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21 Operações Especiais II

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Autor: Daniel Ismerim
Coautores: Claudio Roberto Coelho (Wireline)
 Simeão Mendonça (Well Testing)
TÉCNICO DE 
PERFURAÇÃO 
E POÇOS 
OPERAÇÕES 
ESPECIAIS
OPERAÇÕES 
ESPECIAIS
Autor: Daniel Ismerim
Coautores: Claudio Roberto Coelho (Wireline)
Simeão Mendonça (Well Testing)
OPERAÇÕES 
ESPECIAIS
Programa Alta Competência
Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos 
da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para 
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a 
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das 
atividades profissionais na Companhia.
É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de 
empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes 
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.
Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando 
prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força 
de trabalho às estratégias do negócio E&P.
Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa 
a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das 
competências necessárias para explorar e produzir energia.
O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das 
competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados 
e a reciclagem de antigos.
Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo 
que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para 
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os 
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de 
sucesso que ela é.
Programa Alta Competência
Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila 
está organizada e assim facilitar seu uso. 
No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual 
representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. 
Autor
Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá:
• Identifi car procedimentos adequados ao aterramento 
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao 
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de 
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas 
instalações elétricas.
ATERRAMENTO 
DE SEGURANÇA
Como utilizar esta apostila
Objetivo Geral
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
ap
ít
u
lo
 1
Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
21
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
1.4. Exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalização que chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito
Objetivo Específi co
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
49
3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento
de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
3.4. Glossário
Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1.6. Bibliografi a
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMPORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
RESUMINDO...
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.
Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMPORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
RESUMINDO...
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMPORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
RESUMINDO...
SumárioSumário
Introdução 9
Capítulo 1. Pescaria 
1. Pescaria 21
1.1. Causas 21
1.2. Ferramentas de pescaria, descrição, adequação e funcionamento 21
1.2.1. Recuperação de peixes tubulares 22
1.2.2. Recuperação de peixes não tubulares 29
1.3. Ferramentas destruidoras 33
1.3.1. Broca Mill 34
1.3.2. Junk Mill 35
1.4. Ferramentas retificadoras de revestimento 36
1.4.1. Taper Mill 36
1.4.2. String Mill 37
1.4.3. Dressing Mill 38
1.5. Ferramentas restauradoras de revestimento 39
1.5.1. Casing Roller 40
1.5.2. Casing Impacto 40
1.5.3. Casing Patch 41
1.6. Procedimentos e cuidados operacionais para
prevenir pescaria 43
1.6.1. Falhas humanas 43
1.6.2. Manutenção deficiente do equipamento 46
1.6.3. Uso inadequado do equipamento 47
1.6.4. Imperícia 50
1.6.5. Controle de qualidade 54
1.6.6. Outros fatores 55
1.6.8. Condições adversas 57
1.6.9. Fechamento do poço 60
1.6.10. Perda de circulação 61
1.6.11. Prisão por chaveta 62
1.6.12. Prisão por diferencial de pressão 63
1.6.13. Perfilagem e pescaria 63
1.7. Conclusão 64
Capítulo 2. Welltesting
2. Welltesting 69
2.1. Tipos de Welltesting 69
2.1.1. Teste de Formação Repetitivo (RFT) 69
2.1.2. Teste de Formação a Poço Aberto (TF) 70
2.1.3. Teste de Formação a Poço Revestido (TFR) 70
2.2. Objetivos gerais do Welltesting 71
2.3. Objetivos específicos do Welltesting 72
2.4. Principais equipamentos de superfície 73
2.4.1. Cabeça de teste 74
2.4.2. Linhas flexíveis 75
2.4.3. Choke Manifold 76
2.4.4. Vaso aquecedor de óleo 76
2.4.5. Vaso separador 77
2.6. Medição de gás 88
2.7. Equipamentos de segurança 90
2.8. Equipamentos de controle das variáveis 90
2.8.1. Malha de instrumentação 93
2.8.2. Tanque de aferição 94
2.8.3. Bomba de transferência 95
2.8.4. Conjunto lança-queimador 96
2.9. Sistema de refrigeração 98
2.10. Sistema de atomização 98
2.11. Sistema piloto 98
2.12. Sistema de ignição 98
2.13. Introdução de fluxo no poço 99
2.13.1. Estabilização das pressões na cabeça do poço 99
2.13.2. Limpeza dos fluidos do poço 99
2.13.3. Fluxo crítico 100
2.13.4. Escolha da pressão de separação 100
2.13.5. Operação com o vaso separador 101
Capítulo 3. Teste de Formação
3. Teste de Formação 105
3.1. Equipamentos de superfície 106
3.1.1. Manifold de teste 106
3.1.2. Mangueiras de aço articuladas 107
3.1.3. Mangueiras tipo Conflexip 108
3.1.4. Cabeça de fluxo (flow head) 108
3.1.5. Registradores de pressão e temperatura 109
3.1.6. Subs de circulação reversa pump out e sub de impacto 109
3.1.7. Porta-registradores 111
3.1.8. Válvula DCIP (Dual Closed in Presure) 113
3.1.9. Amostrador 114
3.1.10. Válvula testadora HS (Hydro Spring) 114
3.1.11. Valvula Index - Indexing With Indexing J-Slot Tester 115
3.1.12. Percursor 115
3.1.13. Junta de segurança 116
3.1.14. Obturador (packer) para poço aberto 117
3.1.15. Obturador (packer) para poço revestido tipo RTTS (Halliburton) 118
3.1.16. Tubos perfurados 118
3.1.17. Sapata 119
3.2. Ferramentas para situações específicas 120
3.2.1. Âncora de parede 120
3.2.2. Válvula distribuidora de pressão 120
3.2.3. Junta telescópica (extension joint) 120
3.2.4. Slip joint 121
3.3. Classificação da coluna testadora 122
3.3.1. Teste convencional 122
3.3.2. Teste convencional em intervalo aberto, com obturador 
assentado no revestimento 122
3.3.3. Teste seletivo 122
Capítulo 4. Wireline
4 . Wireline 145
4.1. Componentes de Completação 146
4.1.1. Tubos de Produção 147
4.1.2. Guia de reentrada 147
4.1.3. Sub de pressurização hidráulica 148
4.1.4. Nipple de assentamento 149
4.1.5. Obturadores (packer) 150
4.1.6. Junta de expansão e separação 150
4.1.7. Válvula de camisa deslizante 151
4.1.8. Mandril de Gás Lift 153
4.1. 9. Válvula de Segurança de Subssuperfície 154
4.1.10. Suspensor de coluna 155
4.2. Equipamentos de Operação com Arame 157
4.2.1. Conjunto motor/ guincho 157
4.2.2. Arame 159
4.3. Sistema de medição 160
4.3.1. Medição de profundidade 160
4.5. Lubrificadores 163
4.6. Preventor de erupções (BOP) 164
Capítulo 5. Abandono
5. Abandono 193
Capítulo 6. Tie Back
6. Tie Back 197
Capítulo 7. Testemunhagem
7. Testemunhagem 201
7.1. Objetivos de investigação 201
7.2. Tipos de barriletes 202
7.2.1. Acessórios do barrilete 205
7.3. Tipos de coroas 209
7.3.1. Aplicação das coroas 213
7.4.1. Análise do Poço 215
7.4.2. Escolha da coroa 218
7.4.3. Preparação do barrilete - montagem convencional (18 metros) 218
7.4.4. Substituição do rolamento 220
7.4.5. Conversão / transformação do barrilete convencional 225
7.4.6. Preparo da operação 229
7.4.7. Parâmetro para formações friáveis 234
7.4.8. Acomodação da coroa 235
7.5. Poço direcional 235
7.5.1. Conexão - Queima do testemunho 236
7.5.2. Procedimentos para conexão 236
7.6. Retirada do testemunho convencional 237
7.7. Plastic Liner - Testemunho 9 metros 239
7.8. Plastic Liner - Testemunho 18 metros 240
7.9. Manuseio do testemunho 241
7.10. Desgaste da coroa 241
7.11. Desmontagem do barrilete 245
7.12. Problemas operacionais 246
7.13. Sobre a escolha de parâmetros 255
7.14. Manutenção do barrilete após a operação 256
Capítulo 8. Abertura de Janela
8. Abertura de janela 261
8.1. Equipamentos 262
8.2. Condições indispensáveis para a realização da operação 264
8.2.1. Revestimento 264
8.3. Equipamentos indispensáveis à operação 269
8.4. Condições ambientais 270
Capítulo 9. Alargamento
9. Alargamento 275
9.1. Formas de alargamento 275
9.2. Histórico na Petrobras 277
9.2.1. Resumo de algumas operações executadas na Petrobras 279
9.2.2. Evolução das ferramentas a partir da década de 90 281
Introdução
As Operações Especiais são aquelas desenvolvidas nos poços de petróleo, gás ou água, através de métodos e equipamentos especiais. Portanto, esta apostila destina-se a definir o que 
são as Operações Especiais, com destaque para a pescaria.
Não se sabe como se originou o termo pescaria na indústria do 
petróleo, mas é provável que tenha sido utilizado pelos sondadores 
na época em que se perfurava com sondas movidas a cabo. Os 
sondadores precisavam movimentar um arpão farpado no poço, 
quando o cabo de perfuração se partia, a fim de fisgá-lo. A partir da 
semelhança entre as atividades, o nome pescaria se firmou.
O presente trabalho visa a fornecer, portanto, ao pessoal envolvido 
diretamente na área de produção de petróleo, informações básicas 
sobre as diversas operações.
Veremos no capítulo sobre Wireline que o uso do arame permite a 
obtenção de dados atuais acerca do reservatório, intervir no poço 
sem a necessidade de amortecê-lo ou interferir em seu regime de 
produção/ injeção, instalar equipamentos para controle de fluxo, 
efetuar correções ou remoções de imperfeições ou depósitos nas 
paredes da tubulação de produção etc.
As operações com linha de aço remontam aos primórdios da indústria 
petrolífera. A princípio o operador usava um tambor acoplado a 
uma manivela, com uma pequena quantidade de linha de aço, que 
se assemelhava às fitas métricas utilizadas atualmente na medição 
de tanques de armazenamento de petróleo. Com o aumento das 
profundidades dos poços, este sistema se tornou impraticável, pois a 
medição de profundidade passou a incorrer em muitos erros devido 
à distensão da fita por seu peso próprio e pela impossibilidade de 
vedação no que tange ao aparecimento de poços com pressão. Com 
o desenvolvimento tecnológico e a necessidade cada vez maior de 
informações mais precisas, aparecem o arame IPS (Improved Plow 
Steel) e os cabos para registro eletrônico usados nas companhias de 
serviço de perfilagem e canhoneio.
17
18
Neste material, procuraremos apresentar de forma concisa uma série 
de informações sobre as principais ferramentas e equipamentos 
necessários às operações especiais e ainda alguns procedimentos 
operacionais.
As Operações Especiais são: Pescaria; Teste de Formação; 
Testemunhagem; Welltesting; Wireline; Alargamento; Abandono; 
Tie Back e Abertura de Janela.
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 1
Pescaria
20
Alta Competência
21
Capítulo 1. Pescaria
1. Pescaria
Na Indústria do Petróleo a palavra pescaria significa o conjunto de operações executadas, a fim de recuperar ferramentas que ficam presas ou objetos retidos no poço depois de uma queda.
A origem do termo pescaria é desconhecida, mas é bastante provável 
que tenha sido utilizado pelos sondadores, na época em que se 
perfurava com sondas de perfuração a cabo. Basta imaginarmos que 
a atividade do sondador – utilizando
sondas de perfuração a cabo, 
balançando um arpão farpado no poço a fim de fisgar o cabo de 
perfuração partido, era bastante semelhante a uma pescaria.
1.1. Causas
Toda pescaria apresenta basicamente uma característica acidental e, 
como qualquer acidente, pode ter diferentes origens:
• Falhas humanas: inobservância de parâmetros básicos e das 
recomendações técnicas;
• Deficiência de material: desgaste em geral, fadiga;
• Condições adversas: desmoronamento, fechamento do poço, 
perda de circulação, desvio acentuado.
1.2. Ferramentas de pescaria, descrição, adequação e 
funcionamento
Vejamos a classificação dos tipos de ferramentas de pescaria:
• Recuperação de peixes tubulares;
• Recuperação de peixes não tubulares;
• Destruidoras;
22
Alta Competência
• Retificadora de revestimento;
• Restauradora de revestimento.
1.2.1. Recuperação de peixes tubulares
Há uma variedade muita grande de fornecedores de ferramentas de 
pescaria. As descrições aqui encontradas são sucintas, não abrangendo 
todas as formas nas quais cada ferramenta pode ser encontrada e, 
para maiores detalhes, o manual específico deverá ser consultado 
(vide Bowen, Logan, Gotco, Christensen).
As ferramentas de pescaria de peixes tubulares podem ser:
• Ferramentas para recuperação de peixes tubulares;
• De agarramento externo – Overshot, série 150.
1.2.1.1. Overshot
a) Overshot – série 150
O Overshot, série 150, consiste de três partes externas: top sub, corpo 
e guia. 
Guia
Corpo
Top Sub
Basket Grapple
Control
Basket Grapple
Control Packer
Basket Grapple
Mill Control
Packer
Basket Grapple
Visão ampliada da garra
Basket Grapple
Overshot – série 150
23
Capítulo 1. Pescaria
O top sub permite sua conexão na base da coluna de pescaria, e o 
corpo contém sede para compor com diversos acessórios para agarrar 
o peixe. Trata-se de uma ferramenta que permite agarrar e vedar o 
peixe externamente, tracionar, percutir nos dois sentidos (para cima 
e para baixo) e transmitir torques à esquerda do peixe. A guia, por 
sua vez, auxiliará na centralização da ferramenta sobre o peixe.
Caso o diâmetro do peixe seja próximo da capacidade máxima do 
Overshot, será utilizada a garra espiral (spiral grapple), controle da 
garra espiral (spiral grapple control) e o packer tipo A.
Caso o diâmetro do peixe seja menor do que a capacidade máxima do 
overshot (normalmente em torno de ½”), será utilizada a garra tipo 
cesta (basket grapple) e o controle da garra tipo cesta com vedação 
(basket grapple control packer) ou o controle bizelador da garra tipo 
cesta com vedação (basket grapple mill control packer). 
Guia
Corpo
Top Sub
Basket Grapple
Control
Basket Grapple
Control Packer
Basket Grapple
Mill Control
Packer
Basket Grapple
Visão ampliada da garra
Basket Grapple
Visão ampliada da garra Basket Grapple
1.2.1.2. Mill Control Packer
O Mill Control Packer é utilizado para retificar o topo do peixe de 
eventuais rebarbas ou distorções, permitindo o seu encamisamento 
perfeito pelo basket grapple.
24
Alta Competência
1.2.1.3. Overshot – série 70
Este Overshot se destina a agarrar peixes que estejam com o pescoço 
de pescaria curto (fish neck). 
Por não ter espaço físico suficiente, só permite a utilização de garras 
apropriadas tipo cesta. Isto significa que não podemos utilizar este 
Overshot para agarrar peixes cujo diâmetro externo seja próximo ao 
do poço.
Trata-se de uma ferramenta mais fraca do que o Overshot – série 150, 
desta forma devemos ter cuidado na hora de percutir o peixe com 
ele.
Recomenda-se não soldar bacalhaus na sua conexão, 
pois isto irá enfraquecer muito a ferramenta, des-
temperando o seu aço.
ATENÇÃO
Overshot – série 70
25
Capítulo 1. Pescaria
1.2.1.4. Agarramento externo com Die Collar
É uma ferramenta tipo “tarraxa”, com rosca cônica usinada 
internamente e com filetes de rosca do tipo wicker, abrindo rosca na 
parte externa do peixe e enroscando cerca de 2 a 3 voltas.
Podem ser encontrados tipos com filetes de rosca inteiriça e com 
passagem de fluxo (fluted wicker).
A Bowen fabrica modelos de peça única e o que permite enroscar 
uma guia abaixo, para facilitar o encamisamento do peixe.
Recomendamos sempre descer esta ferramenta em 
conjunto com a junta de segurança, pois ela pode 
não liberar do peixe em caso de necessidade.
ATENÇÃO
Agarramento externo com Die Collar
1.2.1.5. Agarramento interno
Esta é, em princípio, a melhor ferramenta de pescaria disponível, 
desde que o topo do peixe seja uma conexão intacta que permita 
enroscar um pino ou uma caixa, caso o seu topo seja uma caixa ou um 
pino, respectivamente. 
26
Alta Competência
Logicamente, caso seja descida uma caixa para enroscar no peixe, 
esta ferramenta se chamaria “caixa pescadora” e seria classificada 
como de agarramento externo.
A vantagem desta ferramenta sobre as outras existentes são 
inúmeras, uma vez que garante total integridade entre a coluna 
pescadora/ peixe, permitindo circular o tempo necessário (sem riscos 
de vazamento) tracionar/ comprimir a coluna até o seu limite, percutir 
etc.
R
ed
uc
ed
 S
ec
tio
n 
Su
bs
Pino pescador
1.2.1.6. Spear
O Spear Bowen, tipo Itco, é composto de mandril, garra, anel de 
liberação (release ring) e nut.
Esta ferramenta tem mecanismo similar de funcionamento ao do 
Overshot bowen – série 150, sendo que agarra o peixe internamente. 
No mandril existe o perfil helicoidal que assenta na garra (no Overshot, 
esse perfil helicoidal está na parte interna do corpo, assentando na 
parte externa da garra).
É uma ferramenta indicada para pescar qualquer tipo de peixe 
tubular, tais como: tubing, drill pipes e revestimentos.
27
Capítulo 1. Pescaria
Grapple
Grapple
MandrelMandrel
Nut
Nut
Release
Ring
Release
Ring
Spear Bowen
1.2.1.7. Taper Tap
Esta ferramenta é chamada por nós de macho cônico, uma vez que ela 
abre alguns filetes de rosca no topo do peixe, agarrando o mesmo.
Normalmente conseguimos abrir de duas a três voltas de rosca no 
topo do peixe, quando se trabalha corretamente. Uma vez agarrado 
ao peixe, ela permite trabalhar a coluna com tração, compressão, 
torção e percussão sem problemas de se soltar.
28
Alta Competência
Taper Tap
1.2.1.8. Pin Tap
Esta ferramenta é semelhante ao taper tap, uma vez que também abre 
roscas no topo do peixe, internamente. Porém, neste caso, ela assenta 
no interior da conexão caixa do peixe, encaixando perfeitamente 
como se fosse o pino pescador.
Se as roscas do topo do peixe estiverem em perfeitas condições, é 
sempre recomendável utilizar o pino pescador.
O Pin Tap se aplica em casos onde a conexão do topo do peixe estiver 
danificada ou em casos onde se utiliza a coluna pescadora com roscas 
à esquerda. Neste caso, o Pin Tap apresenta a vantagem em relação 
ao Taper Tap por possuir um perfil que, ao encaixar perfeitamente no 
peixe, confere um enroscamento bem mais resistente.
29
Capítulo 1. Pescaria
Pin Tap
1.2.2. Recuperação de peixes não tubulares
A seguir serão destacadas as ferramentas utilizadas na recuperação 
de peixes não tubulares. 
a) Cesta de circulação reversa
A cesta de circulação reversa consiste de um barrilete, um sub de 
topo, um agarrador ou aranha, uma sapata e um conjunto de válvula. 
Um sub de içamento é fornecido para manusear a cesta e prover a 
armazenagem da esfera de aço inox. 
A circulação reversa é obtida pela forma de constituição do barrilete, 
que é em verdade, um conjunto de duas camisas. Com a esfera na 
sede da válvula, o fluido circulante é desviado para o espaço anular 
das duas camisas, de onde é dirigido para baixo e para fora dos furos 
em volta da base do barrilete e depois para o poço, e deste para
o 
interior do barrilete e, posteriormente, para fora através dos furos na 
sua parte superior.
A cesta de circulação reversa é disponível em dois tipos: o normal, 
projetado para os diversos tipos de cones de broca; e o W7R para 
recuperar os cones de broca W7R e outros cones do mesmo diâmetro.
30
Alta Competência
Bowen Junk Basket
Top Sub
Ball
O-Ring Seal
O-Ring Seal
Filter
Barrel
Ball Seat
Ball Seat
Retainer
Shear Pins
Ball Seat
Position of Ball Seat
Prior To Shearing
Upper Catcher
Assembly
Lower Catcher
Assembly
Cesta de circulação reversa
b) Magnético
É utilizado para recuperar objetos soltos no fundo do poço, tais como: 
cone de broca, mordentes, esferas, pedaços de correntes, pinos de 
chaves, ferramentas manuais e pedaços de ferro etc.
O pescador magnético pode ser descido a cabo ou na coluna. 
A operação com cabo representa economia de tempo, mas não pode 
prover a circulação no topo do peixe para limpeza.
31
Capítulo 1. Pescaria
 
Magnético
c) Canguru
O canguru é uma ferramenta projetada para recuperar pequenos 
objetos soltos no poço, que tenham dimensões para se alojar nas 
bolsas, tais como: cone de broca, mordentes, esferas, pedaços de 
correntes, pinos de chaves, pedaços de ferro etc.
32
Alta Competência
DOIS FUROS
DE 1/2”
DP5
0.
50
0.
50
0.
50
0.
30
0.
30
0.
30
TUBO 9 5/8
Canguru
d) Subcesta
É uma ferramenta normalmente usada sobre a broca de perfuração 
ou de destruição, com a função de apanhar detritos muito pesados 
que não podem ser circulados para fora do poço, como: detritos de 
broca, pedaços de mordentes, esferas ou cilindros de rolamento etc.
33
Capítulo 1. Pescaria
SUB
CESTA
Subcesta
1.3. Ferramentas destruidoras
A soldagem, de forma geral, está envolvida na confecção das 
ferramentas de pescaria, através da deposição de material abrasivo 
em ferramentas destruidoras, fresadoras.
A vareta de solda especial é constituída de uma liga 
matriz de Cu-Ni-Zn e adição de carbonetos de tungs-
tênio em diferentes granulometrias, para as aplica-
ções que exigem resistência à abrasão com elevada 
ação de corte pela alta concentração de carbonetos 
de tungstênio.
IMPORTANTE!
Tipo de vareta e dimensões dos carbonetos:
• Vareta xg – 6,4 - 8,0 mm;
• Vareta g – 4,8 - 6,4 mm;
34
Alta Competência
• Vareta m – 3,2 - 4,8mm;
• Vareta f – 1,6 - 3,2 mm;
• Vareta xf – 1/16 até 1,6 mm.
Foto da vareta de solda com grãos de tungstênio
1.3.1. Broca Mill
É usada quando não se tem pescoço de pescaria, sendo que a conexão 
pino está logo acima da sua estrutura cortante, semelhante a uma 
broca de perfuração.
Broca Mill
35
Capítulo 1. Pescaria
1.3.2. Junk Mill
O Junk Mill é utilizado quando há pescoço de pescaria, sendo 
que alguns fornecedores o equiparam também com lâminas 
estabilizadoras logo acima da estrutura cortante, conferindo maior 
segurança operacional durante o trituramento do peixe.
O Junk Mill pode ser usado para triturar quase tudo que cai ou 
fica preso no poço e é conhecido como “pau para toda a obra” nas 
operações de trituramento do peixe.
O Junk Mill pode também ser usado para cortar cimento e elementos 
de borracha.
Junk Mill
36
Alta Competência
Conventional
Conebuster
Super
Junk Mill
Broca Mill
Tipos de face de ataque da Junk Mill
1.4. Ferramentas retificadoras de revestimento
A seguir serão listadas as ferramentas utilizadas para retificação de 
revestimento.
1.4.1. Taper Mill
É utilizado visando a corrigir colapso/restrição em revestimento 
com ação escareadora. É uma ferramenta robusta de operação 
mecânica com função de destruição reabrindo as restriçõe, composta 
basicamente de um corpo integral com rosca superior regular pino 
e na parte inferior um formato cônico contendo lâminas verticais 
revestidas com material destruidor. 
Poderá comprometer as características técnicas do revestimento 
(espessura da parede de aço do revestimento).
37
Capítulo 1. Pescaria
 
Fishing
neck
diameter
Fishing
neck
length
Dressed
diameter
CP
Dressed
diameter
CT
Fishing
neck
length
Fishing
neck
diameter
Top pin
connection
Top pin
connection
Taper Mill
1.4.2. String Mill
É utilizado quando ocorre restrição no revestimento devido a 
ferrugens, rebarbas de canhoneio, cimento, parafina, crostas ou 
qualquer outro tipo de obstrução na parede interna do revestimento 
que interfira ou até mesmo impeça a passagem dos equipamentos de 
produção e perfuração.
38
Alta Competência
Nominal
Overall
Length
Pin Down
Dressed Dia.
Box Up
String Mill
1.4.3. Dressing Mill
A Dressing Mill é utilizada para biselar, corrigindo as imperfeições do 
corte nos revestimentos, durante operações onde foram utilizados 
cortadores mecânicos internos, tipo C-7, C-9 ou C13, com o intuito de 
efetuar casing patch.
Poderá ser utilizado também para destruir tubos de lavagens, 
revestimentos ou liners presos.
39
Capítulo 1. Pescaria
Body
Cutting Element
Make Up Ring Nose Piece
Lock Screws
Stabilizer
Lock Screws
Nose Piece
Stabilizer
Lock Washer
Stabilizer Blade
Dressing Mill
1.5. Ferramentas restauradoras de revestimento 
Serão descritas, a seguir, as ferramentas utilizadas para restauração 
de revestimentos. 
40
Alta Competência
1.5.1. Casing Roller
O restaurador Casing Roller é especificamente usado para recondicionar 
revestimento colapsado. O rolete é bastante robusto e, no entanto, 
de projeto simples. Todas as partes móveis são mantidas em seus 
lugares no mandril por um conjunto de esferas que se movimentam 
em um sulco. Basicamente, a restauração é feita através de sucessivos 
impactos no sentido radial, ou seja, à medida que é rotacionado e 
forçado para baixo, os roletes golpeiam o revestimento lateralmente, 
restaurando o seu diâmetro interno.
Mandrel
Upper Roller
Middle Roller
Lower Roller
Ball Bearings
Nose Cone
Bowen Tubing and Casing Rollers
MANDREL
UPPER ROLLER
MIDDLE ROLLER
LOWER ROLLER
BALL BEARINGS
NOSE CONE
 
Casing Roller
1.5.2. Casing Impacto
O restaurador Casing Impacto é utilizado somente quando ocorre 
um tipo de dano no revestimento chamado colapso. Basicamente 
a restauração é feita através de sucessivos e elevados impactos no 
sentido axial objetivando abrir o revestimento colapsado, na tentativa 
de retornar ao seu diâmetro interno nominal, permitindo assim, a 
passagem dos equipamentos durante as operações de perfuração, 
produção, perfilagem etc.
41
Capítulo 1. Pescaria
 
 
Casing Impacto
1.5.3. Casing Patch
É utilizado para emendar duas colunas de revestimento de mesmo 
diâmetro. Consiste em agarrar externamente a parte do revestimento 
que ficou no poço previamente preparada, proporcionando 
vedação através da deformação de um selo pela ação das cunhas se 
deslocando ao se tracionar o patch, tornando-se geralmente uma 
parte permanente da coluna.
Cada fabricante apresenta sua versão do casing patch modificada, 
porém, basicamente é composto de uma guia, um elemento de 
vedação (selo de chumbo ou packer), uma garra, um corpo, uma 
extensão e um sub de topo.
42
Alta Competência
End Seal Ring
Lead Seal
Assembly
End Seal Ring
Guide
Lead Seal
Center Seal Ring
Lead Seal
Set Screws
Control
Grapple
Grapple Carrier
Bowl
Bowen Lead Seal
Tubing and Casing Patch
STEP 1
ENGAGE
FISH & BOTTOM
SET LEAD
SEAL
LOWER TO OPEN
& CEMENT
IDGE
PLUG
STEP 2 STEP 3
 
End Seal Ring
Lead Seal
Assembly
End Seal Ring
Guide
Lead Seal
Center Seal Ring
Lead Seal
Set Screws
Control
Grapple
Grapple Carrier
Bowl
Bowen Lead Seal
Tubing and Casing Patch
STEP 1
ENGAGE
FISH & BOTTOM
SET LEAD
SEAL
LOWER TO OPEN
& CEMENT
IDGE
PLUG
STEP 2 STEP 3
Casing Patch
43
Capítulo 1. Pescaria
1.6. Procedimentos e cuidados operacionais para prevenir pescaria
A pescaria é um acidente e, portanto, algumas medidas podem 
contribuir para a sua prevenção. Ratificando, toda pescaria apresenta 
basicamente uma característica acidental e, como qualquer acidente, 
pode ter origem em diversas causas, dentre as quais, destacam-se as 
apontadas a seguir.
1.6.1. Falhas humanas
a) Inobservância de parâmetros básicos e recomendações técnicas
• Peso sobre a broca e potência da mesa rotativa
Numerosos casos de pescaria de cones e rolamentos de brocas, braços 
e cones de alargadores e quebra de coluna têm ocorrido em função 
da inobservância do peso adequado sobre a broca (indicador de peso 
devidamente calibrado é fundamental para esse controle) e controle 
de potência da mesa rotativa (escolha da marcha de força ideal para 
trabalhar perfurando, com a rotação recomendada).
Consideremos a situação em que se está perfurando com broca, cuja 
rotação recomendada é acima de 100 rpm. Imaginemos, ainda, que 
a potência instalada na sonda seja elevada. Se a potência disponível 
na mesa for alta e ocorrer uma prisão da coluna por queda de objeto 
estranho, travamento de cone etc. o excesso de torque poderá 
quebrar a coluna e comprometer os demais componentes. 
• Aperto de coluna (de revestimento, de perfuração ou especial)
O aperto inadequado da ferramenta é também responsável por 
grande número de quebras de coluna.
Quando o aperto for excessivo, provocará o esmagamento do espelho 
da conexão e filetes das roscas, podendo até causar o escoamento 
do pino. Quando o aperto for insuficiente, causará vazamentos e 
concentração de esforços de flexão na conexão. 
44
Alta Competência
Torques adequados só serão fornecidos com a utili-
zação de torquímetros aferidos.
ATENÇÃO
• Medição de coluna
Falhas de medição, substituição e retirada de componentes da coluna, 
erros de cálculo e de passagem de serviço são as causas que levam a 
topadas com a coluna de perfuração, cimentação de revestimento 
em profundidade inadequada, tentativa de assentamento de 
ferramentas em pontos inadequados etc. 
A falta de medidas, tais como: diâmetros externos, diâmetros internos 
e comprimento de pescoço de pescaria dificultam e, por vezes, 
impedem as operações de pescaria.
b) Manobras
As manobras são ocasiões de grande índice de pescarias, 
principalmente prisões. Nos itens a seguir estão grande parte dos 
motivos que acarretam esses acidentes e os cuidados a serem tomados 
para minimizá-los.
• O uso inadequado de equipamentos e a imperícia estão entre 
as principais causas que contribuem para essas pescarias.
• Ao quebrar a junção entre tubos, deve-se posicionar o tool 
joint de tal forma que o mesmo fique a aproximadamente 60 
cm da mesa rotativa. 
• Quando operando com a chave de desenroscamento, posicione 
o tool joint a aproximadamente 1 metro da mesa rotativa.
45
Capítulo 1. Pescaria
Na manobra deve-se:
Na retirada:
• Observar os espelhos dos tubos prevenindo-se contra wash 
outs, (lavagem do espelho do tubo), efetuar o rodízio da 
conexão quebrada e lubrificar a caixa de DP (Drill Pipe ou tubo 
de perfuração) com graxa adequada.
Na descida:
Ao manusear a seção de tubos, para efetuar a conexão, evite o 
toque do pino no espelho da caixa do tubo que está acunhado, 
de preferência utilizando a ferramenta guia de pino, protetora do 
espelho durante a conexão. Na montagem de colunas de produção 
limpe a rosca com escova metálica e passe graxa grafitada no pino.
Use apenas uma película de graxa na caixa do tubo, 
pois após o enroscamento o excesso pode ir para o 
fundo do poço através da coluna de produção, po-
dendo causar tamponamento da mesma.
ATENÇÃO
• Verifique nos itens “Cunhas”, “Chaves Flutuantes” e “Colar de 
Comandos”, o cuidado com esses equipamentos.
• Nunca utilize a mesa rotativa para conectar ou desconectar os 
tubos, a fim de evitar danos aos mesmos.
• Em sondas flutuantes sempre utilize o sistema de compensação 
de movimentos em pontos críticos da manobra: passagem da 
coluna pelo BOP e cabeça do poço; passagem pelo topo do liner; 
na checagem de algum topo no poço (packer, tampões, fundo 
do poço etc.).
46
Alta Competência
c) Lubrificantes
O uso de lubrificantes não recomendados pode resultar em desgaste 
excessivo dos filetes das roscas, bem como acarretar danos à superfície 
dos espelhos, diminuindo tanto a resistência à tração e ao torque, 
como comprometendo a eficiência de vedação da conexão.
A lubrificação da caixa de DP, na retirada da coluna, deve ser feita 
com graxa adequada (utilizar graxa GRH-3), e deve envolver toda a 
rosca do tubo de modo uniforme. A graxa grafitada tipo USILUB é a 
utilizada na lubrificação do pino da coluna de produção. 
d) Hidráulica
Quando a vazão alcança o limite superior da pressão de bombeio 
e permanece insuficiente para efetuar uma boa limpeza do poço, 
a perfuração estará sendo feita com hidráulica deficiente. Este 
problema ocorre principalmente em poços profundos e que tenham 
sofrido desmoronamento, encontrando-se, portanto, alargados. 
Ocorre também em poços direcionais, com ângulos de inclinação 
elevados, onde se requer uma vazão superior às utilizadas para poços 
verticais para se conseguir uma boa limpeza. Nesses casos, pode 
ocorrer significativa perda de rendimento da perfuração, porque 
não é possível efetuar uma conexão sem ter de repassar o mesmo 
tubo várias vezes. Isto devido ao fato de a velocidade de retorno nos 
trechos alargados se tornar insuficiente para arrastar os cascalhos. 
Prosseguir nessas condições pode conduzir a prisões.
Circulação prolongada sem movimento da coluna também pode 
causar prisão devido à formação de pontes e canalização do fluido.
1.6.2. Manutenção deficiente do equipamento
Manutenção deficiente do equipamento pode resultar em pescaria, 
devido principalmente, aos seguintes fatores:
47
Capítulo 1. Pescaria
• Parada da mesa rotativa ou do top drive – pode ocasionar 
prisão por diferencial de pressão;
• Interrupção da circulação – a parada de circulação, especialmente 
nos momentos de ascensão de grande quantidade de cascalhos, 
tem probabilidade de provocar a prisão por decantação de 
detritos sobre a broca ou sobre os estabilizadores. Ocorre 
principalmente por necessidade de reparo em componente do 
sistema de circulação, por ineficiência da manutenção de primeiro 
escalão, como seja: substituição oportuna de engaxetamentos 
da camisa do swivel, pistões de bombas, juntas de tampões, 
engaxetamento de uniões e correção imediata de pequenos 
vazamentos, ou ainda, falha na manutenção de segundo escalão 
no que se refere à correção de vazamentos do óleo lubrificante 
do swivel, o que pode ocasionar o travamento dos rolamentos 
e, consequentemente, acidente com a mangueira de injeção, 
inobservância na eficiência de lubrificação do sistema de 
transmissão de força etc.;
• Cabo do guincho – correr e cortar o cabo oportunamente não 
resolve todos os problemas com o mesmo. É necessário também 
cuidar da sua conservação na bobina, com especial atenção para 
o trecho do cabo entre a bobina e a âncora. Nesse trecho há a 
tendência à formação de uma curva devido ao peso do próprio 
cabo (catenária), até se apoiar no solo, onde fica sujeito à ação 
de corrosão ou ao impacto de objetos;
• Compensador de movimentos – em sondas flutuantes todo 
o sistema deve estar disponível e ser utilizado em situações 
especiais: passagem da coluna pelo BOP e cabeça do poço; 
passagem pelo topo do liner; na checagem de algum topo no 
poço (packer, tampões, fundo do poço etc.).
1.6.3. Uso inadequado do
equipamento
O uso inadequado de equipamento tem sido causa para grande 
número de pescarias. Os equipamentos com os quais se deve redobrar 
a atenção estão indicados a seguir.
48
Alta Competência
a) Cunhas
Quando se usam cunhas inadequadas para a tubulação em operação 
ou faltando mordentes, a área de sustentação das cargas será reduzida 
podendo, com isto, provocar colapso, queda de mordentes, queda 
da cunha e até da coluna no poço. É importante observar a carga 
nominal da cunha.
Usar a cunha como freio da coluna durante manobras de descida 
pode colapsar o corpo do tubo, provocar cortes concentradores de 
esforços e quebras prematuras do tubo, além de causar danos à 
cunha. Tratando-se de cunha de comandos, pode ocorrer a quebra 
de mordente, links e a queda da própria cunha no poço.
Mordentes e insertos devem estar em bom estado para utilização. 
Todos os pinos devem estar instalados e contrapinados. As alças 
devem estar em bom estado e também contrapinadas.
b) Elevadores (dimensão e carga nominal)
Elevadores fora do range recomendado pelo fabricante, inadequados 
para o tipo de tool joint em uso ou com pouca tensão na mola de 
tratamento, desgaste interno e nos pinos de articulação, podem não 
só provocar queda de coluna como acidentes pessoais.
Usar elevador 90º em tool joint 18º pode ocasionar 
queda da coluna por ação de acunhamento do tool 
joint no elevador, provocando sobrecarga na tran-
ca e, consequentemente, abrindo-o. O problema é 
agravado em poços profundos, com colunas pesadas. 
Esta observação também é válida para os subs de ele-
vação de comandos, tubos de lavagem, ferramentas 
especiais etc.
ATENÇÃO
49
Capítulo 1. Pescaria
c) Colar de comandos
O assentamento irregular do colar de comandos pode permitir a 
queda da coluna no poço, se esta escorregar da cunha, em função de:
• Desnivelamento dos mordentes;
• Desnivelamento do conjunto de links do colar.
O colar deve estar com os mordentes em boas condições de 
agarramento e com todos os pinos e contrapinos. Deve estar com o 
número adequado de seções ao diâmetro dos comandos em uso na 
coluna.
d) Chaves flutuantes
Usar chaves flutuantes de forma inadequada traz os seguintes 
inconvenientes:
• Com ângulo diferente de 90º, o torque aplicado será inferior 
ao especificado e, além disso, como a linha de centro do cabo 
se desloca em direção ao tubo, corre-se o risco de empená-lo, 
retirar a cunha da mesa e até partir os mordentes da chave;
• O posicionamento da chave fora do plano horizontal, que 
contém o molinete, pode retorcer o cabo da chave, tendo em 
vista que ele é uma estrutura I, dimensionado para receber 
esforço no mesmo plano. Quebra de mordentes ou pinos da 
chave são comuns nesta situação. Este procedimento pode ainda 
empenar o tubo ou até mesmo quebrá-lo dentro da cunha; 
• A distância vertical entre chaves deve ser a menor possível 
para minimizar o efeito de desalinhamento da coluna e, 
consequentemente, aperto insuficiente.
Durante a manobra, deve-se evitar o uso de uma só chave flutuante 
para apertar a coluna, pois isto pode provocar giro do tubo na cunha, 
criando cortes transversais no corpo do tubo.
50
Alta Competência
Os cabos de segurança das chaves flutuantes não devem conter fios 
partidos ou ter desgaste pelo uso.
Olhais e manilhas não devem possuir trincas e precisam estar bem 
fixados. Mandíbulas, desgastes no olhal do pino e o alojamento 
dos mordentes devem ser periodicamente verificados quanto ao 
seu desgaste. Mordentes desgastados devem ser substituídos e 
contrapinados, a fim de evitar queda no poço.
e) Equipamentos diversos
Pode-se afirmar que mais de 90% das pescarias de pequenos objetos 
caídos no poço têm como origem a falta de atenção a cuidados 
elementares referentes:
• À tampa do poço;
• Ao uso do limpador de tubo;
• Ao cuidado no manuseio de pequenas ferramentas, tais como: 
alavancas, chave de colar, chave de broca, trocando elevador, 
chaves de acionamento da kelly cock, marretas etc.
1.6.4. Imperícia
Alguns casos típicos de imperícia que conduzem à pescaria serão 
citados a seguir.
a) Brocas
A falta de sensibilidade ao desgaste da broca pode causar a pescaria 
de cones, rolamentos e prisão de coluna quando a substituição de 
brocas é efetuada.
51
Capítulo 1. Pescaria
Prisões por acunhamento da broca nova têm ocorrido devido ao 
assentamento imperfeito no fundo, em virtude de falha na análise 
da broca anterior e também na tentativa de economizar tempo de 
sonda, evitando retirar o último tubo para repassar o intervalo com 
diâmetro reduzido.
b) Vazão x pressão
A falta de sensibilidade para a variação de pressão em função da 
vazão impede detectar furo na coluna em tempo hábil, queda de 
jatos, erro de manobra no manifold, perda da eficiência volumétrica 
da bomba etc.
O furo na coluna pode desviar considerável parcela da vazão e 
comprometer o resfriamento e lubrificação da broca. A limpeza abaixo 
do furo pode causar jateamento da parede do poço e consequente 
desmoronamento, quebra da coluna por erosão e prisão da coluna 
devido ao acúmulo de cascalho abaixo do furo, principalmente, se o 
furo estiver diante de formação friável.
c) Acomodação da ferramenta ao poço
Modificações na composição de fundo (acréscimo, substituição ou 
mudança de posição de estabilizadores ou comandos, substituição de 
lâminas de estabilizadores, inclusão de key seat wippers etc.) podem 
levar a uma prisão de ferramenta. Estas mudanças de rigidez ou de 
calibre exigem um condicionamento de poço, adequando-o ao novo 
conjunto de fundo.
d) Atitudes diante da ameaça de prisão
Aplicação de tração excessiva diante da ameaça de prisão tem 
resultado em prisão efetiva da coluna.
Uma referência prática para esta situação, no caso de broca acima 
do fundo, seria tentar a liberação para baixo trabalhando com o 
peso dos comandos. Deve-se evitar tracionar além do peso da coluna, 
ultrapassando mais da metade do próprio peso. 
52
Alta Competência
Exemplo:
Se a coluna presa pesa 100 ton, ao tracioná-la, a leitura no indicador 
deverá ser no máximo 150 ton.
Quando ocorrer a ameaça de prisão por decantação de cascalhos 
ou desmoronamento do poço, nunca se deve aplicar pressão de 
bombeio elevada ao tentar estabelecer circulação, pois isto causa 
o embuchamento dos cascalhos e consequente prisão da coluna e 
perda de circulação.
Com a pressão de bombeio baixa, em torno de 300 psi a 400 psi, 
o fluido de perfuração vai abrindo caminho entre os cascalhos e 
lentamente irá restabelecendo a circulação, pois sempre fica um filme 
do fluido entre os cascalhos desmoronados ou decantados.
Outra atitude prejudicial no momento da ameaça de prisão é a liberação 
brusca do torque acumulado, podendo causar desenroscamento 
simultâneo da coluna. Em poços de grande diâmetro, este acidente 
poderá permitir a acumulação de dois ou mais peixes lado a lado 
dentro do poço, dificultando a operação de pescaria.
e) Condicionamento do poço
Operações especiais requerem condicionamento de poço adequado. 
Uma coluna testadora, especialmente tratando-se de teste seletivo, 
descida em poço com más condições mecânicas, tem grande 
probabilidade de prender, deixar cunhas de âncora e pedaços de 
borracha no poço, induzir perda por pistoneio na descida e provocar 
kick ou fechamento de poço na subida.
Durante a fabricação e tratamento do fluido, como também 
perfurando, é indispensável o acompanhamento técnico eficiente, 
visando a evitar adição imprópria de componentes do fluido, uso de 
produtos deteriorados, procurando manter as características ideais 
do fluido durante a perfuração.
Nunca deverá se efetuar tratamento de choque no fluido de 
perfuração com a coluna de lavagem, barrilete de testemunhagem ou 
53
Capítulo 1. Pescaria
outras ferramentas
especiais no poço aberto, pois o mesmo poderá 
acarretar a sua prisão.
Descer um barrilete testemunhador, com más con-
dições mecânicas do poço, pode ocasionar acunha-
mento. Atenção especial deve ser dada para se evitar 
descer coroa de diamantes sobre ferro no fundo do 
poço.
IMPORTANTE!
f) Revestimentos
Acreditar no aperto original da luva do revestimento tem sido causa 
de jump-out (desconexão brusca por excesso de tração ou falta 
de torque adequado). Este fato tem sido constatado a partir da 
observação de que, na maioria dos casos, o topo do peixe é quase 
sempre pino. Ao se trabalhar com chaves flutuantes comuns durante 
a descida do revestimento, deve-se posicioná-las no corpo dos tubos 
superior e inferior, respectivamente, por ocasião do aperto e nunca 
sobre a luva.
Descer coluna de revestimento em poços profundos exige o uso do 
elevador especial, tipo cunha, porque a luva de um revestimento 
apoiada em um elevador comum não oferece uniformidade para 
distribuição da carga da coluna.
A ausência de protetores de revestimento nos tubos de perfuração 
é causa frequente da ocorrência de furos no revestimento, muitas 
vezes exigindo a realização de emendas (casing patch).
Cimentação mal executada pode causar a queda das últimas juntas 
por ação da rotação da coluna de perfuração. Sérias prisões e até 
necessidade de desvios no poço podem seguir a este fato.
Mudança de posição dos tubos de revestimento, visando a satisfazer 
exigências de medida, pode ocasionar a colocação incorreta de tubos 
com relação à resistência crítica no ponto em questão.
54
Alta Competência
1.6.5. Controle de qualidade
Controle de qualidade ineficaz conduz a pescarias por diversos 
motivos, como veremos a seguir.
a) Brocas
Soldagem imperfeita nas pernas de brocas, defeito na selagem dos 
rolamentos e calibre original da broca maior do que o nominal são 
algumas das falhas de controle de qualidade capazes de conduzir a 
pescarias.
b) Roscas
Em revestimentos e tubos de lavagem, tem-se notado defeitos 
elementares na abertura das roscas, tais como: ovalação da matriz, 
excentricidade no torneamento da matriz, rosca não especificada 
para o peso do tubo (roscas de tubos de lavagem com mesmo OD 
(Outside Diameter ou diâmetro externo), variam em função do peso 
nominal do tubo, provocando com isto queda de juntas no poço.
Pequenas fraturas, detectadas a olho nu, geralmen-
te notadas na matriz da rosca são bons indicadores 
da possível existência de outras ao longo do tubo, 
podendo ser causadoras de furos posteriores. Fique 
atento!
IMPORTANTE!
c) Revestimentos
Danos causados nos revestimentos durante o manuseio, especialmente 
de pequenas deformações na luva, reduzem consideravelmente a 
resistência à tração da coluna de revestimento.
Corrosão é também um aspecto do controle de qualidade a ser 
considerado, a fim de evitar problemas de rupturas ou colapso.
55
Capítulo 1. Pescaria
1.6.6. Outros fatores
Todas as falhas humanas apontadas neste material, e muitas 
outras possíveis de ocorrer, podem estar associadas a problemas 
comportamentais de origem variada, tais como: cansaço, problemas 
familiares, relacionamento conflituoso no trabalho, adaptação 
insatisfatória ao tipo de função, treinamento deficiente etc. Portanto, 
se você estiver afetado por alguma dessas situações, redobre a 
atenção e procure ajuda.
1.6.7. Deficiência de material
Além das falhas humanas e das demais causas já citadas, ainda existem 
outros fatores que podem acarretar a pescaria, como o aspecto da 
deficiência de material. 
a) Desgaste periférico da ferramenta (comandos ou tubos de 
perfuração)
O desgaste periférico dos componentes da coluna de perfuração 
pode provocar pescaria em função:
• Da redução de resistência ao torque nas conexões devido à 
diminuição da área de contato do espelho, comprometendo 
também a vedação;
• Em se tratando de comandos, o desgaste periférico tem como 
efeito a concentração de flexão sobre a conexão, facilitando a 
quebra na raiz da rosca;
• Quando o desgaste é excêntrico, aumenta a oscilação lateral da 
coluna devido ao desbalanceamento da massa, especialmente 
em comandos;
• Quando o desgaste se dá no corpo do tubo, causa a diminuição 
da resistência à tração, colapso e pressão interna, o que facilita 
a quebra do tubo quando muito solicitado em poços direcionais 
ou desviados.
56
Alta Competência
b) Desgaste
Pode ser causado por ação de fluidos portadores de sólidos abrasivos, 
ação do gás sulfídrico e ação de oxidações, reduzindo da mesma 
forma a resistência a esforços do tubo.
c) Empeno nos tubos de perfuração
Antecipa a ruptura por fadiga em consequência da intensificação das 
flexões.
Diante de formações friáveis, agrava problemas de desmoronamentos 
devido à ampliação da oscilação lateral, principalmente se associada 
a efeitos de ressonância.
O empeno nos tubos acelera o desgaste externo por atrito com a 
parede do poço.
d) Fadiga
Quebras de coluna são muito frequentes na zona de transição entre 
comandos e tubos. Dentre todos os tubos, o primeiro acima dos 
comandos é o mais tendente à fadiga por estar sujeito às oscilações 
laterais e verticais da coluna de comandos e vibrações provenientes 
da broca.
Uma boa medida para uniformizar a fragilização ao longo da coluna 
é alternar o posicionamento do primeiro tubo. Inserir HW entre os 
comandos e os tubos é a melhor medida preventiva. Amortecedores 
de vibração minimizam estes efeitos.
e) Espelho defeituoso
Manuseio de tubos sem protetores, arrumação de seções estaleiradas 
na sonda com o uso de ferramenta imprópria, atrito de corrente 
de enroscar tubo entre espelhos, choques do pino da seção sobre 
o espelho da caixa e outras razões podem causar concentração de 
flexão na raiz da rosca e wash out, e podem facilmente conduzir a 
pescarias.
57
Capítulo 1. Pescaria
Aliado ao fluido nas perfurações nearbalance (ba-
lanceada) underbalance é necessário o uso de equi-
pamentos específicos para esta etapa do poço, além 
do uso de fluidos de perfurações com características 
próprias para este tipo de perfuração. 
ATENÇÃO
f) Desgaste por atrito dos mordentes da cunha
A resistência à tração, torque, pressão interna e colapso podem ser 
seriamente afetados pela ação dos mordentes da cunha. Os cortes 
transversais provocam concentração de esforços. Furos no corpo do 
tubo são comumente encontrados no local de trabalho das cunhas.
g) Danos causados por string shot
Durante operações de pescaria da coluna por partes, costuma-se 
proceder ao desenroscamento com auxilio de explosivos. Tabelas 
do fabricante dimensionam as cargas explosivas com relação à 
profundidade e à resistência da conexão em questão. Porém, mesmo 
assim, podem ocorrer microfraturas, dilatação na caixa ou expansão 
no corpo do tubo, comprometendo consideravelmente a resistência 
a esforços.
h) Desgaste na rosca
O desgaste na rosca tem como principal consequência a distribuição 
irregular de carga nos filetes, reduzindo a resistência à tração 
decorrente da diminuição da área de contato entre os filetes do pino 
e da caixa. Da mesma maneira, diminui a resistência ao torque na 
conexão e propicia fadiga na raiz da rosca.
1.6.8. Condições adversas
Além das falhas humanas e das deficiências de material, condições 
adversas – sobre as quais há pouca possibilidade de ação corretiva 
imediata – são causadoras de muitas pescarias. As principais 
58
Alta Competência
adversidades encontradas em um poço, capazes de gerar pescaria são 
citadas adiante.
a) Desmoronamentos
Chama-se de desmoronamento a queda de pedaços das paredes do 
poço na forma de lascas, pedras ou blocos.
É interessante notar que, neste sentido, as argilas plásticas e os 
evaporitos profundos como a halita, a carnalita etc, não desmoronam,
apenas escorregam para dentro do poço estreitando o seu diâmetro.
b) Desmoronamento de folhelhos
O desmoronamento de folhelhos ocorre em função das seguintes 
causas:
• Alta pressão de poros
Sem dúvida, a maior causa dos desmoronamentos de folhelhos é a 
sua elevada pressão de poros.
A pressão nos folhelhos varia muito em um mesmo poço, ora subindo, 
ora descendo de valor. Isto dificulta o estabelecimento correto da 
densidade do fluido de perfuração.
Densidades altas retardam a perfuração e podem causar prisão. 
Densidades baixas deixam os folhelhos desmoronar e densidades 
médias não são capazes de eliminar todos estes problemas. Então, 
será preciso definir parâmetros com os geólogos e Engenheiros 
Químicos da sonda.
• Hidratação
Os desmoronamentos de folhelhos argilosos podem ocorrer como 
resultado de sua hidratação.
O filtrado de uma lama penetra alguns centímetros entre os planos 
de estratificação do folhelho, hidratando-os e criando uma força de 
59
Capítulo 1. Pescaria
inchamento que atua de dentro da parede para dentro do poço, 
empurrando-a até desmoronar.
• Lavagem de sais solúveis
Quando se atravessa uma camada inesperada de sal com fluido à 
base de água doce ou de baixa salinidade, provoca-se sua dissolução 
e cria-se uma caverna.
Se o teto desta caverna for folhelho, certamente desmoronará 
buscando uma configuração de maior estabilidade.
• Turbilhonamento do fluido
Em alguns casos, muito específicos, um turbilhonamento vigoroso do 
fluido pode causar ou acentuar o desmoronamento de folhelhos. Estão 
neste caso os folhelhos microfraturados, secos, duros e quebradiços, 
que estalam sob a pressão dos dedos e se estilhaçam com facilidade.
A maior parte das prisões em folhelhos desmoroná-
veis ocorre porque a ferramenta é tracionada exces-
sivamente, forçando o seu acunhamento no cascalho 
e causando, inclusive, o bloqueio total da circulação.
IMPORTANTE!
c) Desmoronamento de calcáreo
O calcáreo aflorante ou raso, além de causar sérios problemas de 
perda de circulação, é muito frágil e não resiste ao impacto de 
lâminas de estabilizadores. Seu desmoronamento costuma ocorrer 
na forma de paralelepípedos de tamanho suficiente para acunhar 
a coluna de perfuração. Como se trata de rocha fácil de perfurar, 
comumente aplica-se pouco peso sobre a broca e rotação elevada. 
Isto pode ocasionar a quebra na base dos pinos dos comandos no 
momento do acunhamento, devido ao elevado momento de inércia 
da rotação.
60
Alta Competência
Para evitar estes desmoronamentos o melhor é usar estabilizadores de 
borracha, que ficam parados e permitem o giro livre da coluna no seu 
interior. Além disso, o emprego de amortecedores de choque evitará 
que a própria broca quebre a formação em blocos desmoronáveis.
d) Desmoronamento de basalto
Na perfuração de soleiras resultantes de derrames basálticos têm 
ocorrido desmoronamentos que vêm sendo resolvidos com aumento 
do peso do fluido de perfuração. Perfurar avante sob tais condições 
só tem sido possível com lama de 13 lb/gal ou mais.
e) Desmoronamento de areia
Uma das mais frequentes causas de desmoronamento de areia é, 
sem dúvida, a ocorrência de perda de circulação. Quando temos uma 
camada espessa de areia mal consolidada, sobreposta a uma formação 
calcárea fraturada, costuma acontecer a perda, e neste momento, o 
nível hidrostático cai, podendo não conferir pressão suficiente para 
conter aquíferos existentes na areia.
As prisões de ferramenta por desmoronamento de areia costumam 
ser severas e o sintoma típico é a perda de circulação que antecede o 
fato, bem como ter-se deixado o poço em estática, por exemplo, nas 
conexões ou nas manobras.
1.6.9. Fechamento do poço
O fechamento do poço pode ser total ou parcial, geralmente resulta 
em pescaria e quase sempre está associado a um ou mais dos seguintes 
fatores:
a) Hidratação
Os folhelhos, em função de muitos fatores, entre eles a composição 
mineralógica das argilas originais, filtrado da lama, ph do filtrado 
etc., podem causar fechamento de poço por hidratação.
61
Capítulo 1. Pescaria
b) Deslizamento
As argilas moles, bem como os sais, halita, carnalita etc, a grandes 
profundidades, costumam apresentar alta plasticidade e escorregam 
para dentro do poço. O fenômeno é mais grave, quando há 
movimento tectônico da crosta terrestre e estes elementos ficam 
sujeitos a pressões anormais.
c) Swab
Ao retirar-se a ferramenta do poço há sempre uma queda de pressão 
natural devido à própria velocidade ascensional da tubulação. A 
esta variação negativa de pressão, nas retiradas, chamamos de swab. 
O fechamento do poço por swab acontece quando se puxa a 
ferramenta, muito rapidamente, frente a uma zona de argila mole 
ou evaporito profundo. Mesmo que os estabilizadores não estejam 
encerados, o swab existirá e será tanto maior quanto menores forem 
os jatos da broca e mais elevados os valores reológicos do fluido. 
Mesmo que a ferramenta saia sem nenhum arraste, o poço pode 
fechar abaixo da broca pela perda repentina de pressão.
1.6.10. Perda de circulação
As perdas podem ser parciais ou totais, quando referidas ao volume 
de fluido que se consegue retornar do poço na condição normal 
de bombeio. Basicamente, o tipo de formação que se perfura 
determinará a natureza da perda. 
Vejamos os seguintes casos:
• Folhelho, por exemplo, geralmente só perde por fraturamento 
provocado;
• Calcáreo estratificado ou vugular, também por fraturamento;
• Calcáreo fraturado, por simples invasão. Calcáreo cavernoso, 
idem;
62
Alta Competência
• Areia perde por invasão ou infiltração.
Se um poço tiver zonas de folhelho e calcário expostas, e a perda 
ocorrer por sobrepressão no poço, com certeza a fratura terá sido no 
calcário, mesmo que este já não esteja mais sendo perfurado.
Geralmente a pressão de poros do calcário que perde é bastante 
baixa, em torno de 6 lb/gal. Sua pressão de fraturamento pode ser 
inferior a 9 lb/gal.
Alta velocidade de descida da coluna é uma das 
principais causas da indução de perda de circulação. 
O recalque da lama pode ser minimizado pela esco-
lha da velocidade correta de manobra, compatível 
com as características geométricas da coluna e da 
reologia do fluido de perfuração, por exemplo, na 
coluna de teste de formação, coluna de lavagem etc
.
IMPORTANTE!
1.6.11. Prisão por chaveta
Quando um poço por qualquer motivo sofre um desvio muito 
acentuado, forma o que se chama dog leg. O tubo atritando contra 
a parede do poço diante do dog leg cria um canal. Ao se retirar a 
coluna, os comandos não conseguem passar no canal feito pelo tubo 
de perfuração e, se houver excesso de tracionamento, poderão ficar 
acunhados.
Neste tipo de prisão, a circulação continua plena e o movimento da 
coluna para baixo é normal, desde que os comandos não estejam 
acunhados.
O uso de um estabilizador de menor diâmetro, no topo dos comandos, 
evita que estes sejam dirigidos para o canal da chaveta.
63
Capítulo 1. Pescaria
1.6.12. Prisão por diferencial de pressão
Quando se perfura com diferencial de pressão alto, em frente a 
formações de alta permeabilidade e, por qualquer motivo a coluna 
ficar parada, a prisão da coluna poderá ocorrer em virtude do 
desencadeamento dos seguintes eventos:
• Diferencial de pressão atuando por mais tempo aumenta o 
volume do filtrado;
• Grande filtrado conduz a espesso reboco;
• Aumento do reboco faz crescer a área de contato entre a 
coluna e a parede do poço;
• Acréscimo na área de contato aumenta a força de atrito.
A força que provoca a restrição ao movimento da co-
luna é proporcional à área de contato e ao diferen-
cial de pressão. O tempo é fator importante, porque 
a extensão de área presa cresce com ele.
IMPORTANTE!
1.6.13. Perfilagem e pescaria
A operação
denominada perfilagem efetua medições em tempo real 
nos poços através da introdução das sondas eletrônicas, obtendo 
medições de temperatura, perfil da qualidade da cimentação, CCL 
(Casing Collar Locator ou Profundidade das luvas do revestimento), 
nível de radiação natural (gama Ray), flow meter, pressão e espessura 
do revestimento.
Os perfis de poços são usados principalmente na prospecção de 
petróleo e de água subterrânea. Eles têm sempre como objetivo 
principal a determinação da profundidade e a estimativa do volume 
da jazida de hidrocarboneto ou do aquífero.
64
Alta Competência
Para fazer a perfilagem em um poço, são usadas diversas ferramentas 
(sensores) acopladas a sofisticados aparelhos eletrônicos. Estes 
sensores são introduzidos no poço, registrando, a cada profundidade, 
as diversas informações relativas às características físicas das rochas e 
dos fluidos em seus interstícios (poros).
A perfilagem é o nosso “olho” dentro do poço, e a qualidade desta 
visão depende das condições encontradas, que vão desde o seu 
condicionamento até a análise criteriosa das restrições e obstáculos.
A perfilagem presta os seguintes auxílios na pescaria:
• Auxílio na liberação de ferramenta presa, promovendo vibração 
na coluna pela detonação de explosivo na profundidade livre da 
prisão, da ferramenta;
• Realização de corte na coluna de produção ou perfuração 
presa, sem danificar o revestimento.
1.7. Conclusão
O acompanhamento das operações com o intuito de prevenir pescarias 
nada mais é do que uma inspeção planejada de segurança, como 
uma necessidade de manter a gerência informada dos problemas 
potenciais que podem afetar adversamente as operações.
Da forma como foi apresentada neste capítulo, a inspeção é 
qualificada como “Inspeção Programada Geral”, que é a mais 
detalhada e completa. Nela, o inspetor deve concentrar toda sua 
atenção na inspeção (não é algo feito de maneira casual), preparar-
se adequadamente para realizá-la, usando check-lists para que 
nada seja esquecido, a fim de detectar aspectos que não são vistos 
normalmente.
A tabela a seguir apresenta a tração máxima permissível nos tubos de 
perfuração e nos revestimentos.
65
Capítulo 1. Pescaria
 
DIÂMETRO 
(polegada) ROSCA GRAU
PESO 
(lb/pé)
KG 
un
D.I. 
tubo
DRIFT 
tubo
O.D. 
luva
LUVA 
red
COLÁPSO 
(psi)
P. INTER. 
(psi)
TRAÇÃO 
(lb)
TORQUE 
(lb/pé)
CM ( 
Petrobras )
PREÇO 
(U$/tubo)
1.66" NU J55 2,30 31 1.380 1.286 2.054 1.850 8.490 8.120 21.360 350 4710-969-67869 51,00
NU J55 4,60 63 1.995 1.901 2.875 2.687 8.100 7.700 49.450 730 4712-023-05702 56,00
EU N80 4,70 64 1.995 1.901 3.063 11.780 11.200 104.340 1.800 4712-064-68196 305,00
NU J55 6,40 87 2.441 2.347 3.500 3.187 7.680 7.260 72.580 1.050 4712-023-05716 111,00
EU N80 6,50 88 2.441 2.347 3.668 11.160 10.570 144.960 2.300 4712-038-80630 77,00
EU FIBRA 2,30 31 2.360 2.360 4.173 2.600 2.250 20.000 180 4715-969-65720 168,00
NU J55 9,20 125 2.992 2.867 4.500 3.875 7.400 6.980 109.370 1.480 4712-023-05733 106,00
EU N80 9,30 126 2.992 2.867 4.500 10.530 10.160 207.220 3.200 4712-038-80626 104,00
TDS C90 15,50
DSS-HT N80 9,30 2.992 2.600
USS/BT J55/N80 13,30 223 2.041 1.947 4.250 2.800 2.600 139.000 1.800 3870-969-91170 2316,00
NU J55 12,60 3.958 3.833 5.200 5.720 5.800 143.500 1.740
EU N80 12,75 3.958 3.833 5.563 7.500 8.430 208.730 4.020
ABC J55/N80 15,70 263 1.995 1.901 5.000 3.000 3.500 93.000 3.500 3870-058-91338 2306,00
2.3/8" IF G 6,65 90 1.750 1.625 3.375 18.720 21.660 193.500 3.300 3845-042-68698 700,00
2.7/8" IF G 10,40 141 2.000 1.875 4.125 19.810 23.140 300.080 6.100 800,00
3.1/2" IF G 13,30 181 2.687 2.457 4.750 19.760 19.320 380.000 7.300 900,00
IF E 16,60 226 3.826 3.750 6.375 10.390 9.830 331.000 18.900 3845-059-06867 270,00
IF G 16,60 226 3.826 3.750 6.375 13.820 13.760 463.000 18.900 1200,00
IF E 19,50 265 4.276 3.750 6.375 10.000 9.500 396.000 18.900 3845-059-06836 1500,00
IF G 19,50 265 4.276 3.750 6.375 12.990 13.300 554.000 18.900 3845-059-06822 1600,00
3.1/2 x 1.1/2 2.3/8"IF 4145 H 26,70 363 1.500 3.500 313.680 4.600 3500,00
4.1/8 x 2 2.7/8"IF 4145 H 34,70 472 2.000 4.125 495.730 6.800 3845-042-68605 335,00
4.3/4 x 2 3.1/2"IF 4145 H 49,50 674 2.000 4.750 708.060 9.900 3845-042-68564 4500,00
BT K55 14,00 254 5.012 4.887 6.050 5.875 3.120 4.270 222.000 4.800 4711-060-15179 277,00
BT K55 15,50 281 4.950 4.825 6.050 5.875 4.040 4.810 248.000 5.100 4711-047-64159 240,00
BT N80 17,00 308 4.892 4.767 6.050 5.875 6.290 7.740 397.000 6.500 280,00
BT K55 23,00 417 6.366 6.241 7.656 7.377 3.270 4.360 366.000 7.900 4711-047-64162 311,00
BT N80 26,00 471 6.276 6.151 7.656 7.377 5.410 7.240 604.000 8.700 4711-038-68993 631,00
BT N80 29,70 539 6.875 6.750 8.500 8.125 4.790 6.890 683.000 8.700
BT
BT K55 36,00 653 8.921 8.765 10.625 10.125 2.020 3.520 755.000 8.700 4711-050-72011 392,00
BT N80 40,00 726 8.835 8.679 10.625 10.125 3.090 5.750 979.000 9.400 4711-041-90170 700,00
5/8" D 1,09 12 1.500 1.250 36.000 242 3835-969-88508 34,00
3/4" D 1,59 18 1.625 1.500 53.000 385 3835-969-88590 60,00
7/8" D 2,13 24 1.812 1.625 72.000 572 3835-969-88511 47,00
1" D 2,78 31 2.188 2.000 94.000 880 3835-969-88525 80,00
OBS: CONSIDERAR A RESISTÊNCIA DOS TUBOS COM A LUVA REDUZIDA, IGUAL A 70% DOS TUBOS NORMAIS.
TAB E LA DE TUB OS E HAS TE S
5.1/2"
7"
9.5/8"
T
U
B
O
S
 D
E
 
R
E
V
E
S
T
IM
E
N
T
O
2.3/8"
INSPEÇÃO: Faixa Branca = 100% à 85% /// Faixa Amarela < 85% à 70% / / / / ( Norma API RP-7G )
DIMENSÕES
INSPEÇÃO: Classe 1 = 100% à 97% /// Classe 2 < 97% à 89% /// Classe 3 < 89% à 84% Comprimento: 7,56 m à 7,67 m ( Norma API SPEC-11 BR )H
A
S
T
E
S
 D
E
 
B
O
M
B
E
IO
4.1/2"
INSPEÇÃO: Faixa Amarela = 100% à 85% /// Faixa Azul < 85% à 70% //// Faixa Verde < 70% à 50% / / / / (Norma API SPEC-5C1)
4.1/2"
5"
7.5/8"
OUTROS
3.1/2"
2.7/8"
T
U
B
O
S
 D
E
 P
E
R
F
U
R
A
Ç
Ã
O
T
U
B
O
S
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O
D
U
Ç
Ã
O
RESISTÊNCIA
Tração máxima permissível nos tubos de perfuração e nos revestimentos
C
ap
ít
u
lo
 2
Welltesting
68
Alta Competência
Capítulo 2. Welltesting
69
2. Welltesting 
Considere uma caixa preta em repouso, ou equilíbrio, da qual muito 
pouco ou nada se sabe a respeito. O conteúdo desta caixa só será 
conhecido se uma “perturbação” for introduzida, alterando a sua 
estabilidade de tal forma que seja possível mensurar as reações 
geradas por este estímulo. No nosso caso, a “caixa preta” é um poço 
de óleo e gás em um reservatório e as condições que o tornam estável 
é a ausência de vazão e a uniformidade de pressões.
A perturbação/ação a ser introduzida é um fluxo de efluentes do 
reservatório para o poço e a reação a medir é o comportamento de 
pressão do reservatório, observado no poço.
Esse conjunto de estímulos e respostas de um determinado reservatório 
com a finalidade de medir suas propriedades físicas é chamado de 
Testes de Avaliação das Formações pela comunidade técnico-científica 
da indústria de petróleo.
Estes testes em poços de óleo e gás são realizados nos vários estágios da 
perfuração, completação e da produção e com diferentes propósitos. 
É importante entender completamente cada um deles, suas razões e 
o que se espera conseguir com os resultados.
2.1. Tipos de Welltesting
Em geral, o Welltesting é classificado de acordo com a listagem a 
seguir.
2.1.1. Teste de Formação Repetitivo (RFT)
As ferramentas de teste são descidas a cabo em poço aberto. Estas 
ferramentas possuem um sistema de válvulas e câmaras que irão 
registrar as pressões estáticas da formação e obter pequenas amostras 
do fluido.
70

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