Buscar

Avaliação de Lit. Brasileira 1

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS
CAMPUS IV 2017.1
	AVALIAÇÃO DE LITERATURA BRASILEIRA 1
PROFª. Ma. MARIA BETÂNIA ROCHA DE OLIVEIRA
ALUNO: MAYRA SEVERO DA SILVA
 RONALDO GOMES DOS SANTOS
ANÁLISE CRITICA DO CONTEXTO HISTÓRICO DO ARCADISMO NO BRASIL E NO MUNDO
O Balanço, de Nicolas Lancret (Foto: pintura)
O Arcadismo (ou Neoclassicismo) surge em 1756 com a fundação da Arcádia Lusitana: movimento de reação ao Barroco. O Arcadismo procurava restabelecer o equilíbrio, a harmonia e a simplicidade da literatura renascentista, rompida pelo período da contra-reforma protestante. Com a proposta de eliminar os rebuscamentos e os ornamentos exagerados da estética barroca, o poeta árcade baseia-se nos preceitos do Iluminismo (movimento filosófico de bases racionalistas e antirreligiosas). 
O movimento literário do século XVIII desponta em meio a momentos marcantes da história mundial. Como o Iluminismo (movimento cultural da elite europeia que visava ao esclarecimento – século das Luzes –, levando ao espírito enciclopédico: difusão do conhecimento); a Independência dos Estados Unidos (1776); a Revolução Francesa (1789), que pregava os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade; a Inconfidência Mineira (1789),  movimento que busca a independência do Brasil em relação a Portugal; a Economia: desenvolvimento industrial e comercial; o Despotismo esclarecido do Marquês de Pombal; e a Fundação da Arcádia Lusitana (1756 – Academia Literária de Portugal).
No Brasil, o século XVIII é considerado o século do ouro, graças à intensa atividade de extração mineral que se desenvolveu na região de Minas Gerais. A prosperidade econômica do período estimulou a organização política, administrativa e dinamizou a vida cultural. A maior agilidade na troca de informações favoreceu a formação de uma consciência comum, de um sentimento nacional que, na literatura, começa aos poucos a substituir o impulso de descrição da natureza e do nativo, dominante até então. Pela primeira vez, é possível verificar no país uma relação sistemática, ainda que incipiente, entre escritor, obra e público, condição fundamental para a formação de uma literatura, conforme ensina o crítico Antônio Candido. O impulso de intelectuais e artistas de se reunirem em academias e sociedades literárias contrapõe-se ao isolamento dos períodos anteriores, em que os escritores se encontravam dispersos, as obras mal circulavam no interior do país, dirigindo-se primordialmente para leitores portugueses.
Os poetas árcades brasileiros estudaram em Portugal e de lá trouxeram ideais libertários que fervilhavam pela Europa inteira. Alguns desses poetas viriam a participar da Inconfidência Mineira.
A Europa vivia a efervescência do Iluminismo e transformava-se num pólo irradiador de idéias libertárias. Ao mesmo tempo, chegavam ao Brasil as primeiras notícias sobre a independência dos Estados Unidos, conquistada em 1776. Todos esses fatores, associados à insatisfação generalizada com a exploração de Portugal, que se traduzia no aumento dos impostos sobre a extração de minérios, culminaram na Inconfidência Mineira, preparada por um pequeno grupo de letrados, muitos deles ex-estudantes da Universidade de Coimbra, onde entraram em contato com as novas idéias e doutrinas políticas. Em sua maior parte, esse grupo de oposição política era o mesmo que produzia ciência e literatura na época.
COMO ERA O BRASIL NO ARCADISMO / HISTÓRIA
Das correntes artísticas do século XVIII, a que se difundiu com mais vigor no Brasil foi o Arcadismo.
No Brasil, o Arcadismo chega numa época em que os ecos de liberdade vindos da Europa e dos Estados Unidos provocam um verdadeiro frenesi entre os intelectuais. A independência das treze colônias norte-americanas desencadeia a Inconfidência Mineira, em 1789, e é no interior dela que nasce o arcadismo brasileiro. Muitos de nossos poetas árcades foram também inconfidentes. 
Entre os anos de 1768 a 1836, a elite jovem brasileira passou a ir buscar conhecimento em Coimbra, Portugal, e isso fez com que tendências europeias dos autores árcades chegassem ao Brasil. Com ideais iluministas absorvidos fora do país, os jovens voltavam usando isso como base para agir contra o governo, e também foi a base para a concretização da inconfidência mineira – os escritores destaques da literatura participaram ativamente da Inconfidência.
O Arcadismo ou Setecentismo se inicia em 1768. Dois fatos marcam o início do Arcadismo no Brasil: a fundação da Arcádia ultramarina e a publicação do livro Obras, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768.
No século XVIII, o Brasil passou por mudanças importantes: a cultura jesuítica começou a dar lugar ao Neoclassicismo; Rio de Janeiro e Minas Gerais destacaram-se como centros de relevância política, econômica, social e cultural; foi crescente o número de estudantes brasileiros, que se expuseram às influências dos novos ideais e tendências, em universidades da Europa.
Consequentemente, o Iluminismo e os acontecimentos que abalaram a ordem política e social do Ocidente – Independência Norte Americana e Revolução Francesa – tiveram ampla repercussão no crescente sentimento nativista brasileiro e no descontentamento reinante, provindo da área de mineração. Vila Rica, em Minas, foi berço dos principais acontecimentos setecentistas, surgindo os poetas do Arcadismo e a Inconfidência.
Outra característica bem distinta do Arcadismo aqui realizado é a sátira política aos tempos de opressão portuguesa e da corrupção dos governos coloniais.
A atuação do grupo cessa com o fim trágico da Inconfidência, em 1789. Há controvérsia sobre a existência da Arcádia Ultramarina, instituída, em 1768, por Cláudio Manuel da Costa, nos moldes da Arcádia Lusitana. Entretanto, mesmo que não tenha havido tal Academia, há evidências de que, pelo menos, praticava-se o Arcadismo.
Os poetas que melhor representam o movimento são Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, autor de Marília de Dirceu. Ambos participaram da Inconfidência Mineira, movimento político que visava a emancipação do Brasil em relação a Portugal.
Os poemas laudatórios de Basílio da Gama e a produção poética de Alvarenga Peixoto e Silva Alvarenga também apresentam traços típicos do Arcadismo.
Todos esses poetas concentravam-se na cidade mineira de Vila Rica, centro da atividade mineradora e mais importante centro urbano do país nesse período.
No Rio de Janeiro, nos anos de transição entre os séculos XVIII e XIX, entre uma série de novidades de ordem política e econômica que começam a transformar a fisionomia do país, verifica-se o surgimento de diversos órgãos de imprensa. Nesse momento tardio do Arcadismo, têm destaque as figuras dos jornalistas Hipólito da Costa, fundador do jornal Correio Braziliense, e Evaristo da Veiga, cronista político do Aurora Fluminense.
CARACTERÍSTICA DO ARCADISMO QUE COINCIDEM COM A HISTÓRIA
O Arcadismo é uma escola literária que surgiu na Europa no século XVIII durante a Revolução Industrial, sendo influenciada pelos ideais iluministas e o progresso tecnológico e científico. Essa manifestação literária é marcada pela temática cotidiana, o bucolismo e o retorno às tradições clássicas.
Chamado de Escola Mineira, o Arcadismo no Brasil segue os moldes portugueses, resultando em uma poesia refinada que, ao se utilizar da paisagem mineira como cenário bucólico para os pastores, valoriza as coisas da terra, revelando um forte sentimento nativista. O nome desse movimento literário está associado às Arcádias, ou seja, as sociedades literárias da época. De tal modo, os poetas se reuniam nas arcádias com o intuito de discutir as novas características literárias do movimento, refutando as ideias da escola anterior: o barroco.
Os autores árcades, muitas vezes considerados "falsos", buscavam o distanciamento da escola literária anterior, ou seja, o Barroco, permeado de exageros e excessos, utilizavam muitos pseudônimos e, em sua maioria, esses nomes artísticos, eram baseados nos pastores da poesia grega ou latina.
Isso explica a presença da mitologia greco-romana e do pastoralismo.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Oposição ao Barroco
Inspiração Iluminista
Equilíbrio e busca da perfeição
Racionalismo, bucolismo e pastoralismo
Retomada dos valores clássicos (greco-romano)
Idealização da mulher
Pureza e ingenuidade humana
Linguagem simples e objetiva
Figuras mitológicas
Uso de pseudônimos (fingimento poético)
Preferência por sonetos
Temática cotidiana
Valores da natureza
Logo abaixo vemos algumas imagens que coincidem com o realismo na arte, e como representação das características vistas acima:
CONCLUSÃO
Surgiu em 1690, em Roma, e tinha como ideário estético o resgate da simplicidade e o equilíbrio da poética clássica greco-latina, retomada anteriormente, durante o Classicismo (século XVI), mas que perdera força durante o período barroco, marcado pelo jogo verbal rebuscado e pelo obscurantismo.
No Brasil, não foi diferente. Aqui, o Arcadismo pôde se desenvolver muito mais em Minas, graças à extração do ouro, que deu à Capitania certa riqueza e propiciou a formação de uma elite intelectual. 
Este gênero, era formado por ideais renascentistas, da Antiguidade Clássica, pois o Barroco já havia ultrapassado os limites do que se considerava arte de qualidade.
Por emitir também princípios ideológicos iluministas, o arcadismo fez com que a burguesia crescesse e tomasse o poder sobre a nobreza.
Esse período foi marcado pela visão científica e pelo racionalismo, porque defendia uma literatura mais simples, objetiva, descritiva e espontânea, que se supõe à emoção, à religiosidade e ao exagero do Barroco. Então predominou até o início do século XIX, quando surge o Romantismo.
REFERÊNCIAS
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira- O Realismo. São Paulo: Cultrix,
1994.
____________http://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/arcadismo-resumo-autores-dicas-e-questao-comentada/
____________https://www.estudopratico.com.br/arcadismo-no-brasil-historia caracteristicas-autores-e-obras/

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais