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Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG-V.2-N.1-Jul./Ago. 2009 
 
144 
 
 
HIGIENE ORAL: ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM PACIENTE 
COM DÉFICIT NO AUTOCUIDADO 
 
ORAL HYGIENE: TEAM OF ACTION FOR NURSING IN PATIENT WITH DEFICIT 
IN SELFCARE 
 
Grasiele Cristina Martins 
Discente do curso de Enfermagem do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG. 
grasielecristina@hotmail.com 
 
Neide Oliveira dos Santos 
Discente do curso de Enfermagem do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG. 
 
Everton Teixeira Gomes 
Enfermeiro-Especialista em Farmacologia Aplicada/UNIFENAS-MG. Docente do Centro Universitário 
do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG. 
 
RESUMO 
 
A cavidade bucal sendo parte integrante do corpo humano deve receber igual atenção na elaboração 
do planejamento de enfermagem. A promoção da higiene oral é a temática analisada nesta pesquisa, 
por ser considerada fator de grande relevância na assistência ao paciente com déficit no autocuidado, 
pois a realização de uma higiene oral satisfatória contribui para minimizar os riscos de complicações 
e o tempo de internação do paciente. O trabalho teve como objetivo avaliar a realização da higiene 
oral pela equipe de enfermagem da Unidade de Cuidados Intensivos-UCI de um hospital da cidade de 
Ipatinga-MG, à luz do protocolo da instituição pesquisada e literaturas científicas. Este estudo trata-se 
de uma investigação com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada através de um 
check-list baseado no protocolo da própria instituição pesquisada. Foram exploradas a técnica de 
higiene oral e seu registro no prontuário, dos 20 profissionais observados cinco realizaram o 
procedimento. Percebeu-se que todos os profissionais deixaram de fazer etapas importantes da 
técnica, como lavagem das mãos, posicionamento do paciente e explicação do procedimento ao 
paciente, portanto há dificuldade no entendimento das conseqüências que a não promoção da 
higiene oral e seu adequado registro no prontuário podem acarretar na evolução clínica dos 
pacientes. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Higiene Bucal. Autocuidado. Assistência de Enfermagem. 
 
ABSTRACT 
 
The oral cavity is an integral part of the human body should and receive equal attention in the 
elaboration of the nursing planning. The promotion of oral hygiene is the theme examined in this 
study, because it is considered very important factor in patient care with a deficit in self-care, because 
the achievement of a satisfactory oral hygiene helps to minimize the risks of complications and time of 
stay of the patient in hospital. The study aimed to evaluate the performance of oral hygiene by the 
people of nursing of ICU of a hospital in the city of Ipatinga-MG. This study deals with research with a 
qualitative approach. Data collection was performed through a check-list based on the protocol of the 
institution investigated. Was explored the technique of oral hygiene and its record in patient randbook, 
of the 20 observed professionals five accomplished the procedure. It was noticed that all the 
professionals failed to make important steps in technique, like washing of the hands, alteration of the 
position of the patient and explanation of the procedure the patient, so there is difficulty in the 
understanding of the consequences that not promotion of the oral hygiene and his appropriate register 
in the handbook can bring in the clinical evolution of the patients. 
 
KEY WORDS: Oral Hygiene. Selfcare. Nursing care. 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
 Segundo Almeida et al (2006) há vários anos encontra-se na literatura 
suspeita da associação entre algumas patologias sistêmicas e cavidade oral. 
Egípcios, hebraicos, gregos e romanos já relacionavam a saúde da boca com o 
bem-estar geral dos indivíduos. 
 
De todos os sítios do corpo humano a cavidade bucal é aquela que 
apresenta os maiores níveis e diversidade de microrganismos. As 
características anátomo-fisiológicas da boca são responsáveis por esta 
diversidade, uma vez que a boca apresenta diferentes tipos de tecidos e 
estruturas que variam quanto à tensão de oxigênio, disponibilidade de 
nutrientes, temperatura e exposição aos fatores imunológicos do 
hospedeiro. O dorso da língua funciona como um reservatório de diversos 
microrganismos, os quais vão posteriormente ocupar outros nichos nas 
superfícies dentárias supra e subgengivais. Muitos microorganismos Gram-
negativos e Gram-positivos encontrados em altas proporções no dorso da 
língua podem ser patogênicos ao colonizar a placa dental supra e 
subgengival (GRANER et al, 2005, p. 4). 
 
 Doenças do foro respiratório têm vindo a ser associadas à doença 
periodontal, em especial a Pneumonia Bacteriana e a Doença Pulmonar Obstrutiva 
Crônica (SCANNAPIECO, 1996; LIMEBACK,1988 apud ALMEIDA et al, 2006). 
Almeida et al (2006) acrescenta que outras patologias como diabetes mellitus, 
doenças cardiovasculares, artrite reumatóide e partos prematuros podem advir da 
colonização da cavidade oral e orofaringe por potenciais patógenos respiratórios. 
 De acordo com Jaber et al (2007) o controle de placa tornou-se uma 
necessidade de Saúde Pública, uma vez que a presença de patógenos bucais 
podem interferir negativamente no status de saúde do paciente. 
 Para Brito, Leal e Vargas (2007) as complicações decorrentes da falta ou 
inadequação do procedimento de higiene oral podem aumentar o tempo de 
permanência hospitalar em 6,8 a 30 dias. Diante do exposto há necessidade de 
medidas adjuntas ao controle mecânico da placa bacteriana (escovação e uso de fio 
ou fita dental) como, por exemplo, o uso de substâncias químicas (JABER et al, 
2007). 
É neste contexto que a equipe de enfermagem está inserida, prestando o 
cuidado de acordo com o grau de dependência do paciente. 
 Para Mosby (1995 apud Silva, 2001) de acordo com Dorothea Elizabeth 
Orem, autocuidado é o conjunto de ações que o ser humano desenvolve consciente 
deliberadamente, em seu benefício, no sentido de promover e manter a vida, o bem 
estar e a saúde. Quando ocorre incapacidade ou limitação do autocuidado, 
caracteriza-se déficit de autocuidado, em que se insere a atuação da enfermagem. 
Esta atuação se dá em três diferentes sistemas: totalmente compensatório, 
parcialmente compensatório e sistema apoio-educação. 
 Além de realizar os procedimentos os profissionais de enfermagem devem 
estar atentos para sua adequada anotação no prontuário. 
 Timby (2007) discorre que os registros em prontuários servem como relatórios 
permanentes dos problemas de saúde de um indivíduo, forma de partilhar 
informações entre os profissionais de saúde, garantindo, assim, a segurança do 
 
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paciente e da continuidade dos cuidados. Descreve a doença ou a enfermidade de 
uma pessoa de forma cronológica e os cuidados oferecidos, desde o surgimento do 
problema até a alta hospitalar ou sua morte. 
Du Gas (1983) afirma que o objetivo principal do registro em prontuário é 
proporcionar uma anotação escrita de todos os dados acerca do paciente. É um 
documento legal, portanto serve como evidência diante do tribunal, e também como 
fonte de pesquisa. É uma fonte de comunicação e mantém um relato escrito 
contínuo dos fatos essenciais ocorridos durante um período de tempo. 
Portanto indaga-se se a equipe de enfermagem realiza a higiene oral em 
pacientes com déficit no autocuidado conforme protocolo da instituição e registra tal 
procedimento no prontuário do paciente. 
Diante do exposto, esta pesquisa pretendeu-se observar a técnica do 
procedimento de higiene oral à luz do protocolo e literatura científica, bem como seu 
registro no prontuário. O estudo teve como objetivogeral avaliar a realização da 
higiene oral pela equipe de enfermagem da Unidade de Cuidados Intensivos-UCI de 
um hospital da cidade de Ipatinga-MG, à luz do protocolo da instituição pesquisada e 
literaturas científicas. 
 
METODOLOGIA 
 
A pesquisa baseou-se em um estudo descritivo e uma abordagem qualitativa. 
Segundo Gil (2002) as pesquisas descritivas são as que habitualmente realizam os 
pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática. De acordo com Andrade 
(2003) nesse tipo de pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados, 
classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles. Isto significa 
que os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não manipulados 
pelo pesquisador. Uma das características da pesquisa descritiva é a técnica 
padronizada da coleta de dados, realizada principalmente através da observação 
sistemática. 
Marconi e Lakatos (1996) afirmam que pesquisa descritiva delineia o que é, 
aborda também quatro aspectos: descrição, registro, análise e interpretação de 
fenômenos atuais, objetivando o seu funcionamento no presente. 
Segundo Oliveira (1999) a abordagem qualitativa não emprega dados 
estatísticos como centro no processo de análise de um problema, não tem pretensão 
de numerar ou medir categorias homogêneas, mas em contrapartida nos leva a uma 
série de leitura sobre o assunto da pesquisa. Apresenta contribuições no processo 
de mudança, criação ou formação de opniões. 
A coleta de dados foi realizada na UCI de um hospital público do município de 
Ipatinga, nos dias 01, 02, 28 e 30 de julho e 08 de agosto de 2008, no turno da 
manhã, de 08:00 às 11:00h, respeitando rotina e horários definidos pela instituição. 
A população foi constituída de 20 auxiliares de enfermagem da UCI, que se 
revezavam em uma escala francesa, sendo quatro funcionários por letra. A amostra 
foi composta por 5 profissionais, pois apenas estes realizaram o procedimento de 
higiene oral em pacientes debilitados. A ala pesquisada é composta por seis leitos, 
sendo a mesma ocupada por pacientes adultos com déficit no auto-cuidado. 
 O instrumento de pesquisa utilizado foi um check-list baseado no protocolo 
da instituição e complementado por outras literaturas. Foi observada a realização da 
 
 
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técnica do procedimento de higiene oral, freqüência, solução utilizada, bem como 
registros em prontuários. 
Os aspectos éticos foram baseados na Resolução n° 196 de 10 de outubro de 
1996 do Conselho Nacional de Saúde, que regulamenta pesquisa envolvendo seres 
humanos (BRASIL, 1996). Para realização deste estudo, foi obtida uma carta de 
autorização da direção da instituição e da coordenação do setor. Os participantes 
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 
Após coleta e análise dos dados, os mesmos foram apresentados na forma 
de relatórios de pesquisas, tabelas e discutidos utilizando a literatura pesquisada. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Foram observados um total de 20 profissionais, sendo dois do gênero 
masculino e 18 do gênero feminino. Destes, apenas 5 (25%) dos profissionais 
observados realizaram o procedimento de higiene oral aos pacientes com déficit de 
autocuidado na UCI de um Hospital de Ipatinga-MG. 
A realização do procedimento é feito uma vez ao dia, logo após o banho de 
leito. Porém, Yako (2000) afirma que o intervalo depende da avaliação do 
profissional de enfermagem, contudo o tempo mínimo deve obedecer o intervalo de 
4 horas quando o paciente estiver intubado. 
Veloso, Barbosa e Loures (2002) descrevem que a higiene oral deve ser feita 
pela manhã, à noite e após as refeições, para evitar a proliferação de bactérias. 
Koch et al (2004) acrescenta ainda que, esta deve ser feita pela manhã, após as 
refeições, e a cada duas horas em pacientes graves, febris ou com sonda 
nasogástrica. 
Pacientes que forem submetidos à procedimentos invasivos pela cavidade 
oral deveriam antes dos mesmos receberem o cuidado de higiene oral, uma vez 
que pode haver uma migração de microrganismos pelo atrito através dos 
equipamentos, materiais e instrumentais utilizados. As soluções de continuidade na 
mucosa oral representam portas de entrada desses patógenos na corrente 
sanguínea. 
A técnica de higiene oral foi observada e as etapas realizadas pelos 
profissionais são demonstradas na TAB. 1. 
 
TABELA 1 Distribuição dos participantes quanto a freqüência das principais etapas do 
procedimento de higiene oral 
Procedimento 
 
Frequência % 
Lavagem das mãos 
 
0 0% 
Posicionamento do paciente 
 
0 0% 
Explicação do procedimento ao paciente 
 
1 0% 
Utilização do antisséptico 
 
5 100% 
Troca da gaze a cada uso 
 
Higienização de língua e bochechas 
 
5 100% 
 
5 100% 
Organização do ambiente 
 
5 100% 
Registro nos prontuários 5 100% 
 
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Da amostra, 5 (100%) dos profissionais observados não realizaram a prática 
de lavagem das mãos antes do procedimento. Como este era realizado logo após o 
banho de leito, mantinha-se a mesma luva. 
As infecções nosocomiais são um grande problema nas UTI’s, e o ato de 
lavar as mãos é a maneira mais eficiente de minimizá-lo (MICHELS JÚNIOR et al, 
2002). Para Yako (2000), essa prática torna-se essencial à prevenção e controle das 
doenças infecciosas. Pelas mãos, pode-se carrear microrganismos capazes de 
disseminar a infecção hospitalar. É fundamental a conscientização de todos os 
profissionais de saúde sobre o assunto. 
Quanto à posição do paciente, todos estavam com a cabeceira do leito 
elevada, porém não foram posicionados em decúbito lateral. Essa prática deveria 
ser aplicada, pois, além de proporcionar conforto, minimiza os riscos de aspiração 
de secreções provenientes da cavidade oral, que podem carrear potenciais 
patógenos respiratórios. Segundo Veloso, Barbosa e Loures (2002); Koch et al 
(2004) e Yako (2000) dizem que o decúbito indicado é a posição de fowler. Brito, 
Vargas e Leal (2007) salientam que a técnica em decúbito lateral é imprescindível 
para que a higiene bucal seja executada com eficácia. Contudo, em seus estudos 
verificaram que essa não aparece na prática. 
Da amostra, apenas 1 (20%) profissional explicou o procedimento para o 
paciente. A aceitação e colaboração do paciente dependem da sua abordagem. 
Quando essa é feita de forma humanizada, as chances de obter sucesso na 
intervenção, e consequentemente na recuperação são infinitamente maiores. Para 
Vila e Rossi (2002) humanizar o atendimento significa identificar o paciente pelo 
nome, informá-lo a respeito do procedimento a ser realizado, afim de personalizar o 
atendimento. 
O antisséptico utilizado na higiene oral é o Cloreto de Cetilpiridínio (Cepacol), 
de forma generalizada, substituindo a escovação. O uso deveria ser avaliado de 
acordo com a necessidade do paciente. Quanto à diluição, o método utilizado vai de 
encontro ao que é preconizado no protocolo, podendo ser diluído em igual volume 
de água. Ida (s.d.) indica que esse deve ser usado logo após escovação de manhãe a noite. Gebran e Gebert (2002) afirmam que os efeitos colaterais encontrados em 
uso excessivo são: manchas nos dentes, queimação e ulceração da mucosa, 
aumento da formação de cálculo e descoloração da língua. 
Durante o procedimento observou-se que 5 (100%) dos profissionais trocaram 
a gaze, porém mantiveram a mesma espátula. Esse ato não condiz com o protocolo 
da instituição, que preconiza o descarte desses materiais a cada uso. A troca desses 
materiais é fundamental para que não ocorra contaminação. 
Ao realizar a técnica de higiene oral houve uma preocupação de todos 
profissionais em limpar língua e bochechas. Para Moore (2000 apud Querido et al., 
2004) a cavidade oral humana é naturalmente habitada por inúmeros 
microrganismos. As bactérias possuem características que permitem sua 
colonização não só em superfícies dentárias, como também na língua e bochechas. 
 Todos os profissionais que realizaram o procedimento deixaram o ambiente 
organizado. Para Koch (2004), oferecer um ambiente limpo, em ordem e agradável, 
evita a infecção hospitalar, economiza material, previne doenças e acidentes. 
 
 
 
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Os registros nos prontuários são realizados diariamente após o término de 
todos os cuidados. Limita-se apenas em registrar “realizado H.O. no leito”, sigla 
padronizada pela instituição e que significa Higiene Oral. Sabe-se que as anotações 
referentes aos cuidados prestados são tão importantes quanto a realização dos 
mesmos. Essas devem conter dados descritos, incluindo definição de características 
como tamanho e forma, especificando os dados de forma concreta e objetiva. É 
baseado nelas que a equipe de enfermagem pode traçar planos de cuidados 
específicos de acordo com cada caso. 
Santos et al (2005) destacam uma preocupação centrada na completude e na 
compreensibilidade dos registros. Este deve ser completo e conciso, incluindo todos 
os detalhes importantes, devendo ser de fácil leitura e compreensão. Timby (2007) 
ressalta que o registro é uma forma de partilhar informações entre os profissionais 
de saúde, garantindo assim, a segurança do paciente e continuidade dos cuidados. 
Devem ser utilizadas apenas abreviaturas aprovadas pela instituição. Du Gas (1983) 
acrescenta ainda que o registro serve como documento legal, evidência diante do 
tribunal e como fonte de pesquisa. 
 
CONCLUSÃO 
 
Considerando a visão holística na assistência de enfermagem em pacientes 
adultos com déficit no autocuidado, percebeu-se que há na equipe de enfermagem 
do setor pesquisado uma queima de algumas etapas no procedimento de higiene 
oral acarretando prejuízos ao paciente. Há um distanciamento entre preconizações 
teóricas e realidade. 
Diante do exposto torna-se fundamental que a equipe de enfermagem 
promova atenção especial no que diz respeito à higiene oral, de forma técnico-
científica e humanizada, através de educação permanente e socialização das 
informações. Assim, profissionais que atuam em ambientes que requerem esse 
cuidado oferecem um atendimento ao paciente em toda sua totalidade. 
Destaca-se ainda a necessidade de pesquisas clínicas, correlacionando 
índices de infecções nosocomiais e doenças sistêmicas em UCI, à falta de higiene 
oral. 
A higiene oral é de responsabilidade da equipe de enfermagem, sendo assim 
profissionais comprometidos com a qualidade na assistência anseiam em promover 
um atendimento integral, minimizando os riscos de complicações e o tempo de 
hospitalização dos pacientes. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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