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Revista Chocola Design

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Acesse chocoladesign.com e tenha acesso 
aos posts mais deliciosos da internet.
Mergulhe de 
cabeça no melhor 
conteúdo de 
Design da web!
EDITORIAL
2
A relação entre mercado e design é muito debatida. Na Universi-
dade, por exemplo, os alunos clamam por um ensino voltado à 
prática mercadológica, enquanto os acadêmicos advertem que 
o assunto não deveria ser a prioridade na grade dos cursos de 
design. De fato não o é, aqueles que já passaram pela Gradua-
ção puderam perceber que a teoria é bastante discutida. Mas 
o design é para todos. Na prática, a teoria academicista não é 
sinônimo de qualificação.
Nesta primeira edição da Revista C+, tentamos apresentar os 
dois lados da moeda, através de textos, perguntas e questiona-
mentos que podem esclarecer as principais dúvidas que tornam 
a nossa profissão um parodoxo. Alguém já se questionou por 
que o design é tão valorizado e o designer não? Se ainda não se 
perguntou, tenho certeza que ao aproveitar todo o conteúdo da 
Revista você se perguntará.
Nossa pretensão, por mais ambiciosa que seja, é de tornar 
o designer independente. Por isso a teoria é tão importante. 
Quem faz sua marca é você!, Obrigação e satisfação e Muito 
além do design são os 3 textos que discutem exatamente isso.
 
Mercado e design
C+ Revista do Choco la Design 
A Entrevista com o Estúdio Ao Lado mostra que é possível tri-
lhar caminhos diferentes. Acredito que o principal motivo para 
que isso se torne realidade é nos tornarmos empreendedores, 
por isso fizemos a seguinte pergunta: Qual a importância da 
disciplina de empreededorismo no curso de design? e para 
respondê-la pedimos ajuda de alguns designers que já estão 
no mercado há muito tempo.
A Revista é uma extensão do blog: um canal pelo qual você 
poderá participar de maneira ativa e contribuir efetivamente 
para a construção de uma publicação na qual discutiremos 
assuntos importantes para a teoria e a prática da profissão 
que tanto gostamos. 
Agradeço por ter acreditado no nosso projeto e comprado a Re-
vista. Aproveite o contéudo e tenha uma ótima leitura. Se inspire 
nas ilustrações e nos ótimos portfolios que selecionamos.
Obrigado!
Guilherme Hummelgen
guilherme@chocoladesign.com 
EDIÇÃO #01 OUT/NOV/DEZ 2013
3 C+ Revista do Choco la Design 
ÍNDICE
4
6 Quem faz sua marca é você!
10 Obrigação e satisfação
C+ Revista do Choco la Design 
5
ÍNDICE
27 ENTREVISTA
com o Estúdio Ao Lad0
15 Muito além do design
36 Opinião de especialistas
32 Perguntas dos leitores
40 Portfolios
C+ Revista do Choco la Design 
6
MERCADO
C+ Revista do Choco la Design 
Quem faz sua 
marca é você!
Antes de começarmos essa conversa, vamos deixar claro al-
guns conceitos. Logo, logotipo, ou como muitos conhecem er-
roneamente como “logomarca”, é o seu ícone, seu símbolo, 
algo que representa você ou sua empresa visualmente, como 
por exemplo o passarinho do Twitter ou lettering da Coca-Cola. 
Já a marca, é como as pessoas veem aquele produto, é um con-
junto de sensações que é transmitido para nós através deste 
produto. Um exemplo, quando vemos o cavalo preto no fundo 
amarelo representando o logotipo da Ferrari logo pensamos 
em velocidade, Fórmula 1, esporte, etc. O mesmo vale para mar-
cas pessoais. Quando vemos o rosto do Michael Jackson, por 
exemplo, na mesma hora pensamos em 
música, dança, festa, diversão. Já quan-
do vemos o Papa, vem um sentimento 
de paz, autruismo, bondade e por aí vai.
Ilustração Henrique Mantovani Petrus
Texto Filipe Fernandes
7 C+ Revista do Choco la Design 
Tom Peters, um escritor norte-americano que fala sobre as prá-
ticas de gestão de negócios, foi a primeira pessoa a falar no ter-
mo “personal branding” em meados de 1997. O autor defen-
de que nós mesmos devemos cuidar da nossa marca pessoal, 
adaptando os conceitos da comunicação e do marketing para 
garantir nossa própria evolução profissional.
Quem trabalha com vendas já deve conhecer aquela frase “o 
primeiro produto que o cliente compra é você”, e é verdade. 
Querendo ou não, todos nós temos a nossa marca pessoal. 
Essa marca segue o mesmo conceito que falamos à pouco, é 
como as pessoas te veem, é um conjunto de sensações que 
você transmite para os outros através das seus discursos, das 
suas atitudes. E é trabalhando bem sua marca pessoal que 
você vai conseguir vender seu maior produto: você.
Apesar de todos nós já carregarmos nossa marca pessoal ela 
pode, e deve, ser otimizada. Mas para isso precisamos definir uma 
série de fatores que vão nos ajudar com o princípio fundamental 
de uma marca pessoal de peso que é o autoconhecimento.
7 C+ Revista do Choco la Design 
8 C+ Revista do Choco la Design 
Mas porque precisamos nos conhecer para nos tornarmos pro-
fissionais melhores? Bom, se você se questionou dessa forma 
antes de cair neste parágrafo, parabéns, você está no caminho 
certo. O primeiro passo para criar uma base sólida para sua mar-
ca pessoal é levantar os “porquês” da sua vida, como, “quem é 
você?”, “por que você trabalha?”, “pelo que você trabalha?”. 
Precisamos definir nossa motivação e nossos objetivos, só as-
sim seremos profissionais de sucesso.
Se você entende o seu “porquê”, a sua motivação, você se torna 
mais qualificado, se sente mais importante e se torna cada vez 
mais fácil decidir o rumo da sua carreira, com que tipo de tra-
balho você se identifica e de encontrar uma empresa que tenha 
as mesmas motivações que você. Com isso você consegue criar 
um ambiente de trabalho em que a cada dia conseguirá se sen-
tir mais inspirado e mais motivado a fazer aquilo que você quer 
fazer, aquilo que você ama fazer. 
Em sua palestra feita no TED, Simon Sinek disse: “Quando esta-
mos rodeados de pessoas que acreditam no que acreditamos, 
algo memorável acontece.” E é exatamente assim que aconte-
ce. Por que você acha que são necessárias reuniões de brains-
torm com toda a equipe envolvida no projeto? Várias pessoas, 
reunidas com foco em um objetivo comum, o cliente. Naquele 
9 C+ Revista do Choco la Design 
momento todos ali estão acreditando no mesmo objetivo que é 
o sucesso e satisfação do cliente. Para dar um gás na nossa car-
reira ou mesmo na nossa vida pessoal, funciona da mesma for-
ma, devemos buscar e nos rodear daqueles que tem motivações 
semelhantes as nossas. Assim começamos a criar conexões e 
vamos tecendo nossa rede de contatos que, mais cedo ou mais 
tarde, vai nos ajudar nessa escalada profissional.
MERCADO
10 C+ Revista do Choco la Design 
Obrigação e 
satisfação
Ilustração Ivana Amarante Bombana
Nosso maior dilema está na dicotomia entre obrigação e satisfa-
ção. Entende-se dicotomia como a divisão de um elemento em 
duas partes, em geral contraditórias: trabalhar para ganhar di-
nheiro e trabalhar por prazer. É possível trabalhar para ganhar 
dinheiro e se satisfazer, como é possível trabalhar com o que gos-
ta e ganhar dinheiro. O que nos intriga, porém, é a porcentagem 
bastante relevante de designers descontentes com a rotina de 
trabalho que lhes é imposta, independente do quanto ganham.
Quem nunca se questionou sobre o motivo pelo qual passa-
mos tantas horas trabalhando? O mercado no qual estamos 
inseridos nos exige uma rotina de compromissos inesgotá-
veis, diante de um carga horária demasiadamente alta, geran-
do inaptidão para diversas outras atividades profissionais e 
pessoais. O desejo da maioria é de se emancipar de tal forma 
que possamos, enfim, nos tornar livres. Quando o trabalho se 
torna uma obrigação, é mais sensato não fazê-lo.
Texto Guilherme Hummelgen
11 C+ Revista do Choco la Design 
Como entãodriblar esta armadilha deixada pelas gerações que 
nos antecederam? 
O trabalho como conhecemos teve início na Revolução Indus-
trial. A introdução das máquinas aumentou a capacidade de 
produção tornando a ambição da burguesia tão grande quan-
to a jornada que impunham aos empregados, ultrapassando 
14 horas diárias. Anos se passaram e percebemos uma grande 
evolução, entretanto, nossa geração parece se incomodar com 
o modo como as coisas funcionam atualmente, assim como 
aqueles que não se contentaram com o fato de não existir 
qualquer lei trabalhista que os defendesse e lutaram por elas. 
Não é difícil encontrar pessoas que trabalharam a vida toda numa 
mesma empresa e têm orgulho disso. Também não é difícil encon-
trar pessoas que ainda tenham esse conceito em mente e queiram 
implementá-lo, mesmo que o pensamento da maioria seja outro. 
Será mesmo? Se encararmos a carreira como um projeto, como 
qualquer outro, com começo, meio e um fim, mas que de fato não 
possui nenhum fim em si mesmo, perceberemos que nosso pen-
samento está tão ultrapassado quanto.
12 C+ Revista do Choco la Design 
13 C+ Revista do Choco la Design 
Algumas empresas nos dão uma esperança e acabam por nos 
vender uma ideia até então bastante ilusória: é possível traba-
lhar e se sentir realizado? Como? E se não existisse mais che-
fe? E se cada um decidisse em que projeto quer entrar? E se o 
horário fosse livre e ir ao escritório se tornasse opcional?
Todas essas perguntas podem possuir respostas animadoras. O 
que parece ser uma grande vitória, ainda é privilégio de poucos, 
está reservado às grandes companhias e às empresas de seto-
res mais livres. Imaginar que essa realidade irá nos bater à porta 
imediatamente é um pouco ingênuo. As leis que regem o mercado 
ainda são outras e tendem a perdurar por muito tempo. Embora 
almejamos um presente melhor, ao nosso redor, o que se vê é uma 
destruição lenta dos ideais da nossa geração, em troca de um es-
boço de felicidade que nos mantém em constante alienação.
Emancipar-se pode ter diversos significados. O número de 
agências de design cresceu substancialmente, fruto, não ape-
nas do aumento do número de profissionais e de demanda, 
mas como consequência do descontentamento de alguns e da 
busca incessante por independência. 
A solução para distanciar-se do entrave que nos detém é tor-
nando-se gerentes do nosso próprio umbigo. Ao encararmos 
esta solução como redenção, passaríamos, então, a questionar 
14 C+ Revista do Choco la Design 
Para que as melhorias que 
desejamos sejam colocadas 
em pauta, devemos questionar 
o que é vigente.
a que ponto essa liberdade nos deixaria satisfeitos. O que signi-
fica tornar-se livres? Liberdade criativa ou liberdade para fazer-
mos o que quisermos sem nos preocuparmos com as contas no 
final do mês? Talvez a mais palpável seja a liberdade criativa, 
facilmente atribuída às perguntas apresentadas anteriormente. 
Mas não basta apenas dissolver o chefe, escolher em que pro-
jeto quer entrar e tornar o horário ou a ida ao escritório flexível.
Para que os ideias de uma geração não se percam, devemos pri-
meiro resgatá-los. Para que as melhorias que desejamos sejam co-
locadas em pauta, devemos questionar o que é vigente. A resposta 
para todas as perguntas é simples: estamos na verdade atacando 
o problema por um viés equivocado, ou seja, apresentando uma 
perspectiva parcial em detrimento de outras alternativas. 
Por mais que o trabalho faça parte da nossa vida, infelizmente 
o encaramos como estorvo, algo que nos faz repensar cons-
tantemente o caminho que escolhemos. Trabalhar com o que 
gosta pode ser a solução perfeita para resolver todos os pro-
blemas, mas lutar para que todos possam se sentir satisfeitos 
também deveria ser a nossa batalha.
MERCADO
15 C+ Revista do Choco la Design 
Muito além
do design
Como designers e profissionais de criação podem investir em 
habilidades mais estratégicas e se diferenciar em um mercado 
tão específico, competitivo e saturado?
Ao analisar a situação do mercado de design gráfico no Brasil 
sempre me deparo com contradições que me deixam um pouco 
confusa. Enquanto vejo um mercado aquecido, cheio de opor-
tunidades e empresas buscando serviços de design, percebo 
também salários cada vez mais baixos, desrespeito e desvalori-
zação destes profissionais, por parte do próprio mercado e das 
empresas também. 
Um número crescente das empresas demandam serviços de 
identidade visual, por exemplo, mas na realidade não entendem 
bem o que é isso e desconhecem a natureza deste trabalho. Na 
mesma curva crescente, um número gigante de agências sur-
ge, algumas com propostas mais específicas, e outras “fazem-
-tudo”, contribuindo para o aumento da oferta no mercado. Ao 
Ilustração Alexandre Mauro Texto Carolina Sangiovanni
16 C+ Revista do Choco la Design 
17 C+ Revista do Choco la Design 
mesmo tempo que um grande número de agências agrega mui-
to na democratização do design (meu sonho é ver todas as pa-
darias e motéis de São Paulo com um programa de identidade 
visual coerente e bem-feito), muitas se dispõe a prestar serviços 
nos quais não são especializadas, desvalorizando o trabalho (e 
valor) do mercado como um todo.
Existe uma demanda de profissionais capacitados, e isso pode 
ser percebido facilmente por qualquer um que está na luta 
por uma vaga fixa: além de todas as habilidades oriundas de 
um designer, deve-se dominar todos os programas do Crea-
tive Suit, programar, ilustrar, fotografar, dar piruetas e saber 
dançar salsa. Os salários, entretanto não são tão empolgantes 
quanto uma aula de dança do ritmo latino.
Segundo parciais do censo de 2012 da ADG Brasil (Associação 
dos Designers Gráficos do Brasil), 25% dos profissionais da área 
no país ganham de R$850,00 a R$1.500,00; os que ganham mais 
de R$8.000,00, entretanto, não passam de 5%. Obviamente, 
este cenário muda a cada região: no Sudeste, 26% ganham entre 
R$2.500,00 a R$5.000,00, enquanto no Nordeste 30% ganham 
entre R$850,00 e R$1.500,00.
Muitos comentam dos micreiros e operadores de mouse, mas 
podemos ler nas entrelinhas destes dados que esta é a reali-
dade de muitos.
18 C+ Revista do Choco la Design 
Fora do Brasil o panorama também é pouco animador. A revista 
Forbes rankeou as dez profissões menos promissoras, pesqui-
sando recém formados com idade entre 22 e 26 anos, e profis-
sionais com idades entre 30 e 54 anos. Considerando o salário 
dos recém formados, salários dos profissionais mais experien-
tes, taxa de desemprego entre recém formados e taxa de de-
semprego entre profissionais mais experientes, a profissão de 
designer gráfico ganhou a oitava posição.
Mas calma meu jovem, o objetivo aqui não é desmotivar nin-
guém, mas sim mostrar que existem maneiras de se diferen-
ciar nesse mercado de trabalho.
Em um dos meus artigos de maior repercurssão no blog Choco 
La Design, “Você é Designer e Pode Ser o que Quiser”, além de 
defender que nós designers temos uma linha de pensamento 
diferente para a resolução de um problema, e isso pode ser 
útil em diversas áreas de atuação profissional, defendo que 
alguns conhecimentos teóricos realmente fazem a diferença.
No mencionado artigo, argumentei que disciplinas como me-
todologia de design, semiótica e gestalt são tão importantes, 
tanto para quem estuda design no nível acadêmico quanto para 
aqueles que são autodidatas. Saber usar bem a ferramenta ou o 
software é algo importante, porém secundário. Você pode ima-
19 C+ Revista do Choco la Design 
ginar que na década de 50, Alexandre Wollner, um dos grandes 
designers brasileiros, não tinhana manga nenhum software 
como Illustrator ou Photoshop para realizar seus projetos.
Um designer gráfico normalmente está associado a função de 
dar forma a uma ideia abstrata, solucionando assim um proble-
ma de comunicação, através de diagramação, design de emba-
lagens, programação de identidades visuais, entre outras mil 
possibilidades. Através destes vários caminhos é possível en-
contrar ainda outros, que podem ser muito mais interessantes.
20 C+ Revista do Choco la Design 
Novas oportunidades 
e Novas habilidades
Nunca deixe de estudar. Não faça cursos apenas esperando um 
retorno profissional ou financeiro imediato, pense no seu de-
senvolvimento pessoal. O que mais tenho percebido são currí-
culos iguais, além de uma homogenidade de estilos.
Percebo que as pessoas buscam apenas o que lhes é exigido 
pelo mercado, e este é o caminho mais breve para alcançar a 
mediocridade. Afinal, para que, por exemplo, estudar chinês, se 
você já sabe inglês - e é isso que o mercado exige? Para que 
estudar softwares de 3D e animação, se você já manda bem no 
combo Photoshop, Indesign e Illustrator - e é isso que o mer-
cado exige? Para que estudar cinema ou fotografia se ninguém 
exige estes conhecimentos de você no trabalho?
Para você ser diferente e conseguir oferecer mais, muito mais, 
do que a média do mercado. A partir deste ponto é que as me-
lhores oportunidades aparecem.
Não faça cursos apenas 
esperando um retorno 
profissional.
21 C+ Revista do Choco la Design 
Busque cursos além dos básicos de design, como, por exem-
plo, marketing, ciências do consumo, filosofia, cinema, foto-
grafia, história, gerenciamento de pessoas e fator humano nas 
organizações, gestão de projetos, psicologia, estudo de ten-
dências, economia, teoria da comunicação, enfim, qualquer 
coisa que lhe interessar de maneira genuína.
Conforme comentei no início do texto, muitas empresas ainda 
não entendem o trabalho de um designer. E vamos combinar 
que nosso trabalho depende destes clientes. Uma maneira de 
se tornar relevante para empresas é levar soluções de fato efi-
cientes, estratégias que tragam retornos (lucro) mensuráveis.
22 C+ Revista do Choco la Design 
Muitas vezes os designers trabalham a partir de uma estraté-
gia já existente, então, imagine o quanto um profissional pode 
ser valorizado se for capaz de traçar estratégias, em vez de 
apenas executá-las.
 
Essa capacidade pode ser alcançada através do estudo e desen-
volvimento de principalmente três áreas, muito próximas ao 
design: o Design Estratégico, Design Thinking e Branding.
Resumidamente, Design Estratégico é pensar de forma estratégi-
ca ao se conceber objetos e ideias de design, elevando o design a 
uma categoria mais alta, deixando de ser apenas uma ferramenta 
estética para encarar um papel imprescindível para o sucesso de 
produtos, marcas e empresas. Exercer estas capacidades exige co-
nhecimentos amplos culturais (tendências e pesquisa de design, 
história do design, cool hunting), técnicos (metodologia, comuni-
cação verbal, gestão, comunicação integrada) e projetuais (bran-
ding, conceitualização).
 
Sendo assim, um profisssional que desenvolve projetos de de-
sign estratégico desenvolve uma função ativa para a estratégia 
de uma marca, e isso envolve também mensuração de resultados 
Design Estratégico, Design 
Thinking e Branding
23 C+ Revista do Choco la Design 
e o raciocínio do projeto como um todo, do seu desenvolvimento 
à sua entrega, e não apenas por partes separadas.
Já o Branding é o ato de gerenciar uma marca e todas as ações 
compreendidas nesse processo para que a mesma tenha o maior 
valor percebido possível. Uma marca é, ao mesmo tempo, um 
nome de produto ou serviço, um logotipo e uma série de valores 
tangíveis e intangíveis percebidos pelo consumidor, e marcados 
em sua mente, fazendo com que o trabalho de gerenciamento 
exija esforços de publicidade e propaganda, design, marketing, 
relações públicas e da maneira como o cliente é servido ou aten-
dido e o local onde isso ocorre. O processo de desenvolvimento 
de marca pode ser dividido em etapas básicas, que podem va-
riar de acordo com o projeto: pesquisa de mercado, prospecção 
de futuro, estratégia e observação. A última etapa básica leva 
de volta à primeira, formando um processo contínuo.
Então, o processo de Branding tem sempre duas mãos e para 
ter um bom resultado, exige um diálogo entre empresa e con-
sumidor. Uma marca é o que o consumidor pensa que ela é, 
ou o que você faz o seu consumidor pensar que ela é. Por 
exemplo, se um produto tem uma embalagem legal, será per-
cebido como um melhor produto em relação àquele que tem 
uma embalagem horrível. Entretanto, se essa linda embala-
gem não for entendida pelo consumidor, tudo estará perdido.
24 C+ Revista do Choco la Design 
Quando alguém compra um produto, é sugado – mesmo que 
inconscientemente, para um universo de auto-afirmação e 
emoções. Cabe ao Branding, utilizando recursos que já foram 
citados acima, construir esse universo. O consumidor deve en-
tender claramente os conceitos da empresa e aquilo que ela 
defende. Isso será compreendido através do posicionamento 
da marca, design, preço e relacionamento com o cliente, crian-
do um elo entre a empresa e o consumidor.
Por isso que um trabalho de criação de logotipo para uma mar-
ca ou produto, ou um redesign de logo, não podem ser consi-
derados Branding, mas sim apenas uma parte dele. O profissi-
nal que desenvolver habilidades de Branding e se especializar 
nisso, pode se tornar importante para marcas e empresas, já 
que ajudará na definição do posicionamento geral das mes-
mas, e não apenas em criações pontuais.
xº
25 C+ Revista do Choco la Design 
O Design Thinking, por sua vez, pode também se tornar uma 
grande vantagem competitiva para profissionais de diversas 
áreas, principalmente designers. Trata-se dos conjuntos de 
metodologias e processos para abordar problemas, relacio-
nados à aquisição de informações, análise de conhecimento e 
propostas de soluções.
A partir da compreensão de métodos e processos utilizados e 
dominados por designers em suas criações, empresas e pro-
fissionais de outras áreas seriam capazes de aperfeiçoar suas 
atividades elevando o nível de inovação. O design thinking 
busca diversas perspectivas para solucionar situações não ne-
cessariamente relacionadas ao design, priorizando o trabalho 
colaborativo em equipes multidisciplinares em busca de solu-
ções inovadoras. E a vantagem disso? Nós designers já conhe-
cemos alguns destes métodos (metodologia do design) e os 
aplicamos naturalmente em nosso dia a dia.
26 C+ Revista do Choco la Design 
O livro Design Thinking – Inovação em Negócios aborda inte-
ressantes questões a respeito de o design “(…) ser frequen-
temente associado a qualidade e/ou aparência estética de 
produtos, mas que como disciplina tem por objetivo máximo 
promover bem-estar na vida das pessoas. No entanto, a ma-
neira como o designer percebe as coisas e age sobre elas que 
chamou a atenção de gestores, abrindo novos caminhos para a 
inovação empresarial.”
Não se conformar apenas com as habilidades exigidas pelo 
mercado, buscar cursos e especializações que tragam satis-
fação pessoal e o diferenciem no mercado e aprender como 
pensar e atuar na sua função de forma estratégica são manei-
ras de não ser mais uma infeliz estatística do nosso mercado 
super competivo. O conselho que fica é sempre buscar se dife-
renciar, fazer o que gosta e não desistir de seus objetivos.
*VIANNA,MAURICIO.DESIGN THINKING - INOVAÇÃO EM 
NEGÓCIOS. MJV (2012).
C+ Revista do Choco la DesignEstúdio 
Ao Lado
Entrevista com
Entrevistamos os cabeças por 
trás do Estúdio Ao Lado. Arley 
Ronan, Guilherme Guedes e 
Luiz Melo foram responsáveis 
pela adaptação do Logotipo 
do Choco la Design para a Re-
vista C+ e pela capa desta pri-
meira edição.
Se você ainda não os conhece, 
leia a matéria e entre no site 
dos caras para se inspirar com 
o trabalho deles.
O Estúdio Ao Lado é um ótimo 
exemplo para quem deseja abrir 
seu escritório, tirar as ideias do 
papel e se emancipar.
Por Willian Matiola
27
28 C+ Revista do Choco la Design 
A partir de qual momento surgiu a 
ideia de criar o Estúdio Ao Lado?
Qual a história por trás do nome 
“Ao Lado”?
Nos formamos na mesma faculdade e optamos pela mesma 
grade: Gráfico/Web. O destino nos levou a trabalhar em uma 
agência local, dividindo um setor de criação, nesta época já sen-
tíamos uma afinidade profissional legal, e já falávamos sobre 
ter um negócio pra chamar de nosso, ter mais liberdade criati-
va, trabalhar de maneira correta e negociar abertamente com os 
clientes. Fomos saindo aos poucos da agência e trabalhando em 
conjunto até que abrimos realmente o Estúdio Ao Lado.
No início da empresa tivemos sorte em dividir alguns serviços 
com vários bons parceiros que nos ajudaram bastante. Nossa 
primeira locação foi em um edifício bem central da nossa cidade 
e sempre nos preocupamos muito em estar próximo aos nos-
sos clientes, então era comum escutarmos algo como “Estou no 
estúdio aqui ao Lado”, “Pode falar com os caras aqui ao lado”. 
Acho que pela repetição acabamos adotando a ideia.
29 C+ Revista do Choco la Design 
Quem forma a equipe?
Design Gráfico em geral, com foco em desenvolvimento de Iden-
tidades Visuais e direção de arte. Apesar de termos um foco de-
finido, procuramos não nos limitar muito no que diz respeito as 
nossas disciplinas. Seja qual for o projeto, desde campanhas pu-
blicitárias, videos, eventos, web, até confecção de produtos, se 
pudermos usar nossas habilidades e contribuir de forma positiva 
ficaremos satisfeitos.
Em que área vocês atuam?
Arley Ronan, Guilherme Guedes e Luiz Melo são os sócios e dire-
tores de arte, Fred Oliveira setor de produção, e uma equipe de 
atendimento terceirizada, que facilita nosso contato com clientes 
de fora. Somos uma equipe que trabalha sério mas sempre com 
ar descontraído e criativo, estamos sempre em um estado cres-
cente e com certeza teremos mais colaboradores para fazer parte 
desse time e jogar ao lado.
30 C+ Revista do Choco la Design 
Como empreendedores de primeira viajem, no início tivemos algu-
mas dificuldades com a administração. Contratamos uma empre-
sa que nos deu uma assessoria de gestão e contábil. Atendimen-
to, defesa de projetos, negociação, prazos, acompanhamento, 
ainda continuam se desenvolvendo e se adaptando ao perfil de 
cada cliente. Acho que a palavra pra isso é coragem e acreditar 
em nosso potencial. 
Com o aumento da demanda por projetos de qualidade nota-
mos a necessidade de formalizar o nosso negócio para atender 
de forma ainda mais profissional. Na verdade foi tudo um pro-
cesso, algo que estava e continua crescendo gradativamente e 
esperamos ir além disso.
O que é preciso para alguém 
larguar seu emprego ou sua vida 
de freelancer par montar seu 
prórprio negócio?
Qual a maior dificuldade que você 
encontraram, ou ainda encontram, 
com o estúdio?
31 C+ Revista do Choco la Design 
A base de tudo é prestar um bom serviço com honestidade. Tentar 
explicar, de maneira clara, como o projeto vai contribuir positiva-
mente para o negócio do cliente e deixá-lo satisfeito com a qua-
lidade. Manter atualizado também é um ponto essencial, pois o 
mundo do design é muito rápido e dinâmico, quem não acompa-
nha fica para traz. Somos mentes criativas que contribuem, cada 
uma com sua bagagem e conhecimento, nas soluções de cada 
projeto. Com formação e anos de experiência no mercado espe-
ramos poder oferecer os melhores projetos gráficos e soluções 
para os negócios dos nossos clientes.
Guilherme Guedes Luiz MeloArley Ronan
Na opinião de vocês, de que 
forma é possível se destacar da 
concorrência?
PERGUNTAS DOS LEITORES
32 C+ Revista do Choco la Design 
Isabella de Lião,
Quero me especializar na criação de Fontes, Caligrafia e 
Lettering. Por onde começo?
Como qualquer especialização, tornar-se um tipógrafo também exige es-
forço. Buscar referências é um ótimo começo, porém, o estudo não se re-
sumo a isso. Participe de palestras e de eventos relacionados a tipografia, 
estude o trabalho dos principais tipógrafos brasileiros e do mundo, saiba 
quais são suas inspirações. Pratique, faça suas próprios fontes.
Débora Lima,
Apesar de uma demanda extensa na área de mídias sociais, 
algumas agências digitais não possuem designers. Como a situação 
vem evoluindo e o que os designers esperam que aconteça?
Acreditamos que o profissional de design é indispensável na área de mí-
dias sociais. O grande problema é que a relação com mídias sociais e ges-
tão de marca ainda é algo recente. A tendência é que os designers estejam 
cada vez mais inseridos nesse nicho de mercado. Bons exemplos nos dão a 
certeza disso: quem não perceber a importância do designer na elaboração 
de estratégias e conceitos visuais, perderá espaço e deixará de concorrer 
com quem percebe.
33 C+ Revista do Choco la Design 
Wellington da Silva Sias,
Quais as habilidades técnicas um bom designer precisa ter? 
Quais as ferramentas (programas) ele precisa dominar?
Um bom designer precisa ser versátil, o ideal é que domine diversas fer-
ramentas, como por exemplo: Photoshop, Illustrator e InDesign. O Pho-
toshop serve basicamente para a edição de imagens, o Illustrator trabalha 
com vetores e o InDesign serve para a diagramação de livros, revistas, ma-
teriais editoriais em geral. Além disso, existem outros softwares de anima-
ção, programação e modelagem em 3D que são muito utilizados.
Enio Maciel,
Qual a melhor forma de fazer um orçamento?
A melhor forma de se fazer um orçamento é avaliar quais são seus custos 
de vida e de trabalho. A concepção do orçamento também gira em torno da 
quantidade de experiência que o designer possui. As tabelas de referência 
de preço servem apenas para referência, na verdade, elas não abrangem o 
todo e, portanto, não deve ser seguidas à risca. Cada trabalho possui um 
tempo específico e demanda uma energia diferente. 
C+ Revista do Choco la Design 34
Pedro Ramon Soares Pinheiro,
As pessoas que não possuem formação em Design, mas 
que desempenham nosso papel no mercado podem ser 
considerados designers?
Não podemos definir o design, se o definirmos por completo, deixaríamos 
de lado todas as discussões possíveis. A princípio, o debate acerca deste 
assunto gira muito em torno das opiniões. De forma taxativa, a resposta é 
sim, mesmo aqueles que não são graduados no curso superior de design 
podem ser considerados designers.
O papel da Universidade não é inútil, pelo contrário, o debate jamais deve-
ria se resumir à qualidade de trabalho, na verdade, o papel da Universida-
de permanece sendo o mesmo: a formação de indivíduos não apenas para 
o mercado, mas principalmente para a carreira acadêmica.
Existem inúmeros designers não graduados espalhados por diversas 
agências do país ou freelancer que decidiram empreender a partir do de-
sign sem ao menos concluir um curso superior. A realidade exigida pelo 
mercado é muito diferente do que aprendemos na faculdade, quanto 
mais rápido isso for percebido, melhor. Somente assim todos terão capa-
cidade de efrentá-la.
C+ Revista do Choco la Design 
ChocoLeitor
Você pode ser um dos escritoresdo Choco La Design!
Para colaborar conosco é fácil, basta seguir as dicas que estão no link abaixo e 
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www.chocoladesign.com
OPINIÃO DE ESPECIALISTAS
36 C+ Revista do Choco la Design 
Qual a importância 
da disciplina de 
empreendedorismo 
no curso de design?
Segundo o SEBRAE, uma das qualidades fundamentais de um 
empreendedor é seu espírito criativo e a capacidade de iden-
tificar e buscar novos negócios e oportunidades. A partir des-
ta pequena definição, já é possível reconhecer que nós desig-
ners, possuímos perfis de empreendedores. Somos criativos, 
proativos, atentos às tendências e acostumados a lidar com 
etapas projetuais: o designer empreendedor é aquele que as-
socia seus conhecimentos de design ao mundo dos negócios 
(business design). Tendo em vista a importância do empren-
dedorismo para a nossa profissão, é essencial que as institui-
ções de ensino abordem o tema. Assim, a Revista C+ buscou 
depoimentos para compreender as opiniões de profissionais e 
acadêmicos experientes sobre a relevância de tal assunto no 
aprendizado de design.
Por Kátia Keiko Takahashi Sonoda 
37 C+ Revista do Choco la Design 
“Está no DNA do designer resolver problemas reais das pes-
soas através de produtos excelentes, e esse é o marco inicial 
da criação de uma empresa de sucesso. Entretanto, isso muitas 
vezes não é suficiente: é preciso formar e liderar times, estabe-
lecer parcerias e articular recursos financeiros. É aí que entra o 
papel de uma disciplina como a de Empreendedorismo.”
Guilherme Sebastiany
Paulo Floriano
“Aprender a empreender não significa apenas a possibilida-
de de ter ou gerenciar o próprio escritório. Significa abrir um ho-
rizonte de possibilidades que vão além dos limites da simples 
prática profissional ou da vida acadêmica, já contempladas no 
modelo de ensino atual. Empreender não no design, mas a partir 
dele, pode ajudar no desenvolvimento de novos produtos, no-
vos modelos de negócios e na criação de serviços inovadores.”
C+ Revista do Choco la Design 38
“Empreendedorismo não é uma novidade para o mercado 
de design, diferente de outras áreas o design de forma geral 
sempre foi e é uma atividade visionária, sendo praticamente 
uma ação implícita no projetar, já a disciplina hoje em dia, veio 
de uma evolução dentro da academia, alguns cursos ofereciam 
disciplinas como gestão ou administração, para a área de de-
sign, e foi natural a essa discussão a implementação de uma 
ação empreendedora nos cursos de design.
Atualmente o que pode-se perceber é um enorme volume de jo-
vens designers saindo das faculdades e seus cursos, e montan-
do seu próprio negócio, e mais importante reinventando alguns 
modelos de negócio, construindo de forma participativa, coleti-
va e desburocratizada novas formas de negócio em design, com 
tudo isso acredito ser extremamente importante a disciplina.”
Kito Castanha
39 C+ Revista do Choco la Design 
“Total importância. Infelizmente a educação brasileira 
não incentiva o empreendedorismo. Em minha opinião, não 
deveria ser apenas tema de terceiro grau, mas começar no 
ensino fundamental.
No Brasil acreditamos no acaso, no empirismo, na sorte e ta-
lentos individuais. Mas para gerar conhecimento, evolução, ino-
vação e resultados eficazes, necessita de uma grande dose de 
disciplina e bases teóricas. Na área de design, tão repleta de 
oportunidades, essa necessidade se torna mais latente. Precisa-
mos aprender com USA, Inglaterra, Japão e Alemanha a organizar 
nosso pensamento educacional de modo a gerar profissionais 
mais preparados para entender e encarar o mundo dos negó-
cios. Ficamos reféns de grandes corporações internacionais e 
extremamente dependentes de mão-de-obra estrangeira.”
Zé Henrique Rodrigues
40
PORTFOLIOS
C+ Revista do Choco la Design 
Davi Augusto 
www.behance.net/daviaugusto
Mayra Magalhães 
www.behance.net/mayramagalhaes
41 C+ Revista do Choco la Design 
Henrique Mantovani Petrus 
www.behance.net/hmpetrus
42 C+ Revista do Choco la Design 
Alexandre Mauro
www.alexandremauro.com
43 C+ Revista do Choco la Design 
Dimitri Bastos 
www.dimitribastos.com
Cris Amorim 
www.flickr.com/trakamorim
C+ Revista do Choco la Design 44
Quantas horas 
passamos em frente 
ao computador?
Sabemos que a utilização das ferramentas digitais e sociais são 
de suma importância para o nosso trabalho. Vamos imaginar 
que passamos, em média, cerca de 10 horas diárias em frente 
ao computador. O que poderíamos fazer durante esse tempo?
CURIOSIDADES
Ler 200 páginas de um livro
Em média, se lê 20 páginas por 
hora. Alguns são mais rápidos, 
outros mais lentos, porém, vamos 
considerar esse número. Propor-
cionalmente, daria para ler pelo 
menos 1 livro por semana.
45 C+ Revista do Choco la Design 
Levando em consideração que cada partida 
tenha, em média, 90 minutos de duração, em 
10 horas daria para assistir a 6 jogos por dia. 
Assistir a 6 jogos de futebol
Assistir a 5 filmes
Levando em consideração que cada filme te-
nha, em média, 2 horas de duração, em 10 
horas daria para assistir a 5 filmes por dia. 
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INGRESSO
Considerando a velocidade média de 20 
km/h, teremos uma média de 200 km a 
cada 10 horas. Equivale a metade do per-
curso entre Curitiba e São Paulo, cujo o 
total é de cerca de 400 km de distância.
Andar 200 km de bicicleta
46
FICHA TÉCNICA
Editor Guilherme Hummelgen
Fundador e Diretor Filipe Fernandes
Sócio - Fundador Willian Matiola
Colunistas e colaboradores
Carolina Sangiovanni, Kátia Keiko Takashiba Sonoda, 
Mariella Vito Pastre, Guilherme Sebastiany, Paulo Floriano, 
Kito Castanha e Zé Henrique.
Ilustradores
Henrique Mantovani Petrus, Ivana Amarante Bombana e 
Alexandre Mauro.
Capa Estúdio Ao Lado
Projeto gráfico Guilherme Hummelgen
Fontes utilizadas
Meta Plus, Serifa e PF Handbook Pro
Contato
revista@chocoladesign.com
Realização Choco la Design
www.chocoladesign.com
C+ Revista do Choco la Design

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