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Reprodução
em Suínos
Instituto Educacional Particular Brasileiro – IEPB
Curso Técnico em Veterinária
Disciplina: Reprodução Animal
Docente: Antônio Araújo Neto
Discentes: Carla Danielly, Daniela Gomes
Cuité-PB
Introdução
A suinocultura busca, continuadamente aumentar a eficiência reprodutiva. Para tanto, é preciso conhecer os aspectos reprodutivos que caracterizam a espécie. Os desafios para aplicação dessas técnicas são sempre a sincronização de cio das matrizes de uma granja inteira por exemplo, o que as vezes pode ser dispendioso e demorado, mas após conseguido uma primeira sincronização, os lotes sairão todos uniformes e a logística de manejo e sanidade tendem a superar qualquer problema.
Ciclo estral dos suínos 
Regulação hormonal da reprodução em suínos
Características das fêmeas suínas
São multíparas, podem ciclar em qualquer época do ano quando não estão em gestação ou lactação, sendo poliéstricas anuais.
As matrizes possuem a vagina mais estreita que as demais espécies (12 cm), com tecido conjuntivo denso e rico em fibras. Durante a cópula, o formato do pênis se adapta ao formato da cérvix.
FATORES QUE AFETAM A PUBERDADE:
Consanguinidade: atrasa a maturidade em várias semanas;
Cruzamentos: animais cruzados são mais precoces (11 dias + cedo);
Raças: raças menores apresentam puberdade mais cedo;
Sexo: as fêmeas de todas as espécies são mais precoces;
Nutrição: ração deficiente em Energia e Proteínas, assim como o acúmulo de gordura abdominal, atrasam a puberdade.
Fatores de Manejo:
Proximidade e/ou presença do Macho:
A partir de 165 dias de idade: estimula o aparecimento do cio, reduzindo a idade à puberdade.
Alternância de machos é melhor
Estímulo auditivo COM ou SEM contato visual de um macho castrado já pode reduzir a idade à puberdade quando comparado com fêmeas sem contato algum.
Sabe-se que o chamado ¨ efeito macho¨ é reflexo da junção de componentes olfativos, táteis, visuais e auditivos.
O mecanismo pelo qual o estímulo olfativo interfere no status endócrino da fêmea passa pelos ferormônios encontrados principalmente na saliva dos machos.
5 α-androstenona e o 3 α-androstenol, são produzidos pelas glândulas salivares sub-maxilares em resposta à excitação sexual do macho.
A produção de ferormônios aumenta com a idade, a partir da puberdade do macho (5-6 meses), atingindo níveis altos ao redor dos 10 meses de idade.
Existe também na urina.
Efeito cachaço
Efeito da idadedo macho em estimular a puberdade em leitoas:
Intervalo(dias) entre exposição e puberdade
Idade à puberdade (dias)
Sem macho
39
203
Macho com 6 meses
42
206
Macho com 11 meses
18
182
Macho com 24 meses
19
182
Fonte:kirkwood, R.N(1992)adaptado deKirkwood&Hughes(1981)
Utilize somente machos com idade superior a 10-11 meses;
Faça rotação de machos. Procure dispor de um grupo de machos (normalmente 2 a 3 animais, dependendo do número de leitoas trabalhadas) aptos a desempenhar este trabalho, com ótima libido;
Adote a estimulação das leitoas com os machos 2x ao dia;
 Há evidências de que um contato diário de cerca de 15 min é suficiente, mas o manejo 2x/dia “encaixa” na rotina de detecção de cio da granja e permite a identificação precoce daquelas leitoas de cio muito curto.
Inicie a estimulação quando leitoas atingirem uma idade próxima a 150-160 dias. Leitoas muito precoces apresentam respostas inconsistentes e pobre sincronização.
Princípios básicos do “efeito macho” em recomendações práticas de manejo para a indução da puberdade em leitoas :
Trabalhe com grupos pequenos de leitoas. O ideal é entre 6 e 10 leitoas/baia, facilitando o manejo e permitindo contato eficiente do macho com cada uma das leitoas pré-púberes.
Procure conciliar o manejo de estimulação com a transferência de baias ou reagrupamento das leitoas. O estresse associado a esses manejos podem contribuir, tornando a leitoa mais responsiva aos estímulos desencadeados pelo “efeito macho”.
Sociabilidade: Marrãs em grupo podem reduzir a idade à puberdade quando comparadas às fêmeas sozinhas.
1 marrã/baia
30 marrãs/baia
Idade no1º cio
222dias
207 dias
Peso ao 1º cio
108 kg
108 kg
Estresse moderado: Mudança de baia ou transporte para outra granja também induz o aparecimento do cio. Cerca de 24% das marrãs entram em cio após 4-6 dias do transporte.
1. Para identificar o histórico de ciclo estral de cada leitoa, facilitando os manejos de sincronização do estro;
2. Para permitirmos que fêmeas tardias e/ou que estarão em anestro sejam mais rapidamente descartadas do plantel, reduzindo o desperdício;
3. Para antecipando o 1º estro, aumentarmos o % de leitoas cobertas já o 3ºestro (ou mais) sem para isso estarem em idade excessiva, permitindo maior desenvolvimento do trato genital e chances de melhores desempenhos reprodutivos.
4. Para identificarmos precocemente as leitoas que apresentam cios muitos curtos <24hs e associarmos à elas a necessidade de atenção e diferenciação no manejo de inseminação artificial.
5. Para evitarmos que muitas leitoas atinjam o peso de mercado +/- 100 kg antes de chegarem à puberdade.
Por quê antecipar a idade da puberdade das fêmeas?
Escolha de um Reprodutor Suíno
Padrão racial 
Características raciais devem obedecer aos padrões de cada raça, pois a sua uniformidade fenotípica facilita a preservação e possibilita a manutenção da pureza racial.
2.Temperamento
Intranquilidade, apatia, sonolência, além de temperamento bravo, são fatores negativos que podem comprometer o comportamento na monta representando, portanto um prognóstico desfavorável.
3. Masculinidade
Característica que depende da testosterona. Incluem-se o maior desenvolvimento muscular, o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos, o comportamento sexual típico de macho e a libido.
4.Estado corporal
O reprodutor não deve ser gordo demais, porque prejudica o ato de monta, podendo ocorrer, também distúrbios na espermatogênese devido a rações mal balanceadas.
Escore corporal em fêmeas suínas 
Obs.: animais com defeitos de conformação esquelética: cifoses, lordoses e escoliose, devem ser evitados.
O reprodutor deve apresentar boa conformação, tamanho corporal de acordo com a raça, normalidade dos testículos. 
Os defeitos de conformação nos jovens podem passar despercebidos no exame dos reprodutores, podendo agravar-se com a idade.
Espermatozóide do suíno
O tempo de formação do espermatozóide é de 48 dias, sendo que a duração da fase testicular é de 38 dias e a passagem pelo epidídimo de 10 dias
Sobrevivência do espermatozóide no trato genital da fêmea : 25 a 42 h (até 70h). Os espermatozóides levam aproximadamente 2 horas para alcançarem a zona pelúcida dos óvulos (poder de capacitação é de 2 horas).
Pré-espermática: constituída por secreções da próstata, vesicular seminais e alguns grumos gelatinosos, representando um volume de aproximadamente de 10 a 25 mL;
Intermediária ou espermática: rica em espermatozóides e secreções da próstata e vesículas seminais; tem uma coloração esbranquiçada leitosa; seu volume é aproximadamente, de 30 a 100 mL.
Pós-espermática: pobre em espermatozóides; constituída por um material gelatinoso, que forma o chamado tampão vaginal, esse tampão impede o refluxo de sêmen através do canal genital das porcas quando da ejaculação.
Desenvolvimento testicular: está altamente correlacionado com o volume seminal e as características espermáticas dos reprodutores.
Avaliação dos espermatozóides
Motilidade (mín. 70%)
Morfologia (% de alterações na cabeça, corpo e cauda, no máx.20%)
concentrações de espermatozóides no ejaculado
Integridade da membrana
Integridade da cromatina
Acrossoma
Capacidade de fecundação
Valores médios dos componentes do ejaculado
(mg/100mL)
Característicasdos componentes do ejaculado de suínos
Volume do ejaculado(mL).................................................150 - 200
Concentração espermática(milhão/mL)..........................200-300
Espermatozóides
por ejaculado (bilhão)............................30- 60
Espermatozóides móveis (%)..................................................50 - 80
Espermatozóides morfologicamente normais (%)...............70 - 90
Proteína....................................................................................... 3,7
pH................................................................................................ 7,3 -7,8
Em reprodutores suínos jovens, as medidas dos testículos e seu volume são correlacionadas positivamente com o peso testicular e atividade espermatogênica e inclusive com as concentrações séricas de testosterona.
A produção espermática e o total da reserva de espermatozóides estão diretamente relacionados às dimensões testiculares (testículos maiores estão correlacionados com concentrações espermáticas elevadas). A produção espermática média está em torno de 24 milhões/dia/g de testículo.
A formação dos espermatozóides nos testículos já inicia no 3º mês de vida, quando o animal começa a apresentar libido ou apetite sexual.
Entretanto, a maturidade sexual ocorre somente entre o 6º e 7º mês de vida, quando o cachaço inicia potencialmente a espermatogênese, apresentando um ejaculado com volume e concentração de espermatozóides suficientes para promover uma fecundação.
Os machos estão aptos para reprodução aos 7-8 meses pesando em média 100 kg (70à 120 kg), sendo que este momento está mais relacionado com a idade do que com peso.
Podem ser considerados maduros sexualmente quando a produção de espermatozóides é constante, embora o PC e o tamanho dos testículos continuem aumentando: Isto ocorre por volta dos 10 a 12 meses de idade, dependendo da genética.
Formas e anormalidades da bolsa escrotal e testículos 
As dimensões dos testículos e epidídimos têm grande correlação com a idade, desenvolvimento e peso corporal.
ANÁLISE DOS ESPERMATOZÓIDES
Cauda enrolada:
Choque térmico
Choque osmótico 
Alteração do pH
Substância espermicida 
Alta temperatura
Estado febril do animal
Problemas com desenvolvimento:
Movimento lento
Infértil 
Aglutinação:
Alta temperatura
Manejo inadequado do ejaculador
Problemas do macho (armazenamento)
Alta concentração
Ciclo estral dos suínos 
Regulação hormonal da reprodução em suínos
Maturidade sexual’ 5 – 6 meses
Aptidão reprodutiva
6 -7 meses
Ciclo estral da fêmea
Poliéstricaanual
Duraçãodo ciclo estral
20 –21 dias
Duração do cio
3 – 4 dias
Duração da fasefértil
48 – 56 horas
Óvulosliberados por cio
15 – 25
Local de ejaculação
Intra uterino
Gestação
+/- 114 dias
Cio pós-desmame
3 – 10 dias
Pico reprodutivo
3º a 4º parto
Dados importantes sobre a reprodução dos suínos 
A performance reprodutiva ideal de uma matriz (fêmea):
114 dias de gestação + 21 dias lactação + 5 dias para retorno ao cio = 140 dias.
365dias (ano) ÷ 140 dias (ciclo reprodutivo) = 2.6 partos/ano.
Taxa ovulação média de uma matriz =20 óvulos;
Perdas embrionárias e fetais = 30% de óvulos;
No máximo 5% de incidência de leitões natimortos;
No máximo 6% de mortalidade na maternidade.
Ciclo Estral e seu Controle Hormonal
O ciclo estral	na espécie suína tem duração média	de	21	dias	e está dividido em quatro fases distintas:
PROESTRO
ESTRO ou CIO
METAESTRO
DIESTRO
PROESTRO ou PROLIFERAÇÃO DOS
FOLÍCULOS
Ocorrem crescimento e maturação dos folículos ovarianos;
Duração média de 3 dias;
O	útero	está	tenso,	a	vagina	corada	e	inchada	e	a	cérvix aberta.
Às vezes há muco na vagina;
Iniciam-se as manifestações comportamentais;
Esta fase estimula a aparição do Estro.
ESTRO ou CIO
Ocorre a manifestação do cio, regulado pela quantidade de estrógeno produzido pelos folículos maduros;
Duração média de 2-3 dias, iniciando-se com o pico de LH e terminando rapidamente após a ovulação, que ocorre normalmente 30 a 40 horas após o início do estro.
Alguns autores preferem denominar essas duas fases (proestro e estro) como uma única, a fase folicular, que compreende desde a regressão do corpo lúteo até a ovulação, tendo o estrógeno como hormônio predominante..
CARACTERÍSTICAS DE CIO
EM PORCAS
Procuram o macho;
Montam uma nas outras, imitando o ato sexual;
Respondem ao reflexo de imobilização;
Vulva inchada, avermelhada;
Nervosismo e excitação;
Redução do apetite;
Grunhidos característicos;
Urinam frequentemente;
Às vezes há corrimento vaginal;
Ovários e ovidutos se entumescem;
O pH vaginal fica mais baixo;
A temperatura vaginal eleva-se ligeiramente;
A salivação aumenta;
O pulso acelera.
Cio em leitoas
Cio em porcas
Secreção vaginal
Vulva normal
Vulva durante o estro em leitoas
Vulva durante o estro em porcas
 Vulva ao parto
 Vulva no pós parto
METAESTRO
Fase pós-ovulatória com duração de 2 dias;
Inicia-se a produção de progesterona (hormônio que mantém a prenhez) pelos corpos lúteos.
O útero perde sua tonicidade e a vulva está menos inchada.
DIESTRO
Fase com duração de 12-14 dias após ovulação: corpo lúteo maduro, útero “quieto” e sem tonicidade.
Mucosa da vulva e cérvix estão secas e pálidas.
A regressão luteal inicia de 15 a 16 dia do ciclo com a progesterona atingindo níveis basais nos dias 17 -18 do ciclo, caracterizando o reinício do ciclo.
ANESTRO
Caracteriza-se pela ausência prolongada de cios;
Pode ser provocado pela persistência dos CL ou pela deficiência de FSH produzido. Neste último caso, não há crescimento folicular.
Referências
Disponível em: http://200.132.139.11/aulas/Zootecnia/A8%20-%20Oitavo%20Semestre/Suinocultura%20II/aula%201%20-%20reprodu%C3%A7%C3%A3o%20su%C3%ADnos.pdf
Acessado:14/01/2017
Disponível em: www.agencia.cnptia.embrapa.br/recursos/sudi011_diag_cioID-gnbCerWjbF.pdf
Acessado: 21/01/2017
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