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EXAME NEUROLOGICO . inicial

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Exame Físico Neurológico
	O exame neurológico é complexo e extenso, fato que as vezes dificulta a sua realização. 
	Ele é parte indispensável do aprendizado do aluno de enfermagem, pois um exame neurológico detalhado e cuidadoso traz informações relevantes para a assistência de enfermagem .(koizumi;Diccini,2006).
	O objetivo a avaliação neurológica conduzida pelo enfermeiro compreende a realização do exame neurológico inicial na admissão, a identificação de disfunções no sistema neurológico, a determinação dos efeitos dessas disfunções na vida diária do individuo e a detecção de situação de risco de vida
Profª Rose Espindola
Exame Neurológico
		A realização do exame em etapas sucessivas(deitado, sentado e de pé) pode torná-lo mais rápido e lógico, bem como reduzir as inúmeras mudanças de posição, resultando em um exame menos aborrecido e cansativo para o paciente e o examinador.(Porto,2004)
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Propedêutica neurológica:
Anamnese neurológica;
Avaliação resumida do estado mental(MEEM);
Distúrbios das disfunções cerebrais superiores;
Inspeção, avaliação do nível de consciência, das pupilas, da coluna, do equilíbrio, da função motora, da função sensitiva, da função cerebelar, dos reflexos superficiais e profundos dos nervos cranianos. 
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Anamnese neurológica:
 A historia pessoal deve abordar os dados referentes a condições de habitação e alimentação(avitaminoses), vícios, trabalho e condições emocionais.

Investigar antecedentes familiares, questionar sobre patologias hereditárias
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Avaliação do estado mental
 Avaliar a orientação alopsiquica, a memória e a linguagem.
 Adaptação do minimental state (MEEM)
 
A pontuação normal deve estar entre 27 e 30.
 Pontuações abaixo de 23 são consideradas anormais
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MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL
PONTOS
1. Orientação temporal (0-5): ANO – ESTAÇÃO - MÊS – DIA - DIA DA SEMANA
2. Orientação espacial (0-5): ESTADO – RUA - CIDADE - LOCAL - ANDAR
3. Registro (0-3): nomear: PENTE - RUA – CANETA
4. Cálculo- tirar 7 (0-5): 100-93-86-79-65
5.Evocação (0-3): três palavras anteriores: PENTE – RUA - CANETA
6. Linguagem 1 (0-2): nomear um RELÓGIO e uma CANETA
7. Linguagem 2 (0-1): repetir: NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ
8. Linguagem 3 (0-3): siga o comando: Pegue o papel com a mão direita, dobre-o ao meio, coloque-o em cima da mesa.
9. Linguagem 4 (0-1): ler e obedecer: FECHE OS OLHOS
10. Linguagem 5 (0-1): escreva uma frase completa
..................................................................................................
11. Linguagem 6 (0-1): copiar o desenho.
TOTAL
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Distúrbios das funções cerebrais superiores:
Afasia: incapacidade de expressão da linguagem(afetam a comunicação do individuo)
motora ou verbal – dificuldade de se expressar pela fala ou pela escrita(afasia de Brocca)
receptiva ou sensorial – dificuldade leve ou extrema de compreensão da linguagem (afasia de Wernicke)
 global – compreensão e a expressão comprometidas.
condução - repetição de vocábulos(parafasia) acompanhada de dificuldade da escrita
 amnésica – incapacidade de nomear objetos, ainda que o conhecimento de sua utilidade seja preservado.
 
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Distúrbios das funções cerebrais superiores:
Gnosia  reconhecimento
 Agnosia auditiva( incapacidade de rec. som), 
De visão(cegueira cortical ou psíquica),
estereoagnosias(objetos colocados na mão), 
somatoagnosia(próprio corpo em relação ao espaço) , 
prosopoagnosia(fisionomia alheia), 
autoprosopognosia( própria fisionomia).
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Distúrbios das funções cerebrais superiores:
Apraxia incapacidade de atividade gestual consciente (lesões nos lobos parietais e frontais)
Apraxia construtiva- incapacidade de gestos ordenados, como desenhar,
 Apaxia ideomotora- incapacidade de ordenar gestos simples, como bater palmas 
Apraxia ideatória- incapacidade de organizar gestos simples, virar uma jarra de agua sobre um copo e enchê-lo de forma lógica e ordenada 
Apraxia de vestir- ato de vestir-se ou despir-se. 
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Inspeção
		A inspeção deve ser realizada nas posições de pé, sentado ou no leito.
O enfermeiro deve observar as posições, as expressões e os movimentos do paciente.
 Alguns aspectos importantes relacionados às alterações neurológicas:
Doença de Parkinson: hemiplegias piramidais e paraplegias.
Sinais: sinal da mão caída ou em gota, mão simiesca e pé equino.
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Opistótono – contratura da musculatura lombar, observada nos casos de tétano e meningite. Opisthen (para trás)
Emprostótono- contrario do opistótono, concavidade voltada para diante. (emprosthen)
 
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		A expressão facial esta relacionada a diversas patologias de ordem neurológica.
Ex. Face inexpressiva 
ou congelada, 
característica da 
doença de Parkinson.
Ex. expressão congelada, 
porem com riso e choro 
Imotivados, característica de
 paralisias pseudobulbares.
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		A pele pode apresentar manchas café com leite – aumento da produção de pigmentos nos melanócitos 
 da pele(neurofibromatose).
	Alterações tróficas da pele, perda de pelo e mudanças da cor e temperatura são características de doenças do sistema nervoso autônomo.
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Alterações decorrentes do sistema nervoso:
	Os movimentos involuntários  acentuam-se com o movimento, diminuem com o repouso e desaparecem com o sono.
	Exemplos:
Tremor do parkinsonismo- lento e regular
Tremor intencional ou cerebelar - desencadeia com um movimento ou pensar em fazê-lo.
Asterix-movimentos rápidos segmentos distais(bater de asas de ave)
Movimentos coreicos – abruptos, sem ritmo e finalidade
Balismo – coreia de grande amplitude, desequilíbrio e queda.
Atetose – movimento de extremidades distais.
Mioclonia- contração brusca e involuntária de um mais músculos, sem deslocamento de segmento.
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Avaliação do nível de
 consciência:
 conhecimento de si mesmo e do ambiente, capacidade de reagir quando em perigo ou de atender suas necessidades biológicas e psicossociais.
Dividido em dois componentes:
Despertar – estado de vigília, capacidade de abrir os olhos, de estar acordado. É regulado pelo sistema reticular ativador ascendente(SRAA)
Conteúdo de consciência – somatório das funções cognitivas e afetivas do individuo, é estar ciente e perceber as coisas em relação ao meio externo. Lesões na região do SRAA, afetam o nível de consciência , provocando alterações como sonolência ou confusão mental e até coma.
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Avaliação do nível de consciência
 Perceptividade – avaliada por meio da análise das respostas que envolvem mecanismos de aprendizagem.
Reatividade – é variável quando há perda da consciência e não depende do córtex. As respostas são reflexos. Pode ser:
 Inespecífica: abre os olhos mas não faz integração;
 À dor: a reação é retirar o membro;
 Vegetativa: controle das funções fisiológicas. (respiração, temperatura e pressão arterial são as últimas a desaparecerem) 
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Avaliação do nível de consciência
  Estímulos auditivos:
 Inicia-se com o tom de voz normal, o enfermeiro deve avaliar o nível de orientação(tempo e espaço) e função cognitiva( memória, resolução de problemas).
  Não respondendo aumentar o tom de voz ou produzir som como bater palmas ou estalar os dedos.
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Avaliação do nível de consciência
 Estímulos táteis:
 Não havendo resposta ao estimulo auditivo, tentar o estimulo tátil. 
 Inicia-se com um toque no braço do paciente, chamando pelo nome.
 Não respondendo, o estimulo doloroso deve ser aplicado.
Ex.: pressão sobre as unhas, compressão do m. trapézio, ou região supraorbital.
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Avaliação do nível de consciência
Resposta aos
Estímulos táteis: o doloroso é do tipo motor. Podem ser
apropriadas – o paciente retira o membro após o estimulo ou empurra a mão do examinador.
inapropriada – dependem do nível da lesão, reações primitivas.
ausente – ausência da resposta motora (arreflexia). Pode ser por lesão do tronco cerebral ou substancias tóxicas ou drogas sedativas.
 
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Níveis de consciência:
	Existem inúmeros termos para descrever alterações do nível de consciência, entre eles estão: letárgicos, confuso, sonolento, obnubilado e torporoso.
Paciente consciente: acordado, alerta, responde aos estímulos verbais, orientado no tempo e espaço. 
Paciente em coma: sono profundo, inconsciente, olhos fechados, não emite som verbal, não interage consigo ou com ambiente.
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Níveis de consciência:
Escala do coma de Glasgow
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Níveis de consciência:
Observação importante:
 Na morte encefálica, pode-se observar o movimento do membro inferior em resposta a estimulação dolorosa local, decorrente somente de reflexo espinal.
 Por essa razão, é sempre prudente aplicar a estimulação dolorosa nos braços, e assim, evitar conclusões precipitadas.
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Avaliação pupilar:
Deve ser observado e anotados: 
 O diâmetro, a forma e a reação a luz.
 Comparar uma pupila com a outra;
O diâmetro é mantido pelo SNA, tendo:
  Simpático função dilatadora da pupila – midríase 7-9mm. 
  Parassimpático função constritora da pupila – miose 1-2mm.
Variação normal: 2,6mm e diâmetro em torno de 3,5mm.
Sempre anotar alteração de
 diâmetro: 
Ex.: D > E
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Avaliação pupilar:quanto ao diâmetro
.
Isocoria: Pupilas normais, que reagem a exposição à luz 
Midriase : Ambas as pupilas dilatadas 
Miose: Ambas as pupilas contraídas 
Anisocoria: Uma pupila normal e a outra dilatada e não reage  
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Avaliação pupilar: quanto a forma
		A forma das pupilas costuma ser arredondada como um circulo, e sua avaliação deve ser feita pela observação do contorno.
Podem ser: 
 ovóides (hipertensão intracraniana)
 buracos de fechadura (cirurgia de catarata)
 ou irregulares (trauma de órbita).
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Avaliação pupilar: reação a luz 
		O fotorreação é observada com o auxilio do foco de luz de uma lanterna.
 Fecha-se o olho, aguardam-se alguns segundos, levanta-se rapidamente a pálpebra, dirigindo o foco de luz diretamente sobre a área temporal da pupila.
 repete-se o procedimento no outro olho.
 Se observa quando o foco de luz está sobre a pupila é a sua constrição e, quando retirado o estimulo, a pupila se dilata novamente.
  A reatividade das pupilas à luz deve ser avaliada pela velocidade da resposta.
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Diâmetro pupilar:
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Bibliografia:
BARROS, A.L.B.L e cols. Anamnese e exame físico; avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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