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DIREITO PÚBLICO E PRIVADO É uma subdivisão do direito. Sérgio Martins: Direito Público: envolve a organização do Estado, em que são estabelecidas normas de ordem pública, que não podem ser mudadas pela vontade das partes, como a obrigação de pagar tributos. Ex: Constitucional, Administrativo, Penal, Tributário, Processos, internacional público. Direito Privado: diz respeito aos interesses dos particulares, às normas contratuais que são estabelecidas pelos particulares, decorrentes da manifestação de vontade dos interessados. Ex: civil, comercial, trabalho e internacional privado. TEORIA DO ESTADO 1- CONCEITO DE TGE (Sérgio Martins utiliza a expressão “Teoria do Estado) PEDRO CALMON: é o estudo da estrutura do Estado, sob os aspectos jurídico, sociológico e histórico. MIGUEL REALE assim se exprime: “Embora o termo Política seja o mais próprio aos povos latinos, mais fiéis às concepções clássicas, é inegável que, por influência germânica, já está universalizado o uso das expressões Teoria Geral do Estado e Doutrina Geral do Estado para designar o conhecimento unitário e total do Estado. A palavra Política é conservada em sua acepção restrita para indicar uma parte da Teoria Geral, ou seja, a ciência prática dos fins do Estado e a arte de alcançar esses fins.” ORLANDO CARVALHO: tem por objeto o estudo sistemático do Estado. PINTO FERREIRA define Direito Constitucional como a "ciência positiva das Constituições", e Teoria Geral do Estado como a “ciência positiva do Estado”. SOUSA SAMPAIO diz que, em sua acepção ampla, é uma ciência que estuda os fenômenos políticos em seu tríplice aspectos - jurídico, sociológico e filosófico - e que melhor lhe caberia a designação de Ciência Política, a political science dos autores de língua inglesa. ADERSON DE MENEZES propõe: "a Teoria Geral do Estado é a ciência geral que, na análise dos fatos sociais, jurídicos e políticos do Estado, unifica esse tríplice aspecto e elabora uma síntese que lhe é peculiar, para estudá-lo e explicá-lo na origem, na evolução e nos fundamentos de sua existência". 2- Objetivo O estudo do fato político supremo, que é o Estado, e de todos os outros fatos políticos. 3- CONCEITO DE ESTADO SÉRGIO MARTINS: É a reunião de pessoas numa sociedade política e juridicamente organizada, dotada de soberania, dentro de um território, sob um governo, para a realização do bem comum do povo. 4- HISTÓRICO DO ESTADO ESTADO ANTIGO: era unitário e religioso. O governante era considerado um representante divino. Origens do Estado 4.1- Teoria da Origem contratual do Estado O Estado, a sociedade política, se originou de urna convenção entre os membros da sociedade humana. FILÓSOFOS E SUAS TEORIAS: 1o) Thomas Hobbes - Geração do Estado O Estado determina tudo, como um monstro horrível que devora e absorve todos os direitos individuais das pessoas. No contrato social, as pessoas abdicariam de suas liberdades e direitos naturais em favor do Estado, que iria instaurar e garantir a ordem. Os homens se submeteriam à onipotência da tirania que eles próprios criaram. 2°) John Locke - Sociedade Política FRASE: "Baseado no consentimento de todos a aceitar o principio majoritário, dando nascimento à Sociedade Política." O cidadão tem direitos fundamentais que deveriam ser tutelados pelo Estado. Os homens concordaram em ceder ao Estado uma parte de seus direitos para ele determinar a ordem civil, julgar, punir as pessoas e promover a defesa externa. Se o governante violasse o contrato, o povo reassumiria o poder. Funções do Estado: elaborar a lei, executá-la e administrar as relações com o exterior. 3°) Jean Jacques Rousseau - Pacto Social o contrato deve ter sido geral, unânime e baseado na igualdade dos homens. funda o Direito e o Estado exclusivamente na igualdade dos homem, sem admitir nenhum princípio ou norma permanente que limitasse a vontade geral. Os homens estabeleceriam um poder supremo que a todos defenderia, firmando um contrato social. Defendia que a soberania era do povo, que poderia se rebelar contra o estado. CRÍTICAS: 1- O contrato social não constitui sequer uma lenda ou mito das sociedades antigas. 2- Se o Estado fosse uma associação voluntária dos homens, cada um teria sempre o direito de sair dela, e isso seria a porta aberta à dissolução social e à anarquia. 3- Se a vontade geral, criada pelo contrato, fosse ilimitada, seria criar o despotismo do Estado, ou melhor, das maiorias, cuja opinião e decisão poderia arbitrariamente violentar os indivíduos, mesmo aqueles direitos que Rousseau considera invioláveis. 4- Teoria sem consistência devido ao estado de natureza ser uma hipótese falsa, devido a que se o Estado fosse uma associação voluntária, cada um teria direito de sair dela. 4.2- Teoria Marxista – Marx e Engels * O Estado foi criado exclusivamente para servir a burguesia, protegendo a propriedade privada. * O Estado é um instrumento da burguesia. * Serve para a exploração do proletariado. * As classes deveriam desaparecer e, em consequência, o Estado. 5- ELEMENTOS DO ESTADO O Estado se forma de três elementos: território, povo e governo. POVO: elemento humano ou pessoal. É o conjunto de pessoas que estão adstritas à jurisdição do Estado (compreende tanto o que reside quanto o que está fora dele). POPULACAO: inclui todos os indivíduos que residem (nacionais e estrangeiros). TERRITÓRIO: elemento espacial e físico. É o limite espacial no qual o Estado exerce seu poder sobre pessoas e bens. Compreende a superfície do solo, o subsolo, mar territorial (200 milhas da costa) e espaço aéreo. GOVERNO: é a organização necessária para exercício do poder político. É o conjunto de poderes públicos que tem a seu cargo a direção política de um Estado, ou seja, uma definição de governo seria: o conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública. Outros conceitos: NAÇÃO: conceito sociológico. É a sociedade natural dos homens, dentro de um território, com mesma origem, costumes, língua e comunhão de vida. 6- FUNDAMENTOS DO ESTADO 7- FINS DO ESTADO Assegurar a vida humana em sociedade. Assegurar o bem comum do povo. Garantir a ordem interna e assegurar a soberania na ordem internacional. Fins da RFB (art.3º da CF/88): construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 8- FORMAS DE ESTADO (Unitário, composto ou federado) UNITÁRIO: só existe uma única fonte de Direito, de âmbito nacional (França, Itália, Portugal, Inglaterra, Paraguai). COMPOSTO: reunião de dois ou mais Estados, sob o mesmo governo, formando uma união (Ex- URSS, Iuguslávia). FEDERADO: união de Estados formando uma federação, uma União. Os Estados que aderem a Federação não podem mais se desligar. Existem varias fontes de Direito, Estadual, municipal, distrital, territorial, determinadas pela Constituição (Alemanha, Brasil, EUA). 9- FORMAS DE GOVERNO (Monarquia e República) MONARQUIA: governo do rei, soberano, que exerce o poder vitaliciamente. Há sucessão hereditária. Monarquia Absoluta: o governo cabe a um único indivíduo com poderes ilimitados, fazendo e aplicando as leis (ex: países islâmicos e asiáticos – Qatar). Monarquia Limitada: o exercício do poder é feito tanto pelos nobres, quanto pelo povo: misturaaristocracia com democracia. Monarquia constitucional: o rei governa mas está sujeito a limitações previstas na Constituição (Inglaterra). - pura: adota a separação dos poderes. O monarca é o chefe de Estado e de governo. - parlamentar: o monarca é apenas o chefe de Estado. A chefia do governo é feita por um Conselho de Ministros. REPÚBLICA: forma de governo democrática, feita pelo povo, por meio do voto. Não há sucessão hereditária e os mandatos são temporários. DIREITO CONSTITUCIONAL 1- OBJETIVO DO DIREITO CONSTITUCIONAL É um ramo do direito público que estuda os princípios e regras estruturadoras do Estado e garantidoras dos direitos e liberdades individuais. 2- ESTUDO DAS CONSTITUIÇÕES 2.1 – CONCEITO - A palavra vem do latim constituere, no sentido de constituir, estabelecer, organizar, delimitar. - Logo, Constituição é o ato de constituir, estabelecer, formar. CONCEITO: Constituição é o conjunto de princípios e regras relativos a estrutura e ao funcionamento do Estado . É na verdade uma norma escrita ou costumeira que regula a forma de Estado e governo, bem como sua organização. 2.1 – HISTÓRICO Magna Charta de João sem Terra (1215): era escrita e protegia direitos individuais. É considerada uma antecedente das constituições. Foi imposta pelos barões ingleses (nobreza) ao monarca, uma espécie de limitação aos poderes do rei. Petitions of Rigths: na Inglaterra de 1628. Imposicao ao rei da Inglaterra forçando o respeito aos direitos dos cidadãos. Bill of Rigths (1689): relação de direitos e garantias dadas ao individuo contra o poder estatal. Constituição do Estado da Virginia (1776): primeira constituição escrita. Primeira Constituição dos EUA: 1787. Declaracao dos Direitos do Homem e do Cidadao (1789): resultado da luta da burguesia contra os privilégios do clero e da nobreza. Origem do constitucionalismo: constituições escritas dos EUA após a independência das 13 colonias (1787) e França (1791), após a Revolucao Francesa. Origem do Constitucionalismo: o Estado passa a se organizar. É limitado o poder estatal e garantido direitos e garantias fundamentais ao cidadão. Constitucionalismo Social: surgiu a partir do término da 1ª GM: inclusão nas constituições de preceitos relativos a defesa social, criação de normas que visavam proteger os interesses sociais (ex: direito ao trabalho, a saúde, habitação). Constituição Mexicana (1917): primeira constituição social. Constituição de Weimar (1919): segunda. 1- APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS (Classificação quanto à eficácia das normas constitucionais segundo José Afonso da Silva) a- Eficácia plena: não necessitam ser regulamentados pela legislação infraconstitucional (ex: adicional de horas extras de 50%). b- Eficácia Contida: a norma constitucional terá eficácia, porém o legislador infraconstitucional poderá determinar restrições em relação ao tema. c- Eficácia Limitada: a norma somente terá eficácia quando for regulamentada no plano infraconstitucional (ex: participação na gestão de empresas). Além destas, temos as normas programáticas, aquelas que estabelecem um programa ou metas a serem cumpridas ou enunciam princípios gerais, necessitando de complementação pelo legislador infraconstitucional (direito a educação). 2- PODER CONSTITUINTE Conceito: é a manifestação da vontade política de um povo em estabelecer regras que irão regular condutas e a própria organização do Estado. POVO: é o titular do poder constituinte, sendo exercido por meio de representantes eleitos. ESPÉCIES: a- Originário: responsável pela criação de uma nova Constituição. É inicial, ilimitado, autônomo e incondicionado. - Pode ocorrer por meio de uma REVOLUÇÃO ou CONVENÇÃO (assembleia nacional constituinte). b- Derivado: responsável pelas reformas da constituição já existente. É subordinado e condicionado às determinações da própria Constituição. 3- REFORMA CONSTITUCIONAL (poder derivado) a- Revisão: implica modificação, alteração, transformação. No caso brasileiro, realizada após 5 anos da promulgação da CF/88. Poderia ser revista toda a CF, com exceção das clausulas pétreas (art.60, parágrafo 4º). b- Emenda: outra forma de modificar a CF, porém somente feita após 5 anos. Deve respeitar os limites materiais (cláusulas pétreas, bem como os limites formais (relacionados ao processo de reforma da CF, que deve atender a certos requisitos, como o quórum mínimo de 3/5 de votação no Congresso Nacional em 2 turnos. Obs: CLÁUSULAS PÉTREAS: não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação de poderes; os direitos e garantias individuais. OBS: Pode-se ampliar os direitos e garantias individuais, porém não abolir. 4- ORGANIZACAO DO ESTADO Art.1º: A CF/88 dispõe que a RFB é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal (por isso mesmo é uma Federação). PODERES DA UNIÃO: Legislativo, Executivo e Judiciário. Art.18: a organização político-administrativa da RFB compreende a União, o DF, os Estados e Municípios, que são entes autônomos. Estados: podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito e do Congresso Nacional, por lei complementar. Municípios: podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se somente mediante lei estadual, dentro do período determinado em lei complementar federal e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos. Constituições Estaduais: os Estados se organizam pelas constituições e leis que adotarem, mas observam os princípios previstos na CF (art.25). Leis Orgânicas: regem os Municípios e DF. Art.29 e 32, respectivamente OBS: O DF possui as mesmas competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 5- DIVISÃO DOS PODERES 6.1- PODER LEGISLATIVO - Órgãos: nível nacional: Congresso Nacional* nível estadual: Assembleias Legislativas nível municipal: Câmaras de Vereadores nível distrital:: Câmara Legislativa * Congresso Nacional: - Sistema bicameral: a) câmara dos deputados: representantes do povo. - Sistema bicameral: a) câmara dos deputados: representantes do povo. b) senado: representantes dos Estados - Câmara dos Deputados: a- Eleição: Sistema proporcional: b- Cada Estado não pode ter menos de 8 e nem ultrapassar 70 representantes. c- o mandato é de 4 anos. d- mínimo 21 anos de idade. - Senado: a- Eleição: sistema majoritário b- 3 senadores para cada estado e DF. c- Mandato de 8 anos. d- Idade mínima 35 anos. - Assembléias Legislativas: a- Idade mínima 21 anos. - Câmaras de Vereadores: a- idade mínima 18 anos. b- o número é proporcional à população do município 1.2 – PODER EXECUTIVO - É exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos ministros de Estado (art.76). - Idade mínima: 35 anos. - Ordem de sucessão em caso de vacância: Vice- Presidente, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado, Presidente do STF (art.80). - Mandato de 4 anos. - Início do mandato: 01/01 do ano seguinte à eleição. - Reeleição por um único período. 1.3- PODER JUDICIÁRIO - Função: julgar as questões que lhe forem submetidas, dizendo o direito aplicável ao caso concreto. - Órgãos: STF, STJ, TST – tribunais e juízes do trabalho TRF`s – e juízes federais TSE- tribunais e juízes eleitorais STM- tribunais ejuízes militares Tribunais e juízes dos Estados, do DF e territórios (tribunais de justiça). Ministros: membros dos tribunais superiores. Desembargadores: membros dos tribunais de justiça. Tribunais superiores: têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional. STF: compete julgar matéria constitucional (dentre elas inconstitucionalidade ou constitucionalidade de lei federal ou estadual). CNJ: compete o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. STJ: julga questões que contrariem tratado ou lei federal, lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal, uniformizar a jurisprudência dos tribunais regionais federais e dos Tribunais dos Estados. TST: julga questões trabalhistas que compreendem violação de lei federal e uniformiza a jurisprudência dos TRT`s. Justiça Militar: processar e julgar os crimes militares definidos em lei. TSE: julga matéria eleitoral. Nomeação pelo Presidente da República: juízes dos tribunais superiores, TRTs e TRFs. 6- NACIONALIDADE Dois critérios: Ius sanguinis: a pessoa tem a mesma nacionalidade dos seus pais, sendo portanto, decorrente do sangue, seja qual for o local em que nascer. Ius soli: a pessoa que nascer no território do Estado adquire a nacionalidade desse Estado. - Brasil: utiliza os 2 critérios. Brasileiros Natos: a) nascidos na RFB, ainda que de pais estrangeiros (ius soli); b) nascidos no estrangeiro de pai ou mae brasileiros, depois de atingida a maioridade, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou qualquer deles esteja a serviço do Brasil (ius sanguinis); c) nascidos no estrangeiro de pai ou mae brasileiros, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (art.12, I). DIREITO CONSTITUCIONAL (continuação) Gerações de Direitos: -1ª geração: pretendem valorizar o homem, assegurar liberdades abstratas que formariam a sociedade civil (ex.: direitos a liberdade, a vida, igualdade). -2ª geração: direitos sociais (econômicos, sociais e culturais – DESC) – ex.: direitos trabalhistas, habitação, educação, saúde. - 3ª geração: direitos coletivos – ex.: meio ambiente, patrimônio comum da humanidade, direito a paz, etc. 2.2- CLASSIFICACÕES a) Quanto ao conteúdo: - Materiais: é o conjunto das normas que irão disciplinar a organização política do país. - Formais: é a norma escrita. b) Quanto à forma: - Escritas: codificada e sistematizada em um único documento. - Não escritas (costumeiras): conjunto de regras provenientes de leis esparsas, convenções, costumes, e não estão reunidas num só documento (Ex. Inglaterra). c) Quanto ao modo de elaboração: - Dogmáticas: escrita e sistematizada pela Assembleia Constituinte. - Históricas: decorrente da formação paulatina da norma no curso do tempo, de acordo com tradições de um povo (Ex.: Inglaterra). d) Quanto à origem: - Promulgadas: votadas pela Assembleia Constituinte; logo, são democráticas. - Outorgadas: são impostas geralmente pelo ditador, sem que sejam votadas. e) Quanto à estabilidade: - imutáveis: não podem sofrer qualquer alteração. - rígidas: não podem ser alteradas, salvo critérios especiais. (Ex. Brasil. Para ser modificada necessita de emenda constitucional votada por 3/5 dos membros de cada Casa do Congresso). - flexíveis: podem ser alteradas segundo critérios das leis ordinárias. - semirrígidas: possuem uma parte rígida e outra flexível (ex.: constituição brasileira de 1824). f) Quanto à extensão e finalidade: - Analíticas: são as constituições detalhistas, que tratam de muitos assuntos, como a de 1988. - Sintéticas: tratam apenas de princípios e normas gerais, estabelecendo direitos e garantias fundamentais. 3- APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS (Classificação quanto à eficácia das normas constitucionais segundo José Afonso da Silva) d- Eficácia plena: não necessitam ser regulamentados pela legislação infraconstitucional (ex: adicional de horas extras de 50%). e- Eficácia Contida: a norma constitucional terá eficacia, porém o legislador infraconstitucional poderá determinar restrições em relação ao tema. f- Eficácia Limitada: a norma somente terá eficaçia quando for regulamentada no plano infraconstitucional (ex: participação na gestão de empresas). Além destas, temos as normas programáticas, aquelas que estabelecem um programa ou metas a serem cumpridas ou enunciam princípios gerais, necessitando de complementação pelo legislador infraconstitucional (direito a educação). 4- PODER CONSTITUINTE Conceito: é a manifestação da vontade política de um povo em estabelecer regras que irão regular condutas e a própria organização do Estado. POVO: é o titular do poder constituinte, sendo exercido por meio de representantes eleitos. ESPÉCIES: c- Originário: responsável pela criação de uma nova Constituição. É inicial, ilimitado, autônomo e incondicionado. d- Derivado: responsável pelas reformas da constituição já existente. É subordinado e condicionados às determinações da própria Constituição. 5- REFORMA CONSTITUCIONAL c- Revisão: implica modificação, alteração, transformação. No caso brasileiro, realizada após 5 anos da promulgação da CF/88. Poderia ser revista toda a CF, com exceção das clausulas pétreas (art.60, parágrafo 4º). d- Emenda: outra forma de modificar a CF, porém somente feita após 5 anos. Deve respeitar os limites materiais (cláusulas pétreas, bem como os limites formais (relacionados ao processo de reforma da CF, que deve atender a certos requisitos, como o quórum mínimo de 3/5 de votação no Congresso Nacional em 2 turnos. Obs: CLÁUSULAS PÉTREAS: não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação de poderes; os direitos e garantias individuais. OBS: Pode-se ampliar os direitos e garantias individuais, porém não abolir. 6- ORGANIZACAO DO ESTADO Art.1º: A CF/88 dispõe que a RFB é formada pela união indissolúvel dos Estados,, Municípios e do Distrito Federal (por isso mesmo é uma Federação). PODERES DA UNIÃO: Legislativo, Executivo e Judiciário. Art.18: a organização político-administrativa da RFB compreende a União, o DF, os Estados e Municípios, que são entes autônomos. Estados: podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito e do Congresso Nacional, por lei complementar. Municípios: podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se somente mediante lei estadual, dentro do período determinado por em complementar federal e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos. Constituições Estaduais: os Estados se organizam pelas constituições e leis que adotarem, mas observam os princípios previstos na CF (art.25). Leis Orgânicas: regem os Municípios e DF. Art.29 e 32, respectivamente OBS: O DF possui as mesmas competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. DIREITO ADMINISTRATIVO 1) Histórico: Período das Monarquias Absolutas: todo o poder do Estado desaguava nas mãos do monarca, tornando frágeis as relações entre o Estado e os súditos. (L’État c’est moi). século XIX: movimentos constitucionalistas; o Estado passa a ter órgãos específicos para o exercícioda administração publica e, daí foi necessário o desenvolvimento de disciplinas para as relações internas da Administração. 2) Conceito: “o ramo do Direito público interno que regula a atividade das pessoas jurídicas públicas e a instituição de meios e órgãos relativos à ação dessas pessoas”. “Conjunto de normas que regem os órgãos, as entidades políticas e administrativas e os agentes públicos, e a relação destes com os administrados, buscando a satisfação do interesse público”. 3) Administração Pública: Possui 2 âmbitos/sentidos: Objetivo: é a própria atividade que será desempenhada pelas pessoas políticas, administrativas, seus órgãos e agentes. É a função administrativa - Função: gestão dos interesses coletivos na sua mais variada dimensão. Obs: atividades administrativas – fomento, polícia administrativa, serviço público, etc. Subjetivo: quem vai executar a vontade estatal. Cria-se uma estrutura para executar essa vontade estatal (órgãos públicos e agentes públicos). 2.1) Administração Pública Direta São os serviços prestados pela própria Administração (é o próprio Poder Executivo). 2.2) Administração Pública Indireta É formada por uma série de pessoas jurídicas que necessitam ser criadas pela entidade federativa. As entidades políticas criam a sua Administração Pública Indireta e lhes repassa a titularidade de alguma atividade administrativa específica sob seu controle (ex.: sociedades de economia mista – BB; empresas públicas – Correios; autarquias – DETRAN, INSS). 4) Princípios da Administração Pública (art.37, CF) legalidade: o Administrador somente pode atuar quando a lei der autorização; somente pode fazer o que a lei permite. Os administradores não possuem competência ilimitada, pois as atribuições de cada um vêm traçadas pela lei. impessoalidade: o agente não age em nome próprio e sim em nome público. Quem age é o próprio Estado. Visa-se sempre o interesse público (proibição de constar nomes que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em atos administrativos – art.34, § único, CF). moralidade: o administrador deve agir segundo padrões éticos (honestidade, decoro, boa-fé (Ex.: responsabilidade de prefeitos e vereadores – Decreto-Lei 201/67). publicidade: os atos administrativos devem ser amplamente divulgados, podendo haver sigilo somente nos casos previstos em lei. (Ex.: publicação de edital na lei 8.666/63; apresentação de contas pelo Poder Executivo). eficiência: dever de produzir com qualidade e quantidade. Aos realizar suas atividades, o agente deve fazê-las com presteza, rapidez e resultado satisfatório. OUTROS PRINCÍPIOS: supremacia do interesse público, razoabilidade, proporcionalidade, motivação e indisponibilidade do bem público. 5) Ato Administrativo: Espécie de ato jurídico. Elementos: sujeito, objeto, forma e vontade. Conceito: 1- “declaração unilateral do Estado, no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante comandos concretos complementares da lei, expedidos a título de lhe dar cumprimento e sujeitas a controle de legitimidade por órgão jurisdicional” (Celso Antônio). 2- “a exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público”. (Carvalho Filho). OBS: 1) SUJEITOS DA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE = alguém vinculado à Administração (agentes ou delegatários). 2) REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO = há regras e princípios jurídicos específicos para os atos administrativos (que são os atos de PODER), e por isso devem ser dotados de certas prerrogativas, que não incidem sobre atos privados. Finalidade: adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administradores. Espécies: decreto, regimento, instrução, circular, portaria, ordem de serviço, ofícios, autorização, permissão1, licença, alvará, certidão, atestado, parecer, demissão, multa. 6) Contratos Administrativos: É o ajuste que a Administração faz com um particular (pessoa física ou jurídica, pública ou privada), visando à realização de fins públicos, de acordo com regime jurídico de Direito Público. Ex.: contratos de obras públicas, concessão de serviço ou de uso de bens públicos, o fornecimento ao poder público de materiais, o contrato de serviços técnicos ou especializados com pessoa jurídica ou física. CONCESSÃO: a Administração defere ao particular a execução remunerada de serviço público ou a realização de obra pública, para que o explore por sua conta e risco, pelo prazo e condições ajustadas. Ex.: linhas de ônibus. LICITAÇÃO: “é o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração do contrato”. Objetivo: contratar obras, serviços, realizar compras. Regulamentação: Lei. 8.666/93. Modalidades: Concorrência: entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. Tomada de preços: ente interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento ate o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 1 PERMISSÃO: ATO ADMINISTRATIVO DISCRICIONÁRIO E PRECÁRIO PELO QUAL A ADMINISTRAÇÃO CONSENTE QUE O PARTICULAR EXECUTE SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA OU UTILIZE PRIVATIVAMENTE BEM PÚBLICO. Convite: entre interessados do ramo pertinente a seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em numero mínimo de três pela unidade administrativa. Os demais cadastrados podem manifestar interesse em participar com antecedência de até 24 horas da apresentação da proposta. Concurso: entre quaisquer interessados para escolha de traalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias. Leilão: entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para alienação de bens imóveis, a quem oferecer maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. Pregão: para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública. LIMITES (obras e serviços de engenharia): até R$150.000,00 = convite. Acima de R$150.000,00 até R$1.500.000,00 = tomada de preços. Acima de R$1.500.000,00 = concorrência. 7) Serviços Públicos: Conceito: “toda atividade que o Estado exerce, direta ou indiretamente, para a satisfação das necessidades públicas”. DIREITO PENAL (continuação) 1) Crimes Hediondos: São delitos repugnantes, sórdidos, decorrente de condutas que, pela forma de execução ou pela gravidade objetiva dos resultados, causam intensa repulsa (Lei 8072/90). São eles: - homicídio simples quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente; - homicídio qualificado; latrocínio (roubo seguido de morte); - extorsãoqualificada pela morte; - extorsão mediante sequestro; - estupro; - genocídio; - falsificação, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais. 2) IMPUTABILIDADE x INIMPUTABILIDADE: 2.1- Imputabildiade: imputar é atribuir a alguém a responsabilidade de alguma coisa; imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de um fato punível. 2.2- Inimputabilidade: é a incapacidade de apreciar o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com essa apreciação; a imputabilidade é a regra; inimputabilidade é exceção. * Causas (excluem a culpabilidade – art. 28, §1º): Art. 26, caput: doença mental; desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Art.28, §1º: embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior. 3) TENTATIVA E CONSUMAÇÃO Crime consumado: a conduta e o resultado se encaixam, com perfeição, no modelo legal de conduta proibido. O tipo concreto se enquadra no tipo abstrato (art.14, I); Crime tentado: realização incompleta da conduta típica (art.14, II). Obs: Não há tentativa no crime culposo. A redução da pena é obrigatória = redução de 1 a 2/3 a critério do juiz. 4) Crime Impossivel: tentativa não punível porque o agente se vale de meios absolutamente ineficazes ou volta-se contra objetos absolutamente impróprios, tornando impossível a consumação do crime (art,17). Ex: atirar para matar contra um cadáver ou com uma arma descarregada. Obs: Não há punição porque não houve risco para o bem jurídico. 5) PENAS 5.1) Conceito: É a sanção aflitiva imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração (penal), como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, e cujo fim é evitar novos delitos. A pena é a consequência natural imposta pelo Estado quando alguém comete uma infração penal. Respeito aos princípios explícitos e implícitos: há um limite ao direito de punir. Art.5º XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; 3.2) Espécies: 3.2.1) Privativas de Liberdade a- Prisão simples: contravenções penais (apenas regime aberto e semiaberto). b- Reclusão: inicialmente cumprida nos regimes fechado, semiaberto ou aberto (art.35, caput); pode acarretar perda do poder familiar; propicia internação nos casos de medida de segurança; utilizado nos crimes mais graves. c- Detenção: início no regime aberto ou semiaberto; utilizado nos crimes mais leves. 3.2.2) Penas Restritivas de Direitos Previstas na CF (art.5º, XLVI): - prestação de serviços à comunidade; - interdição temporária de direitos e limitação de fins de semana; 3.2.3) Penas Pecuniárias Progressão de Regimes: A cada 1/6 em regime mais gravoso, pode o condenado ser transferido para regime mais brando, caso demonstre merecer o benefício. Objetiva dar ao preso perspectiva e esperança; a- Regime Fechado: deve ser cumprido em estabelecimento prisional de segurança máxima, sem possibilidade de saída temporária, com trabalho obrigatório durante o dia e isolamento noturno. b- Regime semiaberto: colônia agrícola ou industrial, estabelecimento de segurança média, com trabalho obrigatório durante o dia e alojamento coletivo à noite. Pode haver saída temporária e frequência a cursos profissionalizantes. c- Regime Aberto: casas de albergado ou estabelecimentos similares, sem qualquer obstáculo à fuga; deve o preso se recolher à noite e fins de semana e folgas. Remição: é o resgate da pena pelo trabalho ou estudo, abatendo-se do montante da condenação os dias trabalhados ou de frequência escolar, na proporção de 3 dias de labor para 1 dia de pena. Detração: desconto na pena privativa de Liberdade e na medida de segurança do tempo de prisão provisória. DIREITO CIVIL Ramo do Direito privado por excelência, regula o ordenamento dos interesses particulares. Regras de interesses eminentemente individuais. Importância: evolução da liberdade individual e o campo de atuação e expansão da vontade. Conceito: “conjunto de princípios, de regras, de instituições que regula as relações entre pessoas e entre estas e os bens de que se utilizam”. (Sérgio Martins). Fontes: Código Civil (Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002), como fonte principal - Leis civis especiais. Microssistemas. Parte Geral: noções de pessoas, bens, atos e fatos jurídicos. Parte Especial: regras sobre família, sucessões, coisas, obrigações, contratos. DA PESSOA NATURAL 1) Personalidade Jurídica: Art.2º: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Pessoa natural é o ser humano, pessoa na acepção jurídica. Começo da personalidade natural: - a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida; * Condição do nascituro: - Possui capacidade de direito, pois pode herdar, receber doações, etc. - condição suspensiva; - proteção legal aos direitos do nascituro desde a concepção. 2) Capacidade É a aptidão determinada pela ordem jurídica para gozo e exercício de um direito por seu titular. Art.1º: toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Pode-se ser mais ou menos capaz, mas não mais ou menos pessoa. A capacidade pode ser limitada. 2.1) Capacidade de direito: É a aptidão da pessoa de gozar de seus direitos. Todos que nascem com vida tem capacidade de direito (ex.: o menor, o louco, o surdo-mudo). 2.2) Capacidade de fato (ou processual): Pode pleitear a tutela jurisdicional do Estado mas desde que regularmente representado. 3) Incapacidade 3.1) Incapacidade Absoluta (art.3º): Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 3.2) Incapacidade Relativa: - atos civis autorizados a pessoas assistidas por outro legalmente autorizado. Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. - maiores de 16 – menores de 18: opção legislativa ao limite de idade. 3.3) Emancipação: Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 3.4) Fim da personalidade natural Art. 6o A existência da pessoa natural termina com amorte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. - Comoriência: presunção da lei de falecimento conjunto. - Morte presumida: declarada pelo juiz, tendo por fundamento fatos que permitam presumir que a pessoa esteja morta (ex.: naufrágios, guerras, etc). 3.5) Domicílio da pessoa natural É o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo (art.70, CC). É o local onde o indivíduo responde por suas obrigações ou o local em que estabelece a sede principal de sua residência e de seus negócios. Diversas residências: considera-se o domicílio qualquer uma delas. DA PESSOA JURÍDICA Pessoa = é o indivíduo sujeito de direitos e obrigações. 1) Conceito: Pessoa jurídica = é a entidade constituída por pessoas ou bens, com vida, direitos, obrigações e patrimônio próprios (é uma ficção estabelecida pelo Estado). PJ de Direito Público Interno: União, Estados DF, Municípios, Autarquias, demais entidades de caráter público criadas por lei. PJ de Direito Público Externo: Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo Direito Internacional Público. PJ de Direito Privado: associações, sociedades, fundações privadas, organizações religiosas, partidos políticos, empresas individuais. Organizações Religiosas: livre criação, organização, estrutura interna e funcionamento. 2) Início da PJ: inscrição de seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos no registro próprio. 3) Término da PJ: dissolução ou extinção. 4) Domicílio da PJ: - Da União: o DF - Dos Estados: as respectivas capitais - Do Município: o lugar onde funcione a administração municipal. - Das demais pessoas jurídicas: o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial em seus estatutos ou atos constitutivos.
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