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SISTEMAS DE UMA SONDA Material elaborado em parceria PrOMinP e Petrobras. Autor: Fernando Luiz Alves Freire SISTEMAS DE UMA SONDA Este material é resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção, da Universidade Petrobras e representantes do PrOMinP (Programa de Mobilização da indústria nacional de Petróleo e gás natural). Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais da Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. nesse contexto, o E&P através do Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação e reciclagem dos empregados. A concepção pedagógica dos cursos, além de contemplar os aspectos tecnológicos tem uma preocupação constante com os aspectos relacionados à preservação da Saúde, Meio Ambiente e Segurança de todos os envolvidos em seus processos produtivos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência SumárioSumário Capítulo 1. Sistemas de uma sonda 1. Sistemas de uma sonda 13 1.1. introdução 13 Capítulo 2. Equipamentos da sonda 2. Equipamentos da sonda 17 2.1. Sistema de sustentação de carga 17 2.1.1. Torre ou mastro 18 2.1.2. Subestrutura 19 2.1.3. Fundações ou bases 19 2.1.4. Estaleiros 20 2.2. Sistema de geração e transmissão de energia 20 2.2.1. Fontes de energia 20 2.2.2. Sondas mecânicas 21 2.2.3. Sondas diesel-elétricas 22 2.3. Sistema de movimentação de carga 23 2.3.1. Guincho 23 2.3.2. Bloco de coroamento 25 2.3.3. Catarina 27 2.3.4. Gancho da catarina 27 2.3.5. Cabo de perfuração 28 2.3.6. Elevador 32 2.4. Sistema de rotação 33 2.4.1. Mesa rotativa 34 2.4.2. Kelly 34 2.4.3. Cabeça de injeção (swivel) 35 2.4.4. Top drive 36 2.4.5. Motor de fundo 36 2.5. Sistema de circulação 37 2.5.1. Fase de injeção 38 2.5.2. Fase de retorno 38 2.5.3. Fase de tratamento 39 2.6. Sistema de segurança de poço 40 2.7. Sistema de monitoração 42 2.8. Sistema de subsuperfície (ou coluna de perfuração) 43 2.8.1. Tubos (e ferramentas de manuseio) 43 2.8.2. Comandos 44 2.8.3. Brocas 45 Capítulo 3. Ferramentas de manuseio 3. Ferramentas de manuseio 49 3.1. Chaves flutuantes 49 3.2. Cunhas 49 3.3. Colar de segurança 51 Anexos Anexo i - Exemplo de um procedimento pré-operacional em sondas 53 Anexo ii - recomendações de segurança, meio ambiente e saúde 54 Exercícios 56 Bibliografia 66 Gabarito 67 Lista de Figuras Figura 2.1 - Torre ou mastro 18 Figura 2.2 - Subestrutura 19 Figura 2.3 - Fundação ou base 19 Figura 2.4 - Estaleiro 20 Figura 2.5 - Sonda mecânica 21 Figura 2.6 - Esquema de sonda AC/DC – típica de sonda marítima 22 Figura 2.7 - Guincho 24 Figura 2.8 - Bloco de coroamento e catarina 26 Figura 2.9 - Gancho da catarina e cabo de perfuração 27 Figura 2.10 - Cabo de perfuração 28 Figura 2.11 - Elevador 33 Figura 2.12 - Mesa rotativa 34 Figura 2.13 - Kelly 35 Figura 2.14 - Swivel 35 Figura 2.15 - Top drive 36 Figura 2.16 - Motor de fundo 37 Figura 2.17 - Fase de injeção 38 Figura 2.18 - Fase de tratamento 39 Figura 2.19 - Sistema de segurança de poço 40 Figura 2.20 - (a) Preventor de gavetas 41 Figura 2.20 - (b) Preventor anular 41 Figura 2.21 - Esquema do Sistema de Segurança de Poço 42 Figura 2.22 - Painel do sondador (i) 43 Figura 2.23 - Painel do sondador (ii) 43 Figura 2.24 - Coluna de perfuração 44 Figura 2.25 - (a) Broca de aço, (b) Broca 45 Figura 3.1 - Chave flutuante 49 Figura 3.2 - Cunha 50 Figura 3.3 - Colar de segurança 52 C ap ít u lo 1 Sistemas de uma sonda 12 Alta Competência 13 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda 1. Sistemas de uma sonda 1.1. Introdução A perfuração de um poço de petróleo é realizada através de uma sonda. na perfuração rotativa, as rochas são perfuradas pela ação da rotação e do peso aplicado a uma broca existente na extremidade de uma coluna de perfuração, a qual consiste basicamente de comandos (tubos de paredes espessas), hevi wate (tubos semiflexíveis de peso intermediário entre os tubos de perfuração e os comandos), subs de cruzamento diversos, tubos de perfuração (tubos de paredes menos espessas), kelly e outros. Os fragmentos da rocha são removidos continuamente, através de um fluido de perfuração ou lama. Esse fluido é injetado por bombas para o interior da coluna de perfuração, através da cabeça de injeção (swivel) e retorna à superfície pelo espaço anular, formado pelas paredes do poço e pela coluna. Ao atingir determinada profundidade, a coluna de perfuração é retirada do poço e uma coluna de revestimento de aço, de diâmetro inferior ao da broca, é descida. O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poço é cimentado, com a finalidade de isolar as rochas atravessadas, permitindo então, com segurança, o avanço da perfuração. Após a operação de cimentação, a coluna de perfuração é novamente descida no poço, tendo, na sua extremidade, uma nova broca, de diâmetro menor que a do revestimento para o prosseguimento da perfuração. Do exposto, percebe-se que os poços são perfurados em diversas fases, caracterizadas pelos diferentes diâmetros das brocas. C ap ít u lo 2 Equipamentos da sonda 16 Alta Competência Capítulo 2. Equipamentos da sonda 17 2. Equipamentos da sonda Todos os equipamentos de uma sonda rotativa, responsável por determinada função na perfuração de um poço, são agrupados nos chamados “sistemas” de uma sonda. Os principais são: Sustentação de carga;• Geração e transmissão de energia;• Movimentação de carga;• rotação;• Circulação;• Segurança de poço;• Monitoração;• Subsuperfície.• 2.1. Sistema de sustentação de carga O sistema de sustentação de carga é constituído por: mastro ou torre, subestrutura, base ou fundação e estaleiros. A carga correspondente ao peso da coluna de perfuração ou de revestimento que está no poço, é transferida para o mastro ou torre, que, por sua vez, a descarrega para a subestrutura e esta para a fundação ou base. 18 Alta Competência 2.1.1. Torre ou mastro Uma vez desgastada, a broca é retirada até a superfície e substituída por outra nova, numa operação chamada de “manobra”. Por economia, a manobra é feita, retirando-se seções de dois ou três tubos (de cerca de 9 m cada um), exigindo-se, para tanto, uma torre ou mastro, em alguns casos com mais de 45 m de altura. A torre ou mastro (figura 2.1) é uma estrutura de aço especial, de forma piramidal, de modo a prover um espaçamento vertical livre, acima da plataforma de trabalho, para permitir a execução das manobras. Uma torre é constituída de um grande número de peças, que são montadas uma a uma. Já o mastro é uma estrutura treliçada ou tubular que, após ser baixada pelo guincho da sonda, é subdividida em duas ou mais seções, as quais são transportadas para a locação do novo poço, no qual são montadas na posição horizontale elevadas para a vertical. Figura 2.1 – Torre ou mastro Capítulo 2. Equipamentos da sonda 19 não obstante seu alto custo inicial e sua menor estabilidade, tem- se preferido o mastro, pela facilidade e economia de tempo de montagem em perfurações terrestres. 2.1.2. Subestrutura A subestrutura (figura 2.2) é constituída de vigas de aço especial, montadas sobre a fundação ou base da sonda, de modo a criar um espaço de trabalho sob a plataforma, no qual são instalados os equipamentos de segurança do poço. Figura 2.2 – Subestrutura 2.1.3. Fundações ou bases As fundações ou bases (figura 2.3) são estruturas rígidas construídas em concreto, aço ou madeira que, apoiadas sobre solo resistente, suportam com segurança deflexões, vibrações e deslocamentos provocados pela sonda. Figura 2.3 – Fundação ou base 20 Alta Competência 2.1.4. Estaleiros O estaleiro (figura 2.4) é uma estrutura metálica constituída de diversas vigas, apoiadas por pilares, acima do solo. O estaleiro fica posicionado na frente da sonda e permite manter todas as tubulações dispostas paralelamente a uma passarela, para facilitar o seu manuseio e transporte. Figura 2.4 – Estaleiro 2.2. Sistema de geração e transmissão de energia 2.2.1. Fontes de energia A energia necessária para acionamento dos equipamentos de uma sonda de perfuração é normalmente fornecida por motores diesel. nas sondas marítimas, em que exista produção de gás, é comum e econômica a utilização de turbinas a gás para geração de energia para toda a plataforma. Quando disponível, a utilização da energia elétrica de redes públicas pode ser vantajosa, principalmente quando o tempo de permanência da sonda em cada locação for elevado. Capítulo 2. Equipamentos da sonda 21 Uma característica importante dos equipamentos de uma sonda, e que afeta o processo de transmissão da energia, é a necessidade de eles operarem com velocidade e torque variáveis. A depender do modo de transmissão de energia para os equipamentos, as sondas de perfuração são classificadas em sondas mecânicas e diesel-elétricas. 2.2.2. Sondas mecânicas nas sondas mecânicas (as mais utilizadas), a energia gerada nos motores diesel é levada a uma transmissão principal (compound), através de acoplamentos hidráulicos e embreagens. Uma sonda mecânica pode ser vista na figura 2.5 abaixo. Figura 2.5 – Sonda mecânica Equipamentos Guincho Bombas de lama Mesa rotativa Pequenos motores AC Conversor de torque Embreagem Gerador AC CCompound Motores diesel O compound é constituído de diversos eixos, rodas dentadas e correntes, que distribuem a energia a todos os sistemas da sonda. 22 Alta Competência As embreagens permitem que os motores sejam acoplados ou desacoplados do compound, propiciando maior eficiência na utilização dos motores diesel. 2.2.3 Sondas diesel-elétricas As sondas diesel-elétricas geralmente são do tipo AC/DC, no qual a geração é feita em corrente alternada e a utilização, em corrente contínua. Motores diesel ou turbinas a gás acionam geradores de corrente alternada (AC) que alimentam um barramento trifásico de 600 volts, o qual, alternativamente, também pode receber energia da rede pública. Pontes de retificadores controlados de silício (SCr) recebem a energia do barramento e a transformam em corrente contínua, que alimenta os equipamentos da sonda. Os equipamentos auxiliares da sonda ou plataforma, iluminação e hotelaria que utilizam corrente alternada, recebem a energia do barramento após a passagem dela por um transformador. A figura 2.6 apresenta uma sonda AC/DC, típica de sonda marítima. M ot or es D ie se l Geradores AC Transformador M otores AC Bombas de Lama Mesa Rotativa Guincho Principal 60 0 v AC SCR1 SCR2 SCR3 Motores DC Figura 2.6 - Esquema de sonda AC/DC – típica de sonda marítima Capítulo 2. Equipamentos da sonda 23 As sondas diesel elétricas com sistemas do tipo AC/AC (geração e utilização ocorrem em corrente alternada) têm uso incipiente, mas com tendência a aumentar no futuro. A energia é fornecida por motores diesel, turbinas a gás ou através da rede pública. Por utilizar motores AC, não há necessidade de retificação da corrente, mas sim do controle da freqüência aplicada aos motores. 2.3. Sistema de movimentação de carga O sistema de movimentação de carga permite movimentar as colunas de perfuração, de revestimento e outros equipamentos. Os principais componentes do sistema são: Guincho;• Bloco de coroamento;• Catarina;• Gancho de catarina;• Cabo de perfuração;• Braços do elevador;• Elevador.• 2.3.1. Guincho O guincho (figura 2.7 - retângulo preto) recebe a energia mecânica necessária para a movimentação de cargas através da transmissão principal – no caso de sondas diesel – ou diretamente de um motor elétrico acoplado a ele – nas sondas elétricas. 24 Alta Competência O guincho é constituído por: Tambor principal;• Tambor auxiliar;• Freios;• Molinetes;• Embreagens.• Figura 2.7 - Guincho Capítulo 2. Equipamentos da sonda 25 O tambor principal tem a função de acionar o cabo de perfuração, movimentando as cargas dentro do poço. O freio é um mecanismo de grande importância numa sonda, pois realiza as funções de parar ou de retardar o movimento de descida de carga no poço, permitindo dois tipos de freios numa sonda: o freio principal, que é mecânico, por fricção, tem a função de parar e assim manter a carga que está sendo movimentada; e o freio secundário, que é hidráulico ou eletromagnético, e tem a função de apenas diminuir a velocidade de descida da carga, de modo a facilitar a atuação do freio principal. O molinete é um mecanismo tipo embreagem, que permite tracionar cabos ou cordas. Há dois tipos de molinetes numa sonda: o molinete das chaves flutuantes para apertar ou desapertar as conexões da coluna de perfuração ou revestimento, e o giratório, ou cathead, que permite o içamento de pequenas cargas quando nele for enrolada uma corda, chamada catline. 2.3.2. Bloco de coroamento É um conjunto estacionário de 4 a 7 polias, montadas em linha, num eixo suportado por dois mancais de deslizamento, localizado na parte superior do mastro ou torre. O bloco suporta todas as cargas que lhe são transmitidas pelo cabo de perfuração (figura 2.8 – retângulo preto). 26 Alta Competência Figura 2.8 – Bloco de coroamento e catarina Capítulo 2. Equipamentos da sonda 27 2.3.3. Catarina A catarina é um conjunto de 3 a 6 polias móveis, montadas em um eixo que se apóia nas paredes externas da própria catarina (figura 2.8 – retângulo cinza). A catarina fica suspensa pelo cabo de perfuração, que passa alternadamente pelas polias do bloco de coroamento e pelas polias da catarina, formando um sistema com 8 a 12 linhas passadas. na parte inferior da catarina, encontra-se uma alça pela qual é preso o gancho. 2.3.4. Gancho da catarina O gancho consiste de um corpo cilíndrico que, internamente, contém um sistema de amortecimento para evitar que os golpes causados na movimentação das cargas se propaguem para a catarina (figura 2.9). Deve ser periodicamente inspecionado quanto a desgaste e trincas por partículas magnéticas. Gancho com trinca não deve ser reutilizado. Bloco de Coroamento Catarina Gancho da Catarina Âncora Carretel de cabo novo Guincho Principal Cabo de Perfuração Figura 2.9 – Gancho da catarina e cabo de perfuração 28 Alta Competência 2.3.5. Cabo de perfuração É um cabo de aço trançado em torno de um núcleo ou alma, de modo que cada trança é formada por diversos fios de pequeno diâmetro de aço especial(figuras 2.9 e 2.10). O cabo proveniente do carretel é passado e fixado numa âncora situada próximo à torre, na qual se encontra um sensor para medir a tensão no cabo, a qual está relacionada com o peso total sustentado pelo guincho. O cabo de aço é passado no sistema bloco-catarina, enrolado e fixado no tambor do guincho. Alma Fios Trança Figura 2.10 - Cabo de perfuração Exemplos de procedimentos relativos ao manuseio do cabo de perfuração. Passagem do cabo de aço Objetivo: otimizar o processo de movimentação do cabo de perfuração, priorizando a segurança pessoal e a operacional. 1. Fazer diariamente o acompanhamento da tonelada-milha e sempre antes de mover o cabo com a programação – a cada 250 toneladas- milha acumuladas, mover 5 m de cabo / 4,5 m – inspecionar visualmente o cabo, visando identificar falhas do sistema ou falhas operacionais; Capítulo 2. Equipamentos da sonda 29 2. Definido o comprimento do cabo a ser movido pela TM ou inspeção visual, colocar os clipes (três, de preferência) com um cabo de apoio na medida definida a partir da âncora, no sentido da bobina. Fazer essa medição e esse posicionamento dos clipes pelo menos seis horas antes da movimentação do cabo; 3. Baixar os equipamentos suspensos com o elevador fechado no tubo e suspenso da mesa rotativa a aproximadamente 01 (um) metro de altura; 4. Folgar os parafusos da âncora; 5. Controlar a alavanca de freio na âncora e acionar o tambor principal no sentido horário, liberando cabo novo até os clipes com cabo de apoio toparem na âncora, tendo cuidado de não se criarem folgas nas voltas adicionadas à última do tambor principal, o que deve ser feito, simultameamente, pelo plataformista e pelo sondador, respectivamente; 6. reapertar os 06 (seis) parafusos da âncora; 7. inspecionar visualmente os cabos corridos e retornar às operações de sonda; 8. registrar, necessariamente no boletim, a operação, cujo tempo- padrão considerado normal é de até meia hora. Corte de cabo de aço Deve ser feito imediatamente após o 4° (quarto) movimento do cabo de perfuração ou 19 voltas de cabo, já acumuladas no tambor principal com as 03 (três) movimentações anteriores ou quando houver algum problema (moça, arames de pernas partidos) no cabo. 1. Posicionar o elevador na altura da mesa rotativa e tracionar o cabo de perfuração com dispositivo apropriado, preso no chassi do carro- sonda – mão de cabo. Em seguida iniciar o giro do tambor principal no sentido anti-horário até folgar o cabo no tambor principal; 30 Alta Competência 2. retirar manualmente do tambor principal os cabos folgados, o que deve ser feito com a ajuda da equipe de sonda; 3. Medir, após confirmada a saída do cabo do tambor principal, o equivalente a 13 (treze) voltas no tambor mais a distância da entrada da linha viva no tambor ao ponto de ação da mão de cabo. Verificar se o cabo está bem destorcido antes de cortá-lo, amarrando-o por medida de segurança. Observar se todos se afastaram do cabo antes de cortá-lo. Cortar o cabo com o auxílio de maçarico com pouco oxigênio e muito acetileno, visando realizar essa ação, causando pequenos danos à geometria original e à pré-formação das pernas; 4. Desenrolar o cabo do tambor, removê-lo e retirar, da presilha (castanha) do tambor principal, a extremidade do cabo velho; 5. inspecionar parafusos da presilha: estado dos orifícios, estado das roscas nos parafusos e quantidade de parafusos. repassar necessariamente o resultado da inspeção ao encarregado da sonda; 6. Posicionar a extremidade do cabo remanescente na presilha (castanha) do tambor principal, apertando bem todos os parafusos desta. Enrolar o cabo novo, girando o tambor e, com o auxílio da equipe de sonda, guiá-lo até tracionar a linha viva e observar a ausência de tração na mão de cabo; 7. Após o tracionamento do cabo de perfuração – linha viva – pelo tambor principal, liberar a mão de cabo e voltar às operações de sonda; 8. registrar, necessariamente no BDP, a operação, cujo tempo-padrão considerado normal é até 01 (uma) hora. Troca do cabo de perfuração Objetivo: otimizar o processo de troca do cabo de perfuração, priorizando a segurança pessoal e a operacional. Capítulo 2. Equipamentos da sonda 31 1. Programar a melhor operação para troca do cabo, após definir a necessidade de troca do cabo de perfuração pela iminência de final da bobina ou por falhas excepcionais detectadas na inspeção visual; 2. Fazer a emenda dos cabos velho e novo com antecedência de, pelo menos, um dia antes da operação; 2.1. Unir os cabos com o tapiti, caso se tenha, na sonda, o dispositivo tapiti; 2.2. identificar em cada cabo – novo e velho – 1,80 m, caso se precise soldá-lo (por não se dispor de tapiti). A partir da ponta de cada cabo, cortar uma das seis pernas, respectivamente a 30 cm, 60 cm, 90 cm, 1,2 m, 1,5 m das extremidades. Enrolar as pernas pré-formadas de cada cabo, unindo as menores pernas do cabo velho com as maiores pernas do cabo novo. Soldá-lo com solda amarela, garantindo a ausência de cantos vivos ou a quantidade das emendas das seis soldas; Obs.: Verificar posicionamento da bobina, colocá-la de maneira a não haver torção do cabo, já que não se tem o swivel do tapiti (no caso de sonda F-100 colocar a bobina com extremidade do cabo saindo por baixo); 3. na operação programada para a troca do cabo: 3.1. no caso de sonda com catarina: baixar os equipamentos suspensos até a mesa rotativa, liberando a carga da coluna no indicador de peso. Deitar a catarina, de maneira a deixar as polias girando livremente. Abrir a capa da catarina, quando possível; 3.2. no caso de sonda com top drive: baixar o top drive até o apoio inferior deste, travá-lo e liberar sua carga do indicador de peso; 4. retirar o cabo velho da âncora; 32 Alta Competência 5. Girar o tambor principal no sentido horário, para substituição do cabo usado pelo novo, o que deve ser feito pelo sondador. Averiguar sempre o estado da emenda sempre que esta passar nas polias da catarina ou do top drive; 6. Dar pelo menos 03 (três) voltas com o cabo novo no tambor e, em seguida, desfazer a emenda, cortando o cabo na emenda numa seção completa do cabo novo, após confirmada a chegada da emenda no tambor principal. no corte, usar pouco oxigênio e muito acetileno, visando cortar o cabo, causando pequenos danos à geometria original e à pré-formação das pernas; 7. retirar, do tambor principal, o cabo usado; 8. Fixar à castanha a extremidade do cabo novo, inspecionando-a (situação dos parafusos e o aperto destes); 9. Posicionar o cabo novo na âncora; 10. Acionar o tambor principal para suspender os equipamentos e tracionar o cabo de perfuração até 13 voltas no tambor principal, com o elevador na altura da mesa rotativa, o que deve ser feito pelo sondador. Apertar os seis parafusos da âncora; 11. inspecionar todo o sistema de suspensão com o cabo novo; 12. registrar, necessariamente no BDP, a operação, cujo tempo- padrão considerado normal é de até 2,5 (duas horas e meia). 2.3.6. Elevador O elevador (seta vermelha) é um equipamento com a forma de anel bipartido, cujas duas partes são ligadas por dobradiças resistentes, contendo um trinco especial para o seu fechamento. É utilizado para movimentar elementos tubulares (figura 2.11). Capítulo 2. Equipamentos da sonda 33 Figura 2.11 – Elevador 2.4. Sistema de rotação nas sondas convencionais, a coluna de perfuração é girada pela mesa rotativa, localizada na plataforma da sonda. A rotação é transmitida a um tubo de parede externa poligonal, o kelly, que fica enroscado no topo da coluna de perfuração. nas sondas equipadas com top drive, a rotação é transmitida diretamente no topo da coluna de perfuração por um motor acopladoà catarina. O conjunto desliza em trilhos fixados à torre ou mastro, em que o torque é absorvido, devido à rotação da coluna. Existe ainda a possibilidade de se perfurar o poço com um motor de fundo, colocado logo acima da broca. O torque necessário é gerado pela passagem do fluido de perfuração no interior da tubulação. Esse motor pode ser de deslocamento positivo ou uma turbina. O sistema de rotação convencional é constituído de equipamentos que promovem ou permitem a livre rotação da coluna de perfuração. 34 Alta Competência São eles: Mesa rotativa;• • Kelly; • Swivel. 2.4.1. Mesa rotativa A mesa rotativa é o equipamento que transmite rotação à coluna de perfuração e permite o livre deslizamento do kelly no interior da tubulação. Em certas operações, a mesa rotativa (figura 2.12) deve suportar o peso da coluna de perfuração. Mesa Rotativa Figura 2.12 – Mesa rotativa 2.4.2. Kelly O kelly (figura 2.13) é o elemento que transmite a rotação proveniente da mesa rotativa à coluna de perfuração. Pode ter dois tipos de seção. Em sondas de terra, a mais comum é a quadrada e, em sondas marítimas, a seção hexagonal, por sua maior resistência a tração, torção e flexão. Capítulo 2. Equipamentos da sonda 35 Kelly Bucha Figura 2.13 – Kelly 2.4.3. Cabeça de injeção (swivel) A cabeça de injeção ou swivel (figura 2.14) é o equipamento que separa os elementos rotativos daqueles estacionários na sonda de perfuração. Sendo assim, a parte superior não gira e sua parte inferior deve permitir rotação. O fluido de perfuração é injetado da coluna através da cabeça de injeção. Existem dois sistemas alternativos de aplicação de rotação na broca: top drive e motor de fundo. Gancho da catarina Catarina Swivel Haste quadrada Mesa rotativa Comandos Coluna de perfuração Broca Figura 2.14 - Swivel 36 Alta Competência 2.4.4. Top drive A perfuração com um motor conectado no topo de coluna elimina o uso da mesa rotativa e do kelly. O sistema top drive (figura 2.15) permite perfurar o poço de três em três tubos, ao invés de um a um, quando a mesa rotativa é utilizada. Esse sistema permite também que a retirada ou a descida da coluna de perfuração seja feita tanto com rotação quanto com circulação de fluido de perfuração pelo seu interior. isso é extremamente importante em poços de alta inclinação ou horizontais. Figura 2.15 – Top drive 2.4.5. Motor de fundo nesse caso, um motor hidráulico tipo turbina ou de deslocamento positivo, colocado acima do equipamento, é largamente empregado na perfuração de poços direcionais, quando o objetivo a ser atingido não se encontra necessariamente sob a mesma vertical que passa pela sonda de perfuração. Como a coluna de perfuração não gira, o Capítulo 2. Equipamentos da sonda 37 torque imposto a ela é nulo e o seu desgaste fica bastante reduzido. na figura 2.16 um modelo de motor de fundo. Figura 2.16 – Motor de fundo 2.5. Sistema de circulação São os equipamentos que permitem a circulação e o tratamento do fluido de perfuração. numa circulação normal, o fluido de perfuração é bombeado através da coluna de perfuração até a broca, retornando pelo espaço anular até a superfície, trazendo consigo os cascalhos cortados pela broca. na superfície, o fluido permanece dentro de tanques, após receber o tratamento adequado. 38 Alta Competência 2.5.1. Fase de injeção O fluido de perfuração é succionado dos tanques pelas bombas de lama e injetado na coluna de perfuração até passar para o anular entre o poço e a coluna por orifícios na broca, conhecidos como jatos da broca. A figura 2.17 apresenta um esquema da fase de injeção. Mangueira Swivel Haste Mesa rotativa Anular Coluna Flow-line Peneiras Tanques Tubo bengala Bombas alternativas Bombas centrífugas Broca Figura 2.17 – Fase de injeção Durante a perfuração, as vazões e as pressões de bombeio variam de acordo com a profundidade e a geometria do poço. As bombas são associadas em paralelo, na fase inicial da perfuração, quando são requeridas grandes vazões. Com o prosseguimento da perfuração, quando se exigem altas pressões e baixas vazões, usa-se apenas uma bomba e substituem-se pistões e camisas por outros de menor diâmetro, de forma a atender às solicitações do poço. 2.5.2. Fase de retorno Essa fase tem início com a saída do fluido de perfuração nos jatos da broca e termina ao chegar à peneira vibratória, percorrendo o espaço anular entre a coluna de perfuração e a parede do poço ou o revestimento. Capítulo 2. Equipamentos da sonda 39 2.5.3. Fase de tratamento A fase de tratamento ou de condicionamento do fluido de perfuração consiste na eliminação de sólidos ou de gás que se incorporam a ele durante a perfuração e, quando necessário, na adição de produtos químicos para ajustes de suas propriedades (figura 2.18). Centrífuga Mud cleaner Dessiltador Desareiador Centrífuga de alta velocidade Peneira vibratória Do poço Para as bombas Figura 2.18 – Fase de tratamento O primeiro equipamento é a peneira vibratória, cuja função é separar do fluido de perfuração os sólidos mais grosseiros, tais como cascalhos e grãos maiores que a areia. Em seguida, o fluido passa por um conjunto de dois a quatro hidrociclones, conhecidos como desareiadores, que são responsáveis pela retirada da areia do fluido. Saindo do desareiador, o fluido passa pelo dessiltador, um conjunto de hidrociclones, cuja função é descartar partículas de dimensões equivalentes ao silte. O equipamento seguinte, o mud cleanner, nada mais é que um dessiltador com uma peneira que permite recuperar partículas. Parte desse material é descartado e parte retorna ao fluido, reduzindo os gastos com aditivos. Algumas sondas utilizam ainda uma centrífuga, que retira partículas ainda menores que não tenham sido descartadas pelos hidrocliclones. Um equipamento sempre presente na sonda é o desgaseificador, que elimina o gás do fluido de perfuração. Durante a perfuração de uma formação com gás, ou quando da ocorrência de um influxo de gás, contido na formação para dentro do poço, as partículas de gás se incorporam ao fluido de perfuração e a sua recirculação no poço é perigosa. 40 Alta Competência 2.6. Sistema de segurança de poço O sistema de segurança de poço (figura 2.19) é constituído dos Equipamentos de Segurança de Cabeça de Poço (ESCP) e de equipamentos complementares que possibilitam o fechamento e controle de poço. O mais importante deles é o Blowout preventer (BOP), que é um conjunto de válvulas que permite o fechamento do poço. Os preventores são acionados sempre que houver ocorrência de um kick, ou seja, um fluxo indesejável do fluido contido numa formação para dentro do poço. Se esse fluxo não for controlado eficientemente, poderá se transformar num blowout, ou seja, poço fluindo totalmente sem controle, e criar sérias conseqüências, tais como: danos aos equipamentos, acidentes pessoais, perda parcial ou total do reservatório, poluição e dano ao meio ambiente etc. Figura 2.19 – Sistema de segurança de poço Os preventores permitem o fechamento do espaço anular e podem ser de dois tipos: O preventor de gavetas (figura 2.20a), que tem também a • função de fechar o espaço anular entre a coluna e o poço. Seu funcionamento consiste na aplicação de uma pressão hidráulica sobre um pistão acoplado a um conjunto de haste e gaveta. Essa pressão aplicada na área circular do pistão resultará numa força mecânica que movimentará os dois conjuntos em sentidos opostos. Essa ação fechará o BOP e, conseqüentemente, o poço; Capítulo 2. Equipamentos da sonda 41 Figura 2.20 – (a) Preventor de gavetas O preventor anular(figura 2.20b) tem a função básica de • fechar o espaço anular, independentemente da presença da coluna dentro do poço. Deve ser o primeiro a ser fechado em caso de necessidades, pelo fato de poder vedar em presença de qualquer diâmetro de tubulação; Figura 2.20 – (b) Preventor anular 42 Alta Competência A representação esquemática deste sistema é mostrada na figura 2.21: Unidade de controle remoto Desgasei�cador Sistema de estrangulamento Unidade acumuladora e acionadora Figura 2.21 – Esquema do Sistema de Segurança de Poço 2.7. Sistema de monitoração São os equipamentos necessários ao controle da perfuração, tais como: manômetros, indicador de peso sobre a broca, indicador de torque, tacômetro etc. Os principais são os indicadores de peso no cabo de perfuração e sobre a broca; o manômetro, que indica a pressão de bombeio; o torquímetro, para o torque na coluna de perfuração; o torquímetro instalado nas chaves flutuantes, para o torque das conexões da coluna de perfuração e/ou de revestimento; e os tacômetros para medir a velocidade da mesa rotativa e da bomba de fluido de perfuração. O registrador mais importante é o que mostra a taxa de penetração da broca, que é uma informação importante para se verificarem mudanças das formações perfuradas, o desgaste da broca e a adequação dos parâmetros de perfuração. nas figuras 2.22 e 2.23, pode ser visto o painel de visualização dos parâmetros citados. Capítulo 2. Equipamentos da sonda 43 Figura 2.22 - Painel do sondador (i) Torque da mesa rotativa Torque elétrico Peso sobre a broca Volume total de lama Variação do volume de lama Totalizador de CPM CPM da bomba de lama Pressão de bombeio RPM da MR Torque elétrico Torque na chave flutuante CPM da bomba de lamaRetorno de lama Figura 2.23 – Painel do sondador (ii) 2.8. Sistema de subsuperfície (ou coluna de perfuração) Quando houver necessidade de girar a coluna no poço, torna-se necessária a existência de uma ferramenta que ponha o elemento giratório (na subsuperfície) em conexão direta com os meios propulsores (na superfície). Essa ferramenta é denominada coluna de tubos (figura 25) e constitui-se de: 2.8.1. Tubos (e ferramentas de manuseio) Conjunto de tubos que forma a “ponte” entre um poço qualquer e a superfície. Constitui a parte mais longa de uma coluna de tubos. 44 Alta Competência A escolha de uma tubulação depende de vários fatores, a saber: profundidade do poço, diâmetro dos revestimentos, vazões, pressões, velocidade de bombeio e, principalmente, esforços mecânicos a que será submetido um conjunto de equipamentos de sub-superfície. Em sua maioria, são fabricados em aços especiais para resistir a todas essas variáveis. Gancho da catarina Catarina Swivel Haste quadrada Mesa rotativa Comandos Coluna de perfuração Broca Figura 2.24 – Coluna de perfuração 2.8.2. Comandos São tubos de aço de parede espessa, posicionados logo acima de uma broca. Além da ligação entre a broca e os tubos, fornece estabilidade e peso suficiente sobre a broca, com o objetivo de facilitar a penetração desta nas formações. Ao se perfurar um poço, pode-se dizer que os comandos, sob o ponto de vista da eficiência da perfuração, são a parte mais importante da coluna. Capítulo 2. Equipamentos da sonda 45 2.8.3. Brocas São ferramentas importantes, localizadas na extremidade inferior da coluna de perfuração, que promovem a perfuração das rochas (figuras 2.25 a,b). Seu trabalho varia desde a fácil penetração nas rochas brandas até o dificílimo esmagamento das rochas duras. Figura 2.25 - (a) Broca de aço, (b) Broca C ap ít u lo 3 Ferramentas de manuseio 48 Alta Competência Capítulo 3. Ferramentas de manuseio 49 3. Ferramentas de manuseio As ferramentas de manuseio são utilizadas para conectar e desconectar os vários elementos da coluna. As principais são: 3.1. Chaves flutuantes São equipamentos mantidos suspensos na plataforma, através de um conjunto formado por cabo, polia e contrapeso. Têm a função de fornecer o torque necessário às conexões da coluna (figura 3.1). Figura 3.1 – Chave flutuante 3.2. Cunhas São equipamentos que mantêm a coluna de perfuração totalmente suspensa da mesa rotativa. São utilizadas durante as conexões dos tubos de perfuração e dos comandos. Possuem mordentes intercambiáveis que se adaptam à parede dos tubos e se prendem a ela (figura 3.2). 50 Alta Competência Figura 3.2 – Cunha Teste de cunha Objetivo: testar a cunha para impedir danos a coluna de perfuração, pescarias e esforços pessoais. A execução dos itens abaixo deve ser realizada ao final de cada poço, no início da manobra e na retirada da coluna por unidade de tubo, quando ocorrerão as melhores condições de carga para a realização desse teste: 1. registrar os resultados de cada teste no BS. Em caso de dúvidas quanto aos resultados do teste, consultar os engenheiros responsáveis pela sonda. Deve-se ter sempre em mãos os resultados do teste anterior no último poço; 2. Verificar, antes do início de cada teste, o resultado do teste anterior (se houve substituição e quem foi substituído), para certificar-se de qual deve ser o componente a ser testado (cunha, bucha da mesa rotativa ou mesa rotativa); 3. Limpar bem os mordentes, medir e anotar o seu comprimento; 4. Movimentar a coluna, de forma que se possa colocar a cunha aproximadamente no meio do último tubo; Capítulo 3. Ferramentas de manuseio 51 5. Limpar a superfície do tubo no qual será realizado o teste; 6. Envolver com papel liso (embalagens de papel de baritina, por exemplo, ou um envelope grande de papel madeira) a superfície do tubo a ser testado. As extremidades do papel deverão ser presas com fita adesiva; 7. Acunhar a coluna, liberando-a cuidadosamente, para não rasgar o papel. A carga de teste deverá ser a maior possível; 8. Elevar a coluna e remover a cunha com cuidado, para não rasgar o papel; 9. Medir o comprimento de todas as marcações dos mordentes. nenhum desses comprimentos deve ser menor do que 3/4 do comprimento original dos mordentes; 10. Manter a cunha em operação, caso o comprimento seja maior ou igual ao estabelecido no item anterior, o que significa a aprovação do conjunto cunha, bucha da mesa e mesa rotativa. Caso contrário, providenciar a substituição da cunha por uma nova ou reparada e repetir o teste no poço seguinte; 11. Substituir a bucha da mesa por uma nova ou reparada, agora com a cunha já substituída, quando, ao se repetir o teste, o resultado não houver sido satisfatório; 12. Fazer, por fim, o teste, com a cunha e a bucha da mesa já trocadas. Caso o resultado não seja satisfatório, providenciar a substituição da mesa rotativa. 3.3. Colar de segurança É um equipamento de segurança colocado próximo ao topo da coluna de comandos, quando suspensa pela sua cunha na mesa rotativa. O colar de segurança (figura 3.3) evita a queda da coluna no poço, em caso de deslizamento pelas cunhas. 52 Alta Competência Figura 3.3 – Colar de segurança 53 Anexos Anexo I - Exemplo de um procedimento pré-operacional em sondas 1. Pré-requisitos: a) Centralizar a mesa rotativa em relação ao condutor e à catarina na desmontagem, no transporte e na montagem; b) Lubrificar todo o equipamento, principalmente cabos, manilhas, cunhas (desgastes, alças e mordentes), chaves flutuantes (mandíbulas, pinos contra-pinos e mordentes), elevadores (travas, parafusos, pinos e molas), catarina (mola e trava) e mangueiras, bem como inspecioná- lo visualmente para evitar riscos pessoais e vazamentos; c) Colocar, no ratinho, o tubo medido (sempre que possível, utilizandoa ratoeira), com as roscas e os espelhos limpos e checados. Utilizar a cabeça de içamento ou lift sub com manilha. Lubrificar a caixa do tubo com a graxa específica para conexão; d) Colocar contrapesos nas chaves flutuantes; e) Conhecer o torque e o aperto corretos para cada tipo de tubo: OD do corpo do tubo, grau do tubo (E, G, S) e classe (novo, premium ou classe 2); f) Manter a equipe de sonda com EPi’s completos. Anexos 54 Alta Competência Anexo II - Recomendações de segurança, meio ambiente e saúde a) realizar sempre uma análise pré-tarefa antes de iniciar a primeira conexão do dia; b) não ficar entre o tubo que vem da rampa e a junta acunhada na mesa rotativa. Só suspender o tubo com alguém para sinalizar e guiá-lo. não subir os tubos da rampa à plataforma, sem protetores metálicos e segurá-los sempre, quando eles forem sendo levados ao buraco do ratinho, com o auxílio de uma corda entre as duas varandas, no final da rampa; c) não ficar entre a chave flutuante ou pneumática e a junta acunhada na mesa rotativa, bem como nunca ficar entre duas chaves flutuantes quando se estiver apertando os tubos com o torque correto; d) não tentar reparar ou ajustar partes móveis da chave pneumática (burrinha) enquanto ela estiver ligada; e) Dispensar maior atenção para tornar segura a operação quando houver elemento novo na equipe. A pessoa experiente que tenha mudado de sonda, de equipe ou esteja retornando de férias merece uma atenção especial; f) Dar atenção especial à equipe nos primeiro e último dias de trabalho; g) Começar o trabalho lentamente até cada membro da equipe estar totalmente ciente da seqüência de eventos e estar atento a eles; h) não andar nem parar embaixo de tubo suspenso; i) nunca colocar a mão na junta acunhada na mesa rotativa; j) Exercitar a ginástica laboral apropriada para a conexão antes do Anexos 55 inicio do turno. Procurar, quando em períodos de folga, praticar exercícios para o fortalecimento da musculatura lombar; k) Manter postura correta, principalmente ao manusear a cunha. nunca suspendê-la sozinho quando for retirá-la na boca da mesa; l) Só abrir a válvula inferior do kelly no ratinho, caso o poço apresente problemas na descida da coluna; m) Utilizar o padrão CUiDADO COM O MEiO AMBiEnTE nA OPErAÇÃO DE SOnDAS DE PErFUrAÇÃO TErrESTrE; n) não suspender carga (tubo) com o molinete, sem alguém para sinalizar e guiar a carga. Utilizar a cabeça de içamento e a manilha adequadas; o) Manter a plataforma limpa, com piso nivelado e apenas com os materiais estritamente necessários à operação. A limpeza, que visa garantir a segurança da equipe, não pode deixar de ser feita sob o pretexto de economizar água. O que deve ser feito é evitar o desperdício de água, utilizando lava-jato e rodo para gastar o mínimo de água; p) Usar todos os E.P.i’s: bota com biqueira de aço, macacão, capacete, luvas, óculos de segurança diurno ou noturno, protetor auricular; q) retirar a chave flutuante antes de girar a mesa, após quebrar a conexão; r) Colocar primeiro a chave flutuante inferior e, depois, a superior, para evitar bater as mãos na outra chave. Resultado esperado: garantir tempo de conexão dentro dos padrões, manter o diâmetro do poço próximo ao diâmetro da broca, aumentar as seguranças pessoal e operacional, prevenir agressão ao meio ambiente, evitar impactos à saúde ocupacional (principalmente vícios de postura nocivos à saúde) e realizar a operação satisfatoriamente. 56 Alta Competência Exercícios 1) Assinale a opção correta: a) na perfuração rotativa de um poço de petróleo, as rochas são transpostas pela ação da rotação e do peso aplicado por: ( ) Uma broca. ( ) Um mastro. ( ) Um guincho. ( ) Um compound. b) Os fragmentos da rocha são removidos continuamente, através da injeção de: ( ) Swivel pelo espaço anular. ( ) Água pela cabeça de injeção. ( ) Um fluido ou lama pela coluna de perfuração. ( ) Gás ou óleo pelo tubo de revestimento. c) Ao atingir determinada profundidade, é retirada do poço o(a) __________________________________ e é descida uma coluna de revestimento de aço de diâmetro inferior ao da broca. Assinale a opção que completa adequadamente a lacuna da frase: ( ) Anular entre os tubos do revestimento. ( ) Cabeça de injeção. ( ) Tubo semiflexível. ( ) Coluna de perfuração. 57 Exercícios d) Para o prosseguimento da perfuração, após a operação de ci- mentação, a coluna de perfuração é novamente descida no poço, tendo, na sua extremidade, uma nova broca. Essa broca deve ter o diâmetro: ( ) Maior que a do revestimento. ( ) Menor que a do revestimento. ( ) igual a do revestimento. ( ) Maior que o do espaço anular. 2) responda às questões que se seguem: a) Cite quatro exemplos dos principais sistemas de uma sonda. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ b) Quais os componentes do sistema de sustentação de carga? ______________________________________________________________ 3) O que é a torre ou mastro? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 58 Alta Competência 4) Assinale a opção correta: a) A figura a seguir representa qual componente do sistema de sustentação de carga? ( ) Mastro ou torre. ( ) Subestrutura. ( ) Base ou fundação. ( ) Estaleiros. 5) São estruturas rígidas construídas em concreto, aço ou madeira que, apoiadas sobre solo resistente, suportam com segurança defle- xões, vibrações e deslocamentos provocados pela sonda. Estamos nos referindo: ( ) Ao mastro ou torre. ( ) À subestrutura. ( ) À base ou fundação. ( ) Aos estaleiros. 6) responda: a) De que forma, nas sondas mecânicas (as mais utilizadas), a energia gerada nos motores diesel é levada até a transmissão principal? ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ b) O que é o compound? ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 59 Exercícios c) Quais são os quatro principais componentes do sistema de mo- vimentação de carga? ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 7) Em relação aos componentes do guincho, correlacione os com- ponentes na coluna da direita com as suas respectivas definições na coluna da esquerda: (A) Tambor principal ( ) É um mecanismo tipo embreagem, que permite tracionar cabos ou cordas. (B) Freio ( ) Tem a função de acionar o cabo de perfuração, movimentando as cargas dentro do poço. (C) Molinete ( ) realiza as funções de parar ou retar- dar o movimento de descida de carga no poço. 8) indique os dois tipos de molinetes existentes: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 9) identifique, nas ilustrações a seguir, a figura compatível com o blo- co de coroamento do sistema de movimentação de carga. Assinale a alternativa correta: ( ) ( ) ( ) ( ) 60 Alta Competência 10) identifique as estruturas no esquema abaixo, assinalando as le- tras correspondentes (a,b,c,d,e) nos parênteses a seguir:( b ) Catarina. ( c ) Gancho da catarina. ( a ) Cabo de perfuração. ( e ) Carretel de cabo novo. ( d ) Âncora. Bloco de Coroamento 61 Exercícios 11) Complete as lacunas em relação aos procedimentos de movimen- tação do cabo de perfuração (passagem do cabo de aço), escolhendo entre as opções oferecidas nos parênteses: a) Fazer diariamente o acompanhamento da tonelada-milha e sempre antes de mover o cabo com a programação – a cada _________________ toneladas-milha acumuladas. 100 - 150 - 200 - 250 b) Definido o comprimento do cabo a ser movido pela TM ou inspeção visual, colocar os clipes (três, de preferência) com um ___________________________na medida definida a partir da ân- cora, no sentido da bobina. cabo de apoio - equipamento suspenso - parafuso da sonda - tubo suspenso c) Baixar os equipamentos suspensos com o elevador fechado no tubo e suspenso da ______________________________________a aproximadamente 01 (um) metro de altura. âncora - mesa rotativa - alavanca de freio - bobina d) Folgar os parafusos da ________________________. âncora - mesa rotativa - alavanca de freio - bobina e) Controlar a alavanca de freio na âncora e acionar o tambor prin- cipal no sentido horário, liberando o ____________________________ até os clipes com cabo de apoio toparem na âncora, tendo cuida- do de não se criarem folgas nas voltas adicionadas à última do tambor principal. equipamento suspenso - cabo novo - parafuso da sonda - cabo corrido f) reapertar os ____________ parafusos da âncora. três - quatro - cinco - seis 62 Alta Competência g) inspecionar visualmente os __________________________e retor- nar às operações de sonda. cabo de apoio - cabo novo - parafuso da sonda - cabo corrido h) necessariamente, registrar no boletim a operação, cujo tempo- padrão considerado normal é de até _________________________. quinze minutos - trinta minutos - sessenta minutos - noventa minutos 12) O sistema de rotação convencional é constituído de equipamen- tos que promovem ou permitem a livre rotação da coluna de perfu- ração. Quais são eles? ________________________________________________________________ 13) Associe os componentes do sistema de rotação convencional com suas definições: (A) Mesa rotativa (B) Kelly (C) Swivel ( ) É o elemento que transmite a rotação à coluna de perfuração. ( ) É o equipamento que separa os elemen- tos rotativos daqueles estacionários na sonda de perfuração. ( ) É o equipamento que transmite rotação à coluna de perfuração. 14) responda às questões que se seguem. a) O que é o Top drive? ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ b) Quais as fases usuais em um sistema de circulação? ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 63 Exercícios 15) Complete as lacunas em relação ao sistema de segurança de poço, usando o banco de termos a seguir: blowout preventer - preventores - kick - blowout a) O mais importante equipamento de fechamento e controle de poço é o _______________________________, que é um conjunto de válvulas que permite o fechamento do poço. b) Os ____________________________ são acionados sempre que houver ocorrência de um _____________, ou seja, um fluxo inde- sejável do fluido contido numa formação para dentro do poço. Se esse fluxo não for controlado eficientemente, poderá se transfor- mar num _________________________, ou seja, poço fluindo total- mente sem controle, resultando em sérias consequências. 16) Cite os equipamentos necessários ao controle da perfuração que compõem o sistema de monitoração: _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 17) identifique os componentes da coluna de perfuração, numeran- do os parênteses: ( 8 ) broca ( 3 ) swivel ( 2 ) gancho da catarina ( 5 ) mesa rotativa ( 6 ) coluna de perfuração ( 4 ) haste quadrada ( 7 ) comandos ( 1 ) catarina 64 Alta Competência 18) Diferencie a função dos comandos e a função das brocas: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 19) identifique as ferramentas a seguir: (A) Cunha (B) Chave flutuante (C) Colar de segurança ( ) ( ) ( ) 20) responda: a) Qual a função da chave flutuante? ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ b) Defina cunha: ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ 65 Exercícios 21) Complete as lacunas em relação ao colar de segurança, usando o banco de termos a seguir: mesa rotativa - coluna de comandos - cunhas - coluna a) É um equipamento de segurança colocado próximo ao topo da _____________________________, quando suspensa pela sua cunha na __________________________, que evita a queda da _________ no poço, em caso de deslizamento pelas ______________________. 66 Alta Competência Bibliografia ArABiA, Hussain. Oilweel Drilling Engineering – Principles & Practice. Editora Graham & Trotman – Great Britain – 1985. FOGAGnOLi, Wards. Apostila Fundamentos de Perfuração. GEPEM/DiTEC – PETrOBrAS. GOMES, José Eduardo (Org). Fundamentos de Engenharia de Petróleo. Editora interciência – rJ – 2001. LUiZ, Fernando e ViCTOr Manoel. Apostila de Sistema de uma Sonda. Poço Escola – rn – PETrOBrAS. 67 Gabarito Gabarito 1) Assinale a opção correta: a) na perfuração rotativa de um poço de petróleo, as rochas são transpostas pela ação da rotação e do peso aplicado por: ( X ) Uma broca. ( ) Um mastro. ( ) Um guincho. ( ) Um compound. b) Os fragmentos da rocha são removidos continuamente, através da injeção de: ( ) Swivel pelo espaço anular. ( ) Água pela cabeça de injeção. ( X ) Um fluido ou lama pela coluna de perfuração. ( ) Gás ou óleo pelo tubo de revestimento. c) Ao atingir determinada profundidade, é retirada do poço o(a) _______________ ___________________ e é descida uma coluna de revestimento de aço de diâmetro inferior ao da broca. Assinale a opção que completa adequadamente a lacuna da frase: ( ) Anular entre os tubos do revestimento. ( ) Cabeça de injeção. ( ) Tubo semiflexível. ( X ) Coluna de perfuração. d) Para o prosseguimento da perfuração, após a operação de cimentação, a coluna de perfuração é novamente descida no poço, tendo, na sua extremidade, uma nova broca. Essa broca deve ter o diâmetro: ( ) Maior que a do revestimento. ( X ) Menor que a do revestimento. ( ) igual a do revestimento. ( ) Maior que o do espaço anular. 2) responda às questões que se seguem: a) Cite quatro exemplos dos principais sistemas de uma sonda. Sustentação de carga; geração e transmissão de energia; movimentação de carga; rotação; circulação;segurança de poço; monitoração e subsuperfície. 68 Alta Competência b) Quais os componentes do sistema de sustentação de carga? Mastro ou torre, subestrutura, base ou fundação e estaleiros. 3) O que é a torre ou mastro? É uma estrutura de aço especial, de forma piramidal, de modo a prover um espaçamento vertical livre, acima da plataforma de trabalho, para permitir a execução das manobras. 4) Assinale a opção correta: a) A figura a seguir representa qual componente do sistema de sustentação de carga? ( ) Mastro ou torre. ( X ) Subestrutura. ( ) Base ou fundação. ( ) Estaleiros. 5) São estruturas rígidas construídas em concreto, aço ou madeira que, apoiadas sobre solo resistente, suportam com segurança deflexões, vibrações e deslocamentos provocados pela sonda. Estamos nos referindo: ( ) Ao mastro ou torre. ( ) À subestrutura. ( X ) À base ou fundação. ( ) Aos estaleiros. 6) responda: a) De que forma, nas sondas mecânicas (as mais utilizadas), a energia gerada nos motores diesel é levada até a transmissão principal? A energia mecânica é transmitida através de acoplamentos hidráulicos e embreagens. b) O que é o compound? É a uma transmissão principal, constituída de diversos eixos, rodas dentadas e correntes que distribuem a energia a todos os sistemas da sonda. 69 Gabarito c) Quais são os quatro principais componentes do sistema de movimentação de carga? Guincho; bloco de coroamento; catarina; gancho de catarina; cabo de perfuração; braços do elevador e elevador. 7) Em relação aos componentes do guincho, correlacione os componentes na coluna da direita com as suas respectivas definições na coluna da esquerda: (A) Tambor principal ( C ) É um mecanismo tipo embreagem, que permite tracionar cabos ou cordas. (B) Freio ( A ) Tem a função de acionar o cabo de perfuração, movimentando as cargas dentro do poço. (C) Molinete ( B ) realiza as funções de parar ou retardar o movimento de descida de carga no poço. 8) indique os dois tipos de molinetes existentes: O molinete das chaves flutuantes (que permite apertar ou desapertar as conexões da coluna de perfuração ou revestimento) e o molinete giratório ou cathead (que permite o içamento de pequenas cargas). 9) identifique, nas ilustrações a seguir, a figura compatível com o bloco de coroamento do sistema de movimentação de carga. Assinale a alternativa correta: ( ) ( X ) ( ) ( ) 70 Alta Competência 10) identifique as estruturas no esquema abaixo, assinalando as letras correspondentes (a,b,c,d,e) nos parênteses a seguir: ( b ) Catarina. ( c ) Gancho da catarina. ( a ) Cabo de perfuração. ( e ) Carretel de cabo novo. ( d ) Âncora. Bloco de Coroamento a b c d e 11) Complete as lacunas em relação aos procedimentos de movimentação do cabo de perfuração (passagem do cabo de aço), escolhendo entre as opções oferecidas nos parênteses: a) Fazer diariamente o acompanhamento da tonelada-milha e sempre antes de mover o cabo com a programação – a cada 250 toneladas-milha acumuladas. 100 - 150 - 200 - 250 71 Gabarito b) Definido o comprimento do cabo a ser movido pela TM ou inspeção visual, colocar os clipes (três, de preferência) com um cabo de apoio na medida definida a partir da âncora, no sentido da bobina. cabo de apoio - equipamento suspenso - parafuso da sonda - tubo suspenso c) Baixar os equipamentos suspensos com o elevador fechado no tubo e suspenso da mesa rotativa a aproximadamente 01 (um) metro de altura. âncora - mesa rotativa - alavanca de freio - bobina d) Folgar os parafusos da mesa rotativa. âncora - mesa rotativa - alavanca de freio - bobina e) Controlar a alavanca de freio na âncora e acionar o tambor principal no sentido horário, liberando o cabo novo até os clipes com cabo de apoio toparem na âncora, tendo cuidado de não se criarem folgas nas voltas adicionadas à última do tambor principal. equipamento suspenso - cabo novo - parafuso da sonda - cabo corrido f) reapertar os seis parafusos da âncora. três - quatro - cinco - seis g) inspecionar visualmente os cabo corrido e retornar às operações de sonda. cabo de apoio - cabo novo - parafuso da sonda - cabo corrido h) necessariamente, registrar no boletim a operação, cujo tempo-padrão considerado normal é de até trinta minutos. quinze minutos - trinta minutos - sessenta minutos - noventa minutos 12) O sistema de rotação convencional é constituído de equipamentos que promovem ou permitem a livre rotação da coluna de perfuração. Quais são eles? Mesa rotativa; kelly e swivel. 72 Alta Competência 13) Associe os componentes do sistema de rotação convencional com suas definições: (A) Mesa rotativa (B) Kelly (C) Swivel ( B ) É o elemento que transmite a rotação à coluna de perfuração. ( C ) É o equipamento que separa os elementos rotativos daqueles estacionários na sonda de perfuração. ( A ) É o equipamento que transmite rotação à coluna de perfuração. 14) responda às questões que se seguem. a) O que é o Top drive? É o sistema que permite perfurar o poço de três em três tubos, ao invés de um a um, quando a mesa rotativa é utilizada. Também permite que a retirada ou a descida da coluna de perfuração seja feita tanto com rotação quanto com circulação de fluido de perfuração pelo seu interior. b) Quais as fases usuais em um sistema de circulação? Fase de injeção, fase de retorno e fase de tratamento. 15) Complete as lacunas em relação ao sistema de segurança de poço, usando o banco de termos a seguir: blowout preventer - preventores - kick - blowout a) O mais importante equipamento de fechamento e controle de poço é o blowout preventer, que é um conjunto de válvulas que permite o fechamento do poço. b) Os preventores são acionados sempre que houver ocorrência de um kick, ou seja, um fluxo indesejável do fluido contido numa formação para dentro do poço. Se esse fluxo não for controlado eficientemente, poderá se transformar num blowout, ou seja, poço fluindo totalmente sem controle, resultando em sérias consequências. 16) Cite os equipamentos necessários ao controle da perfuração que compõem o sistema de monitoração: Manômetros, indicador de peso sobre a broca, indicador de torque (torquímetro), tacômetro etc. 73 Gabarito 17) identifique os componentes da coluna de perfuração, numerando os parênteses: ( 8 ) broca ( 3 ) swivel ( 2 ) gancho da catarina ( 5 ) mesa rotativa ( 6 ) coluna de perfuração ( 4 ) haste quadrada ( 7 ) comandos ( 1 ) catarina 1 2 3 4 5 6 7 8 18) Diferencie a função dos comandos e a função das brocas: Os comandos são tubos de aço de parede espessa posicionados logo acima de uma broca, que tem a função de fazer a ligação entre a broca e os tubos, fornecendo estabilidade e peso suficiente sobre a broca, com o objetivo de facilitar a penetração desta nas formações. As brocas são ferramentas importantes, sustentadas e presas aos comandos, localizadas na extremidade inferior da coluna de perfuração, que promovem a perfuração das rochas. 74 Alta Competência 19) identifique as ferramentas a seguir: (A) Cunha (B) Chave flutuante (C) Colar de segurança ( B ) ( C ) ( A ) 20) responda: a) Qual a função da chave flutuante? Têm a função de fornecer o torque necessário às conexões da coluna. b) Defina cunha: São equipamentos que mantém a coluna de perfuração totalmente suspensa da mesa rotativa. São utilizadas durante as conexões dos tubos de perfuração e dos comandos. Possuem mordentes intercambiáveis que se adaptam à parede dos tubos e se prendem a ela. 21) Complete as lacunas em relação ao colar de segurança, usando o banco de termos a seguir: mesa rotativa - colunade comandos - cunhas - coluna a) É um equipamento de segurança colocado próximo ao topo da coluna de comandos, quando suspensa pela sua cunha na mesa rotativa, que evita a queda da coluna no poço, em caso de deslizamento pelas cunhas.
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