Buscar

trabalho legislaçao institucional pmmg

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

1 Introdução
O presente estudo tem por meio análise da Lei 14.310 Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais (CEDM) de 19Jun02, Instrução de Corregedoria 01 e literatura especializada. Será abordado as transgressões disciplinares do artigo13 incisos IX ao XII, artigo 14 incisos IX ao XII e artigo 15 inciso III. Buscou-se apresentar as peculiaridades das transgressões, sobretudo com exemplos no intuito de elucidar as transgressões sabendo que a hierarquia e disciplina são pilares da Polícia Militar de Minas Gerais. 
 1.1 São transgressões de natureza GRAVE:
1.1.2 Art. 13, inciso IX 
Utilizar-se de recursos humanos ou logísticos do Estado ou sob sua responsabilidade para satisfazer a interesses pessoais ou de terceiro.
Para configurar essa transgressão, basta a utilização do recurso público sob responsabilidade do Estado e que tenha a finalidade de satisfação pessoal ou de terceiros sendo que, esses recursos públicos e logísticos das Instituições Militares Estadual (IMEs), devem servir exclusivamente para fins públicos previstos em leis e/ou regulamentos.
De acordo com a Instrução Conjunta de Corregedoria nº 01/2014:
Para sua configuração, não há necessidade da ocorrência de vantagem pessoal ou de terceiro, basta que a utilização dos meios logísticos tenha por finalidade a satisfação de interesse pessoal ou de terceiro.
A conduta pode também configurar crimes previstos no CPM, relacionados com desvios de recursos e obtenção de vantagem indevida, além de atos de improbidade administrativa, ou pode também constituir transgressão disciplinar residual.
Porém, deve-se ter o bom senso em não generalizar que todo e qualquer uso, para fins particulares, desses recursos serão enquadrados como transgressões. Como exemplo, podemos citar a utilização de computadores da unidade do militar, que durante o serviço, acesse a Internet para verificar seu e-mail sem trazer prejuízo para o andamento de seu serviço.
Com base nos estudos e pesquisas, não vislumbramos o enquadramento das transgressões retro mencionadas, com o artigo 64, II do CEDM, pois os atos dos incisos não afetam a honra pessoal ou o decoro da classe, logicamente que dependendo de como e cometida a transgressão, sendo necessário um senso de razoabilidade em cada caso.
1.1.3 Art. 13, inciso X 
 Exercer, em caráter privado, quando no serviço ativo, diretamente ou por interposta pessoa, atividade ou serviço cuja fiscalização caiba à Polícia Militar ou ao Corpo de Bombeiros Militar ou que se desenvolva em local sujeito à sua atuação.
Essa transgressão pode se dar de duas formas: a primeira quando o militar exerce atividade ou serviço de responsabilidade da PMMG ou CBMMG. Exemplo bem corriqueiro seria de o militar que exerce a atividade de transporte urbano de passageiro. Essa, é uma atividade que recebe constante fiscalização da PMMG com a finalidade de combater o seu exercício clandestino. A segunda forma dá-se quando a atividade ocorre em local sujeito à atuação da PMMG ou CBMMG, seja o local público ou privado, uma vez que todas as duas corporações podem atuar em quaisquer desses locais, seja em estado de flagrância de um ilícito penal que a PMMG tem o dever de agir, ou para prestação de socorro em que o dever de agir é do CBMMG.
De acordo com a Instrução Conjunta de Corregedoria nº 01/2014:
Os demais casos de segunda atividade remunerada se amoldam à transgressão capitulada no art. 14, XIX, do CEDM, embora nem toda atividade paralela deva ser considerada uma conduta antiética ou infracional, devendo a autoridade militar competente avaliar, no caso concreto, a incompatibilidade, assiduidade, absenteísmo e o prejuízo para o serviço militar.
Esse tipo de transgressão, de natureza grave, é conhecido habitualmente, no âmbito militar como “bico”, esse biscate exercido mesmo o militar estando à paisana, de licença ou dispensa médica, de folga ou em gozo de férias.
Para os militares do CBMMG ainda se dá quando exerce como “bico” as atividades de responsabilidade do CBMMG prevista na Lei Estadual nº 14.130, de 19Dez01 que dispõe sobre a prevenção contra incêndio e pânico no Estado.
Outras atividades privadas remuneradas exercidas pelos militares, vedadas pelas normas vigentes, enquadram-se no artigo 14, inciso XIX, do CEDM.
Podemos usar como exemplo um policial militar que é surpreendido em um supermercado fazendo segurança particular, “bico” pela especialidade do serviço, o caso se amolda em transgressão de natureza média. 
1.1.4 Art. 13, inciso XI 
Maltratar ou permitir que se maltrate o preso ou a pessoa apreendida sob sua custódia ou deixar de tomar providências para garantir sua integridade física. 
Esse tipo de transgressão se dá quando o preso maltratado está sob custódia do militar agressor, não sendo esse o caso, sua conduta se enquadra como transgressão do artigo 13, inciso I do CEDM.
Para se cometer essa transgressão, o militar pode agir de forma comissiva, ou seja, exige uma atividade concreta do militar, uma ação, isto é, o militar faz o que a norma proíbe, ou de forma omissiva, quando o militar se omite de seu dever de agir, o militar não faz o que a norma manda. Exemplificando: conduta comissiva é quando o militar maltrata o preso, e conduta omissiva é quando o militar, seja superior ou inferior hierárquico, não impede os maus-tratos a esse preso, se mantém inativo.
.
1.1.5 Art. 13, inciso XII 
Referir-se de modo depreciativo a outro militar, a autoridade e a ato da administração pública. 
Essa transgressão se dá de forma verbal ou escrita, praticada pelo próprio militar, ou se valendo de terceiro para divulgar de forma depreciativa, menosprezo ou falta do devido respeito a outro militar, autoridade ou ato da administração pública.
Exemplo atual do cometimento dessa transgressão é a manifestação virtual por meio de redes sociais permitindo mensagens de cunho depreciativo, muitas vezes, até em anonimato acreditando-se na impossibilidade de sua identificação.
Segundo nos orienta a Instrução de Corregedoria 01/2014 conforme o artigo a seguir:
 Art. 5º, § 12, Inciso XII – referir-se de modo depreciativo a outro militar, a autoridade e a ato da administração pública: A depreciação tem o sentido de diminuição de valor, de desconsideração e de desrespeito para com outro militar (mesmo que subordinado) ou autoridade (qualquer uma, mesmo as civis). No caso da depreciação a outro militar, esta pode ser exteriorizada por qualquer meio, a exemplo da carta anônima, blog, mensagem de e-mail, SMS, redes sociais ou também oralmente. Em relação a ato da Administração Pública, têm-se como exemplos, desde que contenham sentido pejorativo ou que indiquem circunstâncias indevidas, impertinentes e/ou desproporcionais, as referências contra a concessão de um reajuste salarial, alterações no plano de carreira, alteração do horário de expediente, além de mudanças nas regras de aposentadoria. Comparando-se a presente transgressão com as do art. 13, incisos I e V, do CEDM, prevalecerá a mais específica. Ademais, não podem coexistir ambas num mesmo fato transgressivo. A conduta pode também configurar crimes previstos no CPM (a exemplo dos que recaem contra a Autoridade ou Disciplina Militar e a honra), crime comum contra a honra, ou ainda constituir transgressão disciplinar residual.
A hierarquia e disciplina são os pilares da Polícia Militar de Minas Gerais, partindo dessa premissa e de suma importância que os integrantes da instituição tenham o pundonor policial em todos seus preceitos uma vez que o respeito e essencial em todos seguimentos da sociedade mas os militares por sua especialidade tem algo mais afinco-o quando se refere ao tratamento seja para com seu subordinado e os eu superior, não e cabível a postura não mais que respeitosa de um policial militar, uma vez investido da autoridade que lhe e peculiar, honra, respeito, humildade são os comportamentos mais importantes que um homem podem externar.
É importante ressaltar que o respeito não deveria ser algoimposto por regulamento ou outra norma, mas sim do estereótipo do ser humano.
1.2 – São transgressões disciplinares de natureza MÉDIA
1.2.1- Art. 14, inciso IX
Utilizar-se do anonimato ou envolver indevidamente o nome de outrem para esquivar-se de responsabilidade;
Estudaremos em momentos distintos, pois a cerca do anonimato, segundo a Constituição Federal em seu artigo 5º, Inciso V é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. A Carta Magna é taxativa ao orientar que é livre a manifestação do pensamento sendo vedado o anonimato.
Contudo, os Estados membros da federação, resolveram criar mecanismos que perpetuam o anonimato não que seja incorreto, de forma alguma, pois o já conhecido disque denúncia (181), tornou-se uma útil ferramenta no combate ao crime como veremos a seguir.
Decreto Estadual (MG) 44633, DE 10nov07
Art. 1º Fica instituído o Disque Denúncia Unificado, constituído de uma central única, cujas finalidades são a recepção, o processamento e a resposta a denúncias anônimas de crimes e sinistros.
Art. 2º Os princípios que regem o Disque Denúncia Unificado são:
I - resguardo absoluto e incondicional do anonimato do cidadão que oferecer denúncia de crime ou sinistro; 
II - sigilo de todas as informações referentes ao conteúdo das denúncias anônimas e dos procedimentos por elas desencadeados;
III - preservação da imagem e honra dos servidores, funcionários, denunciantes e denunciado.
 Após criado, tornou-se uma útil ferramenta de apoio a segurança publica, partindo da premissa que o denunciante não precisa se identificar ou seja figura a questão do anonimato.
A denúncia de um civil ou de um policial militar deve ser apurada independentemente de ser anônima ou não, é certo que e de interesse que a IMEs apurar qualquer denúncia sendo ela infundada ou não, tal apuração fica a cargo do encarregado ao final do procedimento relatar se a denuncia e verídica ou se e infundada.
Contudo, entretanto o militar ao denunciar um fato inverídico seja ele crime ou transgressão disciplinar de um superior hierárquico ou um subordinado, com o claro intuito de o prejudicar, com esta cometendo transgressão disciplinar.
EX: O soldado Enrolado apresenta uma denuncia formal alegando que o Sargento Astuto, realiza compras frequentemente durante o turno de serviço.
Como dito anteriormente seria instaurado um procedimento adequado, contudo ao final sendo constado a má fé do denunciante, ele incorrerá em transgressão disciplinar cabendo até mesmo responsabilização penal e civil.
Na segunda hipótese o militar envolve indevidamente o nome de outrem seja militar ou civil a fim de esquivar-se de responsabilidade, tal conduta não é inerente ao policial militar, pois como fiscalizador das leis, tem o dever deve primar por sua conduta procurando ser a mais ética possível, cada militar e o espelho da IMEs.
Contudo o militar ao cometer essa transgressão, tem intenção clara e objetiva de imputar a outrem responsabilidade de fato cometerá, sendo possível ser responsabilizado penal, civil e disciplinar simultaneamente.
Ex: Sd Enrolado durante o processo administrativo alega que fora o Sargento Astuto ou uma das funcionárias civis que trabalham na faxina na companhia, e que teriam quebrado a maçaneta da porta do banheiro da companhia onde ambos trabalham, contudo ao final do processo fica apurado que ele mesmo o Sd Enrolado era quem teria quebrado a maçaneta, ele teria feito tal acusação com intuito de livrar-se da responsabilização penal, civil ou disciplinar.
A Instrução Conjunta da Corregedoria nº01/2014 assim interpretou o tipo transgressional: 
A conduta pode também configurar crimes militares previstos nos artigos 214 (calúnia), 215 (difamação), 216 (Injúria), ou 343 (denunciação caluniosa) do CPM, ou ainda constituir transgressão disciplinar residual.
Mesmo sendo uma falsa acusação não vislumbramos o enquadramento das transgressões retro mencionadas, com o artigo 64, II do CEDM, pois os atos dos incisos não afetam a honra pessoal ou o decoro da classe. 
1.2.2- Art. 14, inciso X 
Danificar ou inutilizar, por uso indevido, negligência, imprudência ou imperícia, bem da administração pública de que tenha posse ou seja detentor;
A transgressão em questão é de uma complexidade muito grande pois, é comum alguns policiais estar respondendo processos disciplinares por terem envolvidos em acidentes com viaturas policiais, devido a peculiaridade do serviço policial, sendo necessário minuciosa apuração da transgressão, contudo nos casos em que o policial der causa a inutilização ou danificação do bem público, é notório a transgressão como veremos a seguir na INSTRUÇÃO DE CORREGEDORIA 01/2014:
O significado de “bem” abrange todas as coisas corpóreas ou incorpóreas, suscetíveis de valor econômico. “Danificar” compreende a conduta de destruir, deteriorar ou fazer desaparecer algum bem, ao passo que “inutilizar” significa tornar imprestável ou inservível. Configura a presente transgressão qualquer espécie de danificação ou inutilização, mesmo que estas se deem por culpa (negligência, imprudência ou imperícia) do militar, uma vez que este possui o dever de bem cuidar e administrar os bens públicos.
 Para fins do cometimento dessa transgressão, o bem da Administração Pública ora referido deve ser entendido como sendo não somente aquele pertencente ao patrimônio da Administração, mas também aquele que esteja sob sua posse, guarda ou detenção, a exemplo da frota terceirizada de viaturas. 
A conduta pode também configurar crimes militares previstos no Capítulo VII do Título V do CPM (“Do Dano”), ou ainda constituir transgressão disciplinar residual.
.
1.2.3 Art. 14, Xl 
Deixar de observar preceito legal referente a tratamento, sinais de respeito e honras militares, definidos em normas especificas;
.
A hierarquia e disciplina são os pilares da Polícia Militar, pois se trata de uma instituição bicentenária que presa pelos princípios éticos de seus integrantes, o cidadão de bem ao contemplar a organização da instituição, reconhece que dificilmente outra instituição estadual, seria organizadamente perfeita. Pois o integrastes da instituição são fiéis cumpridores da ética da disciplina e da hierarquia. Devido à especialidade do militarismo e inadmissível a falta por qualquer dos integrantes da corporação a falta de quaisquer dos preceitos acima citados, sendo correta a punição administrativa ou até mesmo na seara militar a punição não como forma de pena, mas sim como forma de reenquadramento e alinhamento da conduta devido o cometimento da transgressão. 
Segundo a Instrução 01 corregedoria de 2014 tal transgressão se refere essencialmente às normas alusivas à inobservância de regras de tratamento (a necessidade de se referir a um superior por senhor (a), a uma autoridade, por vossa excelência, dependendo do caso); sinais de respeito e honras militares (continência individual, continência à bandeira, ao hino nacional e outros).
Os sinais de respeito ao superior ou as honras militares, são regidos em regulamento próprio como veremos a seguir.
De acordo com o Decreto Federal 2.243, de 03Jun97 (RCONT)
Art. 1º Este Regulamento tem por finalidade:
I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito que os militares prestam a determinados símbolos nacionais e às autoridades civis e militares;
Il - regular as normas de apresentação e de procedimento dos militares, bem como as formas de tratamento e a precedência entre os mesmos;
III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às Forças Armadas.
Parágrafo único. As prescrições deste Regulamento aplicam-se às situações diárias da vida castrense, estando o militar de serviço ou não, em área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de natureza militar ou cívica.
.
1.2.4 Art. 14, XII
Contribuir para a desarmonia entre os integrantes das respectivas IMEs, por meio da divulgação de notícia, comentário ou comunicação infundados;Para elucidar o entendimento a respeito dessa transgressão disciplinar, importante será conhecermos o conceito da palavra infundado. Segundo o professor Bruno Silveira infundado, imaginário, fictício, inventado. (SILVEIRA BRUNO- Minidicionário da Língua Portuguesa pag.436).
A Instrução de Corregedoria interpretou dessa forma a transgressão:
O presente preceito visa tutelar a camaradagem e o espírito de cooperação previstos no art. 9º, inciso VII, do CEDM. Para a configuração de tal transgressão, basta que a divulgação de notícia, comentário ou comunicação infundados se revistam de potencial ofensivo à harmonia entre os militares. A conduta pode também configurar crimes militares previstos no art. 214 (calúnia) ou 343 (denunciação caluniosa) do CPM, ou ainda constituir transgressão disciplinar residual.
Desde os primórdios tem se notado o apego dos comandantes em blindar o nome da IMEs, fazendo com que cada integrante busque a cada dia zelar pelo nome da instituição, dessa forma tem se buscado a paridade de tratamento entre os postos e as graduações, com a finalidade de coibir que alguns atos venham a abalar a convivência harmoniosa dos integrantes.
A transgressão em questão tem a finalidade de abalar essa convivência harmoniosa, pois uma vez que um militar levanta dissemina boatos, intrigas, acusações, notícia, comentário ou comunicação infundada, seja da instituição ou de qualquer um dos integrantes.
É importante ressaltar que somente o fato do integrante divulgar informações via rede social sem verificar a sua autenticidade, no mesmo caso aquele militar que acusa formalmente ou verbalmente outro militar de transgressão com claro intuito de o prejudicar estará cabível seu enquadramento.
A conduta pode também configurar crimes previstos no CPM (a exemplo dos que recaem contra a Autoridade ou Disciplina Militar e a honra), crime comum contra a honra, ou ainda constituir transgressão disciplinar residual. 
É de grande importância lembrar que a comunicação infundada acarretará responsabilidade civil, penal e administrativa ao comunicante, como afirma nos informa o CEDM em seu art. 95.
Exemplificaremos a seguinte situação fictícia, um militar do 98º Batalhão da PMMG faz comentários impertinentes a respeito de um determinado sargento que está na função de Sargenteante de sua companhia, em uma mensagem de texto via watsapp.
1.3 Art. 15 – São transgressões disciplinares de natureza LEVE:
1.3.1 Art. 15, III
Deixar de observar princípios de boa educação e correção de atitudes;
Para se cometer essa transgressão, e necessário entender oque viria a ser considerado os princípios da boa educação e correção de atitudes, entendemos que a boa educação não e somente cabível no ambiente de trabalho mas sim um principio e valor a ser cultivado por toda a vida seja no ambiente familiar ou o trato com os amigos, pois não seria correto tratar de maneira ríspida qualquer pessoa que seja, independente de nível social ou intelectual.
Segundo nossa carta magna:
Art.5º- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Todos são iguais perante a sociedade, cabendo então tratamento no mínimo Cortez por parte de qualquer pessoa. Contudo e notório salientar a questão da retorsão imediata, pois não podemos esperar uma conduta de boa educação de um policial militar frente a um cidadão que o venha a provocar incessantemente. 
Em comum pensamento nos ensina a Professora Jussara Barros:
É bom lembrar que as pessoas não são iguais e que as diferenças servem para enriquecer a vida, para trazer experiências de convivência que nos acrescentam valores éticos e morais, desde que sejam vistas dessa forma. Olhar para o outro de forma crítica, não aceitando e respeitando seu jeito de ser pode fazer com que acreditemos que tudo deva acontecer de acordo com nossas vontades. (brasilescola.uol.com.br/sociologia/principios-educacaocomo-tratar-proximo.htm)
Um exemplo de boa educação seria o caso de um Cabo PM chamar um subordinado, ou seja, um soldado de modo pejorativo ou “ muxiba ou de pelanca”.
A correção de atitudes, vislumbramos que o policial militar como fiscalizador da lei tem a obrigação de zelar por sua postura uma vez que pela especialidade do serviço policial militar, torna-se uma referência no meio social, contudo faz-se necessário um senso de razoabilidade quando se trata de transgressão por correção de atitudes, certamente existem atitudes que são vexatórias tao somente para o militar, sendo assim, dificilmente acarreta algum prejuízo a imagem instituição militar.
A correção de atitudes está ligado ao bom comportamento a boa educação, a ética e ao bom procedimento.
Segundo a Instrução de Corregedoria nº 01/2014
Não houve uma descrição objetiva de quais sejam os princípios de boa educação e correção de atitudes, cabendo, destarte, aos aplicadores do CEDM adequá-los ao caso concreto. Todavia, embora não descritas legalmente, a boa educação e a correção de atitudes derivam de um dever ético e social ligado à moral e aos bons costumes, exigindo-se que o militar estadual se porte de modo discreto, cortês, garantidor e promotor dos direitos humanos e, sobretudo, de modo conveniente. Alguns princípios da ética militar podem ser invocados para sustentar a falta epigrafada, como, por exemplo, os incisos VII, VIII, X e XII do art. 9º do CEDM, o que reforça a ideia de que a boa educação e a correção de atitudes são predicados essenciais ao militar estadual, que deve ser considerado um referencial no meio social.
Como por exemplo; em uma supervisão um Capitão estando de supervisão surpreende um militar, que esteja de serviço na guarda do 13º Batalhão sentado com a cabeça baixa e verificando mensagens do Whatsapp, sendo que o local constantemente há um grande fluxo grande de transeuntes.
1.4 Do decoro da classe 
Art. 64, Inciso ll – Será submetido a Processo Administrativo-Disciplinar o militar, com no mínimo três anos de efetivo serviço, que: Praticar ato que afete a honra pessoal ou o decoro da classe, independentemente do conceito em que estiver classificado.
1.5 Conclusão
O trabalho em tela teve por objetivo principal fazer analisar os artigos referenciados no código de ética e disciplina dos militares estaduais de minas gerais, como o notório saber que o código em questão veio substituir antigo e revogado regulamento disciplinar policiais militares, no que tange a mudança no comportamento dos policiais não mudou muito, pois tanto o código de ética tanto o regulamento disciplinar, objetivam o mesmo fim, o respeito à hierarquia e disciplina que são os pilares da nossa instituição, motivo qual uma mudança de forma radical, poderia ocasionar um enfraquecimento de nossa gloriosa instituição centenário. 
Analisamos os artigos em consonância a o artigo que se refere ao decoro da classe.
E enfático ressaltarmos que o policial militar deve se pautar em ter um comportamento adequado e condizente com a postura que o cargo exige nossa instituição não tolera atitudes que venham manchar a imagem gloriosa dos bons serviços que prestamos a sociedade mineira, contudo não compactuamos com ofensas aos direitos individuais e fundamentais, sendo dado a todo acusado de transgressão que atente contra o decoro da classe, o contraditório e a ampla defesa, somos exemplos nacionais de como fazer segurança publica, não somente por meio de policiamento ostensivo, mas também por uma gama imensa de procedimentos que adotamos, seja a preparação dos nossos militares, ou seja, quanto a punir aqueles que atentem contra a hierarquia e disciplina de nossa instituição.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA MILITAR – Lei 14310, de 19jun2002 – MAURICIO OLIVEIRA (2016)- 2ª ed. COMENTADA
RESOLUÇAO CONJUNTA 4220- MAPPA- MANUAL DE PROCESSOS E PROCEDIMENTOSADMINISTRATIVOS DAS INSTITUIÇÕES MILITARES DO
ESTADO DE MINASGERAIS.
 
 INSTRUÇÃO CONJUNTA DE CORREGEDORIAS Nº 01 
(ICCPM/BM Nº 01/2014).
 Brasilescola.uol.com.br/sociologia/principios-educacaocomo-tratar-proximo.htm- Pr. Jussara Barros
http://www.dicionarioinformal.com.br/boa%20conduta