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Leptospirose Canina.pdf

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SUMÁRIO 
 
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 2 
2- ETIOLOGIA .................................................................................................................... 2 
3- PATOGENIA .................................................................................................................. 3 
4- SINAIS CLÍNICOS .......................................................................................................... 4 
5- DIAGNÓSTICO .............................................................................................................. 5 
6- TRATAMENTO E CONTROLE ...................................................................................... 6 
7- CONTÁGIO .................................................................................................................... 6 
8- INFECÇÃO NO HOMEM ................................................................................................ 7 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
A leptospirose é uma doença infecciosa, de notificação compulsória, causada 
pelas bactérias do gênero Leptospira. Trata-se de uma das mais frequentes 
zoonoses, sendo observada principalmente nos meses mais chuvosos, em áreas 
alagadas e/ou deficientes em saneamento. Tanto os animais domésticos quanto os 
selvagens são reservatórios para esta enfermidade. 
No cão, a leptospirose é caracterizada por doença renal e/ou hepática aguda, 
e às vezes pode levar a uma septicemia. Nos casos crônicos, observam-se sequelas 
como doença renal crônica. Em gatos esta enfermidade é rara. 
 
2- ETIOLOGIA 
 
A enfermidade é causada pela Leptospira, uma bactéria aeróbia ou 
microaerófila, Gram-negativa, pertencente à ordem das espiroquetas. À microscopia 
observa-se morfologia em espiral, e frequentemente um "gancho" nas extremidades 
da célula bacteriana. 
A leptospira não se multiplica fora do hospedeiro, e sua sobrevivência fora 
dele depende das condições do meio ambiente, sendo altamente sensível a 
ambientes secos e a pHs e temperaturas extremas. O patógeno pode sobreviver no 
meio ambiente por até 180 dias quando em solo úmido ou em águas paradas. 
Tradicionalmente o gênero Leptospira era subdividido em 200 sorovares, 
baseado nas diferenças antigênicas. Todos os sorovares patogênicos eram 
classificados como L. interrogans, e os não patogênicos eram incluídos na espécie 
L. biflexa. Atualmente, o gênero é classificado de acordo com suas características 
genéticas, em 7 genoespécies, 28 sorogrupos e vários sorovares e genótipos. O cão 
é o hospedeiro primário das espécies L. canicola e L. bataviae, geralmente 
associadas aos sintomas clínicos mais graves. Apesar de menos freqüente, o cão 
pode também ser um hospedeiro acidental das outras espécies de Leptospira, como 
L. gipptyphosa, L. pomona, L. icterohaemorrhagiae e L.bratislava . 
3- PATOGENIA 
 
A Leptospira penetra pelas mucosas ou pela pele lesionada. A transmissão 
em cães pode ocorrer por contato direto de animais infectados ou, mais 
frequentemente, por transmissão indireta, onde um animal susceptível fica exposto a 
um ambiente contaminado. Entre o 4o e 11o dia de infecção, a bactéria invade a 
corrente sanguínea multiplicando-se rapidamente, dando origem a leptospiremia. No 
início desta fase observam-se febre, leucocitose, e albuminúria. Em animais 
susceptíveis, pode ocorrer a septicemia, onde a bactéria invade os órgãos pelos 
quais ela tem maior tropismo, ou seja, fígado, rins, baço, sistema nervoso central e 
olhos, podendo ocasionar grandes danos. A Leptospira pode provocar petéquias ou 
equimoses, icterícia, infiltrado inflamatório difuso de células plasmáticas nos rins, 
necrose focal de parênquima hepático, colestase intrahepática com lesão hepática 
severa. Neste estágio da doença o animal poderá sucumbir devido a uma 
insuficiência renal ou hepática. 
Ao final da bacteremia, 7 a 10 dias após a infecção, geralmente a febre 
diminui e a bactéria é eliminada da circulação sanguínea pelos anticorpos, o animal 
pode se recuperar. A recuperação é mais rápida quanto menores forem as lesões 
nos órgãos. No entanto, as bactérias que se alojaram em locais onde os anticorpos 
não têm acesso, como córneas e túbulos renais, podem levar a uveíte e 
leptospirúria. 
A leptospirúria ocorre em uma fase mais tardia da enfermidade. Ela pode 
permanecer por meses até mesmo anos constituindo uma fonte de infecção para os 
outros animais. Nestes animais, a concentração de anticorpos decai, já que a 
bactéria, situada nos túbulos renais, não estimula o sistema imune. Estes animais 
podem apresentar-se soronegativos quando testados. 
 
 
 
4- SINAIS CLÍNICOS 
 
A sintomatologia depende de vários fatores, em especial do hospedeiro. 
Sabe-se que a bactéria adaptou-se aos reservatórios primários (roedores, animais 
silvestres) causando infecções crônicas ou assintomáticas com fraca resposta 
imune. Por outro lado, nos hospedeiros acidentais, as infecções costumam ser 
agudas, com elevada resposta imune. Em cães, a sintomatologia da leptospirose é 
variável, podendo apresentar-se sob as formas aguda, hiperaguda ou crônica. Os 
sinais clínicos dependem da idade do animal, imunidade do hospedeiro, fatores 
ambientais e a virulência do sorovar. 
Infecções hiperagudas levam à leptospiremia intensa, choque, e morte do 
animal. Em infecções menos agudas observam-se febre, anorexia, vômitos 
incoercíveis, desidratação, poliúria, polidipsia, e relutância ao movimento. Com a 
progressão do quadro pode surgir oligúria e anúria. 
Na forma crônica, podem não haver sinais clínicos evidentes. O animal pode 
apresentar febre sem motivo aparente e conjuntivite moderada a severa. No entanto, 
distúrbios renais e hepáticos crônicos podem surgir em consequência da 
leptospirose. 
Animais jovens que não foram vacinados, ou cujas mães não foram 
vacinadas, possuem um risco maior de desenvolver a doença hiperaguda, podendo 
levar o animal a morte devido a septicemia ou ainda intensa hemólise. 
 
 
 
 
 
 
5- DIAGNÓSTICO 
 
O diagnóstico da leptospirose consiste em detectar a bactéria no sangue ou 
na urina do animal acometido ou demonstrar um aumento nos títulos de anticorpos 
para um determinado sorovar. O diagnóstico laboratorial inclui hematologia, 
urinálise, sorologia e identificação da bactéria em tecidos apropriados. 
Paralelamente, deve-se realizar o diagnóstico diferencial para uma variedade 
de enfermidades, como anemia hemolítica autoimune, hepatite viral canina, 
neoplasia hepática, neoplasia renal, nos casos agudos; e de brucelose canina e 
herpesvírus (abortos) , nos casos crônicos . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6- TRATAMENTO E CONTROLE 
 
O objetivo principal do tratamento durante a fase aguda da doença é manter o 
paciente estável e prevenir a extensão das lesões no fígado e rins, além de suprimir 
a leptospirúria. 
Os animais em fase aguda necessitam de terapia intensiva de suporte 
dependendo da severidade do quadro. O prognóstico é reservado quando já está 
instalada a insuficiência renal e/ou disfunção hepática, e desfavorável em pacientes 
com choque ou coagulação intravascular disseminada. 
O uso de antibióticos inibe a multiplicação destes organismos reduzindo 
complicações. Vários antibióticos podem ser utilizados na eliminação da 
leptospiremia como penicilina, ampicilina, amoxicilina. Estudos mais recentes têm 
demonstradoalta eficácia da doxiciclina (5 a 10 mg/Kg BID) para o tratamento da 
leptospiremia e principalmente da leptospirúria. Não devem ser utilizados 
aminoglicosídeos e estreptomicina até a total recuperação da função renal. 
O controle deve ser feito através da vacinação dos animais, visto a 
impossibilidade de eliminar os reservatórios desta enfermidade. Este controle requer 
especial atenção, haja vista a alta taxa de mortalidade apesar dos tratamentos 
intensivos e de seqüelas irreversíveis. A vacinação tem sido efetiva reduzindo a 
prevalência e severidade da doença. 
 
7- CONTÁGIO 
 
Normalmente é adquirida através do contato com água contaminada com 
urina de ratos e camundongos – lembra do toque sobre inundações? Pois é, as 
águas represadas em alagamentos e inundações podem espalhar a urina de ratos 
para muitos locais. Daí que aquela água represada na sua rua NÃO deve ser um 
lugar para brincar, caminhar, ou deixar seu pet próximo. Evite qualquer contato seu 
e do animal com a água. A incubação dura de 5 a 6 dias. 
8- INFECÇÃO NO HOMEM 
 
Em 80% dos casos, o homem pode infectar-se indiretamente pelo contato 
com água contaminada com urina de animais infectados; ou diretamente por 
mordedura, manipulação de tecidos contaminados e ingestão de alimentos ou água 
contaminados. A contaminação direta entre pessoas é extremamente rara. A 
contaminação humana ocorre principalmente em áreas alagadas, e em profissionais 
de risco (agricultores, veterinários, etc.). É facilitada quando a pele está amolecida 
(pelo efeito da água) ou lesada. Os principais sintomas no homem são: febre (39o-
40oC), tremores, dores de cabeça, mialgia, artralgia, astenia, irritação ocular e 
conjuntivite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 A leptospirose é uma zoonose de extrema importância para a saúde pública 
e saúde dos animais, como no presente relato de cães. E tem nos roedores 
sinantrópicos comensais seus principais hospedeiros especialmente o Rattus 
norvegicus, também conhecido como ratazana ou rato de esgoto e ainda o próprio 
cão. Conforme relatado de alguns autores pode ser observado que o sorovar 
canícola, vem a ser o de maior prevalência em cães, principalmente nos não 
vacinados. A vacinação é importante método de controle, mas as medidas sanitárias 
gerais, como o controle de roedores, limpeza do ambiente, com a remoção dos 
resíduos sólidos e líquidos, a restrição de acesso dos cães do domicílio ao ambiente 
externo, especialmente nos períodos de maior precipitação pluviométrica, em que 
ocorrem enchentes e formação de coleções líquidas residuais nas quais as 
leptospiras permanecem viáveis por um período maior de tempo, são medidas 
importantes para reduzir as chances de contaminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
NELSON, RW., COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 2ª, 
ed.,Guanabara Koogan, 2001. 
CORRÊA, W.M.; CORRÊA, C.N.M. Enfermidades Infecciosas dos Mamíferos 
Domésticos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1992. 
GREENE, C. E.. Doenças Bacterianas. In: ETTINGER, Stephen J.; FELDMAN, 
Edward C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. Doenças do cão e do gato. 
5ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 418-419.

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