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Autor: Daniel Ismerim Coautores: Claudio Roberto Coelho (Wireline) Simeão Mendonça (Well Testing) TÉCNICO DE PERFURAÇÃO E POÇOS OPERAÇÕES ESPECIAIS OPERAÇÕES ESPECIAIS Autor: Daniel Ismerim Coautores: Claudio Roberto Coelho (Wireline) Simeão Mendonça (Well Testing) OPERAÇÕES ESPECIAIS Programa Alta Competência Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais na Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá: • Identifi car procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. ATERRAMENTO DE SEGURANÇA Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito Objetivo Específi co Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. 3.4. Glossário Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1.6. Bibliografi a É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... SumárioSumário Introdução 9 Capítulo 1. Pescaria 1. Pescaria 21 1.1. Causas 21 1.2. Ferramentas de pescaria, descrição, adequação e funcionamento 21 1.2.1. Recuperação de peixes tubulares 22 1.2.2. Recuperação de peixes não tubulares 29 1.3. Ferramentas destruidoras 33 1.3.1. Broca Mill 34 1.3.2. Junk Mill 35 1.4. Ferramentas retificadoras de revestimento 36 1.4.1. Taper Mill 36 1.4.2. String Mill 37 1.4.3. Dressing Mill 38 1.5. Ferramentas restauradoras de revestimento 39 1.5.1. Casing Roller 40 1.5.2. Casing Impacto 40 1.5.3. Casing Patch 41 1.6. Procedimentos e cuidados operacionais para prevenir pescaria 43 1.6.1. Falhas humanas 43 1.6.2. Manutenção deficiente do equipamento 46 1.6.3. Uso inadequado do equipamento 47 1.6.4. Imperícia 50 1.6.5. Controle de qualidade 54 1.6.6. Outros fatores 55 1.6.8. Condições adversas 57 1.6.9. Fechamento do poço 60 1.6.10. Perda de circulação 61 1.6.11. Prisão por chaveta 62 1.6.12. Prisão por diferencial de pressão 63 1.6.13. Perfilagem e pescaria 63 1.7. Conclusão 64 Capítulo 2. Welltesting 2. Welltesting 69 2.1. Tipos de Welltesting 69 2.1.1. Teste de Formação Repetitivo (RFT) 69 2.1.2. Teste de Formação a Poço Aberto (TF) 70 2.1.3. Teste de Formação a Poço Revestido (TFR) 70 2.2. Objetivos gerais do Welltesting 71 2.3. Objetivos específicos do Welltesting 72 2.4. Principais equipamentos de superfície 73 2.4.1. Cabeça de teste 74 2.4.2. Linhas flexíveis 75 2.4.3. Choke Manifold 76 2.4.4. Vaso aquecedor de óleo 76 2.4.5. Vaso separador 77 2.6. Medição de gás 88 2.7. Equipamentos de segurança 90 2.8. Equipamentos de controle das variáveis 90 2.8.1. Malha de instrumentação 93 2.8.2. Tanque de aferição 94 2.8.3. Bomba de transferência 95 2.8.4. Conjunto lança-queimador 96 2.9. Sistema de refrigeração 98 2.10. Sistema de atomização 98 2.11. Sistema piloto 98 2.12. Sistema de ignição 98 2.13. Introdução de fluxo no poço 99 2.13.1. Estabilização das pressões na cabeça do poço 99 2.13.2. Limpeza dos fluidos do poço 99 2.13.3. Fluxo crítico 100 2.13.4. Escolha da pressão de separação 100 2.13.5. Operação com o vaso separador 101 Capítulo 3. Teste de Formação 3. Teste de Formação 105 3.1. Equipamentos de superfície 106 3.1.1. Manifold de teste 106 3.1.2. Mangueiras de aço articuladas 107 3.1.3. Mangueiras tipo Conflexip 108 3.1.4. Cabeça de fluxo (flow head) 108 3.1.5. Registradores de pressão e temperatura 109 3.1.6. Subs de circulação reversa pump out e sub de impacto 109 3.1.7. Porta-registradores 111 3.1.8. Válvula DCIP (Dual Closed in Presure) 113 3.1.9. Amostrador 114 3.1.10. Válvula testadora HS (Hydro Spring) 114 3.1.11. Valvula Index - Indexing With Indexing J-Slot Tester 115 3.1.12. Percursor 115 3.1.13. Junta de segurança 116 3.1.14. Obturador (packer) para poço aberto 117 3.1.15. Obturador (packer) para poço revestido tipo RTTS (Halliburton) 118 3.1.16. Tubos perfurados 118 3.1.17. Sapata 119 3.2. Ferramentas para situações específicas 120 3.2.1. Âncora de parede 120 3.2.2. Válvula distribuidora de pressão 120 3.2.3. Junta telescópica (extension joint) 120 3.2.4. Slip joint 121 3.3. Classificação da coluna testadora 122 3.3.1. Teste convencional 122 3.3.2. Teste convencional em intervalo aberto, com obturador assentado no revestimento 122 3.3.3. Teste seletivo 122 Capítulo 4. Wireline 4 . Wireline 145 4.1. Componentes de Completação 146 4.1.1. Tubos de Produção 147 4.1.2. Guia de reentrada 147 4.1.3. Sub de pressurização hidráulica 148 4.1.4. Nipple de assentamento 149 4.1.5. Obturadores (packer) 150 4.1.6. Junta de expansão e separação 150 4.1.7. Válvula de camisa deslizante 151 4.1.8. Mandril de Gás Lift 153 4.1. 9. Válvula de Segurança de Subssuperfície 154 4.1.10. Suspensor de coluna 155 4.2. Equipamentos de Operação com Arame 157 4.2.1. Conjunto motor/ guincho 157 4.2.2. Arame 159 4.3. Sistema de medição 160 4.3.1. Medição de profundidade 160 4.5. Lubrificadores 163 4.6. Preventor de erupções (BOP) 164 Capítulo 5. Abandono 5. Abandono 193 Capítulo 6. Tie Back 6. Tie Back 197 Capítulo 7. Testemunhagem 7. Testemunhagem 201 7.1. Objetivos de investigação 201 7.2. Tipos de barriletes 202 7.2.1. Acessórios do barrilete 205 7.3. Tipos de coroas 209 7.3.1. Aplicação das coroas 213 7.4.1. Análise do Poço 215 7.4.2. Escolha da coroa 218 7.4.3. Preparação do barrilete - montagem convencional (18 metros) 218 7.4.4. Substituição do rolamento 220 7.4.5. Conversão / transformação do barrilete convencional 225 7.4.6. Preparo da operação 229 7.4.7. Parâmetro para formações friáveis 234 7.4.8. Acomodação da coroa 235 7.5. Poço direcional 235 7.5.1. Conexão - Queima do testemunho 236 7.5.2. Procedimentos para conexão 236 7.6. Retirada do testemunho convencional 237 7.7. Plastic Liner - Testemunho 9 metros 239 7.8. Plastic Liner - Testemunho 18 metros 240 7.9. Manuseio do testemunho 241 7.10. Desgaste da coroa 241 7.11. Desmontagem do barrilete 245 7.12. Problemas operacionais 246 7.13. Sobre a escolha de parâmetros 255 7.14. Manutenção do barrilete após a operação 256 Capítulo 8. Abertura de Janela 8. Abertura de janela 261 8.1. Equipamentos 262 8.2. Condições indispensáveis para a realização da operação 264 8.2.1. Revestimento 264 8.3. Equipamentos indispensáveis à operação 269 8.4. Condições ambientais 270 Capítulo 9. Alargamento 9. Alargamento 275 9.1. Formas de alargamento 275 9.2. Histórico na Petrobras 277 9.2.1. Resumo de algumas operações executadas na Petrobras 279 9.2.2. Evolução das ferramentas a partir da década de 90 281 Introdução As Operações Especiais são aquelas desenvolvidas nos poços de petróleo, gás ou água, através de métodos e equipamentos especiais. Portanto, esta apostila destina-se a definir o que são as Operações Especiais, com destaque para a pescaria. Não se sabe como se originou o termo pescaria na indústria do petróleo, mas é provável que tenha sido utilizado pelos sondadores na época em que se perfurava com sondas movidas a cabo. Os sondadores precisavam movimentar um arpão farpado no poço, quando o cabo de perfuração se partia, a fim de fisgá-lo. A partir da semelhança entre as atividades, o nome pescaria se firmou. O presente trabalho visa a fornecer, portanto, ao pessoal envolvido diretamente na área de produção de petróleo, informações básicas sobre as diversas operações. Veremos no capítulo sobre Wireline que o uso do arame permite a obtenção de dados atuais acerca do reservatório, intervir no poço sem a necessidade de amortecê-lo ou interferir em seu regime de produção/ injeção, instalar equipamentos para controle de fluxo, efetuar correções ou remoções de imperfeições ou depósitos nas paredes da tubulação de produção etc. As operações com linha de aço remontam aos primórdios da indústria petrolífera. A princípio o operador usava um tambor acoplado a uma manivela, com uma pequena quantidade de linha de aço, que se assemelhava às fitas métricas utilizadas atualmente na medição de tanques de armazenamento de petróleo. Com o aumento das profundidades dos poços, este sistema se tornou impraticável, pois a medição de profundidade passou a incorrer em muitos erros devido à distensão da fita por seu peso próprio e pela impossibilidade de vedação no que tange ao aparecimento de poços com pressão. Com o desenvolvimento tecnológico e a necessidade cada vez maior de informações mais precisas, aparecem o arame IPS (Improved Plow Steel) e os cabos para registro eletrônico usados nas companhias de serviço de perfilagem e canhoneio. 17 18 Neste material, procuraremos apresentar de forma concisa uma série de informações sobre as principais ferramentas e equipamentos necessários às operações especiais e ainda alguns procedimentos operacionais. As Operações Especiais são: Pescaria; Teste de Formação; Testemunhagem; Welltesting; Wireline; Alargamento; Abandono; Tie Back e Abertura de Janela. C ap ít u lo 1 Pescaria 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Pescaria 1. Pescaria Na Indústria do Petróleo a palavra pescaria significa o conjunto de operações executadas, a fim de recuperar ferramentas que ficam presas ou objetos retidos no poço depois de uma queda. A origem do termo pescaria é desconhecida, mas é bastante provável que tenha sido utilizado pelos sondadores, na época em que se perfurava com sondas de perfuração a cabo. Basta imaginarmos que a atividade do sondador – utilizando sondas de perfuração a cabo, balançando um arpão farpado no poço a fim de fisgar o cabo de perfuração partido, era bastante semelhante a uma pescaria. 1.1. Causas Toda pescaria apresenta basicamente uma característica acidental e, como qualquer acidente, pode ter diferentes origens: • Falhas humanas: inobservância de parâmetros básicos e das recomendações técnicas; • Deficiência de material: desgaste em geral, fadiga; • Condições adversas: desmoronamento, fechamento do poço, perda de circulação, desvio acentuado. 1.2. Ferramentas de pescaria, descrição, adequação e funcionamento Vejamos a classificação dos tipos de ferramentas de pescaria: • Recuperação de peixes tubulares; • Recuperação de peixes não tubulares; • Destruidoras; 22 Alta Competência • Retificadora de revestimento; • Restauradora de revestimento. 1.2.1. Recuperação de peixes tubulares Há uma variedade muita grande de fornecedores de ferramentas de pescaria. As descrições aqui encontradas são sucintas, não abrangendo todas as formas nas quais cada ferramenta pode ser encontrada e, para maiores detalhes, o manual específico deverá ser consultado (vide Bowen, Logan, Gotco, Christensen). As ferramentas de pescaria de peixes tubulares podem ser: • Ferramentas para recuperação de peixes tubulares; • De agarramento externo – Overshot, série 150. 1.2.1.1. Overshot a) Overshot – série 150 O Overshot, série 150, consiste de três partes externas: top sub, corpo e guia. Guia Corpo Top Sub Basket Grapple Control Basket Grapple Control Packer Basket Grapple Mill Control Packer Basket Grapple Visão ampliada da garra Basket Grapple Overshot – série 150 23 Capítulo 1. Pescaria O top sub permite sua conexão na base da coluna de pescaria, e o corpo contém sede para compor com diversos acessórios para agarrar o peixe. Trata-se de uma ferramenta que permite agarrar e vedar o peixe externamente, tracionar, percutir nos dois sentidos (para cima e para baixo) e transmitir torques à esquerda do peixe. A guia, por sua vez, auxiliará na centralização da ferramenta sobre o peixe. Caso o diâmetro do peixe seja próximo da capacidade máxima do Overshot, será utilizada a garra espiral (spiral grapple), controle da garra espiral (spiral grapple control) e o packer tipo A. Caso o diâmetro do peixe seja menor do que a capacidade máxima do overshot (normalmente em torno de ½”), será utilizada a garra tipo cesta (basket grapple) e o controle da garra tipo cesta com vedação (basket grapple control packer) ou o controle bizelador da garra tipo cesta com vedação (basket grapple mill control packer). Guia Corpo Top Sub Basket Grapple Control Basket Grapple Control Packer Basket Grapple Mill Control Packer Basket Grapple Visão ampliada da garra Basket Grapple Visão ampliada da garra Basket Grapple 1.2.1.2. Mill Control Packer O Mill Control Packer é utilizado para retificar o topo do peixe de eventuais rebarbas ou distorções, permitindo o seu encamisamento perfeito pelo basket grapple. 24 Alta Competência 1.2.1.3. Overshot – série 70 Este Overshot se destina a agarrar peixes que estejam com o pescoço de pescaria curto (fish neck). Por não ter espaço físico suficiente, só permite a utilização de garras apropriadas tipo cesta. Isto significa que não podemos utilizar este Overshot para agarrar peixes cujo diâmetro externo seja próximo ao do poço. Trata-se de uma ferramenta mais fraca do que o Overshot – série 150, desta forma devemos ter cuidado na hora de percutir o peixe com ele. Recomenda-se não soldar bacalhaus na sua conexão, pois isto irá enfraquecer muito a ferramenta, des- temperando o seu aço. ATENÇÃO Overshot – série 70 25 Capítulo 1. Pescaria 1.2.1.4. Agarramento externo com Die Collar É uma ferramenta tipo “tarraxa”, com rosca cônica usinada internamente e com filetes de rosca do tipo wicker, abrindo rosca na parte externa do peixe e enroscando cerca de 2 a 3 voltas. Podem ser encontrados tipos com filetes de rosca inteiriça e com passagem de fluxo (fluted wicker). A Bowen fabrica modelos de peça única e o que permite enroscar uma guia abaixo, para facilitar o encamisamento do peixe. Recomendamos sempre descer esta ferramenta em conjunto com a junta de segurança, pois ela pode não liberar do peixe em caso de necessidade. ATENÇÃO Agarramento externo com Die Collar 1.2.1.5. Agarramento interno Esta é, em princípio, a melhor ferramenta de pescaria disponível, desde que o topo do peixe seja uma conexão intacta que permita enroscar um pino ou uma caixa, caso o seu topo seja uma caixa ou um pino, respectivamente. 26 Alta Competência Logicamente, caso seja descida uma caixa para enroscar no peixe, esta ferramenta se chamaria “caixa pescadora” e seria classificada como de agarramento externo. A vantagem desta ferramenta sobre as outras existentes são inúmeras, uma vez que garante total integridade entre a coluna pescadora/ peixe, permitindo circular o tempo necessário (sem riscos de vazamento) tracionar/ comprimir a coluna até o seu limite, percutir etc. R ed uc ed S ec tio n Su bs Pino pescador 1.2.1.6. Spear O Spear Bowen, tipo Itco, é composto de mandril, garra, anel de liberação (release ring) e nut. Esta ferramenta tem mecanismo similar de funcionamento ao do Overshot bowen – série 150, sendo que agarra o peixe internamente. No mandril existe o perfil helicoidal que assenta na garra (no Overshot, esse perfil helicoidal está na parte interna do corpo, assentando na parte externa da garra). É uma ferramenta indicada para pescar qualquer tipo de peixe tubular, tais como: tubing, drill pipes e revestimentos. 27 Capítulo 1. Pescaria Grapple Grapple MandrelMandrel Nut Nut Release Ring Release Ring Spear Bowen 1.2.1.7. Taper Tap Esta ferramenta é chamada por nós de macho cônico, uma vez que ela abre alguns filetes de rosca no topo do peixe, agarrando o mesmo. Normalmente conseguimos abrir de duas a três voltas de rosca no topo do peixe, quando se trabalha corretamente. Uma vez agarrado ao peixe, ela permite trabalhar a coluna com tração, compressão, torção e percussão sem problemas de se soltar. 28 Alta Competência Taper Tap 1.2.1.8. Pin Tap Esta ferramenta é semelhante ao taper tap, uma vez que também abre roscas no topo do peixe, internamente. Porém, neste caso, ela assenta no interior da conexão caixa do peixe, encaixando perfeitamente como se fosse o pino pescador. Se as roscas do topo do peixe estiverem em perfeitas condições, é sempre recomendável utilizar o pino pescador. O Pin Tap se aplica em casos onde a conexão do topo do peixe estiver danificada ou em casos onde se utiliza a coluna pescadora com roscas à esquerda. Neste caso, o Pin Tap apresenta a vantagem em relação ao Taper Tap por possuir um perfil que, ao encaixar perfeitamente no peixe, confere um enroscamento bem mais resistente. 29 Capítulo 1. Pescaria Pin Tap 1.2.2. Recuperação de peixes não tubulares A seguir serão destacadas as ferramentas utilizadas na recuperação de peixes não tubulares. a) Cesta de circulação reversa A cesta de circulação reversa consiste de um barrilete, um sub de topo, um agarrador ou aranha, uma sapata e um conjunto de válvula. Um sub de içamento é fornecido para manusear a cesta e prover a armazenagem da esfera de aço inox. A circulação reversa é obtida pela forma de constituição do barrilete, que é em verdade, um conjunto de duas camisas. Com a esfera na sede da válvula, o fluido circulante é desviado para o espaço anular das duas camisas, de onde é dirigido para baixo e para fora dos furos em volta da base do barrilete e depois para o poço, e deste para o interior do barrilete e, posteriormente, para fora através dos furos na sua parte superior. A cesta de circulação reversa é disponível em dois tipos: o normal, projetado para os diversos tipos de cones de broca; e o W7R para recuperar os cones de broca W7R e outros cones do mesmo diâmetro. 30 Alta Competência Bowen Junk Basket Top Sub Ball O-Ring Seal O-Ring Seal Filter Barrel Ball Seat Ball Seat Retainer Shear Pins Ball Seat Position of Ball Seat Prior To Shearing Upper Catcher Assembly Lower Catcher Assembly Cesta de circulação reversa b) Magnético É utilizado para recuperar objetos soltos no fundo do poço, tais como: cone de broca, mordentes, esferas, pedaços de correntes, pinos de chaves, ferramentas manuais e pedaços de ferro etc. O pescador magnético pode ser descido a cabo ou na coluna. A operação com cabo representa economia de tempo, mas não pode prover a circulação no topo do peixe para limpeza. 31 Capítulo 1. Pescaria Magnético c) Canguru O canguru é uma ferramenta projetada para recuperar pequenos objetos soltos no poço, que tenham dimensões para se alojar nas bolsas, tais como: cone de broca, mordentes, esferas, pedaços de correntes, pinos de chaves, pedaços de ferro etc. 32 Alta Competência DOIS FUROS DE 1/2” DP5 0. 50 0. 50 0. 50 0. 30 0. 30 0. 30 TUBO 9 5/8 Canguru d) Subcesta É uma ferramenta normalmente usada sobre a broca de perfuração ou de destruição, com a função de apanhar detritos muito pesados que não podem ser circulados para fora do poço, como: detritos de broca, pedaços de mordentes, esferas ou cilindros de rolamento etc. 33 Capítulo 1. Pescaria SUB CESTA Subcesta 1.3. Ferramentas destruidoras A soldagem, de forma geral, está envolvida na confecção das ferramentas de pescaria, através da deposição de material abrasivo em ferramentas destruidoras, fresadoras. A vareta de solda especial é constituída de uma liga matriz de Cu-Ni-Zn e adição de carbonetos de tungs- tênio em diferentes granulometrias, para as aplica- ções que exigem resistência à abrasão com elevada ação de corte pela alta concentração de carbonetos de tungstênio. IMPORTANTE! Tipo de vareta e dimensões dos carbonetos: • Vareta xg – 6,4 - 8,0 mm; • Vareta g – 4,8 - 6,4 mm; 34 Alta Competência • Vareta m – 3,2 - 4,8mm; • Vareta f – 1,6 - 3,2 mm; • Vareta xf – 1/16 até 1,6 mm. Foto da vareta de solda com grãos de tungstênio 1.3.1. Broca Mill É usada quando não se tem pescoço de pescaria, sendo que a conexão pino está logo acima da sua estrutura cortante, semelhante a uma broca de perfuração. Broca Mill 35 Capítulo 1. Pescaria 1.3.2. Junk Mill O Junk Mill é utilizado quando há pescoço de pescaria, sendo que alguns fornecedores o equiparam também com lâminas estabilizadoras logo acima da estrutura cortante, conferindo maior segurança operacional durante o trituramento do peixe. O Junk Mill pode ser usado para triturar quase tudo que cai ou fica preso no poço e é conhecido como “pau para toda a obra” nas operações de trituramento do peixe. O Junk Mill pode também ser usado para cortar cimento e elementos de borracha. Junk Mill 36 Alta Competência Conventional Conebuster Super Junk Mill Broca Mill Tipos de face de ataque da Junk Mill 1.4. Ferramentas retificadoras de revestimento A seguir serão listadas as ferramentas utilizadas para retificação de revestimento. 1.4.1. Taper Mill É utilizado visando a corrigir colapso/restrição em revestimento com ação escareadora. É uma ferramenta robusta de operação mecânica com função de destruição reabrindo as restriçõe, composta basicamente de um corpo integral com rosca superior regular pino e na parte inferior um formato cônico contendo lâminas verticais revestidas com material destruidor. Poderá comprometer as características técnicas do revestimento (espessura da parede de aço do revestimento). 37 Capítulo 1. Pescaria Fishing neck diameter Fishing neck length Dressed diameter CP Dressed diameter CT Fishing neck length Fishing neck diameter Top pin connection Top pin connection Taper Mill 1.4.2. String Mill É utilizado quando ocorre restrição no revestimento devido a ferrugens, rebarbas de canhoneio, cimento, parafina, crostas ou qualquer outro tipo de obstrução na parede interna do revestimento que interfira ou até mesmo impeça a passagem dos equipamentos de produção e perfuração. 38 Alta Competência Nominal Overall Length Pin Down Dressed Dia. Box Up String Mill 1.4.3. Dressing Mill A Dressing Mill é utilizada para biselar, corrigindo as imperfeições do corte nos revestimentos, durante operações onde foram utilizados cortadores mecânicos internos, tipo C-7, C-9 ou C13, com o intuito de efetuar casing patch. Poderá ser utilizado também para destruir tubos de lavagens, revestimentos ou liners presos. 39 Capítulo 1. Pescaria Body Cutting Element Make Up Ring Nose Piece Lock Screws Stabilizer Lock Screws Nose Piece Stabilizer Lock Washer Stabilizer Blade Dressing Mill 1.5. Ferramentas restauradoras de revestimento Serão descritas, a seguir, as ferramentas utilizadas para restauração de revestimentos. 40 Alta Competência 1.5.1. Casing Roller O restaurador Casing Roller é especificamente usado para recondicionar revestimento colapsado. O rolete é bastante robusto e, no entanto, de projeto simples. Todas as partes móveis são mantidas em seus lugares no mandril por um conjunto de esferas que se movimentam em um sulco. Basicamente, a restauração é feita através de sucessivos impactos no sentido radial, ou seja, à medida que é rotacionado e forçado para baixo, os roletes golpeiam o revestimento lateralmente, restaurando o seu diâmetro interno. Mandrel Upper Roller Middle Roller Lower Roller Ball Bearings Nose Cone Bowen Tubing and Casing Rollers MANDREL UPPER ROLLER MIDDLE ROLLER LOWER ROLLER BALL BEARINGS NOSE CONE Casing Roller 1.5.2. Casing Impacto O restaurador Casing Impacto é utilizado somente quando ocorre um tipo de dano no revestimento chamado colapso. Basicamente a restauração é feita através de sucessivos e elevados impactos no sentido axial objetivando abrir o revestimento colapsado, na tentativa de retornar ao seu diâmetro interno nominal, permitindo assim, a passagem dos equipamentos durante as operações de perfuração, produção, perfilagem etc. 41 Capítulo 1. Pescaria Casing Impacto 1.5.3. Casing Patch É utilizado para emendar duas colunas de revestimento de mesmo diâmetro. Consiste em agarrar externamente a parte do revestimento que ficou no poço previamente preparada, proporcionando vedação através da deformação de um selo pela ação das cunhas se deslocando ao se tracionar o patch, tornando-se geralmente uma parte permanente da coluna. Cada fabricante apresenta sua versão do casing patch modificada, porém, basicamente é composto de uma guia, um elemento de vedação (selo de chumbo ou packer), uma garra, um corpo, uma extensão e um sub de topo. 42 Alta Competência End Seal Ring Lead Seal Assembly End Seal Ring Guide Lead Seal Center Seal Ring Lead Seal Set Screws Control Grapple Grapple Carrier Bowl Bowen Lead Seal Tubing and Casing Patch STEP 1 ENGAGE FISH & BOTTOM SET LEAD SEAL LOWER TO OPEN & CEMENT IDGE PLUG STEP 2 STEP 3 End Seal Ring Lead Seal Assembly End Seal Ring Guide Lead Seal Center Seal Ring Lead Seal Set Screws Control Grapple Grapple Carrier Bowl Bowen Lead Seal Tubing and Casing Patch STEP 1 ENGAGE FISH & BOTTOM SET LEAD SEAL LOWER TO OPEN & CEMENT IDGE PLUG STEP 2 STEP 3 Casing Patch 43 Capítulo 1. Pescaria 1.6. Procedimentos e cuidados operacionais para prevenir pescaria A pescaria é um acidente e, portanto, algumas medidas podem contribuir para a sua prevenção. Ratificando, toda pescaria apresenta basicamente uma característica acidental e, como qualquer acidente, pode ter origem em diversas causas, dentre as quais, destacam-se as apontadas a seguir. 1.6.1. Falhas humanas a) Inobservância de parâmetros básicos e recomendações técnicas • Peso sobre a broca e potência da mesa rotativa Numerosos casos de pescaria de cones e rolamentos de brocas, braços e cones de alargadores e quebra de coluna têm ocorrido em função da inobservância do peso adequado sobre a broca (indicador de peso devidamente calibrado é fundamental para esse controle) e controle de potência da mesa rotativa (escolha da marcha de força ideal para trabalhar perfurando, com a rotação recomendada). Consideremos a situação em que se está perfurando com broca, cuja rotação recomendada é acima de 100 rpm. Imaginemos, ainda, que a potência instalada na sonda seja elevada. Se a potência disponível na mesa for alta e ocorrer uma prisão da coluna por queda de objeto estranho, travamento de cone etc. o excesso de torque poderá quebrar a coluna e comprometer os demais componentes. • Aperto de coluna (de revestimento, de perfuração ou especial) O aperto inadequado da ferramenta é também responsável por grande número de quebras de coluna. Quando o aperto for excessivo, provocará o esmagamento do espelho da conexão e filetes das roscas, podendo até causar o escoamento do pino. Quando o aperto for insuficiente, causará vazamentos e concentração de esforços de flexão na conexão. 44 Alta Competência Torques adequados só serão fornecidos com a utili- zação de torquímetros aferidos. ATENÇÃO • Medição de coluna Falhas de medição, substituição e retirada de componentes da coluna, erros de cálculo e de passagem de serviço são as causas que levam a topadas com a coluna de perfuração, cimentação de revestimento em profundidade inadequada, tentativa de assentamento de ferramentas em pontos inadequados etc. A falta de medidas, tais como: diâmetros externos, diâmetros internos e comprimento de pescoço de pescaria dificultam e, por vezes, impedem as operações de pescaria. b) Manobras As manobras são ocasiões de grande índice de pescarias, principalmente prisões. Nos itens a seguir estão grande parte dos motivos que acarretam esses acidentes e os cuidados a serem tomados para minimizá-los. • O uso inadequado de equipamentos e a imperícia estão entre as principais causas que contribuem para essas pescarias. • Ao quebrar a junção entre tubos, deve-se posicionar o tool joint de tal forma que o mesmo fique a aproximadamente 60 cm da mesa rotativa. • Quando operando com a chave de desenroscamento, posicione o tool joint a aproximadamente 1 metro da mesa rotativa. 45 Capítulo 1. Pescaria Na manobra deve-se: Na retirada: • Observar os espelhos dos tubos prevenindo-se contra wash outs, (lavagem do espelho do tubo), efetuar o rodízio da conexão quebrada e lubrificar a caixa de DP (Drill Pipe ou tubo de perfuração) com graxa adequada. Na descida: Ao manusear a seção de tubos, para efetuar a conexão, evite o toque do pino no espelho da caixa do tubo que está acunhado, de preferência utilizando a ferramenta guia de pino, protetora do espelho durante a conexão. Na montagem de colunas de produção limpe a rosca com escova metálica e passe graxa grafitada no pino. Use apenas uma película de graxa na caixa do tubo, pois após o enroscamento o excesso pode ir para o fundo do poço através da coluna de produção, po- dendo causar tamponamento da mesma. ATENÇÃO • Verifique nos itens “Cunhas”, “Chaves Flutuantes” e “Colar de Comandos”, o cuidado com esses equipamentos. • Nunca utilize a mesa rotativa para conectar ou desconectar os tubos, a fim de evitar danos aos mesmos. • Em sondas flutuantes sempre utilize o sistema de compensação de movimentos em pontos críticos da manobra: passagem da coluna pelo BOP e cabeça do poço; passagem pelo topo do liner; na checagem de algum topo no poço (packer, tampões, fundo do poço etc.). 46 Alta Competência c) Lubrificantes O uso de lubrificantes não recomendados pode resultar em desgaste excessivo dos filetes das roscas, bem como acarretar danos à superfície dos espelhos, diminuindo tanto a resistência à tração e ao torque, como comprometendo a eficiência de vedação da conexão. A lubrificação da caixa de DP, na retirada da coluna, deve ser feita com graxa adequada (utilizar graxa GRH-3), e deve envolver toda a rosca do tubo de modo uniforme. A graxa grafitada tipo USILUB é a utilizada na lubrificação do pino da coluna de produção. d) Hidráulica Quando a vazão alcança o limite superior da pressão de bombeio e permanece insuficiente para efetuar uma boa limpeza do poço, a perfuração estará sendo feita com hidráulica deficiente. Este problema ocorre principalmente em poços profundos e que tenham sofrido desmoronamento, encontrando-se, portanto, alargados. Ocorre também em poços direcionais, com ângulos de inclinação elevados, onde se requer uma vazão superior às utilizadas para poços verticais para se conseguir uma boa limpeza. Nesses casos, pode ocorrer significativa perda de rendimento da perfuração, porque não é possível efetuar uma conexão sem ter de repassar o mesmo tubo várias vezes. Isto devido ao fato de a velocidade de retorno nos trechos alargados se tornar insuficiente para arrastar os cascalhos. Prosseguir nessas condições pode conduzir a prisões. Circulação prolongada sem movimento da coluna também pode causar prisão devido à formação de pontes e canalização do fluido. 1.6.2. Manutenção deficiente do equipamento Manutenção deficiente do equipamento pode resultar em pescaria, devido principalmente, aos seguintes fatores: 47 Capítulo 1. Pescaria • Parada da mesa rotativa ou do top drive – pode ocasionar prisão por diferencial de pressão; • Interrupção da circulação – a parada de circulação, especialmente nos momentos de ascensão de grande quantidade de cascalhos, tem probabilidade de provocar a prisão por decantação de detritos sobre a broca ou sobre os estabilizadores. Ocorre principalmente por necessidade de reparo em componente do sistema de circulação, por ineficiência da manutenção de primeiro escalão, como seja: substituição oportuna de engaxetamentos da camisa do swivel, pistões de bombas, juntas de tampões, engaxetamento de uniões e correção imediata de pequenos vazamentos, ou ainda, falha na manutenção de segundo escalão no que se refere à correção de vazamentos do óleo lubrificante do swivel, o que pode ocasionar o travamento dos rolamentos e, consequentemente, acidente com a mangueira de injeção, inobservância na eficiência de lubrificação do sistema de transmissão de força etc.; • Cabo do guincho – correr e cortar o cabo oportunamente não resolve todos os problemas com o mesmo. É necessário também cuidar da sua conservação na bobina, com especial atenção para o trecho do cabo entre a bobina e a âncora. Nesse trecho há a tendência à formação de uma curva devido ao peso do próprio cabo (catenária), até se apoiar no solo, onde fica sujeito à ação de corrosão ou ao impacto de objetos; • Compensador de movimentos – em sondas flutuantes todo o sistema deve estar disponível e ser utilizado em situações especiais: passagem da coluna pelo BOP e cabeça do poço; passagem pelo topo do liner; na checagem de algum topo no poço (packer, tampões, fundo do poço etc.). 1.6.3. Uso inadequado do equipamento O uso inadequado de equipamento tem sido causa para grande número de pescarias. Os equipamentos com os quais se deve redobrar a atenção estão indicados a seguir. 48 Alta Competência a) Cunhas Quando se usam cunhas inadequadas para a tubulação em operação ou faltando mordentes, a área de sustentação das cargas será reduzida podendo, com isto, provocar colapso, queda de mordentes, queda da cunha e até da coluna no poço. É importante observar a carga nominal da cunha. Usar a cunha como freio da coluna durante manobras de descida pode colapsar o corpo do tubo, provocar cortes concentradores de esforços e quebras prematuras do tubo, além de causar danos à cunha. Tratando-se de cunha de comandos, pode ocorrer a quebra de mordente, links e a queda da própria cunha no poço. Mordentes e insertos devem estar em bom estado para utilização. Todos os pinos devem estar instalados e contrapinados. As alças devem estar em bom estado e também contrapinadas. b) Elevadores (dimensão e carga nominal) Elevadores fora do range recomendado pelo fabricante, inadequados para o tipo de tool joint em uso ou com pouca tensão na mola de tratamento, desgaste interno e nos pinos de articulação, podem não só provocar queda de coluna como acidentes pessoais. Usar elevador 90º em tool joint 18º pode ocasionar queda da coluna por ação de acunhamento do tool joint no elevador, provocando sobrecarga na tran- ca e, consequentemente, abrindo-o. O problema é agravado em poços profundos, com colunas pesadas. Esta observação também é válida para os subs de ele- vação de comandos, tubos de lavagem, ferramentas especiais etc. ATENÇÃO 49 Capítulo 1. Pescaria c) Colar de comandos O assentamento irregular do colar de comandos pode permitir a queda da coluna no poço, se esta escorregar da cunha, em função de: • Desnivelamento dos mordentes; • Desnivelamento do conjunto de links do colar. O colar deve estar com os mordentes em boas condições de agarramento e com todos os pinos e contrapinos. Deve estar com o número adequado de seções ao diâmetro dos comandos em uso na coluna. d) Chaves flutuantes Usar chaves flutuantes de forma inadequada traz os seguintes inconvenientes: • Com ângulo diferente de 90º, o torque aplicado será inferior ao especificado e, além disso, como a linha de centro do cabo se desloca em direção ao tubo, corre-se o risco de empená-lo, retirar a cunha da mesa e até partir os mordentes da chave; • O posicionamento da chave fora do plano horizontal, que contém o molinete, pode retorcer o cabo da chave, tendo em vista que ele é uma estrutura I, dimensionado para receber esforço no mesmo plano. Quebra de mordentes ou pinos da chave são comuns nesta situação. Este procedimento pode ainda empenar o tubo ou até mesmo quebrá-lo dentro da cunha; • A distância vertical entre chaves deve ser a menor possível para minimizar o efeito de desalinhamento da coluna e, consequentemente, aperto insuficiente. Durante a manobra, deve-se evitar o uso de uma só chave flutuante para apertar a coluna, pois isto pode provocar giro do tubo na cunha, criando cortes transversais no corpo do tubo. 50 Alta Competência Os cabos de segurança das chaves flutuantes não devem conter fios partidos ou ter desgaste pelo uso. Olhais e manilhas não devem possuir trincas e precisam estar bem fixados. Mandíbulas, desgastes no olhal do pino e o alojamento dos mordentes devem ser periodicamente verificados quanto ao seu desgaste. Mordentes desgastados devem ser substituídos e contrapinados, a fim de evitar queda no poço. e) Equipamentos diversos Pode-se afirmar que mais de 90% das pescarias de pequenos objetos caídos no poço têm como origem a falta de atenção a cuidados elementares referentes: • À tampa do poço; • Ao uso do limpador de tubo; • Ao cuidado no manuseio de pequenas ferramentas, tais como: alavancas, chave de colar, chave de broca, trocando elevador, chaves de acionamento da kelly cock, marretas etc. 1.6.4. Imperícia Alguns casos típicos de imperícia que conduzem à pescaria serão citados a seguir. a) Brocas A falta de sensibilidade ao desgaste da broca pode causar a pescaria de cones, rolamentos e prisão de coluna quando a substituição de brocas é efetuada. 51 Capítulo 1. Pescaria Prisões por acunhamento da broca nova têm ocorrido devido ao assentamento imperfeito no fundo, em virtude de falha na análise da broca anterior e também na tentativa de economizar tempo de sonda, evitando retirar o último tubo para repassar o intervalo com diâmetro reduzido. b) Vazão x pressão A falta de sensibilidade para a variação de pressão em função da vazão impede detectar furo na coluna em tempo hábil, queda de jatos, erro de manobra no manifold, perda da eficiência volumétrica da bomba etc. O furo na coluna pode desviar considerável parcela da vazão e comprometer o resfriamento e lubrificação da broca. A limpeza abaixo do furo pode causar jateamento da parede do poço e consequente desmoronamento, quebra da coluna por erosão e prisão da coluna devido ao acúmulo de cascalho abaixo do furo, principalmente, se o furo estiver diante de formação friável. c) Acomodação da ferramenta ao poço Modificações na composição de fundo (acréscimo, substituição ou mudança de posição de estabilizadores ou comandos, substituição de lâminas de estabilizadores, inclusão de key seat wippers etc.) podem levar a uma prisão de ferramenta. Estas mudanças de rigidez ou de calibre exigem um condicionamento de poço, adequando-o ao novo conjunto de fundo. d) Atitudes diante da ameaça de prisão Aplicação de tração excessiva diante da ameaça de prisão tem resultado em prisão efetiva da coluna. Uma referência prática para esta situação, no caso de broca acima do fundo, seria tentar a liberação para baixo trabalhando com o peso dos comandos. Deve-se evitar tracionar além do peso da coluna, ultrapassando mais da metade do próprio peso. 52 Alta Competência Exemplo: Se a coluna presa pesa 100 ton, ao tracioná-la, a leitura no indicador deverá ser no máximo 150 ton. Quando ocorrer a ameaça de prisão por decantação de cascalhos ou desmoronamento do poço, nunca se deve aplicar pressão de bombeio elevada ao tentar estabelecer circulação, pois isto causa o embuchamento dos cascalhos e consequente prisão da coluna e perda de circulação. Com a pressão de bombeio baixa, em torno de 300 psi a 400 psi, o fluido de perfuração vai abrindo caminho entre os cascalhos e lentamente irá restabelecendo a circulação, pois sempre fica um filme do fluido entre os cascalhos desmoronados ou decantados. Outra atitude prejudicial no momento da ameaça de prisão é a liberação brusca do torque acumulado, podendo causar desenroscamento simultâneo da coluna. Em poços de grande diâmetro, este acidente poderá permitir a acumulação de dois ou mais peixes lado a lado dentro do poço, dificultando a operação de pescaria. e) Condicionamento do poço Operações especiais requerem condicionamento de poço adequado. Uma coluna testadora, especialmente tratando-se de teste seletivo, descida em poço com más condições mecânicas, tem grande probabilidade de prender, deixar cunhas de âncora e pedaços de borracha no poço, induzir perda por pistoneio na descida e provocar kick ou fechamento de poço na subida. Durante a fabricação e tratamento do fluido, como também perfurando, é indispensável o acompanhamento técnico eficiente, visando a evitar adição imprópria de componentes do fluido, uso de produtos deteriorados, procurando manter as características ideais do fluido durante a perfuração. Nunca deverá se efetuar tratamento de choque no fluido de perfuração com a coluna de lavagem, barrilete de testemunhagem ou 53 Capítulo 1. Pescaria outras ferramentas especiais no poço aberto, pois o mesmo poderá acarretar a sua prisão. Descer um barrilete testemunhador, com más con- dições mecânicas do poço, pode ocasionar acunha- mento. Atenção especial deve ser dada para se evitar descer coroa de diamantes sobre ferro no fundo do poço. IMPORTANTE! f) Revestimentos Acreditar no aperto original da luva do revestimento tem sido causa de jump-out (desconexão brusca por excesso de tração ou falta de torque adequado). Este fato tem sido constatado a partir da observação de que, na maioria dos casos, o topo do peixe é quase sempre pino. Ao se trabalhar com chaves flutuantes comuns durante a descida do revestimento, deve-se posicioná-las no corpo dos tubos superior e inferior, respectivamente, por ocasião do aperto e nunca sobre a luva. Descer coluna de revestimento em poços profundos exige o uso do elevador especial, tipo cunha, porque a luva de um revestimento apoiada em um elevador comum não oferece uniformidade para distribuição da carga da coluna. A ausência de protetores de revestimento nos tubos de perfuração é causa frequente da ocorrência de furos no revestimento, muitas vezes exigindo a realização de emendas (casing patch). Cimentação mal executada pode causar a queda das últimas juntas por ação da rotação da coluna de perfuração. Sérias prisões e até necessidade de desvios no poço podem seguir a este fato. Mudança de posição dos tubos de revestimento, visando a satisfazer exigências de medida, pode ocasionar a colocação incorreta de tubos com relação à resistência crítica no ponto em questão. 54 Alta Competência 1.6.5. Controle de qualidade Controle de qualidade ineficaz conduz a pescarias por diversos motivos, como veremos a seguir. a) Brocas Soldagem imperfeita nas pernas de brocas, defeito na selagem dos rolamentos e calibre original da broca maior do que o nominal são algumas das falhas de controle de qualidade capazes de conduzir a pescarias. b) Roscas Em revestimentos e tubos de lavagem, tem-se notado defeitos elementares na abertura das roscas, tais como: ovalação da matriz, excentricidade no torneamento da matriz, rosca não especificada para o peso do tubo (roscas de tubos de lavagem com mesmo OD (Outside Diameter ou diâmetro externo), variam em função do peso nominal do tubo, provocando com isto queda de juntas no poço. Pequenas fraturas, detectadas a olho nu, geralmen- te notadas na matriz da rosca são bons indicadores da possível existência de outras ao longo do tubo, podendo ser causadoras de furos posteriores. Fique atento! IMPORTANTE! c) Revestimentos Danos causados nos revestimentos durante o manuseio, especialmente de pequenas deformações na luva, reduzem consideravelmente a resistência à tração da coluna de revestimento. Corrosão é também um aspecto do controle de qualidade a ser considerado, a fim de evitar problemas de rupturas ou colapso. 55 Capítulo 1. Pescaria 1.6.6. Outros fatores Todas as falhas humanas apontadas neste material, e muitas outras possíveis de ocorrer, podem estar associadas a problemas comportamentais de origem variada, tais como: cansaço, problemas familiares, relacionamento conflituoso no trabalho, adaptação insatisfatória ao tipo de função, treinamento deficiente etc. Portanto, se você estiver afetado por alguma dessas situações, redobre a atenção e procure ajuda. 1.6.7. Deficiência de material Além das falhas humanas e das demais causas já citadas, ainda existem outros fatores que podem acarretar a pescaria, como o aspecto da deficiência de material. a) Desgaste periférico da ferramenta (comandos ou tubos de perfuração) O desgaste periférico dos componentes da coluna de perfuração pode provocar pescaria em função: • Da redução de resistência ao torque nas conexões devido à diminuição da área de contato do espelho, comprometendo também a vedação; • Em se tratando de comandos, o desgaste periférico tem como efeito a concentração de flexão sobre a conexão, facilitando a quebra na raiz da rosca; • Quando o desgaste é excêntrico, aumenta a oscilação lateral da coluna devido ao desbalanceamento da massa, especialmente em comandos; • Quando o desgaste se dá no corpo do tubo, causa a diminuição da resistência à tração, colapso e pressão interna, o que facilita a quebra do tubo quando muito solicitado em poços direcionais ou desviados. 56 Alta Competência b) Desgaste Pode ser causado por ação de fluidos portadores de sólidos abrasivos, ação do gás sulfídrico e ação de oxidações, reduzindo da mesma forma a resistência a esforços do tubo. c) Empeno nos tubos de perfuração Antecipa a ruptura por fadiga em consequência da intensificação das flexões. Diante de formações friáveis, agrava problemas de desmoronamentos devido à ampliação da oscilação lateral, principalmente se associada a efeitos de ressonância. O empeno nos tubos acelera o desgaste externo por atrito com a parede do poço. d) Fadiga Quebras de coluna são muito frequentes na zona de transição entre comandos e tubos. Dentre todos os tubos, o primeiro acima dos comandos é o mais tendente à fadiga por estar sujeito às oscilações laterais e verticais da coluna de comandos e vibrações provenientes da broca. Uma boa medida para uniformizar a fragilização ao longo da coluna é alternar o posicionamento do primeiro tubo. Inserir HW entre os comandos e os tubos é a melhor medida preventiva. Amortecedores de vibração minimizam estes efeitos. e) Espelho defeituoso Manuseio de tubos sem protetores, arrumação de seções estaleiradas na sonda com o uso de ferramenta imprópria, atrito de corrente de enroscar tubo entre espelhos, choques do pino da seção sobre o espelho da caixa e outras razões podem causar concentração de flexão na raiz da rosca e wash out, e podem facilmente conduzir a pescarias. 57 Capítulo 1. Pescaria Aliado ao fluido nas perfurações nearbalance (ba- lanceada) underbalance é necessário o uso de equi- pamentos específicos para esta etapa do poço, além do uso de fluidos de perfurações com características próprias para este tipo de perfuração. ATENÇÃO f) Desgaste por atrito dos mordentes da cunha A resistência à tração, torque, pressão interna e colapso podem ser seriamente afetados pela ação dos mordentes da cunha. Os cortes transversais provocam concentração de esforços. Furos no corpo do tubo são comumente encontrados no local de trabalho das cunhas. g) Danos causados por string shot Durante operações de pescaria da coluna por partes, costuma-se proceder ao desenroscamento com auxilio de explosivos. Tabelas do fabricante dimensionam as cargas explosivas com relação à profundidade e à resistência da conexão em questão. Porém, mesmo assim, podem ocorrer microfraturas, dilatação na caixa ou expansão no corpo do tubo, comprometendo consideravelmente a resistência a esforços. h) Desgaste na rosca O desgaste na rosca tem como principal consequência a distribuição irregular de carga nos filetes, reduzindo a resistência à tração decorrente da diminuição da área de contato entre os filetes do pino e da caixa. Da mesma maneira, diminui a resistência ao torque na conexão e propicia fadiga na raiz da rosca. 1.6.8. Condições adversas Além das falhas humanas e das deficiências de material, condições adversas – sobre as quais há pouca possibilidade de ação corretiva imediata – são causadoras de muitas pescarias. As principais 58 Alta Competência adversidades encontradas em um poço, capazes de gerar pescaria são citadas adiante. a) Desmoronamentos Chama-se de desmoronamento a queda de pedaços das paredes do poço na forma de lascas, pedras ou blocos. É interessante notar que, neste sentido, as argilas plásticas e os evaporitos profundos como a halita, a carnalita etc, não desmoronam, apenas escorregam para dentro do poço estreitando o seu diâmetro. b) Desmoronamento de folhelhos O desmoronamento de folhelhos ocorre em função das seguintes causas: • Alta pressão de poros Sem dúvida, a maior causa dos desmoronamentos de folhelhos é a sua elevada pressão de poros. A pressão nos folhelhos varia muito em um mesmo poço, ora subindo, ora descendo de valor. Isto dificulta o estabelecimento correto da densidade do fluido de perfuração. Densidades altas retardam a perfuração e podem causar prisão. Densidades baixas deixam os folhelhos desmoronar e densidades médias não são capazes de eliminar todos estes problemas. Então, será preciso definir parâmetros com os geólogos e Engenheiros Químicos da sonda. • Hidratação Os desmoronamentos de folhelhos argilosos podem ocorrer como resultado de sua hidratação. O filtrado de uma lama penetra alguns centímetros entre os planos de estratificação do folhelho, hidratando-os e criando uma força de 59 Capítulo 1. Pescaria inchamento que atua de dentro da parede para dentro do poço, empurrando-a até desmoronar. • Lavagem de sais solúveis Quando se atravessa uma camada inesperada de sal com fluido à base de água doce ou de baixa salinidade, provoca-se sua dissolução e cria-se uma caverna. Se o teto desta caverna for folhelho, certamente desmoronará buscando uma configuração de maior estabilidade. • Turbilhonamento do fluido Em alguns casos, muito específicos, um turbilhonamento vigoroso do fluido pode causar ou acentuar o desmoronamento de folhelhos. Estão neste caso os folhelhos microfraturados, secos, duros e quebradiços, que estalam sob a pressão dos dedos e se estilhaçam com facilidade. A maior parte das prisões em folhelhos desmoroná- veis ocorre porque a ferramenta é tracionada exces- sivamente, forçando o seu acunhamento no cascalho e causando, inclusive, o bloqueio total da circulação. IMPORTANTE! c) Desmoronamento de calcáreo O calcáreo aflorante ou raso, além de causar sérios problemas de perda de circulação, é muito frágil e não resiste ao impacto de lâminas de estabilizadores. Seu desmoronamento costuma ocorrer na forma de paralelepípedos de tamanho suficiente para acunhar a coluna de perfuração. Como se trata de rocha fácil de perfurar, comumente aplica-se pouco peso sobre a broca e rotação elevada. Isto pode ocasionar a quebra na base dos pinos dos comandos no momento do acunhamento, devido ao elevado momento de inércia da rotação. 60 Alta Competência Para evitar estes desmoronamentos o melhor é usar estabilizadores de borracha, que ficam parados e permitem o giro livre da coluna no seu interior. Além disso, o emprego de amortecedores de choque evitará que a própria broca quebre a formação em blocos desmoronáveis. d) Desmoronamento de basalto Na perfuração de soleiras resultantes de derrames basálticos têm ocorrido desmoronamentos que vêm sendo resolvidos com aumento do peso do fluido de perfuração. Perfurar avante sob tais condições só tem sido possível com lama de 13 lb/gal ou mais. e) Desmoronamento de areia Uma das mais frequentes causas de desmoronamento de areia é, sem dúvida, a ocorrência de perda de circulação. Quando temos uma camada espessa de areia mal consolidada, sobreposta a uma formação calcárea fraturada, costuma acontecer a perda, e neste momento, o nível hidrostático cai, podendo não conferir pressão suficiente para conter aquíferos existentes na areia. As prisões de ferramenta por desmoronamento de areia costumam ser severas e o sintoma típico é a perda de circulação que antecede o fato, bem como ter-se deixado o poço em estática, por exemplo, nas conexões ou nas manobras. 1.6.9. Fechamento do poço O fechamento do poço pode ser total ou parcial, geralmente resulta em pescaria e quase sempre está associado a um ou mais dos seguintes fatores: a) Hidratação Os folhelhos, em função de muitos fatores, entre eles a composição mineralógica das argilas originais, filtrado da lama, ph do filtrado etc., podem causar fechamento de poço por hidratação. 61 Capítulo 1. Pescaria b) Deslizamento As argilas moles, bem como os sais, halita, carnalita etc, a grandes profundidades, costumam apresentar alta plasticidade e escorregam para dentro do poço. O fenômeno é mais grave, quando há movimento tectônico da crosta terrestre e estes elementos ficam sujeitos a pressões anormais. c) Swab Ao retirar-se a ferramenta do poço há sempre uma queda de pressão natural devido à própria velocidade ascensional da tubulação. A esta variação negativa de pressão, nas retiradas, chamamos de swab. O fechamento do poço por swab acontece quando se puxa a ferramenta, muito rapidamente, frente a uma zona de argila mole ou evaporito profundo. Mesmo que os estabilizadores não estejam encerados, o swab existirá e será tanto maior quanto menores forem os jatos da broca e mais elevados os valores reológicos do fluido. Mesmo que a ferramenta saia sem nenhum arraste, o poço pode fechar abaixo da broca pela perda repentina de pressão. 1.6.10. Perda de circulação As perdas podem ser parciais ou totais, quando referidas ao volume de fluido que se consegue retornar do poço na condição normal de bombeio. Basicamente, o tipo de formação que se perfura determinará a natureza da perda. Vejamos os seguintes casos: • Folhelho, por exemplo, geralmente só perde por fraturamento provocado; • Calcáreo estratificado ou vugular, também por fraturamento; • Calcáreo fraturado, por simples invasão. Calcáreo cavernoso, idem; 62 Alta Competência • Areia perde por invasão ou infiltração. Se um poço tiver zonas de folhelho e calcário expostas, e a perda ocorrer por sobrepressão no poço, com certeza a fratura terá sido no calcário, mesmo que este já não esteja mais sendo perfurado. Geralmente a pressão de poros do calcário que perde é bastante baixa, em torno de 6 lb/gal. Sua pressão de fraturamento pode ser inferior a 9 lb/gal. Alta velocidade de descida da coluna é uma das principais causas da indução de perda de circulação. O recalque da lama pode ser minimizado pela esco- lha da velocidade correta de manobra, compatível com as características geométricas da coluna e da reologia do fluido de perfuração, por exemplo, na coluna de teste de formação, coluna de lavagem etc . IMPORTANTE! 1.6.11. Prisão por chaveta Quando um poço por qualquer motivo sofre um desvio muito acentuado, forma o que se chama dog leg. O tubo atritando contra a parede do poço diante do dog leg cria um canal. Ao se retirar a coluna, os comandos não conseguem passar no canal feito pelo tubo de perfuração e, se houver excesso de tracionamento, poderão ficar acunhados. Neste tipo de prisão, a circulação continua plena e o movimento da coluna para baixo é normal, desde que os comandos não estejam acunhados. O uso de um estabilizador de menor diâmetro, no topo dos comandos, evita que estes sejam dirigidos para o canal da chaveta. 63 Capítulo 1. Pescaria 1.6.12. Prisão por diferencial de pressão Quando se perfura com diferencial de pressão alto, em frente a formações de alta permeabilidade e, por qualquer motivo a coluna ficar parada, a prisão da coluna poderá ocorrer em virtude do desencadeamento dos seguintes eventos: • Diferencial de pressão atuando por mais tempo aumenta o volume do filtrado; • Grande filtrado conduz a espesso reboco; • Aumento do reboco faz crescer a área de contato entre a coluna e a parede do poço; • Acréscimo na área de contato aumenta a força de atrito. A força que provoca a restrição ao movimento da co- luna é proporcional à área de contato e ao diferen- cial de pressão. O tempo é fator importante, porque a extensão de área presa cresce com ele. IMPORTANTE! 1.6.13. Perfilagem e pescaria A operação denominada perfilagem efetua medições em tempo real nos poços através da introdução das sondas eletrônicas, obtendo medições de temperatura, perfil da qualidade da cimentação, CCL (Casing Collar Locator ou Profundidade das luvas do revestimento), nível de radiação natural (gama Ray), flow meter, pressão e espessura do revestimento. Os perfis de poços são usados principalmente na prospecção de petróleo e de água subterrânea. Eles têm sempre como objetivo principal a determinação da profundidade e a estimativa do volume da jazida de hidrocarboneto ou do aquífero. 64 Alta Competência Para fazer a perfilagem em um poço, são usadas diversas ferramentas (sensores) acopladas a sofisticados aparelhos eletrônicos. Estes sensores são introduzidos no poço, registrando, a cada profundidade, as diversas informações relativas às características físicas das rochas e dos fluidos em seus interstícios (poros). A perfilagem é o nosso “olho” dentro do poço, e a qualidade desta visão depende das condições encontradas, que vão desde o seu condicionamento até a análise criteriosa das restrições e obstáculos. A perfilagem presta os seguintes auxílios na pescaria: • Auxílio na liberação de ferramenta presa, promovendo vibração na coluna pela detonação de explosivo na profundidade livre da prisão, da ferramenta; • Realização de corte na coluna de produção ou perfuração presa, sem danificar o revestimento. 1.7. Conclusão O acompanhamento das operações com o intuito de prevenir pescarias nada mais é do que uma inspeção planejada de segurança, como uma necessidade de manter a gerência informada dos problemas potenciais que podem afetar adversamente as operações. Da forma como foi apresentada neste capítulo, a inspeção é qualificada como “Inspeção Programada Geral”, que é a mais detalhada e completa. Nela, o inspetor deve concentrar toda sua atenção na inspeção (não é algo feito de maneira casual), preparar- se adequadamente para realizá-la, usando check-lists para que nada seja esquecido, a fim de detectar aspectos que não são vistos normalmente. A tabela a seguir apresenta a tração máxima permissível nos tubos de perfuração e nos revestimentos. 65 Capítulo 1. Pescaria DIÂMETRO (polegada) ROSCA GRAU PESO (lb/pé) KG un D.I. tubo DRIFT tubo O.D. luva LUVA red COLÁPSO (psi) P. INTER. (psi) TRAÇÃO (lb) TORQUE (lb/pé) CM ( Petrobras ) PREÇO (U$/tubo) 1.66" NU J55 2,30 31 1.380 1.286 2.054 1.850 8.490 8.120 21.360 350 4710-969-67869 51,00 NU J55 4,60 63 1.995 1.901 2.875 2.687 8.100 7.700 49.450 730 4712-023-05702 56,00 EU N80 4,70 64 1.995 1.901 3.063 11.780 11.200 104.340 1.800 4712-064-68196 305,00 NU J55 6,40 87 2.441 2.347 3.500 3.187 7.680 7.260 72.580 1.050 4712-023-05716 111,00 EU N80 6,50 88 2.441 2.347 3.668 11.160 10.570 144.960 2.300 4712-038-80630 77,00 EU FIBRA 2,30 31 2.360 2.360 4.173 2.600 2.250 20.000 180 4715-969-65720 168,00 NU J55 9,20 125 2.992 2.867 4.500 3.875 7.400 6.980 109.370 1.480 4712-023-05733 106,00 EU N80 9,30 126 2.992 2.867 4.500 10.530 10.160 207.220 3.200 4712-038-80626 104,00 TDS C90 15,50 DSS-HT N80 9,30 2.992 2.600 USS/BT J55/N80 13,30 223 2.041 1.947 4.250 2.800 2.600 139.000 1.800 3870-969-91170 2316,00 NU J55 12,60 3.958 3.833 5.200 5.720 5.800 143.500 1.740 EU N80 12,75 3.958 3.833 5.563 7.500 8.430 208.730 4.020 ABC J55/N80 15,70 263 1.995 1.901 5.000 3.000 3.500 93.000 3.500 3870-058-91338 2306,00 2.3/8" IF G 6,65 90 1.750 1.625 3.375 18.720 21.660 193.500 3.300 3845-042-68698 700,00 2.7/8" IF G 10,40 141 2.000 1.875 4.125 19.810 23.140 300.080 6.100 800,00 3.1/2" IF G 13,30 181 2.687 2.457 4.750 19.760 19.320 380.000 7.300 900,00 IF E 16,60 226 3.826 3.750 6.375 10.390 9.830 331.000 18.900 3845-059-06867 270,00 IF G 16,60 226 3.826 3.750 6.375 13.820 13.760 463.000 18.900 1200,00 IF E 19,50 265 4.276 3.750 6.375 10.000 9.500 396.000 18.900 3845-059-06836 1500,00 IF G 19,50 265 4.276 3.750 6.375 12.990 13.300 554.000 18.900 3845-059-06822 1600,00 3.1/2 x 1.1/2 2.3/8"IF 4145 H 26,70 363 1.500 3.500 313.680 4.600 3500,00 4.1/8 x 2 2.7/8"IF 4145 H 34,70 472 2.000 4.125 495.730 6.800 3845-042-68605 335,00 4.3/4 x 2 3.1/2"IF 4145 H 49,50 674 2.000 4.750 708.060 9.900 3845-042-68564 4500,00 BT K55 14,00 254 5.012 4.887 6.050 5.875 3.120 4.270 222.000 4.800 4711-060-15179 277,00 BT K55 15,50 281 4.950 4.825 6.050 5.875 4.040 4.810 248.000 5.100 4711-047-64159 240,00 BT N80 17,00 308 4.892 4.767 6.050 5.875 6.290 7.740 397.000 6.500 280,00 BT K55 23,00 417 6.366 6.241 7.656 7.377 3.270 4.360 366.000 7.900 4711-047-64162 311,00 BT N80 26,00 471 6.276 6.151 7.656 7.377 5.410 7.240 604.000 8.700 4711-038-68993 631,00 BT N80 29,70 539 6.875 6.750 8.500 8.125 4.790 6.890 683.000 8.700 BT BT K55 36,00 653 8.921 8.765 10.625 10.125 2.020 3.520 755.000 8.700 4711-050-72011 392,00 BT N80 40,00 726 8.835 8.679 10.625 10.125 3.090 5.750 979.000 9.400 4711-041-90170 700,00 5/8" D 1,09 12 1.500 1.250 36.000 242 3835-969-88508 34,00 3/4" D 1,59 18 1.625 1.500 53.000 385 3835-969-88590 60,00 7/8" D 2,13 24 1.812 1.625 72.000 572 3835-969-88511 47,00 1" D 2,78 31 2.188 2.000 94.000 880 3835-969-88525 80,00 OBS: CONSIDERAR A RESISTÊNCIA DOS TUBOS COM A LUVA REDUZIDA, IGUAL A 70% DOS TUBOS NORMAIS. TAB E LA DE TUB OS E HAS TE S 5.1/2" 7" 9.5/8" T U B O S D E R E V E S T IM E N T O 2.3/8" INSPEÇÃO: Faixa Branca = 100% à 85% /// Faixa Amarela < 85% à 70% / / / / ( Norma API RP-7G ) DIMENSÕES INSPEÇÃO: Classe 1 = 100% à 97% /// Classe 2 < 97% à 89% /// Classe 3 < 89% à 84% Comprimento: 7,56 m à 7,67 m ( Norma API SPEC-11 BR )H A S T E S D E B O M B E IO 4.1/2" INSPEÇÃO: Faixa Amarela = 100% à 85% /// Faixa Azul < 85% à 70% //// Faixa Verde < 70% à 50% / / / / (Norma API SPEC-5C1) 4.1/2" 5" 7.5/8" OUTROS 3.1/2" 2.7/8" T U B O S D E P E R F U R A Ç Ã O T U B O S D E P R O D U Ç Ã O RESISTÊNCIA Tração máxima permissível nos tubos de perfuração e nos revestimentos C ap ít u lo 2 Welltesting 68 Alta Competência Capítulo 2. Welltesting 69 2. Welltesting Considere uma caixa preta em repouso, ou equilíbrio, da qual muito pouco ou nada se sabe a respeito. O conteúdo desta caixa só será conhecido se uma “perturbação” for introduzida, alterando a sua estabilidade de tal forma que seja possível mensurar as reações geradas por este estímulo. No nosso caso, a “caixa preta” é um poço de óleo e gás em um reservatório e as condições que o tornam estável é a ausência de vazão e a uniformidade de pressões. A perturbação/ação a ser introduzida é um fluxo de efluentes do reservatório para o poço e a reação a medir é o comportamento de pressão do reservatório, observado no poço. Esse conjunto de estímulos e respostas de um determinado reservatório com a finalidade de medir suas propriedades físicas é chamado de Testes de Avaliação das Formações pela comunidade técnico-científica da indústria de petróleo. Estes testes em poços de óleo e gás são realizados nos vários estágios da perfuração, completação e da produção e com diferentes propósitos. É importante entender completamente cada um deles, suas razões e o que se espera conseguir com os resultados. 2.1. Tipos de Welltesting Em geral, o Welltesting é classificado de acordo com a listagem a seguir. 2.1.1. Teste de Formação Repetitivo (RFT) As ferramentas de teste são descidas a cabo em poço aberto. Estas ferramentas possuem um sistema de válvulas e câmaras que irão registrar as pressões estáticas da formação e obter pequenas amostras do fluido. 70
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