Relatório Aula Pratica Bioquímica

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INSTITUTO ISRAELITA DE ENSINO E PESQUISA ALBERT EINSTEIN
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE BIOQUÍMICA
Debora S. Barbosa
Mat. 16020537
Turma: AC2T
Profª Larissa
São Paulo, 2017
Introdução
Nossa alimentação é composta por carboidratos, proteínas e oleaginosos, e estes precisam ser metabolizados para poderem ser utilizados pelas células. 
O metabolismo é o processo de reação bioquímica que acontece no interior de uma célula e do nosso corpo, ou seja, é o conjunto de reações que controla a síntese e a degradação de substâncias no nosso organismo. Essas reações podem estar relacionadas com a síntese de compostos orgânicos ou sua quebra para fabricar ATP e são todas coordenadas por enzimas.
Os carboidratos são também conhecidos como hidratos de carbono, ao ingerirmos eles se transformam em glicose. O principal papel do metabolismo dos carboidratos é gerar energia e também armazená-la, e como característica possui uma carbonila em sua estrutura química. A glicose é a ‘fonte de energia preferida’ pelo cérebro e o carboidrato é a única fonte de energia aceita, este é importante para o funcionamento do Sistema Nervoso.
Os lipídios são um grupo heterogêneo de moléculas orgânicas insolúveis em água, devido à essa insolubilidade os lipídios corporais geralmente são encontrados “em compartimentos”, como no caso de lipídios associados à membrana e gotas de triacilglicerol nos adipócitos, ou transportados pelo plasma em associação a proteínas, em forma de partículas lipoproteicas. São também uma importante fonte de energia, mas além disso, realizam muitas funções como reguladoras ou coenzimas, através da vitaminas lipossolúveis, mantendo a homeostase do corpo.
É necessário uma boa regulação do que é ingerido, e os exames bioquímicos são realizados para saber-se como está o funcionamento do metabolismo de lipídios e carboidratos, pois, o aumento ou a ausência destes podem causar muitos danos à homeostasia do corpo. Os exames principais são:
Colesterol HDL;
Triglicérides ou Triglicerídeos;
Glicose;
LDH – Desidrogenase Lática;
Colesterol Total.
Colesterol Total
O colesterol é o esterol mais abundante nos seres humanos, e realiza uma série de funções essenciais no corpo. É componente de todas as membranas celulares, e funciona como um precursor dos ácidos biliares, hormônios esteroides e vitamina D.
É sintetizado por praticamente todos os tecidos em seres humanos, embora o fígado, intestino, córtex adrenal e tecidos reprodutivos incluindo ovários, testículos e placenta façam as maiores contribuições de colesterol corporal. Além de o próprio corpo produzir colesterol, ele também é ingerido através da dieta. 
O colesterol total corresponde ao somatório de suas frações: HDL+LDL+VLDL. Essas lipoproteínas fazem o transporte dos lipídeos no organismo e a variação da concentração dessas frações sugere o aumento ou a diminuição na avaliação de doença aterosclerótica coronariana e cerebral (DAC).
Este exame diferentemente de outros, não é utilizado para diagnosticar ou monitorar uma doença, mas sim para avaliar o risco de desenvolver uma doença, especificamente a cardíaca. Por tanto o exame é feito como parte da rotina de cuidados preventivos de saúde.
Aula Prática
Os materiais e equipamentos utilizados para realização do exame de colesterol total foram:
Amostra sanguínea – Soro;
Kit de Procedimento (Reagente e Padrão);
Espectrofotômetro;
Banho-maria;
Cronômetro;
Pipetas Graduadas;
Micropipetador;
Tubos de ensaio.
Procedimento:
Utilizei três tubos de ensaio para realizar estas soluções listadas na imagem ao lado.
Após preparada às soluções, coloquei os três tubos no banho-maria à 37° por 10 min. Passado o tempo, retirei os tubos e fui diretamente para o espectrofotômetro, ajustei sua absorbância para 500nm, fiz a transferência das soluções do tudo de plástico para as de vidro e iniciei o procedimento. Primeiro coloquei o tubo com a solução ‘BRANCA’ para zerar o espectro, em seguida coloquei o ‘PADRÃO’ e por último a ‘AMOSTRA’.
Cálculos:
Conversão de 0,01 ml em ul:
1000 ul – 1ml
X ul – 0,01 ml
X = 10 ul
Resultados obtidos no espectrofotômetro:
Amostra: 0.008 e Padrão: 0.019
Calculo para determinar a concentração:
0.008 / 0.019 = 0.421 x 200 = 84,2 mg/dl
Valores de referência:
Paciente: Debora S. Barbosa	 Idade: 18 anos
Colesterol Total: 84,2 mg/dl 
Obs: Paciente demonstra resultado bem abaixo do esperado, vale ressaltar que a mesma não se encontrava em jejum e o soro da amostra utilizada já havia sido colhido há uma semana.
LDH – Desidrogenase Lática
A desidrogenase láctica (LDH) é uma enzima que ajuda no processo de transformação do açúcar em energia para uso das células. A LDH existe em vários órgãos e tecidos do organismo, inclusive no fígado, coração, pâncreas, rins, músculos esqueléticos, cérebro e células sanguíneas. 
Quando alguma doença ou lesão danifica as células, a LDH pode ser liberada na corrente sanguínea e aumentará o teor de LDH no sangue. Níveis altos de LDH no sangue indicam danos celulares agudos ou crônicos, mas serão necessários outros testes para descobrir a causa. Níveis anormalmente baixos de LDH são muito raros e, em geral, não são nocivos.
Os motivos que levam para o aumento do nível de LDH podem ser em casos de AVC, utilização de drogas, anemias hemolíticas, infarto intestinal e pulmonar, doença renal, doença hepática, dentre outros. Lembrando que a LDH existe em tipos celulares variados, por isso o exame em si não pode dar uma exatidão sobre qual o local lesionado.
Aula Prática
Os materiais utilizados foram:
Amostra sanguínea - Soro;
Kit de procedimento LDH Liquiform;
Espectrofotômetro;
Pipetas graduadas e micropipetas;
Cronômetro;
Banho-maria;
Tubo de ensaio.
Procedimento:
Utilizei um tubo de ensaio, nomeado como tubo T (teste). Para obter-se a solução que seria utilizada (reagente de trabalho), foi preciso misturar os reagentes que haviam dentro do kit de LDH. Para resultar no Reagente de Trabalho utilizei:
0,8 ml do Reagente 1 + 0,2 ml do Reagente 2 = 1 ml Reagente de Trabalho.
Após o feito o reagente teste, adicionei 0,02 ml da amostra, fiz a homogeneização e coloquei em banho-maria à 37°C por 1 min.
Obs.: para facilitar a pipetagem, fiz a conversão dos 0,02 ml para ul.
1000 ul – 1ml
X ul – 0,02 ml
X = 20 ul
Depois de passado o tempo, retirei do banho-maria e fui direto para o espectrofotômetro, ajustei a absorbância para 340nm e fiz a primeira leitura. O procedimento descrito na bula informa que é preciso realizar duas leituras com a mesma amostra, sendo que é necessário um espaço tempo de 2 min da primeira leitura, lembrando que a amostra permanece dentro do espectro durante toda essa passagem de tempo. 
Para diferenciar a primeira leitura da segunda, rotulei como A1 (primeira leitura – assim que retirado do banho-maria) e A2 (segunda leitura – após os 2 min).
Os resultados obtidos foram:
A1: 0.933
A2: 0.931
Cálculo:
Para obter o resultado da LDH é necessário fazer o seguinte cálculo:
Sendo assim:
0.933 – 0.931 = 0.002 / 2 ∆A Teste = 0.001 x 8.095 8.095 x 0,0167 = 0.135 U/L
Obs.: sobre o cálculo acima, acredito que houve uma alteração no ∆A T. devido ao resultado que seria obtido na multiplicação, pois todo número multiplicado por 1 é igual a ele mesmo, sendo assim foi realizada esta modificação, mas não recordo o motivo concreto para ser o número que ali consta.
Valores de referência:
Paciente: Debora S. Barbosa	 Idade: 18 anos
LDH: 0.135 U/L
Obs: Paciente demonstra resultado muito abaixo do esperado, vale ressaltar que a mesma não se encontrava em jejum e o soro da amostra utilizada já havia sido colhido há uma semana. E devido a isto já não há atividade enzimática.
Triglicérides ou Triglicerídeos
Os triglicerídeos, também chamados de triglicérides ou triglicéridos, são as principais gorduras do nosso organismo, correspondem aos óleos vegetais e a gorduras animais.
Os triglicerídeos presentes no nosso corpo podem ser adquiridosatravés da alimentação ou produzidos pelo nosso próprio organismo pelo fígado. São importantes, pois servem como reserva energética para os momentos de jejum prolongado ou alimentação insuficiente. 
São transportados pelo sangue por lipoproteínas chamadas lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL). Através destas, as triglicérides são transportadas pelo sangue do intestino para serem armazenadas no tecido adiposo e entre as refeições são liberadas do tecido para serem utilizadas como fonte de energia pelo corpo. 
O exame faz parte do perfil lipídico, associado ao HDL e LDL, serve para medir a quantidade de triglicerídeos no sangue. É realizado nos exames de rotina ou em pessoas com fatores de doenças cardiovasculares ou em tratamentos devidos á níveis altos de triglicérides.
Aula Prática
Materiais e equipamentos utilizados:
Amostra sanguínea - Plasma;
Kit de procedimento Triglicérides Liquiform;
Espectrofotômetro;
Pipetas graduadas e micropipetas;
Cronômetro;
Banho-maria;
Tubos de ensaio.
Procedimento:
Utilizei três tubos de ensaio para realizar as soluções ao lado.
Terminado as soluções nos tubos nomeados em B (branco), T (teste) e P (padrão), incubei todos no banho-maria à 37ºC por 10 min. Terminando o tempo levei para o espectrofotômetro, ajustei a absorbância para 505 nm, e obtive os seguintes resultados:
P: 0.050
T: 0.490
Obs.: Lembrando que o tubo branco é utilizado somente para zerar o valor no espectrofotômetro.
Durante o procedimento fiz a conversão de 0,01 ml para ul, pois assim facilitou a pipetagem:
1000 ul – 1ml
X ul – 0,01 ml
X = 10 ul
Cálculo:
Para obter o valor do Triglicerídeo é necessário realizar o seguinte cálculo:
Sendo assim:
0.050/ 0.490 = 9.8 x 200 = 1.960 mg/dl
Valores de Referência:
Paciente: Debora S. Barbosa	 Idade: 18 anos
Triglicérides: 1.960 mg/dl
Obs: Paciente demonstra resultado muito acima do esperado, vale ressaltar que a mesma não se encontrava em jejum e embora já houvessem passado uma semana desde a coleta da amostra, os níveis continuaram muito elevados.
Conclusão:
Conhecer o funcionamento dos metabolismos e a definição de cada componente de um exame bioquímico rotineiro é muito importante devido ao conhecimento que expandimos, pois assim começamos a ter plena consciência das conseqüências positivas e negativas.
Além de que praticamos tudo o que foi ensinado na teoria, compreendendo toda a importância do passo a passo, refazendo em caso de erros e tendo sempre o auxílio da professora em caso de dúvidas.
Nosso corpo é capaz de produzir muitos dos nutrientes de que necessita, nem por isso devemos excluir nossa alimentação, porque esta é um complemento, por isso não devemos excluir e também não exagerar, pois a conseqüência causada pelo excesso mais citada é a doença cardiovascular.
Podemos concluir então que ter uma boa alimentação e praticar algum tipo de exercício é uma ótima base para evitar diversas doenças, lembrando que uma boa alimentação é uma alimentação com um pouco de cada componente da pirâmide alimentar e não a total exclusão de alimentos ricos em lipídios.
Bibliografia:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABtewAE/metabolismo-dos-carboidratos-lipidios 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/metabolismo.htm
http://www.interlabdist.com.br/dados/produtos/bula/doc/512149c79931bf7ac.pdf
http://pt.healthline.com/health/exame-da-desidrogenase-lactica#Panoramageraldadesidrogenaseláctica1
https://labtest.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Ref_86_RevJulho2011_Ref240214_Port.pdf
http://www.mdsaude.com/2012/08/triglicerideos-alto.html
https://labtest.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Ref_87_RevNovembro2004_Ref240214_Port.pdf
- Anotações das aulas e lista entregue sobre as definições dos procedimentos realizados.