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Resenha Crítica ÉTICA Ética em Engenharia e Tecnologia

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Resenha Crítica
LOLAS, F. & DRUMOND, J. G. de Freitas. Ética em Engenharia e Tecnologia. Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Brasília, Brasil, 2011.
	Nesta obra os autores discutem sobre a ética existente no campo da engenharia e tecnologia, o que fazem com excelência. Discutem no decorrer da obra sobre diversos subtemas ligados ao tema central que é a ética, abordando desde os valores morais existentes nos ofícios e profissões até a responsabilidade ética dos profissionais desta área de atuação.
	Os autores utilizam de uma linguagem bastante acessível, o que geralmente não se encontra em textos com embasamentos filosóficos. Assim facilita na absorção das ideias, que os autores buscam repassar, por meio dos leitores.
	A obra inicia-se mostrando os valores morais dos ofícios e profissões. A mensagem que os autores buscam repassar neste capítulo é que cada profissão e ofício obriga que os indivíduos envolvidos nelas possuam um saber. Que significa saber estar na dignidade do seu trabalho, sendo necessário que cada indivíduo saiba representar perante a sociedade o papel que designa ao profissional.
	Dando continuidade a obra os autores retratam sobre a ética profissional ou também conhecida como deontologia. Que voltada para a carreira da engenharia e tecnologia em seus códigos deontológicos, deixa explícito que os atos realizados por essas carreiras vêm somente proporcionar o bem-estar coletivo, nunca o mal.
	Após deixar bem claro o que seria a ética profissional, Lolas e Drumond discutem sobre as teorias éticas. Onde esta teoria é subdividida em vários tópicos, alguns deles são: A ética das virtudes que é fundamentada nas qualidades do agente; Ética do cuidado que se volta para as diferenças entre o raciocínio moral masculino e feminino; A ética da casuística que baseia-se em paradigmas, estabelecendo analogias e comparações com determinado caso em discurso e; O modelo personalista que se fundamenta na presença de metas, fins ou objetivos últimos, guiando a natureza e a humanidade. Essas são algumas das teorias éticas presente na obra, sendo essas um conjunto de princípios coerentes possíveis de serem refletivas pelas pessoas comuns e as comunidades em geral.
	Além das teorias éticas abordadas no texto, os autores descrevem sobre outro tema, que segundo eles é de extrema importância, que são os valores morais. Onde ressaltam que os valores são indispensáveis à vida humana, sem eles não se vive e que os seres humanos são portadores de diversos valores, entre eles estão: a prudência, a temperança, a humanidade, a fortaleza, a justiça, a generosidade, a humildade, a tolerância, o entusiasmo.
	Lolas e Drumond utilizam de uma ferramenta muito interessante para enriquecer a sua obra neste capítulo 8, que se trata dos valores morais. Eles utilizam referências históricas sobre os valores, que vão desde os pensamentos filosóficos de Sócrates, Aristóteles passando pelos sistemas de valores dos povos anglo-saxões até chegar os pensamentos mais atuais do filosofo americano H. Tristram Engelhardt (1998).
	Os escritores dão sequência a sua obra debatendo assuntos mais voltados para os séculos atuais, sendo um deles o capítulo que debate sobre a ética da inovação tecnológica. Abordam subtemas como, por exemplo, “Meios e fins”, destacando Nicolau Maquiavel como um dos pensadores sobre este assunto, esse que ficou conhecido por sua frase “Os fins justificam os meios”.
	Dando sequências aos temas atuais, os escritores debatem sobre a ética da nanociência e nanotecnologia, apresentando características referentes aos benefícios e os padrões éticos a serem seguidos nestes campos de atuação. Os autores analisam os impactos sociais possíveis de identificar, com o desenvolvimento desta tecnologia constantemente crescente em todo o planeta, discutem ainda, sobre o uso responsável das nanotecnologias que passaram por grandes desafios, sendo um deles, saber administrar os recursos que podem ser tanto os humanos quanto os financeiros e de gestão. 
	No capítulo 11 os autores unem conhecimentos com Eduardo Rodríguez, o que é de extrema importância, para tratar de um assunto bem atual que é: Alimentos transgênicos e a ética da sustentabilidade. Neste capítulo os três pensadores apontam tópicos como honorabilidade, lealdade competitiva, a prática da justiça, a segurança e a administração do risco. Buscam repassar aos leitores não normas, mais sim ideias que possam ser seguidas, para lidarem com esse tema.
	Quando se aproxima do fim da obra, Lolas e Drumond retratam sobre os conselhos e controles que regulamentam a ética voltada às profissões. Neste capítulo, eles quiseram repassar o que seria um conhecimento a cerca da criação das entidades de fiscalização do exercício das profissões, da criação dos conselhos profissionais no Brasil e do órgão de regulamenta as profissões de engenheiro, arquiteto e agrônomo no Brasil. Sendo de grande importância esses assuntos retratados, pois serve como embasamento histórico não só para os profissionais desta área de exatas, mais também para a população em geral.

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