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FISIOLOGIA DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS

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FISIOLOGIA DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
FLÁVIA HOFFMANN PALÚ
BIOMÉDICA
IMUNOGENETICISTA
CARACTERÍSTICAS DOS RECEPTORES SENSITIVOS
As cores, texturas, sons, temperaturas, odores e sabores são criadas pelo cérebro a partir de impulsos nervosos eletroquímicos.
Os receptores sensitivos realizam a transdução de diferentes formas de energia do “mundo real” na energia dos impulsos nervosos.
Diferentes formas de sensação são resultantes de diferenças das vias neurais e das conexões sinápticas.
CATEGORIAS DE RECEPTORES SENSITIVOS
Os receptores sensitivos podem ser terminações dendríticas de neurônios sensitivos.
Terminações podem ser livres:
Respondem a dor e a temperatura
Terminações podem serem encapsuladas em estruturas não-neurais:
Respondem a pressão
CATEGORIAS DE RECEPTORES SENSITIVOS
CATEGORIAS FUNCIONAIS:
Os receptores sensitivos podem ser agrupados segundo o tipo de energia do estímulo em que realizam a transdução:
Quimiorreceptores: detectam estímulos químicos do ambiente ou do sangue
Ex: calículos gustatórios, epitélio olfatório e os glomos para-aórticos e caróticos
Fotorreceptores: cones e bastonetes da retina
CATEGORIAS DE RECEPTORES SENSITIVOS
CATEGORIAS FUNCIONAIS:
Termorreceptores: respondem ao calor e ao frio
Mecanorreceptores: estimulados pela deformação mecânica da membrana celular do receptor
Receptores do tato e da pressão localizados na pele e células ciliadas da orelha interna
Nociceptores (dor): possuem um limiar de ativação mais alto que os outros receptores cutâneos.
Seu estímulo deve ser mais intenso para que eles sejam ativados
CATEGORIAS DE RECEPTORES SENSITIVOS
CATEGORIAS FUNCIONAIS: De acordo com a informação sensitiva que transmitem ao cérebro:
Proprioceptores: fusos musculares, órgãos tendinosos de Golgi e os receptores articulares
Promovem um sentido de posição corporal e permitem o controle fino dos movimentos esqueléticos
Receptores cutâneos (pele): 
Receptores da dor
Receptores do tato e da pressão
Receptores do calor e do frio
Receptores que medeiam a visão, audição e o equilíbrio são agrupados como receptores dos sentidos especiais.
CATEGORIAS DE RECEPTORES SENSITIVOS
RECEPTORES TÔNICOS E FÁSICOS:
Receptores Fásicos: são aqueles que pela primeira vez quando estimulados respondem com explosão de atividade, mas diminui sua atividade quando se adapta ao estímulo.
Receptores Tônicos: são aqueles receptores que respondem numa taxa relativamente constante de disparo enquanto o estímulo é mantido.
LEI DAS ENERGIAS NERVOSAS ESPECÍFICAS
A estimulação de uma fibra nervosa produz apenas uma sensação.
A lei das energias nervosas específicas: a sensação característica de cada neurônio sensitivo é aquela produzida por seu estímulo adequado.
Vários estímulos diferentes possam ativar um receptor, o estímulo adequado requer a quantidade mínima de energia para fazê-lo:
O estímulo adequado aos fotorreceptores do olho é a luz, mas se esses fotorreceptores forem estimulados por outros meios, um flash luminoso (estímulo adequado) pode ser percebido.
POTENCIAL GERADOR (RECEPTOR)
Em resposta a um estímulo ambiental, as terminações nervosas sensitivas produzem alterações locais graduadas do potencial de membrana.
Nas terminações sensitivas, essas alterações de potencial em resposta à estimulação ambiental é chamada de POTENCIAL GERADOR, porque servem para gerar potenciais de ação em resposta à estimulação sensitiva.
Como os neurônios sensitivos são pseudo-unipolares, os potenciais de ação produzidos em resposta ao potencial gerador são conduzidos continuamente da periferia para o SNC.
LEI DAS ENERGIAS NERVOSAS ESPECÍFICAS
Por isso, independente de como um neurônio é estimulado, somente uma modalidade sensitiva será percebida.
SENSAÇÕES CUTÂNEAS
As sensações cutâneas do toque, pressão, calor, frio e dor são medidas pelas terminações nervosas dendríticas de diferentes neurônios sensitivos:
Receptores de calor, frio e dor: terminações desnudas dos neurônios sensitivos.
Receptores do toque: terminações dendríticas desnudas que circudam os folículos pilosos, e os corpúsculos de Ruffini e corpúsculos de Merkel.
Receptores de toque e pressão: medida por dendritos que se encontram encapsulados em várias estruturas como corpúsculos de Meissner e de Pacini.
Corpúsculos de Pacini é revestido por 30 a 50 camadas de tecido conjuntivo que absorvem parte da pressão quando o estímulo é mantido.
SENSAÇÕES CUTÂNEAS
SENSAÇÕES CUTÂNEAS
Há muito mais terminações dendríticas que respondem ao frio do que ao calor:
Receptores ao frio estão localizados na região superior da derme, logo abaixo da epiderme.
Receptores ao calor estão localizados um pouco mais profundamente na derme.
Receptores da dor inicial e aguda é transmitida por axônios mielinizados de condução rápida.
Receptores da dor persistente e surda é transmitida por axônios não mielinizados de condução mais lenta.
SENSAÇÕES CUTÂNEAS
INIBIÇÃO LATERAL:
Os campos receptivos das áreas centrais onde o toque é mais forte serão mais estimulados que os das áreas vizinhas onde o toque é mais leve.
A estimulação diminui gradualmente do ponto de maior contato, sem um limite nítido.
O que perceber não é a sensação vaga que poderia ser prevista, mas sente-se apenas o toque único com limites bem definidos.
Essa nitidez da sensação se deve a um processo denominados INIBIÇÃO LATERAL.
SENSAÇÕES CUTÂNEAS
A inibição lateral e consequente nitidez da sensação ocorrem no SNC.
Os neurônios sensitivos cujos campos receptivos são mais fortemente estimulados inibem os neurônios sensitivos que inervam os campos receptivos vizinhos.
Na audição, a inibição lateral ajuda a ajustar a capacidade do cérebro de distinguir sons de tonalidades diferentes.
Na visão, ela ajuda o cérebro a distinguir com maior nitidez limites de luz e de escuridão.
No olfato, ela ajuda o cérebro a distinguir com maior clareza odores intimamente relacionados.
GOSTO E OLFATO
Os receptores do gosto e olfato respondem a moléculas que estão dissolvidas em líquido, por isso são chamados de quimiorreceptores.
Quimiorreceptores que respondem a alterações químicas do ambiente interno – INTEROCEPTORES
Quimiorreceptores que respondem a alterações químicas do ambiente externo 0 EXTEROCEPTORES
Embora existam apenas 4 modalidades básicas de sabores, eles se combinam de várias formas e são influenciados pelo olfato, permitindo uma ampla variedade de diferentes experiências sensitivas.
GOSTO E OLFATO
Os Exteroceptores são divididos em:
Receptores gustatórios: respondem a substâncias químicas dissolvidas em alimentos e bebidas.
Receptores olfatórios: respondem a moléculas gasosas presentes no ar.
As moléculas odoríferas presentes no ar devem primeiramente se dissolver em líquido na mucosa olfativa antes do olfato ser estimulado.
O olfato influencia intensamente o gosto.
GOSTO
O sentido do paladar é evocado por receptores que consistem em calículos gustatórios em forma de barril.
Localizados na superfície dorsal da língua.
Cada calículo gustatório é composto por 50 a 100 células epiteliais especializadas com microvilosidades longas que se estendem através de um poro do calículo gustatório até o ambiente externo, onde são imersos na saliva.
Produzem potenciais de ação e liberam neurotransmissores que estimulam neurônios sensoriais associados aos calículos gustatórios.
GOSTO
As sensações do gosto são passadas para o bulbo, onde os neurônios formam sinapses com neurônios de segunda ordem que se projetam para o tálamo.
Deste, neurônios de terceira ordem projetam-se para a área do giro pós-central do córtex cerebral devotada às sensações da língua.
Existem 4 modalidade principais de sabor, e cada uma delas é detectada com mais acurácia numa determinada área da língua.
GOSTO
Doce: Açúcar Azedo: H+ Salgado: Na+ Amargo: moléculas 							 tóxicas
OLFATO
Receptores localizado no epitélio olfatório.
Constitui-se de células receptoras (neurônios bipolares), células de suporte e células basais.
As células basais geram novas células receptoras a cada 1-2 meses para substituir os neurônios lesados pela exposição ao ambiente.
As células de suporte são células epiteliais ricas em enzimas que oxidam substâncias voláteis hidrofóbicas com menos capacidade de penetrar membranas e de entrar no encéfalo.
OLFATO
Cada neurônio sensitivo bipolar possui um dendrito que se projeta para o interior da cavidade nasal, onde ele termina num botão contendo cílios.
O neurônio sensitivo bipolar possui um único axônio não mielinizado que se projeta para o bulbo olfatório do cérebro.
Ao contrário de outras modalidade sensitivas, o olfato é transmitido diretamente ao córtex cerebral.
O processamento da informação olfatória começa no bulbo olfatório, onde os neurônios sensitivos bipolares formam sinapses com neurônios localizados nos glomérulos.
OLFATO
APARELHO VESTIBULAR E O EQUILÍBRIO
O senso de equilíbrio é provido por estruturas da orelha interna, coletivamente denominadas aparelho vestibular.
Movimentos da cabeça fazem com que o líquido no interior dessas estruturas incline projeções das células ciliadas sensitivas e essa inclinação acarreta a produção de potenciais de ação.
O aparelho vestibular é uma estrutura em forma de caracol denominada cóclea.
APARELHO VESTIBULAR E O EQUILÍBRIO
O aparelho vestibular possui duas partes: 
Utrículo e o sáculo
Canais semicirculares
As estruturas sensitivas do aparelho vestibular e da cóclea estão localizadas no labirinto membranáceo.
APARELHO VESTIBULAR E O EQUILÍBRIO
Os receptores do equilíbrio são células epiteliais modificadas – células ciliadas, porque cada célula contém 20 a 50 projeções piliformes.
Quando esta célula é encurvada a membrana celular se deprime tornando-se despolarizada.
Isso faz com que a célula ciliada libera um neurotransmissor sináptico que estimula os dendritos de neurônios sensitivos que fazem parte do nervo vestibulococlear.
APARELHO VESTIBULAR E O EQUILÍBRIO
No utrículo e no sáculo contêm células ciliadas que se projetam para o labirinto membranáceo cheio de endolinfa.
Por causa da orientação dos cílios, o utrículo é mais sensível à aceleração horizontal e o sáculo é mais sensível à aceleração vertical.
Os canais semicirculares auxiliam no equilíbrio através do encurvamento dos cílios numa direção oposta a aceleração.
ORELHAS E A AUDIÇÃO
ORELHA EXTERNA:
As ondas sonoras são afuniladas pela orelha e transmitidas para o meato acústico externo.
O meato acústico externo canaliza as ondas sonoras para a membrana timpânica.
Ondas sonoras do meato acústico externo produzem vibrações extremamente pequenas da membrana timpânica.
ORELHAS E A AUDIÇÃO
ORELHA MÉDIA:
Localizada entre a membrana timpânica e a cóclea.
Existem 3 ossículos da audição – martelo, bigorna e estribo.
O martelo está ligado a membrana timpânica, de modo que as vibrações dessa membrana são transmitidas através do martelo e da bigorna até o estribo.
Por fim, o estribo está ligado a uma membrana da cóclea – janela vestibular, que vibra em resposta às vibrações da membrana timpânica.
ORELHAS E A AUDIÇÃO
ORELHAS E A AUDIÇÃO
CÓCLEA (vídeo):
Encaixado no osso temporal do crânio, ela compõe a orelha interna.
Tamanho de uma ervilha e com formato de concha de caracol.
Movimentos da janela do vestíbulo produzem ondas de pressão no líquido da cóclea, as quais movimentam a membrana basilar e os movimentos dessa membrana em resposta ao som acarretam a inclinação das projeções das células ciliadas.
Isso estimula potenciais de ação transmitidos através de fibras sensitivas ao encéfalo e interpretados como som.
OLHOS E A VISÃO
A camada mais externa do olho é um revestimento resistente de tecido conjuntivo – esclera. É o branco dos olhos que podem ser visto externamente.
O tecido da esclera forma uma continuidade com a córnea transparente.
A luz passa através da córnea para entrar na câmera anterior do olho.
Em seguida, a luz passa através de uma abertura – pupila, que é circundada por um músculo pigmentado – íris.
Após passar através da pupila a luz entra no cristalino.
OLHOS E A VISÃO
OLHOS E A VISÃO
A íris é como o diafragma de uma câmera fotográfica, ela pode aumentar ou diminuir o diâmetro de sua abertura para permitir a entrada de mais ou menos luz.
A parte posterior da íris é um epitélio pigmentado que confere a cor do olho.
A porção do olho localizada atrás da lente está cheia de uma substância viscosa espessa – corpo vítreo.
Após a luz passar pelo corpo vítreo, ela entra na camada neural, que contém fotorreceptores, na porção posterior do olho – retina.
OLHOS E A VISÃO
Ao passar pela retina parte dessa luz estimula fotorreceptores, os quais ativam outros neurônios.
Neurônios na retina fornecem fibras que são reunidas – disco do nervo óptico.
Estes fibras saem da retina como nervo óptico.
Esta região não possui fotorreceptores – ponto cego.
OLHOS E A VISÃO
RETINA:
Existem dois tipos de neurônios fotorreceptores:
Bastonetes: proveem a visão preto e branco sob condições de baixa intensidade luminosa
Cones: proveem a visão colorida nítida quando a intensidade luminosa é maior
Ambos os tipos de células receptoras contêm moléculas de pigmento que sofrem dissociação em resposta a luz.
Essa reação fotoquímica acaba acarretando a produção de potenciais de ação no nervo óptico.
OLHOS E A VISÃO
RETINA:
As bainhas de mielina das fibras do nervo óptico derivam de oligodendrócitos.
Os bastonetes contêm um pigmento de cor púrpura – rodopsina, porque ela transmite luz nas regiões vermelha e azul do espectro, enquanto absorvem energia luminosa na região verde.
Os cones são mais sensíveis a luz que os bastonetes. Durante o dia, a alta intensidade luminosa branqueia os bastonetes e os cones proveem a visão colorida.
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