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Apostila ROCHAS METAMORFICAS

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Centro Federal de educação Tecnológico do Pará � PAGE �3�
Curso Mineração
ROCHAS METAMÓRFICAS
1 - Introdução
		As rochas sedimentares, bem como as magmáticas (estas de modo não tão evidente), que se encontram a profundidade de 3 a 20 km, em determinados ambientes geológicos, por causas das temperaturas e pressões elevadas que oscilam entre ± 200 a ± 600º C, assim como fluidos ativos, tornam-se instáveis. Os minerais originais transformam-se, por reações mútuas ou por modificações do sistema de cristalização, em novos minerais. A rocha passa a ter nova composição mineralógica, com o aparecimento de novas características de ordem estrutural e textural. Todas essas transformações ocorrem no estado sólido, ou seja, a rocha não passa por uma fase de fusão. A base de todo processo metamórfico reside no fato de que os minerais têm certas condições físico-químicas de sobrevivência. Mudando-se estas condições (pressão, temperatura, etc), o mineral passa a uma nova forma estável 	
2 - Conceito
São rochas originadas por efeito do metamorfismo em rochas pré-existentes, tais como; ígneas, sedimentares e mesmo metamórficas. Esses efeitos possibilitam transformações e modificações mineralógicas, texturais, estruturais e mesmo químicas que as rochas pré-existentes sofrem no estado sólido, quando submetidas a pressões e temperaturas elevadas.
Quando rochas metamórficas resultam de transformações de rochas ígneas, são denominadas de ortometamórficas.
Quando rochas metamórficas resultam de transformações de rochas sedimentares, são denominadas de parametamórficas.
3 - Fatores Controladores do Metamorfismo
3.1 – Natureza do Protólito (Composição química original da rocha);
3.2 - Temperatura;
3.3 - Pressão: a) Pressão confinada ou pressão hidrostática, operando igualmente em todas as direções e é determinada amplamente pela profundidade. b) Pressão dirigida ou de cisalhamento, atua em uma única direção, causadas por esforço compressivo;
 3.4 - Percolação de fluidos quimicamente ativos por entre os espaços intergranulares e/ou entre os grãos (ou minerais), proporcionando alterações químicas nas rochas;
3.5 - Tempo geológico.
4 - Tipos de Metamorfismo
4.1 - Metamorfismo de Contato – desenvolvem-se em zonas em forma de auréolas, adjacentes as massas de intrusões de rochas plutônicas, especialmente de composição ácida. As auréolas de contato metamórfico são comumente estreitas, medindo pouco mais de algumas dezenas de metros perpendiculares ao contato ígneo. São geralmente zonadas, dado que o efeito do metamorfismo decresce à medida que se afasta do contato ígneo. Nas auréolas do metamorfismo de contato, forma os seguintes minerais característicos deste tipo d metamorfismo: andaluzita, idiocrásio, granada grosulária, wollastonita, etc. A rocha originada no contato com o corpo ígneo, é denominada de Hornfels. Quando a rocha encaixante é um calcário, forma-se mármore, denominado de Escarnito.
4.2 - Metamorfismo de Deslocamento ou Cinemático – desenvolvem-se em zonas estreitas de deformação e deslocamentos intensos, como as que se encontram ao longo da base de uma falha de empurrão, através de pressões intensas e bruscas, e ocorre em zonas relativamente de pequenas profundidades da crosta terrestre.
Rochas típicas deste tipo de metamorfismo são:
* Milonito – quando a rocha pré-existente foi reduzida a pó;
* Filonito – possui granulometria mais grosseira que a anterior;
* Cataclasito – fragmentos grosseiros estilhaçado pela cataclase.
4.3 - Metamorfismo Regional – ocorre quando as rochas pré-existentes são submetidas a aumentos progressivos de temperatura e pressão e são desenvolvidas sobre áreas de muitos milhares de quilômetros quadrados, nas regiões profundas de montanhas dobradas e em terrenos Pré-cambrianos.
5- Minerais de Rochas Metamórficas
5.1 - Minerais Essenciais – quartzo, feldspatos (potássicos e plagioclásios), biotita, muscovita, sericita, anfibólios, calcita, clorita, talco, serpentina, dolomita, piroxênios.
5.2 – Minerais típicos do Metamorfismo – zeólita, laumontita, pumpellyta, epidoto, actinolita (anfibólio cálcico ferro-magnesiano), andaluzita, cianita, sillimanita, granadas, estaurolita, cordierita, lawsonita, glaucofânio. 
5.3 - Minerais Acessórios – Magnetita, Grafita, Turmalinas e Vesuvianita.
6 - Zonas de Metamorfismo Regional
	ZONA
	Profundidade
 (km)
	Temperatura
 (°C)
	Pressão
 (Atm.)
	 Minerais
	 Rochas
	 E
 P
 I
 Z
 O
 N
 A
	
 8
 a
 10
	
 300
 a
 400
	
 3000
	Sericita, clorita,
albita, epidoto,
zoisita, cianita,
estaurolita, talco. 
	filito, clorita-xisto,
talco-xisto, sericita-xisto,
 xisto, sericita-filito, 
quartzito e mármore
	 M
 E
 S
 O 
 Z
 O
 N
 A
	
 18 
 
 a
 20
	
 500
 a
 600
	
 5000
	Micas (biotita e 
moscovita), gra-
nada, estaurolita,
hornblenda
	Mica-xisto (mosco-
vita-xisto, biotita-
xisto), moscovita-
gnaisse, anfibolito, 
quartzito e mármore
	 C
 A
 T
 A
 Z
 O
 N
 A
	
 30
 a
 35
	
 700
 a
 800
	
 8000
	Anortita, Feldspa
to-K, hiperstênio,
olivina, sillimani-
ta, cordierita, es-
pinélio, granada,
biotita, etc.
	Gnaisse, granulito, 
migmatito, quartzi-
to e mármore.
7 - Fàcies Metamórfica
Assembléias minerais características definem as variações do grau metamórfico, essencialmente em função da temperatura e pressão (Ptot = PH2O). Com base nesse princípio Eskola estabeleceu o fato de que rochas de mesma composição, mas de terrenos distintos, apresentarão paragêneses similares quando submetidas a metamorfismo sob condições idênticas. Rochas com paragêneses desenvolvidas sob mesmas condições são referidas como pertencentes a uma mesma fácies metamórfica. Veja algumas características mais importantes de cada fácies:
a.Fácies de Grau Incipiente, ou Sub-XistoVerde (Fácies da Zeólita e Fácies da Prehnita- Pumpellyta) - são representadas pelas primeiras assembléias desenvolvidas no metamorfismo de soterramento de rochas vulcânicas e sedimentares (basaltos, vidros vulcânicos e grauvacas). Em profundidade de poucos quilômetros, desenvolve-se zeólitas (fácies zeólita), particularmente a laumontita, juntamente com outros minerais de baixa temperatura: clorita, quartzo, albita, carbonatos. Aumentando o grau metamórfico, laumontita desaparece e formam-se prehnita e pumpellyta (fácies prehnita – pumpellyta).
b. Fácies Xisto Verde – é uma fácies de baixo grau de metamorfismo que se desenvolve em cadeias de montanha fanerozóica, áreas de escudos pré-cambrianos e no assoalho oceânico. Os minerais característicos são albita, epidoto, clorita, fengita e actinolita (anfibólio). Na transição para fácies de grau incipiente, a fácies xisto verde é marcada pela presença de epidoto em lugar da pumpellyta; e na transição para fácies xisto azul, pela presença de actinolita (anfibólio cálcico ferro-magnesiano) em lugar de glaucofânio (anfibólio sódico). 
c. Fácies Anfibolito – é caracterizada por paragêneses em gradiente geotérmico moderado, sob condições de grau metamórfico intermediário a alto. Em rochas básicas, a paragênese diagnóstica é constituída de hornblenda (anfibólio cálcico ferro-magnesiano aluminoso) e plagioclásio, este com teor de anortita superior a 20% caracterizando os anfibolitos. Rochas pelíticas apresentam abundante muscovita, biotita, e granada (almandina). Cianita e estaurolita são minerais diagnósticos, estáveis nas condições de metamorfismo intermediáriosda fácies. Nos limites superiores da fácies anfibolito, a muscovita, em presença de quartzo, torna-se instável, produzindo feldspato potássico e sillimanita.
d. Fácies Granulito – ocorre principalmente em áreas de escudos pré-cambrianos e representa as condições mais altas de pressão e temperatura. Hornblenda e biotita desaparecem paulatinamente e as rochas tornam-se desidratadas. O limite inferior da fácies granulito é marcado pela aparição de ortopiroxênio em rochas metabásicas e metapelíticas e de olivina em mármores magnesianos silicosos. Quartzo e calcita reagem formando a wollastonita.
e. Fácies Hornblenda-Hornfels – desenvolve-se em condições de pressão baixa, principalmente em auréolas de metamorfismo de contato ao redor de corpos intrusivos como gabros e granitos. Em rochas pelíticas, distingue-se pela cristalização abundante de cordierita e rara de granada e pelo aparecimento de andaluzita em lugar da cianita.
f. Fácies Piroxênio Hornfels – é representada pelas paragêneses cordierita + ortopiroxênio + feldspato potássico + plagioclásio + quartzo (em metapelitos) ou ortopiroxênio + clinonopiroxênio + plagioclásio + quartzo (em metabásicas). Ocorre nas zonas internas, de temperaturas mais elevadas, de auréolas de contato.
g. Fácies Xisto Azul – é marcada por assembléias contendo minerais de alta densidade (lawsonita e aragonita) e de baixa temperatura (clorita), indicando ambientes de pressão elevada e temperatura baixa. As rochas são constituídas de combinações variadas de lawsonita, aragonita, piroxênio rico em Na e glaucofânio (anfibólio sódico) com minerais da fácies xisto verde (clorita e albita). È encontrada em regiões de subducção jovens como no Japão e Nova Caledônia.
h. Fácies Eclogito – é caracterizada por assembléias minerais desenvolvidas sob condições de pressões muito elevadas (> 12 kbar) e altas temperaturas, possivelmente em placas oceânicas transportadas para o manto em zonas de subducção.
8 - Texturas de Rochas Metamórficas
As texturas das rochas metamórficas desenvolvem-se por blastese, que indica nucleação e crescimento mineral no estado sólido. Por esta razão, o radical “blasto” é utilizado para designar texturas metamórficas.
a - Textura Gnáissica ou Bandada – neste caso a rocha apresenta uma foliação grosseira. È representada por uma alternância de faixas xistosas e faixas granulares, algumas vezes alternâncias de faixas claras e faixas escuras.
b - Textura Xistosa – neste caso a rocha apresenta foliação fina, isto devido a predominância de minerais lamelas (micáceos), tabulares ou prismáticos, altamente cliváveis. Estes minerais sobre ação da pressão dirigida, dispõem em camadas de aspectos folheados.
c - Textura Granoblástica ou Textura Hornfélsica – desenvolve-se na forma de mosaicos poligonais, onde os grãos adquirem dimensões similares entre si, com interfaces retas e junções tríplices. Este aspecto deve-se a predominância de minerais equidimensionais como quartzo, feldspatos, piroxênio, calcita e outros.
d - Textura Porfiroblástica – quando rochas metamórficas apresentam cristais bem desenvolvidos (metacristais), incluso em uma matriz ou massa fundamental constituída de minerais de dimensões menores, que muitas das vezes são micáceos.
e - Textura Clivagem Ardosiana - quando a foliação é incipiente (muitas vezes, somente observada na lupa ou ao microscópico), definida pela orientação de minerais micáceos finos, onde a rocha apresenta uma fissilidade (propriedade apresentada por sedimentos e rochas de dividirem-se facilmente em finas lâminas paralelas). Textura típica de metamorfismo regional de grau incipiente.
f - Foliação Metamórfica – é dada pela orientação dos minerais lamelares (micas), ainda que em dimensões microscópica, que permitem as rochas se dividirem em folhas.
g - Lineações – são orientações preferenciais de cristais prismáticos e aciculares.
A ausência de foliação metamórfica, esta diretamente relacionada com rochas de fácies metamórfica de alto grau, como fácies granulito. Também as rochas metamórficas de contato, como: Hornfels, Mármores e Quartzitos, são dsprovidas de orientação dos minerais.
O termo cristaloblástico é aplicado para as texturas e as relações texturais resultantes do crescimento dos cristais durante o metamorfismo.
Idioblásto → quando o grânulo de um mineral metamórfico é limitado por suas próprias faces.
Xenoblásto → quando o grânulo de um mineral metamórfico apresenta-se sem faces. 
9 - Características Descritivas para as Rochas Metamórficas Regionais e de Contato
São holocristalinas, nos: Anfibólios, Gnaisses, Migmatitos, Mármores, etc.
Possuem cristais bem desenvolvidos (metacristais), nos: Anfibólios, Gnaisses, Mármores, etc.
Exibem foliação, xistosidade ou bandeamento: somente nas rochas de metamorfismo regional.
Exibem brilho sedoso devido aos minerais micáceos (moscovita, biotita, sericita e clorita), ocorrendo nos filitos e xistos.
São rochas compactas, como nos: Hornfels, Granulitos, Gnaissses, Migmatitos, etc.
Não contém fósseis.
10 - Estudos Macroscópicos das Principais Rochas Metamórficas
Hornfels – São rochas metamórficas desprovidas de xistosidade, compostas de um mosaico de grânulos equidimensionais sem qualquer orientação (textura granoblástica ou hornfèlsica). Podem ocorrer porfiroblastos sob forma de inclusões em matriz de textura granoblástica. São produtos de metamorfismo de contato. Constituída quase sempre por silicatos portadores de cálcio. O metamorfismo de contato de alta temperatura em rochas basálticas e andesíticas produzem hornfels, escuros e densos, com uma textura granoblástica, constituída de labradorita, diopsídio (verde claro ou incolor), tendo como acessórios; magnetita, apatita e titanita. Raramente são encontrados hornfels magnesianos formados por metamorfismo de contato de rochas portadoras de serpentina.
Ardósias – São rochas metamórficas de granulação fina com xistosidade tabular perfeita (clivagem ardosiana), mas sem segregação de faixas. Tem aparência homogênea, constituída de grãos finos. São físseis, podendo destacar-se em placas delgadas. Podem apresentar cristais de pirita e veios lenticulares de quartzo secundário, ou mais raramente de calcita. Seus constituintes minerais não podem ser determinados macroscopicamente. Sua cor é em geral negra ou cinza escura, devido a presença de grafite ou presença de matéria carbonosa. Há, porém ardósias esverdeadas (ricas em clorita) e vermelhas, púrpuras, amarelas ou castanhas, devido ao óxido de ferro. A superfície das placas pode ser notadamente lustrosa, acetinada, mas a superfície de fraturas não tem brilho. Bafejadas cheiram ligeiramente a barro. São rochas formadas pelo metamorfismo regional de grau moderado ou de metamorfismo de contato.
Skarnitos – São rochas de metamorfismo de contato, constituídas inteiramente ou quase sempre por silicatos portadores de cálcio. O termo Skan, é usado para designar rochas derivadas de calcários e dolomitos quase puros, nas quais houve introdução de grande quantidade de Si, Al, Fé, e Mg, oriundos das rochas ígneas intrusivas. A composição dos Skarnitos pode variar consideravelmente, mas podemos observar a presença de granadas (grosulária e andradita), diopsídio esverdeado, wollastonita, etc. São observados ainda, plagioclásio, epidoto, escapolita, etc. A titanita, microclínio, flogopita, magnetita e sulfetos podem estar presentes nos skarnitos.
Quartzitos – Rochas metamórficas formadas essencialmente de grãos finos á médios de quartzo, fortemente unidos, compactos, duros, com fratura sub-conchoidal a conchoidal e brilho vítreo, mas em geral menos nítido. Apresentando textura granoblástica fina com certa orientação dos minerais constituintes (alongados e estilhaçados), quando produzido pelo metamorfismo regional, neste caso podemos observar macroscopicamente à presença de moscovita e biotita. Quando possuem textura granoblástica fina, sem orientação dos minerais constituintes, foram produzidos pelo metamorfismode contato. Além do quartzo, muitos quartzitos contêm proporções variáveis de grãos detríticos, principalmente de feldspatos ou novos minerais formados pelo metamorfismo imposto no cimento (argiloso, carbonático, etc), existente no arenito. Entre os minerais mais comuns visíveis macroscopicamente, encontram-se a moscovita e biotita. Os quartzitos de um modo geral são brancos, cinza claros, amarelados ou acastanhados. Mas podem apresentar outras cores, devido a minerais microscópicos acessórios: verde devido ao epidoto, azulado devido à cianita, púrpuro devido à hematita, e cinza escuro devido principalmente à presença de grafite ou magnetita.
Mármores – Rochas metamórficas resultante da recristalização de calcários e dolomitos, devido às ações metamórficas sobre os constituintes mineralógicos formados unicamente de calcita ou dolomita. Apresenta textura granoblástica, equigranular, quando formadas pelo metamorfismo de contato. Quando apresentam pouca xistosidade, são formadas pelo metamorfismo regional. Os grânulos dos mármores são visivelmente cristalinos e mais ou menos brilhantes. Normalmente apresentam pouca xistosidade, controlada pelo alinhamento quase paralelo dos grânulos, tendo forma semelhante a lentes. As fraturas dos mármores têm, em certos casos, aspecto semelhante a cubo de açúcar. A cor normal dos mármores é branca, mas muitas vezes apresentam outras cores devidas principalmente ao óxido de ferro ou matérias orgânicas. São maciços. Os mármores impuros, contendo minerais micáceos, ou portadores de tremolita podem exibir xistosidade melhor definida (metamorfismo regional). Por outro lado, substâncias voláteis provenientes das emanações de magmas podem originar outros minerais, como; wollastonita, piroxênios (principalmente diopsídio), granadas (grosulária), anfibólios (tremolita), feldspato (anortita), epidoto, etc. (metamorfismo regional).
Filitos – Rochas metamórficas de xistosidade acentuada e grãos finos, constituídos por quartzo, sericita, clorita, e proporções variáveis de argila. Podem apresentar cristais de biotita, granada, turmalina e outros minerais, normalmente contém grafita. Sua cor é variada, de branco-prateado, em geral com tons esverdeados, amarelados, vermelhados ou ainda roxeado a bastante escura ou mesmo negra, devido à pigmentação grafítica ou carbonosa. Em virtude de palhetas microscópicas de vários minerais principalmente da mica sericita, as superfícies de clivagem (foliação), exibem brilhos acetinados ou lustrosos. Os filitos têm a mesma origem das ardósias, porém seus grãos são poucos maiores. É produto do metamorfismo regional de grau baixo a moderado.
Xistos – Rochas metamórficas acentuadamente xistosas, normalmente com foliação e lineamento bem definidos, tendo folhas ou lâminas geralmente de constituição semelhante. Os grânulos são suficientemente grandes para permitir a identificação fácil dos principais minerais constituintes. São abundantes os minerais de hábitos micáceos e sua orientação quase paralela, torna a xistosidade bem sobressalente. São rochas formadas essencialmente por quartzo, e micas (moscovita e/ou biotita), podendo conter alguns feldspatos. Apresentam comumente granadas (especialmente a granada vermelha escura, almandina), estaurolita, cianita, sillimanita, hornblenda e grafita. O quartzo forma grãos irregulares ou agregados lenticulares, ou constitui camadas paralelas às micas. As cores dos xistos são muito variadas, mediante as proporções relativas de quartzo, moscovita e biotita, podendo ser branca prateada, cinzenta, acastanhada ou negra. As cores escuras são por vezes devido à existência da grafita. Estas rochas são produtos de metamorfismo regional ou de metamorfismo de deslocamento profundo.
Clorita Xistos – Constituída essencialmente por clorita, mas podendo conter sericita, albita, epidoto, e actinolita. Reconhecem-se as pequenas placas (planas ou curvas, geralmente agregados) do mineral essencial, que dá a rocha a coloração verde a verde escura, e algum brilho. São macias ao tato. Com xistosidade em geral pouco marcante. Consideram-se a clorita xisto, como sendo formada, principalmente a partir de peridotito e também de rochas da família dos gabros.
Talcoxistos – São formados essencialmente do mineral talco, podendo conter magnetita e cromita (em pequenos grãos pretos), anfibólios (em prismas brancos e verdes), olivina, clorita, etc. A xistosidade pode ser mais ou menos nítida. A cor é em geral clara com tons esverdeados, às vezes amareladas ou acinzentadas, raramente pode apresentar cores cinza escura ou verde escuro. Devido o predomínio do talco, a rocha é macia, untuosa ao tato. Além dessas características, podem apresentar outras, como: aspecto baço, nacarado ou um pouco ceroso e marca os tecidos. Há divergência de transição para as rochas não xistosas, denominadas de esteatitos, as quais contêm talco, às vezes em considerável proporção, associado à clorita, são rochas maciças de cor semelhante ao talco xisto, aspecto ceroso e, nas fraturas prateadas.
Biotita Xisto – São rochas de granulação variável, geralmente apresentando colorações que vai do castanho ao preto. Com xistosidade bem marcante, resultante da orientação paralela a subparalela das palhetas de biotita, que é o mineral predominante. Podendo conter em quantidades variáveis, a clorita, moscovita, quartzo e feldspato. O feldspato, geralmente forma porfiroblastos de cor branca. Muitas vezes, a biotita xisto, apresenta aspecto bandado, devido à variação do teor de mica, causada pela estratificação da rocha antiga ou freqüentemente pela segregação metamórfica. Estas rochas são formadas pelo metamorfismo regional de médio grau na mesozona. 
Sericita Xisto e Muscovita Xisto – São rochas metamórficas de coloração cinza ou esbranquiçada, podendo apresentar granulação fina, media ou grosseira, com xistosidade bem desenvolvida, constituídas essencialmente por micas claras (sericita e moscovita). Quando a mica é finamente granulada, é denominada de sericita, neste caso a rocha é um sericita xisto. Quando a mica é mais grosseira (moscovita) a rocha é conhecida como moscovita xisto. O quartzo geralmente esta presente, juntamente com um pouco de clorita e granada. Estas rochas são originadas do metamorfismo regional de grau médio.
Anfibolitos – São rochas metamórficas de granulação média grossa, compostas essencialmente de hornblenda e plagioclásio, sua xistosidade, é resultante do alinhamento paralelo dos minerais prismáticos de hornblenda, que é menos nítida nos xistos típicos. São rochas em geral de cores negras, algumas vezes ocorrendo variações de tons entre o verde escuro e/ou verde claro. Em muitos casos, distinguem-se cristais finos e alongados de hornblenda, dispostos paralelamente na superfície da xistosidade. São rochas duras, que dificilmente se risca com o canivete, e densas (d >3). Às vezes distinguem-se mica (transição das micas xistos) e ainda minerais de ferro, granada, clorita e calcita. Podemos distinguir dos anfibólios xistos, que são constituídos essencialmente por anfibólios e quartzo, com xistosidade marcante. Estas rochas são produtos de metamorfismo regional de grau médio a alto.
	Serpentinito – Rocha metamórfica maciça, sem xistosidade, normalmente granoblástica, apresentando uma coloração variando dos diferentes tons de verdes, derivado do metamorfismo de rochas ultrabásicas, como: Peridotito e Dunito, e às vezes também de Margas fortemente dolomitizada. O componente mineralógico principal é a serpentina, podendo conter, granadas, olivinas, augitas, hornblendas, talco e alguns minerais metálicos. É originada, tanto pelo metamorfismo de contato, como o metamorfismo regional moderado a médio. 
Granulitos – São rochas metamórficas de composição variadas. Comumente derivadas do metamorfismo regional de alto grau de rochas quartzo-feldspáticas. Possuem colorações claras, com xenoblastos de feldspatos e grãos de quartzo. Normalmente apresentam abundância de cristais de piroxênios e granadas. Sua textura é típicade gnaisses granulosos, com estruturas em faixas, devido do alongamento dos grãos de quartzo e alternância de minerais de composição diferente. A composição dos granulitos é semelhante a dos granitos ou dos arenitos feldspáticos.
Gnaisses – São rochas metamórficas de granulação comumente grosseira, bandadas irregularmente (textura gnáissica), a xistosidade é menos freqüente e evidente, devido à predominância do quartzo e do feldspato sobre os minerais micáceos. São originados pelo metamorfismo regional de rochas sedimentares ou eruptivas. Os gnaisses contem geralmente proporção elevadas de feldspatos, quartzo, micas (biotita e/ou moscovita) e hornblenda (associada ou não a biotita). Podem conter muitos outros minerais, como: clorita (que pode substituir totalmente os minerais escuros, como a biotita e honblenda), granada (almandina), turmalina, magnetita, epidoto, grafite, ctc. Os minerais félsicos do bandeamento dos gnaisses estão representados pelo feldspato potássio e feldspato calco-sódico, bem como o quartzo. As micas formam faixas ou camadas ou ainda delgadas manchas. A hornblenda aparece em cristais prismáticos característicos, mas extremidades mal definidas ou em forma de agregados de cristais minúsculos. Os gnaisses são produtos de metamorfismo regional especialmente de médio a alto grau. Podemos ter algumas variedades de gnaisses de acordo com os aspectos de texturas e/ou composição mineralógica, como:
Textura – Augen-gnaisse, Gnaisse lenticulares, Gnaisse granulares, etc.
Composição mineralógica – Gnaisse biotítico, Gnaisse moscovítico, Gnaisse a duas micas, Gnaisses anfibolítico, Gnaisse cloítico, Gnaisse granatífero, etc. 
Eclogitos – É uma rocha metamórfica silicatada, de maior densidade, é formada pelo metamorfismo regional de alto grau (catazona), a partir de gabro e margas dolomiticas. É constituído essencialmente de augita verde (onfacita) e granada magnesiana rosa claro (almandina) aproximadamente em quantidades iquais, podendo conter hornblenda, mica ou cianita. O rutilo é um acessório quase constante no eclogito. É uma rocha maciça, muito compacta e dura, sem xistosidade.
Migmatitos – São rochas mistas, constituídas por um componente antigo (paleossoma), geralmente xistos ou gnaisse e um componente granítico (neossoma), que é a porção de rocha recém formada. No neossoma podem ser distinguidos dois tipos de rochas: 
* O leucossoma, contendo mais minerais claros (quartzo e/ou feldspato) em relação ao paleossoma.
* O melanossoma, contendo principalmente minerais escuros, como: biotita, hornblenda, cordierita, sillimanita, etc. são comuns aparecer nos migmatitos, veios ptigmáticos (veios dobrados), que constitui prova de que a rocha durante o processo metamórfico possuía certa plasticidade. Os componentes xistosos ou gnáissicos dos migmatitos possuem coloração mais escura, enquanto que a parte granítica é de coloração esbranquiçada, rosada ou cinzenta. A porção escura (melanossoma) dos migmatitos é formada por minerais próprios dos xistos ou gnaisses. A parte clara é composta essencialmente por feldspatos alcalinos mais quartzo. Os migmatitos apresentam granulação média a grossa, com certa orientação dos minerais, principalmente dos minerais escuros. São formados nas catazonas e são produtos de metamorfismo regional de médio a alto grau.
Milonitos – São rochas metamórficas, produtos de deformação cataclásticos extrema de rochas quimicamente estáveis, mais que foram trituradas e moídas entre as massas de rochas em movimentos sobre os lados opostos de uma zona de falha. Geralmente apresentam uma granulação muitíssimo fina, mais podem apresentar fragmentos ocelares, disseminados, testemunhos de rocha matriz que não sofreu esmagamento e que se alinham na direção do movimento. Os milonitos, apesar de sua total pulverização, são rochas duras, coesas, muitas vezes parecendo sílex. Muitos milonitos possuem uma textura laminada correlacionadas com os movimentos de fluxo dentro da rocha durante a deformação, acarretando uma textura semelhante a películas delgadas, espalhadas sobre a superfície de uma falha, denominada slickensides (superfícies polidas).
Filonitos – São rochas metamórficas de granulação fina, formada pela deformação extrema de rochas, originalmente de granulação mais grosseira. O filonito típico é uma rocha que se assemelha mineralogicamente e estruturalmente, a um filito, diferindo, no entanto, na origem e em alguns por menores texturais. Como no filito, o filonito, consiste num conjunto de minerais de baixo grau metamórfico, pertencentes normalmente à fácies dos xistos verdes.
Cataclasitos – São rochas metamórficas que embora exibindo nitidamente a marca da deformação predominantemente cataclástica, apresenta uma granulação grosseira. A natureza da rocha matriz é ainda preservada e reconhecida facilmente, mostrando a mineralogia e a textura nos numerosos fragmentos ainda não destruídos. 
 
Bibliografia
Decifrando a Terra / Organizadores: Wilson Teixeira et al. – São Paulo: Oficvina de Textos, 2003. 568 pp.
Para Entender a Terra – Frank Pres et al. 4ª Ed. Porto Alegre, Bookman, 2006.
Viktor Leinz e Sérgio Estanislau do Amaral – Geologia Geral – São Paulo – Companhia Editora Nacional, 1978.
Investigando a Terra – earth science curriculum project – escp – Versão Brasileira – São Paulo. McGRAW-HILL, 1973
 
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Petrografia
Prof. Gabriel

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