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ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 1 A R Q U IT E T U R A D E IN T E R IO R E S I M Ó D U L O I I 2 0 1 3 .1 Esta apostila tem como objetivo o aprendizado de técnicas, e todos os conhecimentos necessários ao aprendizado da arte de projetar espaços residenciais bonitos e agradáveis para se viver. ISECENSA Prof.: Lílian P. Faria 7º PERÍODO 2013.1 ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 2 1. DESIGN O design é um processo criativo que busca organizar elementos como formas, linhas, texturas, luzes e cores a fim de alcançar um determinado objetivo, seja funcional e estético para um espaço habitável. Nesse processo criativo, devemos considerar princípios básicos como equilíbrio, ritmo, harmonia, unidade, escala e proporção, contraste, ênfase e variedade. Existem ainda alguns elementos que influenciam o design como a função do projeto, os materiais empregados e suas características, a tecnologia disponível. 2. ELEMENTOS DO DESIGN 2.1. ESPAÇO O espaço é definido como campo tridimensional que abriga objetos e eventos. Portanto, o espaço é o elemento essencial da arquitetura de interiores, afinal, sem ele não há projeto. O projeto de interior busca ambientar o espaço físico, ou seja, criar uma atmosfera no espaço. Existem várias formas de articulação física, visual e sonora de um espaço, gerando diferentes sensações. ESPAÇO PEQUENO – deve ser bastante flexível e aproveitado para permitir a organização dos materiais que ali devem estar presentes para o perfeito desenvolvimento das atividades a que o espaço se destina. “Design não é sobre “sua” idéia ou “seu” conceito preestabelecido sobre as coisas. Design é sobre necessidades e soluções criativas e apropriadas para elas.” Miriam Gurgel (arquiteta) ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 3 ESPAÇO GRANDE – deve ser bem articulado para que o espaço não se torne impessoal e pouco aconchegante. 2.2. FORMA Na arquitetura de interiores, a forma está intimamente ligada ao espaço e a todos os objetos que o compõem. As formas existentes são retilíneas, angulares ou curvas. As FORMAS RETILÍNEAS, muito usadas, quando utilizadas em demasia podem tornar os espaços monótonos, proporcionando a sensação de “caixote”. As FORMAS ANGULARES E CURVAS quebram a monotonia conferindo movimento ao espaço. Quando usadas repetitivamente podem causar a sensação de um espaço desconfortável e inquietante. 2.3. LINHA A linha é definida como elemento geométrico gerado por um ponto em movimento provido de extensão e espessura. A LINHA RETA quando predominante, confere um espaço um caráter masculino ao ambiente. A linha vertical pode alongar o pé-direito e tornar o espaço imponente. Em contrapartida a linha horizontal pode alongar o ambiente e diminuir o pé-direito tornando o espaço aconchegante e informal. A LINHA DIAGONAL também alonga o espaço de forma mais dinâmica, sendo geralmente usadas em tetos inclinados, paredes e etc. A LINHA CURVA dá ao ambiente um movimento suave e um toque feminino, pois se remete as curvas da mulher. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 4 2.4. TEXTURA A textura permite a quebra de monotonia em um espaço, pois diversifica as superfícies, gera pontos de destaque no ambiente e proporciona diferentes sensações. Existem as texturas TÁTEIS que por sua propriedade tridimensional contrastam com superfícies lisas e despertam sensações pelo toque. As texturas VISUAIS geram diferentes sensações através de cores, brilhos, e padronagens. 2.4.1. SUPERFÍCIES LISAS OU BRILHANTES Atraem mais luz e tornam as cores mais fortes dando a sensação de proximidade. Usadas em excesso tornam o espaço irritante. Quando as superfícies são duras reverberam o som, propagando-o com mais facilidade. Como exemplos dessas superfícies podemos citar: o vidro, o plástico, o acrílico, o aço inox, o metal polido, a madeira, etc. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 5 2.4.2. SUPERFÍCIES RÚSTICAS São superfícies mais ásperas que absorverem mais a luz e promovem a alternância de claro e escuro, amenizando as cores e provocando a sensação de afastamento. Quando em excesso tornam o ambiente “bruto” e “pesado”. Assim como a luz, as superfícies rústicas absorvem mais o som, promovendo uma melhor acústica em ambientes como home theaters. A palha, os tecidos, os tapetes e as pedras são alguns exemplos de materiais usados em superfícies rústicas. 2.4.3. PADRONAGEM Componente visual bidimensional que pode ser linear, floral, temático, geométrico, etc. Estampas grandes tornam a superfície mais próxima do observador, e não se destaca em objetos pequenos, além de diminuir os ambientes. Deve ser usada com cautela. Estampas pequenas afastam as superfícies ampliando espaços pequenos, porém não ficam bem em objetos grandes como sofás por exemplo. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 6 2.5. LUZ A luz é de grande importância para o projeto de interior, pois assim como as cores, conduz o olhar do observador destacando peças e superfícies gerando diferentes sensações e sentimentos. Um ambiente mal iluminado é desanimador e triste como os dias nublados. Porém assim como o sol na natureza, a luz seja natural ou não proporciona alegria e vitalidade. Ambientes iluminados, pessoas iluminadas... O projeto de iluminação deve ser funcional, prático, criativo e flexível. A iluminação flexível proporciona diferentes usos do mesmo ambiente criando atmosferas propícias as determinadas atividades. Um bom trabalho de iluminação sempre começa na planta. Você deve planejar a localização de pontos, tomadas e interruptores. Para isso, já deve ter em mente a distribuição dos móveis, equipamentos e eletrodomésticos da casa. Cor e luz não se separam... A luz dependendo da cor em que incide é refletida diferentes formas, alterando a tonalidade da cor. Superfícies e objetos lisos e muito brilhantes ao receberem a incidência direta da luz causam reflexos. Para isso não ocorrer é necessário superfícies mais rústicas e/ou opacas. Cores claras refletem mais a luz aquecendo pouco enquanto que cores fortes e escuras absorvem mais a luz e retém seu calor. 2.5.1. LUZ NATURAL OU DIURNA Atualmente no mundo globalizado o aproveitamento ao máximo da luz natural nos ambientes é “politicamente e ecologicamente correto”. A luz do sol também muda em função do período do dia, sendo mais amarelada pela manhã e mais alaranjada à tarde. A posição da construção em relação ao sol é muito importante, afinal a face Norte recebe claridade e sol durante todo o dia, enquanto que a face Sul não recebe sol porém muita claridade. A face Leste é a melhor orientação para osquartos por recebe sol pela manhã, o que é muito saudável. Já a face Oeste recebe sol a tarde toda aquecendo os ambientes com esta orientação, pois é o período em que o sol está mais quente. Os tipos de esquadrias, a vegetação e as construções ao redor da edificação também são atuam a favor ou não da iluminação e do conforto térmico dos ambientes. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 7 2.5.2. LUZ ARTIFICIAL A luz artificial é imprescindível a noite, porém durante o dia atua como complementação da luz natural. Permite grande flexibilidade nos projetos, pois através dos diferentes tipos de lâmpadas e luminárias é possível a criação de inúmeros cenários. TIPOS DE LÂMPADAS INCANDECENTES – (Wikipédia) transforma energia elétrica em energia – luminosa e térmica. Para quem está trabalhando, lâmpadas que tragam boa luminosidade são fundamentais, seja em luminárias bem posicionadas, seja banhando todo o ambiente. A opção mais popular, no entanto, continua sendo a incandescente transparente, que tem vida mais curta mas é muito mais em conta. Incandescente cristal, 100w, é campeã para iluminação geral. Bolinha, 40w, cai bem onde a lâmpada fica aparente. Existentes em várias formas, tamanhos e potência, podem ser transparentes ou leitosas. Esta lâmpada produz luz a partir do aquecimento de um filamento de tungstênio (metal de transição, que quanto mais quente, mais luz emite. Isso aquece o ambiente, portanto deve ser evitada sua proximidade física. Vela transparente para abajures e lustres, 60w. A maior vantagem é a qualidade de reprodução de cor que esta lâmpada possui. Por produzir luz com tonalidade amarela, é a luz que mais se assemelha a luz do sol que é a luz que reproduz mais fielmente as cores. HALÓGENAS – (Wikipédia) filamento de Tingstênio contido em um gás inerte e uma pequena quantidade de gás Halogênio. Também é incandescente, mas utiliza gás halogênio. Produz luz branca e é muito durável. Com dimmer fica amarelada como a incandescente. Seu facho pode ser aberto ou fechado e quando ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 8 usada com refletor dicróico, aquece menos o ambiente. Sua principal vantagem é oferecer mais luz com menor potência e ter uma vida útil mais longa. A halógena bipolar é muito usada em luminárias de pé ou pendentes, pois é pequena, produz bastante luz e pode ter até 500w de potência. DICRÓICAS “As Lâmpadas Halógenas mais conhecidas são as dicróicas, formadas pelo conjunto de cápsulas halogenas e refletor dicróico. O refletor dicróico tem a característica de desviar para trás 2/3 do calor gerado pela lâmpada, ou seja, ele projeta para frente 100% da luz e apenas 1/3 do calor. Criadas em 1959, as dicróicas são lâmpadas incandescentes halógenas que concentram o facho de luz em ângulos diversos para se obter altos níveis de iluminação. De brilho intenso, seu facho chega a alcançar uma distância de 12m e duram de 2000 a 5000hs. Em geral, necessitam de transformador para operarem corretamente, pois são disponíveis na tensão 12V.” Dicróicas criam um clima suave quando usadas em iluminação indireta. Esta tem 50w. Este modelo pede luminária com refletor. Geralmente usada na área externa, a halógena palito é conhecida por sua fragilidade - o bulbo não pode ser tocado durante o manuseio. A potência desta é de 500w. Para jardim A área externa pode ganhar novos ares com a iluminação colorida. Nesse caso, as halógenas PAR 20 já vêm com refletor e estão prontas para agüentar as intempéries. Estas, de 50w, são encontradas em cinco cores. LED – (Diodo emissor de luz) É um diodo semi condutor que quando energizado emite luz visível. Muito utilizado em: - produtos de microeletrônica, como sinalizados, semáforos; iluminação pública, painéis de publicidade; iluminação de áreas comerciais. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 9 Vantagens: -Dura mais de 70.000hs; -não emite calor, raios UV e IV; -não agride objetos com sua luz; -não atrai insetos; -não agride o meio ambiente; -acendimento instantâneo; -não tem risco de fogo, explosão, não possui filamentos de descarga de gases, não necessita de reatores e geradores; -resiste a poeira e umidade; -não requer manutenção. Possui soquete ou pinos de tomada ou ainda cabo de alimentação, como o caso de lanternas. FLUORESCENTES As lâmpadas fluorescentes não geram calor, pois não possuem filamento interno. Necessitam de reator para acender, e apresentam-se em diferentes formas, tamanhos, potencias e cores. As fluorescentes são uma boa pedida, por serem econômicas e duráveis, porém não reproduzem bem as cores e quando de luz branca distorcem cores e geram uma atmosfera fria. É ideal para sancas e iluminação de ambientes que não possuem muita ventilação. A fluorescente circular luz do dia, 32w, precisa de reator. Compacta, 25w com luz de 100w, pode ser instalada direto no soquete. Cada tipo de lâmpada associada à luminária em que será utilizada executará melhor uma função específica. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 10 FUNÇÃO DA ILUMINAÇÃO Geral, de fundo ou ambiente Ilumina o ambiente por completo sem nenhum destaque. De efeito Ilumina um ponto específico de interesse no espaço. De tarefa ou funcional Ilumina áreas de execução de tarefas. Decorativa Não serve para iluminar o ambiente, mas sim criar destaques. Dependendo de como o facho luminoso é orientado, a iluminação gera efeitos diferenciados. Iluminação Facho luminoso e sua orientação Tipo de lâmpada e luminária Direta Aberto direcionado para uma superfície Spots externos ou embutidos, pendentes e luminárias de piso e mesa Direta de efeito Fechado e concentrado Lâmpadas halógenas Indireta Voltado para paredes ou tetos que o refletem Arandelas e luminárias de piso Indireta Embutida Incorporada a arquitetura ou mobiliário Lâmpadas fluorescentes em sancas de gesso Difusa Espalhado uniformemente pelo ambiente Luminária leitosa e plafonds com lâmpadas fluorescentes ou incandescentes Wall-washing Direcionado para a parede Lâmpadas halógenas bipolar e refletores específicos ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 11 TIPOS DE LUMINÁRIAS As luminárias também cumprem seu papel na decoração, dando personalidade aos ambientes. Empregada corretamente torna o ambiente aconchegante e permite que o morador faça bom uso dos espaços. Os lustres pendentes são usados preferencialmente sobre a mesa de jantar. Se o pé-direito é baixo (cerca de 2,50m), evite lustres pendentes, enormes, que vão "achatar" o ambiente. Já um pé direito acima de 3 metros pode ser valorizado com um lustre que direcione a luz para cima. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 12 Abajures e luminárias de pé devem estar próximos de tomadas, por exemplo. Se você inverter as etapas – decorar os ambientes e depois pensar na iluminação, o resultado pode ser este: vários fiosaparentes, além de falta de interruptores onde você precisa. Deve- se tomar o cuidado quanto ao ofuscamento. Verifique a altura das peças e a incidência da luz – nada deve ferir o olhar ou provocar um brilho intenso. O abajur é um eterno hit, complemento perfeito para a iluminação de salas e quartos, posicionado sobre mesinhas laterais para trazer uma luz suave na altura do rosto das pessoas. O tamanho depende das dimensões do espaço e da altura da mesa de apoio. Luminária para ler e estudar. Salas de leitura pedem uma luz central, de preferência dimerizada, e outra específica, que não pode ser focal nem muito clara, sob pena de provocar fadiga visual. O fundamental é definir a intensidade de luz adequada a sua atividade e deixar a lâmpada a 50 centímetros do objeto focado. Luminária de chão. Elas dão uma sensação de alongamento em locais com pé-direito baixo, quando sua luz é direcionada para cima. Há ainda luminárias de piso que podem ser usadas para leitura e colunas que têm luz difusa. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 13 Luminárias de paredes. Arandelas são indicadas para locais com pé-direito alto e devem ficar a 2,10 m do piso. Com essa altura, elas liberam as paredes. "Essas peças podem complicar a decoração, pois ocupam espaço onde se poderia encostar um móvel ou pendurar quadros". Algumas peças servem mais para criar um ponto de atração do que propriamente para iluminar, o que chama-se iluminação de efeito. 2.5.3. PROJETO DE ILUMINAÇÃO Os decoradores costumam organizam um projeto em quatro momentos. Em certos casos, apenas duas ou três desses passos serão necessários para completar o projeto. Momento 1 Iluminação de geral, de fundo ou ambiente Iluminação arquitetônica distribuída simetricamente pelo espaço, jogando luz de cima para baixo com a função de uniformizar a luminosidade dos ambientes. Momento 2 Iluminação utilitária, funcional ou de tarefa É o momento de trazer a luz utilitária usada em canto de estudo e trabalho, closet, espelho do banheiro, sobre a bancada da cozinha, entre outros. Momento 3 Iluminação de efeito Voltada para pontos de interesse, pode ser feita com spots em forro de gesso próximos à paredes onde se deseja realçar quadros, esculturas, texturas e etc. Já para valorizar prateleiras da estante, mangueiras luminosas são as peças mais indicadas. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 14 Detalhes que devem ser levados em consideração a executar um projeto de iluminação. Atividades a serem desenvolvidas no ambiente; Idade e outras características do cliente; Iluminação natural; Atmosfera desejada; Cores e materiais que serão usados; Detalhes construtivos ou decorativos que deverão ser evidenciados; Posicionamento de interruptores e tomadas; Luminárias como elementos decorativos. 2.6. COR A cor, ou tom é resultado da existência da luz, ou seja, se a luz não existisse, não haveria cores, à exceção do preto que, é exatamente a ausência de luz. O preto é resultado de algo que absorve toda a luz e não reflete, o branco resulta de algo que reflete toda a luz, logo é a existência de luz. Assim, poderíamos dizer que o branco e o preto não são exatamente cores, mas antes características da luz. Isaac Newton, em 1666, fez uma experiência onde verificou que a luz do Sol, tinha grande influência na existência das cores, nomeadamente as cores do arco-íris. A luz é, pois fundamental para a percepção da cor, uma vez que as cores só existem e só são vistas pelos nossos olhos, com a presença da luz. Assim, é essencial falar da cor-pigmento e da cor-luz. No caso da Cor-Luz ela é a própria luz capaz de se decompor em várias cores e no caso da Cor- Pigmento ela, a luz, é que é refletida pelo material, fazendo com que o olho humano perceba esse estímulo como cor. Esta última são cores que podem ser extraídas da natureza, como materiais de origem vegetal, animal ou mineral, e que da sua mistura, através de processos industriais, surge o pigmento. 2.6.1. CORES PRIMÁRIAS São as cores puras, que não se fragmentam. Momento 4 Iluminação decorativa São equipamentos visíveis como lustres, pendentes, arandelas, leds, que devem dialogar com a decoração e com o estilo da casa. Se sua casa é neoclássica, lustres pendentes e arandelas do mesmo estilo serão mais adequados do que uma série de spots embutidos. A iluminação decorativa somada à iluminação arquitetônica em ambientes pequenos são recursos rendem uma luminosidade agradável. Não dá destaque aos quadros, objetos e a outros acessórios, mas decora por si só. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 15 Através da mistura entre estas, é que se torna possível conseguir novas cores. Por sua vez, da mistura das três cores primárias em simultâneo, resulta o preto. A esta mistura chama-se mistura subtrativa de cores, na medida em que o seu resultado é, a inexistência de cor (preto). 2.6.2. CORES SECUNDÁRIAS A mistura de duas cores primárias, em quantidades iguais, leva ás cores secundárias. De salientar que, entre as cores primárias e as cores secundárias, fazendo a sua transição, situam-se as cores intermédias, que se obtêm quando um tom está em mudança para outra cor. As cores secundárias são: laranja, que é a mistura do amarelo com o vermelho, o verde, que é a mistura do azul com o amarelo e o violeta, que é a mistura do vermelho com o azul. 2.6.3. CORES TERCIÁRIAS São obtidas pela mistura de uma primária com uma ou mais secundárias. No gráfico abaixo fica mais simples de entender: ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 16 2.6.4. CORES COMPLEMENTARES Note no gráfico, que uma cor primária é sempre complementada pôr uma cor secundária. Esta é a cor que está em oposição à posição desta cor primária. Pôr exemplo, a cor complementar do vermelho é o verde. As cores complementares são usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho criando contrastes. 2.6.5. CORES ANÁLOGAS São as que aparecem lado-a-lado no gráfico. São análogas porque há nelas uma mesma cor básica. Pôr exemplo o amarelo-ouro e o laranja-avermelhado têm em comum a cor laranja. As cores análogas, ou da mesma "família" de tons, são usadas para dar a sensação de uniformidade. Uma composição em cores análogas em geral é elegante, porém deve-se tomar o cuidado de não a deixar monótona. 2.6.6. CORES NEUTRAS Os cinzas e os marrons são considerados as cores neutras, mas podem ser neutras também os tons de amarelos acinzentados, azuis e verdes acinzentados e os violetas amarronzados. A função das cores neutras é servir de complemento da cor a qual estiver próxima, para dar-lhe profundidade, visto que as cores neutras em geral têm pouca refletividade de luz. 2.6.7. O "CALOR" DAS CORES A temperatura das cores designa a capacidade que as cores têm de parecer quentes ou frias. Quando se divide um disco cromático ao meio (figura acima) com uma linha vertical cortando o amarelo e o violeta, percebe-se que os vermelhos e laranjas dolado esquerdo são cores quentes, vibrantes. Pôr outro lado, os azuis e verdes do lado direito são cores frias, que transmitem sensações de tranqüilidade. Cores Quentes Cores Frias As cores quentes são associadas ao sol e ao fogo: amarelo, laranja e vermelho. As cores frias são associadas à água, ao gelo, ao céu, e às arvores: violeta, azul e verde. As cores quentes são consideradas excitantes e as cores frias calmantes. São aquelas que nos transmitem a sensação de calor. São aquelas que nos transmitem a sensação de frio. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 17 2.6.8. MATIZ É a característica que define e distingue uma cor. Vermelho, verde ou azul, pôr exemplo, são matizes. Para se mudar o matiz de uma cor acrescenta-se a ela outro matiz. 2.6.9. TOM Refere-se a maior ou menor quantidade de luz presente na cor. Quando se adiciona preto a determinado matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e essas gradações são chamadas escalas tonais. Para se obter escalas tonais mais claras acrescenta-se branco. 2.6.10. INTENSIDADE Diz respeito ao brilho da cor. Um matiz de intensidade alta ou forte é vívido e saturado, enquanto o de intensidade baixa ou fraca caracteriza cores fracas ou "pastel". Conhecer a teoria das cores não é suficiente para elaborar trabalhos interessantes, porém ajuda e muito a atingir objetivos quando estes envolverem o sentido da visão. Afinal é o olho o órgão que capta as cores, passando a mensagem ao cérebro que a identifica e associa com estes conceitos apresentados. 2.6.11. PISICOLOGIA DAS CORES É um fato que as cores têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano. Existem cores que se apresentam como estimulantes, alegres, otimistas, outras serenas e tranqüilas, entre outros. Assim, quando o Homem tomou consciência desta realidade, aprendeu a usar as cores como estímulos para encontrar determinadas respostas e, a cor que durante muito tempo só teve finalidades estéticas, passou a ter também finalidades e funcionalidades práticas. Vejamos alguns exemplos de cores e sua simbologia: O preto está associado à idéia de morte, luto ou terror, no entanto também se liga ao mistério e à fantasia, sendo hoje em dia uma cor com valor de uma certa sofisticação e luxo. Significa também dignidade. O branco associa-se à idéia de paz, de calma, de pureza. Também está associado ao frio e à limpeza. Significa inocência e pureza. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 18 O cinzento pode simbolizar o medo ou a depressão, mas é também uma cor que transmite estabilidade, sucesso e qualidade. O Bege é uma cor que transmite calma e passividade. Está associada à melancolia e ao clássico. O Vermelho é a cor da paixão e do sentimento. Simboliza o amor, o desejo, mas também simboliza o orgulho, a violência, a agressividade ou o poder. O Vermelho escuro significa elegância, requinte e liderança. O Verde significa vigor, juventude, frescor, esperança e calma. O Verde-escuro está associado ao masculino, lembra grandeza, como um oceano. É uma cor que simboliza tudo o que é viril. Verde-claro significa contentamento e protecção. O Amarelo transmite calor, luz e descontracção. Simbolicamente está associado à prosperidade. É também uma cor energética, activa que transmite optimismo. Está associada ao Verão. O Laranja é uma cor quente, tal como o amarelo e o vermelho. É pois uma cor activa que, significa movimento e espontaneidade. O Azul é a cor do céu, do espírito e do pensamento. Simboliza a lealdade, a fidelidade, a personalidade e subtileza. Simboliza também o ideal e o sonho. É a mais fria das cores frias. O Azul-escuro, é considerada uma cor romântica, talvez porque lembre a cor do mar, no entanto é uma cor que se associa a uma certa falta de coragem ou monotonia. O Azul claro significa tranqüilidade, compreensão e frescura. O Castanho é a cor da Terra. Esta cor significa maturidade, consciência e responsabilidade. Está ainda associada ao conforto, estabilidade, resistência e simplicidade. O Roxo transmite a sensação de tristeza. Significa prosperidade, nobreza e respeito. ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 19 O Lilás significa espiritualidade e intuição. O Rosa significa beleza, saúde, sensualidade e também romantismo. O Rosa claro está associado ao feminino. Remete para algo amoroso, carinhoso, terno, suave e ao mesmo tempo para uma certa fragilidade e delicadeza. Está ainda associado à compaixão. O Salmão está associado à felicidade e à harmonia. O prateado ou cor prata é uma cor associada ao moderno, às novas tecnologias, à novidade, à inovação. O Dourado ou cor ouro está simbolicamente associado ao ouro e à riqueza, a algo majestoso. 2.6.12. AS CORES NA ARQUITETURA A cor que atribuímos às superfícies e objetos é originada da luz que ilumina e revela a forma e o espaço. Sem luz não há cor. A cor estabelece a relação dos volumes na arquitetura. Vivemos rodeados de cores que atuam em nossas vidas estimulando nossos sentidos e influenciando nosso psicológico. As cores sempre atraem nossa atenção e são usadas para realçar ou disfarçar algum elemento da composição arquitetônica. As cores são vistas diferentemente conforme a incidência da luz. As cores criam diferentes atmosferas no ambiente. Atmosfera Luminosa – tons neutros e o branco Espaçosa – cores frias e claras Aconchegante – cor quente para ambientes grandes, cor quente contrastando com cor fria viva e, tom sobre tom. Dinâmica e estimulante – cores primárias Relaxante e calma – cores neutras em composições a cromáticas ou monocromáticas ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 20 AMARELOS VERMELHOS ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 21 VERDES AZUIS ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 22 CONTRASTES ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 23 ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 24 ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 25 ANTES & DEPOIS Introduzindo cores em elementos da decoração.ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 26 ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I 27
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