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~ COLEGIO BRASILEIRO N DECIRURGIOES ~r,-"p ~~-/ I'~ ~ , , ,>, . '--" . ... \ \. --- Programade Auto-Avaliaçãoem- - - - I. Pré e pós-operatório Apoio:YfAventis ClEXANE@ ENOXAPARINASODICA (1,2) SALVANDO VIDAS E REDUZINDO CUSTOS RISCO MODERADO: 2 horasantesdacirurgia ... 120mg/ 0,2milr ALTO RISCO: 12horasantesdacirurgia ,.... 40 mg/ 0,4ml 1. SAMAMA, M. Low molecular weightheparin (Clexane) compared with unlractionatedheparin in prevention01postoperative thrombosis. Br. J. Surg., 75:128-31, 1988. 2. DRUMMOND, M. et aI. Economic evaluation 01standard heparin and enoxaparin lor prophylaxis against deep vein thrombosis in elective surgery. Br. J. Surg., 81: 1742-46. 1994. A\0'~- AventísPharmaLtda <SY"'_' ~ AfusãodaHoechstMarionRousseleRhodiaFarma.~ , ., '" > Av. Marginaldo Rio Pinheiros, 5200- Ed.Atlanta~ ~ CEP05693-000-SãoPaulo- SP .~'" www.aventispharma.com.br-www.medicalservices.com.br ;fAventis ~~ . Primeiro programa de auto-avaliação . . emcirurgia oProjetodeEnsinoContinuado,queincluijornadas,congressosecur- sos,tantonoNúcleoCentralcomonosCapítulosEstaduais,reassumesuas vestesderealidadeaocontemplarosprofissionaisdacirurgiacomoPrograma deAuto-AvaliaçãoemCirurgia,divididoemquatromóduloseabordandoo PréePós-Operatório,o Trauma,o CâncereaVideolaparoscopia. Estaautênticarevisãodosprocedimentosé iniciadacomo módulodePré e Pós-operatório,cujasquestões,formuladasnestefascículo,terãosuasres- postasapresentadasnonúmerosubseqüente. Apreciaríamosalcançarainteratividadenesteprojeto,colhendoassuges- tões,indagandoasopiniõesebuscandooferecersimplesmenteomelhor. JoséAntônioGomesdeSouza MembrotitulardoColégioBrasileirodeCirurgiões; FellowdoAmericanCollegeof Surgeons .------ Editor NewtonMarins EditoresMédicos JoséAntônioGomesdeSouza JoséReinamRamos AccyoliMoreiraMaia EditoresConvidados GuilhermePintoBravoNeto ManoelDomingosdaCruzGonçalves DireçãodeArteeInformática HélioMalkayNegri CoordenaçãoEditorial MarisedoRegoBarrosPeçanha Revisão HelioCantimiro MarisedoRegoBarrosPeçanha ProjetoGráficoe ProgramaçãoVisual BeatrizAssumpçãodoCouto EditoraçãoEletrônica JoãoLuisGuedesP.Pereira ProgramadeAuto-Avaliaçãoem Cirurgiaéumapublicaçãode DIA GRA PHIC EDITORA epatrocinadapor ;fAventis Comerclalizaçãoe ContatosMédicos Todacorrespondênciadeve serdirigidaa: DiagraphicEditoraLIda. Av. Paulode Fronlin707.Rio Comprido CEP 20261-241.Rio de Janeiro-RJ Telefax:(21)502-7405 e-mail:editora@diagraphic.com.br Préepós-operatório d !tO V" ttI ... C cv'"cva.. C. ct TCBCGuilhermePintoBravoNeto TCBCManuelDomingosdaCruzGonçalves PRÉ-OPERATÓRIO obompreparopré-operatórioéfundamentalparaosucessodequalquer procedimentocirúrgico.De formaobjetivapodeserdivididoem: a)geral; b)específicoparadeterminadasoperações; c)preparodepacientesportadoresdedoençasprévias. Opré-operatóriogeralcompreendeumaboaabordagemclínica(anamnese eexamefísico),examespré-operatóriosbásicos,quandoindicados,ecuida- dosqueantecedemacirurgia. Umpacientejovem,quevaisesubmeteraumprocedimentocirúrgico depequenoou médioporte,nãoprecisadenenhumexamelaboratorial. desdequeahistóriaeoexamefísicomostremqueeleestásaudável.Ênfa- se,portanto,deveserdadaaumaanamneseminuciosa,comavaliaçãocui- dadosadossistemasorgânicos,antecedentespatológicoseusodemedica- mentos. A avaliaçãofísicadeveserigualmenteminuciosae completa,e nunca substituídaporexamescomplementares.Tambémnãoémaisrecomendávela realizaçãodeexamespré-operatóriosde"rotina",jáqueapenasumreduzido percentualdepacientes(0,2%)irásebeneficiar. Osexamescomplementaresempacientesassintomáticos,portanto.sóde- verãosersolicitadosemalgumascircunstâncias,baseadosnaidadedopacien- te,notipodeatocirúrgicoe emalteraçõesevidenciadasnahistóriaouao examefísico: I ~ ·Hemograma:intervençõesdegrandeporte,suspeitaclínicadeanemia oupolicitemia,insuficiênciarenal,neoplasias,esplenomegalia,usodeantico- agulantes,presençadeinfecção,radioouquimioterapiarecentes. ra PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA ·Coagulograma:históriadesangramentosanormais,operaçõesvascula- res,oftalmológicas,neurológicasoucomcirculaçãoextra-corpórea,hepatopatias esíndromesdemalabsorção,neoplasiasavançadas,esplenomegalia.Apenaso tempoeatividadeprotrombina(TAP),otempoparcialdetromboplastina(TPT) eacontagemdeplaquetascostumamsernecessáriosnestescasos. ·Tipagemsangüínea:apenasemprocedimentoscirúrgicosdegrande portecompossibilidadedeperdasangüíneaelevada.Deveseracompanhada dereservadesangue. ·Glicemia:pacientesacimade40anos,históriapessoaloufamiliarde diabetes,usodehiperglicemiantes,comocorticóidesoutiazídicos,pancreato- patias,nutriçãoparenteral. ·Creatinina:pacientesacimade40anos,históriapessoaloufamiliarde nefropatias,hipertensãoarterial,diabetes. ·Eletrólitos:usodediuréticosoucorticóides,nefropatias,hiperaldoste- ronismosecundário,cardioouhepatopatiascomsíndromeedemigênica. ·Urinocultura:pacientescomindicaçãodecateterismovesicaldurante aoperaçãoequefaçampartedegruposderiscodebacteriúriaassintomática, comoidosos,diabéticos,históriade infecçãourináriaderepetição,litíase urinária,bexiganeurogênica,malformaçãodeviasurinárias,gravidezesín- dromedeimunodeficiênciaadquirida(Aids).Oselementosanormaisesedi- mento(EAS)nãotêmindicaçãocomoexamepré-operatório. ·Parasitológicodefezes:intervençõessobreotubodigestivo. ·RX simplesde tórax[póstero-anterior(PA) e perfil]: pacientes commaisde60anos,operaçõestorácicasoudoabdomesuperior,cardio- patas,pneumopatase portadoresdeneoplasias,tabagistasdemaisde20 cigarros/dia. ·ECG: Homenscommaisde40anosemulherescommaisde50anos, cardiopatas,coronariopatasoucomsintomasdeangina,diabéticos,hiperten- soseportadoresdeoutrasdoençasquecursamcomcardiopatiasouemusode drogascardiotóxicas. Estesexames,quandonormais,têmvalidadedeumano,a menosque ocorramalteraçõesclínicasduranteesteperíodo,detectadaspelahistóriae/ou examefísico. PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA ~. ~ ... ' ..I --- . RISCO CIRÚRGICO A avaliaçãoclínicae laboratorial,feitapeloprópriocirurgião,deve serseguidapelaestimativaderiscooperatório,quesebaseianoestadode saúdegeraldopacienteparaidentificarpossíveisanormalidadesquepos- samaumentaro traumaoperatórioouinfluenciarnegativamentenarecu- peraçãodomesmo. AescalamaisutilizadaéadaSociedadeAmericanadeAnestesiologia(ASA): ·RiscoI: pacientesaudávele normal. ·Risco11:pacientecomdoençasistêmicaleveamoderada. ·Risco111:pacientecomdoençasistêmicagrave,comlimitação,sem ser,porém,incapacitante. ·RiscoIV: pacientecomdoençasistêmicaincapacitante. ·RiscoV: pacientemoribundo. . AVALIAÇÃONUTRICIONAL Indicadaempacientesdesnutridos,emagrecidos,candidatosaotratamento cirúrgicodaobesidademórbida,comdoençasconsumptivasouqueafetema capacidadedeabsorçãodotratogastrintestinal,doentescomperdasporfístulas, vômitos,diarréiasouinfecções.Incluiparâmetrosantropométricoselabora- toriais,etemporobjetivoquantificarasreservascorpóreas. Perda ponderaligualousuperiora 5%,nosúltimos30dias,sugere umaintensadepleçãoprotéicae baixada imunidade,comaumentoda morbidezperepós-operatórias.Outrasmedidasantropométricas,comoda pregacutâneatriciptal,dacircunferênciado braçoe damassacorporal, devemserrealizadasnoscasosarrastados,easreduçõesemsuasmedidas secorrelacionamcomdiferentesgrausdedesnutrição. Dosagemdealbuminamenorque3,5g/dlecontagemdelinfócitosabai- xode1.500/mm3sãodemauprognóstico.A dosagemdatransferrinasérica (normal>250mg/%)étambémimportante,pois,portermeiavidamenor quea albumina,retratamelhoros índicesOs testescutâneos,apesarde poucoutilizadosatualmente,proporcionamboaaferiçãodaimunidadece- PROGAAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA lulare do prognósticodo pacientedesnutrido.Os maisutilizadossão: candidina,PPD,tricofitina,estreptoquinase-estreptodornaseevaccinia.Ospacientesnormorreatoresreagema,pelomenos,doistestes,oshiporreatores aumteste,eosanérgicosanenhum. Nasoperaçõeseletivasdepacientescomavaliaçãonutricionaldefici- ente,emqueo suportenutricionalnãopodeserfeitopelotubodigestivo, háindicaçãodenutriçãoparenteralprévia,porperíodomínimode15dias. Istoporqueasproteínasresponsáveispeloestadoimunológico(proteínas defaseaguda:fibrinogênio,fibronectina,ceruloplasmina)sãosintetiza- dasdurante10dias,sendonecessáriosmaiscincodiasparaofornecimen- todesubstrato. . TRANSFUSÃODESANGUE A anemiadasdoençascrônicaspodecursarcomvolemianormal,mas, quandoahemoglobinaémenorqueIOg/lOOml,atransfusãodeveserrea- lizada,especialmenteemidosos.Podeserutilizada,também,aauto-trans- fusão,comcoletaprogramada,conformepreconizaBogossiannasinter- vençõeseletivas:na primeirasemana,colhe-seumabolsadesanguee repõe-sea volemiacomsoluçãosalina;nasemanaseguinte,colhem-se duasbolsas,eareposiçãoérealizadacomsoluçãosalinamaisumabolsa colhidanasemanaanterior;naterceirasemana,colhem-seduasbolsas,e repõe-secomsoluçãosalinamaisumadasbolsasdasemanaanterior;na quartasemana,areposiçãoéfeitacomsoluçãosalinamaisasegundabol- sacolhidanasegundasemana.Asbolsasobtidasnaterceiraequartasema- nas(quatrobolsas)serãoutilizadasduranteaoperação. . CUIDADOSPRÉ-OPERATÓRIOS Dieta A restriçãodadietaédecorrentedotipodeanestesia,dadoençaedo tipodeprocedimentocirúrgicoqueserárealizado.Em relaçãoà técnica PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA 'i . d !tO V" tO +- C eu 11'I eu~ C- oe:( anestésica,qualquerprocedimentocirúrgico,sobanestesiageral,deve respeitarjejummínimodeoitohoras,paraevitarestímuloàproduçãode secreçãogástricae possibilidadedebroncoaspiração,durantea indução anestésicaouaintubaçãoorotraqueal.Operações,realizadassobaneste- siasubduralouperidural,têmmenorriscodecursarcomestacomplica- ção,e ojejumnãoprecisasertãorigoroso,maspodehavernecessidade datransformaçãodaquelasemgeral(sejapordificuldadetécnicaoupor complicações,comoconvulsõesduranteessesprocedimentos).Por isso recomenda-sefazertambémrestriçãodadietaoralpelomesmoperíodo deoitohoras.Pacientesobesos,gestantes,portadoresdehérniahiatal, ou com grandestumoresintra-abdominais, têm maior risco de broncoaspiraçãoedevemfazerjejumde12horas,alémdeserindicadoo usodedrogascapazesdereduziro conteúdogástrico(metoc1opramida) ouelevarseupH(bloqueadoresH2,antiácidos,citratodesódio),naten- tativadeimpedirabroncoaspiraçãooudediminuirseusefeitosdeletéri- ossobreospulmões. Intervenções,realizadasespecificamentesobreo tubodigestivo(especial- mentecólon),irãonecessitarpreviamentededietasespeciais(veradiante). Medicamentosdeusohabitual ·Algunsmedicamentosdevemsersuspensos - anticoagulantesorais:têmvidamédiaprolongadae,porisso,de- vemsersubstituídosporheparina,cercadecincodiasantes.Esta,porsua vez,deveser suspensaseishorasantesdo procedimentocirúrgicoe reiniciada24-48horasdepois.Nas operaçõesde urgência,deve-se transfundirplasmafresco(15-20mI/kg),paragarantirníveisadequadosdos fatoresdacoagulação. - anti-aderentesplaquetários:o ácidoacetilsalicílico(AAS) deve sersuspensodezdiasantesdaintervenção. - antiinflamatóriosnão-esteróides:alterama funçãoplaquetáriae devemsersuspensos24-48horasantesdaoperação. - antidepressivos:emespecial,os inibidoresdamonoaminoxidase (IMAO) devemserretirados3-5diasantesdoatooperatório. m PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA - hipoglicemiantesorais:devemsersubstituídosporinsulinaregular ouNPHnavésperadoatocirúrgico,paramelhorcontroledaglicemiaeevitar a hipoglicemia.AquelesemusodeNPH devemreceberapenas1/3-1/2da dosepelamanhãdaoperação,seguidadainfusãodesoroglicosadoa5%. - diuréticosinibidoresdareabsorçãodo potássio. - Ganglioplégicos. -. ·Medicamentosquedevemsermantidosatéo diadaoperação - betabloqueadores. - anti-hipertensivos. - cardiotônicos. - broncodilatadores. - corticóides. - anticonvulsivantes. - insulina. - antialérgicos. - potássio. - medicaçãopsiquiátrica. Tricotomia A depilaçãocomlâminaestácontra-indicadapelomaiorriscodeinfec- çãodaferidaoperatória.A aparaçãodospêlos,apenasnaáreadaincisão,éo métodopreconizado.Quando,porquestõesdefaltadeinfra-estruturahospi- talar,houvernecessidadedetricotomia,estadeveserrealizadao maispró- ximopossíveldomomentodaoperaçãoe,atémesmo,nasalacirúrgica. Preparodapele Deve-seorientaro pacienteparaumaboahigieneebanhonodiaanteriorà intervenção,utilizando,sepossível,soluçõesdegermantesantissépticas,lavan- do,emespecial,aregiãoqueseráincisada.Já nasalaéfundamentalarealização de degermaçãocom soluçõesantissépticasde polivinil-pirrolidona-iodoou PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRu:JRGIA . ~~... . . . I.m~ ~~~.. ~ !!:Ii'~_ .JIi!':; clorexidina.Emseguida,procede-seàantissepsiapropriamenteditacomso- luçõesalcoólicasdaquelesmesmosagentes. d 110 V" 10... I: eu'" eu~ c.« Lavagense/oulaxantes \ ;:----r A limpezadocólonsefaznecessáriaemoperaçõessobreo própriocólon,e emqualqueroutraquetenhariscodemanipulaçãoeaberturadesseorgão,como nostumorespélvicosedocorpogástrico.O esvaziamentodocólontambémdeve serrealizadoempacientesconstipados(emespecialnosidosos),pelapossibilida- dedeessescursaremcomfecalomanopós-operatório,emconseqüênciadapara- lisiaintestinalfisiológicanesseperíodo.O esvaziamentosimplespodeserconse- guidocomcUsterglicerinadoouenemasdefosfatodesódio,algumashorasantes. Nas intervençõessobreo cólon,é fundamentalumbompreparomecâni- coeantibioticoprofilaxia,paradiminuirapopulaçãobacteriananaluz intesti- nal (veritemCirurgiadocólon- pág15). Cateterismos O cateterismovesicalsódeveserfeitoquandohánecessidadeabsoluta demonitorizaçãodaperfusãotecidualeemoperaçõespélvicasoudasvias urinárias.Quandoindicado,deveserrealizadocomtodorigordeassepsiae antissepsia,comsistemafechadodedrenageme,depreferência,nocentro cirúrgico.Nãoé procedimentoinócuo,tendoemvistao elevadoriscode gerarinfecçãourináriaoubacteriúriaassintomáticaprolongada. A aspiraçãogástricapré-operatóriatambémsóé necessáriaemcasos especiais,comopacientescomdilataçãogástrica,comestenosepilórica, distendidosporoclusãoousuboclusãointestinal,enasemergênciascirúr- gicas,especialmentequandoindicadaanestesiageral. Preparopsicológico O pacientedeveserbemesclarecidoemrelaçãoao procedimento cirúrgicoaoqualvaisesubmetere suaspossíveiscomplicações,assim PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA comosobresondas,drenosecateteresqueestarãopresentesaorecuperar aconsciência.A relaçãomédico-pacientenopré-operatórioéfundamen- tal paraqueeletenhaconfiançanaequipecirúrgicae cooperenopós- operatório. , -.li Sedação Todosqueestejammuitotensosdevemsermedicadosnopré-operató- rio, paradiminuiro graudeansiedadee medo.Preferimosadministrar benzodiazepínicos,comodiazepamporviaoral(VO), nosdiasqueante- cedemaoperação,esedaçãocommidazolamsublingual(SL),30minutos antes.Ressalte-se,poroutrolado,queéimportanteavisitapré-operatória peloanestesista,poiséamelhorterapêuticaansiolítica. Antibioticoprofilaxia Pacientessujeitosariscodeinfecçãodosítiocirúrgico,particularmente daferidaoperatória,ouaquelescombaixorisco,porém,comaltamorbidez emortalidade,emcasodeinfecção,sebeneficiamdousoprofiláticodean- tibióticos,desdequeadministradoscorretamente.A indicaçãoprecisa,por- tanto,éfundamental,jáqueestasdrogasnãosãoisentasdeefeitosadversos, alémdepoderemgerarcepasresistentes.Os maissuscetíveissãoaqueles comriscoscirúrgicosASA III, IV e V, submetidosa operaçõespotencial- mentecontaminadasoucontaminadase delongaduração.DoentesASA I ou11,submetidosa intervençõeslimpasedecurtaduração,têmpoucapro- babilidadedeinfecçãodosítiocirúrgicoenãonecessitamdeantibioticopro- filaxia,anãoserosimunodeprimidose/oucompróteses,comgrandesdis- secções,ealgumasoperaçõesvasculareseoftalmológicas,emqueumapos-sívelinfeçãopodeimplicaremamputaçõesoucegueira,respectivamente.Já osprocedimentoscirúrgicosinfectadosrequeremterapêuticaantibióticae nãoprofilaxia.É importantelembrarquea antibioticoprofilaxiacirúrgica visaapenasasinfecçõesdosítiocirúrgicoenãoprevinecomprometimentos respiratóriosouurinários,quetêmoutrosfatorespredisponentes.Alémdis- PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA m o lCO VI CO +'" r::: Q) 11'I Q) 10. C.« , r , .. \ )r _r 'J(-...... so,osantibióticosprofiláticosnãosubstituemaboatécnicaoperatória,que é,certamente,o principalfatordeprevençãodasinfecçõescirúrgicas. Quantoàescolhadadrogaparaprofilaxia,deve-seconsideraramicrobiota quecolonizahabitualmenteoórgãomanipulado,dadosepidemiológicosacerca dosagentesmaisfreqüentesapóscadatipodeoperaçãoeresultadosdetraba- lhospréviosbemconduzidos,queatestamaeficáciadasdrogasutilizadas.Ba- seadonestescritériospode-sesugerirosseguintesesquemas: ·operaçõeslimpas (hérniascom prótese,mama,intervenção vasculareortopédicacomprótese,cardíaca,neurocirurgiasempróte- see torácicadomediastino) - germemaisfreqüente:S.aureus. - droga:cefalosporinasdeprimeirageração. - pacientesdealtoriscoeminstituiçõescomelevadaprevalênciade S.aureusresistentes(MRSA): vancomicina. ·operaçõespotencialmentecontaminadas(árvoretraqueobrônqui- ca,estômago/duodenocomhipocloridria,jejuno semobstrução,vias biliares,histerectomias,cesarianas) - germesmaisfreqüentes:enterobactérias. - droga:cefalosporinasdeprimeirageração. ·operaçõespotencialmentecontaminadas(neurocirurgiaatravés demucosa,cabeçaepescoço,esôfago) - germesmaisfreqüentes:aeróbiosGrampositivosenegativos+anaeró- biosdacavidadeoral. - droga:amoxicilinalclavulanato. ·operaçõespotencialmentecontaminadas(próstataeviasurinárias comculturapré-operatóriadeurina negativa) - germesmaisfreqüentes:enterobactérias. - droga:ciprofloxacina. ·operaçõescontaminadas(jejunocomobstrução,íleo,cólon,reto, apendiciteagudasemperfuração) - germesmaisfreqüentes:Gramnegativosaeróbioseanaeróbios. - drogas:gentamicina+cIindamicinaoumetronidazol;amoxicilinal cIavulanato;ampicilinalsulbactam;cefoxitina. 1m PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA Definidaa indicaçãodeprofilaxiaea dn:~gadeescolha,ospróxi- mospassos,tambémfundamentais,sãodeterminarasdosesdosanti- bióticos,o momentodo início daprofilaxiae suaduração.Bemdefi- nidonaliteratura,o início daantibioticoprofilaxiadeveserdurantea induçãoanestésicaeporviavenosa.Iniciaro antimicrobianocommai- or antecedência,oudepoisdo início daoperação,reduza eficáciada profilaxia. Quantoàsuaduração,recomenda-sequeacoberturaantibióticaseja feitasomenteduranteo atooperatório,nagrandemaioriadosprocedi- mentos,poisprolongá-Ianãoaumentasuaeficácia,massimos efeitos adversos,comoo desenvolvimentoderesistênciaeoscustos. Comrelaçãoàsdoses,sabe-se,hoje,queo efeitoprofiláticomáximo é obtidoquandoasconcentraçõesplasmáticase teciduaisdadrogasitu- am-seemníveiselevadosdurantetodoo transcorrerdaoperação.Reco- menda-se,assim,umadoseinicialelevadaemfunçãodopesodopacien- te,nainduçãoanestésica,seguidapordosesintra-operatóriasconvencio- naisa períodosmaiscurtose equivalentesa duasvezesa meia-vidada droga.Dessaforma,o esquemadeprofilaxiacomcefalotina(meia-vida de Ih) seriade2gnainduçãoanestésicaseguidade Ig, acadaduasho- ras,enquantoduraroatocirúrgico.Casoadrogautilizadasejaacefazolina (meia-vidade2h),asdosessubseqüentesseriamadministradasa cada quatrohoras,oquepermitiriaaprofilaxiacomdoseúnicanagrandemai- oriadosprocedimentos. . PREPAROS ESPECIAIS Paciente ictérico Apresentammorbideze mortalidadeelevadasemconseqüênciade le- sãodo hepatócito,imunodepressão,desequilíbriodamicrobiotabacteriana intestinalcom maiorincidênciade translocaçãobacterianae absorçãode endotoxinas,lesãodos tubulosrenais,com conseqüenteinsuficiênciare- nal. insuficiênciahepáticae sepse. 11 ... Sãotópicosimportantesnopreparopré-operatório: · hidrataçãovenosa(paraevitara lesãorenal); · descompressãodasviasbiliares(pararecuperaçãodohepatócitoe darespostaimunitária); · administraçãodesaisbiliaresporviaoral(paradiminuiraprolife- raçãobacterianaintestinal); · colestiraminaparacombatero prurido; ~ I · vitaminaK; · dietahipercalóricahipoproteicaounutriçãopercentualtotal(NPT); · antibioticoprofilaxia. Emrelaçãoàdrenagempréviadaviabiliar,acondutanoServiçodeCi- rurgiaGeraldoHospitalUniversitárioClementinoFragaFilhodaUFRJ é: ·tumoreseestenoses- drenagemendoscópicacomendoprótesesou percutânea,quatrosemanasantesdaoperação. ·coledocolitíase - semcolangiteaguda:casonoperíododedezdias,a icterícianão caiapara<10mg%,realizarCPRE compapilotomiaeretiradaendoscópica docálculo.Tratamentodefinitivoummêsapós. - comcolangiteaguda:nãomelhorandoapós24hdeantibioticote- rapia,fazerpapilotomiaendoscópica,retiradadocálculoe/oucolocação deprótese(oucateternasobiliar).Intervençãoapósmelhoradoquadro clínico. - comcolangiteagudagrave:drenagemcirúrgicaimediata(coledo- costomia)oudrenagemendoscópica,sepossívelderealizaçãoimediata. Estenosepilórica ; · aspiraçãogástricacomcateterdeFouchetoudeLevinenúmero18 ou 20 durante3-5dias(paradiminuiro volumegástricoe o edemade parede). · reposiçãohidroeletrolíticaeácido-básica. · reposiçãocomalbuminae/ouplasma. · avaliaçãoe suportenutricionalparenteral,ou preferencialmente I I I l a AMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA enteral,casosejapossíveltransporendoscopicamenteaobstruçãoparapas- sagemdecateterdeDobhoff. ·antibioticoprofilaxia. Pacientediabético A glicemiadevesermantidaentre100-200mg/dl,poisahiperglicemia deveserevitada,masa hipoglicemiapodesermaisrapidamentefatal.A operaçãodeveser,semprequepossível,realizadapelamanhã.Substituir o hipoglicemianteoraldelongaduração(clorpropamida)porinsulinare- gulardoisdiasantes.Substituira insulinaNPH por insulinaregular.do seguintemodo: Na manhãdaintervenção ·dosarantesaglicemia; ·iniciarinfusãodesoroglicosadoa5%; ·aplicarumterçooumetadedadosede insulinade longaduração maisumterçooumetadedadosedeinsulinaregularsubcutânea; ·monitorarglicemiae fazera insulinaregulardeacordocomo se- guinteesquema: - glicemia<180>zero - glicemiade180-240>4U. - glicemiade240-300>8U. - glicemiade300-360>12U. Cirurgia docólon ·dietasemresíduos5-7diasantes. · dietalíquidanavéspera. · dietazeronodia. · laxantes- osmaisutilizadossãooóleomineraleosulfatodesódio, quesãooferecidosaopacientenavésperae ante-vésperadaoperação.O manitol(750ml+750mldesucodelaranjacoadoouguaraná,ingeridosao longodeduashoras),administradonatardedavésperadoatocirúrgico, PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA00. --. -11 'd~~ tambémproporcionaumaexcelentelimpezadocólon,masdesidratamais intensamentedevidoaoseugrandeefeitoosmótico.Menosespoliante,o polietilenoglicoléumaboaalternativa,porémcomo inconvenientedene- cessitara ingestadegrandesvolumes. · Lavagemintestinal-podeserrealizadacomclisteresglicerinados, comsorofisiológicooucomenemasjá comercialmentepreparados. · Hidrataçãovenosacomsoluçãosalinabalanceadaesoluçãoglico- sadadeveserrealizadaduranteo preparodocólon,especialmentenospa- cientesmaisdebilitados,quedesidratamcommaisfacilidade. · Antibioticoprofilaxia- comopartedopreparodocólonedaprofila- xiadeinfecçõesdosítiocirúrgico,antibióticoscomaçãosobregermesGram negativoseBacteroidesfragilisdevemserutilizados,porviaoralousistê- mica.No primeirocaso,asdrogasdeescolhasãoneomicinaeeritromicina baseoumetronidazol,administradosnanoitequeprecedeaoperação.Já a profilaxiasistêmicapodeserfeitacomaassociaçãodeaminoglicosídeose metronidazolou com drogasúnicas,comoampicilina/sulbactamou cefoxitina.Osantibióticosdevemseriniciadosnainduçãoanestésica,por viavenosa,emantidosapenasduranteo períodoper-operatório. Hipertiroidismo O pacientedeveráseroperadoemestadoeutireóideo.· Drogasantitiroidianas(mantidasatéavéspera)- PTU (propiltiou- racil):200-800mg/dia;oumetimazol(tapazol):5-50mg/dia; · ~-bloqueadores(propanolol,metoprolol)- quandoo pulsoainda estáelevado,emboraestejaemusodeantitiroidianos,ouatémesmoisola- damente,quandoháintolerânciaàsdrogasantitiroidianas.Iniciar1-2se- manase manterduranteo per-operatório,emdosede40-120mg/dia,po- dendosernecessáriasdosesmaiores. L·lodo(Jugol)- paradiminuiravascularizaçãodaglândula.Utiliza- çãoporperíodode10-15diasatéavésperadaoperação,nadosede10mg, duasvezesaodia,naconcentraçãode2%.Seultrapassaresseperíodo, podeprovocarexacerbaçãodohipertiroidismo. . 1m PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA Feocromocitoma · Sedação- benzodiazepínicosporviaoral,nosdiasqueantecedem aintervenção. Casoumpacientehipertireóideotenhanecessidadedesubmeter-sea qualqueroutraoperação,o preparopoderáser feito somentecom propanolol. É importantediminuiravasoconstriçãodecorrentedoestímuloa(alfa- adrenérgico),e tambémumaboainfusãovenosadesoluçãosalinaou coloidalparaaumentara volemia,pois,apósa retiradadotumor,ocorre intensavasoplegia,quepodeserfatal. · Bloqueadoresa-adrenérgicos,durante2-3semanas,antesdaope- ração- prazozin(2-5mg/dia);fenoxibenzamina(dibenzilina)émaisati- va,eopreparoconseqüentementeémaisrápido,massuaobtençãoain- daé difícil. A doseutilizadaé lOmgviaoral,2-3vezesaodia.Casoo pacientecontinuetaquicárdico,apesardoa-bloqueador,deve-sedar~- bloqueador(propranolol,metaprolol),3-5diasantes.O propranololé administradonadosede IO-40mg,viaoral,quatrovezesaodia,eman- tido no período per-operatório.A utilização das drogas a e ~- bloqueadorasimpedeascriseshipertensivasparoxísticas,ataquicardia a I e asarritmias. · SoluçãosalinaI.OOOml,coloidal,oumesmosanguee/ouplasma, navésperadaoperação,emvolumede l.OOO-1.500ml(emadultos). SíndromedeCushing 1 Bloqueiodaproduçãodecortisol,semanasantesdoprocedimento cirúrgico,podeserobtidoadministrando-seketoconazole(cetoconazol), queé umantimicótico,masquetambémbloqueiao citocromoP450, impedindoa faseinicial dasíntesedecorticosteróides.É utilizadona dosede600-1.200mg/dia(viaoral),durante2-4semanasnopré-opera- tório. .. .- PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIBUBGIA lf):. ~i t d'"' VI"'... t: QJ li! QJ'- Q, <C J Il PÓS-OPERATÓRIO Pacientessubmetidosaprocedimentoscirúrgicossofremalteraçõessúbi- tasdasfunçõesmetabólicase fisiológicasnormais,quevariamemintensida- de,deacordocomotipoe,noscasosdetrauma,tambémcomagravidadedas lesões.Dor,jejum, perdasangüínea,reduçãoda perfusãotissularpor lesão extensaedistúrbiosfuncionaisdeórgãosvitaisgeramalteraçõesorgânicase humoraisquevisamrestabelecerahomeostasia(Quadro1). Respostaorgânicaao trauma r · Ativaçãodosmecanismosdecoagulação · DesviodeIrquidosdoextravascularparao intravascular · Redistribuiçãodofluxosangüíneo · Manutençãodoequilíbrioácido-básicoeeletrolítico · Mobilizaçãodeleucócitos · ProduçãodemacrófagoselinfócitosT · Aumentododébitocardíaco · Lipóliseeproteólise · Aumentodaglicogenóliseedagliconeogênese --- Quadro1 OperaçõeseletivasdepequenoemédiopOI1~Srealizadassemintercorrênci- as,acompanhadasdeprocedimentoanestésicoadequado,eassociadoabomcon- troledadorpós-operatória,causampoucasalteraçõesnasfunçõesorgânicasno pacientedebaixorisco,erequeremmínimaintervençãomédica.Ao contrário,as degrandeporte,empacientescomgrandeslesõesteciduaisou cominfecções graves,exigemoconhecimentodosajusteshomeostáticosedasmedidasnecessá- riaspararestabelecimentodosparâmetroshemodinâmicos,nutricionaisecardio- vasculares,queirãopropiciaradequadacicatrizaçãoereabilitaçãodopaciente. . EXAMECLÍNICO O exameclíniconopós-operatóriodeveserminuciosoe,nomínimo,di- ário,já quealteraçõessutissósãoevidenciadascomavaliaçõesrepetidase permitemodiagnósticoprecocedecomplicações(Quadro2). 113 PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA CI · Níveldeconsciência · Estadohemodinâmico:PA,pulso,PVC,débitourinário· Graudehidratação · Urina:volume,cor,densidade · Aparelhorespiratório:freqüência,ausculta· Auscultacardíaca · Abdome:inspeção,palpação,ausculta · Feridaoperatória:inspeção,palpação · Cateternasogástrico(CNG):volumeeaspectodadrenagem I: Drenos:volumeeaspectodassecreções L Panturrilhas Quadro2 Exame clínico diário .......... ~ . EXAMES COMPLEMENTARES 'fi A maioriadosdoentescirúrgicosnãonecessitadeexamescomplementa- resde rotinano períodopós-operatório,a nãoserquandoo exameclínico evolutivosugereanormalidadesquedemandaminvestigação.Noscasosmais graves,poroutrolado,podemrequerercontrolesdiáriosouatémaisfreqüen- tes,osquais,porsuavez,sãodependentesdotipodepaciente,dasdoençasde base,dotipo(Ieoperaçãoeeventuaiscomplicações. . PRESCRIÇÃO MÉDICA A medicaçãopós-operatóriadeveserdivididaemduaspartes:aprescri- çãodemedicamentospropriamenteditaeasordensmédicasoucuidadospós- operatórios,que,idealmente,sãofeitosdeformaseparadaeseqüencial.Basi- camenteaprescriçãodeveconstardereposiçãohidroeletrolíticaeanalgesia. Profilaxiadetrombosevenosaprofunda(TVP),degastritedeestresseeanti- bióticosmerecemindicaçõesprecisas,assimcommedicaçõesespecíficaspara asdoençasdebase,comoanti-hipertensivos,insulina,corticóidesetc.Dentre oscuidadospós-operatórios,ressaltam-seadieta,cuidadoscomcateterese drenos,mobilizaçãoeexercíciosrespiratórios,ecurativos(Quadros3ae3b). ~- ... PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA W.ít II Prescrição · Reposiçãohídricaeeletrolítica ·Anatgesia ·ProfilaxiadaTVP ·Antibióticos · Profilaxiadagastritede estresse Quadro3a Cuidados ·Diet~ .CNG, ·Sondavesical ·Drenos ·Mobilização/respiração ·Curativos Quadro3b . REPOSIÇÃOHIDROELETROLÍTICA Nonnalmenteo consumodeáguaporumindivíduononnal(60-80kg)éda ordemde2.000-2.500mVdia,dosquaisaproximadamente1.500mlsãoingeridos comolíquidoseo restanteextraídodealimentossólidosesuaoxidação.Empaci- entessobjejumprolongado,outrafontede líquidoé a águaproduzidapelo catabolismocelular,quepodechegara500mVdia(Quadro4). As perdasdiáriasde líquidosincluem800-1.500mlde urina,250mlnas fezese600-900mldeperspiracãoinsensível,queaumentamcomo hipenneta- bolismo,ahiperventilaçãoeafebre.Nesteúltimocasoequandoa temperatura ambienteéelevada,acapacidadedeperdainsensívelatravésdapeleéexcedida Trocasnormaisdeágua Ganhodiário 2.000-2.500ml Perdadiária ingestaoraldelíquidos-800-1.000ml alimentossólidos-500-700ml águadeoxidação- 125-250ml águacelular- 0-500ml(após4-5diasde jejum) - urina- 800-1.500ml(30-50ml/h) fezes- 0-250ml perdainsensível- 600-900ml(pulmões 25%;pele75%) Sudorese Quadro4 lE PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA 0-4.000ml/h Composiçãodaáguaexcretada · Asperdasnormaisdeágua,emindivíduossaudáveiscom funçãorenalnormal,podemserconsideradaslivresdesódio · Perdasdelíquidogastrintestinaleperdasporredistribuiçãoou seqüestrodeáguaextra-celular,duranteoperíodoperoupós- operatório,devemserconsideradasisotônicasdeáguaesódio · Necessidadesdiáriasdesódio:50-90mEq(3-5g) Quadro5 eocorresudorese,quepodesermaiorque250mVdia/graudefebre,e,emcasos graves,chegara4.000mVh. O conhecimentodacomposiçãodaáguaexcretadaéimportanteparticularmen- tenoqueserefereaoseuconteúdodesódio,principalíonextra-celular,cujoequilí- brioémantidopelosrins.Emsituaçõesdeaportereduzidooudeperdasextra-renais, osrinsnormaispodemreduziraexcreçãodesódioamenosdeummEq/dia,ouseja, umaperdadelíquidopraticamentelivredesódio.Sudoreserepresentaumaperda hipotônica.As perdasinsensíveissãodeáguapura(Quadro5). Outroimportanteíondereposiçãoéopotássio,que,porserpredominantemente intracelular,éliberadoemgrandesquantidadespelaslesõesteciduaisocasionadaspelo traumacirúrgico.Alémdisso,atendênciaàretençãodeáguaesódio,verificadano pós-operatórioimediato,reduztambémaexcreçãodepotássio,quetende,portanto,a seacumularnolíquidoextra-celular.Areposiçãohídricaeeletrolíticaexige,assim, conhecimentodacomposiçãodasdiversassoluçõesparenteraisdisponíveis(Quadro6). Reposição hídricae eletrolítica Composição das soluções parenterais(mEq/l) g Quadro6 .11 !- PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA ~). .. Solução Na K Ca CI HC03 Líquidoextra-celular 142 4 5 103 27 Ringercomlactato 130 4 2,7 109 28 Sorofisiológico(NaCI0,9%) 154 - - 154 - licosado5% - -" - - - Reposição hídricae eletrolítica PO imediato* · Avaliar perdas e ganhos durante a cirurgia· Sinais vitais· Débito urinário horário corrigir déficits +necessidades básicas SOROGLlCOSADO5%+RINGERCOMLACTATO . I 5g/100ml 10OcaV500ml*Operal Quadro7 Verifica-sequeoquechamamosdesorofisiológicoé,narea1idade,umasoluçãohiper- tônica,queimpõeaosrinsumexcessode sódioe cloro,quenemsemprepodemser rapidamenteexcretados,aumentandoa volemiae gerando,eventualmente,quadrode acidosemetabólicapeloexcessodecloro(aexcreçãodoexcessodeclorosefazàscustas daretençãodeíonshidrogênio).O sorofisiológico,melhorchamadodesoluçãosalina, deveserreservadoparasituaçõesdereposiçãovolêmicaempacientescomhiponatre- mia,hipocloremiaoualca10semetabólica.Na ausênciadestasanormalidades,asolução maisfisiológicapararecomporperdasgastrintestinaisedéficitsdelíquidoextra-celularé o ringercomlactato.O soroglicosadoa5%éuti1izadoparareposiçãodeáguapurapara asperdasinsensíveiseparaadministraçãodealgumascaloriasdaglicose,natentativade minimizarodéficitcalóricodeterminadopelohipermetabolismodopós-operatório(PO), apesardobloqueiodainsulinapelascatecolaminasedatendêncianormalàhiperglicemia. A reposiçãohídricaeeletrolíticanoPO imediato,portanto,devevisarasneces- sidadesbásicasdiáriasecorrigirpossíveisdéficitsintra-operatórios(Quadro7).Es- tesúltimoscostumamser adequadamentecorrigidospelo bom anestesistae, em geral,não são um problemanasoperaçõesnão-complicadas.Por outro lado,em pacientescomcomplicações,comgrandesperdasintra-operatóriasevolumosas reposições,podeserdifícil estimarasnecessidadesde líquidospara24horas,o que requeracompanhamentocontínuoda infusãohídrica,atéo controleadequadodo estadohemodinâmicodopaciente.A partirdaí,ocontroledovolumepassaasero da avaliaçãoe reposiçãodasperdasdeágua,sódioe potássio(Quadro8). m PROGRA~A DE AUTO-AVALIAÇÃO EM CIRURGIA -- - --- · URINA 800-1.500ml ... GLlCOSE5%+RINGER Reposiçãohídricaeeletrolítica Diadepós-operatório(DPO) 1a3 Avaliaçãoe reposiçãodeperdas · PERDASINSENSíVEIS ...GLlCOSE5% até1.500ml,emcasode hipermetab0Ílsmo,febre, ouhiperventilação · CNG1DRENOS ... RINGER L!: 4-5g/dia+2g/litrodeperdagastrintestinal Quadro8 . ANALGESIA 11)0,. A analgesia,proporcionadapeloadventodaanestesiaemmeadosdoséculoXIX, pennitiuavançostécnicossemprecedentesnamedicina.A dorpós-operatória(PO), entretanto,continuavagerandodesconfortoemedo,mas,aospoucos,passouaser bemcontrolada,principalmentenosúltimos20anos.Atualmentediversostiposde medicamentosdisponíveissãocapazesdepropiciarumPOconfortável,destacando- seosderivadosopióides,osantiinflamatóriosnão-esteróideseosdiferentestiposde analgesia,tais,;omoepidural,alémdosbloqueiosdenervosperiféricos(Quadro9). Deveserfeitaregularmenteenãoapenasnosmomentosdasintomatologiadolorosa. Analgesia · OPIÓIDES.. 1M/IV(analgesiaIVcontroladapelo paciente) Periduralcontínua Transdérmico/transmucoso 11 · ANTIINFLAMATÓRIOSNÃO-ESTERÓIDES · ANALGESIAREGIONAL ,- I. PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCI Quadro9 . ANTIEMÉTICOS ,.,.,.,- SintomafreqüentenoPO imediatodepacientessubmetidosaaneste- siageraleprincipalmenteaprocedimentoscirúrgicossobreo tratodiges- tivoaltoeviasbiliares,o vômito,alémdedesconfortável,aumentaadore o IIU V' lU ..... C eu 11I eu~ C-« podecolocaremriscoassuturasdaparedeabdominal.Podeserminimizado pelousodemetocIopramidae,maisrecentemente,noscasosmaisacentu- ados,deondansetron.O usoregulardemetocIopramida,entretanto,deve sercuidadoso,tendoemvistaa possibilidadededesencadearsíndrome extra-piramidal. . PROFILAXIA DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) \~-- ') TrabalhoscomfibrinogêniomarcadosugeremumaprevalênciadeTVP demaisde40% empacientesemPO decirurgiageral.Cercade I% destes morredeemboliapulmonar.O riscodeTVP aumentacomaidade,obesidade, o usodecontraceptivosorais,doençascardiovasculares(particularmentein- suficiênciacardíacaefibrilaçãoatrial),doençasmalignas(principalmentecân- cerdepâncreasepróstata),traumatismosemmembrosinferiorese imobiliza- çãoprolongada.Operaçõespélvicasedequadrilestãoentreasdemaiorrisco deTVP (Quadro10).Os locaismaiscomunsdeformaçãodetrombossãoas panturrilhas,deondepodemsedesprenderecausaremboliaporvoltadoséti- modiadePO. A profilaxiadaTVP éamelhorprevençãodaemboliapulmonar. Em doentesdebaixoriscorecomendam-semeiaselásticasedeambulaçãopre- coce.Noscasosderiscomoderadooualtoestáindicadoo usopréepós-opera- tóriodeheparinaprofiláticasubcutânea5.000UI de12/12hou8/8houdeheparina debaixopesomolecularde20 a 40mgemdoseúnicadiária,quetemmenor incidênciadecomplicaçõeshemorrágicase detrombocitopeniarelacionadaà heparina.Essasdrogasdevemsermantidasatéacompletadeambulaçãodopa- ciente(Quadro11).Nessespacientesé importantetambéma utilizaçãointra- operatóriadecompressãopneumáticadaspanturrilhase dextranIV. Pacientes deriscomuitoelevadopodemrequerera introduçãodefiltrosintracavais. fi} PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA 1 ) - ProfilaxiadaTVP Risco de emboliapulmonar ...- Profilaxia da TVP (risco moderado ou alto) PER-OP Compressãopneumática PEROP+PO Heparinaprofilática Heparinadebaixopesomolecular PO IMEDIATO Mobilizaçãoativa+ MIelevadosc/flexãodosjoelhos Deambulaçãoprecoce Quadro11 PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA~. J 'I I ,IIt I-ij 'AIXORISCORISCOMODERADOALTORISCO - idadeJ40 idade>40 idade>40 cirurgia<60· cirurgia>60· cirurgia>60· transfusõesprévias CIRURGIA cirurgiasprévias GERAL TUvolumososl carcinomatose CApâncreas, próstata passadodeTVP/EP ICC,FA gravidez, inf.puerperal anticoncepcionais TROMB. 2% 10-40% 40-80% PANTUR. TROMB. 0,4% 2,8% 10-20% PROXIMAL EMBOUAPULM. 0,2% 1,8% 5-10% SINTOMÁTICA (semprofilaxia) - Quadro10 . PROFILAXIA DA GASTRITE DE ESTRESSE A gastritedeestresseéumacomplicaçãoqueocorrebasicamenteemgrandes queimados,pacientescomtraumasgravesechoquehipovolêmico,sepse,insufi- ciênciarespiratóriae insuficiênciademúltiplosórgãos.Ou seja,pacientescríti- cos,geralmenteinternadosemcentrodeterapiaintensiva(CTI), quedesenvol- vemerosõessuperficiaistipicamentedefundogástrico.Apesardebastanteco- mumnestestiposdepacientes,o sangramento,apartirdessaslesões,sóocorreem pequenonúmerodecasos.Suaetiologiaémultifatorialeestárelacionadaàredu- çãodabarreiramucosacontraaatividadec1oridropéptica,e nãoaoaumentoda secreçãoácida.A diminuiçãodofluxosangüíneodamucosagástricaéumdeno- minadorcomumà maioriadascondiçõesderisco,masoutrosfatorestambém contribuem,comoacidosemetabólica,reduçãodasecreçãodebicarbonatoe o refluxoduodeno-gástrico,comumnestespacientescríticos(Quadro12). d~- 1/0 \J'I /O .... I: Q)'" ~c.« \ - Gastritedeestresse .. TRAUMA SEPSE IMOS REDUÇÃODA.DISPONIBILIDADE DEHC03PARANEUTRALIZAR ARETRODIFUSÃODEH+ REDUÇÃODOSNíVEISCELULARES DEATPCOMDEFICIÊNCIANA PRODUÇÃOD~ENERGIA RUPTURADOMETABOLISMO CELULAR Quadro12 A melhorprofilaxiaéfeitacomantagonistasdosreceptoresH2,masétam- bémeficazcomantiácidosesucralfate.É importanteenfatizar,entretanto,que MADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA velaramque,dedezfatoresderisco,ainsuficiênciarespiratóriaeascoagulopatias mostraramserascondiçõesdemaiorriscodesangramento,devendosereser- var,apenasaestespacientes,aprofilaxiadagastritedeestresse(Quadro13). estasdrogastêmefeitosadversos,aumentamoscustosdotratamentoenãode- vemserutilizadasindiscriminadamente.EstudoslevadosaefeitoemCTIs,re- Gastritedeestresse · PRINCIPAISFATORESDERISCODESANGRAMENTO - insuficiênciarespiratória -coagulopatia · PROFILAXIA -bloqueadoresdereceptoresH2 -antiácidos - sucralfate 11 . ANTIBIÓTICOS J J ~. I Quadro13 r ousodeantibióticosemcirurgiaé comumsejaparaprevenirinfecção empacientesderisco,sejaparatratamentodeinfecçõesinstaladas,quede- mandaramoprocedimentocirúrgicoouquesurgiramcomocomplicaçõesPO. No primeiro(aso,ficarestritaaoperíodoper-operatório.Pacientesoperados porinfecçãopodemnecessitaramanutençãodadroganoPO (Quadro14), Antibióticos- · Antibióticosnopós-operatóriosomenteempacientes operadosemvigênciadeinfecçãoe,portanto,com terapêuticaantimicrobiana. · Antibóticosprofiláticos,quandoindicados,devemser iniciadosnainduçãoanestésicae mantidosapenasdurante o períodoPER-OP 1- I' Quadro14 J 1I 'li, PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA ~. mas,namaioriadoscasos,comtempodeutilizaçãocurto,considerando-se umprocedimentocirúrgicoeficazparaoprocessoinfeccioso(Quadro15). d !tIS VI lU .... C (I) \li (I)~ Q, <t Antibioticoterapiade curtaduração Tempomédio(dias)Variação Apendiciteagud~semperfuração Doseúnica 0-1 Apendiciteagudacomperfuração Úlceraperfurada<12horas Úlceraperfurada>12horas 3 1-5 Doseúnica 0-2 4 3-6 Diverticulitecomperitonitelocal 4,5 1-6 Diverticulitecomperitonitedifusa 5 5-7 ~- ~, J lsquemiaintestinal 1 0-6 Traumadecólon<12horas Doseúnica 0-1 I I , ~raumadecolon>12horas Quadro15 3,5 2-6 . CUIDADOS I r Nutrição Em operaçõesda cavidadeabdominal,a atividadepropulsivado trato gastrintestinalficatemporariamentereduzida,devidoaomanuseiodasalçasin- testinaiseaoaumentodaatividadesimpáticadosnervosesplâncnicos.Esseíleo temporáriopodesermaisoumenosintenso,nadependênciadograudemanipu- lação operatóriae da doençade base, sendomínimo nas intervenções laparoscópicaseletivas,eprolongadonaslaparotomiasporperitoniteouressecção degrandestumoresdotubodigestivo.Namaioriadospacientes,operistaltismo do intestinodelgadosereiniciadentrodasprimeiras24horas,aperistalsegás- ~ PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA tricaentre24-48horas,e,finalmente,o cólonapós48horas.A presençade ruídoshidroaéreos(RHA)precocesdodelgadonãogarante,assim,umretomo completodacapacidadepropulsivadetodootratogastrintestinal. O reiníciodaalimentaçãooral,portanto,deveconsiderarotipodeproce- dimentocirúrgicorealizadoe apresençadeRHA. Emoperaçõesdegrande porte,comsuturasdigestivas,éconvenienteaguardaroretomocompletodos movimentosintestinais,comeliminaçãodeflatos,parasóentãoiniciaraali- mentação,que,porsuavez,nãoprecisaseguiraclássicaevoluçãodelíquida deprova,líquidatotal,pastosaetc,atédietalivre.NospacientescomRHA, presenteeeliminaçãodegases,adietainicialpodeserlivre. Nutriçãoparenteralou,preferencialmente,atravésdecateteresnaso- entéricos,deveserconsiderada,seasperspectivassãodejejumprolongado. Outrosfatorestambémsão-importantesnestadecisão,comoascondiçõespré- operatórias,oestadonutricional,aintensidadedotraumaoperatório,aocorrên- ciadecomplicações,comofístulase infecçõese a idadedopaciente,já que indivíduoscommenosde60anospodemtolerarjejumdeaté12-14dias,en- quanto,nosmaisidosos,esteperíodopodeselimitara5-6dias(Quadro16). Cuidados I " DIETA: REINíCIO ~Tipo de operação Peristalse Eliminaçãoderuídos CNG ~Tipodeprocedimento Volumededrenagem Peristalse CATETER VESICAL ~Tipo de operação Estado hemodinâmico Sistemafechado Retiradaprecoce I" L li Quadro16 PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA W 11 (I -J~ .'- Cateternasogástrico(CNG) d !to VI n:s ... c eu'" eu... c.« o íleo PO tambémé a principalrazãoparautilizaçãodaaspiração gástrica.A descompressãodiminuia distensãoe a ocorrênciadevômi- tos,masé desconfortável,favoreceo refluxogastroesofagianoe pode facilitara broncoaspiraçãoe atelectasia.Indicadaprincipalmentenas operaçõesdotubodigestivoalto,deveserretiradaassimqueo volume dedrenagemfor inferiora400mleosruídoshidroaéreossereiniciarem. Intervençõesesôfago-gastroduodenaiscostumamrequererumperíodo maiordedrenagem,masqueraramentenecessitasermaiorque72horas (Quadro16). Catetervesical o cateterintravesical,quandoindicado,exigemanipulaçãoadequa- daduranteo períodoPO, e deveserretiradologoquepossível,ouseja, assimquehouverrestabelecimentoe manutençãodoestadohemodinâ- mico(Quadro16). Drenos As drenagenscavitáriaspodemser profiláticas, paraevitar o acúmulodelíquidosbiológicos,apósdeterminadostiposdeoperações, ou terapêuticas,para drenarcoleçõesou abscessose prevenir o reacúmulo.No primeirocaso,deve-seoptarpor sistemasfechadosde coleta,principalmentequandoseprevêumperíododedrenagemmais prolongado.Emambososcasos,osdrenosdevemserinseridosporcon- tra-incisão,eretiradoso maisprecocementepossível.Usodeantibióti- cosparaevitarinfecções,apartirdodreno,nãoéeficaz,assimcomoa retiradadematerialparaculturaatravésdodrenotambémtempouco valor,já queprecocementeocorresuacolonização,comisolamentofre- qüentedeváriasespéciesdebactériasque,emgeral,sãosimplescon- taminantes(Quadro17). .~ PFtO~RAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA Cuidados · DRENOS Profiláticos/terapêuticos Volumededrenagem Sistemafechado Retiradaprecoce · POSiÇÃONOLEITO Fowler Membrosinferioreselevadose fletidos · MOBILlZAÇÃO I · EXERCíc~RESPIRATóRIOS Quadro17 Posiçãonoleitoecuidadosrespiratórios ) No POimediatodeintervençõesabdominais,recomenda-seorepouso noleitoemposiçãodeFowler,oudepreferência,comosmembrosinferi- oresalémdefletidos,umpoucoelevados.Dessaforma,diminui-seaten- sãodaparedeabdominale sefavoreceadrenagemvenosadosmembros inferiores.Casoalimitaçãoaoleitosejaprolongada,indica-seamobilização ativae passivadopaciente,importantenaprofilaxiadaTVP, dasúlceras de pressão~da restriçãoà ventilaçãoe suasconseqüências,como atelectasiasepneumonias.Tambémcomesseobjetivodeve-seiniciarpre- cocementeexercíciosrespiratóriosetapotagem,e,quandoindicada,fisio- terapiarespiratória(Quadro17). Curativos A sínteseprimáriadas incisõesoperatóriassofremprocessode reepitelizaçãodentrodasprimeiras24horas,tornando-seimpermeáveis. Dessaforma,ocurativocirúrgico,realizadonasaladeoperações,deveser mantidopor24-48horas,desdequelimpoeseco,quandoentãoéretirado. A feridapodeficarexpostaapartirdaí,semanecessidadedecurativosou I li PROGRAMA DE AUTO-AVALIAÇÃO EM CIRU~GIA . "' \..~.CJt r ..~..; ."' " . ' "'i' ~ ," , . " " . .."... -- d uaV" lU... C eu 11I eu... Q. <C r utilizaçãodeantissépticosoupomadas,inócuosemumaferidafechadae impermeável. Incisõesdeixadasabertas,parafechamentoporsegundaintençãoou parafechamentoprimárioretardado,devemsertratadasdiariamentecom limpezacomsoluçãosalina,desbridamentofísicoouquímico,seindica- do,eoc\usãocomcurativosestéreis.Antissépticosedesinfetantesdequal- quernaturezadevemserevitados,já queseusefeitosirritantessobreessa sobrepujamo efeitoantisséptico. Emvigênciadeinfecção,aaberturaparcialdaferidaparaintroduçãode drenospodesereficaz,maspreferimossuaaberturaemtodaaextensãoenvol- vidapelainfecçãoetratamentocomodescritoacimaparaferidasabertas.O usodeantibióticostópicosnãoé recomendável,e o sistêmicoraramenteé necessárioparainfecçõesdeparede,a menosqueacompanhadadereação sistêmicaouempacientesimunodeprimidos.Jáasinfecçõesmaisgraves,com celuliteoufasciteassociada,requeremantibióticosvenosos,desbridamentos freqüenteseeventualmenteoxigenoterapiahiperbárica. Bibliografia I. AlIgower& Bevilaqua,R.G. Nutriçãoemcirurgia.ln: Manualdecirur- gia. EPU/Springer,1981,capo3. 2. Bogossian,L. Manualdeautrotransfusão.Rio deJaneiro:Medsi, 1995. 3. Bogossian,L. Pré epós-operatório.Rio deJaneiro:Medsi,23ed. 1995. 4. SabistonJr., D.C. Textbookof surgery:Thebiologicalbasisof modernsurgicalpractice.151hed.Philadelphia:W.B. SaundersCompany,1997. 5. Schechter,M. & Marangoni,D.V.Doençasinfecciosas:condutadiagnós- ticae terapêutica.23ed.Rio deJaneiro:EditoraGuanabaraKooganSA, 1998. 6. Vieira,O.M. et ai. Clínica cirúrgica.Fundamentosteóricose práticos. Rio deJaneiro:Atheneu,2000. 7. Vieira,O.M. & Rodrigues,A.S.S. Condutasemcirurgia.Rio deJaneiro: Atheneu,200I. PROGRAMA DE AUTO-AVALIAÇÃO EM CIRURGIA Questõessobrepréepós-operatório .1.Pacientede28anosdeidade,submetidoa apendicectomiavideolaparoscópica,quandofoi evi- denciadoapêndicevermiformehiperemiado, edemaciadoecomfecalitoemsuabasejuntoaoceco. Na induçãoanestésicafoi iniciadoamoxicilinalclavu- lanato.Durantequantotempodevesermantidaaanti- bioticoterapia? .2. Pacientede68anosdeidadeésubmetidoa duodenopancreatectomiaporadenocarcinomadaca- beçadopâncreas.Operaçãosemcomplicaçõesper- operatórias.Comosefazaprofilaxiaparatrombose venosaprofunda? . 3.Faz-seprofilaxiadahemorragiadigestivapor gastritedeestressenopacienteacima? . 4.Pacientesubmetidoagastrectomiasub-totalcom reconstruçãoaBillroth11(BII) porcâncerdeantro gástrico,evoluinopós-operatório(PO)comfístulade cotoduodenal.Qualamelhorformadereposiçãonu- tricionalparaestepaciente? . 5.Pacientede60anosdeidade,70kg,semoutrasdo- - enças,ésubmetidoagastrectomiatotalporcâncerda cardia.Comosefazareposiçãohidroeletrolíticano primeirodiadepós-operatório(PO)? PROGRAMADEAUTO-AVALIAÇÃOEMCIRURGIA 33. ClEXANE@ ENOXAPARINASODICA ..,. u. z. EJ. >: ..,. (1,2) SALVANDO VIDAS E REDUZINDO CUSTOS RISCO MODERADO: 2 horasantesdacirurgia . .,1' ~. ; ...... $::: ~..:~...,.,'v".'. ..." J--'~"'''~;r~t.:; .., ,.- -.- .. }. 120mg/ 0,2milf I ALTO RISCO: 12horasantesdacirurgia 40mg/0,4ml 1.SAMAMA,M.Lowmolecularweightheparin(Clexane)comparedwi\hunlractionatedheparininprevention01postoperativethrombosis.Br.J. Surg.,75:128-31,1988. 2.DRUMMOND,M. etai. Economicevaluation01standardheparinandenoxaparinlorprophylaxisagainstdeepveinthrombosisinelectivesurgery.Br.J. Surg.,81: 1742-46,1994. AventisPharmaLtda A fusão da Hoechst Marion Roussel e Rhodia Farma Av. Marginaldo Rio Pinheiros, 5200- Ed. Atlanta CEP 05693-000- São Paulo - SP www.aventispharma.com.br- www.medicalservlces.com.br :fAventis
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