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Resumo - IDPP

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DIREITO PÚBLICO E PRIVADO 
 É uma subdivisão do direito. 
 Sérgio Martins: 
Direito Público: envolve a organização do Estado, em que são estabelecidas 
normas de ordem pública, que não podem ser mudadas pela vontade das partes, 
como a obrigação de pagar tributos. Ex: Constitucional, Administrativo, Penal, 
Tributário, Processos, internacional público. 
Direito Privado: diz respeito aos interesses dos particulares, às normas contratuais 
que são estabelecidas pelos particulares, decorrentes da manifestação de vontade 
dos interessados. Ex: civil, comercial, trabalho e internacional privado. 
TEORIA DO ESTADO 
1- CONCEITO DE TGE (Sérgio Martins utiliza a expressão “Teoria do Estado) 
 PEDRO CALMON: é o estudo da estrutura do Estado, sob os aspectos jurídico, 
sociológico e histórico. 
 MIGUEL REALE assim se exprime: “Embora o termo Política seja o mais próprio 
aos povos latinos, mais fiéis às concepções clássicas, é inegável que, por influência 
germânica, já está universalizado o uso das expressões Teoria Geral do Estado e 
Doutrina Geral do Estado para designar o conhecimento unitário e total do 
Estado. A palavra Política é conservada em sua acepção restrita para indicar uma 
parte da Teoria Geral, ou seja, a ciência prática dos fins do Estado e a arte de 
alcançar esses fins.” 
 ORLANDO CARVALHO: tem por objeto o estudo sistemático do Estado. 
 PINTO FERREIRA define Direito Constitucional como a "ciência positiva das 
Constituições", e Teoria Geral do Estado como a “ciência positiva do Estado”. 
 SOUSA SAMPAIO diz que, em sua acepção ampla, é uma ciência que estuda os 
fenômenos políticos em seu tríplice aspectos - jurídico, sociológico e filosófico - e 
que melhor lhe caberia a designação de Ciência Política, a political science dos autores 
de língua inglesa. 
 ADERSON DE MENEZES propõe: "a Teoria Geral do Estado é a ciência geral 
que, na análise dos fatos sociais, jurídicos e políticos do Estado, unifica esse tríplice 
aspecto e elabora uma síntese que lhe é peculiar, para estudá-lo e explicá-lo na 
origem, na evolução e nos fundamentos de sua existência". 
 
2- Objetivo 
O estudo do fato político supremo, que é o Estado, e de todos os outros fatos 
políticos. 
3- CONCEITO DE ESTADO 
SÉRGIO MARTINS: É a reunião de pessoas numa sociedade política e 
juridicamente organizada, dotada de soberania, dentro de um território, sob um 
governo, para a realização do bem comum do povo. 
4- HISTÓRICO DO ESTADO 
 ESTADO ANTIGO: era unitário e religioso. O governante era considerado um 
representante divino. 
Origens do Estado 
4.1- Teoria da Origem contratual do Estado 
 O Estado, a sociedade política, se originou de urna convenção entre os membros 
da sociedade humana. 
 FILÓSOFOS E SUAS TEORIAS: 
1o) Thomas Hobbes - Geração do Estado 
 O Estado determina tudo, como um monstro horrível que devora e absorve 
todos os direitos individuais das pessoas. 
 No contrato social, as pessoas abdicariam de suas liberdades e direitos 
naturais em favor do Estado, que iria instaurar e garantir a ordem. 
 Os homens se submeteriam à onipotência da tirania que eles próprios 
criaram. 
2°) John Locke - Sociedade Política 
FRASE: "Baseado no consentimento de todos a aceitar o principio majoritário, 
dando nascimento à Sociedade Política." 
 O cidadão tem direitos fundamentais que deveriam ser tutelados pelo 
Estado. 
 Os homens concordaram em ceder ao Estado uma parte de seus direitos 
para ele determinar a ordem civil, julgar, punir as pessoas e promover a defesa 
externa. 
 Se o governante violasse o contrato, o povo reassumiria o poder. 
 Funções do Estado: elaborar a lei, executá-la e administrar as relações com o 
exterior. 
 
3°) Jean Jacques Rousseau - Pacto Social 
 o contrato deve ter sido geral, unânime e baseado na igualdade dos homens. 
 funda o Direito e o Estado exclusivamente na igualdade dos homem, sem 
admitir nenhum princípio ou norma permanente que limitasse a vontade geral. 
 Os homens estabeleceriam um poder supremo que a todos defenderia, 
firmando um contrato social. 
 Defendia que a soberania era do povo, que poderia se rebelar contra o 
estado. 
 CRÍTICAS: 
1- O contrato social não constitui sequer uma lenda ou mito das sociedades 
antigas. 
2- Se o Estado fosse uma associação voluntária dos homens, cada um teria 
sempre o direito de sair dela, e isso seria a porta aberta à dissolução social e à 
anarquia. 
3- Se a vontade geral, criada pelo contrato, fosse ilimitada, seria criar o 
despotismo do Estado, ou melhor, das maiorias, cuja opinião e decisão poderia 
arbitrariamente violentar os indivíduos, mesmo aqueles direitos que Rousseau 
considera invioláveis. 
4- Teoria sem consistência devido ao estado de natureza ser uma hipótese 
falsa, devido a que se o Estado fosse uma associação voluntária, cada um teria 
direito de sair dela. 
4.2- Teoria Marxista – Marx e Engels 
* O Estado foi criado exclusivamente para servir a burguesia, protegendo a 
propriedade privada. 
* O Estado é um instrumento da burguesia. 
* Serve para a exploração do proletariado. 
* As classes deveriam desaparecer e, em consequência, o Estado. 
5- ELEMENTOS DO ESTADO 
 O Estado se forma de três elementos: território, povo e governo. 
POVO: elemento humano ou pessoal. É o conjunto de pessoas que estão adstritas 
à jurisdição do Estado (compreende tanto o que reside quanto o que está fora dele). 
POPULACAO: inclui todos os indivíduos que residem (nacionais e estrangeiros). 
TERRITÓRIO: elemento espacial e físico. É o limite espacial no qual o Estado 
exerce seu poder sobre pessoas e bens. Compreende a superfície do solo, o 
subsolo, mar territorial (200 milhas da costa) e espaço aéreo. 
GOVERNO: é a organização necessária para exercício do poder político. É o 
conjunto de poderes públicos que tem a seu cargo a direção política de um Estado, 
ou seja, uma definição de governo seria: o conjunto das funções necessárias à 
manutenção da ordem jurídica e da administração pública. 
Outros conceitos: 
NAÇÃO: conceito sociológico. É a sociedade natural dos homens, dentro de um 
território, com mesma origem, costumes, língua e comunhão de vida. 
6- FUNDAMENTOS DO ESTADO 
7- FINS DO ESTADO 
 Assegurar a vida humana em sociedade. 
 Assegurar o bem comum do povo. 
 Garantir a ordem interna e assegurar a soberania na ordem internacional. 
 Fins da RFB (art.3º da CF/88): construir uma sociedade livre, justa e 
solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a 
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o 
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação. 
8- FORMAS DE ESTADO (Unitário, composto ou federado) 
UNITÁRIO: só existe uma única fonte de Direito, de âmbito nacional 
(França, Itália, Portugal, Inglaterra, Paraguai). 
 COMPOSTO: reunião de dois ou mais Estados, sob o mesmo governo, 
formando uma união (Ex- URSS, Iuguslávia). 
 
FEDERADO: união de Estados formando uma federação, uma União. Os 
Estados que aderem a Federação não podem mais se desligar. Existem varias 
fontes de Direito, Estadual, municipal, distrital, territorial, determinadas pela 
Constituição (Alemanha, Brasil, EUA). 
9- FORMAS DE GOVERNO (Monarquia e República) 
MONARQUIA: governo do rei, soberano, que exerce o poder 
vitaliciamente. Há sucessão hereditária. 
 Monarquia Absoluta: o governo cabe a um único indivíduo com poderes 
ilimitados, fazendo e aplicando as leis (ex: países islâmicos e asiáticos – 
Qatar). 
 Monarquia Limitada: o exercício do poder é feito tanto pelos nobres, 
quanto pelo povo: misturaaristocracia com democracia. 
 Monarquia constitucional: o rei governa mas está sujeito a limitações 
previstas na Constituição (Inglaterra). 
- pura: adota a separação dos poderes. O monarca é o chefe de Estado e de 
governo. 
- parlamentar: o monarca é apenas o chefe de Estado. A chefia do governo 
é feita por um Conselho de Ministros. 
REPÚBLICA: forma de governo democrática, feita pelo povo, por meio do 
voto. Não há sucessão hereditária e os mandatos são temporários. 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
1- OBJETIVO DO DIREITO CONSTITUCIONAL 
É um ramo do direito público que estuda os princípios e regras estruturadoras do 
Estado e garantidoras dos direitos e liberdades individuais. 
2- ESTUDO DAS CONSTITUIÇÕES 
2.1 – CONCEITO 
- A palavra vem do latim constituere, no sentido de constituir, estabelecer, organizar, 
delimitar. 
- Logo, Constituição é o ato de constituir, estabelecer, formar. 
 
CONCEITO: Constituição é o conjunto de princípios e regras relativos a estrutura 
e ao funcionamento do Estado . É na verdade uma norma escrita ou costumeira 
que regula a forma de Estado e governo, bem como sua organização. 
2.1 – HISTÓRICO 
 Magna Charta de João sem Terra (1215): era escrita e protegia direitos individuais. 
É considerada uma antecedente das constituições. Foi imposta pelos barões 
ingleses (nobreza) ao monarca, uma espécie de limitação aos poderes do rei. 
 Petitions of Rigths: na Inglaterra de 1628. Imposicao ao rei da Inglaterra forçando 
o respeito aos direitos dos cidadãos. 
 Bill of Rigths (1689): relação de direitos e garantias dadas ao individuo contra o 
poder estatal. 
 Constituição do Estado da Virginia (1776): primeira constituição escrita. 
 Primeira Constituição dos EUA: 1787. 
 Declaracao dos Direitos do Homem e do Cidadao (1789): resultado da luta da 
burguesia contra os privilégios do clero e da nobreza. 
 Origem do constitucionalismo: constituições escritas dos EUA após a 
independência das 13 colonias (1787) e França (1791), após a Revolucao Francesa. 
 Origem do Constitucionalismo: o Estado passa a se organizar. É limitado o poder 
estatal e garantido direitos e garantias fundamentais ao cidadão. 
 Constitucionalismo Social: surgiu a partir do término da 1ª GM: inclusão nas 
constituições de preceitos relativos a defesa social, criação de normas que visavam 
proteger os interesses sociais (ex: direito ao trabalho, a saúde, habitação). 
 Constituição Mexicana (1917): primeira constituição social. 
 Constituição de Weimar (1919): segunda. 
 
1- APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
(Classificação quanto à eficácia das normas constitucionais segundo José 
Afonso da Silva) 
a- Eficácia plena: não necessitam ser regulamentados pela legislação 
infraconstitucional (ex: adicional de horas extras de 50%). 
b- Eficácia Contida: a norma constitucional terá eficácia, porém o legislador 
infraconstitucional poderá determinar restrições em relação ao tema. 
c- Eficácia Limitada: a norma somente terá eficácia quando for regulamentada 
no plano infraconstitucional (ex: participação na gestão de empresas). 
 Além destas, temos as normas programáticas, aquelas que estabelecem um 
programa ou metas a serem cumpridas ou enunciam princípios gerais, 
necessitando de complementação pelo legislador infraconstitucional (direito 
a educação). 
2- PODER CONSTITUINTE 
 Conceito: é a manifestação da vontade política de um povo em estabelecer 
regras que irão regular condutas e a própria organização do Estado. 
 POVO: é o titular do poder constituinte, sendo exercido por meio de 
representantes eleitos. 
 ESPÉCIES: 
a- Originário: responsável pela criação de uma nova Constituição. É inicial, 
ilimitado, autônomo e incondicionado. 
- Pode ocorrer por meio de uma REVOLUÇÃO ou CONVENÇÃO 
(assembleia nacional constituinte). 
b- Derivado: responsável pelas reformas da constituição já existente. É 
subordinado e condicionado às determinações da própria Constituição. 
3- REFORMA CONSTITUCIONAL (poder derivado) 
a- Revisão: implica modificação, alteração, transformação. No caso brasileiro, 
realizada após 5 anos da promulgação da CF/88. Poderia ser revista toda a 
CF, com exceção das clausulas pétreas (art.60, parágrafo 4º). 
b- Emenda: outra forma de modificar a CF, porém somente feita após 5 anos. 
Deve respeitar os limites materiais (cláusulas pétreas, bem como os limites 
formais (relacionados ao processo de reforma da CF, que deve atender a 
certos requisitos, como o quórum mínimo de 3/5 de votação no Congresso 
Nacional em 2 turnos. 
Obs: CLÁUSULAS PÉTREAS: não será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, 
universal e periódico; a separação de poderes; os direitos e garantias 
individuais. 
OBS: Pode-se ampliar os direitos e garantias individuais, porém não abolir. 
 
4- ORGANIZACAO DO ESTADO 
 Art.1º: A CF/88 dispõe que a RFB é formada pela união indissolúvel dos 
Estados, Municípios e do Distrito Federal (por isso mesmo é uma 
Federação). 
 PODERES DA UNIÃO: Legislativo, Executivo e Judiciário. 
 Art.18: a organização político-administrativa da RFB compreende a União, o 
DF, os Estados e Municípios, que são entes autônomos. 
 Estados: podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se 
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados mediante 
aprovação da população diretamente interessada, por meio de 
plebiscito e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
 Municípios: podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se 
somente mediante lei estadual, dentro do período determinado em lei 
complementar federal e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos municípios envolvidos. 
Constituições Estaduais: os Estados se organizam pelas constituições e leis que 
adotarem, mas observam os princípios previstos na CF (art.25). 
 Leis Orgânicas: regem os Municípios e DF. Art.29 e 32, respectivamente 
OBS: O DF possui as mesmas competências legislativas reservadas aos Estados 
e Municípios. 
5- DIVISÃO DOS PODERES 
6.1- PODER LEGISLATIVO 
 
- Órgãos: 
 
 nível nacional: Congresso Nacional* 
 nível estadual: Assembleias Legislativas 
 nível municipal: Câmaras de Vereadores 
 nível distrital:: Câmara Legislativa 
* Congresso Nacional: 
- Sistema bicameral: 
a) câmara dos deputados: representantes do povo. 
- Sistema bicameral: 
a) câmara dos deputados: representantes 
do povo. 
b) senado: representantes dos Estados 
- Câmara dos Deputados: 
a- Eleição: Sistema proporcional: 
b- Cada Estado não pode ter menos de 8 e nem ultrapassar 70 representantes. 
c- o mandato é de 4 anos. 
d- mínimo 21 anos de idade. 
- Senado: 
a- Eleição: sistema majoritário 
b- 3 senadores para cada estado e DF. 
c- Mandato de 8 anos. 
d- Idade mínima 35 anos. 
- Assembléias Legislativas: 
a- Idade mínima 21 anos. 
- Câmaras de Vereadores: 
a- idade mínima 18 anos. 
b- o número é proporcional à população do município 
1.2 – PODER EXECUTIVO 
- É exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos ministros de Estado 
(art.76). 
- Idade mínima: 35 anos. 
- Ordem de sucessão em caso de vacância: Vice- Presidente, Presidente da Câmara 
dos Deputados, Presidente do Senado, Presidente do STF (art.80). 
- Mandato de 4 anos. 
- Início do mandato: 01/01 do ano seguinte à eleição. 
- Reeleição por um único período. 
1.3- PODER JUDICIÁRIO 
- Função: julgar as questões que lhe forem submetidas, dizendo o direito aplicável 
ao caso concreto. 
- Órgãos: 
STF, 
STJ, 
TST – tribunais e juízes do trabalho 
TRF`s – e juízes federais 
TSE- tribunais e juízes eleitorais 
STM- tribunais ejuízes militares 
Tribunais e juízes dos Estados, do DF e territórios (tribunais de justiça). 
 Ministros: membros dos tribunais superiores. 
 Desembargadores: membros dos tribunais de justiça. 
 Tribunais superiores: têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o 
território nacional. 
 STF: compete julgar matéria constitucional (dentre elas inconstitucionalidade 
ou constitucionalidade de lei federal ou estadual). 
 CNJ: compete o controle da atuação administrativa e financeira do Poder 
Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. 
 STJ: julga questões que contrariem tratado ou lei federal, lei ou ato de 
governo local contestado em face de lei federal, uniformizar a jurisprudência 
dos tribunais regionais federais e dos Tribunais dos Estados. 
 TST: julga questões trabalhistas que compreendem violação de lei federal e 
uniformiza a jurisprudência dos TRT`s. 
 Justiça Militar: processar e julgar os crimes militares definidos em lei. 
 TSE: julga matéria eleitoral. 
 Nomeação pelo Presidente da República: juízes dos tribunais superiores, 
TRTs e TRFs. 
6- NACIONALIDADE 
 
Dois critérios: 
 
 Ius sanguinis: a pessoa tem a mesma nacionalidade dos seus pais, sendo 
portanto, decorrente do sangue, seja qual for o local em que nascer. 
 Ius soli: a pessoa que nascer no território do Estado adquire a nacionalidade 
desse Estado. 
- Brasil: utiliza os 2 critérios. 
 Brasileiros Natos: 
a) nascidos na RFB, ainda que de pais estrangeiros (ius soli); 
b) nascidos no estrangeiro de pai ou mae brasileiros, depois de atingida a 
maioridade, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente 
ou qualquer deles esteja a serviço do Brasil (ius sanguinis); 
c) nascidos no estrangeiro de pai ou mae brasileiros, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir no 
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira (art.12, I). 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL (continuação) 
 Gerações de Direitos: 
-1ª geração: pretendem valorizar o homem, assegurar liberdades abstratas que 
formariam a sociedade civil (ex.: direitos a liberdade, a vida, igualdade). 
-2ª geração: direitos sociais (econômicos, sociais e culturais – DESC) – ex.: direitos 
trabalhistas, habitação, educação, saúde. 
- 3ª geração: direitos coletivos – ex.: meio ambiente, patrimônio comum da 
humanidade, direito a paz, etc. 
2.2- CLASSIFICACÕES 
a) Quanto ao conteúdo: 
- Materiais: é o conjunto das normas que irão disciplinar a organização política do 
país. 
- Formais: é a norma escrita. 
b) Quanto à forma: 
- Escritas: codificada e sistematizada em um único documento. 
- Não escritas (costumeiras): conjunto de regras provenientes de leis esparsas, 
convenções, costumes, e não estão reunidas num só documento (Ex. Inglaterra). 
c) Quanto ao modo de elaboração: 
- Dogmáticas: escrita e sistematizada pela Assembleia Constituinte. 
- Históricas: decorrente da formação paulatina da norma no curso do tempo, de 
acordo com tradições de um povo (Ex.: Inglaterra). 
d) Quanto à origem: 
- Promulgadas: votadas pela Assembleia Constituinte; logo, são democráticas. 
- Outorgadas: são impostas geralmente pelo ditador, sem que sejam votadas. 
e) Quanto à estabilidade: 
- imutáveis: não podem sofrer qualquer alteração. 
- rígidas: não podem ser alteradas, salvo critérios especiais. (Ex. Brasil. Para ser 
modificada necessita de emenda constitucional votada por 3/5 dos membros de 
cada Casa do Congresso). 
- flexíveis: podem ser alteradas segundo critérios das leis ordinárias. 
- semirrígidas: possuem uma parte rígida e outra flexível (ex.: constituição brasileira 
de 1824). 
f) Quanto à extensão e finalidade: 
- Analíticas: são as constituições detalhistas, que tratam de muitos assuntos, como a 
de 1988. 
- Sintéticas: tratam apenas de princípios e normas gerais, estabelecendo direitos e 
garantias fundamentais. 
3- APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
(Classificação quanto à eficácia das normas constitucionais segundo José 
Afonso da Silva) 
d- Eficácia plena: não necessitam ser regulamentados pela legislação 
infraconstitucional (ex: adicional de horas extras de 50%). 
e- Eficácia Contida: a norma constitucional terá eficacia, porém o legislador 
infraconstitucional poderá determinar restrições em relação ao tema. 
f- Eficácia Limitada: a norma somente terá eficaçia quando for regulamentada 
no plano infraconstitucional (ex: participação na gestão de empresas). 
 Além destas, temos as normas programáticas, aquelas que estabelecem um 
programa ou metas a serem cumpridas ou enunciam princípios gerais, 
necessitando de complementação pelo legislador infraconstitucional (direito 
a educação). 
4- PODER CONSTITUINTE 
 Conceito: é a manifestação da vontade política de um povo em estabelecer 
regras que irão regular condutas e a própria organização do Estado. 
 POVO: é o titular do poder constituinte, sendo exercido por meio de 
representantes eleitos. 
 ESPÉCIES: 
c- Originário: responsável pela criação de uma nova Constituição. É inicial, 
ilimitado, autônomo e incondicionado. 
d- Derivado: responsável pelas reformas da constituição já existente. É 
subordinado e condicionados às determinações da própria Constituição. 
5- REFORMA CONSTITUCIONAL 
c- Revisão: implica modificação, alteração, transformação. No caso brasileiro, 
realizada após 5 anos da promulgação da CF/88. Poderia ser revista toda a 
CF, com exceção das clausulas pétreas (art.60, parágrafo 4º). 
d- Emenda: outra forma de modificar a CF, porém somente feita após 5 anos. 
Deve respeitar os limites materiais (cláusulas pétreas, bem como os limites 
formais (relacionados ao processo de reforma da CF, que deve atender a 
certos requisitos, como o quórum mínimo de 3/5 de votação no Congresso 
Nacional em 2 turnos. 
Obs: CLÁUSULAS PÉTREAS: não será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, 
universal e periódico; a separação de poderes; os direitos e garantias individuais. 
OBS: Pode-se ampliar os direitos e garantias individuais, porém não abolir. 
6- ORGANIZACAO DO ESTADO 
 Art.1º: A CF/88 dispõe que a RFB é formada pela união indissolúvel dos 
Estados,, Municípios e do Distrito Federal (por isso mesmo é uma 
Federação). 
 PODERES DA UNIÃO: Legislativo, Executivo e Judiciário. 
 Art.18: a organização político-administrativa da RFB compreende a União, o 
DF, os Estados e Municípios, que são entes autônomos. 
 Estados: podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se 
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados mediante 
aprovação da população diretamente interessada, por meio de 
plebiscito e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
 Municípios: podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se 
somente mediante lei estadual, dentro do período determinado por em 
complementar federal e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos municípios envolvidos. 
Constituições Estaduais: os Estados se organizam pelas constituições e 
leis que adotarem, mas observam os princípios previstos na CF (art.25). 
Leis Orgânicas: regem os Municípios e DF. Art.29 e 32, respectivamente 
OBS: O DF possui as mesmas competências legislativas reservadas aos Estados 
e Municípios. 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
1) Histórico: 
 Período das Monarquias Absolutas: todo o poder do Estado desaguava nas 
mãos do monarca, tornando frágeis as relações entre o Estado e os súditos. 
(L’État c’est moi). 
 século XIX: movimentos constitucionalistas; o Estado passa a ter órgãos 
específicos para o exercícioda administração publica e, daí foi necessário o 
desenvolvimento de disciplinas para as relações internas da Administração. 
2) Conceito: 
 “o ramo do Direito público interno que regula a atividade das pessoas 
jurídicas públicas e a instituição de meios e órgãos relativos à ação dessas 
pessoas”. 
 
 “Conjunto de normas que regem os órgãos, as entidades políticas e 
administrativas e os agentes públicos, e a relação destes com os 
administrados, buscando a satisfação do interesse público”. 
3) Administração Pública: 
Possui 2 âmbitos/sentidos: 
 Objetivo: é a própria atividade que será desempenhada pelas pessoas 
políticas, administrativas, seus órgãos e agentes. É a função administrativa 
- Função: gestão dos interesses coletivos na sua mais variada dimensão. 
Obs: atividades administrativas – fomento, polícia administrativa, serviço 
público, etc. 
 Subjetivo: quem vai executar a vontade estatal. Cria-se uma estrutura para 
executar essa vontade estatal (órgãos públicos e agentes públicos). 
2.1) Administração Pública Direta 
São os serviços prestados pela própria Administração (é o próprio Poder 
Executivo). 
2.2) Administração Pública Indireta 
 É formada por uma série de pessoas jurídicas que necessitam ser criadas pela 
entidade federativa. 
 As entidades políticas criam a sua Administração Pública Indireta e lhes 
repassa a titularidade de alguma atividade administrativa específica sob seu 
controle (ex.: sociedades de economia mista – BB; empresas públicas – 
Correios; autarquias – DETRAN, INSS). 
4) Princípios da Administração Pública (art.37, CF) 
 legalidade: o Administrador somente pode atuar quando a lei der 
autorização; somente pode fazer o que a lei permite. Os administradores não 
possuem competência ilimitada, pois as atribuições de cada um vêm traçadas 
pela lei. 
 impessoalidade: o agente não age em nome próprio e sim em nome 
público. Quem age é o próprio Estado. Visa-se sempre o interesse público 
(proibição de constar nomes que caracterizem promoção pessoal de 
autoridades ou servidores públicos em atos administrativos – art.34, § único, 
CF). 
 moralidade: o administrador deve agir segundo padrões éticos 
(honestidade, decoro, boa-fé (Ex.: responsabilidade de prefeitos e 
vereadores – Decreto-Lei 201/67). 
 
 publicidade: os atos administrativos devem ser amplamente divulgados, 
podendo haver sigilo somente nos casos previstos em lei. (Ex.: publicação de 
edital na lei 8.666/63; apresentação de contas pelo Poder Executivo). 
 eficiência: dever de produzir com qualidade e quantidade. Aos realizar suas 
atividades, o agente deve fazê-las com presteza, rapidez e resultado 
satisfatório. 
 OUTROS PRINCÍPIOS: supremacia do interesse público, razoabilidade, 
proporcionalidade, motivação e indisponibilidade do bem público. 
5) Ato Administrativo: 
 Espécie de ato jurídico. 
 Elementos: sujeito, objeto, forma e vontade. 
 Conceito: 
1- “declaração unilateral do Estado, no exercício de 
prerrogativas públicas, manifestada mediante comandos 
concretos complementares da lei, expedidos a título de lhe 
dar cumprimento e sujeitas a controle de legitimidade por 
órgão jurisdicional” (Celso Antônio). 
2- “a exteriorização da vontade de agentes da Administração 
Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob 
regime de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, 
com o fim de atender ao interesse público”. (Carvalho Filho). 
OBS: 
1) SUJEITOS DA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE = alguém vinculado à 
Administração (agentes ou delegatários). 
2) REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO = há regras e princípios 
jurídicos específicos para os atos administrativos (que são os atos de 
PODER), e por isso devem ser dotados de certas prerrogativas, que não 
incidem sobre atos privados. 
 Finalidade: adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar 
direitos, ou impor obrigações aos administradores. 
 Espécies: decreto, regimento, instrução, circular, portaria, ordem de serviço, 
ofícios, autorização, permissão1, licença, alvará, certidão, atestado, parecer, 
demissão, multa. 
6) Contratos Administrativos: 
 É o ajuste que a Administração faz com um particular (pessoa física ou 
jurídica, pública ou privada), visando à realização de fins públicos, de acordo 
com regime jurídico de Direito Público. 
 Ex.: contratos de obras públicas, concessão de serviço ou de uso de bens 
públicos, o fornecimento ao poder público de materiais, o contrato de 
serviços técnicos ou especializados com pessoa jurídica ou física. 
CONCESSÃO: a Administração defere ao particular a execução remunerada de 
serviço público ou a realização de obra pública, para que o explore por sua conta e 
risco, pelo prazo e condições ajustadas. Ex.: linhas de ônibus. 
LICITAÇÃO: “é o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no 
exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às 
condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem 
propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para a 
celebração do contrato”. 
Objetivo: contratar obras, serviços, realizar compras. 
Regulamentação: Lei. 8.666/93. 
Modalidades: 
 Concorrência: entre quaisquer interessados que, na fase inicial de 
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de 
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. 
 Tomada de preços: ente interessados devidamente cadastrados ou que 
atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento ate o terceiro 
dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação. 
 
 
1 PERMISSÃO: ATO ADMINISTRATIVO DISCRICIONÁRIO E PRECÁRIO PELO QUAL A 
ADMINISTRAÇÃO CONSENTE QUE O PARTICULAR EXECUTE SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA 
OU UTILIZE PRIVATIVAMENTE BEM PÚBLICO. 
 Convite: entre interessados do ramo pertinente a seu objeto, cadastrados ou 
não, escolhidos e convidados em numero mínimo de três pela unidade 
administrativa. Os demais cadastrados podem manifestar interesse em 
participar com antecedência de até 24 horas da apresentação da proposta. 
 Concurso: entre quaisquer interessados para escolha de traalho técnico, 
científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos 
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa 
oficial com antecedência mínima de 45 dias. 
 Leilão: entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis 
para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou 
penhorados, ou para alienação de bens imóveis, a quem oferecer maior 
lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
Pregão: para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor 
estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por 
meio de propostas e lances em sessão pública. 
LIMITES (obras e serviços de engenharia): 
 até R$150.000,00 = convite. 
 Acima de R$150.000,00 até R$1.500.000,00 = tomada de preços. 
 Acima de R$1.500.000,00 = concorrência. 
7) Serviços Públicos: 
 Conceito: “toda atividade que o Estado exerce, direta ou indiretamente, para a 
satisfação das necessidades públicas”. 
DIREITO PENAL (continuação) 
1) Crimes Hediondos: 
São delitos repugnantes, sórdidos, decorrente de condutas que, pela forma 
de execução ou pela gravidade objetiva dos resultados, causam intensa 
repulsa (Lei 8072/90). São eles: 
- homicídio simples quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente; 
- homicídio qualificado; latrocínio (roubo seguido de morte); 
- extorsãoqualificada pela morte; 
- extorsão mediante sequestro; 
- estupro; 
- genocídio; 
- falsificação, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins 
terapêuticos ou medicinais. 
2) IMPUTABILIDADE x INIMPUTABILIDADE: 
2.1- Imputabildiade: imputar é atribuir a alguém a responsabilidade de alguma 
coisa; imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente 
capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de um fato punível. 
2.2- Inimputabilidade: é a incapacidade de apreciar o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com essa apreciação; a imputabilidade é a regra; 
inimputabilidade é exceção. 
 * Causas (excluem a culpabilidade – art. 28, §1º): 
Art. 26, caput: doença mental; desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado. 
Art.28, §1º: embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior. 
3) TENTATIVA E CONSUMAÇÃO 
 Crime consumado: a conduta e o resultado se encaixam, com perfeição, no 
modelo legal de conduta proibido. O tipo concreto se enquadra no tipo 
abstrato (art.14, I); 
 Crime tentado: realização incompleta da conduta típica (art.14, II). 
Obs: 
 Não há tentativa no crime culposo. 
 A redução da pena é obrigatória = redução de 1 a 2/3 a critério do juiz. 
4) Crime Impossivel: tentativa não punível porque o agente se vale de meios 
absolutamente ineficazes ou volta-se contra objetos absolutamente 
impróprios, tornando impossível a consumação do crime (art,17). 
 Ex: atirar para matar contra um cadáver ou com uma arma descarregada. 
Obs: 
 Não há punição porque não houve risco para o bem jurídico. 
5) PENAS 
5.1) Conceito: 
É a sanção aflitiva imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma 
infração (penal), como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de 
um bem jurídico, e cujo fim é evitar novos delitos. 
 A pena é a consequência natural imposta pelo Estado quando alguém 
comete uma infração penal. 
 Respeito aos princípios explícitos e implícitos: há um limite ao direito de 
punir. 
Art.5º 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos 
termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
3.2) Espécies: 
3.2.1) Privativas de Liberdade 
a- Prisão simples: contravenções penais (apenas regime aberto e semiaberto). 
b- Reclusão: inicialmente cumprida nos regimes fechado, semiaberto ou aberto 
(art.35, caput); pode acarretar perda do poder familiar; propicia internação 
nos casos de medida de segurança; utilizado nos crimes mais graves. 
c- Detenção: início no regime aberto ou semiaberto; utilizado nos crimes mais 
leves. 
3.2.2) Penas Restritivas de Direitos 
Previstas na CF (art.5º, XLVI): 
- prestação de serviços à comunidade; 
- interdição temporária de direitos e limitação de fins de semana; 
3.2.3) Penas Pecuniárias 
 Progressão de Regimes: 
A cada 1/6 em regime mais gravoso, pode o condenado ser transferido para regime 
mais brando, caso demonstre merecer o benefício. Objetiva dar ao preso 
perspectiva e esperança; 
a- Regime Fechado: deve ser cumprido em estabelecimento prisional de 
segurança máxima, sem possibilidade de saída temporária, com trabalho 
obrigatório durante o dia e isolamento noturno. 
b- Regime semiaberto: colônia agrícola ou industrial, estabelecimento de 
segurança média, com trabalho obrigatório durante o dia e alojamento 
coletivo à noite. Pode haver saída temporária e frequência a cursos 
profissionalizantes. 
c- Regime Aberto: casas de albergado ou estabelecimentos similares, sem 
qualquer obstáculo à fuga; deve o preso se recolher à noite e fins de semana 
e folgas. 
 Remição: é o resgate da pena pelo trabalho ou estudo, abatendo-se do 
montante da condenação os dias trabalhados ou de frequência escolar, na 
proporção de 3 dias de labor para 1 dia de pena. 
 Detração: desconto na pena privativa de Liberdade e na medida de segurança 
do tempo de prisão provisória. 
DIREITO CIVIL 
 Ramo do Direito privado por excelência, regula o ordenamento dos interesses 
particulares. 
 Regras de interesses eminentemente individuais. 
 Importância: evolução da liberdade individual e o campo de atuação e expansão da 
vontade. 
 Conceito: “conjunto de princípios, de regras, de instituições que regula as relações 
entre pessoas e entre estas e os bens de que se utilizam”. (Sérgio Martins). 
 Fontes: Código Civil (Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002), como fonte principal - 
Leis civis especiais. Microssistemas. 
Parte Geral: noções de pessoas, bens, atos e fatos jurídicos. 
Parte Especial: regras sobre família, sucessões, coisas, obrigações, contratos. 
DA PESSOA NATURAL 
1) Personalidade Jurídica: 
 
Art.2º: A personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a 
concepção, os direitos do nascituro. 
 
 Pessoa natural é o ser humano, pessoa na acepção jurídica. 
 Começo da personalidade natural: 
 - a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida; 
* Condição do nascituro: 
- Possui capacidade de direito, pois pode herdar, receber doações, etc. 
- condição suspensiva; 
- proteção legal aos direitos do nascituro desde a concepção. 
2) Capacidade 
 
É a aptidão determinada pela ordem jurídica para gozo e exercício de um direito por 
seu titular. 
 
Art.1º: toda pessoa é capaz de direitos e deveres na 
ordem civil”. 
 
Pode-se ser mais ou menos capaz, mas não mais ou menos pessoa. 
 A capacidade pode ser limitada. 
 
2.1) Capacidade de direito: 
É a aptidão da pessoa de gozar de seus direitos. Todos que nascem com vida tem 
capacidade de direito (ex.: o menor, o louco, o surdo-mudo). 
2.2) Capacidade de fato (ou processual): 
Pode pleitear a tutela jurisdicional do Estado mas desde que regularmente 
representado. 
 
3) Incapacidade 
3.1) Incapacidade Absoluta (art.3º): 
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática desses 
atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem 
exprimir sua vontade. 
3.2) Incapacidade Relativa: 
- atos civis autorizados a pessoas assistidas por outro legalmente autorizado. 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, 
ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito 
anos; 
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os 
que, por deficiência mental, tenham o 
discernimento reduzido; 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental 
completo; 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos índios será 
regulada por legislação especial. 
- maiores de 16 – menores de 18: opção legislativa ao limite de idade. 
3.3) Emancipação: 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, 
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos 
da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a 
incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do 
outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 
dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela 
existência de relação de emprego, desde que, em função 
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria. 
3.4) Fim da personalidade natural 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com amorte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos 
em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
- Comoriência: presunção da lei de falecimento conjunto. 
- Morte presumida: declarada pelo juiz, tendo por fundamento fatos que permitam 
presumir que a pessoa esteja morta (ex.: naufrágios, guerras, etc). 
3.5) Domicílio da pessoa natural 
 É o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo (art.70, 
CC). 
 É o local onde o indivíduo responde por suas obrigações ou o local em que 
estabelece a sede principal de sua residência e de seus negócios. 
 Diversas residências: considera-se o domicílio qualquer uma delas. 
DA PESSOA JURÍDICA 
 Pessoa = é o indivíduo sujeito de direitos e obrigações. 
1) Conceito: Pessoa jurídica = é a entidade constituída por pessoas ou bens, com vida, 
direitos, obrigações e patrimônio próprios (é uma ficção estabelecida pelo Estado). 
 PJ de Direito Público Interno: União, Estados DF, Municípios, Autarquias, demais 
entidades de caráter público criadas por lei. 
 PJ de Direito Público Externo: Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem 
regidas pelo Direito Internacional Público. 
 PJ de Direito Privado: associações, sociedades, fundações privadas, organizações 
religiosas, partidos políticos, empresas individuais. 
 Organizações Religiosas: livre criação, organização, estrutura interna e 
funcionamento. 
2) Início da PJ: inscrição de seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou 
compromissos no registro próprio. 
3) Término da PJ: dissolução ou extinção. 
4) Domicílio da PJ: 
- Da União: o DF 
- Dos Estados: as respectivas capitais 
- Do Município: o lugar onde funcione a administração municipal. 
- Das demais pessoas jurídicas: o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial em seus estatutos ou atos 
constitutivos.

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