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A INFLUÊNCIA DA SANTA SÉ NO ESTADO BRASILEIRO DOS ANOS 1970 AO SÉCULO XXI

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5
ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO - UNIP
WILLIAN APARECIDO DE BRITO LISBOA
A INFLUÊNCIA DA SANTA SÉ NO ESTADO BRASILEIRO DOS ANOS 1970 AO SÉCULO XXI
CAMPINAS
2017
A INFLUÊNCIA DA SANTA SÉ NO ESTADO BRASILEIRO DOS ANOS 1970 AO SÉCULO XXI
Aluno: Willian Aparecido de Brito Lisboa
Orientador: Prof° Ricardo Abrate Luigi Junior
RESUMO
Demonstrar como se dá a relação de influência da Santa Sé e sua organização principal, a Igreja Católica, no estado e na sociedade brasileira. Apresentar fatos históricos relevantes, que clarificam a compreensão das ações destas organizações, e analisar o atual acordo jurídico entre Brasil e Santa Sé.
Palavras-chave: Santa Sé. Influência. Sociedade brasileira. Acordo.
INTRODUÇÃO
Uma organização internacional, numa definição simplista, seria uma instituição formada por países, com presença internacional. Elas podem ser designadas por Organizações Governamentais ou Intergovernamentais como a ONU (Organizações das Nações Unidas) ou a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), sendo que a primeira tem um campo de atuação em nível global e a segunda atua em nível regional na Europa. Elas também podem ser de cunho não governamental, como a Cruz Vermelha Internacional, o projeto Médicos sem fronteiras e já em alguns países, dentre eles o Brasil, devido acordos diplomáticos que lhe concederam o estatuto de Sujeito de Direito internacional, a Igreja Católica, representada pela Santa Sé. A missão da Igreja Católica se resume unicamente a ministrar os sacramentos, realizar o culto divino, anunciar a doutrina e moral cristã e pregar a conversão ao ensinamento e ao culto de Jesus Cristo. No entanto, para alcançar este propósito final, a Igreja se serve de um ator relevante no cenário internacional, a Santa Sé, organismo internacional que representa os interesses da Igreja, de suas ramificações e de seus associados, e que está baseada na cidade do Vaticano. Se servindo de um organismo internacional, está obtém estatuto jurídico pessoal, conseguido através das Concordatas, ou no caso do Brasil, um Acordo internacional entre estados. Desse modo, a Santa Sé, usando a Igreja Católica, seus líderes, seus projetos e instituições sociais como Escolas, Universidades, Orfanatos, Asilos, Leprosários e associações de fiéis leigos com braços na sociedade e na política, como a Ação Católica Juvenil, a Ação Católica Rural ou a Liga Operária Católica, exerce uma espécie de Soft-power, influenciando direta e indiretamente nos diversos setores do estado brasileiro conforme seus interesses particulares. Este artigo tratará de momentos relevantes da influência da Santa Sé/Igreja no Brasil, discorrendo brevemente sobre sua origem em terras tupiniquins, perpassando pelo padroado histórico, às crises sociais do fim dos anos 1990 e culminando com o Tratado Brasil – Santa Sé de 2008, assinado pelo então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e pelo chefe de governo da Santa Sé, o Papa Bento XVI.
1. PRINCÍPIO DA AÇÃO DA IGREJA E DA SANTA SÉ NO BRASIL E SUA INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO ESTADO INDEPENDENTE
Desde o tempo colonial, quando teve sua inserção no atual território brasileiro, pelos missionários da Companhia de Jesus, a Santa Sé, através do seu braço social e espiritual, a Igreja Católica, detém substancial poder temporal com influência nos campos sociais, político, cultural e histórico do Brasil, além da própria influência religiosa.
Trazida nas caravelas portuguesas por missionários e colonizadores, foi a primeira religião organizada a ser amplamente praticada no Brasil, além de ter sido por mais de 3 séculos a sua religião oficial, sendo este considerado o país com “o maior número de católicos no mundo”. Durante o tempo de colonização, com frequência já era possível encontrar a presença de diversos grupos missionários, dentre os quais, um maior destaque deve ser dado aos membros das Ordens franciscanas que chegaram aqui em 1584, conhecidos por serem os dirigentes instituídos para o Tribunal do Santo Ofício da Inquisição para a colônia, à Companhia de Jesus e as ordens históricas como a Ordem de São Bento que chegou em 1581. Entretanto, Morujão (1991, p.7) afirma que “é apenas em 1549 que se estabelece formalmente” a primeira leva de clérigos, formada por 6 Jesuítas liderados por Manuel da Nóbrega, que foram colocados à disposição do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa. 
Cabral (1931) afirma que a influência religiosa dos Jesuítas, dentre eles Manuel da Nóbrega, teve papel crucial na organização social da colônia do Brasil.
O padre Manuel da Nobrega, um dos primeiros civilizadores desta terra, representa papel muito importante na sociedade brasileira e exerceu tanta influencia que seu nome será sempre lembrado. Sua fama era geral em todo o Brasil e também aos sertões do Paraguay chegou a grande nomeada de seus trabalhos, das suas virtudes. Chegando á Bahia a 29 de Março de 1549, assistiu á fundação da nova cidade e em o Io de Novembro foi aos Ilhéos e Porto Seguro, onde ainda se achava em Janeiro de 1550. (...). Em fins deste anno, ou começos do seguinte, foi á capitania de S. Vicente, acompanhanlo a Thomé de Sousa, a correr a costa, e ahi demorou-se até 3 de Maio de 1556, quando voltou de novo á Bahia, onde chegou á 30 de Julho. (CABRAL, 1931, p.16).
Por estar fora de seu centro de poder universal, que no período era a Europa, os membros da Igreja tiveram que trabalhar buscando um equilíbrio de poder com os governantes territoriais designados pelo estado português, e também agirem como agentes pacificadores nas diversas ocasiões de hostilidade entre indígenas, religiosos e colonizadores.
Até o ano de 1889, as ações da Santa Sé, permaneciam sob controle resoluto do Estado, agindo esta meramente como uma instituição da administração pública, por intermédio do Acordo do Padroado, que no caso português era designado por Padroado régio. 
A partir do século XV estabeleceram-se vários privilégios outorgados pelos papas aos reis de Portugal, isto em troca da obrigação de implantar a fé católica em suas conquistas. Em contrapartida, os reis detinham o privilégio de apresentar os seus candidatos aos cargos eclesiásticos, tais como bispos, cônegos e párocos. Por sua vez, os reis recolhiam os dízimos, e obrigavam-se a manter e sustentar as missões, bispados e paróquias. Cabia ainda aos reis o controle de aplicação das bulas papais e encíclicas, documentos que só teriam vigor com o ”placet” real ou imperial, isto é, com a aprovação prévia do monarca. (CAVALCANTI, 1983, p.161).
Um instrumento, ou mais descritivamente, um acordo internacional criado pela bula pontifícia “Inter Caetera”, que fora instituída através de negociações diplomáticas e políticas entre a Santa Sé e os reinos Ibéricos, onde o Estado Pontifício outorgava aos reis declarados cristãos, o poder de administrar e intervir na organização religiosa dos seus Estados, além de decidirem quais as decisões e ordenamentos jurídicos da Santa Sé deveriam ser observadas, e estes em compensação tinham a obrigatoriedade de construir e manter os edifícios pertencentes a ela com todo o material necessário à execução do seu propósito, nomearem párocos e bispos que deveriam ser aceitos pelo chefe de estado da Santa Sé, permitirem ou expulsarem organizações pertencentes a ela, proibirem a prática de outros cultos e darem o direito ao tribunal eclesial definido pela Santa Sé de julgar os não-cristãos que fossem apanhados praticando qualquer tipo de heresia. Entretanto, por diversas querelas anteriores, houve momentos de ruptura dos acordos do Padroado com o Estado português. De acordo com o historiador Carlos Sousa “um caso notório fora a expulsão e aprisionamento de membros da Sociedade Jesuíta pelo Marques de Pombal em 1760” (SOUSA, 2016, p.127). Expulsão está dada com consentimento dos representantes da Santa Sé em Portugal.[1: Bula celebrada entre os reis Ibéricose o Papa Calisto III em 1456. Tradução Latina “entre outros (trabalhos) ”. Não confundir com documento de igual nome promulgado por Alexandre VI em 1492 que dividia o mundo em partes entre Portugal e Espanha.][2: Dom José I, rei de Portugal envia carta ao Bispo de Pernambuco, passando para esse o direito de administrar as igrejas e colégios dos jesuítas, carta esta que fora assinada em Vila Viçosa – Portugal, em 1759]
Em Pernambuco e adjacências, o conflito entre jesuítas, Estado português e episcopado conclui-se no ano 1760, em dois momentos, por meio de dois documentos. O primeiro destinado ao Bispo, dando autoridade para “expulsar, exterminar e desnaturalizar” dos Reinos e Domínios de Portugal a Sociedade de Jesus e que fosse feito um inventário de todos os bens das igrejas e sacristias pertencentes aos jesuítas. (CAVALCANTE, 2016, p.127). 
Em 1872 os bispos de Olinda e de Belém do Pará, Dom Vital Maria de Oliveira e Antônio Macedo Costa decidiram por seu próprio critério, seguirem ordenações do Papa Pio IX que decretava a expulsão e excomunhão dos membros da Sociedade Maçônica da Igreja. Porém, a maioria dos membros da Maçonaria eram ativos da equipe governista do Brasil imperial e possuíam influência e prestígio junto ao Imperador, que também era Maçom, e que, por sua vez não promulgou a ordem de Pio IX. Os mitrados se recusaram a seguir o desígnio do imperador e foram condenados à prisão, sendo liberados em 1875 devido intermédio do Maçom Duque de Caxias, para que estes obtivessem o perdão imperial. No entanto, segundo o historiador Leôncio Basbaum “a imagem do imperador e da monarquia ficou desgastada entre os religiosos do Brasil e membros conservadores da Igreja” (BASBAUM, 1957). O que acrescentou um agravante para o processo de instituição do regime republicano, pois o apoio da instituição Igreja Católica sempre fora essencial na manutenção do poder monárquico. A partir de 1889 com a Proclamação da República do Brasil, chega ao fim o Padroado, que representou uma ruptura das forças de poder religiosa e estatal.
Esse quadro de presenças de padres em nossas casas legislativas só se modificaria a partir de 1889, com o advento da República, e a separação oficial entre a Igreja e o Estado (Constituição de 1891), assegurando direitos iguais a todas as religiões. Os cemitérios passaram à administração das prefeituras. Foram instituídos o casamento e o registro civil e o ensino laico. O Positivismo e o Liberalismo, e por consequência a República, eram as ideologias dos líderes do novo regime, mentores da Constituição promulgada. Com a Proclamação da Republica, em 1889, tornando-se o Brasil um Estado laico, e com a transformação da Assembleia Provincial em Assembleia Legislativa Estadual, foram rareando as presenças de clérigos católicos nas nossas casas legislativas. (DIOGENES, 2013, p.172). 
A partir de então, a Igreja que é o braço mais visível da Santa Sé no Brasil, viu sua influência ainda que apenas por escrito ser diminuída e a sua prestação de serviços ser disposta aos setores da educação infantil nos seus colégios privados, o seu serviço hospitalário ser suplantado às santas Casas de misericórdia quase inexistentes nos dias atuais, a perda de direitos extraterritoriais dado que pôr numerosas vezes a Igreja esteve isenta das jurisdições locais, bem como o fim do uso do bem público para o culto, além da liberação de diversas outras instituições religiosas, muito embora diversas autoridades clericais tenham continuado com uma forte força política durante a República Velha, principalmente no nordeste do Brasil.
2. A ACEPÇÃO POLÍTICA DA SANTA SÉ
Pode-se dizer efetivamente que a Santa Sé, a Igreja Católica e a Cidade do Vaticano são três entidades distintas, porém, a entidade soberana pela qual está configurada o sujeito jurídico internacional reconhecido para com a comunidade de estados é a Santa Sé, que representa as demais. A Igreja Católica é a única instituição que tem dentre os seus órgãos administrativos um Estado reconhecido internacionalmente, que reage com às diversas nações do cenário internacional, de acordo com as prerrogativas impostas pelo seu chefe de estado legítimo, o Papa.
Conforme declara o Código de Direito Canônico no cânon 361, a Santa Sé está baseada na figura do Papa e nos Dicastérios que subordinados a ele, formam o Governatorato administrativo. 
Sob a denominação de Sé Apostólica ou Santa Sé, neste código, vêm não só o Romano Pontífice, mas também a não ser que pela natureza da coisa ou pelo contexto das palavras se deprenda o contrário, a Secretária de Estado, o Conselho para os negócios públicos da Igreja e os demais organismos da Cúria Romana. (CAN. 361 p.117).
Composta pelas seguintes jurisdições administrativas, como referidas no código canônico, a Cúria Romana é o aparato burocrático da Santa Sé, usualmente considerada também com o órgão que regimenta a Igreja Católica.
A Cúria Romana, pela qual o Romano Pontífice costuma tratar os negócios da Igreja universal e que, em nome dele e com a sua autoridade, desempenha função para o bem e o serviço das Igrejas, consta também a Secretária de Estado ou a Secretária Papal, do Conselho para os negócios públicos da Igreja, das Congregações, dos Tribunais e de outros organismos, cuja constituição e competência são determinadas, para todos eles, por lei especial. (CAN.360 p.117).
O líder da Santa Sé, seu representante máximo no âmbito internacional é o Romano Pontífice, cuja autoridade política se estende muito além dos muros do Vaticano, sendo este também o Governador-geral da Ordem Militar de Malta, Alto-Soberano de Castel-Gandolfo e também detentor dos poderes executivo, legislativo e judiciário da Santa Sé. 
E no campo das Relações Internacionais, a Nova Lei Geral do Estado do Vaticano, que passou a vigorar no ano 2000, outorga ao Pontífice direito único e exclusivo de iniciar, manter ou encerrar relações com às diversas nações e organismos, além de promulgar ou desfazer os mais diversos tratados mantidos com os demais estados. 
A representação do Estado nas relações com os Estados estrangeiros e com os outros sujeitos de direito internacional, para as relações diplomáticas e a conclusão dos tratados, é reservada ao Sumo Pontífice, que a exerce por meio da Secretaria de Estado. (VATICANO, 2000).
Politicamente a Santa Sé se define como, um regime monárquico eletivo, onde o Pontífice detém toda a autoridade e a exerce livremente sem consultas prévias, poder este que é segundo Baldisseri (2011) “não um poder despótico, mas uma paternidade universal”. 
3. A DIPLOMACIA DA SANTA SÉ NO BRASIL
Depois de abandonar a política de privilégios à religião católica, com a extinção do padroado, e abolir a dignidade do catolicismo como crença oficial do estado, o Brasil passou a buscar relações com o sujeito de direito internacional representante das instituições denominadas católicas, a “Sancta Sedes”. Criado em 11 de fevereiro de 1929 através do Tratado de Latrão, entre o Papa Pio XI e o chefe de governo italiano Benito Mussolini, o pequeno Estado do Vaticano vem a suceder o antigo Estado Pontifício, tornando-se o território de atuação da Santa Sé.
uma minúscula e quase simbólica soberania temporal: a mínima que se torna necessária para poder exercer livremente a sua missão espiritual e assegurar àqueles que com ele têm de lidar, que não se encontra dependente de nenhuma das soberanias deste mundo (PAULO VI, 1965).
Não se deve confundir a Santa Sé com o Vaticano, pois quem exerce realmente a função política, diplomática, institui acordos internacionais e atua no cenário mundial é a Santa Sé. A presença internacional da Santa Sé pode ser notada já nos primeiros anos da civilização cristã, quando os pontífices enviavam seus clérigos até regiões distantes para atuarem como seus representantes nos primeiros concílios como em Nicéia ou Constantinopla. No século IV, vemos surgir o primeiro cargo diplomático para a representação papal, o Apocrisiário. Mas só em meados do século XVdefine-se a representação diplomática da Santa Sé, o Núncio, e mesmo sem poder precisar historicamente quando surgiu o termo Nunciatura, é possível afirmar que os diplomatas pontifícios delinearam as primeiras bases do serviço diplomático moderno.
Após a assinatura dos Acordos de Latrão, Mussolini viu seu regime reforçado. Aos olhos dos italianos, a assinatura significava a reconciliação com a Santa Sé, o fim de uma disputa que durou quase 60 anos. Ao mesmo tempo, também a Santa Sé, mesmo tendo renunciado definitivamente ao poder temporal, viu reforçada sua presença no seio da comunidade internacional e principalmente na sociedade italiana. (CARLETTI, 2012, p.103)
Segundo Lebec (1999, citado por CARLETTI, 2012) já estruturada no atual Vaticano, a primeira ação relevante da Santa Sé de âmbito internacional, se deu ao solicitar junto a Liga das Nações a emissão de uma ordem de auxílio ao povo russo que estava em situação de extrema fome. Sendo núncio na Polônia, o Prelado Ambrogio Damiano, apelou para que fosse socorrido o povo russo, e que fosse também feita uma salvaguarda ao patrimônio da Igreja Ortodoxa Russa, visando a sua preservação. 
No que concerne ao Brasil, a diplomacia da Santa Sé até final dos anos 1970, nunca emitiu nenhum manifesto direto, deixando a política diplomática durante a era Vargas, a República nova e o regime militar brasileiro aos cuidados do Arquiprimaz do Brasil, tendo em vista que qualquer manifesto fosse motivo de repressão aos membros do clero. Desse modo, muitos obtiveram grande destaque no cenário político do país, entre eles os Prelados carioca Eugênio Sales de Araújo, o campineiro Agnelo Rossi, o paulista Paulo Evaristo Arns e o maranhense Vasconcellos Motta. 
Segundo Baldisseri (2008), houveram ações simbólicas por parte da Secretária de estado pontifícia que beneficiassem o diálogo com o governo do Brasil. Casos notórios seriam a promoção da delegação brasileira junto a Sé apostólica ao nível de embaixada em 1919, e a primeira visita de um secretário de estado do Vaticano ao Brasil, o Cardeal Pacelli, em 1934. Por outro lado, os prelados designados para darem a direção da diplomacia política da Santa Sé durante o período de repressão do país, tiveram uma forte contribuição. Eugênio Sales fora um dos que mais combateu os regimes ditatoriais na América do Sul e no Brasil, chegando a contar com apoio do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugados) para criar um organismo de defesa e apoio dos refugiados políticos dos regimes militares, sendo que, inicialmente chegou a abrigar diversos subversores estrangeiros e brasileiros, na sua residência e ajudado a ir para a Europa mais de 4 mil perseguidos, usando passaportes da Santa Sé. Juntamente com Agnelo Rossi em 1969, se recusou a celebrar um ritual pelo natalício do AI-5 (Ato Institucional 5), o que lhes garantiu uma reprimenda direta do ministro das relações exteriores José de Magalhães Pinto.
Nas questões sociais do Brasil, obteve permissão do Chefe de estado da Santa Sé para instituir a primeira organização de apoio aos presos no país, conhecida por pastoral Carcerária sendo que em 1980, durante sua primeira visita como chefe de estado da Santa Sé ao Brasil, o Papa João Paulo II fez questão de visitar o presídio da Papuda e conhecer essa revolucionária obra organizada no Brasil. 
Gostaria de entrar, para uma visita como essa, em todas as prisões do Brasil. Que esta seja um símbolo e que cada prisioneiro se sinta visitado pelo Papa. (...). Possa esta prisão e as outras do Brasil e do mundo dizer em sua linguagem muda: não ao desamor, à violência, ao mal; sim ao amor porque só o amor salva e constrói. (JOÃO PAULO II, 1980). 
Durante sua visita, João Paulo II percorreu mais de 30.000Km em 12 dias, e diversas cidades, dentre elas a capital do país, Brasília, sendo lá recebido pelo então presidente General João Batista Figueiredo, que mesmo sendo militar, ouviu ele defender a justiça social no Brasil, a liberdade de expressão, os movimentos sindicais, uma maior agilidade na reforma agrária e a defesa dos direitos dos indígenas, educação sexual e condenação ao aborto e principalmente, a defesa de direitos humanos acima de qualquer regime político.
Com o fim do Regime Militar brasileiro em 1985, às questões de cunho diplomático voltaram a serem regidas pela Santa Sé, intermediadas pela pessoa do Núncio Carlo Furno que trabalhou para minimizar as ações da chamada Teologia da Libertação, que é um movimento religioso-político que tentava fundamentar teologicamente a virada da Igreja Católica aos campos políticos de esquerda, principalmente no que concerne aos direitos sindicais do país, buscando assim minimizar os efeitos da miséria social e da opressão sofrida pela população mais pobre da América Latina. É dessa época diversos documentos editados pela Santa Sé que faziam uma análise da realidade sociopolítica e econômica do Brasil como o Libertai Nuntius e diversos movimentos sociais fundados na base da igreja inspirados por definições da Santa Sé, como a Juventude Agraria Católica, a Juventude Operária Católica ou a Juventude Estudantil/Universitária Católica. Diversos prelados e demais membros de relevância da Santa Sé no Brasil chegaram a sugerir a união entre organizações cristãs e grupos marxistas no Brasil e na América Latina como meio de conseguirem garantir mudanças radicais na política do país, ações essas que foram rechaçadas com punho de ferro por João Paulo II e pelo Prefeito da Congragatio Pro Doctrina Fidei, Joseph Alois Ratzinger.
4. A IGREJA E SUA PARTICIPAÇÃO NO GOVERNO LULA: O ACORDO SANTA SÉ/BRASIL
Foi firmado em 13 de novembro de 2008, um Acordo entre a República Federativa do Brasil e o Estado da Cidade do Vaticano, tendo como cerne a legalidade e a formalização do Estatuto Jurídico da Santa Sé e da Igreja Católica no Brasil. O acordo foi assinado pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do ministro de Relações Exteriores Celso Amorim e pelo papa Bento XVI, acompanhado do Secretário de Estado Cardeal Tarcísio Bertone. Diferente das demais negociações que eram denominadas Concordatas, este foi chamado de Acordo segundo Baldisseri (2008) “pois no Brasil a concordata é um termo que remete aos processos de falência”. O mesmo acordo tramitou em caráter de urgência no plenário da câmara dos senadores, sendo reconhecido legalmente em 12 de dezembro do mesmo ano.
Este acordo trata entre diversas questões, o reconhecimento da Igreja Católica do Brasil como um organismos internacional ao mesmo nível que ONU ou FMI (Fundo Monetário Internacional), a autorização para ensino religioso em escolas públicas, a liberdade plena da Igreja para desempenhar a sua missão religiosa lhe garantindo o direito para o exercício público de suas atividades, a definição da sua personalidade jurídica lhe concedendo posição perante o estado tal qual os organismos públicos do país concedendo assim a dioceses, arquidioceses e determinadas ordens religiosas personalidade independente e livre da ingerência do estado nacional, o compromisso da proteção da circunscrição religiosa onde a Santa Sé garante que nenhuma diocese dependerá de bispo ou superior residente no estrangeiro; o pleno reconhecimento de títulos, o que garante aos seminaristas e alunos de instituições católicas do exterior nos níveis de graduação e pós-graduação a validação de seus diplomas acadêmicos sem a necessidade de formações complementares no Brasil. 
Os temas de maior destaque, devido a repercussão nacional fazem referência aos artigos 10 e 13 do acordo. No artigo 10, a Igreja se comprometia a estar em plena cooperação com o estado e garantia que continuaria a colocar todas as suas instituições a serviço da sociedade do país. Este artigo fomentou grande debate na câmara dos deputados, que o entendiam mais como uma ferramenta política da qual personalidades públicas como partidos, ou políticos praticantes do catolicismo e órgãos do estado poderiam usar para com a força religiosa fazer pressão sobrea sociedade civil. E o artigo 13, era composto de uma declaração formal por parte do governo brasileiro onde estes destinariam espaços públicos para fins do culto ao catolicismo, porém devido pressão de grupos neopentecostais da câmara do senado, que ameaçavam votar contra o acordo, este artigo foi reformulado, passando a definir que o estado deveria definir os espaços públicos destinados para fins religiosos, abrangendo ai todas as religiões, e também passou a determinar que estes espaços fossem previstos e planejados pelos planos diretores urbanísticos de cada cidade. Os demais artigos do acordo fazem referência aos direitos dos religiosos que passaram a ser considerados voluntários das organizações católicas, formalizando não haver vínculo empregatício de CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) destes com a Igreja, o direito aos bispos e arcebispos a concederem vistos e requisitarem passaportes com prazo reduzido para os membros de suas circunscrições sem a necessidade de analise por parte da polícia federal. 
A promulgação deste acordo entre estados é para Baldisseri (2008) “um evento marcante e constitutivo para ambas as instituições e se coloca como sinal de profícua colaboração em favor dos cidadãos brasileiros e do bem comum da Nação”, no entanto membros de grupos contrários afirmam que um acordo internacional com um estado dominante de um poder religioso fere a laicidade do estado e insere imunidades, benefícios e isenções a Igreja Católica e a demais formas de culto que não são observadas pelas leis do Brasil. Entretanto, segundo Guimarães (2012) “o acordo apenas delineou e formalizou ações que já são atividades exercidas pela Santa Sé e suas organizações no Brasil”.
através de marcos reguladores que especifiquem e detalhem melhor o modo de proceder para a obtenção de cada uma das matérias reguladas pelo Acordo. Com entusiasmo e otimismo, também este caminho será percorrido pela boa vontade e aplicação de ambas as partes contratantes. (GUIMARÃES, 2012, p.344). 
Salomão (2009, p.52) afirma a constitucionalidade do acordo, firmando suas interpretações jurídicas no “direito e princípios da liberdade religiosa e na inópia do Brasil em fazer chegar a todos os cidadãos direitos básicos essenciais”. Para considerar tal afirmação, usa o fato de a Santa Sé, a Igreja Católica e suas organizações como as Cáritas ou a AIS (Ajuda a Igreja que Sofre) Brasil, exercerem fundamental importância na regulação da vida do indivíduo, através de seus projetos e ações sociais, praticadas em âmbito nacional sem descurar das demais crenças. Através deste acordo, a Santa Sé passou a exerceu uma influência multilateral no Brasil, dado que se reconheceu nela uma excelente parceira para diversas áreas de atuação mútua com o estado brasileiro, como o direcionamento de suas obras para educação, saúde, direitos sociais e cultura. Pois caso fosse proibido o serviço da Santa Sé e dos seus organismos em locais como o Nordeste, ou mesmo em regiões com maior avanço social como o Sudeste, seria diminuído ou até mesmo extinguido o atendimento social à população carente, um caso a ser citado seria a Pastoral da Criança, desenvolvida depois do Encontro Mundial sobre a Paz promovido pela ONU em 1982, dirigida pela Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Santa Sé testada primeiramente no Brasil e que atualmente atende à mais de 15 países da América Latina e África.
Este Acordo atesta o bom nível de relações entre a República do Brasil e a Santa Sé, que conseguiram alcançar um rico tratado internacional, baseado e respeitando os regimentos legais de ambos estados, firmando uma colaboração mútua e convertendo-se numa base para a criação de demais tratados envolvendo a Santa Sé, mesmo da laicidade do Estado brasileiro, não impediente, ainda grande parte da população seja religiosa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisar a diplomacia da Santa Sé e sua influência no estado brasileiro, nos deparamos inicialmente com uma deficiência que é a falta de material histórico de boa qualidade, que forneça a possibilidade de compreensão e dê o devido conhecimento fazendo que se desmistifique a concepção popularmente criada de uma diplomacia pontifícia agindo em complôs e na surdina do cenário internacional.
Chegando aqui nas caravelas portuguesas, a Igreja Católica tem sido o maior organismo de direito internacional a representar os interesses e a trabalhar a diplomacia da Santa Sé junto ao governo do Brasil. Diplomacia essa tida como a mais antiga, sendo que até os dias atuais, o Núncio Apostólico ainda é o Decano do corpo diplomático acreditado ao governo. A Santa Sé desde então tem exercido grande influência sobre a sociedade brasileira usando para isso o seu poder brando, para intervir indiretamente em diversos aspectos do país como na política, direitos da sociedade civil, na história, na cultura, nos meios de comunicação e como já se é de compreender, principalmente no aspecto espiritual, usando o poder de convencimento da Igreja Católica. 
Com o fim do Padroado, houve um abrandamento das relações com o Brasil, principalmente durante o período do chamado Regime Militar, época em que vemos um afastamento do poder religioso ante o poder político, dado que, diversos membros do clero, representantes da Sé estavam agindo sob a ótica da nova corrente teológica da época, a Teologia da Libertação, que exigia uma opção preferencial pelos pobres e ia contra a repressão dos governos militares da época. 
Em 1980, com a eleição de João Paulo II para Papa, a diplomacia pontifícia junto ao governo brasileiro começa a se delinear e a trabalhar na busca de um acordo internacional entre ambos estados. A execução deste acordo, representa o sucesso de mais de 30 anos de negociações e reuniões entre Brasil e Santa Sé, que manteve o mesmo conteúdo desejado para um tratado bilateral, desde o início do século XX. Este acordo é o ápice da influência da Santa Sé no Brasil, que regulamentou assim, diversos direitos inerentes aos seus organismos e que conseguiu além do próprio reconhecimento do direito internacional aos seus órgãos, também o reconhecimento de seus serviços prestados à sociedade civil do país em aspectos que vão desde questões educativas até mesmo o campo da saúde e das políticas sociais. 
Em suma, construiu-se uma parceria duradoura da qual ambos países se tornaram extremamente dependentes, porém sem que exista subordinação entre eles.
REFERÊNCIAS
AAS. Acta Apostolicae Sedes – 1971. Stato dela Citta del Vaticano. Sancta Sedes: Typis Polyglottis Vaticanis, 1971. 
ANNUARIO PONTIFÍCIO. Annuario Pontifício 2016. Segretaria di Stato. Statum Vaticanum: Libreria Editrice Vaticana, 2016.
AZEVEDO, Dermi. A Igreja Católica e seu papel político no Brasil. 1.ed. São Paulo: EDUSP, 2004.
BALDISSERI, Lorenzo. Congregationis pro Gentium Evangelizatione. Apud Coream Apostolicae Ex Aedibus Vaticanis. Statum Vaticanum: Libreria Editrice Vaticana, 2016. p.50.
___________________. Diplomacia Pontifícia – Acordo Brasil Santa Sé – Intervenções. São Paulo: LTR Editora, 2008.
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