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FACULDADE SALESIANA M ARI A AUXILIADORA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA Por Ariádine Bitencourt Diogo Lino Marcos Vinícius Atividade 1: Experimento de Reynolds Trabalho apresentado em cumprimento às exigências da disciplina Laboratório de Engenharia Química I, ministrada pela professora Priscila Barros no curso de graduação em Engenharia Química na Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora Macaé - RJ Agosto/2014 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Dispositivo experimental utilizado por Reynolds .......................... 5 Figura 2 - Unidade Experimental de Reynolds (STT410) ................................... 8 Figura 3 - Detalhe do recipiente contendo o corante (azul de metileno) .. 10 Figura 4 – Regime Laminar .............................................................................. 11 Figura 5 – Regime de Transição ...................................................................... 11 Figura 6– Regime Turbulento ........................................................................... 13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 5 3 PROCEDIMENTOS .................................................................................................. 7 4 RESULTADOS ......................................................................................................... 9 5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 14 6 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 14 BIBLIOGRAFIA ................................................................ ......................................... 15 1 INTRODUÇÃO Esse experimento foi executado no laboratório de Engenharia Química de Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora e tem como objet ivo ca lcular e discutir o s possíveis efeitos do número de Reynolds em um esco amento num duto fechado. O conceito do número do Reynolds foi p rimeiramente pensado por George G. Stokes em 18 51, contudo o número analisado f oi denominado “de Reynolds” após Osborne Reynolds, que popularizou seu uso em 1883. O número de Reynolds surge quando se realiza uma análise dimensional em problemas de dinâmica de fluidos e tem como principal utilidade a caracterização de diferentes regimes de fluxo: laminar, transição ou turbulento. Ou seja, o e scoamento em um tubo é laminar, transiente ou turbulento se o número de Reynolds for baixo, interme diário ou alto, respectivamente. A velocidade do fluido, a massa específica, viscosidade e diâmetro do tubo se combinam para formar o número de Reynolds e determinar o tipo de escoamento. Para escoamento em tubos redondos, temos os seguintes valores. O escoamento é laminar se o número de Reynolds for menor do que aproximadamente 2100 a 2300. O e scoamento é turbulento se o número d e Reynolds dor maior do que aproximadamente 4000. O escoamento transiente, que pode e star entre condições laminares e turbulentas e repre senta o início da turbulência, tem o número de Reynolds entre os dois limites acima. 1.1 OBJETIVO GERAL Este experimento tem co mo objetivo a visualização do padrão de escoamen to de água através de um tubo de vidro, com o auxílio de um fluido colorido (co rante azul de metileno), bem como determinar valores de vazões volumétricas, velocidades de escoamento e o Número de Reynolds crítico para escoamento de fluidos em condutos circulares e observar visualmente as características d os movimentos laminar, turbulento e transição entre eles. 2 MATERIAL Corante: Azul de Metileno Cronômetro Proveta graduada de vidro Termômetro Unidade experimental de Reynolds – STT410 Corante: Azul de Metileno Cronômetro Proveta graduada de vidro Termômetro Unidade experimental de Reynolds – STT410 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido d entro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tu bulações industriais e asa s de aviões. O se u nome vem de Osborne Reynolds, um f ísico e en genheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade Em experiências , Reynolds (1883) demonstrou a existência de dois tipos de escoamentos, o escoamento laminar e o escoamento turbulento . O experimento teve como objetivo a visualização d o padrão de escoamen to de água através de um tubo de vidro, com o auxílio de um fluido colorido (corante). A figura 1 demonstra o experimento realizado por Reynolds (1883). O procedimento de seu experimento consiste no f luxo da água que a limenta o procedimento e é acionado pela abertura da válvula inicial (torneira), e e ste f luido é carregado por uma m angueira até uma válvula para a retirada de ar. Após este feito, o fluido é tran sportado para a entrada do tubo inicial que contem duas fontes de alimentação, uma do fluido (água) e outra do corante indicador do escoamen to. Este corante possui uma válvula que controla sua vazão. Quando o s valores de Reynolds são pequenos o nome da do é escoamento laminar, esta f orma uma tensão de cisalhamento en tre os líquidos, ao contrário d isso ocorre o processo de geração turbulento, pois esse tem forma vorticosa (pois o s movimentos do f luido se assemelha à vórtices) e cons equentemente dissipa as partículas adjacente por atrito viscoso. Tal movimento é resu ltado do contato entre regiões do escoamento com o líquido em movimento rápido com o líquido que se movimenta vagarosamente ou estagnado. Reynolds ap ós ter feito todas as suas e xperiências com diferentes valores d e diâmetros e temperaturas, che gou à conclusão que a m elhor forma d e se de terminar o tipo de movimento do e scoamento não depende exclusivamente do valor da velocidade, mais ao valor de uma expressão sem dimensões, considerando também a viscosidade do líquido. Conforme demonstra a fórmula abaixo: Na qual: Re é o número de Reynolds; é a densidade do fluido (kg/m 3); V é a velocidade média do fluido (m/s); D é o diâmetro interno do tubo (m); é a viscosidade do fluido (kg/ms). Se o resultado do escoamento for superior a 400 0, o movimento nas condições correntes, em tubos comerciais, sempre será turbulento. Para os encanamentos, o escoamento em regime laminar ocorre e é estável para valores do número de Reynolds inferiores a 2000. Entre esse valor e 4000 encontra -se um zona crítica, na qual não se pode determinar com segurança a perda de carga nas canalizações. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Procedimento Experimental Primeiramente, encheu-se o tanque da Figura 3 com água. O experimento foi iniciado quando atingiu um nível razoável de á gua. Isto foi fe ito para diminuir a chance de o experimento ser interrompido por falta de águ a. Encheu-se o recipiente com corante (azul de m etileno) como ilustrado na figura 4. Tomando os devidos cuidados com o nível do tanque , abriu-se a válvula d e escoamento da água iniciando-se com uma abertura pequena. Abriu-se a válvula que libera o corante para o tubo capilar dentro do tanque. Ajustou-se a vazão destas duas válvulas a té que se fosse observado um escoamento lamina r, onde o filete de co rante m anteve-se reto, ou seja, sem oscilações. Após o bservarmos o escoamento laminar, coletou -se um volume de água e mediu-se o tempo de coleta com a finalidade de se obter o valor da vazão de água. Foram realizadas 2 coletas a fim de minimizar possíveis e rros experimentais. A abertura da válvula de água foi aumentada gradativamente, de modo que o aumento da vazão possibilitou a observação d os demais tipos de escoamentos: transição e turbulento. A cada nova a bertura da válvula com um tipo de escoamento correspondente , coletou-se um volume de água em uma proveta e med iu-se o tem po gasto para t al coleta. Da mesma forma, estas medições também foram rea lizadas com a f inalidade de se obter o valor da vazão de água e também foram realizadas 2 coletas do escoamento. igura 2- Unidade Experimental de Reynolds – STT410 do laboratório de Engenharia Química de Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora Corante: Azul de Metileno Cronômetro Proveta graduada de vidro Termômetro Unidade experimental de Reynolds – STT410 Corante: Azul de Metileno Cronômetro Proveta graduada de vidro Termômetro Unidade experimental de Reynolds – STT410 Figura 3- Detalhe do recipiente contendo o corante (azul de metileno). 5 RESULTADOS Dados: Diâmetro: D= 40 mm= 4,0x10-2 m Densidade da água: ρ= 1000 kg/m3 Temperatura da água : T= 21°C Viscosidade da água: μ= 1,03x10-3 Pa.s Equações utilizadas: Área: Vazão Volumétrica: Velocidade: Número de Reynolds: Primeiramente, estimamos, para as condições do experimento, os intervalos de vazão p ara que fossem observados distintamente os 3 tipos de escoamento (laminar, transição e turbulento). Calculando a área temos: Sabendo que para se ter um escoamento laminar o n úmero de Reynolds precisa ser inferior à 2100, com isso temos que: Com a o btenção do resultado a cima, estimamos que para obtermos um escoamento laminar a vazão volumétrica deve ser menor que 70,3 mL /s. Para o escoamento turbulento, onde Re > 4000, temos: Desta forma, estimamos que para obtermos um escoamento turbulento a vazão volum étrica deve ser ma ior que 134 mL/s . Consequente, para obtermos um escoamento em transição o valor da va zão volumétrica deve estar entre e 70,3 e 134 mL/s. Vale salientar que estes valores serviram apenas como um norteador, visto a dificuldade de se controlar as vazões com as válvulas. Valores obtidos para o escoamento laminar: Escoamento Laminar Observação Volume (m3) Tempo (s) Vazão (m3/s) Velocidade (m/s) Re 1 1,2 x10-4 60 2 x10-6 1,54 x10-3 59,81 2 1,15 x10-4 60 1,92 x10-6 1,48 x10-3 57,48 Dessa forma, para o escoamento laminar observado, calculamos um valor médio para o número de Reynolds igual a 58,65 Figura 4- Regime laminar Valores obtidos para o escoamento de transição: Escoamento Transição Observação Volume (m3) Tempo (s) Vazão (m3/s) Velocidade (m/s) Re 1 3,48 x10-4 60 5,8 x10-6 4,46 x10-3 173,21 2 3,49 x10-4 60 5,81 x10-6 4,47 x10-3 173,59 Dessa f orma, p ara o escoamento de transição observado, calculamos um valor médio para o número de Reynolds igual a 173,4. Valores obtidos para o escoamento turbulento: Escoamento Turbulento Observação Volume (m3) Tempo (s) Vazão (m3/s) Velocidade (m/s) Re 1 7,7 x10-4 30 2,57 x10-5 1,98 x10-2 768,93 2 7,5 x10-4 30 2,5 x10-5 1,92 x10-2 745,63 Dessa fo rma, para escoamento tu rbulento observado, calculamos um valor médio para o número de Reynolds igual a 757,28 5 DISCUSSÃO Por m eio deste experimento é possível percebe r a diferença entre escoamento laminar, transição e tu rbulento em um tubo vertical. Os números encontrados para Reynolds calculados para cada tipo de escoamento e o s resultados obtidos mostram que com o aumento da velocidade, o número calculado aumenta. Tal fato comprova a essência do experimento. Quanto à visualização dos escoamentos com auxílio do corante (azul de metileno), conseguiu-se distinguir muito bem os diferentes tipos. Para o laminar, percebe-se um leve f io d e corante que passa pelo centro do tubo, já com o turbulento ocorre uma ocupação de todo o diâmetro do tubo pelo mesmo. Apesar de, como já dito, termos observados que o aumento da vazão aumenta o número de Reynolds, o cálculo d o me smo para cada ensaio não nos permitiu tirar conclusões quanto ao e scoamento existe nte. Porém, c omo em to do experimento a suscetibilidade a erros existe, alguns referentes a este trabalho que podem ser citados como a coleta d e um dado volume de água no tempo cronometrado, o e rro na medição d o volume desta água que foi rea lizada em um instrumento de pouca precisão (proveta) , o diâmetro da saída de água e ra muito menor que o diâmetro do tudo . Outra possível f onte de e rro pode ser devido ao fa to de um recipiente que despeja o corante den tro do duto de água não estar rigorosamente centralizado. No entanto foi visualmente observado que o escoamento transpassou pelos regimes de escoamento previstos teoricamente. 6 CONCLUSÃO Ao término d este experimento, podemos concluir que trata -se de uma atividade onde foi possível perceber que a importância fu ndamental do n úmero de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo ob ter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. Com isso, p odem -se realizar os dimensionamentos industriais e optar por materiais m ais adequados para cada processo. Mesmo n ão obtendo os valores de número de Reynolds d entro da linha tabelada, por conta dos erros de equipamento e experimentais, ainda assim notamos uma realidade no seu crescente número, de a cordo com os regimes, laminar, de transição e turbulento. BIBLIOGRAFIA COLADAWEB. Disponível e m: <http://www.coladaweb.com/fisica/hidrostatica.htm>. Acesso em: março de 2014. BISTAFA, S. R. Mecânica dos Fluidos Noções e Aplicações São Paulo: Blucher, 2010. ESCOLADAVIDA. Disponível em : <http://www.escoladavida.eng.br/mecflubasica/aula3_unidade3.htm>. Acesso em: março de 2014. FOX, R. W ., MACDONALD, A. T. PRITCHARD. P. J. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. NETTO, J. M. de A. Manual de Hidráulica. 8ª edição, Edito ra Edgard Blücher, 1998, São Paulo, SP. PORTO, R. d e M. Hidráulica Básica. Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 1999, São Carlos, SP. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE. Esc oamento Laminar e Escoamento Turbulento. Fenômenos de Transporte I. W U, H. Kwong. Fenômenos de transportes: mecânica dos fluido s, 1 ª edição – São Carlos: EdUFScar, 2010 4 1 INTRODUÇÃO Esse experimento foi executado no laboratório de Engenharia Química de Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora e tem como objet ivo ca lcular e discutir o s possíveis efeitos do número de Reynolds em um esco amento num duto fechado. O conceito do número do Reynolds foi p rimeiramente pensado por George G. Stokes em 18 51, contudo o número analisado f oi denominado “de Reynolds” após Osborne Reynolds, que popularizou seu uso em 1883. O número de Reynolds surge quando se realiza uma análise dimensional em problemas de dinâmica de fluidos e tem como principal utilidade a caracterização de diferentes regimes de fluxo: laminar, transição ou turbulento. Ou seja, o e scoamento em um tubo é laminar, transiente ou turbulento se o número de Reynolds for baixo, interme diário ou alto, respectivamente. A velocidade do fluido, a massa específica, viscosidade e diâmetro do tubo se combinam para formar o número de Reynolds e determinar o tipo de escoamento. Para escoamento em tubos redondos, temos os seguintes valores. O escoamento é laminar se o número de Reynolds for menor do que aproximadamente 2100 a 2300. O e scoamento é turbulento se o número d e Reynolds dor maior do que aproximadamente 4000. O escoamento transiente, que pode e star entre condições laminares e turbulentas e repre senta o início da turbulência, tem o número de Reynolds entre os dois limites acima. 1.1 OBJETIVO GERAL Este experimento tem co mo objetivo a visualização do padrão de escoamen to de água através de um tubo de vidro, com o auxílio de um fluido colorido (co rante azul de metileno), bem como determinar valores de vazões volumétricas, velocidades de escoamento e o Número de Reynolds crítico para escoamento de fluidos em condutos circulares e observar visualmente as características d os movimentos laminar, turbulento e transição entre eles.
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