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ARTIGO CIENTIFICO

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA – LICENCIATURA PLENA
PROJETO INTEGRADOR II
P ....................		RA: ..............
		
O LÚDICO E A NEUROCIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
COMO O CÉREBRO APRENDE ATRAVÉS DO BRINCAR
P..........................................		 	RA: .................................
O LÚDICO E A NEUROCIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL - COMO O CÉREBRO APRENDE ATRAVÉS DO BRINCAR
Atividade realizada na disciplina de Projeto Integrador I, do Curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera – UNIDERP, apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Licenciado em Pedagogia, sob a orientação da Tutor a Distância: ................
Sumário
Resumo 	4
Tema: O lúdico e a Neurociência na Educação Infantil – Como o Cérebro Aprende 	4
Justificativa 	4
Problema	5
Objetivo 	5
Metodologia 	6
Introdução 	7
Jogos e Brincadeiras – A Importância do Brincar 	7
Imaginação e Criatividade Segundo Vygotsky 	9
Como se Aprende 	10
A Aprendizagem e o Cérebro 	11
Educação Infantil e o Desenvolvimento Cognitivo 	12
Conclusão 	14
Referências Bibliográficas 	15
Resumo
	A neurociência tem por objetivo estudar o cérebro, suas variações, funções e disfunções. Desencadeando o processo de aprendizagem quando utiliza-se o lúdico, que na educação infantil é de fundamental importância, como estudos neurocientíficos podem auxiliar profissionais da educação, em especial aos de educação infantil, a compreenderem como funciona o processo de ensino-aprendizagem através do lúdico à luz da neurociência.
É por esta razão que, tanto educadores quanto professores devem desenvolver pensamento crítico, aprofundando-se academicamente sobre os estudos relacionados ao funcionamento do sistema nervoso central, a fim de compreender como as atividades lúdicas fortalecem a plasticidade cerebral das crianças.
	É bem mais fácil aprender o que nos dá prazer e diversão. Neste sentido, a educação deve ser compreendida como um processo de cooperação entre professor e aluno, desenvolvendo assim um relacionamento aluno-professor baseado no carinho e compreensão.
Tema: O Lúdico e a Neurociência na Educação Infantil – Como o Cérebro Aprende Através do Brincar
Qual o papel do lúdico no processo de ensino-aprendizagem? E o cérebro, como ele aprende através das brincadeiras e do faz de conta? Esta obra tem por finalidade discutir acerca das contribuições do Lúdico e da Neurociência ao processo de ensino-aprendizagem, bem como a tradução destes conhecimentos em práticas pedagógicas.
Justificativa
Partindo de reflexões teóricas sobre o lúdico como um facilitador da aprendizagem, tem-se por objetivo analisar como se dá o processo de aquisição e construção do conhecimento através do brincar e como o cérebro aprende através desse processo.
Através dos estudos realizados observou-se que o ato de brincar facilita a aprendizagem do educando e, considerando-o um sujeito ativo e reflexivo no processo de ensino-aprendizagem, o educador pode refletir sobre suas propostas de trabalho, em como adequar as atividades à faixa etária da criança, tornando a prática de ensino mais prazerosa e significativa.
Á luz de estudiosos como Lev S. Vygotsky, Ramon M. Cosenza, Denise Pozas, além de outros teóricos, esta pesquisa objetiva entender como se dá o processo de aprendizagem através do lúdico, assim como as brincadeiras, os jogos e o faz de contas fortalecem a plasticidade neural do indivíduo.
Problema
Qual o papel do lúdico no processo de ensino-aprendizagem? E o cérebro, como ele aprende através das brincadeiras e do faz de conta? Esta obra tem por finalidade discutir acerca das contribuições do Lúdico e da Neurociência ao processo de ensino-aprendizagem, bem como a tradução destes conhecimentos em práticas pedagógicas.
Objetivos
Embora a atividade lúdica e a brincadeira sejam vistas por nossa sociedade apenas como algo prazeroso às crianças, estudos comprovam a sua importância para o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos (PEREIRA, 2009; ANTUNHA, 2005; OLIVEIRA, 2000; BOMTEMPO, 2000; KISHIMOTO, 2006), promovendo assim o aprendizado e desenvolvimento das funções mentais superiores dos sujeitos, o que é essencial a todo o processo educativo formal.
Objetivando evidenciar a percepção dos educadores em relação a suas práticas pedagógicas e ao desenvolvimento do brincar como momento lúdico e prática educativa privilegiada, este artigo busca questionar importância do lúdico (com o auxilio da neurociência) na formação de professores, fomentando a apropriação de temas que busquem a compreensão e o reconhecimento do brincar no desenvolvimento das funções mentais superiores (memória, atenção e linguagem entre outras) e da neurociência neste processo de ensino-aprendizagem e construção de conhecimento.
Metodologia
O percurso metodológico do trabalho incluiu estudos, leituras e pesquisas acerca da prática pedagógica na educação infantil e a análise das atividades práticas traduzidas em brincadeiras que articulem o lúdico, a prática pedagógica e a neurociência. 
As hipóteses foram construídas buscando estabelecer as relações causais para a explicação do brincar e o desenvolvimento das funções mentais superiores, buscando relacionar este com as principais concepções que o profissional de educação tem sobre infância, educação infantil, desenvolvimento infantil, autonomia das crianças, afetividade, brincadeiras, planejamento e desenvolvimento das funções mentais dos educandos.
Introdução
“Por todo o seu potencial criativo e pela abertura que proporciona à exploração do real como campo de possibilidades do viver e do conhecer é que podemos afirmar, sem medo de incorrer em erro, que brincar é coisa séria!” (ROSA, 2002, p.45)
A neurociência tem por objetivo estudar o cérebro, desencadeando o processo de aprendizagem quando se utiliza o processo lúdico. É do conhecimento de todos que é mais fácil aprender o que nos dá prazer e diversão, neste sentido, a educação deve ser compreendida como um processo de cooperação mútua.
Para construir os conceitos de inteligência lúdica, devemos compreender alguns processos cognitivos que podem ocorrer no ambiente intrauterino e que passam a constituir os fundamentos psicológicos, biológicos e sociais da personalidade e, por fim, da inteligência humana.
Jogos e Brincadeiras – A Importância do Brincar
Ao falar do brincar, é necessário definir seu conceito, diferenciando-o de outras formas de comportamento.
O elemento lúdico engloba o brinquedo, o jogo, o brincar e a brincadeira, sendo que cada um destes elementos tem uma objetividade no desenvolvimento da criança. O brincar e o jogo, por exemplo, são compreendidos como atividades de igual natureza, porém, o brincar se constitui em ação, divertimento, imitação, faz de conta e uma expressão livre; já o jogo se constitui num espaço de vivência diferente do universo habitual, onde a fantasia e a realidade se cruzam, existindo um conjunto de regras e normas determinadas que, caso sejam quebrados, resultam na destruição deste universo, que nada mais é do que um lugar de exercício de habilidades adquiridas por experiências e vivências. 
O brincar é uma atividade essencial ao ser humano, assim como para alguns animais. O homem sempre brincou sem distinção de regras, dessa maneira a ludicidade adquiriu um espaço de excelência na formação humana. De acordo com Huizinga (1980), o elemento lúdico é algo presente desde a gênese da civilização e desempenha um importante papel na criação da cultura e no desenvolvimento humano.
Sendo o lúdico um fenômeno social, anterior à cultura, a prática do jogo e do brincar, dá-nos a entender a brincadeira como uma construção cultural transmitida em qualquer contexto social, e na área da educação torna-se mister o entendimento do lúdico.
Conhecer e valorizar as crianças a partir do brincar é de suma importância, pois o processo de apropriaçãoda cultura emerge um repertório de praticas lúdicas aprendido, inventado, transmitido ou apropriado pelas crianças em seus múltiplos contextos sociais e essas brincadeiras e brinquedos como elementos constitutivos das culturas infantis dialogam com a tradição e com elementos culturais mais amplos.
Sendo a brincadeira experimentada autonomamente ou construída na relação com seus pares, influenciados pela estrutura do meio social, processos educativos e acesso a bens materiais e culturais. Logo ela torna-se uma manifestação cultural, social e histórica, que faz parte da vida das pessoas, e que na nossa cultura esta muito vinculada ao mundo da criança, pois, o brincar reconstrói a realidade e os atores sociais com os quais ela está envolvida.
Em se tratando de ludicidade, para Gomes (2004, p. 142) o lúdico caracteriza-se pela livre escolha, busca a satisfação, possui uma ordem específica (construída pelos sujeitos envolvidos) e se realizam em limites temporais e espaciais próprios. Segundo Pinto (2007, p.177) não é uma ação previamente determinada, repetida mecanicamente segundo a prescrição de alguém. Ele nasce da curiosidade, da motivação, do interesse e da mobilização dos sujeitos no brincar, realizando-se segundo suas capacidades de lidar com as condições possíveis para criar e recriar os conteúdos vividos.
O lúdico não é só diversão, ele consiste a prática e a vivencia das atividades realizadas com alegria e liberdade, criando e recriando as ideias, os modos de realizar as ações, fazendo tudo com espontaneidade e alegria em compartilhar o vivido com os parceiros. Na educação infantil ele tem por objetivo oportunizar ao educador a compreensão do significado e da importância dos jogos e do brincar no processo educativo, tendo intencionalidade, alvos e consciência clara de sua ação em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem da criança, sabendo que o brinquedo faz parte de sua vida. Ela simboliza a relação pensamento-ação e sob esse ponto, “constitui provavelmente a matriz de toda a atividade linguística, ao tornar possível o uso da fala, do pensamento e da imaginação”. (Almeida, 1987). Com a ajuda do brinquedo, a criança pode desenvolver a imaginação, a confiança, a autoestima, o autocontrole e a cooperação. 
Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode expressar-se, criticar e transformar a realidade. Para que a ludicidade avance na educação é preciso fazer-se uma reflexão sobre o processo de ensinar e aprender. De acordo com Winnicott (1975) e Piaget (1975), conceitos como brinquedo, jogo e brincadeira são formados ao longo de nossa vida. É a forma peculiar que cada criança define suas brincadeiras como fonte de divertimento.
Uma criança sem brinquedo pode ficar apática, triste e sem vida. O brinquedo está para a criança, assim como a água está para o peixe. O ato de brincar dá a criança mais uma oportunidade de ser feliz.
Imaginação e Criatividade Segundo Vygotsky
Representando papéis, a criança constrói o próprio conhecimento, ou seja, a partir da inter-relação entre o sujeito e o objeto constrói-se o conhecimento. Para Piaget (1973), a construção do conhecimento se dá através do construtivismo, exige uma interação entre o sujeito que conhece e o objeto que é conhecido. De acordo com Vygotsky, quando se cria algo novo, esse passa ser chamado de atividade criadora do homem. Se olharmos para o comportamento humano, e para sua atividade podemos verificar e diferenciar dois tipos: reconstituir e reproduzir, já que estão diretamente ligados à memória, e consiste em repetir meios de conduta anteriormente criados e elaborados.
Segundo o autor, nosso cérebro se modifica com facilidade sob diferentes influências e, se os estímulos são suficientemente fortes e repetidos de forma contínua, preserva as marcas dessas modificações. Partindo desse pensamento, o cérebro não é apenas o órgão que preserva e reproduz nossa experiência anterior, mas também o que combina e reelabora, de forma criadora, criando novas situações e novo comportamento. Sendo exatamente a atividade criadora que faz do homem um ser que se volta para o futuro, modificando o presente. 
Toda atividade da imaginação tem sempre uma história muito extensa, por ser um processo extremamente complexo, sendo justamente a principal dificuldade no estudo do processo de criação que conduz, com frequência, a ideias equivocadas em relação a sua natureza e ao seu caráter como algo excepcional. Os elementos de que são construídos foram absorvidos da realidade pela pessoa; em seu pensamento, foram submetidos a uma complexa reelaboração, transformando-se em objeto da imaginação. 
Vygotsky ressalta que, a pedagogia infantil tem um papel importante na criação da infância, da construção e do significado do trabalho de criação do desenvolvimento geral e do amadurecimento da criança. A brincadeira não é vista como uma simples recordação do que a criança vivenciou, mas uma reelaboração criativa de situações vivenciadas. Assim como na brincadeira, o entusiasmo para criar é a imaginação em movimento. Todo ato da imaginação se faz de elementos tomados da realidade e presentes na experiência anterior da pessoa. O que o se vê e ouve, são os primeiros pontos de apoio para sua futura criação. Em qualquer período do desenvolvimento infantil a imaginação criadora funciona de forma própria, característica de uma determinada etapa do desenvolvimento em que se encontra a criança. Tendo interesses diferentes do adulto, por isso, entende-se porque a imaginação dela funciona de maneira diferente da do adulto.
Como se Aprende
As diferenças entre as capacidades dos recém-nascidos e as dos adultos são aparentes a qualquer um que observar: recém-nascidos não caminham, não seguram objetos, não falam etc. Estes pequenos seres podem ter todas as capacidades dos adultos, mas ainda não tiveram – através das experiências – as habilidades dos adultos.
Segundo Jean Piaget: para alcançar a integração sensório motora e a intermodalidade, as crianças em idade pré-escolar desenvolvem esquemas sensório motores durante o período de inteligência sensório motora, ou seja, aprendem a relacionar as aferências sensoriais com atos motores e, assim, podem pegar, de propósito, objetos que estejam olhando. Segundo o teórico, durante esse estágio, as crianças têm conceitos rudimentares dos objetos de seu mundo e, mesmo tendo crescido o suficiente para interagir com objetos, eles ainda não têm habilidades como a permanência de um objeto. O sucesso em atividades como essa marca o fim desse estágio e inteligência sensório motora e que é o resultado de uma habilidade recém desenvolvida para representar objetos e eventos internamente.
	Se uma criança, em idade pré-escolar, tivesse a permanência de objetos bem desenvolvida, uma das explicações para tal atividade tem a ver com o córtex frontal, ou seja, tal criança com comportamento motor perseverante comporta-se como se fosse um adulto com lesão no lobo frontal, ela não tem a mielinização completa das projeções neurais do córtex pré-frontal, ou seja, o seu córtex frontal não é completamente funcional.
	Encontra-se frequentemente o conceito de habilidade que se refere ao plano de “saber fazer” para trabalhar-se com competências e, decorre delas mesmas, a capacidade de produzir conduta. Assim, a competência de percepção motora, cognitiva e amnésia, por exemplo, está sujeito ao que o indivíduo está em condições de perceber, de conhecer, lembrar ou do que fazer com seus músculos.
	Podem-se encontrar diversas teorias sobre essas funções, mas até pouco tempo ainda existia a ideia de que a falta de capacidade de divisão dos neurônios causava a impossibilidade de se fazer algo em relação às conexões, impedindo o indivíduo de aprender. As sinapses neurais são reorganizações responsáveis pelas modificações que são observadas no sistema nervoso do indivíduo. Por esses meios, diz-se que o indivíduo pode aprender e a reaprender atividades desenvolvidas por ele previamente de forma harmoniosa e espontânea, todavia, tal processoé gradual e depende do desenvolvimento do sistema nervoso de cada um.
	 Segundo Marta Relvas (2009 – pág. 50), o cérebro pode promover reconexões de circuitos neurais até quando existe uma pequena perda de conectividade, pois tende a uma recuperação autônoma, enquanto uma grande perda altera permanentemente a função, necessita de objetos precisos mantendo níveis adequados de estímulos facilitadores e inibidores, “possibilitando” alguma reconstrução dessa conexão.
	A Aprendizagem e o Cérebro
	Há muitos fatores sobre os estudos relacionados ao cérebro que ainda não foram bem compreendidos, mas entre os neurocientistas sabe-se que o cérebro possui grande plasticidade, ou seja, sofre alterações a todo o momento. Tais alterações se dão principalmente na ludicidade no momento em que o cérebro é estimulado, modificando sua anatomia. Através de estudos realizados, sabe-se que o cérebro armazena fatos separadamente e que a aprendizagem ocorre através das sinapses entre os neurônios, ou seja, quando o meio oferece novos estímulos através dos sentidos ocorrem as associações entre os neurônios, o que gera as sinapses – a aprendizagem.
	O período pré-escolar é quando ocorrem as maiores descobertas da criança, ou seja, é quando os padrões socioculturais vão se solidificando, assim como é o momento em que o desenvolvimento físico, intelectual e motor desse indivíduo é alto. É neste período que a criança se socializa, desenvolve a coordenação motora e aprende a entender e superar novas situações, que antes eram complexas, tais como lidar com percepção, espaço, tempo, linguagem, pensamento lógico, entre outras, de maneira lúdica e saudável
Nesta fase, percebe-se que a memorização é facilitada quando em eventos emotivos por ativar o sistema límbico, isso ocorre porque quando o sistema límbico emocional é estimulado em relação a um acontecimento, faz com que seja produzido o neurotransmissor excitador catecolamina, o que ajuda na sedimentação da memória. 
O cérebro é uma entidade que está constantemente inteirada com o meio através de estímulos que vem a facilitar ou dificultar a memorização, ele sempre quer fazer conexões entre as memórias (novas e antigas), pois trata-se de um sistema biológico aberto e flexível que, em resposta a desafios transforma-se e cresce, assim como encolhe e morre pela falta de uso.
Educação Infantil e o Desenvolvimento Cognitivo
Pesquisas demonstram que o aprendizado inicia-se desde a gestação, a atividade nervosa intra-uterina é predominantemente reflexa, mas sem causar impedimento na relação do feto com o mundo que o cerca pois este sente, dorme, acorda, ouve, boceja, defeca. Sendo assim o recém-nascido já é um ser que possui experiências, traz consigo uma bagagem de vivência pré-natal e, mesmo a maioria de seu repertório de atividades neurológicas ser de atividades reflexas, seu processo de aprendizagem já é bem intenso.
O brincar representa um papel importante e primordial na construção do ser humano, a mesma força que o impele a comer e a amar, também leva a criança a criar situações lúdicas. Durante os primeiros anos de vida, desde a educação infantil e pré-escolar, os jogos auxiliam na integração sensório motora, intelectual e afetiva; interagindo todos os setores da personalidade por sinapses bem fortalecidas. Tanto na construção do ser quanto na construção do cérebro, faz-se necessário lembrar que o brincar desempenha importante papel em suas diferentes modalidades e manifestações que acompanham o criança desde o berço.
Todos os jogos, cognitivamente, exigem uma fase de aprendizagem e é ai que o conjunto das funções intelectuais entram em cena, sendo o plano intelectual do indivíduo totalmente mobilizado para que este possa entender desde a instrução verbal até as mais complexas regras a serem seguidas. Processos cognitivos e emocionais quase sempre dirigem o crescimento das capacidades cognitivas, ou seja, a emoção vai dando forma à cognição e a aprendizagem.
Conclusão
Ao relacionar o lúdico com a aprendizagem, percebe-se que o cérebro responde mais rapidamente aos estímulos quando estes estão relacionados ao que é prazeroso e emocionalmente agradável.
O fator lúdico a partir de sua concepção como ação, jogo, brincadeira, faz de conta, imitação, configura-se como um espaço de expressão livre, tornando-se local de vivência diverso do habitual, onde a fantasia e realidade se cruzam. Neste universo existe um conjunto de regras e normas que, se acaso forem violadas, acaba por destruir este lugar onde há o exercício de habilidades adquiridas através de experimentações e vivências.
 Qual a importância do lúdico neste processo de aprendizagem e como a neurociência pode nos auxiliar no entendimento deste processo? Tanto do ponto de vista pedagógico quanto da neurociência, pode-se verificar que no processo de desenvolvimento do cérebro, o surgimento e desenvolvimento do lúdico estão ligados ao afeto e ao prazer. É muito mais fácil aprender o que é prazeroso e divertido usando ferramentas lúdicas tais como jogos e brincadeiras para o ensino-aprendizagem aliados ao carinho e compreensão.
O uso de brincadeiras e jogos pode ser de forma intencional de promover uma aproximação entre professor e aluno, aumentando a afetividade e facilitando os processos cognitivos e o processo educativo se daria através dessas ferramentas lúdicas.
A neurociência e suas áreas correlatas vem mostrar a interferência da emoção sobre a cognição e o uso do lúdico pode estar presente em sala de aula, primeiramente como uma forma de aproximação entre professor e aluno, depois para mostrar aos professores, em especial aqueles dos anos iniciais da educação básica, que a prática docente deve ser realizada com amor, carinho, dedicação e prazer.
Referências Bibliográficas
ANTUNHA, Elsa L. G. ‘‘Jogos sazonais”- coadjuvantes do amadurecimento das funções cerebrais. In: OLIVEIRA, V. B. (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos.
Petrópolis, RJ, Vozes, 6ª ed., 2005. p. 35-56.
AZEVEDO, Antônia Cristina Peluso de. Brinquedoteca no diagnóstico e intervenção em dificuldades escolares. Campinas, SP: Editora Alínea, 2013. Edição especial.
BOMTEMPO, Edda. Brincar, fantasiar, criar e aprender. In: OLIVEIRA, Vera Barros de
(Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ, Vozes, 2000.
KISHIMOTO, Tizuco M. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 5ª Edição. São Paulo: Cortez, 2001.
PEREIRA, Eugenio Tadeu. Brincar e criança. In: CARVALHO, Alysson; SALLES, Fátima;
GUIMARÃES, Marília; DEBORTOLI, José Alfredo. (Orgs.) Brincar (es). 1ª edição, Belo
Horizonte: Editora UFMG. Pró-Reitoria de Extensão/ UFMG, 2009. p. 17-27.
PREDEBON, José. Criatividade de Hoje: Como se pratica, aprende e ensina. 1ª Edição, São Paulo: Editora Atlas, 1999.
RAU, Maria Cristina Ttrois Dorneles. A Ludicidade na Educação. 2ª Edição, Curitiba: IBPEX – Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão, 2011.
RELVAS, Marta Pires. Neurociência e Educação – potencialidades dos gêneros humanos na sala de aula. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2009.
VYGOTSKY, Lev. A formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
São Paulo – SP
Maio, 2016

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