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Relatorio Poluição- Qualidade de água

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação da Qualidade da Água da Lagoa do 
 Parque Poliesportivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itapetinga – Bahia 
 Março de 2016 
 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB 
 
 
 
 
Avaliação da Qualidade da Água da Lagoa 
 do Parque Poliesportivo 
 
 
 
Trabalho da disciplina Poluição II, 
apresentado a professora 
Flávia Barros, pelas alunas: 
Amanda Ariele de Souza, 
Bianca Cana Verde, 
Karolina Teixeira e 
Kérlen Sabrina Vieira. 
 
 
 
 
 
Itapetinga – Bahia 
Março de 2016 
Introdução 
A água é fundamental à manutenção da vida, sendo um recurso de 
múltipla utilização. O homem apresenta certa dependência da água em 
qualidade e quantidade. A água, devido as suas propriedades de solventes e a 
sua habilidade de transportar partículas, incorpora a si diversas impurezas, que 
definirão sua qualidade. Esta qualidade é resultante de fenômenos naturais e 
da atuação do homem. De maneira geral, pode-se dizer que a qualidade de 
uma água é função das condições naturais e da interferência dos seres 
humanos (Sperling, 2005). 
 
A qualidade da água pode ser representada através de diversos 
parâmetros, que representam as suas principais características físicas, 
químicas e biológicas. As características físicas, químicas e biológicas das 
águas naturais decorrem de uma série de processos que ocorrem no corpo 
hídrico e na bacia hidrográfica, como consequência das capacidades de 
dissolução de uma ampla gama de substâncias e de transporte pelo 
escoamento superficial e subterrâneo (LIBÂNIO, 2005). 
O potencial hidrogeniônico (pH) indica a condição de acidez, alcalinidade 
ou neutralidade da água. Alterações no pH do liquido podem ser decorrentes 
de fatores naturais e antrópicos. Altos valores de pH em águas podem estar 
associados ao material geológicos dos locais que tiveram contato, ao 
lançamento de efluentes de caráter básico ou à proliferação de algas no meio, 
pois, com o aumento nas taxas fotossintéticas, há consumo de gás carbônico 
e, portanto, diminuição na concentração do ácido carbônico da água, com 
consequente aumento no pH (VON SPERLING, 1996). 
O pH é uma importante variável que influencia muitos processos 
biológicos e químicos no corpo de água e, consequentemente, os processos 
associados ao tratamento de água para abastecimento público. 
A turbidez de uma amostra de água é definida como o grau de 
atenuação de intensidade que um feixe de luz sofre ao atravessá-la (CETESB, 
2003). A turbidez não depende estritamente da concentração de sedimentos 
em suspensão, mas também de outras características do sedimento, como 
tamanho, composição mineral, entre outros (SANTOS et al., 2001). 
A avaliação da turbidez é importante, pois ela influencia a intensidade de 
luz difundida e a absorção de calor no compartimento aquático. Altos valores 
de turbidez podem ocasionar aumento de temperatura, redução da luz 
disponível para as plantas, com alteração na taxa de fotossíntese, além de 
interferir nos usos domestico, industrial e recreacional de um corpo de água. O 
aumento no valor da turbidez pode ser causado por erosão das margens dos 
rios e áreas adjacentes, crescimento excessivo de algas, alterações no 
escoamento do curso de água, lançamento de efluentes domésticos e 
industriais, entre outros fatores (USEPA, 1997). 
A condutividade elétrica da água representa sua capacidade de 
transmitir a corrente elétrica, que se torna possível em decorrência da presença 
de substâncias dissolvidas, que se torna possível em decorrência da presença 
de substâncias dissolvidas, que se dissociam em ânions e cátions, na água. 
Trata-se, portanto, de uma variável física indicativa da concentração de sais 
dissolvidos na água (GUIMARÃES-SILVA et al., 2007). 
De acordo com Esteves (1998), essa variável é indicativa das condições 
de metabolismo no ecossistema aquático, sobre a produção primária (redução 
nos valores da condutividade elétrica) e a decomposição (aumento nos valores 
da condutividade elétrica), bem como sobre outros fenômenos que ocorrem na 
bacia de drenagem. Avaliando os valores de condutividade elétrica, pode-se 
destacar, ainda, a ocorrência de fontes poluidoras nos ecossistemas aquáticos 
(CRUZ, 2003). 
A mensuração das concentrações de oxigênio dissolvido possibilita a 
avaliação das condições aeróbias dos cursos de água, sendo de fundamental 
importância para avaliar as condições naturais da água e detectar impactos 
ambientais, como a eutrofização e poluição orgânica (JORDÃO et al., 2007; 
CARMOUZE, 1994). 
Uma concentração adequada de oxigênio dissolvido é essencial à 
manutenção dos processos naturais de autodepuração em sistemas aquáticos. 
Baixas concentrações de oxigênio dissolvido podem indicar a presença de 
substâncias, como material orgânico biodegradável e íons em mais baixo 
estado de oxidação, como Fe²+ e Mn²+ (JORDÃO et al., 2007), pois as bactérias 
decompositoras fazem uso do oxigênio em seus processos respiratórios, 
durante a estabilização do material orgânico. 
A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) é a quantidade de oxigênio 
necessária para oxidar a matéria orgânica biodegradável presente na água 
(JORDÃO et al., 2007; MATOS, 2012; PEREIRA, 2004). Se a quantidade de 
matéria orgânica for pequena, as bactérias decompositoras necessitarão de 
pouco oxigênio para decompô-la e, então, a DBO será baixa (PEREIRA, 2004). 
As moléculas orgânicas de estruturas complexas e altos valores 
energéticos são utilizados pelas bactérias como fonte de alimentos e energia. 
Para a nutrição e ocorrência do processo de liberação de energia, é necessário 
que os organismos aeróbios respirem. Ao respirarem, esses microrganismos 
consomem certa quantidade de oxigênio, ou seja, provocam demanda de 
oxigênio. 
As águas naturalmente carreiam uma serie de materiais em suspensão 
(minerais e orgânicos) procedente de fontes diversas, como erosão do solo, 
curtumes, esgotos urbanos, etc. Estes materiais conforme sua densidade 
diante das características do corpo receptor sofrem sedimentação ao longo do 
curso das águas, em distancias variáveis de acordo com o regime de 
escoamento das mesmas, causando maior ou menor impacto ambiental 
(Rebouças, 2002). Os sólidos Totais dissolvidos são importantes porque dão 
uma ideia da taxa de desgaste das rochas por intemperismo das áreas com 
elevados índices pluviométricos, das características litológicas da região 
através de íons presentes na água e da salinidade do meio (Lima, 2008). 
A resolução CONAMA nº 357 de 2005, “dispõe sobre a classificação dos 
corpos de água e as diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem 
como estabelece as condições e os padrões de lançamento de efluentes”. 
Além disso, estabeleceu a Classificação das águas (doces, salinas e salobras) 
e, para cada uma delas, foram estabelecidos limites e/ou condições em função 
de sua destinação final ou segundo seus usos preponderantes. 
Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade da água da 
Lagoa através da seleção de variáveis físico-químicas e microbiológicas que 
possam indicar a possível presença de efluentes domésticos gerados pelas 
ocupações antrópicas no entorno deste corpo hídrico. 
 
Materiais e Métodos 
 Caracterização da Área de Estudo 
O estudo foi desenvolvido no município de Itapetinga-BA, na Lagoa 
Poliesportiva (Figura 1). A Lagoa Poliesportiva é um local para difundir a cultura 
e o lazer, além da prática de atividades esportivas. 
 
 
Figura 1: Localização da área de estudo. 
Fonte: Google Earth 
 Pontos deColeta 
As coletas e análises de amostras de água foram realizadas no dia 03 
de março de 2016. Foram definidos dois pontos de coletas: a) Ponto 1, 
localizado próximo ao restaurante e; b) Ponto 2, localizado próximo ao 
sumidouro da lagoa. O primeiro ponto foi escolhido por ser próximos ao 
restaurante que faz o despejo de seus efluentes diretamente na lagoa sem 
tratamento prévio, para observação da possível alteração das características 
da água da lagoa. O segundo ponto foi escolhido por estar próximo à saída de 
água da lagoa, para observação das características com que a água é 
despejada no Rio Catolé. A Lagoa Poliesportiva de Itapetinga está localizada a 
298 metros acima do nível do mar. As amostras foram obtidas por meio da 
Amostragem Composta, em que as amostras de água foram coletadas no 
mesmo lugar em intervalos de tempo de meia hora. 
 Parâmetros Analisados 
Os parâmetros analisados para analisar a qualidade da água foram: 
 pH; 
 
 Turbidez; 
 
 Condutividade; 
 
 Sólidos Totais; 
 
 Oxigênio Dissolvido (OD); 
 
 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO); 
 
 Coliformes Totais e Termotolerantes; 
Todas as análises foram realizadas no Laboratório de Solos da 
Universidade Estadual do Sudoesta da Bahia, campus Itapetinga. 
A análise do potencial hidrogeniônico (pH) foi realizado com o 
equipamento pHmetro da marca DIGIMED modelo DM-22. 
Para determinação da turbidez utilizou-se o Turbidímetro da marca 
DIGIMED modelo DMTU. 
A condutividade elétrica foi medida através do equipamento 
Condutivímetro da marca DIGIMED modelo DM-32. 
Para realização da análise de sólidos totais foram pesadas as cápsulas 
de porcelana, depois taradas, acrescentada a amostra da água da Lagoa e 
levada à estufa por um período de 24 horas, com temperatura em torno de 
105°C. No dia seguinte as amostras foram levadas ao dessecador para 
esfriarem, sendo pesadas em seguida para determinação dos sólidos totais. 
Posteriormente, as cápsulas foram levadas a mufla a uma temperatura de 550 
a 600ºC para secar, e após o esfriamento no dessecador, foram pesados para 
determinar os sólidos fixos. 
Na análise oxigênio dissolvido (OD) as amostras foram preparadas 
segundo o Método de Winkler de quantificação de oxigênio. Em seguida 
adicionou 1 ml de solução de Sulfato Manganoso, 1 ml de solução de Iodeto 
Alcalino de Azida, e realizada a homogeneização do conteúdo através de 
inversão. Acrescentou 1 ml de Ácido Sulfúrico, agitou e esperou ocorrer a 
precipitação. Foram transferidos 50 ml da amostra para o erlenmeyer, 
acrescentou 7 gotas de amido e em seguida realizada a titulação com 
Tiossulfato de Sódio até a amostra adquirir transparência. 
A quantificação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) foi feita com 
o preparo prévio da solução nutriente segundo a NBR 12614/1992, as 
amostras foram preparadas segundo o Método de Winkler de quantificação de 
oxigênio. Em seguida adicionou 1 ml de solução de Sulfato Manganoso, 1 ml 
de solução de Iodeto Alcalino de Azida, e realizada a homogeneização do 
conteúdo através de inversão. Acrescentou 1 ml de Ácido Sulfúrico, agitou e 
esperou ocorrer a precipitação. Foram transferidos 50 ml da amostra para o 
erlenmeyer, acrescentou 7 gotas de amido e em seguida realizada a titulação 
com Tiossulfato de Sódio até a amostra adquirir transparência. 
Os coliformes totais e termotolerantes foram determinados através da 
metodologia Sistema Colilert Quanti-Tray, que é um método de quantificação 
semi automático embasado no modelo de Número Mais Provável (NMP) do 
Standard Methods, com a utilização de substrato enzimático. Inicialmente, 
adicionou-se 0,5 ml de cada uma das amostras em 100 ml de água destilada, 
em seguida colocou-as em uma cartela e foram incubadas na BOD à 35°C por 
24 horas. Passado o período de incubação, as amostras foram expostas a luz 
natural e a luz ultravioleta. E por fim contabilizou-se o número de coliformes 
totais e termotolerantes. 
 
Resultados e Discussões 
Na tabela 1 está apresentada a média dos resultados obtidos nos dois 
pontos de coleta de água. Os resultados foram comparados com a resolução 
CONAMA n.357, de 17 de março de 2005 (BRASIL, 2005) para águas classe II, 
já que a água da Lagoa do Parque Poliesportivo não possui classificação. 
 
Tabela 1. Média dos resultados dos parâmetros analisados. 
Parâmetros A1 A2 
OD (mg/L) 6,30 6,14 
PSO (%) 91,43 90,16 
DBO(mg/L) 5,24 2,53 
PH 8,11 7,73 
Condutividade (µS/cm) 922,9 940, 93 
Turbidez (UNT) 7,66 8,93 
Sólidos Totais (mg/L) 664 686 
Sólidos Fixos (mg/L) 655 685 
Sólidos Voláteis (mg/L) 9 1 
Coliformes Totais 98,7 48,7 
Coliformes 
Termotolerantes 
0 0 
*A1: amostra coletada próxima ao restaurante. 
**A2: amostra coletada próxima do sumidouro. 
As análises dos parâmetros demonstraram que todas as amostras 
apresentaram níveis de coliformes aceitáveis para águas classe II (BRASIL, 
2005). A presença de coliformes termotolerantes nas amostras foi nula, 
evidenciando que não há poluição fecal proveniente de fezes de animais de 
sangue quente e/ou humanos. No entanto, mesmo apresentando valores 
inferiores a 1000 as águas da lagoa, segundo a resolução citada acima, podem 
ser classificadas como categoria imprópria por revelar sinais de poluição no 
corpo hídrico possivelmente causado por ações antrópicas como o lançamento 
de efluentes pelo restaurante, os valores de coliformes totais evidenciam isso. 
Segundo Rebouças et al. (2001), em virtude da grande capacidade de 
dissolução e transporte dos mais variados tipos de materiais, a água 
representa um veículo de impurezas, como por exemplo, de microrganismos 
patogênicos. 
As médias de concentração de oxigênio dissolvido nas amostras foram 
superiores a 5 mg/l, obtendo valores de 6,3 mg/L, com uma porcentagem de 
91,43% na amostra do restaurante e de 6,14 mg/L na do sumidouro, com uma 
porcentagem de 90,16%. Estes valores estão dentro do estipulado pela 
resolução (BRASIL, 2005) que estabelece em qualquer amostra, valores não 
inferiores a 5 mg/L O2. Quando se considera apenas a concentração de 
oxigênio dissolvido, as águas poluídas tendem a serem aquelas que 
apresentam baixa concentração de OD, devido ao seu consumo na 
decomposição de compostos orgânicos. À medida que, as águas limpas 
tendem a apresentar concentrações de OD elevadas, atingindo níveis pouco 
abaixo da concentração de saturação (FUZINATTO, 2009). 
As médias de concentração da Demanda Bioquímica de Oxigênio foram 
de 5,24 mg/L na amostra coletada próxima ao restaurante e de 2,53 mg/L no 
ponto próximo ao sumidouro. A primeira amostra apresentou valor superior ao 
permitido pela resolução CONAMA nº 357/05 que estabelece valores de DBO 5 
dias a 20°C ate 5 mg/L. Pode-se relacionar este valor ao lançamento de 
efluentes que o corpo hídrico recebe dos restaurantes ao seu entorno. No 
enquanto que, a outra amostra apresentou um valor baixo, indicando um teor 
menor de poluição orgânica hídrica. Os valores de DBO indicam a extensão da 
poluição orgânica em sistemas aquáticos, os quais afetam negativamente a 
qualidade das águas. 
A concentração media do pH encontrada nas amostras, demonstra 
valores próximos a neutralidade. Os valores estão dentro do padrão exigido 
pela resolução vigente para águas classe II (BRASIL, 2005), que estabelece pH 
entre 6,0 e 9,0. Alterações no pH podem aumentar o efeito de substâncias 
químicas que são tóxicas para os organismos aquáticos, tais como os metais 
pesados. É um parâmetro que deve ser sempre avaliado, pois pode interferir 
no processo de coagulação-precipitação química durante o tratamento daágua, na corrosão de tubulações e equipamentos, no crescimento microbiano 
dos sistemas biológicos de tratamento, na toxidez de certos compostos e nos 
constituintes da alcalinidade e acidez da água (LIMA et al., 2008). 
 
A média dos resultados encontrados de turbidez está dentro do padrão 
permitido para águas classe II. Observou-se que a amostra coletada próximo 
ao sumidouro se mostrou mais turva que a amostra próxima do restaurante, 
este resultado é discrepante se observarmos os outros parâmetros analisados, 
e se considerarmos que o grau de contaminação nesse ponto é menor que os 
demais. No entanto, vale ressaltar a presença de sedimentos nas margens no 
momento da coleta, o que pode ter influenciado no valor final da turbidez. 
A condutividade elétrica obtida nas águas da lagoa no ponto coletado 
próximo ao restaurante foi de 922,90 , e a do ponto próximo ao do 
sumidouro foi 940,90 . Considerando que a lagoa é um ambiente lêntico 
e que não há uma troca rápida das suas águas, e devido ao alto teor de sais e 
a grande quantidade de sólidos dissolvidos presentes, carreiam uma 
condutividade elétrica maior. Os altos valores também podem ser associados à 
geologia do local por possuir uma alta quantidade de substâncias dissolvidas 
que se dissociam em cátions e ânions. Estes valores não indicam 
necessariamente um grande grau de poluição da água, mas sim uma alta 
quantidade de íons presentes no corpo hídrico. Não é possível comparar os 
resultados obtidos com a legislação, pois a resolução CONAMA nº 357/05 não 
estabelece valores para este parâmetro. 
Os valores calculados para sólidos totais foram de 664 mg/L para a 
amostra próxima ao restaurante e 686 mg/L para a amostra próxima ao 
sumidouro. Segundo Coradi et al., (2009) elevadas concentrações de sólidos 
dissolvidos podem aumentar a demanda química e bioquímica de oxigênio nas 
águas, levando à depleção do oxigênio dissolvido no meio, além disso, os 
sólidos dissolvidos podem refletir a carga de poluentes lançadas no curso de 
água. Não é possível a comparação com a legislação, pois a CONAMA não 
estabelece valores para os sólidos. 
 
Conclusão 
Com a análise dos parâmetros, observou-se que as águas da Lagoa 
podem ser enquadradas como classe II de acordo com a Resolução CONAMA 
357/05. Essas águas podem ser destinadas: ao abastecimento humano, após 
tratamento convencional; à proteção das comunidades aquáticas; à recreação 
de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho; à irrigação 
de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e 
lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e à aquicultura e á 
atividade de pesca. 
O lançamento de efluentes in natura na Lagoa por parte dos 
restaurantes localizados na margem do corpo hídrico prejudica a qualidade das 
águas, interferindo na vida aquática, gerando prejuízos ao lazer da cidade. 
Devem ser estabelecidas metas mitigadoras com o intuito de reduzir a 
poluição hídrica. Uma das ações pode ser a captação do efluente dos 
restaurantes por parte da rede coletora de esgoto da cidade. Além de ações de 
educação ambiental com toda a população para que não jogue lixo de qualquer 
tipo na Lagoa. 
 
Referências Bibliográficas 
CARMOUZE, J. P. O Metabolismo dos ecossistemas aquáticos: fundamentos 
teóricos, métodos de estudo e análises químicas. São Paulo: Editora Edgard 
Blücher/FAPESP, 1994. 
COMPANHIA ESTADUAL DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL 
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Paulo 2002/CETESB. São Paulo: CETESB, 2003. (Série Relatórios). 
COMPANHIA ESTADUAL DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL 
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CRUZ, L. B. S. Diagnóstico ambiental da bacia hidrográfica do rio Uberaba, 
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ESTEVES, F. A. Fundamentos de limnologia. 2. ed. Rio de Janeiro; 
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FUZINATTO, C. F. Avaliação da qualidade da água de rios localizados na ilha 
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GUIMARÃES-SILVA, A. K.; MACHADO, D. A.; NALINI, H. A, J.; DE LENA, J. C. 
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VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de 
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