canis e 
T. mentagrophytes (PERES, et al. 2010). 
Animais portadores de FIV/FELV tendem a desenvolver formas mais 
graves da doença, assim como a presença de ectoparasitos também pode 
determinar uma forma mais severa dos sinais (TONELLI, 2003). 
 
ASPECTOS ZOONÓTICOS 
31 
 
O gato como hospedeiro natural e carreador assintomático da 
dermatofitose é o principal transmissor dessa dermatopatia para os seres 
humanos, sendo que a maioria das contaminações humanas por fungos 
zoofílicos são causadas por M. canis, principalmente em crianças menores de 
doze anos, provavelmente pelo hábito de acariciar os animais portadores 
(COSTA, 2011). 
 Cerca de 50% das pessoas expostas a gatos contaminados 
desenvolvem lesões e em 70% de todos os ambientes que abrigam um gato 
infectado, ao menos uma pessoa acaba desenvolvendo a doença (MULLER e 
KIRK’S, 2013). 
Nos seres humanos a doença causada por esses dermatófitos é 
chamada de tínea, e é transmitida por contato direto ou indireto, causa lesões 
na pele ou unhas, e essas lesões são eritematosas, circulares e pruriginosas 
(FIGURA.12) (ALMEIDA, 2011) 
 
 FIGURA 12- LESÃO CIRCULAR ERITEMATOSA, DE BORDAS 
SALIENTES CARACTERÍSTICA DE DERMATOFITOSE EM HUMANOS. 
 
FONTE: http://dicionariosaude.com/tinha/#arvlbdata 
 
32 
 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da dermatofitose é feito pela análise do histórico do 
animal, anamnese cuidadosa e os exames complementares, sendo estes muito 
importantes para determinar a espécie do fungo causador da doença 
(CARVALHO, 2010). 
Os exames complementares usados são a lâmpada de Wood, a cultura 
fúngica e tricograma (MORIELLO, 2014). 
 
LÂMPADA DE WOOD 
A lâmpada deve ser pré-aquecida por 10-15 minutos antes da sua 
utilização, para chegar a temperatura adequada. Os pelos devem ser expostos 
durante três a cinco minutos para que possam fluorescer em caso de 
diagnóstico positivo. O diagnóstico falso-positivo pode ocorrer em presença de 
algumas substâncias como: sabão, pomadas e antibióticos, que impregnadas 
no pelo também podem fazer com que ocorra a fluorescência (SCOTT, et 
al.1996). Os diagnósticos falso-negativos também podem ocorrer já que a 
fluorescência da lâmpada de Wood ocorre apenas na presença do M.canis 
devido a um metabólito de triptofano produzido por este em 50 a 70% dos 
casos (FIGURA 13), portanto, mesmo que o resultado seja negativo para este 
teste não deve se descartar a possibilidade da existência da dermatofitose 
(MORIELLO, 2014). 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
FIGURA 13- FLUORESCENCIA POSITIVA DOS PELOS DA REGIÃO 
AURICULAR EM GATO CONTAMINADO POR M. canis. 
 
 
 
FONTE: http://vespcampinas.com.br/dermatofitose-em-caes-e-gatos 
 
EXAME MICROSCÓPICO DIRETO 
 Também conhecido como tricograma é realizado com amostras de 
raspado de pele e pelos das lesões e colocados sobre lâminas que são 
examinadas ao microscópio óptico, é um exame rápido e de fácil execução no 
qual pode se ver hifas e artroconídeos nas hastes pilosas quando em presença 
de dermatófitos. Tracionados completamente pela raiz, os pelos são colocados 
numa lâmina com uma gota de óleo mineral e agentes clareadores onde é 
sobreposta outra lâmina, utilizando-se uma objetiva de baixa ampliação (10x) 
(PAIS, et al. 2013). 
CULTURA MICOLÓGICA 
É o meio de diagnóstico mais confiável, no qual se utiliza normalmente o 
meio ágar sabouraud-dextrose adicionado de agentes bactericidas como 
34 
 
penicilina ou tetraciclina, gentamicina, estreptomicina ou clorafenicol, que reduz 
a velocidade de crescimento de bactérias (ROEHE, 2014). 
 O material colhido para amostra compõe-se de raspado dérmico e pelos 
quebradiços retirados das áreas acometidas após limpeza prévia das lesões 
(REGO, 2008) ou através da escovação em animais assintomáticos (MULLER 
E KIRK’S, 2013). 
 Os dermatófitos comuns em gatos crescem em aproximadamente 
quatro a sete dias, à temperatura de 25-28ºC, porém, mesmo que a cultura 
resulte negativa neste período, a amostra deve ser observada por até 21 dias. 
A identificação do fungo é feita de acordo com as características das colônias 
que cresceram, as colônias de M. canis por exemplo apresentam aspecto 
algodonoso, de coloração branca na superfície e abaixo dela a cor amarelo-
alaranjado (FIGURA 14 B) (ROEHE, 2014). 
A avaliação microscópica também é de grande importância para a 
identificação do fungo, sendo que são observados no microscópio os 
macroconídeos e microconídeos, assim como as hifas que podem ter variadas 
formas. O M. canis apresenta macroconídeos em forma navicular, septados, 
podendo ser visualizados as vezes também estruturas menores chamadas de 
microconídeos (FIGURA 14 A) (GOMES, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 FIGURA 14- ASPECTO MICROSCÓPICO DOS MACROCONIDEOS 
CARACTERISTICOS DE M. canis (figura A) E ASPECTO MACROSCÓPICO 
ALGODONOSO DE COLORAÇÃO BRANCA DE COLÔNIA TAMBÉM DE M. 
canis (figura B) 
 
FONTE:http://www.mycology.adelaide.edu.au/Fungal_Descriptions/Dermatophytes/Micr
osporum/Microsporum_canis.html 
 
Algunsdiagnósticos diferenciais a serem levados em consideração em 
gatos são a queiletielose, a demodiciose, sarna notoédrica e alopecia 
psicogênica, assim como os pseudomicetomas devem ser diferenciados de 
outros granulomas ou neoplasias, como mastocitoma e linfoma e a 
onicomicose deve ser diferenciada de outras infecções bacterianas, 
deficiências nutricionais ou doenças autoimunes ( SCOTT, et al.1996). 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
TRATAMENTO 
Para o sucesso do tratamento da dermatofitose deve-se incluir uma boa 
nutrição do animal, visando o aumento da imunidade, avaliação e tratamento 
de qualquer outra doença presente, uma limpeza eficiente do ambiente e uso 
de medicamentos adequados para que a cura seja acelerada (AVANTE et al. 
2009). 
Para aumentar a eficiência do tratamento, deve se realizar tricotomia no 
animal e dar início a terapia tópica e sistêmica com medicamentos específicos 
para tal finalidade. O tratamento só deve parar após pelo menos duas culturas 
fúngicas negativas a intervalos semanais, e quando não for possível realizar 
este exame deve-se prolongar o tratamento até duas semanas após a cura 
clínica (MULLER e KIRK’S, 2013). 
 
 TRATAMENTO TÓPICO 
O uso de xampus e loções são recomendados nos casos de 
dermatofitose como método para auxiliar no tratamento e são eficazes para 
evitar tanto a contaminação de seres humanos e de outros animais, quanto a 
recontaminação do paciente, mas diferentemente do uso em humanos, o 
tratamento tópico isolado em gatos pode favorecer a instalação de infecções 
subclínicas crônicas, por isso deve ser associado sempre a uma medicação 
sistêmica (TONELLI 2003). 
 As medicações tópicas podem variar a sua composição, porém, o uso de 
glicocorticoides associados a antifúngicos só deve ser usada em casos de 
lesões extremamente inflamadas e por um curto espaço de tempo, já que este 
37 
 
pode ser útil na rápida resolução da inflamação ajudando na cura das lesões 
(SCOTT, et al. 1996). 
 Os xampus são recomendados principalmente em lesões múltiplas ou 
generalizadas por ser fácil de aplicar e se espalhar muito bem sobre a 
superfície da pele, quanto do uso de loções e pomadas não são indicadas pela 
dificuldade de espalhá-las sobre todas as lesões e pelo risco de lambedura 
pelo animal logo após aplicação, porém se utilizadas a pele deve ser 
cuidadosamente limpa, retirando-se todas as crostas e em seguida passando o 
medicamento e esfregando bem sobre as lesões (TONELLI, 2003). 
Entre os fungicidas tópicos podemos citar o Enilconazol solução a 0,2%, 
como um dos produtos mais eficazes (FONDATI, 2007) além do enilconazol há 
ainda como opções para o tratamento tópico o clotrimazol 1%, o cetoconazol 
2% e o miconazol 2% apresentam-se como boas opções para o tratamento. 
(MACIEL e VIANA 2005). 
Com relação aos xampus deve-se usar uma quantidade suficiente do 
produto para formar espuma e deixar o produto agir por cerca de 10 minutos na 
pele do animal, todos devem ser utilizados inicialmente de duas a três vezes 
por semana podendo seu uso ser espaçado para uma vez por semana após 
quatro semanas. O tratamento deve durar durante o tempo de uso da 
medicação sistêmica (MORIELLO, 2004). 
 
TRATAMENTO SISTÊMICO 
 Griseofulvina 
38 
 
Desenvolvido a partir da Penicillium griseofulvum o fármaco é eficaz 
quando administrada via oral, atua inibindo a mitose dos fungos (GOMES, 
2004). 
O uso em gatas prenhas não é recomendado nos primeiros dois terços 
da gestação por provocar má formação do feto, o tratamento em filhotes pode 
ser feito a partir do momento em que eles começam a se alimentar sozinhos, 
embora o uso em lactantes se mostre seguro a griseofulvina está associada a 
casos de leucopenia, anemia, letargia, anorexia, ataxia e depressão nestes 
filhotes (NOBRE et al. 2002). 
 Também deve se evitar seu uso em animais imunossuprimidos por um 
dos seus efeitos colaterais ser a mielossupressão (NOBRE et al. 2002). 
Tratamentos longos ou realizados em animais muito jovens devem ser 
monitorados com hemogramas. As reações adversas mais leves podem incluir 
anorexia, vômito e diarréia e como reação mais grave temos a 
mielossupressão que pode levar a óbito (MULLER e KIRK’S, 2013). 
A dose recomendada de griseofulvina para pequenos animais é de 50 
mg/kg via oral a cada 24 horas ou 25 mg/kg a cada 12 horas (FONDATI, 
2007). 
 
Cetoconazol 
A dose recomendada é de 10mg/kg a cada 24 horas por três a seis 
semanas. Droga de excelente ação contra a dermatofitose e tem efeito superior 
a griseofulvina, porém é recomendado que seu uso seja reservado para os 
casos resistentes. Os efeitos colaterais podem incluir anorexia, perda de peso, 
vômito, diarréia, elevação das enzimas hepáticas (ALT), icterícia (TONELI, 
2003). 
39 
 
Terbinafina 
 Age inibindo a enzima esqualeno epoxidase do fungo, tendo assim ação 
fungicida contra dermatófitos. Recomenda-se seu uso nos casos de 
intolerância as outras substâncias mais eficazes ou em caso de fêmeas 
prenhas, pois sua ação não é completamente satisfatória em muitos casos. 
Os efeitos colaterais incluem alterações gastrintestinais e aumento das 
concentrações de ALT quando usado em dosagens superiores a de 30-
40mg/kg (MADISSON,2011). 
 A dose recomendada é de 30-40mg/kg a cada 24 horas, entretanto cães e 
gatos podem ser tratados eficazmente com apenas 8-25mg/kg da droga a cada 
24 horas (FONDATI, 2007). 
 
Itraconazol 
 O itraconazol é um derivado triazólico sintético, que apresenta um largo 
espectro de ação contra as dermatofitoses.Sua ingestão é recomendada logo 
após uma refeição para ter máxima absorção (BALDA, 2009). 
 É um medicamento com poucos efeitos colaterais e tão ou mais eficaz 
do que a griseofulvina e o cetaconazol. Recomendado como droga de eleição 
para gatos devido a sua eficiência e pouca toxicidade. Apesar de na dose 
recomendada não apresentar efeito teratogênico, sua administração não é 
recomendada durante a prenhez (MORIELLO, 2004). 
Seu uso ainda é recomendado após extração cirúrgica de 
pseudomicetomas sendo muito eficiente também nestes casos. (GONÇALVES 
e FILHO, 2015) 
40 
 
A dose recomendada é de 10mg/kg de itraconazol a cada 24 horas 
(FONDATI, 2007) (FIGURA 14). 
 FIGURA 14 – GATA, 6 ANOS, COM LESÃO ALOPÉCICA EM REGIÃO 
CEFÁLICA E CERVICAL DORSAL, ANTES E DEPOIS DO TRATAMENTO 
TÓPICO A BASE DE MICONAZOL ASSOCIADO AO USO SISTÊMICO DE 
ITRACONAZOL APRESENTANDO TOTAL REMISSÃO DO QUADRO 
CLÍNICO. 
 
 
 
 
7.3 PULSOTERAPIA 
A pulsoterapia tem um custo de tratamento menor e é indicada em casos 
em que há um número grande de animais acometidos. Baseia-se no uso de 
altas doses de drogas que se acumulam nos tecidos queratinizados, como o 
itraconazol e a terbinafina. A dose recomendada do itraconazol é de 10 mg/kg 
e da terbinafina é de 20 mg/kg a cada 24 horas, por um período de sete dias, 
esse período de tratamento dá-se o nome de pulso seguidos por 21 dias de 
descanso. A estes intervalos de tempo que compreendem pulso e descanso 
dá-se o nome de ciclo e cada animal necessitará de um número de ciclos 
41 
 
diferentes até sua cura durando normalmente cerca de 60 dias ou até se obter 
duas culturas fúngicas negativas. Nos cuidados é recomendado hemogramas e 
acompanhamento de enzimas hepáticas pelo menos uma vez por mês 
(BALDA, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 PROGNÓSTICO 
Gatos que apresentam bom estado de saúde podem apresentar quadro 
autolimitante, com um prognóstico muito favorável, embora todos os cuidadoscom o tratamento devam ser adotados para se evitar transmissão aos humanos 
ou aos outros animais (MULLER e KIRK’S, 2013). 
Já animais imunocomprometidos, que já sejam portadores de outras 
enfermidades como diabetes mellitus, FIV/FELV ou neoplasias, o prognóstico 
acaba sendo reservado. Em ambos os casos, o fator de maior dificuldade no 
tratamento é a contaminação ambiental e o tratamento incorreto o que pode 
gerar aparecimento de casos crônicos e recidivas (TONELLI, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 CONTROLE E PREVENÇÃO 
 Os esporos fúngicos podem permanecer viáveis no ambiente por até 18 
meses em condições de temperatura e umidade adequadas, por isso é 
necessário um cuidadoso tratamento do ambiente. (MADRID et al. 2012). 
 A cama onde o animal dorme deve ser lavada assim como todas suas 
cobertas ou qualquer outro tecido que possa servir de depósito para material 
contaminado por dermatófitos. O uso de alvejante nestes itens é recomendado 
(MULLER e KIRK’S, 2013). 
 Atenção especial também deve ser dada aos móveis, tapetes e cortinas 
por onde o animal circula, sendo recomendado o uso de vapor quente, caso 
não seja possível deve-se utilizar hipoclorito de sódio 0,5% ou clorexidine 
(TONELLI, 2003). 
 O controle e eliminação das dermatofitoses em criatórios pode ser um 
desafio ainda maior, não sendo recomendada a introdução de novos animais 
sem antes realizar exames adequados nos animais para saber se estão livres 
da doença (AVANTE, et al. 2009). 
Em criatórios onde a dermatofitose já esteja instalada, além dos 
cuidados já citados com ambiente, deve-se realizar exames complementares e 
um tratamento adequado dos animais positivos. O animal é considerado curado 
da dermatofitose após o resultado de pelo menos duas culturas fúngicas 
negativas no intervalo de uma semana (MULLER e KIRK’S, 2013). 
 
 
 
 
44 
 
 VACINAÇÃO 
Uma vacina comercial morta contra M. canis (Fel-O-Vax MC-K, Fort 
Dodge Laboratories) é controversa. Ela não parece evitar a infecção pelo 
dermatófito, e sim auxilia na resolução das lesões clínicas, porem o animal 
pode tornar-se carreador assintomático. (MULLER e KIRK’S,2013). 
Segundo SILVA (2010), a vacina Biocan M® apresentou uma elevação 
significativa na titulação de anticorpos contra dermatofitoses, sendo utilizadas 
doses de 1ml via subcutânea com intervalos de 14 dias, apresentando-se como 
uma possível alternativa a prevenção e tratamento destas, embora a alta 
titulação por si só não confira imunidade ao animal e estes não foram expostos 
ao antígeno neste estudo para confirmação da eficácia prática da mesma, 
sendo necessário mais estudos para validação ou não da sua eficiência. 
Literaturas mais novas não indicam a vacinação pois estimula a imunidade 
humoral e não a imunidade celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
FITOTERAPIA 
Um meio alternativo que vem sendo cada vez mais valorizado na 
atualidade para tratamento e controle de microorganismos é a fitoterapia. 
Baseada na extração de componentes brutos ou óleos essenciais das mais 
variadas plantas, como método mais economicamente viável, vem merecendo 
grande atenção de muitas instituições pelos resultados positivos alcançados 
por várias pesquisas (MARINHO et al. 2007). 
 Segundo FRIAS e ANDREANI (2010) algumas espécies de plantas da 
floresta tropical possuem propriedades terapêuticas antifúngicas e estudos tem 
sido realizados para averiguar o possível uso e tais extratos na rotina 
clinica.Alguns dos extratos brutos relacionados são os de: Coyza aegyptiaca 
com propriedades fungicidas e fungistáticas conferidas pelos taninos e 
flavonóides sobre M. canis, M. gypseum, T. mentagrophytes e Candia; 
citronela, eucalipto e romã aparecem como bons fungistáticos contra T. 
mentagrophytes; manga, eucalipto e romã atuam como fungistáticos para 
M.canis. Já outras plantas como arruda, cravo de defunto, citronela, graviola, 
tiririca e flores e folhas de calêndula favoreceram o crescimento dos fungos, 
não sendo adequados para a finalidade de tratar dermatofitoses. 
Os óleos essenciais também estão sendo testados para o controle de 
dermatófitos e fungos sapróbios, dentre alguns oleos essenciais extraídos de 
limão teve alta atividade fungica para todos os dermatófitos testados,o óleo 
essencial de citronela, e de alguns de seus componentes componentes como 
citral, geraniol, citronelol e citronelal foram testados em Cândida albicans, 
Microsporum gypseum, Sporothrix schenckii e Aspergillus Níger, sendo que só 
foi eficaz contra Microsporum gypseum .Outro óleo essencial testado foi o de 
46 
 
eucalipto que se apresentou eficaz em testes de laboratório para T. 
mentagrophytes (FRIAS e ANDREANI, 2010). 
Os resultados alcançados apresentam a fitoterapia como uma alternativa 
promissora para o futuro, com menos efeitos colaterais e que acompanha a 
crescente procura do mercado por formas mais naturais de tratamento. As 
pesquisas vem dar confiabilidade a estes métodos, na verdade não tão novos e 
se mostram de extrema importância para classificar quais planta e sob qual 
forma devem ser usadas para conseguir os resultados desejados (MARINHO et 
al. 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os casos de dermatofitoses são frequentes na clínica médica de 
pequenos animais. O tratamento correto é feito com a escolha da medicação 
mais indicada para cada caso, respeitando o prazo de duração dessa 
medicação, que é essencial para a cura da dermatofitose. 
É importante também conscientizar o proprietário a respeito, pois se 
tratar de uma zoonose facilmente transmissível, informando as pessoas sobre 
a importância do tratamento adequado do animal, da desinfecção do ambiente 
e do tratamento dos demais animais da casa quando portadores, só assim 
podemos com segurança eliminar os dermatófitos e promover a completa cura 
do animal sintomático evitando recidivas e contaminações de outros animais e 
pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
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Porto alegre-RS. Universidade Federal do Rio grande do Sul,2014,pg 10-
14.Disponívelem: 
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/95141/000917863.pdf?seque
nce=1 
Acessado em:02/01/2015 
- SCOTT, et al.Dermatologia de pequenos animais. 5ed. Rio de Janeiro: 
interlivros, P. 91-98, 304-320,1996. 
 
-SILVA,Marcella Braga.Avaliação da resposta imune humoral de gatos (felis 
catus) imunizados com a vacina biocan m® ,Pg46-48,2010.Disponível em: 
http://uenf.br/posgraduacao/ciencia-animal/wp-
content/uploads/sites/5/2013/08/disserta%c3%a7%c3%a3o- 
 
-TONELLI,Eduardo.Dermatología e enfermedades bacterianas de la piel,Pg 5-
10,2003. 
52 
 
Disponível em:http://dpd.fvet.uba.ar/cartelera/00007167.pdf 
Acessado em: 11/10/2015 
 
 
 
 
 
ANA LUIZA COLARES BRIGOLA 
 
 
 
 
 
 
DERMATOFITOSES EM GATOS 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao curso de medicina 
veterinária da faculdade de Ciências 
Biológicas e da Saúde Universidade 
Tuiuti do Paraná, como requisito parcial 
para obtenção do título de medicina 
veterinária. Professora orientadora: 
Fabiana dos Santos Monti. 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
TERMO DE APROVAÇÃO 
ANA LUIZA COLLARES BRIGOLA 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C.) 
 
 
Este trabalho de conclusão de curso foi julgado e aprovado para obtenção de 
título Médica Veterinária por uma banca examinadora do curso de Medicina 
veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná. 
Curitiba, 24 de Fevereiro de 2016 
 
Orientadora: _________________________ 
Prof.ª Fabiana dos Santos Monti Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
__________________________ 
Prof. Diogo da Motta Ferreira Universidade Tuiuti do Paraná_________________________ 
Prof. ª Rhea Silvia Cassuli L. dos Santos Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Gostaria de agradecer primeiramente а Deus que permitiu tudo isso 
acontecer, me dando forças para superar todas as barreiras e chegar até aqui. 
A minha família que me deu a oportunidade de fazer o curso realizando assim 
um grande sonho. A minha orientadora Fabiana dos Santos Monti pela sua 
ajuda, correções е incentivos. E a todos fizeram parte dа minha formação, 
muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
UTP.....................................................................Universidade Tuiuti do Paraná 
TCC................................................................Trabalho de Conclusão de Curso 
CEMV-UTP........................................Centro de Estudos Médico Veterinários da 
Universidade Tuiuti do Paraná 
CRMV.............................................Conselho Regional de Medicina Veterinária 
PR.............................................................................................................Paraná 
M.canis......................,............................................................Microsporum canis 
M.gypseus.........................................................................Microsporum gypseus 
pH.................................................................................Potencial Hidrogênionico 
T.mentagrophytes...................................................Tricophyton mentagrophytes 
FIV...................................................................Virús da Imunodeficiência Felina 
FELV............................................................................Virús da Leucemia Felina 
ALT..............................................................................Alanina Aminotransferase 
FA............................................................................................Fosfatase Alcalina 
GGT..........................................................................Gama Glutamil Transferase 
Mg..........................................................................................................Miligrama 
Kg................................................................................................................Quilos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
FIGURA 1-CONSULTÓRIO DA CEMV-UTP....................................................14 
FIGURA 2-CONSULTÓRIO PARA GATOS DA CEMV-UTP...........................14 
FIGURA 3-BLOCO CIRÚRGICO DA CEMV-UTP............................................15 
FIGURA 4-SALA DE EMERGÊNCIA CEMV-UTP............................................15 
FIGURA 5-SALA DE ULTRASSONOGRAFIA CEMV-UTP..............................16 
FIGURA 6– DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO TOTAL DE CASOS (N=134) 
ENTRE CÃES E GATOS ACOMPANHADOS DURANTE O PERÍODO DE 
ESTÁGIO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015 NA CEMV-
UTP....................................................................................................................17 
 
FIGURA 07 – DISTRIBUIÇÃO DA CASUÍSTICA, SEPARADA POR SISTEMAS, 
ACOMPANHADA NA ROTINA DA CLÍNICA MÉDICA DURANTE O PERÍODO 
DE ESTÁGIO, DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015 NA CEMV-
UTP...................................................................................................................18 
 
FIGURA 8- TRICOPHYTON MENTAGROPHYTES EM CULTURA 
FÚNGICA..........................................................................................................26 
 
FIGURA 9: MACRONÍDEOS de MICROSPORUM CANIS EM CULTURA 
FÚNGICA..........................................................................................................26 
 
FIGURA 10 – “RINGWORM”: LESÃO ALOPÉCICA CIRCUNSCRITA EM 
ARTICULAÇÃO ESCÁPULO UMERAL EM MEMBRO TORÁCICO DIREITO DE 
UM GATO.........................................................................................................29 
 
FIGURA 11- FORMAÇÃO NODULAR SUBCUTANEA CARACTERISTICA DE 
PSEUDOMICETOMA EM REGIÃO DORSAL DE 
GATO.................................................................................................................30 
 
FIGURA 11- FORMAÇÃO NODULAR SUBCUTANEA CARACTERISTICA DE 
PSEUDOMICETOMA EM REGIÃO DORSAL DE GATO.................................31 
 
 
FIGURA 13- FLUORESCENCIA POSITIVA DOS PELOS DA REGIÃO 
AURICULAR EM GATO CONTAMINADO POR M. canis.................................34 
 
FIGURA 14- ASPECTO MICROSCÓPICO DOS MACROCONIDEOS 
CARACTERISTICOS DE M. canis (figura A) E ASPECTO MACROSCÓPICO 
ALGODONOSO DE COLORAÇÃO BRANCA DE COLÔNIA TAMBÉM DE M. 
canis (figura B)..................................................................................................36 
FIGURA 14– GATA, 6 ANOS, COM LESÃO ALOPÉCICA EM REGIÃO 
CEFÁLICA E CERVICAL DORSAL, ANTES E DEPOIS DO TRATAMENTO 
TÓPICO A BASE DE MICONAZOL ASSOCIADO AO USO SISTÊMICO DE 
ITRACONAZOL APRESENTANDO TOTAL REMISSÃO DO QUADRO 
CLÍNICO........................................................................................................................41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
QUADRO 01- CASUÍSTICA DO SISTEMA LOCOMOTOR NA CEMV-UTP NO 
PERÍODO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015............................19 
 QUADRO 2- CASUÍSTICA DO SISTEMA DIGESTÓRIO NA CEMV-UTP NO 
PERÍODO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015............................19 
 
QUADRO 3 - CASUÍSTICA DO SISTEMA REPRODUTOR NA CEMV-UTP NO 
PERÍODO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015...........................20 
 
QUADRO 4 - CASUÍSTICA DO SISTEMA TEGUMENTAR NA CEMV-UTP NO 
PERÍODO DE 27 DE JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015............................20 
 
QUADRO 5 – OUTROS ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS NA 
CASUÍSTICA DA CLINICA GERAL NA CEMV-UTP NO PERÍODO DE 27 DE 
JULHO A 06 DE OUTUBRO DE 2015..............................................................21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
- RESUMO ........................................................................................................11 
1INTRODUÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO..................................................12 
2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTAGIO.......................................................13 
2.1 INFRA ESTRUTURA...................................................................................13 
3 CASUÍSTICA E DISCUSSÃO........................................................................17 
- DERMATOFITOSE EM GATOS- REVISÃO DE LITERATURA.....................23 
RESUMO...........................................................................................................23 
INTRODUÇÃO..................................................................................................24 
ETIOLOGIA.......................................................................................................25 
EPIDEMIOLOGIA..............................................................................................27 
PATOGÊNIA......................................................................................................28 
SINAIS CLÍNICOS.............................................................................................29 
 ASPECTOS ZOONÓTICOS.............................................................................30 
 DIAGNÓSTICO.................................................................................................32 
LAMPADA DE WOOD.......................................................................................32 
EXAME MICROSCÓPICO DIRETO..................................................................33 
CULTURA MICOLÓGICA.................................................................................33TRATAMENTO.................................................................................................36 
TRATAMENTO TÓPICO...................................................................................36 
TRATAMENTO SISTÊMICO.............................................................................37 
Griseofulvina.....................................................................................................37 
Cetoconazol.......................................................................................................38 
Terbinafina.........................................................................................................39 
Itraconazol.........................................................................................................39 
PULSOTERAPIA...............................................................................................40 
PROGNÓSTICO................................................................................................42 
PREVENÇÃO E CONTROLE............................................................................43 
VACINAÇÃO.....................................................................................................44 
FITOTERAPIA...................................................................................................45 
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................47 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................49

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