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CONTRATOS - PARTE GERAL

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CONTRATO
NOÇÕES GERAIS 
É um acordo de vontades de natureza patrimonial entre duas ou mais pessoas, para um fim qualquer. No qual as partes combinam seus interesses
Finalidade: adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos. EXEMPLOS
Morte é FATO
Casamento é ATO 
Contrato é NEGÓCIO 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DOS CONTRATOS
Para a existência do contrato:
Declaração de vontade de ao menos duas partes
Objeto do contrato: obrigação
Que a declaração exteriorizada tenha uma forma (verbal ou escrita – intrometo particular ou escritura pública).
Para a validade do contrato:
Subjetivos: (sujeito produz)
Existência de duas ou mais pessoas
Capacidade para os atos da vida civil
Aptidão especifica para contratar
Formais
Art.107 e 108.
Objetivos:
Objeto licito
Possibilidade jurídica ou/e física do objeto (obrigação de fazer)
Determinação do objeto
Economicidade do objeto
PRINCIPIOS CONTRATUAIS
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE: As partes têm o poder de estipular livremente as matérias e interesses.
Liberdade de contratar ou não;
Liberdade de escolher outra parte
Liberdade de fixar o conteúdo do contrato
Princípio com limitação nas normas de ordem pública, bons costumes e revisão judicial dos contratos
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA CONVENÇÃO: As estipulações contratuais devem ser fielmente cumpridas, sob pena de execução patrimonial contra o inadimplente. 
Pacta-sunt servanda: os pactos existem para serem cumpridos.
Exceções ao princípio:
Quando ambas as partes o extinguirem voluntariamente.
Quando houver escusa por caso fortuito ou de força maior.
Seja declarada sua nulidade.
Quando há onerosidade excessiva.
PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS DOS CONTRATOS: O contrato penas produz efeitos entre as partes.
Exceções: 
Estipulação em favor de terceiro (Art.136): é o contrato no qual uma parte garante um direito para terceira pessoa. O devedor realizará determinada prestação em benefício de outrem.
Promessa em favor de terceiro (Art.239): o promitente assina contrato com alguém, mas promete que outra pessoa irá cumpri-lo em seu lugar. Quem promete assume uma obrigação de fazer, que não for executada, se resolve em perdas e danos. Mas se o terceiro, após a promessa, se obrigou e faltou a prestação, será responsabilizado (art.440).
Contrato com pessoa a declarar (Art.467): duas pessoas celebram um contrato que contém uma clausula que autoriza uma das partes indicar uma pessoa que irá assumir sua posição do contrato. 
Características: 
O prazo da indicação é de 5 dias, se outro não tiver sido estipulado.
A aceitação deve revestir a mesma forma que as partes usaram para o contrato.
Os efeitos da nomeação são retroativos.
O contrato produzirá eficácia apenas entre os contraentes originários quando:
Não houver indicação.
A pessoa nomeada não aceita.
O nomeado for insolvente quando nomeado ou indicado.
O nomeado for incapaz no momento da indicação.
PRINCIPIO DA EQUIVALNECIA CONTRATUAL: Busca realizar e preservar o equilíbrio de direitos e deveres no contrato, antes, durante e após execução.
Equivalência nas prestações, as cláusulas não podem ser desproporcionais.
PRINCIPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA (Art.422): Se refere ao comportamento das partes, devendo elas agir com confiança ética, lealdade, auxiliando-se mutualmente na formação e execução do contrato.
Na doutrina são encorados quatro conceitos que têm relação com o princípio da boa-fé:
VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM: protege uma parte contra aquela que pretende exercer uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido anteriormente. (Vedação de comportamento contraditório) enunciado 362.
SUPRESSO: um direito não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais sê-lo.
SURRECTO: acarreta o nascimento de um direito em razão da pratica continuada de certos atos.
TUQUOQUE: aquela que descumpriu preceito legal ou contratual não pode exigir do outro o cumprimento de preceito que ele próprio descumprira.
PRINCIPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO – Art.421: O contrato deve ser bom para as partes e para a sociedade como um todo. Possui duas vertentes:O contrato faz lei entre as partes desde que aquilo estipulado entre as partes não viole a dignidade dos contratantes.
Interna: impõe observância de direitos e garantias da pessoa humana.
Externa: contrato deve ser bom para a sociedade e não prejudicar 3ºs.
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
 CONTRATOS BILATERAIS, UNILATERAIS E PLURILATERAIS
Bilaterais são aquelas em que a obrigação de uma parte corresponde ao direito da outra.
Há contraprestação entre as partes
A prestação de uma das partes é a causa da prestação da outra = contrato sinalagmático. 
Unilaterais são aqueles que apenas uma das partes assume obrigações em face da outra.
São duas vontades e uma prestação. Não há contraprestação. Ex: doação.
Plurilaterais são aqueles contratos em que duas ou mais partes direcionam suas prestações a um bem comum. Ex: dois sócios, abrem negócio mesmas ideias.
 
CONTRATOS ONEROSOS E GRATUITOS:
Onerosos são aqueles que trazem vantagem e desvantagem, direitos e deveres, para ambas as partes.
Ambas as partes ganham e perdem. 
Todo contrato bilateral é oneroso. 
Gratuitos são aqueles em que toda a carga contratual é assumida por uma das partes.
Apenas uma da parte ganha e a outra perde.
Todo contrato unilateral é presumidamente gratuito. Ex: mutuo, comodato e locação.
Exceção: Mutuo feneratíco: contrato unilateral oneroso.
Contratos gratuitos e ação pauliana (combate contra a fraude de credores) – art.158: anula-se um contrato gratuito via ação pauliana independente de matéria. 
Contrato oneroso e ação pauliana: faz-se necessário provar a insolvência do devedor, e o conhecimento de tal estado pela outra parte, para a anulação do negócio.
CONTRATOS COMUTATIVOS E ALEATÓRIOS
Comutativos: são aqueles em que cada contratante conhece suas respectivas prestações. Há certeza sobre elas. Comutar troca ou permuta. Ex: compra e venda/ contrato de locação.
Aleatórios: alea sorte/risco. São aqueles em que a prestação de uma das partes depende de um risco futuro e incerto. As partes não sabem se existirá um retorno patrimonial ou se haverá cumprimento de uma das prestações. Ex: contato de seguro.
O CC traz 3 tipos de contratos acidentalmente aleatórios: a compra e venda é um contrato comutativo, mas nesses três casos, se tornou aleatório mediante um acordo de vontades.
Contrato de compra de coisa futura com assunção de risco pela existência (emptio spei – art.458).
Compra-se o risco da coisa existir; vende-se a esperança da coisa existir. Ex: vou comprar sua próxima colheita de soja (coisa futura que ainda não existe. Assumo o risco pela existência da sfra. Paga adiantado.)
O risco do comprador é da coisa não existi e o vendedor terá direito de receber o que lhe foi prometido, desde que não agiu com dolo ou culpa. Verificada culpa ou dolo do vendedor, o contrato será nulo. Ex:
Contrato de compra de coisa futura, sem assunção do risco pela existência (imptio rei speratae – art.459)
O risco do comprador refere-se a maior ou menor quantidade sendo o preço devido ao vendedor mesmo que objeto venha a existir em quantidade mínima ou irrisória. Ex:
Contrato de compra de coisa presente, exposta a risco assumido pelo contratante (Art.460 e 461)
É a venda de coisa existente, cujo risco pelo perecimento ou depreciação é assumido pelo comprador.
O vendedor terá direito a todo o preço. Mesmo que a coisa não existia mais no dia do contrato. 
CONTRATOS CONSENSUAIS E REAIS
Consensuais: são aqueles formados pelo acordo de vontade das partes. Ex:
Reais: serão validos com a entrega da coisa objeto do contrato. Somente a partir da entrega do objetvo do contrato é que este se considera formado. Elementos para formação consentimento + entrega da coisa. O contrato real é unilateral. Ex: comodato, mutuo, emprestar anel.
CONTRATOS PARITÁRIOS E POR ADESÃO
Paritárias: são aqueles em que as partes estão em iguaiscondições de negociação, estabelecendo lei remente as cláusulas. Há voluntariedade/negociação. 
Por adesão: são aqueles em que uma das partes impõe as cláusulas no negócio jurídico para a outra, a qual as aceita ou rejeita. Ex: unível/carro em estacionamento.
Características:
Uniformidade: o estipulante visa obter o mesmo conteúdo contratual do maior número possível de contraentes.
Predeterminação contratual: as cláusulas são estipuladas de forma unilateral. Apenas uma parte elabora. Clausulas prontas já.
Rigidez: Não se admite a discussão, não são flexíveis. 
Posição de vantagem de uma das partes: o estipulante é superior, tem mais vantagem do ponto de vista econômico. 
Art.423: Se existir no contrato de adesão, clausula ambígua ou contraditória, ela deve ser interpretada de forma privilegiada ao aderente.
Art.424: será nula a clausula no contrato de adesão, que retire dele o direito estrutural do contrato.
CONTRATOS TÍPICOS E ATÍPICOS
Típicos tem previsão legal, regulamento pelo direito positivo. Ex: compra e venda
Atípicos não são regulados em lei, mas são lícitos, por estarem de acordo com as normas gerais de Direito (art.435)
CONTRATOS SOLENES E NÃO SOLENES
Solenes: possuem forma especial para a validade
Não solenes: possuem forma livre
CONTRATOS DE EXECUÇÃO IMEDIATA, CONTINUADA E DEFERIDA
Execução imediata: se esgotam em um só instante, pois seus efeitos são produzidos de uma só vez.
Execução continuada: ocorrem quando a prestação de uma ou ambas as partes é cumprida em quotas periódicas de prestações
Execução deferida: as partes adiam o cumprimento de suas obrigações para um momento posterior ao contrato.
CONTRATOS PESSOAIS E IMPESSOAIS
Pessoais: são aqueles em que a consideração da pessoa de um dos contratantes e para o outro, determinante de sua contratação.
Não podem ser executados por outra pessoa.
São extintos com a morte do devedor.
Impessoais: são aqueles em que pessoa do contratante é juridicamente indiferente. Ex: Contratar pra obra e vir pedreiros diferentes.
CONTRATOS PRINCIPAIS E ACESSORIOS 
Principais: exercem sua função e finalidade independente de outro.
Acessórios: são aqueles cuja existência jurídica supõe a de principal, pois visam assegurar sua execução. Ex: Locação principal com bem acessório. 
Art.184 invalidade do principal invalida o acessório, o contrário não dá.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À CONSTITUIÇÃO DOS CONTRATOS:
Manifestação de vontade das partes
Proposta e aceitação 
Figuras envolvidas: Politicante/Proponente/Ofertante e Aceitante/Oblato.
FASES DE FORMAÇÃO DO VINCULO CONTRATUAL
Negociações preliminares:
Fase em as partes negociam preensões antes da formação contratual.
Característica principal: não vinculação das partes.
Respeitar boa-fé objetiva.
PROPOSTA: É a declaração de vontade, dirigida por uma a pessoa à outra, na qual se expões os termos para a conclusão do contrato.
Princípio da vinculação (art.427): a proposta tem força vinculante ao proponente se houver aceitação.
A proposta feita ao público também vincula o ofertante (art.429 CC) nº indeterminado de pessoas. Qualquer oferta vincula, inclusive quando há erro.
Hipóteses de não obrigatoriedade da proposta:
Se estiver expressa a não obrigatoriedade: o proponente se reserva ao direito de se arrepender na proposta.
Se a não obrigatoriedade depender da natureza do negócio: a natureza do negócio oferece elementos que retiram a obrigatoriedade da proposta. Ex: venda limitada a quantia limitada do estoque. 
Se a não obrigatoriedade resultar das circunstâncias do caso:
Prazo de validade da proposta e a perda a sua força vinculante:
Contrato entre presentes: a proposta e a aceitação ocorrem em tempo real. O proponente e oblato conversam em contrato direito e simultâneo. Ex: telefone 
Contrato entre ausentes: a proposta e aceitação não se dão em tempo real. Há um lapso temporal entre proposta e aceitação. Ex: e-mail/correio 
Hipóteses do art.428 CC:
Se, feita sem prazo à pessoa presente, não foi imediatamente aceita
Se, feita sem prazo à pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente. (tempo razoável ou suficiente para o oblato responder e ele o deixa transcorrer.
Se, feita à pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo. 
Se, antes da proposta ou simultaneamente chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. O proponente se arrepende, e antes da proposta chegar ou junto com ela, chega a retratação.
ACEITAÇÃO: É a declaração de vontade concordante da parte que recebeu a proposta dentro do prazo.
Proposta aceita = contrato concluído
Contraproposta = nova proposta
Aceitação tácita (art.432):
Não for usual aceitação expressa
O ofertante dispensa a aceitação
Morte do proponente: Se a proposta feita puder ser cumprida, por não ser prestação personalíssima, sua obrigatoriedade perdurará e refletirá nos bens do espolio, desde que seja válida. 
DIREITO DE ARREPENDIMENTO 
Retratação oferta – Art.-42-8, IV e 429, §Ú
Retratação aceitação – art.433: desde que ela chegue ao conhecimento do proponente antes ou junto com a aceitação. 
Art.49 CDC: o consumidor, pode desistir do contrato até 7 dias depois de aceita-lo, em alguns casos. 
Proposta CDC – art.30 ao 35. 
PROIBIÇÃO DE PACTOS SUCESSÓRIOS
Não se pode ser objeto de contrato herança de pessoa viva – art.426.
MOMENTO DE FORMAÇÃO DO CONTRATO:
Contrato entre presentes: as partes estarão vinculadas no mesmo instante em que o oblato aceitar a oferta.
Contrato entre ausentes: O CC adotou expressamente a teoria da expedição 
Tais contratos tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida – art.434.
Exceção: inc I, II e III do art.434, nos quais se aplica a teoria da recepção.
LUGAR DE CELEBRAÇÃO DO CONTRATO:
Reputar-se-á celebrado o contrato no local em que a proposta foi feita.
O direito aplicável -aos contratos em geral é aquele do lugar de onde a proposta foi feita.
O CDC autoriza os consumidores lesados a proporem ação no foro de seu domicilio.
Lei de Introdução as Normas do Dto Brasileiro – art.9º, §2º - aplica-se quando os contratantes residem em países diferentes. 
O contrato de consumo eletrônico internacional obedece tal regra.
O consumidor propõe ação no Brasil, mas o direito aplicável pela corte brasileira é a do pais de onde se originou a proposta.
VICIO REDIBITÓRIOS E EVICÇÃO
NOÇÕES GERAIS: Quem aliena um bem tem imposto a si duas garantias implícitas:
A de responder por defeitos matérias – vícios redibitórios.
A de responder por defeitos jurídicos – evicção. 
VICÍO REDIBITÓRIO: É o defeito oculto que torna o bem impróprio para o uso a que se destina ou que diminuo valor. 
Defeitos ocultos existem desde a tradição. Defeito aparente não é vicio redibitório. 
Contrato oneroso ou doação onerosa. Ex: compra/venda – carro defeituoso, já existia defeito, mas era oculto.
Atenção: a proteção do CDC é mais ampla. O CDC não diferencia defeito oculto do defeito aparente. O vício é de qualidade ou quantidade. 
Distinções entre vicio redibitório e erro essencial:
Erro essencial: defeito de ordem subjetiva: ação anulatória – art.178, II. Ex: não comprou o que queria achando que era. 
Vicio redibitório: defeito de ordem objetiva. Ação redibitória ou quanti minores. Ex: defeito na funcionalidade.
Ações Edilícias: ações que a parte prejudicada pode ajuizar:
Ação redibitória: o prejudicado pede para redibir o contrato, ou seja, desfazer o contrato. 
Pedido: devolução do bem, restituição do valor pago e das despesas contratuais, indenização por perdas e danos, na hipótese de má-fé do alienante. 
Ação quanti minores: a arte prejudicada pede para fazer abatimento do preço. Analisa-se o quanto menos vale o bem. O comprador fica como bem e busca restituição do valor. 
Das provas:
Adquirente: provar o vício e que ela era anterior a alienação.
Alienante: alegar que o vício era de conhecimento prévio do adquirente ou que o defeito teve origens depoisda transferência.O prazo será reduzido pela metade se o adquirente estava na posse do bem.
Prazos – art.445:
Bens móveis: 30 diasA partir da entrega.
Bens imóveis: 1 ano
Revelação de vício oculto mais tarde (§1º, art.445): a partir da entrega da coisa, o adquirente tem 180 dias (BM) e 1 ano (BI), a partir da verificação, para ajuizar ação.
Art.444: A responsabilidade do alienante subsistirá ainda que a coisa pereça em poder do adquirente, em razão do defeito oculto. 
Art.446: Quando houver garantia contratual, a garantia legal fica suspensa.
Art.503: o defeito oculto de uma coisa vendida juntamente com outras, não autoriza a rejeição de todas. 
EVICÇÃO: É a perda da posse ou da propriedade de um bem, por força de ação judicial ou excepcionalmente decisão administrativa, em razão de um defeito jurídico anterior à alienação. 
Partes:O verdadeiro proprietário da coisa alienada a reclama judicialmente e alcança êxito na lide e o comprador, sofre evicção. 
Alienante: responde pela evicção.
Evicto: sofre evicção, em razão de demanda judicial. 
Evictor: reivindicante que vence a demanda.O evicto perde a coisa alienada em favor do evictor e poderá cobrar os prejuízos do alienante.
O STF entende que quando a evicção decorre de ilícito criminal, a perda pode ser via administrativa.
Ação reivindicatória cobrar prejuízos
Ex: alienante (aquele que falsifica os documentos e finge ser o verdadeiro proprietário) vende casa para evicto. Após um tempo o evictor (real proprietário), visita a casa e nota a presença do evicto. Ao questionar o porquê da pessoa estar ali descobre o que aconteceu, e então entra com uma ação reivindicatória. Restando então ao evicto cobrar apenas os prejuízos do alienante. 
Requisitos para a responsabilidade do alienante:
Onerosidade da aquisição (art.447): Contrato onerosos e aquisição em hasta pública. 
Ignorância do adquirente sobre a coisa ser alheia ou litigiosa. 
Perda total ou parcial da posse ou propriedade da coisa alienada
Prolação de sentença judicial ou execução administrativa. 
Verbais que a indenização compreende (art.450):
Preço pago, mais correção monetária
Todas as despesas com o contrato e com o processo
Valor das benfeitorias: art.453 e 454
Valor dos frutos restituídos. 
Observação: o preço será o valor da coisa na época em que se envenceu.
Valorização: o alienante responde pelo “plus valia”
Desvalorização: não se leva em consideração. O valor será o preço integral pago. 
Como se procede a via indenizatória? Uma forma de trazer o vendedor ao processo e em uma sentença resolver todo, é realizar a denunciação da lide. 
Exclusão da garantia:
A garantia, na evicção é decorrência natural da compra e venda.
Mas as partes podem reforçar, diminuir ou excluir a garantia, desde que façam expressamente (art.448).
Atenção para a exclusão: a clausula que prevê a exclusão da responsabilidade do alienante em caso de evicção, apenas afastará a obrigação de ressarcir todo o valor, se: o evicto foi informado do risco da evicção e assumiu o risco (art.448 e 449).
A causa de exclusão genérica, sem a observância dos dois requisitos, excluirá a obrigação do alienante de indenizar as demais verbas, mas não de restituir o valor pago. 
Prazos: 
Ação reivindicatória: é imprescritível. Versa sobre o domínio, o qual é perpetuo e se extingue nos casos previstos em lei. 
Reparação civil: (evicto x alienante) prescreve em 3 anos. (206 §º3)
Evicção parcial (art.455) – Ocorre quando o adquirente perde parte da coisa. 
Perda considerável: desfalque na qualidade ou quantidade. O evicto pode optar pela rescisão do contrato ou abatimento do preço. 
Perda irrisória: não se permite a rescisão, apenas abatimento do preço.
ALTERAÇÃO, REVISÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
ALTERAÇÃO – é a modificação de um contrato excluindo e vigente. Ocorre quando:
As partes celebram pactos aditivos
O juiz altera o contrato por onerosidade excessiva. 
EXTINÇÃO: 
Extinção normal do contrato: Ocorre através do comprimento da obrigação. É atestado através da quitação regular.
Extinção rescisão: É a ruptura do contrato por ser nulo ou anulável. 
Contratos Nulos: pode ser declarado de oficio.
Celebrados por absolutamente incapazes.
Objeto ilícito e impossível
Não observância da forma exigida em lei
Nulidade declarada por lei.
Efeitos: ex tunc
Contratos anuláveis: necessita de provocação.
Por incapacidade relativa do agente
Por vicio do consentimento
Por lesão do direito
Efeitos: ex nunc
Extinção por resolução: extinção do contrato em razão do descumprimento do pactuado, por inadimplemento contratual.
Formas de descumprimento:
Involuntário: neste descumprimento contratual não há culpa e sim, a ocorrência de um caso fortuito ou de força maior que autoriza a resolução do contrato, sem ressarcimento em perdas e danos. Pode haver clausula que responsabilize expressamente o devedor mesmo em caso fortuito ou de força maior, art.393.
Voluntário: a parte não cumpre voluntariamente o contrato por culpa e será responsável por perdas e danos. Mas, pode estar prevista a clausula de arrependimento. 
Art.475 – Em caso de inadimplemento a parte lesada pode exigir: O cumprimento do contrato, ou quando não for possível, a declaração judicial de sua resolução. A recusa, justificada ou não, permite a resolução.
Condição resolutiva: Visa o desfazimento do contrato quando verificado determinado fato.
Expressa no contrato: as partes convencionam as situações aptas a provocar a resolução do contrato. Elas preveem que, caso haja o descumprimento de determinado fato, o contrato considerar-se-á extinto. Opera-se de pleno direito, art.474. A manifestação judicial será meramente declaratória e será ex tunc.
Tácita: as partes se silenciam sobre o inadimplemento contratual. Mas em todo contrato bilateral, o descumprimento culposo por uma das partes constitui justa causa para a resolução contratual. Autoriza o lesado a pedir judicialmente a resolução do contrato e a indenização por perdas e danos. Art.474
Obs: mesmo inadimplente o devedor, se o credor quiser resolver o contrato e reaver bens alienados em prestações, deverá devolver as parcelas pagas.
Adimplemento substancial: é reconhecido pela doutrina e jurisprudência como impedimento para a resolução unilateral do contrato. A hipótese de resolução será afastada, diante do atendimento quase que integral das obrigações contratuais (devedor pagou a maior parte das prestações).
Resolução por onerosidade excessiva – art.478 a 480
O devedor invoca a resolução em função de descumprimento involuntário, gerado pela onerosidade excessiva, decorrente de circunstancias supervenientes de evento extraordinário e imprevisível. 
Também importa na revisão do contrato.
Analise judicial: libera o devedor ou reduz as prestações ajustadas. 
Princípio da conservação dos contratos (enunciados 176 e 367) – sempre que possível o juiz decidirá pela revisão dos contratos e não pela sua resolução.
Requisitos da onerosidade excessiva:
Vigência contrato comutativo de execução continua ou diferida – enunciado 440
Modificação extraordinária e imprevisível 
Alteração radical das condições econômicas no momento da execução do contrato. Fato superveniente altera balança econômica.
Onerosidade excessiva para um dos contraentes e benefício exagerado para o outro. Existir nexo causal entre o evento superveniente e a excessiva onerosidade.
Teoria da imprevisão: quando há onerosidade excessiva se aplica tal teoria.
Tem como fundamento uma imprevisão que autoriza a intervenção judicial na vontade contratual (está ligada ao pacto sun servanda).
Permite rediscutir os preceitos de um contrato, em razão de acontecimentos novos e imprevisíveis.
Representa a aplicação do princípio da boa-fé, as -partes devem buscar as prestações que originariamente se comprometeram. 
Aplico a teoria para invocar a resolução.
Traduz o ressurgimento da clausula rebus sic stantibus 
Clausula rebus sic stantibus: O contrato somente será exigível se as condiçõeseconômicas do tempo da execução forem semelhantes às do tempo da celebração.
Em todo contrato de prestações sucessivas haverá implícita uma clausula de que, o que foi pactuado, não será exigível, se as coisas não permanecerem como eram no momento da celebração.
Quando o CC trouxe essa clausula, houve mitigação do pacto sun servanda.
Extinção por resilição (as partes não querem mais prosseguir) – É a extinção do contrato por iniciativa de uma ou ambas as partes. Pode ocorrer por:
Mutuo ajuste das partes (distrato): É um negócio jurídico que rompe o vínculo contratual mediante a declaração de vontade de ambos os contratantes de pôr fim ao contrato firmado. 
Efeito: ex nunc 
Forma de distrato: submete-se as formas relativas aos contratos (art.472).
O contrato consensual pode ser distratado verbalmente ou pela simples entrega da coisa.
Declaração unilateral de um dos sujeitos: é a dissolução do contrato pela declaração de uma das partes.
Somente ocorre se: existir autorização legal ou implícita 
Sempre mediante notificação da outra parte (art.473)
Ocorre nas obrigações duradouras
Comum: contratos gratuitos (cômodo, deposito), por tempo indeterminado, contratos de execução, continuada, contratos em geral cuja execução não for começada, no mandato.
Efeito: ex nunc
Em regra, não precisa ser justificada. Mas alguns contratos exigem justa causa e na ausência desta, a parte que resistiu pagará perdas e danos. 
Extinção por morte do contratante: apenas é causa extintiva nos contratos personalíssimos. 
Exceção do contrato não cumprido (exception adimpleti conctractus)
É um meio de defesa, pelo qual a parte demandada pela execução de um contrato pode alegar que deixou de cumpri-lo, pelo fato da outra parte não ter cumprido o que lhe cabe. (art.476)
Requisitos:
Contrato bilateral
Demanda de uma das partes para cumprir o contrato
Prévio descumprimento da obrigação pela parte demandante.

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