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APOSTILA ROCHAS MAGMATICAS

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Centro Federal de Educação Tecnológico do Pará
Curso de Mineração
1 – NOÇÕES BÁSICAS SOBRE ROCHAS DO GLOBO TERRESTRE
1.1 – Significado das palavras
Pétreo. (De petr (i)- + -eo) Adj. 1. De pedra, petroso. 2.Com aparência ou resistência de pedra. 3. Relativo à pedra. 4. Fig. Insensível, duro, desumano.
▲petr (i)-. (Do lat. petra, ae.) El. comp. = ‘rochedo’, ‘pedra’: pétreo, petrificar.
▲petro-. (Do gr. pétra, as.) El. comp. = ‘rocha’: petrografia, petrologia.
Grafia (Ortografia) _ a técnica do uso da linguagem como comunicação escrita ou por meio de letras ou de sinais.
Obs. Especificamente no caso da Petrografia, a linguagem de comunicação se dá na relação entre os tamanhos e arranjos dos minerais.
Petróglifo _ (De petro + - glifo) S. f. _ gravura rupestre.
Petrográfico _ Adj. Relativo á petrografia.
Petrógrafo _ S. m. Especialista em petrografia.
Petrografia _ (De petro + log (o) + ia). Estudo descritivo e sistemático das rochas.
Petrologia _ (De petro + log (o) + ia). Ramo da história natural que trata do estudo genético e das transformações físicas e químicas das rochas.
Petrológico _ Adj. Referente à petrologia.
Petrólogo _ S. m. Especialista versado em petrologia.
Petrogênese _ Estuda a origem das rochas.
1.2 – Introdução a Petrografia das Rochas 
a - Conceito – ramo da ciência geológica dedicado ao estudo das rochas (ígneas, metamórficas e sedimentares), no que diz respeito à origem, constituição, textura, estrutura, classificação e transformação de rochas.
b - Rocha – é um agregado natural de um ou mais minerais (inclusive vidro vulcânico e matéria orgânica), que constitui uma parte essencial da crosta terrestre.
c - Rocha Monominerálica – rocha constituída essencialmente de um mineral. Ex.: Arenito (Quartzo), Anortosito (anortita), Calcário ou Mármore (calcita ou aragonita), Carbonatito (calcita e dolomita), Dunito (olivina), Piroxenito (piroxênio), Quartzito (quartzo), etc.
d - Rocha Biminerálica – rocha constituída essencialmente de dois minerais. Ex.: Anfibolito (hornblenda e plagioclásio), Peridotito (olivina e piroxênio), Greinsen (quartzo e mica), etc.
e - Rocha Poliminerálica – rocha constituída com mais de dois minerais (vários minerais). Ex.: Granito (feldspato, quartzo e mica), Granodiorito, Tonalito, Adamelito,Gnaisse, etc.
1.3 – Classificação das Rochas de acordo com sua origem
Rochas Magmáticas ou Ígneas
Rochas Metamórficas
Rochas Sedimentares
1.4 - Processos de Formação das Rochas. (processos químicos e físicos)
a - Cristalização de minerais e solidificação de vidros a partir de misturas silicatadas fundidas a altas temperaturas (processo ígneo ou magmático).
b - Recristalização e reação mútua dos minerais em rochas sólidas a altas temperaturas, sem intervenção da fase silicatada fundida (processo metamórfico).
c - Troca de íons entre minerais de rochas sólidas e fases fluidas emigrante (em geral gases e soluções aquosas) dentro de uma larga margem de temperatura e pressões (processo metassomático).
d - Processo Sedimentar
i - Intemperismo e Erosão de rochas pré-existentes
ii - Transporte de produtos do intemperismo por meio eólico ou água corrente (arraste, rolamento, saltação, suspensão e solução).
iii - Deposição do material transportado de fora para o fundo da bacia ou em suspensão, precipitação do material dissolvido na água e extração dos minerais dissolvidos por seres vivos.
2 – ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS 
2.1 – Introdução - O material rochoso fundido que está a grandes profundidades é chamado magma. Até agora ninguém pôde examiná-lo. O material rochoso fundido observado nos fluxos de lava pode não ser exatamente o mesmo que o magma, por diversos motivos. Á medida que o magma se eleva para a superfície terrestre, a pressão e temperatura vão diminuindo. O vapor d’água e outros gases, estando mais próximo da superfície, eventualmente escapam para o ar. Quando o magma ainda esta nas profundezas, os gases nele dissolvidos estão submetidos a uma determinada pressão. Esta pressão é semelhante á existente em garrafas hermeticamente fechadas que contêm gás carbônico dissolvido em algum refrigerante. 
O material fundido a profundidade elevada (30 km aproximadamente) pode se deslocar alguns quilômetros acima e se cristalizar formando as rochas intrusivas. Por sua vez se este material, deslocando-se a várias dezenas de quilômetros e alojando-se próximo da superfície, possibilita a formação de rochas hipabissais. Contudo, se o material rochoso fundido extravasa na superfície da Terra este material se resfriará rapidamente gerando rochas vulcânicas.
O estudo das rochas ígneas tem como propósito o entendimento do mundo em que vivemos, tentando satisfazer a curiosidade humana que procura respostas aos fatos da natureza. Como as rochas ígneas são as classes de rochas predominantemente na crosta da Terra, perfazendo-se mais de 70% do seu volume, constituem o arcabouço de toda a “arquitetura” crustal, e a compreensão da constituição, origem e evolução do nosso planeta seria impossível sem seu estudo. 
	
2.2 – Conceito- São rochas cuja formação se dá a temperaturas e pressões altas, a partir de matéria mineral fundida em grandes profundidades em que, às vezes extravasa á superfície do planeta através de vulcões, de maneira espetacular.
2.3 - Magma - Soluções de composição química complexa, em estado fusão que se encontra no interior da crosta terrestre. Ocupando espaços definidos e limitados denominado Câmara Magmática.
2.4 – Elementos Constituintes do Magma 
4.1 - Temperatura – Varia em média ±600º a ±1100ºC
*Magma Peridotítico – 1200º a 1000ºC. Responsável pela formação das rochas ultrabásicas.
*Magma Basáltico – 1000º a 900ºC. Responsável pela formação das rochas básicas.
*Magma Andesítico – 900º a 800ºC. Responsável pela formação das rochas neutras ou intermediárias.
*Magma Granítico – 700º a 600ºC. Responsável pela formação das rochas ácidas.
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4.2 - Composição – O magma é um sistema constituído de três fases: uma parte líquida, representada pelo material rochoso fundido; uma parte sólida, que corresponde a minerais já cristalizados e a eventuais fragmentos de rocha transportados em meio á porção líquida e uma parte gasosa, constituída por voláteis dissolvidos na parte líquida, predominantemente H2O e CO2.
4.3 – Elementos Voláteis – Quando o magma chega á superfície o principal elemento é a água no estado dissociado e em menores quantidades temos: CO2, CO, H2, SO2, S2, HCl, H2S, etc. Além desses elementos, o magma contém outros, muitos deles de grande importância econômica, achando-se em associações. O enxofre formando sulfetos ou enxofre nativo. O ferro, sobre a forma de hematita, pode depositar-se a partir de emanações vulcânicas. Já nos magmas de profundidade temos os seguintes elementos: Flúor – responsável pela formação da fluorita e topázio; Boro – responsável pela formação da turmalina; Berílio – responsável pela formação do Berilo e variedades. Elementos metálicos (relacionados diretamente ao magma), entre eles têm: ● Estanho (Sn) – formação de cassiterita; ● Tungstênio (W) – formação de wolframita; ● Tântalo (Ta) e Nióbio (Nb) – formação de columbita-tantalita. Existem ainda, outros elementos voláteis relacionados indiretamente ao magmatismo, ou seja, os Sin-magmáticos ou Pós-magmáticos, que ocorrem nos depósitos Pneumatolíticos e Hidrotermais.
4.4 - Viscosidade – A viscosidade do magma depende essencialmente de sua temperatura e de sua composição química. O magma ácido é mais rico em sílica, portanto é mais viscoso, já o magma básico com pouca sílica (pobre em sílica) é menos viscoso.
4.5 –Diferenciações Magmáticas - Compreende todos os processos mediante os quais um magma homogêneo separa-se em frações diferentes, formando rochas de composição diferente.
 a - Pode resultar da migração de íons ou moléculas dentro do magma líquido, como conseqüência do gradiente de temperatura.b - A diferenciação pode resultar da transferência gasosa, ou seja, as bolhas de gás ascendentes podem coletar e transportar de um lugar para o outro, constituintes levemente voláteis do magma. 
 
 c - Um outro processo pode resultar em uma diferenciação, onde o fracionamento do magma é acentuado pela tendência dos minerais mais densos afundar, e os mais leves flutuar no magma. O afundamento e a flutuação de minerais são importantes, na produção de diversos tipos de rochas ígneas. Esta tendência de flutuar e afundar são controlados pela gravidade.
 d - O processo mais importante da diferenciação magmática é o fracionamento do magma, resultante da cristalização dos minerais. Alguns minerais nas rochas ígneas estão associados normalmente entre si, pois se cristalizam aproximadamente na mesma temperatura. Este caso é explicado pela série de reações contínuas e pela série de reações descontínuas (Série de Bowen).
SÉRIE DE BOWEN
4.6 – Assimilação Magmática - É o processo pelo qual, o material da rocha encaixante, estando na forma sólida ou líquida, é incorporado pelo magma.
Obs.: o magma intrusivo raramente esta em estado de equilíbrio químico com a rocha encaixante.
4.7 – Resfriamento do Magma - Fatores que condicionam o resfriamento do magma (resfriamento dos minerais que o constituem).
a - Princípio da solubilidade do mineral em relação ao magma.
b - Composição química do magma.
c - Pressão e Temperatura.
5 - ESTÁGIOS DE CRISTALIZAÇÃO DOS MINERAIS
- Os primeiros minerais a se formarem são denominados de Acessórios. Ocorrem em pequena quantidade e não interferem na classificação da rocha. Pelo fato de se cristalizarem por primeiro, possuem forma própria e são bem cristalizados.
- A seguir cristaliza-se a grande maioria dos silicatos, obedecendo a uma seqüência mais ou menos definida, como: Olivinas → Piroxênios → Anfibólios → Plagioclásios cálcicos → Plagioclásios sódicos → Biotita → Ortoclásio → Moscovita → Quartzo. Estes minerais são chamados Essenciais, e tem grande importância no estudo petrográfico, pois são eles que vão classificar, identificar e dá nome as rochas.
-Soluções residuais enriquecidas em água, sílica e elementos metálicos. Sua importância esta no fato de que, através deste estágio são formados os grandes depósitos minerais de caráter pneumatolíticos e os depósitos hidrotermais (pós-magmáticos). 
 
6 – Ambiente de Formação das Rochas Magmáticas
As rochas Ìgneas ou Magmáticas quando formadas em profundidade seu ambiente de formação é denominado Plutônico. Quando o material magmático chega a extravasar na superfície terrestre, seu ambiente passa a denominar-se Vulcânico. Uma rocha magmática expressa as condições ambientais geológicas em que se formou, através de sua textura. A textura diz respeito principalmente ao tamanho e a disposição dos minerais que constituem a rocha.
6.1- Rochas Ígneas Plutônicas – O magma consolidar-se dentro da crosta terrestre a vários quilômetros de profundidade, sob condições de alta temperatura e pressão, dando origem às chamadas rochas Intrusivas ou Plutônicas ou Abissais, e possuem como característica marcante os cristais de granulação a partir de alguns milímetros. Como causa do resfriamento muito lento, debaixo das camadas de sedimentos e rochas, a vários milhares de metros de espessura, os minerais formam-se lentamente e solidificam-se em cristais de granulação grossa, que são observados a vista desarmada.
Ex.: Granito, Diorito, Sienito, Gabro, Peridotito, Dunito, Monzonito, etc.
6.1.1 – Características para Reconhecer as Rochas Plutônicas
 * Apresentam-se totalmente cristalinas
 * Possuem cristais, visíveis a olho nu.
 *Não possuem nenhuma ordem na distribuição, os minerais aparecem aleatoriamente misturados entre si.
 * Não apresentam espaços vazios, são muito compactos.
 * Dá origem a forma abaulada típico de intemperismo suave.
6.2 - Rochas Ígneas Vulcânicas - O magma pode extravasar na superfície, originando as rochas Efusivas ou Vulcânicas ou Extrusivas. O magma passa bruscamente do estado liquido para o estado sólido, não havendo tempo para a cristalização dos minerais, neste caso a rocha apresenta uma textura vítrea ou amorfa. Ex.: Obsidiana e Pedra-pomes. Pode ocorrer também, início de cristalização de alguns minerais na câmara magmática, e o magma extravasar até a superfície, ocorrendo uma queda brusca de temperatura, passando a rocha a apresentar uma textura porfirítica. Ex.: Riólito pórfiro, Dacito pórfiro, etc. Pode ainda, ocorrer que o magma extravase á superfície com queda brusca de temperatura, ocorrendo uma cristalização dos minerais de forma rápida, formando uma rocha de granulação fina (microcristalina) com textura afanítica. Ex.: Basalto, Riolito, Dacito, Andesito, Traquito, etc.
6.2.1 – Características para Reconhecer as Rochas Vulcânicas
 * Poucos cristais desenvolveram – se totalmente.
 * A massa fundamental é compacta (microcristalina a criptocristalina ou amorfa).
 * Em algumas rochas, observa-se abundância de pequenas cavidades (vesículas).
 * Algumas rochas podem apresentar estruturas do tipo fluidal.
 * Frequentemente apresentam estrutura colunar.
6.3 - Rochas Ígneas Subvulcânicas - A cristalização do magma pode acontecer em condições quase superficiais, dando origem às rochas Subvulcânicas ou Hipoabissais. A textura dessas rochas é geralmente fanerítica fina, podendo apresentar fenocristais bem desenvolvidos, envolvidos por uma massa fundamental denominada de matriz (textura porfirítica). Ex.: Microgranito pórfiro, Microsienito, Diabásio, etc. As rochas Subvulcânicas ocorrem na forma de corpos geológicos como: Diques, Sills, Lapólitos, Facólitos, etc.
Obs.: a composição química e a composição mineralógica das rochas plutônicas, vulcânicas e subvulcânicas são semelhantes, pois estas rochas provêm do mesmo magma. Elas são mais densas e escuras à medida que diminui a percentagem em sílica.
7 – Correspondentes entre Rochas Plutônicas e Vulcânicas
Com menos de 10% de quartzo
	PLUTÔNICAS 
	VULCÃNICAS
	GABRO 
	BASALTO
	DIORITO 
	ANDESITO
	MONZONITO 
	LATITO
	SIENITO 
	TRAQUITO
 
Com mais de 10% de quartzo
 
	PLUTÕNICAS
	VULCÃNICAS
	GRANITO
	RIOLITO
	GRANODIORITO
	DACITO
	ALCALI-GRANITO
	ALCALI-RIOLITO
	ADAMELITO
	QUARTZO-LATITO
8 – Minerais formadores de Rochas Magmáticas 
8.1 - Minerais Essenciais: são os minerais constituintes de uma rocha, necessários para definir sua classificação e identificação. Ex.: quartzo, feldespato (ortoclásio e plagioclásio), micas (moscovita e biotita), feldspatóide (nefelina e sodalita), anfibólio (hornblenda, tremolita-actinolita), piroxênio (augita e diopisídio) e olivina.
8.2 - Minerais Acessórios: são minerais constituintes de uma rocha, de importância menor, não necessários a sua definição para sua classificação. Estes minerais podem revelar condições especiais de cristalização do magma. São divididos em: Acessórios Menores – em geral são microscópicos e ocorrem em pequenas quantidades nas rochas. Ex. apatita, zircão, hematita, magnetita, monazita, ilmenita, rutilo, etc. e Acessórios Auxiliares ou Ocasionais – são minerais que em certos casos, atingem tal importância na rocha, que podem mudar o caráter da mesma. Ex. topázio, turmalina, granada, titanita, etc. Um granito rico em turmalina pode ser definido como um granito à turmalina.
 - Minerais Secundários – São minerais que aparecem numa rocha ígnea depois de sua formação como produto de alteração de outros minerais, isto é, dos minerais essenciais e acessórios. Ex.: bornita, epidoto, serpentina, caulinita, etc.
9 – Características para Reconhecimentode Minerais mais Freqüentes em Rochas Ígneas
* Nas rochas ígneas constituídas por mais de 60% de minerais ferromagnesianos, o feldspato predominante é quase sempre um plagioclásio cálcico (anortita, bytonita ou labradorita).
* Nas rochas ígneas de cores claras, constituídas por menos de 20% de minerais ferromagnesianos, o ortoclásio presente é a microclina e se contiver plagioclásio, este será a albita ou andesina ou oligoclásio.
* A associação quartzo-hornblenda é o menos comum e a associação quartzo-píroxénio é muito rara.
* Nas rochas ígneas, quando observamos cristais visíveis de piroxênio e feldspato, este último normalmente é um plagioclásio cálcico.
* Quando se identifica nefelina (feldspatóide) numa rocha ígnea, não há normalmente quartzo e vice e versa. 
* Numa rocha ígnea, a olivina normalmente é incompatível com quartzo.
10 - Classificações das Rochas Magmáticas
10.1 – Quanto ao Ambiente de Formação
 a - Ambiente Plutônico
 b - Ambiente Subvulcânico ou Hipabissal
 c - Ambiente Vulcânico
10.2 - Quanto a Forma Geométrica dos Cristais 
a - Euédricos ou idiomórficos ou automórficos – quando os cristais apresentam-se limitados por faces, com formas geométricas bem definidas.
b - Subédricos ou hipidiomórficos – quando os cristais apresentam-se parcialmente limitados por faces.
 c - Anédricos ou alotriomórficos ou xenomórficos – quando os cristais são desprovidos de faces, sem forma definida.
10.3 - Quanto ao Grau de Cristalização
a - Holocristalinas – rochas constituídas totalmente por cristais. 
Ex.: Granito, Diorito, Peridotito, etc.
b - Holoialinas – rochas constituídas totalmente por vidro vulcânico.
Ex.: Obsidiana,
c - Hipocristalinas ou Merocristalinas – neste caso estão incluídas muitas lavas e rochas intrusivas de pequenas profundidades, contendo tanto vidro vulcânico como cristais.
10.4 – Quanto ao Índice de Cor dos Minerais
a - Leucocrátícas – rochas ricas em minerais félsicos (claros), que geralmente, são rochas silicosas e possuem menos de 30% de minerais máficos (escuros).
Ex.: Granito, Granodiorito, Riolito, etc
b - Mesocráticas – rochas que apresentam colorações com tons médios e possuem em média de 30% a 60% de minerais máficos. 
Ex.: Diorito, Monzonito, Andesito, etc.
c - Melanocráticas – rochas de colorações escuras, pobre em sílica e possuem em média 60% a 90% de minerais máficos. 
Ex.: Hornblendito, Piroxenito, etc.
 d – Ultramelanocráticas – rochas de coloração verde-escura, teor em sílica abaixo de 45%, constituído essencialmente de minerais ferro-magnesiano e de elevada densidade. Possui em média 90% de minerais máficos.
Ex.: Peridotito, e Dunito. 
10.5 – Quanto ao teor em Sílica
 a - Ácida: rocha que apresenta um teor de sílica superior ao necessário para satisfazer à cristalização dos feldspatos, permitindo consequentemente a cristalização de quartzo livre, possuindo um teor em sílica superior a 65%. Ex.: Granito, Granodiorito, Adamelito, etc.
b - Neutra: rocha que possui um teor em sílica que varia de 52 a 65%. Ex.: Sienito, Monzonito, Diorito, etc.
c - Básica: rocha que possui um teor em sílica entre 45 a 52% e que não apresenta quartzo, tendo como feldspato um plagioclásio cálcico. Ex.: Gabro, Diabásio, Basalto, etc.
d - Ultrabásica: rocha com teor em sílica inferior a 45%, onde os feldspatos são raros ou mesmo ausentes, é uma rocha muito escura e densa.
10.6 – Quanto a Textura
a - Afanítica: quando numa rocha ígnea a maior parte de seus constituintes mineralógicos são tão pequenos, que não são vistos a olho nu (vista desarmada). Este tipo de rocha denomina-se de “Afanito”, característico de rochas vulcânicas.
Criptocristalina: é quando a rocha de textura afanítica apresenta os cristais dos minerais tão diminutos que não se distinguem mesmo com o auxílio de um microscópio, somente com raios-x.
b - Fanerítica: quando a rocha possui granulação mais grosseira, onde os cristais dos minerais podem ser vistos a olho nu. Denomina-se de Fanerito e podem apresentar a seguinte variação de granulação.
 - Fina: quando os cristais apresentam dimensões submilimétricas.
 - Média: quando os cristais apresentam tamanhos da ordem de até alguns milímetros.
 - Grossa: quando os cristais apresentam dimensões entre 0,5 a 3,0 cm.
 - Muito Grossa (típica dos pegmatitos) quando os cristais apresentam tamanhos da ordem de vários centímetros, decímetros, ou até metros, em alguns casos.
c - Porfirítica: quando a rocha contém cristais bem desenvolvidos (fenocristais) imersos numa massa fundamental de granulação mais fina (matriz). De acordo com esta massa fundamental podem ser:
 	 - Vitrofírica - quando a matriz for constituída por vidro vulcânico.
 - Felsofírica – quando a matriz for constituída por um intercrescimento de cristais de quartzo e feldspato.
 d - Ofítica – esta textura se caracteriza pela presença de feldspatos inclusos em cristais de piroxênio.
 e - Subofítica – quando a maioria dos feldspatos ultrapassa o diâmetro dos cristais de piroxênio.
 f - Hialofírica – quando o vidro vulcânico substitui o piroxênio.
 g- Rapakivi – quando a rocha apresenta fenocristais de feldspato alcalino cercado por cristais memores de plagioclásio.
11 - Homogeneidades do Tamanho dos Cristais
a - Equigranular: quando os cristais constituintes de uma rocha apresentam-se aproximadamente do mesmo tamanho.
b - Inequigranular: quando os cristais são de vários tamanhos.
12 - Estruturas de Rochas Ígneas Vulcânicas
a - Vesicular: quando rochas vulcânicas apresentam espaços vazios deixados pelo escape de gases não preenchidos por cristais.
b - Amigdalóidal: quando rochas vulcânicas apresentam espaços que foram posteriormente preenchidos por outros cristais.
 
13 – Estudos Macroscópicos das Principais Rochas Ígneas
De modo geral as Rochas Plutônicas apresentam aspecto textural muito semelhante às figuras abaixo.
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13.1 – Rochas Plutônicas
Granitos - São rochas magmáticas, plutônicas, de textura fanerítica média a grossa. Quando possuem somente textura fanerítica média, geralmente são equigranulares. Ocasionalmente podem apresentar variedades com a textura porfiróide. São rochas ácidas, normalmente leucocráticas e holocristalinas.
Composição Mineralógica Essencial – Normalmente são constituídos essencialmente por ortoclásio, quartzo e micas (biotita e moscovita). Algumas vezes possuindo apenas biotita ou só moscovita e plagioclásio (albita ou oligoclásio), por vezes a hornblenda. A cor dos granitos depende muito das cores dos feldspatos e dos minerais máficos. Normalmente, devido à predominância de minerais fèlsicos, a rocha é clara, como: cinzenta, castanho acinzentado, rosada ou vermelha. Granitos alcalinos quando em sua composição, observa-se feldspato alcalino (reação sólida entre ortoclásio + plagioclásio Na).
Minerais Acessórios – Nos granitos normais podem aparecer apatita, titanita, zircão e magnetita, podendo estar presente ainda a granada almandina. Ocasionalmente aparecem andaluzita e sillimanita. Nas variedades mais micáceas podem ocorrer turmalina e topázio.
O granito tem como correspondente vulcânico o Riolito (de mesma composição mineralógica), porém apresentando textura afanítica fina ou porfirítica e correspondente subvulcânico o Microgranito, de textura fanerítica fina ou microfanerítica e o Granito Porfiróide de textura porfirítica, onde se observa fenocristais imersos numa matriz microfanerítica.
Obs. Os piroxênios são raros nos granitos, e quando ocorrem, são em forma de núcleos de augita diopsídica.
Granodioritos - Compreendem aos tipos de rochas plutônicas, ácidas caracterizadas pela presença de quartzo, excedendo a 10%. São holocristalinas, apresentando uma textura variando de fanerítica média a grossa. Estes tipos de rochas apresentam composição intermediária entre Adamelito (Quartzo Monzonito) e oQuartzo Diorito (Tonalito). Nestas rochas a proporção de plagioclásio é superior a do ortoclásio. 		
	 A Composição Mineralógica Essencial dos Granodioritos é consdtituída de plagioclásio (normalmente andesina) = 40%, quartzo = 21%, ortoclásio = 18%, hornblenda = 17% biotita e acessórios = 4%. Mas em muitos Granodioritos a biotita pode estar em quantidade igual ou superior a da hornblenda. Já, a composição mineralógica acessória dos granodioritos é constituída de apatita, titanita e magnetita.
	Os Granodioritos tem como correspondente subvulcânico o Microgranodiorito (textura microfanerítica) e o Granodiorito Porfiróide (textura porfirítica).
Adamelitos (Quartzo Monzonitos) - Os Adamelitos diferem dos Granodioritos principalmente por conterem mais feldspatos alcalinos. A biotita é usualmente mais abundante do que a horneblenda. A moscovita é rara nos Adamelitos como também nos Granodioritos. 
	A composição mineralógica essencial dos Adamelitos é constituída por plagioclásio que ocorre em proporção aproximadamente igual ao ortoclásio em torno de 32%, quartzo maior que 10%, sendo o restante distribuído entre a biotita e hornblenda, cabendo a primeira uma proporção bem maior. Na mineralogia acessória normalmente ocorrem zircão, apatita, minérios de ferro (magnetita, hematita e ilmenita).
	Os Adamelitos tem como correspondente vulcânico o Quartzo Latito (Riodacito) textura afanítica e correspondentes subvulcânicos o Microadamelito, textura microfanerítica e Adamelito porfiróide, textura porfirítica.
Trondjemitos - Trata-se de rochas ácidas, tendo como constituinte principal o plagioclásio (oligoclásio), vindo a seguir o quartzo e em quantidades menores o ortoclásio e a biotita. São rochas claras, apresentando índice de cor que não ultrapassam 10 a 15% de minerais máficos. Tendo como acessórios: apatita, minérios de ferro (hematita, magnetita e ilmenita) e titanita.
Tonalitos - São designados Tonalitos, aos Dioritos com mais de 10% de quartzo, alguns são extremamente ricos neste mineral, apresentando mais de ¼ de quartzo do volume total da rocha. Constituídos essencialmente de plagioclásio sódico, quartzo, hornblenda e biotita. Como acessórios encontramos apatita, magnetita, titanita, epidoto, allanita, granadas, etc.
	Estas rochas normalmente apresentam colorações claras e encontram-se na fácies marginais das rochas plutônicas granodioríticas.
Dioritos - São rochas de coloração intermediária (tons médios), neutras, granulação média a grossa, holocristalinas, mesocráticas (índice de cor normalmente variando de 30 a 40% de minerais máficos). A espécie mais comum de Diorito é constituída essencialmente por plagioclásio (oligoclásio ou andesina), hornblenda e alguma augita, podendo conter biotita, ortoclásio e quartzo em quantidades secundárias.
	São encontrados em alguns Dioritos, o mineral quartzo em quantidade acima de 10% da massa total, neste caso o denominamos de Quartzo Diorito. Esta espécie mineral quando presente no Diorito é sempre de modo intersticial.
	Entre os constituintes máficos dioríticos, predomina a hornblenda, seguida da augita e biotita. A augita (piroxênio) assim como a olivina, podem aparecer nas variedades mais básicas, sendo que a olivina é extremamente rara nos dioritos. Como minerais acessórios podemos ter apatita, zircão, titanita, minérios de ferro. Em casos excepcionais podem ocorrer como minerais contaminantes nos dioritos a presença de granada, espinélio, cordierita, andaluzita e sillimanita, que são minerais característicos de rochas metamórficas.
 
Monzonitos - Ocupam posições intermediárias entre os Sienitos e os Dioritos. Caracterizam-se por apresentarem quantidades aproximadamente iguais de feldspatos potássios e plagioclásios sódicos, nenhum deles constituindo menos de 1/3, nem mais 2/3 do feldspato total. Em alguns Monzonitos os índices de cor dos seus constituintes mineralógicos situam-se entre 30 a 40% de minerais máficos. Quando a quantidade de quartzo fica acima de 10%, os Monzonitos passam a ser chamados Quartzo Monzonitos ou Adamelitos. Os Monzonitos são rochas pouco abundantes na crosta terrestre. 
O Monzonito tem como correspondente vulcânico o Latito e como correspondentes subvulcânicos o Monzonito porfiróide (textura porfirítica) e o Micromonzonito (textura microfanerítica).
	A composição mineralógica típica dos Monzonitos é a seguinte:
	- Plagioclásio → 30%
	- Ortoclásio → 29%
 
- Quartzo→ 6%
	- Hornblenda → 16%
	- Augita → 16%
	- Acessórios: Apatita, Zircão e Titanita → 3%
Sienitos - Rochas plutônicas, neutras nas quais os feldspatos alcalinos constituem pelo menos 2/3 de todo o feldspato. O quartzo e os feldspatóides podem ocorrer em pequenas quantidades (um ou outro), comumente ambos estão ausentes. O índice de cor dos constituintes mineralógicos dos Sienitos normalmente situa-se entre 10 a 15% de minerais máficos, muito raramente se eleva acima de 40%.
	Distingui-se dois tipos de Sienito:
Sienito Alcalino → é uma rocha plutônica neutra em que menos de 5% de todo os feldspatos são mais cálcicos do que a albita.
 Sienito Calco-Alcalino → é uma rocha plutônica neutra em que o oligoclásio ou a andesina é o plagioclásio típico.
Os Sienitos Alcalinos estão associados usualmente com granitos alcalinos e com rochas plutônicas portadoras de feldspatóides. A principal variedade de Sienito alcalino portador de quartzo é denominada Nordmarkito.
Os Sienitos Calco-Alcalinos encontram-se comumente em companhia dos Monzonitos, como fácies marginal dos Granitos.
De um modo geral Sienitos são rochas leucocráticas de coloração que varia do cinza até o branco, podendo mostrar tons azulados, apresentando granulação entre milimétricas a centimétricas, normalmente equigranulares. Nos Sienitos normais predomina o feldspato alcalino, contendo ainda a biotita e anfibólios. Podendo ainda, conter feldspatóides como a nefelina, e quando esta ocorre em grande quantidade, esta rocha passsa a se chamar Nefelina Sienito, e tem como correspondente vulcânico o Fonolito.
Composição Mineralógica Típica dos Sienitos 
1 - Fedspato Potássico = 52%Feldspato Calco-Sódico = 23%
2 - Biotita, Hornblenda e pouca Augita = 15%
3 - Quartzo quando presente até = 5%
4 - Acessórios e minerais metálicos = 5% 
Os minerais acessórios encontrados nos Sienitos são: titanita, apatita, zircão, minério de ferro, podendo conter ainda fluorita, granada, calcita, etc. O Sienito tem como correspondente vulcânico o Traquito e como correspondente subvulcânico o Sienito porfiróide e Microsienito.
Gabros - São rochas plutônicas, de textura fanerítica média a grossa, equigranular a inequigranular de cor preta ou verde escura (adquire esta coloração verde, quando os plagioclásios estão sofrendo transformações para clorita e epidoto), normalmente são melanocráticos, onde o índice de cor dos constituintes mineralógicos varia entre 40 a 75% de minerais máficos. Os Gabros raramente contém hornblenda e biotita (minerais máficos característicos dos Dioritos). 
	A composição mineralógica essencial típica dos Gabros é Feldspato Plagioclásio Cálcico, Piroxênios (augita e hiperstênio), Olivina e Acessórios, como; granada (usualmente piropo), espinélio, rutilo, apatita, zircão, juntamente com minerais minérios, como; magnetita, ilmenita, picotita e cromita.
Pegmatitos - São rochas ígneas de granulação extremamente grosseira, geralmente filonar, intrusiva, apresentando a mesma composição da rocha plutônica que elas atravessam, como: granito, granodiorito, adamelito, tonalito, etc. São geralmente rochas mais claras e mais ricas em quartzo, feldspato alcalino, moscovita e minerais pneumatolíticos, do que as rochas associadas. Os granitos, mais frequentemente do que qualquer outra rocha tem pegmatitos geneticamente associados a eles. Os pegmatitos na maioria dos casos estão representados por corpos de insignificante volume e estruturas heterogêneas, em muitos casos são zonados. São rochas, mais 
tardias que as rochashospedeiras, frequentemente acham-se em filões típicos, e menos freqüentes em colunas e lentes.
A origem dos pegmatitos é desenvolvida a partir de fusões residuais silicatada, enriquecidos de compostos voláteis. Este produto final da consolidação magmática enriquece-se também de elementos raros que estavam originalmente distribuídos por todo o magma, como: Li, Be, Sn, Rb, Cs, Y, TR, Nb, Ta, Zr, Hf, Th, U, W, Sr, etc. Este líquido residual, injeta-se nas rochas circunvizinhas mais frias, por este fato, a cristalização dos pegmatitos se dá das margens para o interior, produzindo, frequentemente, uma distribuição de minerais em zonas, ficando o quartzo maciço no centro.
Zonalidade dos Pegmatitos
1 - Plagioclásio - Quartzo - Moscovita
2 - Plagioclásio - Quartzo
3 - Quartzo - Plagioclásio - Pertita (± Moscovita, Biotita)
4 - Pertita - Quartzo
5 - Pertita - Quartzo - Plagioclásio - Ambligonita - Espodumênio.
6 - Plagioclásio - Quartzo - Espodumênio
7 - Quartzo - Espodumênio
8 - Lepidolita - Plagioclásio - Quartzo 
9 - Quartzo - K-Felsdato
10 - K-Feldspato - Plagioclásio - Micas Litilíferas – Quartzo
11 - Quartzo 
Características dos Pegmatitos
●Os pegmatitos normalmente apresentam cristais com granulação bem grosseira, chegando a certos casos, dos cristais alcançarem alguns metros de comprimentos.
●Os pegmatitos ocorrem em filões típicos, que podem alcançar até centenas de metros de largura.
●Os pegmatitos, sempre tem chamado a atenção, para estudos de minerais de intere esse á indústria gemológica e muito maior ainda á mineralogia, por serem ricos em minerais raros, ocorrendo principalmente na forma de óxidos.
Minerais Acessórios dos Pegmatitos
Normalmente podem conter: granadas (almandina e esperssatita), zircão, turmalina, topázio, lepidolita, espodumênio, epidoto, allanita, berilo e suas variedades, apatita, eudialita, ambligonita, fluorita, wolframita, cassiterita, columbita-tantalita, etc. 
Os Pegmatitos são portadores de esmeralda, esta ocorrência é devida estes corpos, além de atravessarem as rochas ácidas de mesma composição, atravessam também, rochas de composição ultrabásica. Sobretudo estes pegmatitos devem conter Berilo e as rochas de composição ultrabásica, minerais cromíferos.
Aplitos - São rochas pneumatolíticas de coloração claras (branco, rosado, amarelado ou cinza), apresentando assim como os pegmatitos, composição semelhante as das rochas encaixantes, enriquecido em sílica, com proporção muito diminuta de minerais escuros (máficos), como: biotita, hornblenda e turmalina e claros (félsicos) como quartzo e feldspatos. 
	Origem dos Aplitos – são formados a partir de soluções residuais dos magmas que produziram as rochas plutônicas atravessadas por eles (mesmo processo dos pegmatitos). Os aplitos caracterizam-se pelo tamanho uniforme dos cristais que raramente excedem 2 mm, estas espécimes de pequenas dimensões, normalmente, tem a aparência de açúcar cristal ou sacaróides. As larguras das massas de aplitos são de apenas alguns decímetros
	Os aplitos apresentam uma variedade de minerais acessórios menores em relação aos pegmatitos, sendo os mais comuns: granada (almadina e espersatita), zircão, turmalina, epidoto, allanita, etc.
Greisens - São rochas pneumatolíticas, ocorrem principalmente perto das margens das rochas plutônicas graníticas, formando faixas e massas assemelhando-se a veios com largura de alguns decímetros a metros, com bordas indefinidas, que passsam gradativamente para o granito inalterado.
Os greisens são originados por fluxos de soluções ou vapores mineralizantes da fase residual do magma, através de fissuras marginas do corpo granítico. A maioria dos greisens são rochas de composição mineralógica essencialmente constituída de quartzo e micas quase puras (micas claras, como: moscovita e lepidolita).
Greisenização é o processo pelo quais os feldspatos do granito original são substituídos completamente por muscovita ou por mica litilírefa.
Os greisens podem conter os seguintes minerais acessórios: topázio, turmalina, fluorita, apatita, rutilo, cassiterita e wolframita. O topázio, quase sempre está presente e ocasionalmente pode ser o constituinte predominante.
Carbonatitos - São rochas magmáticas, compostas essencialmente de carbonatos, de caráter intrusivo e geralmente apresentando colorações claras. Os carbonatitos estão invariavelmente associados com pequenas intrusões de diques circulares de rochas básicas alcalinas em regiões de estabilidade da crosta terrestre ou zonas fraturadas.
	Os Carbonatitos estão associados á algumas rochas ígneas; Piroxenitos (Jacupiranguito), Kimberlito, Nefelita Sienito, Lamprófiros.
	A composição mineralógica essencial dos Carbonitos é a calcita e a dolomita, podendo ocorrer Carbonatito com apenas um destes minerais ou ambos. A anquerita, a siderita e carbonato de manganês são pouco abundantes. Os minerais silicatados que 
podem estar presente nos carbonatitos são: feldspatos alcalinos, nefelina, piroxênios, biotita, florgopita, olivina, etc. Os minerais acessórios dos carbonatitos são: apatita, 
monazita, barita, pirocloro, fluorita, magnetita, hematita, rutilo, sulfetos (pirita, calcopirita, bornita, molibdenita, etc.). Muitos elementos menores alcançam concentrações elevadas nos Carbonatitos, como bário, estrôncio, nióbio, tântalo, titânio, fósforo, terras raras e zircônio. Os Carbonatitos são importantes protominérios de apatita, calcita e minerais raros.
	Os Carbonatios tem sua origem provavelmente de calcários mobilizados por paligênese ou eventualmente por diferenciação magmática suigênesis.
Obs.: Paligênese – processo ultra-metamórfico de regeneração do magma em profundidade, implicando na mistura e fusão completa de rochas.
13.2 – Rochas Vulcânicas
Riolito - Rocha ígnea vulcânica de composição ácida caracterizando-se pelas cores cinza-claro a avermelhado onde predominam minerais ricos em sílica; quartzo, feldspatos alcalino (sódio e potássico) e plagioclásio, os minerais acessórios mais comuns são biotita e piroxênio. A sua textura varia de afanítica a afanítica porfirítica, possuindo em alguns casos um certo arranjo orientado como conseqüência do movimento da lava. Dá-se a este aspecto o nome de textura fluidal. Os fenocristais são normalmente de quartzo e feldspatos. Em relação aos basaltos, também rochas extrusivas, possuem uma ocorrência muito menor, não chegando a formar grandes corpos. Os riólitos possuem baixa fluidez e temperaturas de erupção entre 700 a 900 oC. Equivalente vulcânico de granitos.
Basalto - É uma rocha ígnea eruptiva, de granulação fina, textura afanítica, bastante escura, compacta, por vezes com cavidades, apresentando alguns cristais desenvolvidos sobre a massa compacta. Esta massa compacta não pode ser estudada a olho nu nem á lupa, porque é constituída por cristais microscópicos. Logo o seu estudo terá de ser feito ao microscópio de luz polarizada, usando ampliações elevadas. Normalmente, os cristais que se observam a olho nu são de minerais principalmente de plagioclásio (anortita e labradorita) e priroxênio (augita), em muitos casos 
olivinas. Os cristais microscópicos são, normalmente, plagioclásios do tipo anortita e labradorita, piroxênio, magnetite e olivina. Quando do arrefecimento da lava derramada à superfície da crosta terrestre, é de tal modo brusco que apenas se podem formar cristais microscópicos ou vidro vulcânico (matéria não cristalizada). Há rochas que a olho nu não temos dúvidas em classificá-las como basaltos, contudo quando submetidas a exame microscópico, mostram pela constituição mineralógica, serem diferentes de um verdadeiro basalto.
Andesito - É um tipo de rocha magmática cujo nome deriva de Andes, montanhas onde é muito comum. É uma rocha ígnea vulcânica de composição intermédiária, calcialcalina, de cor cinzenta a cinzenta escura ou mesmo negra, com textura afanítica a afanítica porfirítica. Os andesitos são rochas típicas do vulcanismo associado às regiõesde subducção, em especial aos arcos insulares.Os andesitos são compostos essencialmente por feldspatos, dos quais mais de 66% deve ser de plagioclásio ácido (10%>An<50%), e por minerais máficos: biotite, piroxenas e hornblenda. Nos andesitos leucocráticos, isto é de cor mais clara, podem aparecer quantidades maiores de quartzo, estando sempre ausentes os feldspatos alcalinos. O andesito é o equivalente vulcânico do diorito plutónico, sendo considerado como um dacito se a quantidade de quartzo ultrapassar 10% da massa total. A transição para basalto andesítico dá-se quando a plagioclásio é cálco-sódica. Quando a quantidade de feldspato alcalino é superior a 30% do total de feldspatos, o andesito é considerado como sendo latito.Os andesitos podem ser classificados quanto à cor em máficos (cinzento escuro a negro) e leucocráticos (cinzento a cinzento claro). Outra classificação baseia-se na presença de fenocristais reconhecíveis entre os minerais acessórios, tais como a olivina (andesito olivínico), a zeolite (andesito zeolítico) ou a sanidina (andesito sanidínico).
Traquito - Rocha ígnea vulcânica, de coloração esbranquiçada, rosada e acinzentada, leucocrática, caracterizada por uma massa fundamental de textura afanítica, porém apresenta-se também em textura afanítica porfirítica (onde os fenocristais de feldspato alcalino estão imersos em uma matriz de granulação fina). Sua mineralogia principal é constituída essencialmente de feldspato alcalino (ortoclásio e sanidina) e quantidades menores de plagioclásio, de modo secundário albita, biotita, hornblenda, quartzo, anfibólio sódico e piroxênio. Entre os acessórios temos apatita, zircão, óxido de ferro, magnetita, titanita e allanita. Observa-se nestas rochas estrutura maciça e fluidal. Os tamanhos relativos dos pórfiros variam entre equigranular e inequigranular. Os Traquitos são correspondentes vulcânicos dos Sienitos.
Dacito - Rocha vulcânica efusiva, ácida, leucocrática, de cor cinza médio a escuro. Possuyi textura fanerítica fina porfirítica ( onde a massa fundamental é constituída de minerais finos, porém visível a olho nu, imersos neste massa encontram pórfiros equigranulares de plagioclásio (oligoclásio). Sua mineralogia principal é constituída entre 63 a 68% de quartzo, plagioclásio (oligoclásio a andesina) e predominante feldspatos, frequentemente pórfiros, com feldspatos e ou piroxênios/anfibólios associados como fenocristais de igual maneira na matriz. Como acessórios encontram magnetita, titanita, allanita, apatita e zircão. São encontradas nestas rochas estruturas tipos vesicular, amiguidaloidal, fluidal ou compacta. Dacitos são correspondentes extrusivos dos granodioritos e tonalitos.
13.3 – Rochas Subvulcânicas ou Hipabissaias - São rochas de granulometria média, formadas através do resfriamento magmático com velocidade média. Quando estas rochas possuem textura porfirítica, a massa fundamental é holocristalina. Exemplos típicos são: Diabásio ou Dolerito, Quartzo pórfiro, Granito pórfiro (raro), Granito pórfiro (raro), Diorito pórfiro, Sienito pórfiro e Granodiorito pórfiro.
Diabásio – rocha de coloração escura, mesocrática a melanocrática, geralmente intergranular, apresentando textura fanerítica fina porfirítica, ou seja, possue uma massa fundamental de minerais bem pequenos, possíveis de observar a olho nu e nesta massa estão imersos pórfiros espalhados caoticamente. Sua composição mineralógica é essencialmente constituída de plagioclásio (labradorita/bytonita) e piroxênio (augita). Entre os acessórios encontram-se magnetita, hornblenda, apatita, titanita, olivina ou quartzo. 
14 – Outros exemplos de Rochas Ígneas
14.1 – Rochas Ultrabásicas - São rochas que tem um teor em sílica inferior a 45%, caracterizando assim por uma inexistência total do quartzo e uma pobreza ou geralmente ausência de feldspatos, apresentando coloração bastante escura (ultramelanocrática), possuindo elevada densidade. A composição mineralógica essencial das rochas ultrabásicas é constituída exclusivamente de silicatos ferromagnessianos, como olivina, piroxênios e anfibólios. Ocorrem ainda minerais acessórios nestas rochas, como espinélios cromiferos, principalmente a cromita (FeCr2O4) e picotita (Mg, Fe) (Al, Fe, Cr)2O4. Outros minerais e elementos associados a estes tipos de rochas são encontrados como; talco, serpentina, amianto, platinídeos, Pt, Cr, Ni, Cu, V, Fe, etc. 
Os mais importantes representantes das Rochas Ultrabásicas são:
	Dunito → rocha monominerálica, constituída essencialmente por olivina.
	Piroxenito → rocha monominerálica,constituída essencialmente por piroxênio.
	Hornblendito → rocha monominerálica, constituída essencialmente por hornblenda.
	Peridotito → rocha biminerálica, constituída essencialmente por olivina e piroxênio.
	Kimberlito → Brecha vulcânica de composição peridotítica, importante fonte de diamante, formando as chamadas chaminés diamantíferas, ocorrendo em corpos denominados de Pipes. 
	Jacupiranguito (Piroxenito) → Rocha intrusiva, ultrabásica, tipo Piroxenito sódico, contendo cerca de 80% de titanoaugita, 19% de titanomagnetita e um pouco de nefelina e apatita. 
14.2 – Lamprófiros - São rochas de coloração escuras, que ocorre na forma de diques, algumas são ultramáfícas e apresentam acentuada textura porfirítica. Quase todos os lamprófiros contêm minerais máficos euédricos. Os feldspatos podem ou não estar presentes nestes tipos de rochas. Alguns lamprófiros estão relacionados geneticamente as rochas plutônicas nas quais realizam intrusões. Outros estão relacionados a rochas vulcânicas, onde fomam infinidades de diques paralelos e radiados em tornos de vulcões e preenchem as fissuras que alimentam os derrames superficiais.
	A maioria dos lamprófiros é originada a partir de magmas ricos em dióxido de carbono, enxofre, fósforo e vapor de água. Outros estão intimamente associados com rochas carbonatadas quase puras, como os carbonatitos. Todos os lamprófiros contêm muito ferro, cal, magnésio e alcalis, e quase todos são de caráter básico e ultrabásico. A mineralogia acessória dos lamprófiros são sulfetos, apatita, titanita, minerais de ferro, epidoto, clorita, calcita, serpentina, talco, sericita, etc. O quartzo é raro nos lamprófiros e quando ocorre é de modo intersticial. A olivina raramente esta presente neste tipo de rocha. Muitos lamprófiros são ricos de maneira anômala em bário ou estrôncio, ou ambos.
PRINCIPAIS ROCHAS LAMPRÓFIRAS
	MÁFICO
DOMINANTE
	FELDSPATO
PRINCIPAL
ORTOCLÁSIO
	FELDSPATO
PRINCIPAL
PLAGIOCLASIO
	SEM FELDSPATO
	BIOTITA
	MINETTE
	KERSATITO
	ALNOITO
OU
ACHITO
	AUGITA OU
HORNIBLENDA
	VOGESITO
	ESPERSSARTITO
	
	PIROXÉNIO
OU
ANFIBÓLIO
ALCALINO
	SODA
VOGESITO
SODA
MINETTE
	CAMPTONITO
	MONCHIQUITO
FOURCHITO
Bibliografia
Decifrando a Terra / Organizadores: Wilson Teixeira et al. – São Paulo: Oficvina de Textos, 2003. 568 pp.
Para Entender a Terra – Frank Pres et al. 4ª Ed. Porto Alegre, Bookman, 2006.
Viktor Leinz e Sérgio Estanislau do Amaral – Geologia Geral – São Paulo – Companhia Editora Nacional, 1978.
Investigando a Terra – earth science curriculum project – escp – Versão Brasileira – São Paulo. McGRAW-HILL, 1973
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Petrografia
 Prof. Gabriel

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