Buscar

As associações

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

As associações
São pessoas jurídicas de direito privado constituídas de pessoas que reúnem os seus esforços para a realização de fins não econômicos. (CC, art.53). Não há entre os membros das associações, direitos e obrigações recíprocos, nem intenção de dividir resultados. A constituição garante à liberdade de associação para fins lícitos. (CF, art. 5º XVII).
A circunstância da associação eventualmente é realizar negócios para manter ou aumentar o seu patrimônio, sem, todavia, proporcionar ganhos aos associados não a desnatura. Exemplo: serviço de vendas de refeições; conivências e entre outros. A redação do retrotranscrito do art. 53, referir-se-á “fins não econômicos”, é imprópria, pois toda e qualquer associação pode exercer ou participar de atividades econômicos. O que se deve ser vedado é essas atividades tenham finalidades econômicas. O ato constitutivo de uma associação é o estatuto, que deve ser registrado no Cartório de Registros Civil das P. Jurídicas. Todos os direitos e deveres dos associados devem estar descriminados no estatuto. 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005). 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005). 
A expressão “justa causa” exige demonstração fática, decisão fundamentada, tomada pela maioria, conforme quórum estabelecido no estatuto, com respeito ao contraditório e ao direito à ampla defesa. É permitido o associado retirar-se a qualquer tempo, sem necessidade de justificar o pedido, de acordo com art.5º, XX CF. Pode o estatuto impor certas condições para retirada, como o cumprimento de obrigações sociais eventualmente assumidas, mas não poderá obrigar o associado a permanecer filiado à entidade. 
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:(Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
I – destituir os administradores;  (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.         (‘Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005). 
Esta aludida lei adotou também, a redação do art. 60 A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.”(Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005).
A qualidade de associado, segundo art. 56 do Código é instransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário”. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Significa dizer que a transmissão patrimonial não importará na atribuição da qualidade de associado, sujeita ao preenchimento de determinados requisitos exigidos no estatuto. 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União
Fundações
Fundações são acervos de bens que recebem personalidade jurídica para a realização de fins determinados, de interesse público, de modo permanente e estável. São, pois, patrimônios afetados (afetar = atribuir finalidade). Decorrem da vontade de uma pessoa (o instituidor), e seus fins, de natureza religiosa, moral, cultural ou assistencial, são imutáveis. As fundações podem ser particulares (privadas) ou públicas. As fundações públicas são instituídas pelo Estado e seus bens pertencem ao patrimônio público. As fundações privadas são reguladas pelo Código Civil. A fundação, assim, compõe-se de dois elementos: o patrimônio e o fim. Este é estabelecido pelo instituidor, e não pode ser lucrativo, mas social, de interesse público, que beneficie a sociedade. O Ministério Público deve fiscalizar todas as fundações, sejam elas públicas ou privadas.
Fases de criação de uma fundação
1ª Fase - Ato de dotação
Ocorre quando o instituidor (fundador) destina o patrimônio à determinada finalidade, imutável. Por meio de Escritura pública ou testamento.
2ª Fase – Elaboração do Estatuto
O próprio instituidor pode elaborar o estatuto ou determinar uma elaboração fiduciária (fidúcia = confiança), que ocorre quando uma terceira pessoa elabora o estatuto a cargo do instituidor. Se este terceiro não fizer o estatuto em 180 dias, quem o fará será o Ministério Público.
3ª Fase – Aprovação do Estatuto
Quem o aprova é o Ministério Público. Mas o Ministério Público não pode elaborar e também aprovar. Caso seja o Ministério Público tenha elaborado o Estatuto, a aprovação será feita pelo juiz. 
4ª Fase – Registro
O Estatuto é registrado no cartório de pessoas jurídicas. É aí que a fundação passa a existir. 
As fundações se extinguem em dois casos:
Se se tornar ilícita ou se vencer prazo de sua existência (CC, art.69) A primeira é rara, mas pode ocorrer se houver grave e criminoso desvio de finalidade ou mudança de ordenamento jurídico, tornando ilícito fato que antes não era. A impossibilidade decorre, em via de regra, de problema financeiro, decorrentes de muitas vezes de mudanças na política pública econômica do país, ou de má administração. A inutilidade da finalidade pode ocorrer principalmente quando o fim colimado já foi alcançado, como no caso de erradicação de determinada moléstia que a fundação visa combater, por exemplo. A lei não estabelece prazo a duração da fundação, mas o instituidor pode fixa-lo. Só neste caso se aplica, pois a hipótese de extinção da fundação em consequência do vencimento do prazo de sua existência. Cabendo ao MP ou qualquer interessado promover a extinção da fundação.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais