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Metabolismo dos lipídeos

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Metabolismo dos lipídeos:
Os lipídeos são moléculas orgânicas hidrofóbicas (insolúveis em água), geralmente compartimentalizados (associados à membrana) e fornecem barreira hidrofóbica.
 É umas das principais fontes de energia para o nosso organismo.
Possui funções como:
• regulatórias Deficiências ou desequilíbrios do metabolismo dos 
• coenzimas (vitaminas lipossolúveis) lipídeos podem levar a diversos problemas clínicos como 
• controle da homeostase corporal aterosclerose e obesidade.
A digestão dos lipídeos começa no estômago (pois as enzimas lipases são estáveis em meio ácido). As lipases ácidas degradam principalmente triacilgliceróis que contêm ácidos graxos de cadeia curta e média (até 12C), como os ácidos graxos da gordura do leite.
• Lipase lingual: secretada por glândulas da língua;
• Lipase gástrica: secretada pela mucosa gástrica.
A emulsificação é completada por dois mecanismos: o uso das propriedades detergentes dos sais biliares + mistura mecânica dos movimentos peristálticos (peristaltismo).
• Sais biliares: sintetizados no fígado e armazenados na vesícula biliar (derivados do colesterol), interagem com as partículas de lipídeos e com o conteúdo aquoso do duodeno.
Os triacilgliceróis, os ésteres de colesterol e os fosfolipídeos da dieta (que contém ácidos graxos de cadeia longa) são degradados por enzimas pancreáticas:
• Triacilgliceróis: moléculas muito grandes, degradadas pela lipase pancreática, liberando 2-monoacilgliceróis e ácidos graxos livres.
 
 secretada pelo pâncreas (funções prejudicadas 
 apenas em deficiência severa: fibrose cística).
• Ésteres de colesterol: São hidrolisados pela hidrolase dos ésteres de colesterol (colesterol-esterase), liberando colesterol + ácidos graxos livres.
 
 tem sua atividade aumentada 
 na presença de sais biliares.
• Fosfolipídeos: degradados pela fosfolipase A2, originando um lisofosfolipídeo, que será degradado pela lisofosfolipase, liberando seus ácidos graxos e base glicerilfosforil (a qual pode ser posteriormente degradada, excretada nas fezes ou absorvida).
A mucosa do intestino produz CCK (colecistocinina) e secretina em resposta à presença de lipídeos parcialmente digeridos no intestino;
• CCK e secretina agem sobre a vesícula biliar (para estimular a liberação da bile) e pâncreas (liberação das enzimas digestivas), eles também induzem a liberação de bicarbonato, para neutralizar o pH, além de diminuir a motilidade gástrica (liberação mais lenta dos conteúdos gástricos) para auxiliar na digestão de lipídeos.
Drogas utilizadas no tratamento da obesidade: - Orlistat (Xenical): fármaco utilizado para tratar obesidade → inibe a lipase gástrica e a pancreática → prejudica absorção de lipídeos → causando perda de peso.
Os sais biliares também auxiliam na absorção de lipídeos de cadeia longa, os principais produtos da degradação de lipídeos da dieta no jejuno: Ácidos graxos livres, colesterol livre e 2-monoacilgliceróis, juntamente com os sais biliares, formam as micelas mistas, que são solúveis no meio aquoso do lúmen intestinal (enterócitos).
Ácidos graxos de cadeia curta e média não necessitam da participação de micelas mistas para a absorção pela mucosa intestinal (enterócitos), essa é uma importante consideração na terapia dietética de indivíduos com absorção prejudicada de outros lipídeos.
Todos os compostos absorvidos são então associados com as vitaminas lipossolúveis, formando os quilomicra, que são liberados e transportados até o sangue e depois para os tecidos periféricos; Deficiência na capacidade de degradar os componentes do quilomicra ou remover seus remanescentes resulta em hipercolesterolemia.
Má absorção lipídica resulta em aumento de lipídeos nas fezes (incluindo as vitaminas lipossolúveis A, D, E e K) = ESTEATORREIA; Causada por distúrbios na digestão e/ou absorção de lipídeos: fibrose cística, infecções intestinais, má alimentação, encurtamento do intestino e uso de medicamentos para emagrecimento.

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