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Conversão de Energia II Aula 1.1 Circuitos Magnéticos Prof. João Américo Vilela Departamento de Engenharia Elétrica Bibliografia Conversão de Energia II FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Máquinas Elétricas: com Introdução à Eletrônica De Potência. 6ª Edição, Bookman, 2006. Capítulo 1 – Circuitos magnéticos e materiais magnéticos KOSOW, I. Máquinas Elétricas e Transformadores. Editora Globo. 1986. Não comenta muito sobre circuito magnéticos TORO, V. Del, MARTINS, O. A. Fundamentos de Máquinas Elétricas. LTC, 1999. Capítulo 1 – Teoria e circuitos magnéticos Pag. 1 - 33 Bim, Edson. Máquinas Elétricas e Acionamento. Editora Elsevier, 2009. Capítulo 1 – Circuitos magnéticos Pag. 1 - 34 Intensidade do campo magnético Conversão de Energia II O campo elétrico [E] que produz a diferença de potencial (tensão) no circuito elétrico é análogo a intensidade do campo magnético [H] que produz a força magnetomotriz (Fmm) no circuito magnético. Intensidade do campo magnético Conversão de Energia II O campo elétrico [E] que produz a diferença de potencial (tensão) no circuito elétrico é análogo a intensidade do campo magnético [H] que produz a força magnetomotriz (Fmm) no circuito magnético. ldHFmmldEv B A B A BA ⋅−=⇔⋅−= ∫∫ Onde: Fmm = força magnetomotriz [Ae]; H = intensidade do campo magnético [A/m]; E = campo elétrico [V/m]; v = força eletromotriz do circuito elétrico (tensão) [V]. Lei circuital de Ampère Conversão de Energia II A lei circuital de Ampère estabelece que a integral de linha do vetor intensidade do campo magnético [H] em torno de uma trajetória fechada é igual à corrente total enlaçada pela trajetória. Onde: H = intensidade do campo magnético; i = corrente [A]; dl = elemento de comprimento da trajetória escolhida [m]; ∑∫ =⋅ ildH C Essa equação relaciona a corrente com a intensidade do campo magnético produzido por essa corrente. Lei circuital de Ampère Conversão de Energia II Pela lei de Ampère para determinação do campo em um ponto da trajetória escolhida, distante perpendicularmente r1 do condutor, resulta em: 1 111 2 2 r iHirH ⋅⋅ =⇒=⋅⋅⋅ pi pi Força magnetomotriz Conversão de Energia II O sentido do fluxo magnético gerado é dado pela regra da mão direita. A corrente que circula pelo condutor multiplicado pelo número de espiras do enrolamento definem a força magnetomotriz [Fmm] que é análoga à tensão ou força eletromotriz do circuito elétrico. INFmm ⋅= Onde: Fmm = força magnetomotriz [Ae]; N = número de espiras; I = corrente que circula pelas espiras [A]; Força magnetomotriz Conversão de Energia II A força magnetomotriz é o produto da corrente nas espiras pelo número de espiras que envolve o material magnético. Essa corrente produz uma intensidade de campo magnético que multiplicado pelo comprimento médio do circuito magnético também fornece a Fmm. C C lHldHINFmm ⋅=⋅=⋅= ∫ Onde: Fmm = força magnetomotriz [Ae]; N = número de espiras; I = corrente que circula pelas espiras [A]; lC = comprimento médio do circuito magnético [m]. Exercício Conversão de Energia II A bobina de um núcleo magnético toroidal de comprimento médio igual a 29 [cm] tem 100 espiras. Determine o campo magnético no núcleo quando a corrente contínua é 0,0166 [A]. Supor que o campo seja uniforme. Fluxo e densidade de fluxo magnético Conversão de Energia II sdsdJi S ∫∫ ⋅=⇒⋅= S Bφ Onde: J = densidade de corrente [A/m2]; B = densidade de fluxo [Wb/m2]; Φ = fluxo magnético [Wb]; S = superfície plana na qual passa o fluxo ou corrente [m2]; Os circuitos magnéticos são mais facilmente compreendidos quando feita uma analogia com os circuitos elétricos. Nessa analogia a corrente do circuito elétrico é comparada ao fluxo magnético no circuito magnético. Fluxo e densidade de fluxo magnético Conversão de Energia II αφ cos⋅⋅= SB Onde: B = densidade de fluxo [Wb/m2]; Φ = fluxo magnético [Wb]; S = superfície plana na qual passa o fluxo ou corrente [m2]; Quando a densidade de fluxo é constante ao longo de toda superfície analisada, temos: A unidade da densidade de fluxo é o Tesla representado por [ T ], que é igual a [Wb/m2]. Fluxo e densidade de fluxo magnético Conversão de Energia II Cm AB ⋅=φ Onde: B = densidade de fluxo [Wb/m2]; Φ = fluxo magnético [Wb]; AC = superfície plana na qual passa o fluxo [m2]; A densidade de fluxo num circuito magnético com seção constante, tende a ser uniforme, assim: Relutância magnética Conversão de Energia II A relação entre tensão e corrente permite calcular a resistência do circuito elétrico, de forma análoga a relação entre força magnetomotriz e fluxo permite calcular a relutância do circuito magnético. Os imãs permanentes são fontes de fluxo magnético, análogas às fontes de corrente em circuitos elétricos. φ Fmm i vR =ℜ⇔= Permeabilidade relativa do material magnético é análogo a condutividade do material num circuito elétrico. H B C =µ Obs. A permeabilidade do material não é constante. )]/([104 70 AmWb ⋅⋅⋅= −piµ μ0 = permeabilidade magnética no do vácuo Circuitos magnéticos Conversão de Energia II Abaixo temos um dado dispositivo magnético formado por dois materiais ferromagnéticos de permeabilidade μC e μC1 de comprimentos médios lC e lC1. A força magnetomotriz e gerada pela corrente que circula pelas N espiras da bobina. Vamos considerar que todo o fluxo magnético está confinado no interior do núcleo. Considerando também que o fluxo está distribuído de forma uniforme dentro do núcleo. Circuitos magnéticos Conversão de Energia II Podemos construir o circuito magnético desse dispositivo, sendo sua analise semelhante a utilizada num circuito elétrico. Em virtude, da semelhança dos dois circuitos. A fonte Ni no circuito magnético equivale a uma fonte de tensão no circuito elétrico. Circuitos magnéticos Conversão de Energia II Pensando em termos de circuito elétrico, cada resistor ficaria submetido a uma parcela da tensão total. Aqui cada material magnético fica submetido a uma parcela da força magnetomotriz. 11 CCCC lHlHldH ⋅+⋅=⋅∫ iNldH ⋅=⋅∫ 11 CCCC lHlHiN ⋅+⋅=⋅ Circuitos magnéticos Conversão de Energia II Considerou-se que a densidade de fluxo é constante na seção transversal do núcleo. Sendo o fluxo perpendicular a seção transversal. 11 CCCCm ABAB ⋅=⋅=φ CCC HB ⋅= µ Vamos considerar constante a permeabilidade relativa dos materiais. Sendo: 111 CCC HB ⋅= µ Temos: CCCm AH ⋅⋅= µφ 111 CCCm AH ⋅⋅= µφ Circuitos magnéticos Conversão de Energia II Colocando em evidência a intensidade do campo magnético. CC m C A H ⋅ = µ φ 11 1 CC m C A H ⋅ = µ φ Substituído na equação da força magnetomotriz. 1 11 C CC m C CC m l A l A iN ⋅ ⋅ +⋅ ⋅ =⋅ µ φ µ φ Manipulando a equação, obtemos: 11 1 CC C CC C m A l A liN ⋅ + ⋅ = ⋅ µµφ Circuitos magnéticos Conversão de Energia II A força magnetomotriz dividido Colocando em evidência a intensidade do campo magnético pelo fluxo equivale a relutância do circuito magnético. A relutância dos matérias utilizados no núcleo podem ser calculadas da seguinte forma: 11 1 CC C CC C m A l A liN ⋅ + ⋅ = ⋅ µµφ CC C C A l ⋅ =ℜ µ 11 1 1 CC C C A l ⋅ =ℜ µ Assim: ( )1CCmiN ℜ+ℜ=⋅ φ Circuitos magnéticos Conversão de Energia II A equação do circuito magnético é análoga à lei das tensões elétricas de Kirchhoff. ∑∑ ⋅ℜ= k kk k kFmm φ A lei das correntes elétricasde Kirchhoff pode ser aplicada ao circuito magnético de forma análoga. 0=∑ x xφ Equações Conversão de Energia II Força Magnetomotriz [Ae] => C C lHldHINFmm ⋅=⋅=⋅= ∫ ∑∫ =⋅ ildH C A lei circuital de Ampère => sd∫ ⋅= S BφFluxo magnético através da área Ac => Fluxo magnético uniforme na seção reta Ac => CAB ⋅=φ )]/([104 70 AmWb ⋅⋅⋅= −piµPermeabilidade => HHB r 0µµµ =⋅= ( )1CCmiNFmm ℜ+ℜ=⋅= φForça Magnetomotriz [Ae] => Relutância => CC C C A l ⋅ =ℜ µ Exercício Conversão de Energia II No circuito magnético mostrado abaixo, os matérias possuem permeabilidade μC = 5.103.μ0 e μC1 = 20.103.μ0 na faixa de fluxo escolhido para a sua operação. Sendo lC = 99 [cm], lC1 = 1 [cm] e AC = AC1 = 100 [cm2]. Para uma corrente de 1 [A] circulando na bobina de 100 espiras determine: a) O fluxo magnético; b) A intensidade do campo magnético exigida para cada um dos materiais; c) A corrente na bobina para que a densidade de fluxo BC1 = 1,25T; Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22
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