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Mudar a Política a Luta Feminista e a Construção de Uma Sociedade Democrática

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18/04/2016 Mudar a Política: a Luta Feminista e a Construção de Uma Sociedade Democrática. – Marcha Mundial das Mulheres
https://marchamulheres.wordpress.com/2014/09/05/mudar­a­politica­a­luta­feminista­e­a­construcao­de­uma­sociedade­democratica/ 1/3
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Democrática.
Mudar a Política: a Luta Feminista e a Construção de Uma
Sociedade Democrática.
5 de Setembro de 2014 por Marcha Mundial das Mulheres Deixe um comentário
Por: Talita São Thiago Tanscheit*  –
A participação das mulheres na organização,
mobilização e realização do Plebiscito Popular
Por Uma Constituinte Exclusiva e Soberana do
Sistema Político, além de reconhecer a
importância de realização de transformações
em nosso sistema político, busca dar
visibilidade as situações de invisibilidade as
quais as mulheres estão submetidas no Estado
e na sociedade brasileira.
De acordo com uma visão neutra de cidadania,
os gêneros feminino e masculino teriam as
mesmas oportunidades e os mesmos direitos.
Mas essa história não é verdade: as mulheres
foram historicamente excluídas do acesso à
cidadania, sendo apenas inseridas na
democracia tardiamente, em uma forma de
governo já previamente organizada pelos
homens. Em nosso diagnóstico, o Estado
brasileiro é capitalista e patriarcal, e a economia da sociedade é organizada por relações de
subordinação e de dominação, através da divisão sexual do trabalho, em que a esfera pública é
masculina, e a esfera privada, apesar de ter sido imposta às mulheres, é de domínio dos homens
sobre as mulheres.
O modelo hegemônico de democracia a concebe como um método restrito à legitimação de
governos, em que a única maneira de participação da população é através das eleições. Com
possibilidades restritas de participação, ao invés ser o governo da maioria, a democracia é
reduzida à uma forma de gerar uma minoria governante legítima, em que a esfera política isola-se
do mundo social e é destinada apenas àqueles que sempre detiveram o poder: os governantes
eleitos são homens brancos e abastados, detentores de capital econômico e social, responsáveis
pela manutenção das mesmas bases de exclusão que, alguns séculos atrás, fundaram o Estado
moderno.
Quando se fala das reformas que devem ser realizadas em nosso sistema político, a demanda por
inclusão política das mulheres é geralmente associada aos mecanismos que possam garantir a
presença de mais mulheres em nossas instituições representativas. Se artificialmente as mulheres
podem até participar da política, a imposição de todas as tarefas domésticas e de cuidado às
mulheres não confere as condições sociais e econômicas para que elas possam participar
ativamente dos espaços políticos.  As políticas de inclusão das mulheres, como a implementação
de um sistema de eleições de representantes através de listas eleitorais preordenadas de
candidatas e candidatos, intercaladas entre homens e mulheres, além de poderem garantir a
Militamos na Marcha Mundial das Mulheres!
Estamos em luta por nossa autonomia,
nosso direito a viver livremente nossa
sexualidade e por uma transformação
radical da sociedade! Vamos mudar o mundo
e mudar a vida das mulheres! Somos
mulheres e não mercadoria!!!
OBSERVATÓRIO DA MARCHA DAS MARGARIDAS
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18/04/2016 Mudar a Política: a Luta Feminista e a Construção de Uma Sociedade Democrática. – Marcha Mundial das Mulheres
https://marchamulheres.wordpress.com/2014/09/05/mudar­a­politica­a­luta­feminista­e­a­construcao­de­uma­sociedade­democratica/ 2/3
« Mulheres capixabas em defesa de uma nova Constituinte
“Sexo e as Negas”: nosso corpo na berlinda da mídia e do imaginário social »
paridade de gênero e ser um grande avanço para que as mulheres tenham condições efetivas de
participar e de serem eleitas para postos no Legislativo e no Executivo, podem permitir que o voto
seja em um programa, em propostas e em ideias, e não em um indivíduo, propiciando não apenas
inclusão política, mas dando mais legitimidade democrática às nossas instituições.
Todavia, o debate sobre a inclusão política e sobre a representatividade das mulheres não significa
apenas a presença de mais mulheres no Legislativo e no Executivo. Por isso precisamos de um
Estado que altere as dinâmicas de responsabilidade e que desenvolva políticas substantivas de
autonomia econômica e política das mulheres, políticas estas que devem ter o seu
desenvolvimento ancorado em bases representativas, participativas e deliberativas de democracia,
para que as mulheres saiam de uma situação de igualdade abstrata e artificial e passem a vivenciar
uma igualdade real em todas as esferas da sociedade.
No último período, tivemos muitos avanços em relação às políticas para as mulheres, seja através
da política de elevação do salário mínimo ou do Bolsa-Família, seja da ampliação das redes de
proteção, combate e criminalização à violência doméstica, através da Lei Maria da Penha. É hora
de radicalizar nesses avanços. Deve-se expandir e fortalecer outros mecanismos de participação
social nos processos de feitura de políticas públicas do Estado, como o Orçamento Participativo, os
Conselhos e as Conferências, em espaços de participação e deliberação que sejam vinculativos, e
em que a soberania sobre as decisões que afetam o nosso dia-a-dia não sejam das classes
dominantes, mas de todas as mulheres e de todos os homens de nosso país.
O desafio que está colocado para a reforma política é que, para além de mudanças que visem
aprimorar os nossos sistemas eleitorais, mantendo conquistas históricas como a representação
proporcional e o voto obrigatório, a reforma política garanta transformações profundas em nossas
instituições, para que estas reconheçam e combatam as desigualdades sociais e econômicas entre
homens e mulheres e tenham um papel ativo na redefinição do público e do privado e na
construção de um Estado radicalmente democrático.
Apenas com o fortalecimento da representação e das práticas participativas e deliberativas, em
uma democracia permeável à influência da cidadania em seu cotidiano, está a base para este
Estado possível de ser construído, que esteja aberto à incorporação de novas lutas políticas e
posicione-se frente às desigualdades sociais, políticas e econômicas existentes entre homens e
mulheres, transformando não apenas o sistema político, mas democratizando o Estado e
construindo uma sociedade mais justa e igualitária para todas e todos que nela convivem.
*Militante da Marcha Mundial das Mulheres do Rio de Janeiro e mestranda em Ciência Política pelo
IESP-UERJ.
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Filed Under: Política Tagged With: bancada conservadora, bancada evangélica, congresso nacional,
constituinte, democracia, estado laico, legalizar o aborto, participação política, plebiscito popular, reforma
política, sociedade democrática
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