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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós – Graduação em Engenharia de Software Disciplina: Modelo de Maturidade de Software Nome: Thiago Gonçalves Miranda Matrícula: 201611018773 TRABALHO FINAL – Caso Greensoft RESUMO Devido à mudanças constantes no setor econômico, as organizações procuram acompanhar o avanço tecnológico da melhor maneira. Em geral, o número de projetos a serem realizados é maior do que o número de recursos disponíveis. A dificuldade em decidir que projeto de software deve ser priorizado aumenta quando o setor de desenvolvimento da empresa não possui métricas para avaliar o esforço necessário para desenvolver ou customizar um software. Isso é possível através da utilização de métricas na engenharia de software. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo apresentar um modelo que possa ajudar na definição de métricas à serem aplicadas no processo de desenvolvimento de software, baseado na solicitação da Greensoft. As métricas serão estabelecidas de acordo com os métodos GQM. SUMÁRIO 1. Introdução............................................................................................................. 1 2. Método GQM........................................................................................................ 2 2.1 Planejamento.......................................................................................................2 2.2 Definição.............................................................................................................2 2.3 Coleta de dados...................................................................................................3 2.4 Interpretação........................................................................................................3 3. Processos ..............................................................................................................3 3.1 Objetivos............................................................................................................ 3 3.2 Questões............................................................................................................. 4 3.3 Categorias.......................................................................................................... 4 3.4 Formulários........................................................................................................ 4 4. Construção Do Roteiro......................................................................................... 4 5. Série de normas ISO/IEC 9126 ............................................................................4 6. Implantação.......................................................................................................... 5 7. Conclusão............................................................................................................. 7 8. Referências........................................................................................................... 8 1. INTRODUÇÃO No início da era do computador o foco da indústria da computação era reduzir o custo do processamento e armazenamento de dados, havia uma maior preocupação com o Hardware do que com o Software. Durante a década de 80, com a modernização dos equipamentos era possível ter um maior processamento a um custo cada vez mais baixo. Devido à evolução do hardware a preocupação maior passou a ser o software, direcionando o foco para melhoria de qualidade do desenvolvimento de software. Sendo assim, a preocupação em saber por que demora tanto tempo para que os softwares sejam totalmente desenvolvidos, leva os gerentes a refletir e fazer as seguintes perguntas: Por que os custos de projetos de software são tão elevados? Por que não são descobertos todos os erros antes de entregar o software ao cliente? Por que é difícil medir o progresso enquanto o software está sendo desenvolvido? Estas questões mostram a preocupação relativa ao software e a maneira pela qual é desenvolvido. Esta preocupação levou a adoção de práticas de engenharia de software, com elas as práticas de medição de software, sempre voltadas em obter melhores níveis de qualidade no processo de desenvolvimento do software. O objetivo do presente estudo consiste num modelo para implantação de medidas de qualidade nos processos de desenvolvimento de software da Greensoft. Foi proposto que essas métricas sejam oriundas da junção dos métodos GQM, visando obter as certificações ISO9126 e CMMI. A Greensoft, uma organização que atua no desenvolvimento de software, inovação, relacionamento e suporte à gestão. Líder absoluta no Brasil, com 46,8% de participação de mercado e também na América Latina com 54,5%, é a maior empresa de aplicativos de gestão empresarial sediada em países emergentes. A GreenSoft é uma empresa sem limites para dividir ideias e inovar. Este nome exalta os valores desta companhia que está em constante evolução e, por isso, atua em dez segmentos de mercado e atende a todos os portes e tipos de empresas. Com mais de 27 anos de experiência, a GreenSoft foi a primeira empresa do setor em toda a América L atina a abrir capital e, atualmente, tem mais de 25 mil clientes ativos, conta com o apoio de 10 mil participantes e está presente em 23 países. 2. MÉTODO GQM O GQM (sigla em inglês para Goal Question Metric) é um método que ajuda a definir e integrar objetivos a modelos de processo, produto e perspectivas de qualidade baseada em necessidades específicas do projeto e organizações através de um programa de medições. Ou seja, alinha as métricas necessárias aos projetos de software com os objetivos e metas da organização. O método GQM é composto por 4 fases: Planejamento; Definição; Coleta de dados; Interpretação. 2.1 PLANEJAMENTO Nessa fase, será feito o planejamento para estabelecer um programa de medição, que se dá coletando todas a s informações necessárias para iniciar o processo, preparando e motivando as pessoas para a implantação do processo de medição. O plano do projeto contém a documentação dos procedimentos, cronogramas e objetivos do programa de medição. A execução dessa fase completa os requisitos para que o programa de métricas tenha êxito. A fase de planejamento pode ser dividida em 4 subfases para melhor distribuição do trabalho: Definição do time; Seleção da área de melhoria; Selecionar projeto de aplicação; Plano do projeto. 2.2 DEFINIÇÃO A principal tarefa, nessa fase, são decidir quais serão as medidas, incluindo as definições das questões e hipóteses a serem comprovados, revisões, coleta, medições e planos de análise. A fase de definição pode ser dividida em 9 subfases: Definição dos objetivos de medição; Modelo de processo de software; Modelo de processo de software; Entrevistas GQM; Questões e hipóteses; Métricas; P ano GQM; Plano de Medição; Plano de Análise; Revisão. 2.3 COLETA DE DADOS Após todas as atividades de definição terem terminado, a medição pode começar. O sucesso agora depende da exatidão das métricas coletadas. Na maioria das vezes, os dados podem ser coletados sem intervenção humana, ou seja, não precisam ser agrupados e digitados manualmente. Quando a coleta automática não é possível, um amplo esforço se fará necessário assim também como disciplina na execução dos procedimentos de medição. Os dados coletados são armazenados para serem analisados e essa fase de coleta de dados pode ser dividida em outras 6 subfases: Medição do piloto; Base de métricas; Formulários de coleção de dados; Armazenamento de dados mensurados; Análise; Apresentação. 2.4INTERPRETAÇÃO Essa é a fase final e essencial do método GQM. É nesta etapa que os dados coletados sã o utilizados para responder questões e identificar se os objetivos foram atingidos. Em outras palavras, se as conclusões e as hipóteses são consistentes e positivas para garantir o sucesso da medição. As principais tarefas executadas nessa fase são: Sessões de retro-alimentação; Resultados das medições; Analise de custo e benefício do método. 3. PROCESSOS DO MÉTODO GQM Inicia-se com a identificação dos interessados na medição. Com base nos interessados, estabelecem-se o s principais objetivos da medição para a organização, o projeto ou uma tarefa especifica. A partir dos objetivos, geram-se perguntas cujas respostas dirão se os objetivos foram ou não alcançados. A partir das perguntas, definem-se métricas: Que dados serão necessários? Quais os formatos? Como coletar? Onde armazenar e como utilizar? 3.1 OBJETIVOS São estabelecidos de acordo com as necessidades dos stakeholders. Neste caso, obtenção das certificações para desenvolvimento de Software. 3.2 QUESTÕES Após definidos os objetivos, são elaboradas perguntas que estes objetivos possam ser alcançados. São as perguntas que se espera responder com o estudo. As respostas obtidas com a medição devem trazer informação útil para melhorar o produto. Por exemplo: “Que aspectos do projeto (design) da interface afetam a facilidade de uso?”. As questões estabelecem uma ponte entre os objetivos planejados e as métricas que de vem trazer evidência sobre o sucesso ou não da implementação. 3.3 CATEGORIAS Particionam o conjunto de dados obtidos. As perguntas criadas podem trazer diferentes tipos de informação. Por exemplo: avaliação de uma interface – quantidade de janelas, distribuição das informações, etc. 3.4 FORMULÁRIOS Conduzem o trabalho dos avaliadores. A vantagem de definir documentos para anotações dos dados é evitar que cada avaliador utilize um formulário próprio, o que, além de dificultar a tarefa de analisar as informações, pode induzi r a erros como coleta de dados diferentes. 4. CONSTRUÇÃO DO ROTEIRO O objetivo final no processo de definir uma métrica é transformar dados em informações, mesmo que este dado seja classificado como qualitativo; ou seja, utilizar elementos textuais coletados e transformar em números, sendo possível assim efetuar comparações e, por consequência, a medição. 5. SÉRIE DE NORMAS ISSO/IEC9126 A norma ISO/IEC 9126 foi lançada em 1991 e submetida a uma revisão em 2001. Posteriormente, em 2003, resultou em uma nova versão. O grupo técnico responsável por elaborar a norma foi o subcomitê SC7 (Software e engenharia de sistemas), cujos assuntos tratados são relacionados à Engenharia de Software e está subordinado ao (Joint Technical Committee1) JTC1, um comitê formado por membros das duas instituições ISO e IEC. Tem como objetivo subsidiar o processo de avaliação de produtos de software. A norma ISO/IEC 9126 tem como título original Software Engineering - Product Quality que na versão brasileira, NBR ISO/IEC 9126, foi traduzido como Engenharia de Software - Qualidade de Produto. A norma contém características e subcaracterísticas que definem um produto de qualidade. Sendo que está dividida desta forma: ISO/IEC 9126-1: Modelo de Qualidade; ISO/IEC 9126-2: Métricas Externas; ISO/IEC 9126-3: Métricas Internas; ISO/IEC 9126-4: Métricas de Qualidade em Uso. 6. IMPLANTAÇÃO 1ª FASE (CONTROLE) Soluções que visam: Precisão nas informações; Eliminação de controles manuais. Goal (Metas) Question (Questões) Metric (Métricas) Melhorar as ferramentas de controles da GreensofT Qual a eficiência das ferramentas de controles utilizadas hoje? Quantidade de controles Aprimorar o controle informacional da Greensoft Quais os controles informacionais disponíveis hoje pela Greensoft? Validade do controle Elaborar ações efetivas para redução de custos de operações da Greensoft Quais medidas serão usadas redução de custo da operação Greensoft? Listagem dos custos da operação 2ª FASE (PRODUTIVIDADE) Soluções que visam: Agilidade nas informações; Administração dos processos. Goal (Metas) Question (Questões) Metric (Métricas) Aumentar a produtividade da equipe de desenvolvimento da Greensoft Como aumentar a produtividade das equipes da Greensoft? Quantidade de artefatos gerados por iteração Reestruturar processos administrativos Como identificar os processos vitais a operação da Greensoft? Quantidade de processos simultâneos Definir metas de atendimento das satisfações de clientes Como atender melhor a clientela da Greensoft? Quantidade de tempo de chamados; Duração das ligações nos atendimentos; Quantidade de defeitos encontrados por release 3ª FASE (RELACIONAMENTO) Soluções que visam: Foco externo; Quantidade na venda e/ou entrega. Goal (Metas) Question (Questões) Metric (Métricas) Desenvolver o relacionamento externo focando parceiros comerciais Como atrair parceiros externos para Greensoft? Quantidade de contatos externos Melhorar os processos de venda e entrega de soluções da Greensoft Como melhorar a venda e entrega de soluções? Tamanho da solução; Tempo de projeto; Erros detectados no cliente; Taxa de integração com outras soluções. Definir processos para integração contínua e com qualidade Como definir um processo de integração? Número de interfaces entre sistemas/soluções. 4ª FASE (COLABORAÇÃO EMPRESARIAL) Soluções que visam: Expandir as fronteiras da empresa; Valorização da cadeia de valor. Goal (Metas) Question (Questões) Metric (Métricas) Aprimoramento dos processos colaborativos da empresa. Como aumentar a colaboração interna? Quantidade de colaboradores; Quantidade de trabalhos intersetoriais em desenvolvimento. Criar programas internos para expansão das fronteiras da empresa Greensoft. Como fazer a Greensoft expandir suas fronteiras e ramos de atuação? Setores atendidos pela empresa; Quantidade de soluções por perfil de cliente. Maior valorização da cadeia de valor dos produtos e serviços da Greensoft. Qual a cadeia de valor da Greensoft? Valor dos componentes que compõem as soluções da Greensoft; Quantidade de terceirizações no processo de desenvolvimento de soluções. 7. CONCLUSÃO É Fundamental para o melhoramento sistemático de processos e produtos de software a compreensão e o estabelecimento de linhas-base quantitativas com respeito aos processos atuais na organização. Esta compreensão dos processos e práticas na organização é crucial para planejar, controlar e melhorar o desenvolvimento e a manutenção do software. As áreas de melhoramento com potenciais de alto impacto na qualidade do produto podem ser identificadas e ações de melhoramento podem ser selecionadas, priorizadas, executada s e avaliadas. O impacto dessas mudanças precisa ser assessorado quantitativamente pela mensuração acompanhando as modificações. Deste modo, ressalta-se a importância de se utilizar as métricas de software para obtenção da qualidade final. De outra maneira será impossível determinar se uma mudança obteve resultados positivos ou não. O GQM e determinado por metas, facilitando para a organização atingir seus objetivos. REFERÊNCIAS ISO9126-2 – Software engineering– product quality – part2: External metrics, ISO/IEC, 2003. ISO9126-3 – Software engineering – product quality – part3: Internal metrics, ISO/IEC, 2003. http://josemalcher.net/guia-de-estudos-engenharia-de-software/modelo-de- maturidade-de-software/maturidade-de-software-gqm-goal-question-metric/
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